Marília de Dirceu
Prof. Vanderlei
TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA
MARÍLIA DE DIRCEU
Marília de Dirceu
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ARCADISMO:
> Bucolismo
> Amor galante
> Valorização da mitologia pagã
> Racionalismo
> Carpe diem - vida sem exageros
> Simplicidade
> Imitação dos clássicos
> Minas Gerais/Ciclo do ouro/Inconfidência Mineira
Marília de Dirceu
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Tomás Antônio Gonzaga - ouvidor em
Minas Gerais > é acusado de conspirar na
Inconfidência Mineira - preso e enviado,
meses mais tarde para Moçambique = fim
de sua relação com a jovem Maria
Dorotéia
Marília de Dirceu
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A obra Marília de Dirceu apresenta traços desta relação envolvimento > separação
Marília = Maria Dorotéia
Dirceu = Tomás Antônio Gonzaga
Marília de Dirceu
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Marília de Dirceu:
 Dividida em três partes
 Traços pré-românticos - sofrimento
(alguns críticos)
Marília de Dirceu
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PRIMEIRA PARTE
 Dirceu se declara/exalta a figura de Marília
 Natureza = palco do idílio
 Dirceu se assume como pastor
Marília de Dirceu
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Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’ expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
Mas tendo tantos dotes da ventura,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Só apreço lhes dou, gentil Pastora,
Graças, Marília bela,
Depois que teu afeto me segura,
Graças à minha Estrela!
Que queres do que tenho ser senhora.
É bom, minha Marília, é bom ser dono
De um rebanho, que cubra monte, e prado;
Porém, gentil Pastora, o teu agrado
Marília vale
Vale mais q’um rebanho e mais q’um trono
mais que posses
Graças, Marília bela,
materiais
Graças à minha Estrela!
Marília de Dirceu
Lira II
Pintam, Marília, os Poetas
A um menino vendado,
Com uma aljava de setas,
Arco empunhado na mão;
Ligeiras asas nos ombros,
O tenro corpo despido,
E de Amor, ou de Cupido
São os nomes, que lhe dão.
Porém eu, Marília, nego,
Que assim seja Amor; pois ele
Nem é moço, nem é cego,
Nem setas, nem asas tem.
Ora pois, eu vou formar-lhe
Um retrato mais perfeito,
Que ele já feriu meu peito;
Por isso o conheço bem. (...)
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Tem redonda, e lisa testa,
Arqueadas sobrancelhas;
A voz meiga, a vista honesta,
E seus olhos são uns sóis.
Aqui vence Amor ao Céu,
Que no dia luminoso
Imagem
O Céu tem um Sol formoso, do Amor =
E o travesso Amor tem dois.
rosto de
Marília
Tu, Marília, agora vendo
De Amor o lindo retrato,
Contigo estarás dizendo,
Que é este o retrato teu.
Sim, Marília, a cópia é tua,
Que Cupido é Deus suposto:
Se há Cupido, é só teu rosto,
Que ele foi quem me venceu.
Marília de Dirceu
Lira VII
Vou retratar a Marília,
A Marília, meus amores;
Porém como? Se eu não vejo
Quem me empreste as finas cores:
Dar-mas a terra não pode;
Não, que a sua cor mimosa
Vence o lírio, vence a rosa,
O jasmim, e as outras flores. (...)
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Mas não se esmoreça logo;
Busquemos um pouco mais;
Nos mares talvez se encontrem
Cores, que sejam iguais.
Porém não, que em paralelo
Da minha Ninfa adorada
Pérolas não valem nada,
E nada valem corais.
Marília supera as belezas
terrenas (flor, pérolas, corais)
Marília de Dirceu
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Lira VIII
Marília, de que te queixas?
De que te roubou Dirceu
O sincero coração?
Não te deu também o seu?
E tu, Marília, primeiro
Não lhe lançaste o grilhão?
Todos amam: só Marília
Desta Lei da Natureza
Queria ter isenção?
Dirceu comenta que Marília não tinha do
que reclamar: ela roubara seu coração antes
e amar é da natureza humana
Marília de Dirceu
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Lira XVIII
Enrugaram-se as faces, e perderam
Não vês aquele velho respeitável
Seus olhos a viveza;
Que à muleta encostado
Voltou-se o seu cabelo em branca neve:
Apenas mal se move, e mal se arrasta? Já lhe treme a cabeça, a mão, o queixo,
Oh! quanto estrago não lhe fez o tempo!
Não tem uma beleza
O tempo arrebatado,
Das belezas, que teve.
Que o mesmo bronze gasta.
Assim também serei, minha Marília,
Daqui a poucos anos; (...)
A velhice para Dirceu
será suavizada com
a presença/apoio
de Marília
Mas sempre passarei uma velhice
Muito menos penosa.
Não trarei a muleta carregada:
Descansarei o já vergado corpo
Na tua mão piedosa,
Na tua mão nevada.
Marília de Dirceu
Lira XXVIII
Cupido tirando
Dos ombros a aljava
Num campo de flores
Contente brincava.
Mal julga que dorme
Se chega contente,
As armas lhe furta,
E o Deus a não sente.
E o corpo tenrinho
Depois, enfadado,
Incauto reclina
Na relva do prado.
Os Faunos, mal viram
As armas roubadas,
Saíram das grutas
Soltando risadas.
Marília formosa,
Que ao Deus conhecia,
Oculta espreitava
Quanto ele fazia.
Acorda Cupido,
E a causa sabendo,
A quantos o insultam
Responde, dizendo:
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“Temíeis as setas
“Nas minhas mãos cruas!
“Vereis o que podem
“Agora nas suas.”
Marília seria mais
perigosa com as
setas de Cupido do
que o próprio Cupido
Marília de Dirceu
Lira XXX
Junto a uma clara fonte
A mãe de Amor s assentou,
Encostou na mão o rosto,
No leve sono pegou.
Cupido, que a viu de longe,
Contente ao lugar correu;
Cuidando que era Marília
Na face um beijo lhe deu.
Acorda Vênus irada:
Amor a conhece; e então
Da ousadia, que teve,
Assim lhe pede o perdão:
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“Foi fácil, ó Mãe formosa,
“Foi fácil o engano meu;
“Que o semblante de Marília
“É todo o semblante teu.”
Até mesmo o Cupido se
mostra maravilhado com
a beleza de Marília a confunde com Vênus
Marília de Dirceu
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SEGUNDA PARTE
 Dirceu sofre por estar longe de Marília = tema central
 Dirceu prega que sua prisão é injusta
 Proximidade com a biografia do autor
 Desespero/angústia/dor
Marília de Dirceu
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Lira I
Já não cinjo de louro a minha testa;
Nem sonoras canções o Deus me inspira:
Ah! que nem me resta
Se alguém me perguntar onde eu te vejo,
Uma já quebrada,
Responderei: No peito, que uns Amores
Mal sonora Lira! (...)
De casto desejo
Nesta cruel masmorra tenebrosa
Aqui te pintaram,
Ainda vendo estou teus olhos belos,
E são bons Pintores.
A testa formosa,
Os dentes nevados,
Mal meus olhos te viram, ah! nessa hora
Os negros cabelos.
Teu retrato fizeram, e tão forte,
Vejo, Marília, sim, e vejo ainda
A chusma dos Cupidos, que pendentes
Dessa boca linda,
Nos ares espalham
Suspiros ardentes.
Que entendo, que agora
Só pode apagá-lo
O pulso da Morte.
Dirceu diz que não esqueceria
de Marília, mesmo estando
longe - somente a morte o faria
Marília de Dirceu
Lira III
Sucede, Marília bela,
À medonha noite o dia;
A estação chuvosa e fria
À quente seca estação.
Muda-se a sorte dos tempos;
Só a minha sorte não?
Os troncos nas Primaveras
Brotam em flores viçosos,
Nos Invernos escabrosos
Largam as folhas no chão.
Muda-se a sorte dos troncos;
Só a minha sorte não?
Prof. Vanderlei
Dirceu salienta
que nada no mudo
é eterno - somente
seu sofrimento
parece ser
Marília de Dirceu
Lira IX
A estas horas
Eu procurava
Os meus Amores;
Tinham-me inveja
Os mais Pastores. (...)
Marília vendo,
Que eu só com ela
É que falava,
Ria-se a furto,
E disfarçava.
Mal eu a via,
Um ar mais leve,
(Que doce efeito!)
Já respirava
Meu terno peito. (...)
Desta maneira
Nos castos peitos,
De dia em dia
A nossa chama
Mais se acendia. (...)
No colo a punha;
Então brincando
A mim a unia;
Mil coisas ternas
Aqui dizia.
Assim vivia...
Hoje em suspiros
O canto mudo;
Assim, Marília,
Se acaba tudo.
Prof. Vanderlei
Dirceu compara
a vida que tinha
com a vida que
agora leva, longe
de Marília
Marília de Dirceu
Lira XX
Se me viras com teus olhos
Nesta masmorra metido,
De mil idéias funestas,
E cuidados combatido,
Qual seria, ó minha Bela,
Qual seria o teu pesar?
À força da dor cedera,
E nem estaria vivo,
Se o menino Deus vendado,
Extremoso, e compassivo,
Com o nome de Marília
Não me viesse animar.
Prof. Vanderlei
Dirceu só não morre porque
lembra de Marília na pele de
Cupido
Marília de Dirceu
Lira XXXIV
Vou-me, ó Bela, deitar na dura cama,
De que nem sequer sou o pobre dono:
Estende sobre mim Morfeu as asas,
E vem ligeiro o sono.
Prof. Vanderlei
Aqui, alerta, grita o mau soldado;
E o outro, alerta estou, lhe diz gritando:
Acordo com a bulha, então conheço,
Que estava aqui sonhando.
Se o meu crime não fosse só de amores,
Os sonhos, que rodeiam a tarimba,
A ver-me delinqüente, réu de morte,
Mil coisas vão pintar na minha idéia;
Não pintam cadafalsos, não, não pintam Não sonhara, Marília, só contigo,
Sonhara de outra sorte.
Nenhuma imagem feia.
Pintam que estou bordando um teu vestido;
Que um menino com asas, cego, e louro,
Me enfia nas agulhas o delgado,
O brando fio de ouro. (...)
Dirceu diz que sonha com
Marília na prisão e que seu
crime é apenas o de amar
Marília de Dirceu
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TERCEIRA PARTE
 Não se tem certeza sobre a autoria dos versos
 Os poemas podem ter sido escritos na
mocidade do poeta
 Não há uma linha definida entre os poemas
(como nas outras partes)
 Há outras formas de poesia (sonetos)
Marília de Dirceu
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Lira I
Convidou-me a ver seu Templo
O cego Cupido um dia;
Encheu-se de gosto o peito,
Fiz deste Deus um conceito,
Como dele não fazia.
Anda agora a est’outra parte,
Conheces, Dirceu, aquela?
Onde vais, lhe digo, explica,
Que beleza aqui nos fica,
Sem fazeres caso dela?
Aqui vejo descorados
Os terníssimos amantes,
Entre as cadeias gemerem;
Vejo nas piras arderem
As entranhas palpitantes. (...)
Ergo o rosto, ponho a vista
Na imagem não explicada,
Oh! quanto é digna de apreço!
Mal exclamo assim, conheço
Ser a minha doce amada.
Dirceu encontra Marília no templo
de Cupido (entre outras imagens
cultuadas/marcadas pelo amor - Orfeu)
Marília de Dirceu
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Lira III
Tu não verás, Marília, cem cativos
Tirarem o cascalho, e a rica, terra,
Ou dos cercos dos rios caudalosos,
Ou da minada serra.
Não verás enrolar negros pacotes
Das secas folhas do cheiroso fumo;
Nem espremer entre as dentadas rodas
Da doce cana o sumo.
Não verás separar ao hábil negro
Do pesado esmeril a grossa areia,
E já brilharem os granetes de ouro
No fundo da bateia.
Verás em cima da espaçosa mesa
Altos volumes de enredados feitos;
Ver-me-ás folhear os grande livros,
E decidir os pleitos.
Não verás derrubar os virgens matos;
Queimar as capoeiras ainda novas;
Servir de adubo à terra a fértil cinza;
Lançar os grãos nas covas.
Enquanto revolver os meus consultos.
Tu me farás gostosa companhia,
Lendo os fatos da sábia mestra história,
E os cantos da poesia.
Dirceu revela a Marília que ela não veria atividades
rústicas (típicas do período e região) ficando com ele,
mas o trabalho burocrático
Marília de Dirceu
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Lira V
Eu não sou, minha Nise, pegureiro,
que viva de guardar alheio gado;
nem sou pastor grosseiro,
dos frios gelos e do sol queimado,
que veste as pardas lãs do seu cordeiro.
Graças, ó Nise bela,
graças à minha estrela!
Nise é musa do poeta árcade
Cláudio Manuel da Costa - esta
lira remete à Lira I da Parte I
Marília de Dirceu
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Quantas vezes Lidora me dizia,
Ao terno peito minha mão levando:
- Conjurem-se em meu mal os astros, quando
Achares no meu peito aleivosia!
Então que não chorasse lhe pedia,
Por firme seu amor acreditando.
Ah! que em movendo os olhos, suspirando,
Ao mais acautelado enganaria!
Um ano assim viveu. Oh! céus, agora
Mostrou que era mulher: a natureza,
Só por não se mudar, a fez traidora.
Não, não darei mais cultos à beleza,
Que depois de faltar à fé Lidora,
Nem creio que nas deusas há firmeza.
O eu-lírico do poeta
salienta que não mais
acreditaria nas mulheres
depois de Lidora o trair
Marília de Dirceu
(UFSM/98) Considere o trecho
transcrito
a
seguir
para
resolver as próximas duas
questões.
Sucede, Marília bela,
Lira III
À medonha noite o dia;
A estação chuvosa e fria
À quente seca estação
Muda-se a sorte dos tempos;
Só a minha morte não?
Os troncos nas Primaveras
Brotam em flores viçosos,
Nos invernos escabrosos
Largam as folhas no chão.
Prof. Vanderlei
Assinale a alternativa incorreta a
respeito dos versos de Marília de
Dirceu.
(A) Entre os quatro primeiros
versos, ocorrem rimas finais
intercaladas.
(B) A mutação da natureza é
utilizada como recurso de
ênfase à indagação do
poema.
(C) As estrofes jogam com
idéias antitéticas para
salientar sucessividade na
natureza.
(D) A métrica dos versos
classifica-se como
redondilha maior.
(E) No verso 1, ocorre
apóstrofe quando o eu-lírico
dirige-se à sua amada.
Marília de Dirceu
Lira III
Tu não verás, Marília, cem cativos
Tirarem o cascalho, e a rica, terra,
Ou dos cercos dos rios caudalosos,
Ou da minada serra.
Prof. Vanderlei
Não verás separar ao hábil negro
Do pesado esmeril a grossa areia,
E já brilharem os granetes de ouro
No fundo da bateia.
(UFSM/02) No trecho de Marília de Dirceu, expressões como “cem cativos”,
“rios caudalosos” e granetes de ouro” remetem para
(A) A profissão de minerador exercida por Dirceu.
(B) Uma atividade econômica exercida na época.
(C) O desagrado de Dirceu em relação à atividade do pai de Marília.
(D) Preocupações de Dirceu relativas à poluição dos rios.
(E) A prosperidade em que vivia o povo brasileiro.
Marília de Dirceu
(UFRGS/03) Leia os excertos abaixo,
extraídos de Marília de Dirceu (Lira XXII),
de Tomás Antônio Gonzaga.
“Tu não habitarás palácios grandes,
nem andarás nos coches voadores;
porém terás um vate* que te preze,
que cante os teus louvores.”
“Que belezas, Marília, floresceram,
de quem nem sequer temos a memória!
Só podem conservar um nome eterno
Os versos, ou a história.”
“É melhor, minha bela, ser lembrada
por quantos hão-de vir sábios humanos,
que ter urcos **, ter coches, ter tesouros
Que morrem com os anos.”
* poeta
**navegações portuguesas so século XVII
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Assinale a alternativa incorreta em
relação a esses excertos.
(A) Os excertos são compostos em forma
de quadras, que pretendem valorizar a
figura da mulher amada.
(B) Os versos, de um lirismo característico
do
autor,
estabelecem
uma
comparação entre os bens materiais e
a poesia.
(C) Entre os temas sugeridos estão a
passagem do tempo e a eternização do
nome de Marília nos versos de Dirceu.
(D) Pela referência a “tesouros”, as
estrofes citadas centram-se na crítica à
exploração do ouro nas Minas Gerais
do século XVIII.
(E) Ao prezar sua musa e cantar os seus
louvores, o poeta dá um tratamento
elevado ao amor, mostrando que as
riquezas são passageiras.
Marília de Dirceu
Prof. Vanderlei
Considere as seguintes afirmações sobre
esses excertos.
I - Os versos chamam a atenção para a
passagem do tempo e expressam um
convite aos prazeres de um amor sadio
II - Os versos de 5 a 12 descrevem uma
cena
amorosa
ambientada
na
5. “Ornemos nossas testas com as flores.
paisagem mineira da cidade então
6. E façamos de feno um brando leito,
chamada de Vila Rica
7. Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
III - Marília é um nome literário adotado
8. Gozemos do prazer de sãos Amores.
para referir a noiva do poeta
9. Sobre as nossas cabeças,
inconfidente,cujo nome verdadeiro era
10. Sem que o possam deter, o tempo corre;
Maria Dorotéia de Seixas Brandão
11. E para nós o tempo, que se passa,
(UFRGS/2004) Leia os excertos abaixo,
extraídos de Marília de Dirceu
1. “Minha bela Marília, tudo passa;
2. A sorte deste mundo é mal segura;
3. Se vem depois dos males a ventura,
4. Vem depois dos prazeres a desgraça.”
12. Também, Marília, morre.”
Quais estão corretas?
13. “Ah! Não, minha Marília,
(a) Apenas I
14. Aproveite-se o tempo, antes que faça
(b) Apenas II
15. O estrago de roubar ao corpo as forças
(c) Apenas III
16. E ao semblante a graça.”
(d) Apenas I e III
(e) I, II e III
Marília de Dirceu
(UFRGS/04) Leia os excertos abaixo,
extraídos de Marília de Dirceu, de Tomás
Antônio Gonzaga.
1. “Minha bela Marília, tudo passa;
2. A sorte deste mundo é mal segura;
3. Se vem depois dos males a ventura,
4. Vem depois dos prazeres a desgraça.”
5. “Ornemos nossas testas com as flores.
6. E façamos de feno um brando leito,
7. Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
8. Gozemos do prazer de sãos Amores.
9.
Sobre as nossas cabeças,
10. Sem que o possam deter, o tempo corre;
11. E para nós o tempo, que se passa,
12.
Também, Marília, morre.”
Prof. Vanderlei
13. “Ah! Não, minha Marília,
14. Aproveite-se o tempo, antes que faça
15. O estrago de roubar ao corpo as forças
16.
E ao semblante a graça.”
Considere as seguintes afirmações
sobre esses excertos.
I – Os versos chamam a atenção para a
passagem do tempo e expressam um
convite aos prazeres de um amor sadio.
II – Os versos de 5 a 12 descrevem
uma cena amorosa ambientada na
paisagem mineira da cidade então
chamada de Vila Rica.
III – Marília é o nome literário adotado
para referir a noiva do poeta
inconfidente, cujo verdadeiro nome era
Maria Dorotéia de Seixas Brandão.
Marília de Dirceu
(UFRGS/04) Leia as afirmações abaixo
sobre o Arcadismo brasileiro
I – Os poetas árcades colocavam-se
como pastores para realizarem,
dessa forma, o ideal de uma vida
simples em contato com a natureza.
II – O Arcadismo brasileiro, embora
tenha reproduzido muito dos
modelos europeus, apresenta
características próprias, como a
incorporação do elemento indígena.
III – O tema do carpe diem, em que o
poeta expressa o desejo de
aproveitar intensamente o momento
presente, fugaz e passageiro, foi
ignorado pelo árcades brasileiros,
excessivamente racionalistas.
Prof. Vanderlei
Quais estão corretas?
(a) Apenas I
(b) Apenas III
(c) Apenas I e II
(d) Apenas II e III
(e) I, II e III
Marília de Dirceu
(UFRGS/05) Com base nos fragmentos
abaixo, extraídos da Lira II, da obra Marília
de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga,
assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as
afirmações que seguem.
Pintam, Marília, os Poetas
A um menino vendado,
Com uma aljava de setas,
Arco empunhado na mão;
Ligeiras asas nos ombros,
O tenro corpo despido,
E de Amor, ou de Cupido
São os nomes, que lhe dão. (...)
Tu, Marília, agora vendo
De Amor o lindo retrato,
Contigo estarás dizendo,
Que é este o retrato teu.
Sim, Marília, a cópia é tua,
Que Cupido é Deus suposto:
Se há Cupido, é só teu rosto,
Que ele foi quem me venceu.
Prof. Vanderlei
( ) Na primeira estrofe, o poeta descreve
uma figura representativa do amor na
mitologia clássica.
( ) Na primeira estrofe, a amada Marília é
alertada sobre a violência que se esconde
por detrás da superfície do amor.
( ) Na segunda estrofe, o poeta transfere o
retrato de Cupido para o rosto vencedor de
Marília.
( ) Na segunda estrofe, o poeta confessa à
amada a sua rendição em relação aos
poderes do amor.
(A) V – V – F – F
(B) V – F – V – V
(C) F – F – V – V
(D) V – F – F – V
(E) F – V – F – F
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