Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca - ENSP/FIOCRUZ
Especialização em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social
Plenária III
Unidade de Aprendizagem IIOrganizações e Instituições
É com
imenso
prazer que
apresento à
vocês o
Grupo
Relaxa em
mais uma
produção...
O Reino Relaxista e as
Famílias Reais Promotoras de Saúde
Situação Problema 1:
Percepção de crianças e
adolescentes sobre temas de
saúde
Principais Conceitos
Segundo Becker (2004), diagnóstico participativo
é a realização de um diagnóstico em um território
que visa conhecê-lo em profundidade de maneira
a problematizar as principais dimensões de sua
realidade social. Becker ainda acrescenta o termo
comunitário, pois diz que o Diagnóstico
Participativo Comunitário amplifica suas
possibilidades na medida em que pressupõem que
seja realizado em um contexto complexo e
dinâmico como são as comunidades, contando
para tal com a participação efetiva dos atores
sociais envolvidos no processo dinâmico de
investigação social.
Principais Conceitos
Ievorlino (2001) diz que alguns autores afirmam
que o grupo focal enfatiza a compreensão dos
problemas do ponto de vista dos grupos
populacionais, assim como o conhecimento das
aspirações da comunidade expressos por ela
própria.
Questões Nucleares
 Sedentarismo
 Prática de atividade
física
 Diagnóstico
Participativo
 Determinantes
Sociais de Saúde
Cenário
 Escuta
 Diferenças
 Grupos Focais
 Iniqüidades
 Pautas de Vida
 Participação
Social
Questão de Aprendizagem
Quais recursos
metodológicos podem
contribuir para promover o
diálogo dos determinantes
sociais de saúde com as
pautas de vida?
Principais Conceitos
Os Recursos Metodológicos são
encaminhamentos que podem
favorecer a construção de linhas de
ações e planejamento didático,
oferecendo orientações, sem,
entretanto, estabelecer regras fixas a
serem seguidas.
(Site da Secretaria de Educação do Paraná).
Principais Conceitos
Esse movimento de reorganização
tecnológica do trabalho em saúde quer
compreender como se dão as complexas
relações entre homem e o seu
espaço/território de vida e trabalho sendo
fundamental para a identificação de suas
características históricas, econômicas,
culturais, epidemiológicas e sociais, bem
como de seus problemas
(vulnerabilidades) e potencialidades.
(BATISTELA, et al., 2007).
Principais Conceitos
Os modos de vida (situação de saúde da
população de cada sociedade) são a expressão
das características do meio natural, das
forças produtivas, da organização econômica
e política, da relação com o meio ambiente,
da cultura, da história e de outros processos
que configuram as identidades e as formações
de uma sociedade
Principais Conceitos
A complexidade de determinantes,
condicionantes e fatores envolvidos
sugerem a identificação de problemas
mais amplos, que tradicionalmente
não figuram entre os problemas
médicos ou epidemiológicos, nem na
linha de ação dos profissionais da
saúde. (BATISTELA, et al., 2007)
Principais Conceitos
Com a adoção de recursos metodológicos a
ação pedagógica deve procurar estabelecer
uma relação de aprendizado compartilhado,
de mútua busca do saber entre aqueles
atores envolvidos. Não se trata de buscar a
modelagem de comportamentos tidos como
não saudáveis ou de risco, mas sim de
identificar e compreender as razões das
vulnerabilidades coletivas.
(BATISTELA, et al., 2007)
Principais Conceitos
Enquanto qualidade de vida, a pauta da
promoção da saúde e desenvolvimento social
é, também, uma pauta de vida, fruto de
relações, sentidos e significados simbólicos
que podem mudar de indivíduo pra indivíduo,
assim como de coletivo para coletivo, às vezes,
demarcando fronteiras, às vezes celebrando
igualdades, porém, procurando sempre
entender e respeitar as diferenças.
Principais Conceitos
Como ponto de partida o acolhimento e processamento
de escutas, a pesquisas-ação-participativa, o
diagnóstico participativo, assim como o grupo focal,
têm se demonstrado como potenciais meios de
obtenção e elaboração de políticas, programas,
estratégias e ações de promoção da saúde, justamente,
por sair de objetivação do outro ao momento em que,
nesta relação, além do outro objetivá-lo, o pesquisador
tem também a chance de se meta-objetivar. Onde, no
momento em que a saúde é um produto sócio-cultural,
ou seja, depende, precisa e é fruto da participação de
todos, há a necessidade de que todos se reconheçam e
percebam o outro como promotor da saúde, e isso, para
muito além do setor saúde.
Relato de Prática 1:
Entre o Céu e o Inferno
Entre o céu e o inferno
Um Senhor tinha três filhos, ele e a família eram um assíduos
participante dos Testemunhas de Jeová na cidade de Juiz de
Fora. Um dia a filha mais nova que tinha sete anos sentiu-se mal
e o pai a levou ao Hospital. Ao chegar, a equipe médica já
percebeu que a criança estava bem pálida, muito magra e era
bem pequena para a idade, relatava fortes dores de cabeça e
segundo o pai as dores eram diárias. Após a avaliação médica e
exames clínicos foi diagnosticado que a menina tinha um tumor
cerebral devido a uma má formação congênita e que poderia ter
sido diagnosticado mais cedo se os pais tivessem procurado
ajuda medica.
O neurologista de plantão chamou o pai e disse:
_ Será necessário fazer uma cirurgia no cérebro da sua filha e
preciso que o Senhor reúna seus familiares e veja quem pode é
compatível para doar sangue porque ela vai precisar durante e
após a cirurgia.
Isso foi motivo de uma grande confusão no hospital o pai disse
ao médico:
-Preferia ver a minha filha morta mais indo para o céu do que
tê-la a filha viva e ela fosse pro inferno.
Juntaram médicos, assistente social, enfermeiros e ninguém
conseguiu convencer aquele pai que a cirurgia e a transfusão
sanguínea eram os únicos recursos para salvar a filha. Depois de
muitos bate bocas, agressões físicas o pai assinou um termo de
responsabilidade e tirou a filha do Hospital levando-a para a
casa e disse aos médicos:
Se a minha filha tiver de ser curada será Deus que fará e não
vocês.
Principais Conceitos
“Cultura é uma manifestação coletiva
que reúne heranças do passado, modos
de ser do presente e aspirações, isto é, o
delineamento do futuro desejado. Por
isso mesmo, tem de ser genuína, isto é,
resultar das relações profundas do
homem com seu meio, sendo por isso o
grande cimento que defende as
sociedades locais, regionais e nacionais
contra as ameaças de deformação ou
dissolução de que possam ser vítimas”.
(SANTOS, p. 65. 2002)
Questões Nucleares
 Mediação
 Respeito a vida
 Cultura/crença
 Negociar
 Formação
 Opções
 Judicialização da
saúde
 Bioética
 Direito
 Poder médico
 Fé
 Ouvir
 Significação da
vida
 Olhar para o
outro
 Conciliação
 Diferente
 Cuidado
Questão de Aprendizagem
Como mediar os conflitos
entre as práticas de saúde e
as diferentes culturas e
crenças religiosas?
Principais Conceitos
Cuidar vai muito além de impor aquilo que
acreditamos como sendo o mais correto...
Mediar práticas de saúde com as diferentes
culturas e crenças religiosas, não é um fim
em si mesmo; requer esforço profissional
em ultrapassar barreiras, muitas vezes
religiosas para entender qual o significado
que as crenças têm na vida das pessoas e
considerar a interferência das diferentes
culturas.
Principais Conceitos
“É preciso que os profissionais de
saúde se interroguem acerca de
porque, como, e quanto se
responsabilizam, em relação aos
projetos de felicidade daqueles cuja
saúde cuida, preocupando-se
também acerca do quanto esses
sujeitos são conhecedores e
partícipes da sua própria vida”.
AYRES (p. 24. 2004)
Principais Conceitos
Tomando por base a dimensão existencial do
Cuidado defendida por Ayres e uma dimensão
bioética podemos chegar a duas conclusões: a
primeira é que se pode extrair como regra geral que
a tomada de decisão ou mediação dos conflitos nas
práticas de saúde deve ser respaldada na legislação,
como a Constituição Brasileira de 1988 que em seu
artigo 5º garante a liberdade de crença religiosa,
assegurando que as pessoas possam tomar decisões
acerca de sua vida em concordância com a própria
fé; assim como nos códigos de ética das profissões
envolvidas nos conflitos...
Principais Conceitos
... E a segunda é que a base da mediação
fundamenta-se na dimensão dialógica entre
envolvidos – usuários, famílias, profissionais de
saúde e outros – que segundo Ayres, (2004) é
condição básica de possibilidade do encontro,
poder ouvir e fazer-se ouvir, pólos indissociáveis
do diálogo em que faz surgir o cuidador e o
cuidado, o cuidado e o cuidador.
Principais Conceitos
A promoção da saúde, a partir desse aspecto e
como proposta política, tem um debate de
grande complexidade pela frente, onde,
respeitando as diferentes culturas presentes e
representadas nos e, às vezes, por um território
ou uma individualidade, tem de construir um
diálogo co-participativo onde esta não
intervenha, mesmo que indiretamente, como
deformadora cultural, abrindo espaços para
outros interesses.
Situação Problema 2:
Desafios de uma equipe frente
ao envelhecimento
Principais Conceitos
Os idosos se tornaram
descartáveis em um sistema
que valoriza a capacidade
produtiva em detrimento de
outras habilidades do ser
humano.
(ECLÉA BOSI,1987)
Questões Nucleares
 Problemas sociais
 Estatuto do idoso
 Atendimento
fragmentado
 Redes
 Integralidade
 Vínculo
 Política do Idoso
 Ouvir e escutar
 Acesso
 Articulação de
ações
 Espaço para o
envelhecimento
saudável
 Programas
focalizados
 Participação
social
 Demanda
Questão de Aprendizagem
Como promover a
integralidade do cuidado à
população idosa no
cotidiano das práticas de
saúde?
Principais Conceitos
Relações baseadas no acolhimento,
vínculo e escuta, levando em
consideração que: ´´não é possível
humanizar as práticas de saúde se não
se parte do pressuposto de que a
resposta à diferentes necessidades de
saúde é o fundamento de qualquer
proposta de inclusão emancipatória dos
sujeitos nas políticas e ações de
saúde.``(AYRES, p. 28. 2011)
Principais Conceitos
Segundo Mattos (2001), se faz necessário como
diz, uma recusa ao reducionismo, uma recusa à
objetivação dos sujeitos e talvez uma afirmação
da abertura para o diálogo. Talvez a integralidade
só se realize quando procuramos estabelecer uma
relação sujeito-sujeito, quer nas nossas práticas
nos serviços de saúde, quer nos debates sobre a
organização dos serviços, quer nas discussões
sobre as políticas. Isso talvez envolva uma
abertura para o diálogo com o outro, que nem
sempre resiste aos nossos projetos, do mesmo
modo que resistimos aos seus projetos.
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