PISO SALARIAL PROFISSIONAL
NACIONAL PARA OS PROFISSIONAIS
DO MAGISTÉRIO PÚBLICO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
CESAR CALLEGARI
www.cesarcallegari.com.br
A LEI 11.738,
DE 16 DE JULHO DE 2008
Regulamenta a alínea “e” do inciso III do
caput do art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, para instituir o
piso salarial profissional nacional para os
profissionais do magistério público da
educação básica.
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Art. 1o Esta Lei regulamenta o piso salarial
profissional nacional para os profissionais do
magistério público da educação básica a
que se refere a alínea “e” do inciso III do
caput do art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Art. 2o O piso salarial profissional nacional para os
profissionais do magistério público da educação
básica será de R$ 950,00 (novecentos e cinqüenta
reais) mensais, para a formação em nível médio, na
modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece
as diretrizes e bases da educação nacional.
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Artigo 2º:
§ 1o O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão
fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da
educação básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta)
horas semanais.
§ 2o Por profissionais do magistério público da educação básica
entendem-se aqueles que desempenham as atividades de
docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é,
direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão,
orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito
das unidades escolares de educação básica, em suas diversas
etapas e modalidades, com a formação mínima determinada pela
legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional.
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Artigo 2º:
§ 3o Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de
trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao valor mencionado
no caput deste artigo.
§ 4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o
limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o
desempenho das atividades de interação com os educandos.
§ 5o As disposições relativas ao piso salarial de que trata esta
Lei serão aplicadas a todas as aposentadorias e pensões dos
profissionais do magistério público da educação básica
alcançadas pelo art. 7o da Emenda Constitucional no 41, de 19
de dezembro de 2003, e pela Emenda Constitucional no 47, de
5 de julho de 2005.
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Art. 3o O valor de que trata o art. 2o desta Lei
passará a vigorar a partir de 1o de janeiro de
2008, e sua integralização, como vencimento
inicial das Carreiras dos profissionais da
educação básica pública, pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios será feita de forma
progressiva e proporcional, observado o
seguinte:
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Artigo 3º:
I – (VETADO);
II – a partir de 1o de janeiro de 2009, acréscimo de 2/3
(dois terços) da diferença entre o valor referido no art.
2o desta Lei, atualizado na forma do art. 5o desta Lei,
e o vencimento inicial da Carreira vigente;
III – a integralização do valor de que trata o art. 2o
desta Lei, atualizado na forma do art. 5o desta Lei,
dar-se-á a partir de 1o de janeiro de 2010, com o
acréscimo da diferença remanescente.
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Artigo 3º:
§ 1o A integralização de que trata o caput deste
artigo poderá ser antecipada a qualquer tempo pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
§ 2o Até 31 de dezembro de 2009, admitir-se-á que o
piso salarial profissional nacional compreenda
vantagens pecuniárias, pagas a qualquer título, nos
casos em que a aplicação do disposto neste artigo
resulte em valor inferior ao de que trata o art. 2o desta
Lei, sendo resguardadas as vantagens daqueles que
percebam valores acima do referido nesta Lei.
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Art. 4o A União deverá complementar, na
forma e no limite do disposto no inciso VI do
caput do art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias e em regulamento, a
integralização de que trata o art. 3o desta Lei,
nos casos em que o ente federativo, a partir da
consideração dos recursos constitucionalmente
vinculados à educação, não tenha
disponibilidade orçamentária para cumprir o
valor fixado.
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Artigo 4º:
§ 1o O ente federativo deverá justificar sua
necessidade e incapacidade, enviando ao
Ministério da Educação solicitação fundamentada,
acompanhada de planilha de custos comprovando
a necessidade da complementação de que trata o
caput deste artigo.
§ 2o A União será responsável por cooperar
tecnicamente com o ente federativo que não
conseguir assegurar o pagamento do piso, de forma
a assessorá-lo no planejamento e aperfeiçoamento
da aplicação de seus recursos.
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Art. 5o O piso salarial profissional nacional
do magistério público da educação
básica será atualizado, anualmente, no
mês de janeiro, a partir do ano de 2009.
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Parágrafo único. A atualização de que
trata o caput deste artigo será calculada
utilizando-se o mesmo percentual de
crescimento do valor anual mínimo por
aluno referente aos anos iniciais do ensino
fundamental urbano, definido
nacionalmente, nos termos da Lei no
11.494, de 20 de junho de 2007.
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Art. 6o A União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios deverão elaborar ou adequar seus
Planos de Carreira e Remuneração do
Magistério até 31 de dezembro de 2009, tendo
em vista o cumprimento do piso salarial
profissional nacional para os profissionais do
magistério público da educação básica,
conforme disposto no parágrafo único do art.
206 da Constituição Federal.
LEI 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
Art. 7o (VETADO)
Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 16 de julho de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
Nelson Machado
Fernando Haddad
Paulo Bernardo Silva
José Múcio Monteiro Filho
José Antonio Dias Toffoli
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Piso Salarial Profissional Nacional – Lei nº 11.738, de 16/7/2008
fonte: site do MEC
1. O que é?
Em 16 de julho de 2008 foi sancionada a Lei n° 11.738, que instituiu o
piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério
público da educação básica, regulamentando disposição constitucional
(alínea ‘e’ do inciso III do caput do artigo 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias).
O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual os entes
federativos (União, estados, Distrito Federal e municípios) não poderão
fixar o vencimento inicial das carreiras do magistério público da
educação básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas
semanais.
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2. Qual o valor do piso?
O valor do piso salarial profissional nacional para os profissionais
do magistério público da educação básica com formação em
nível médio na modalidade normal foi fixado pela lei em R$
950,00 (novecentos e cinquenta reais).
Governadores de alguns estados moveram Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) contra a lei. Em decisão cautelar, o
Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que o termo “piso” deve
ser entendido como a remuneração mínima a ser recebida pelos
professores.
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3. Esse valor pode incluir gratificações ou outras
vantagens pecuniárias?
De acordo com o artigo 2° da Lei n° 11.738/2008, até 31 de dezembro de 2009 admite-se que
para atingir o valor do piso sejam computadas as vantagens pecuniárias pagas a qualquer título.
Após essa data, ainda segundo a lei, o valor do piso deverá corresponder ao vencimento inicial
da carreira.
Até que o STF analise a constitucionalidade da norma, no julgamento de mérito, os professores
das escolas públicas terão a garantia de não receber abaixo de R$ 950,00, podendo ser
somados aí o vencimento básico (salário) e as gratificações e vantagens. Esse entendimento
deverá ser mantido até o julgamento final da ADI 4167.
Deve-se destacar que a definição do piso nacional não impede que os entes federativos tenham
pisos superiores ao nacional. De qualquer forma, devem ser resguardadas as vantagens
daqueles que percebam valores acima do referido na lei. Assim, se um professor recebe
atualmente uma remuneração mensal superior a R$ 950,00, seja ela composta de salário,
gratificação ou outras vantagens, a implementação do piso poderá fazer com que tais
vantagens sejam incorporadas ao seu vencimento, mas não poderá reduzir sua remuneração
total.
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4. Para que profissionais o piso se aplica?
O valor de R$ 950,00 do piso se aplica para
profissionais do magistério público da educação
básica com formação em nível médio na
modalidade normal com jornada de 40 horas
semanais.
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5. Quais são os profissionais do magistério público
da educação básica?
Por profissionais do magistério público da educação básica
entendem-se aqueles que desempenham as atividades de
docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é,
direção ou administração, planejamento, inspeção,
supervisão, orientação e coordenação educacionais,
exercidas no âmbito das unidades escolares de educação
básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a
formação mínima determinada pela legislação federal de
diretrizes e bases da educação nacional.
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6. Qual o valor do piso para profissionais de nível
superior?
A lei não fixa valor para a remuneração de profissionais de
nível superior.
O valor do piso fixado para profissionais com formação em
nível médio deve servir de ponto de partida para a fixação
dos vencimentos dos profissionais de nível superior ou com
outros graus de formação, a critério de cada ente
federativo.
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6. O que a lei prevê em relação à carga horária
dos profissionais do magistério?
A lei prevê que o piso de R$ 950,00 seja aplicado para uma jornada de
40 (quarenta) horas semanais.
Além disso, prevê que, na composição da jornada de trabalho, o limite
máximo para desempenho das atividades de inteiração com os
educandos é de dois terços dessa carga horária.
Em decisão cautelar da ADI 4167, movida pelos governadores, o STF
declarou inconstitucional a regra que determina o cumprimento de no
máximo dois terços da carga dos professores para desempenho de
atividades em sala de aula. Esse entendimento deverá ser mantido até
o julgamento final da ADI 4167.
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7. Pode haver jornada inferior a 40 horas?
Não há qualquer vedação na lei para instituição de
jornadas inferiores a 40 horas.
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8. Como devo calcular o valor do piso para
profissionais com jornada inferior a 40 horas semanais?
O piso deve ser calculado de forma, no mínimo, proporcional.
Assim, por exemplo, para um professor de nível médio com
jornada de 20 horas semanais (50% da jornada máxima de 40
horas semanais), o valor não poderá ser inferior a R$ 475,00
(50% do valor do Piso).
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9. A partir de que data deve ser pago o piso?
O piso deve começar a ser pago em 1º de janeiro
de 2009, de forma progressiva e proporcional,
tendo seu valor integralizado em 1º de janeiro de
2010.
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10. Quanto devo pagar a partir de janeiro de 2009?
Como calcular os 2/3 da diferença entre o valor do
piso e o valor vigente?
A partir de 1º de janeiro de 2009 os entes federativos que estiverem
pagando para seus professores valores inferiores a R$ 950,00 deverão
reajustar os salários com aumento de 2/3 da diferença entre o valor do
piso e o valor vigente.
Assim, é preciso, inicialmente verificar qual a diferença entre R$ 950,00
e o valor praticado no município ou estado. Deste valor, 2/3 ou 66,66%
deve ser acrescido ao valor vigente em janeiro de 2009 e o 1/3 restante,
ou 33,33%, em janeiro de 2010, completando 100% do valor do piso.
(continua...)
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Exemplo 1: No município A a remuneração atual de um professor de
nível médio com jornada de 40 horas semanais é de R$ 800,00. A
diferença entre este valor e o piso nacional é de R$ 150,00. Essa
diferença deverá ser progressivamente incorporada à remuneração do
professor, da seguinte forma:
Valor pago atualmente no município A
R$ 800,00
Diferença entre o valor pago e o piso nacional
R$ 150,00 (R$ 950,00 – R$ 800,00)
Aumento que deverá ser aplicado em 1/1/2009
R$ 100,00 (66,66% de R$ 150,00)
Total do vencimento em 1/1/2009
R$ 900,00 (R$ 800,00 + R$ 100,00)
Aumento que deverá ser aplicado em 1/1/2010
R$ 50,00 (33,33% de R$ 150,00)
Total do vencimento em 1/1/2010
R$ 950,00 (R$ 900,00 + R$ 50,00)
(continua...)
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Exemplo 2: No município B a remuneração atual de um professor de
nível médio com jornada de 40 horas semanais é de R$ 500,00. A
diferença entre este valor e o piso nacional é de R$ 450,00. Essa
diferença deverá ser progressivamente incorporada à remuneração do
professor, da seguinte forma:
Valor pago atualmente no município B
R$ 500,00
Diferença entre o valor pago e o piso nacional
R$ 450,00 (R$ 950,00 – R$ 500,00)
Aumento que deverá ser aplicado em 2009
R$ 300,00 (66,66% de R$ 450,00)
Total do vencimento em 1/1/2009
R$ 800,00 (R$ 500,00 + R$ 300,00)
Aumento que deverá ser aplicado em 1/1/2010
R$ 150,00 (33,33% de R$ 450,00)
Total do vencimento em 1/1/2010
R$ 950,00 (R$ 800,00 + R$ 150,00)
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11. Como se dará a complementação da União?
A complementação da União para fins da integralização do valor do piso
salarial se dará dentro dos limites fixados no inciso VI do caput do art. 60
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias que diz que até 10%
(dez por cento) da complementação da União ao Fundeb poderá ser
distribuída para os fundos por meio de programas direcionados para a
melhoria da qualidade da educação.
As diretrizes, requisitos, critérios e forma para a distribuição destes
recursos entre os entes federativos que não tenham disponibilidade
orçamentária para cumprir o valor do piso salarial., ainda carecem de
regulamentação, conforme previsão expressa da Lei.
De qualquer modo a complementação da União só deverá ocorrer a partir
de 1º de janeiro de 2010 quando o valor do piso será integralizado pelos
entes federativos.
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12 . O que a lei diz sobre Plano de Carreira e
Remuneração?
A lei diz que a União, os estados, o Distrito Federal e os
municípios deverão elaborar ou adequar seus Planos de
Carreira e Remuneração do Magistério até 31 de dezembro
de 2009, tendo em vista o cumprimento do piso salarial
profissional nacional para os profissionais do magistério
público da educação básica.
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