RECAM – Rede de Capacitação da Amazônia
Perguntas Mais Frequentes / Frequently Asked Questions
1. O que é a RECAM?
A RECAM, sigla da Rede de Capacitação da Amazônia, é uma iniciativa colaborativa entre
organizações que atuam na Amazônia promovendo a capacitação como um pilar para
fortalecer a gestão social, ambiental e econômica de municípios. É uma iniciativa muito
recente, surgida no final de 2013, que ainda está em processo de construção.
2. Como começou a RECAM?
A RECAM foi idealizada a partir do Seminário "Gestão Socioambiental Municipal", realizado
em Rondônia e organizado pela Equipe de Conservação da Amazônia (ECAM), Kanindé e
Prefeitura de Porto Velho, em Agosto 2013.
A rede nasceu da compreensão comum das partes reunidas de que:
 a magnitude dos desafios que se impõem à Amazônia requer orientar as ações de
redução do desmatamento para alcançar escala. A promoção da gestão
socioambiental municipal tem gerado resultados positivos, mas ainda em nível de
casos pilotos;
 a cooperação interinstitucional em ações de fortalecimento da gestão
socioambiental municipal potencializa e dá escala ao impacto dessas atividades. O
interesse e prática informal de troca de experiências entre organizações atuando
nessa agenda já existia, mas poderia ser potencializado através de uma rede
pautada na colaboração para capacitação em gestão socioambiental municipal; e
 as possibilidades de cooperação em gestão socioambiental municipal são amplas,
mas para favorecer a concretização de ações decidiu-se focar neste momento na
agenda de capacitações para gestão socioambiental, que pode incluir esse tema.
3. Qual é o propósito da RECAM?
A missão da RECAM é promover e dar escala a iniciativas de gestão municipal sustentável
na Amazônia, por meio da colaboração, da capacitação e do fortalecimento da governança
socioambiental.
4. Quem faz parte da RECAM?
Atualmente compõe a RECAM os seguintes membros:
 Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé;
 Equipe de Conservação da Amazônia – ECAM;
 Fundación Avina;
 Fundo Vale;
 Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM;
 Instituto Centro de Vida – ICV;
 Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas – IDESAM;
 Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia – IMAZON;
 Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM; e
 Universidade da Flórida (EUA).
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5. Como é a governança da rede?
A RECAM tem quatro níveis de participação como instrumento de governança: Instituição
Facilitadora, assumida por uma das organizações do Comitê Gestor em caráter rotativo;
Comitê Gestor, fórum para tomada de decisão estratégica e institucional; Membros,
abrangendo todas as instituições que fazem parte da RECAM; e Convidados, abrangendo as
instituições que participam de espaços coletivos mediante convite. As atividades são
desenvolvidas através de Grupos de Trabalho, que atualmente estão divididos em: GT de
Capacitação, GT de Mapeamento e GT de Governança. Cada GT tem pelo menos dois
pontos focais, responsáveis por encaminhar as atividades propostas.
6. Como funciona a RECAM?
Enquanto rede, as instituições membro se reúnem virtualmente uma vez ao mês para
trocar experiências, propor questões, projetos, articulações ou produtos pontuais que
contribuam com a missão da rede. As atividades propostas nas reuniões mensais são
implementadas pelos membros através de grupos de trabalho (GTs) ou encontros
bilaterais. Os materiais produzidos no âmbito da rede são arquivados em uma plataforma
virtual comum e um grupo de e-mails é utilizado para facilitar a coordenação.
7. O que a RECAM entende por Capacitação?
A RECAM entende o termo Capacitação em seu sentido lato como um conjunto de
atividades que visam à aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de capacidades,
atitudes e formas de comportamento necessários ao desempenho de alguma competência
relacionada a gestão socioambiental. Dessa forma, incluem-se as capacitações em seus
formatos tradicionais (cursos, seminários, oficinas, presenciais ou à distância), e outras
formas de troca de conhecimento e fortalecimento da governança social como
intercâmbios, eventos, publicações, apoio a espaços coletivos públicos, entre outras.
8. Por que focar na capacitação como um tema importante para o fortalecimento
socioambiental dos municípios da Amazônia, e não em outros pontos críticos?
As instituições que criaram a RECAM identificaram que há uma grande carência de capital
humano e social nos municípios para a facilitação do diálogo e ampliação deste debate
sobre o desenvolvimento local. Esta carência se reflete na ausência de espaços coletivos de
participação e decisão, onde atores, mesmo que com divergências de visões e interesses,
possam apresentar e negociar suas demandas. A formação de capital humano e social é um
pilar essencial para avançar na melhoria da gestão socioambiental, mas requer tempo e
enfrenta desafios para alcançar escala. Através da colaboração e atuação em rede esperase fortalecer o impacto das capacitações e, por conseguinte, da gestão socioambiental dos
municípios amazônicos.
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9. Quais são os principais gargalos nesta agenda de gestão socioambiental municipal (o que
as capacitações devem sanar)?
Evidenciamos cinco gargalos iniciais vinculados a esta agenda, que devem ser alvos da
atuação da RECAM:
a. carência técnica e administrativa nos municípios amazônicos para gestão
socioambiental;
b. recursos insuficientes para manter equipes permanentes, estrutura física, além dos
programas e ações das secretarias de meio ambiente municipais;
c. ausência de espaços coletivos assumindo de forma coletiva a construção de pactos
e visão de futuro e monitoramento do caminhar dos processos sendo
implementados pelos diferentes atores no seu exercício social;
d. lideranças nos municípios fragilizadas ou com pouco apoio; efalta de incentivos
positivos e recursos financeiros para regularização ambiental e desenvolvimento de
uma nova economia.
10. Que fatores a RECAM identifica como disparadores das iniciativas de gestão municipal
sustentável na Amazônia?
a. CRISE & INCENTIVOS: crise (seca, pressão de mercado); fomento; comando e
controle (fiscalização, lista MMA);
b. COMPROMISSO POLÍTICO E ARRANJO MULTISETORIAL: Integração poder público sociedade civil – setor privado; aporte técnico da sociedade civil; equipe qualificada
na SEMMA; espaços inclusivos e de empoderamento;
c. HISTÓRICO E CULTURA LOCAL: Histórico de ações de longo prazo; Sensibilização
para uma consciência de mudança; e
d. AGENTES DE MUDANÇA: Externos e internos.
11. O que a RECAM já fez?
A RECAM está em fase de estruturação e consolidação. Até o momento, já facilitou alianças
bilaterais entre os membros atuando sobre o mesmo território e a elaboração do curso
“Capacitação e Formação de uma Comunidade de Prática para Fortalecer Iniciativas de
Governança Socioambiental Participativa”, com as instituições membro da rede. A
capacitação terá duração de um ano, com módulos presenciais e exercícios entre os
módulos, com início em novembro de 2014. Além disso, a rede está mapeando as atividades
de capacitação oferecidas por seus membros e iniciou a construção de um marco conceitual
sobre a Teoria de Mudança que pauta as atividades de capacitação para municípios
verdes/sustentáveis.
12. O que é a Teoria da Mudança?
A Teoria da Mudança consiste em uma ferramenta utilizada para sistematizar os problemas
socioambientais complexos, e as soluções identificadas, que no caso da RECAM, tangem a
gestão municipal sustentável na Amazônia.
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13. E como a capacitação pode contribuir para esta mudança?
Um dos principais gargalos para uma mudança de rumo no modelo de desenvolvimento
dos municípios Amazônicos é a fragilidade do governo local - pouca capacidade técnica e
administrativa – e das lideranças locais para promover esta agenda. O trabalho em
municípios que avançaram em uma mudança de modelo mostram que a estruturação das
bases, principalmente por meio de capacitação técnica e promoção de debate político, é
fundamental.
14. Quais são os próximos passos da RECAM?
Uma série de atividades em diferentes escalas está prevista para integrar, fortalecer e dar
solidez às iniciativas locais: mapeamento das ofertas e demandas para identificar temas
estratégicos e vazios de conhecimento em capacitação de stakeholders locais; um processo
de formação contínua para quadros das ONGs que atuam como catalisadores dos projetos
locais; e um espaço de diálogo e reflexão a nível estratégico relacionando as ações das
ONGs com seus impactos na governança socioambiental nos municípios.
15. Por que fazer parte da rede?
Para facilitar a articulação e aprendizado sobre capacitação em gestão municipal, assim
como explorar caminhos conjuntos para dar escala aos resultados que têm sido alcançados
pelas iniciativas de gestão municipal sustentável através de capacitações e da disseminação
de experiências exitosas.
16. Qualquer um pode fazer parte? Como entrar na rede?
Podem fazer parte instituições de qualquer natureza (ONGs, governos, academia,
organismos de financiamento, entre outros), que estejam alinhadas com os princípios e
missão da rede; atuem na Amazônia na área socioambiental ou na gestão municipal; e
tenham interesse ou trabalhem com o tema capacitação, com foco no fortalecimento de
municípios verdes ou sustentáveis. Para aderir à rede, no entanto, a instituição deve ser
convidada por um dos membros.
17. Como são financiadas as atividades da RECAM?
A rede não conta com um orçamento próprio. Os recursos necessários para a
implementação das atividades previstas, sejam eles humanos, materiais ou financeiros, são
disponibilizados e/ou captados pelas organizações membro conforme o caso.
18. Como conhecer mais sobre as ações da RECAM e seus membros?
A RECAM ainda não possui website, mas informações podem ser obtidas através de
qualquer instituição membro.
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Recam – FAQ - Instituto Centro de Vida