Sumário
2.
4.
Editorial
Notícias
06
10
12
14
16
DIVULGAÇÃO
Ecoenergy
Tisem
Tese
Montael
Sil
26
28
30
31
EVENTO
Plano Estratégico para a Fileira da Construção
Fórum Sanitop
Congresso da UFEMAT
Conferência do EUROCONSTRUCT
Conferência Liiveplace Therm Etics
Congresso Cinco’s
Dimscale
As mais Recentes Alterações ao Código do
Trabalho - Seminário
Conferência Passivhaus
Semana da Reabilitação Urbana do Porto
Convívio de Natal APCMC
Casa Peixoto abriu portas em Braga
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34
36
38
40
ENTREVISTAS
Bigmat Ibéria
Diera
Henkel
Tintas 2000
Uralita
42
OPINIÃO
Rui Loza
47
DOSSIER NOVOS MATERIAIS E TECNOLOGIAS
Entrevista, Produtos e Soluções
64
54
64
ARQUITETURA
Edifício ANF - APEL
Torre de Palma Wine Hotel - Arq. João Ribeiro
Spaceroom
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21
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23
24
25
APEL - ARQUITETURA, PLANEAMENTO, ENGENHARIA
PUBLICAÇÕES APCMC DISPONÍVEIS
NA APLICAÇÃO MULTITEMA
USERNAME > APCMC
PASSWORD > APCMC
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73
76
DOSSIER ECONÓMICO
Análise de Conjuntura do Setor da Construção
- 3º trimestre 2014
Inquérito de Conjuntura APCMC
- 3º trimestre de 2014
Estatísticas - Confidencial Imobiliário
FICHA TÉCNICA
PROPRIEDADE, EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL
APCMC
Associação Portuguesa dos Comerciantes de
Materiais de Construção
Pç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º
4200-313 Porto
Tel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218/9
E-mail: [email protected]
Site: www.apcmc.pt
NIPC: 500 969 221
2/
Diretor: Afonso Manuel Coutinho Caldeira
Diretor Adjunto: José de Matos
Colaboração: Vieira de Abreu
Imagem: Bruno Costa
Composição e Grafismo: Bruno Costa
Comunicação, Marketing e Publicidade:
Eduarda Machado
Assinaturas: Susana Mendes
Tel.: 225 074 210; E-mail: [email protected]
PUBLICAÇÃO, PUBLICIDADE E DISTRIBUIÇÃO
APC
Associação do Comércio de Produtos e
Equipamentos para a Construção
Pç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º
4200-313 Porto
Tel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218
EXECUÇÃO GRÁFICA
MULTITEMA
Rua do Cerco do Porto, 365/367
4300-119 Porto
Tel.: 225 192 600; Fax: 225 192 698
Site: www.multitema.pt
Registo no I.C.S. nº 111972
Depósito Legal nº 84434/94
Publicação Trimestral
Tiragem: 5.000 Exemplares
Preço: 3,75 Euros
A Direção da Revista é responsável apenas
pelos artigos publicados sem assinatura e também pela sua seleção.
Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.
Editorial
É até expectável que o investimento público possa aumentar
ligeiramente, aproveitando uma pequena folga conquistada à
troika relativamente ao défice acordado, de forma a permitir
aproveitar melhor os fundos do QREN que ainda estão disponíveis.
Para além dos já referidos, há dois outros fatores positivos que
poderão contribuir para a consolidação da retoma no nosso
setor: o aumento do investimento induzido pelo novo pacote
financeiro do “Portugal 2020” e os apoios específicos para a
reabilitação urbana e para a melhoria da eficiência energética
dos edifícios.
Importa sublinhar que, finalmente, a regeneração e a reabilitação dos espaços urbanos foi integrada numa estratégia concreta, a “Estratégia para o Crescimento Verde”, o que permitirá, de
acordo com o anunciado pelo Governo, combinar os apoios do
“Portugal 2020” com outros instrumentos financeiros (fundos
públicos e empréstimos do BEI) e medidas específicas de
carácter regulamentar e fiscal, de forma a promover a reabilitação e a melhoria de desempenho energético dos edifícios públicos e privados.
Mas estas boas perspetivas não nos devem fazer esquecer os
obstáculos e as ameaças.
AFONSO CALDEIRA
(PRESIDENTE
DA APCMC)
BOM ANO?
Em 2014 experimentámos, pela primeira vez após doze anos
de quedas sucessivas, um ligeiro crescimento das vendas de
materiais de construção. Aumentou a procura nos setores da
agricultura e do turismo, as pequenas obras de manutenção e
renovação multiplicaram-se e as vendas para o exterior cresceram significativamente. Só o investimento público não acompanhou…
Os principais obstáculos são, como de costume, a demora, a
burocracia e as incongruências dos instrumentos, para não citar
aquelas obrigações absurdas e a destempo que a Secretaria
dos Assuntos Fiscais “produz” todos os anos, pese embora o
benefício sempre bem-vindo da luta contra a evasão fiscal. O
anúncio de incentivos, quando os mesmos não têm uma concretização prática e rápida, provoca adiamentos e desconfiança
que, pelo menos durante algum tempo, acabam por causar
mais prejuízos do se nunca tivessem existido… Esperemos que
não seja o caso.
Também existem ameaças e não são pequenas. Uma, de que
já falámos, é a da concorrência, cada vez mais forte e extensa
das grandes organizações internacionais retalhistas no nosso
mercado interno. Se não soubermos dar uma resposta adequada em termos de aproximação ao cliente e de qualidade percebida do serviço e se não conseguirmos alcançar uma posição
significativa e forte no mercado, poderemos ficar a ver passar
os negócios…
O ano de 2015 tem tudo para ser ainda melhor.
A economia, que começou a crescer a partir do final de 2013,
apesar do abrandamento temporário causado pela contração
do crédito em Agosto por efeito da resolução do BES, deverá
retomar e até intensificar essa tendência, ultrapassados que
foram os principais constrangimentos financeiros e, sobretudo,
os receios sobre o sucesso do processo de ajustamento e a
sustentabilidade da dívida pública.
Além disso, este é ano de eleições e o Governo, garantido que
está o cumprimento das metas, fez uma pausa na “austeridade”, devolvendo parte dos “cortes” efetuados aos funcionários
públicos e aos pensionistas.
Outra, que começa a ganhar forma, diz respeito às dificuldades
cambiais de alguns países de destino das nossas exportações,
originadas pela queda dos preços das matérias-primas, nomeadamente do petróleo. O peso acrescido ganho nos últimos três
anos pela parcela de exportações no volume de negócios das
empresas do nosso setor torna-as mais vulneráveis a um fenómeno que pode vir a intensificar-se, sabendo-se que a diversificação para outros mercados é um processo que leva o seu
tempo e que pressupõe algum investimento adicional.
Nesta área, porventura, mais vale prevenir…
A vida empresarial nunca é fácil e fazer de 2015 um Bom Ano
dependerá sobretudo de nós próprios.
/3
Notícias
Novidades
Nova Tinta para Fachadas ACRYL RSX
| Barbot
A nova tinta Acryl RSX da Barbot responde eficazmente a este
desafio, estando especialmente vocacionada para recuperações de edifícios antigos ou históricos e, de modo geral, projetos em que se pretende obter um acabamento com aspeto tradicional e com elevada durabilidade.
Esta nova tinta é impermeável, impedindo a penetração de
água e simultaneamente permeável ao vapor de água, evitando
os efeitos negativos da humidade. Com acabamento mate,
apresenta uma excecional resistência à intempérie e à alcalinidade. Além disso, é fácil de aplicar e tem bom poder de cobertura.
Acryl RSX é a nova tinta aquosa especial para fachadas da
Barbot. Baseada em resinas acrílicas e de polisiloxano, esta
tinta distingue-se pela elevada retenção de cor e excelente
resistência às agressões do exterior.
A fachada de um edifício é um dos principais desafios de um
projeto de nova construção ou reabilitação, uma vez que a pintura está permanentemente exposta a agressões do exterior,
como a exposição solar, chuva, erosão, entre outros.
Segundo João Braga, responsável pelo departamento de investigação da Barbot, a nova tinta “resulta da aposta da Barbot na
inovação e desenvolvimento de novos produtos para responder
às necessidades de mercado. A reabilitação de fachadas é uma
tendência crescente, mas traz vários desafios a nível da resistência e longevidade da pintura. As resinas acrílicas e de polisiloxano desta nova tinta permitem uma camada protetora muito
eficaz, preservando a pintura por muito mais tempo”.
Acryl RSX está indicada para qualquer tipo de fachadas, sendo
afinável no catálogo Barbot Fachadas, através do sistema
Barbotmix.
Divulgação
Mindful™ Platform
Plataforma de Monitorização de Consumos Energéticos
A TJF ECOENERGY SOLUTIONS É UMA EMPRESA ESPECIALIZADA EM SOLUÇÕES DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E AMBIENTE PARA
EDIFÍCIOS E INDÚSTRIA.
CARATERIZA-SE
POR UM GRAU INTENSIVO
TECNOLÓGICO E NASCE NO SENTIDO DE DAR RESPOSTA ÀS NECES-
SIDADES ATUAIS DO MERCADO, NO ÂMBITO DOS SETORES DA ENERGIA, AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE. O CONCEITO MINDFUL™, PRETENDE DINAMIZAR O MERCADO DE CONTROLO ENERGÉTICO, OFERE-
CENDO UM VASTO LEQUE DE SERVIÇOS COMPLEMENTARES ENTRE SI.
A eficiência energética é uma questão importante para o futuro da
humanidade, pois é insustentável manter os atuais níveis de desperdício de energia. A má utilização da energia proporciona um desperdício das fontes primárias, implicando um consumo desnecessário de
combustíveis fósseis, o que pode implicar a criação de danos irreversíveis no meio ambiente, tais como, as alterações climáticas.
A eficiência energética é de facto o caminho para as empresas e
habitações reduzirem custos operacionais, tornando-as assim mais
competitivas e sustentáveis. A TJF Ecoenergy Solutions distingue-se
no mercado pelos seus serviços e dedicação em encontrar soluções
diferentes e inovadoras, possui como missão fornecer produtos e
soluções de elevada qualidade, tecnologicamente avançados e adequados às necessidades dos seus clientes.
Ajudam os clientes a gerir o uso dos seus recursos energéticos de
uma forma eficaz e eficiente, contribuindo para a redução das emissões de carbono das suas instalações, promovendo uma redução
dos custos globais e aumento da sustentabilidade.
6/
O conceito Mindful™ oferece soluções integradas para os mercados Habitacional, Edifícios de Comércio e Serviços e
Industrial, auxiliando na definição da estratégia de poupança
energética com um desempenho crescente ao longo do tempo.
Caraterizado como o mercado mais vasto, mas ao mesmo
tempo mais pessoal, o mercado habitacional assume grande
importância para o conceito Mindful™. Este visa disponibilizar
diversas soluções, económicas e viáveis, para todo um controlo e gestão de energia a nível habitacional, de modo a facilitar
o quotidiano do cliente, contribuindo para uma maior consciência energética por parte de todos os utilizadores e uma melhoria dos hábitos de consumo.
No caso dos edifícios de comércio e serviços, estes são os edifícios com mais utilização e notoriedade pública e são portanto
os que devem primar pelo exemplo. Numa sociedade cada vez
mais necessitada de consciência e noção ambiental, o controlo
energético dos edifícios de serviços constitui uma pedra basilar
na evolução da sua mentalidade.
A adoção de comportamentos sustentáveis é cada vez mais
premente por forma a reduzir o consumo dos recursos energéticos e assim reduzir os custos operacionais e aumentar a competitividade.
Uma utilização mais eficiente da energia permite ao mesmo
tempo diminuir o impacto ambiental e as emissões de carbono para a atmosfera, com todos os benefícios que isso pode
trazer em termos ambientais e para a própria comunicação
externa do seu negócio.
Fornecendo informações de consumos de recursos e indicadores de conforto térmico e ambiental (temperatura, humidade, CO2, luminosidade, entre outros) numa periodicidade diária, semanal, mensal e anual, enviando notificações sempre
que o consumo ou os indicadores excedam o limite definido
por si.
A Mindful™ Platform pretende simplificar as soluções de
monitorização de energia existentes no mercado, dando resposta aos principais requisitos dos responsáveis de exploração e de gestão energética de instalações que se centram
no:
- Conhecimento centralizado e em tempo real do perfil de consumos da instalação de uma forma global e desagregada;
O setor industrial apresenta também benefícios na aplicação do
conceito Mindful™. Com a evolução tecnológica constante,
surge a necessidade de uma evolução ambiental paralela, através da melhoria da eficiência energética e aproveitamento dos
recursos naturais, incrementando a competitividade das empresas.
Neste contexto, é fundamental dispor de informação como os
recursos energéticos estão a ser utilizados para saber como e
onde poupar. Para começar a reduzir custos da fatura energética
é necessário saber de que forma são utilizados os recursos energéticos para que possa definir a estratégia de racionalização dos
consumos e estabelecer as metas.
- Armazenamento e consulta de histórico de consumos energéticos e parâmetros de conforto térmico e ambiental;
- Calculo e previsão de gastos futuros, tendo em conta os gastos
correntes;
- Definição de planos de poupança;
- Sugestões para melhoria de performance;
- Monitorização das medidas de melhorias implementadas;
- Notificações de incumprimento de metas em tempo real;
De forma a ultrapassar as limitações de soluções chave-na-mão
de hardware e software existentes no mercado, a TJF Ecoenergy
Solutions desenvolveu uma solução de monitorização de consumos, a Mindful™ Platform, que permite a integração de um conjunto alargado de sensores e atuadores em rede, bem como de
contadores de energia multi-marca, adaptando-se aos equipamentos de monitorização existentes na instalação e facilitando a
comunicação com novos equipamentos (contadores e sensores/
atuadores).
- Controlo remoto de circuitos, equipamentos, áreas de consumo, regimes de funcionamento, cargas, parâmetros ambientais
e de conforto térmico;
- Emissão de relatórios regulares dos seus consumos;
- Otimização do melhor tarifário de fornecimento de energia;
- Benchmarking energético.
A plataforma de gestão de recursos Mindful™ Platform com funcionamento em ambiente cloud e assente em tecnologias
móveis, permite utilizar os recursos (energia elétrica, água,
gás/combustíveis) de uma forma mais eficiente, reduzindo os
seus consumos e custos mensais e traçar o seu perfil de consumo, estabelecendo planos de ação e metas de desempenho da
sua pegada ecológica.
De forma a evitar valores de licenças onerosas, a Mindful™
Platform funciona numa lógica de SAAS, isto é, o utilizador
apenas paga aquilo que consome, apresentando assim uma
grande flexibilidade na aquisição desta ferramenta de apoio à
implementação de medidas de racionalização de consumos
energéticos e melhoria de conforto térmico e ambiental.
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Divulgação
A Mindful™ Platform e o apoio especializado da equipa de
consultores de energia e eficiência energética na elaboração
de um plano de ação, permitirá alcançar um potencial de poupanças até 30%, assim como contribuir para uma melhoria
do conforto térmico através da monitorização e controlo de
parâmetros térmicos e ambientais.
Dispomos de uma equipa especializada que poderá analisar
os consumos e reduzir a fatura energética, poupando tempo
e dinheiro.
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Divulgação
Inovação em Construção em Madeira
Nova Geração de Edifícios - Tisem
10 /
OS PAINÉIS DE MADEIRA LAMELADA-COLADA CRUZADA
(CROSS-LAMINATED TIMBER), VULGARMENTE DESIGNADOS POR
PAINÉIS CLT OU PAINÉIS X-LAM, SÃO PLACAS ESTRATIFICADAS
DE GRANDES DIMENSÕES COM DESEMPENHO ESTRUTURAL,
AQUI APRESENTADAS PELA TISEM.
O sistema construtivo “seco” permite a antecipação do período
de execução das restantes especialidades (instalações técnicas
e aplicação de revestimentos). Todas estas condições proporcionam uma grande economia de tempo e custos, desde que devidamente planeadas.
Os estratos são dispostos ortogonalmente, sendo normalmente
constituídos por lamelas de madeira maciça de espécies resinosas
com espessuras entre os 20 e os 40 mm. Esta disposição ortogonal dos estratos proporciona estabilidade dimensional ao painel,
com variações dimensionais desprezáveis no seu plano.
A dimensão máxima dos painéis está geralmente limitada aos
meios de transporte, com um comprimento máximo de 13,5 m e
uma largura máxima de 2,95 m. A espessura depende da especificação de projeto (estabilidade, resistência ao fogo, isolamento térmico e acústico), iniciando-se nos 57 mm (3 estratos) e
alcançando geralmente os 250 mm (8 estratos).
Estes painéis de grande dimensão executam paredes, pisos e
coberturas acumulando funções estruturais, compartimentação e
revestimento, sendo entregues em obra nas dimensões finais de
projeto e prontos para a respetiva montagem, num processo de
total pré-fabricação.
As realizações mais significativas dizem respeito a edifícios de
vários pisos, tendo um dos mais relevantes sido executado em
Londres com 8 pisos, totalmente em estrutura de madeira com
painéis CLT e executado por uma equipa de 4 carpinteiros, com
um rendimento de 3 dias/piso.
Todas as aberturas para portas, janelas e outros vãos são executadas em fábrica com tecnologia de corte CNC, deixando para a
obra somente as pequenas furações e roços para redes de infraestruturas técnicas.
Em Portugal foram já executadas algumas obras, encontrando-se as de maior dimensão na piscina municipal da Caparica, em
Almada e no pavilhão para laboratório do ISQ, em Castelo
Branco.
Para os mesmos requisitos de engenharia (estabilidade, segurança contra-incêndios, conforto
térmico e acústico) a solução em CLT é mais
esbelta, comparada com as soluções tradicionais.
Para o mesmo desenho de arquitetura, o ganho
em termos de área útil é evidente. A ausência de
pilares (as paredes desempenham o papel de elemento vertical portante) e paredes com espessuras muito inferiores são os principais fatores que
contribuem para esse ganho.
Estudos realizados em edifícios de madeira mostram que estes desempenham um papel importante na prevenção de doenças cardio-vasculares
e doenças nervosas.
A monitorização do comportamento dos utilizadores mostra uma redução significativa do ritmo cardíaco bem como um aumento da atividade do sistema nervoso parassimpático (que é ativado em
situações de calma) e que tem efeito protetor cardio-vascular.
Além destas, destacam-se as questões relacionadas com o desempenho energético derivado da baixa condutibilidade térmica dos painéis e ausência ou
redução muito significativa de pontes térmicas.
O desempenho face à ação sísmica é outra das características de eleição
deste sistema, conseguindo superar sismos de grande intensidade sem dano
na estrutura (conseguido através da dissipação de energia nas ligações, efeito de
diafragma rígido nos painéis e uma massa muito baixa).
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Divulgação
Projeto Português Ilumina Vila Guineense
TESE
O fluxo constante de água na cisterna garante o arrefecimento do ar que vai para o
interior do edifício. Este processo permite assegurar o máximo rendimento energético.
SERVIÇO COMUNITÁRIO
DE
ENERGIA
DE
BAMBADINCA
EM FASE DE TESTES
ENERGIA CHEGA A BAMBADINCA
TESE É UMA ORGANIZAÇÃO NÃO
GOVERNAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO (ONGD) QUE TRABALHA PROJETOS, CONSULTORIA E INVESTIGAÇÃO, TANTO EM
PORTUGAL, COMO INTERNACIONALMENTE, ATRAVÉS DAS UNIDADES
OPERACIONAIS TESE PORTUGAL E TESE SEM FRONTEIRAS.
Com um custo total de cerca de dois milhões e cem mil
euros e financiamento da União Europeia e do Camões
- Instituto da Cooperação e da Língua, o projeto
“Bambadinca Sta Claro - Programa Comunitário para
Acesso a Energias Renováveis” é promovido pela TESE
Sem Fronteiras em parceria com a Associação
Comunitária de Desenvolvimento de Bambadinca
(ACDB), a ONG guineense DIVUTEC, a Universidade
de Lisboa e a Direcção Geral de Energia da GuinéBissau.
Estabelecida em vários países em desenvolvimento - Guiné-Bissau,
Moçambique e São Tomé e Príncipe -, a TESE Sem Fronteiras dedica-se
à promoção do acesso sustentável de comunidades rurais e periurbanas
do continente africano a serviços e infraestruturas nos setores da Água,
Saneamento, Promoção de Higiene (WaSH) e Energia, particularmente
de fonte renovável.
A solução técnica implementada pelo projeto - uma central fotovoltaica híbrida de 312 kW de potência instalada
composta por 1.248 painéis fotovoltaicos, 216 baterias e
três geradores diesel - é a primeira do género e conta
com 150 clientes-piloto que, nesta fase, estão a testar o
Serviço Comunitário de Energia de Bambadinca
(SCEB).
Desenvolve a sua atividade numa lógica de Cooperação para o
Desenvolvimento, em colaboração estreita com entidades públicas,
privadas e organizações da sociedade civil, através do reforço de
conhecimentos e competências, com vista à universalidade do acesso aos serviços.
O SCEB resume uma solução técnica e de gestão inovadora, em que uma associação de base comunitária (a
ACDB) é autorizada pelo Estado para a produção, transporte e venda de energia elétrica à população, num
modelo de parceria público-comunitária.
LANÇADA
EM
2002
PARA CRIAR E IMPLEMENTAR SOLUÇÕES SO-
CIALMENTE INOVADORAS QUE RESPONDAM A NECESSIDADES TRADICIONAIS E EMERGENTES, A
12 /
A elevação a Sul é salvaguardada pelo radiação solar
graças à proteção em madeira e pelas filas de árvores.
LIGAR EQUIPAMENTOS, TESTAR O SERVIÇO
O serviço de energia previsto pelo projeto
“Bambadinca Sta Claro” irá, até finais de
2015, fazer chegar energia elétrica aos
cerca de 650 agregados familiares da vila
de Bambadinca, o correspondente a cerca
de 6.500 habitantes.
Os testes ao seu funcionamento estão a
decorrer em regime intensivo até final do
ano e incluem o arranque da central fotovoltaica híbrida, a ligação à rede de elétrica
de média e baixa tensão, e a assistência
técnica à ACDB para a implementação dos
procedimentos de gestão, operação e
manutenção desenvolvidos durante os últimos meses.
A colaborar nesta fase de testes estão os
clientes-piloto que já aderiram ao serviço e
a quem é pedida a utilização dos seus
equipamentos elétricos, de acordo com
quatro perfis de consumo definidos, que
aliam a dimensão das famílias ao número
de equipamentos utilizados.
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Divulgação
Montael
Celebra 40 Anos de Existência
FUNDADA EM 1974, PELAS MÃOS DOS IRMÃOS JOSÉ E FERNANDO
FERNANDES, A MONTAEL DEDICOU-SE INICIALMENTE AO SERVIÇO
DE MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE ÁGUA E ELETRICIDADE.
Apenas mais tarde, no ano de 1982, após a admissão de dois
novos sócios, Arlindo Brás e Luciano Dias, a diversificação da atividade tornou-se cada vez mais uma aposta, com principal destaque
para a comercialização de materiais de construção e mais recentemente a bricolage.
Hoje, a Montael continua uma empresa familiar, com elementos da
segunda geração na sua equipa de gestão, garantindo a continuidade de uma empresa que procura diariamente destacar-se pela
qualidade de serviço e acompanhamento no pós venda.
A Montael procura ser reconhecida e diferenciada no seu ramo de
atividade, pela excelência no atendimento, rápida resposta às solicitações dos seus clientes e pelo leal e dedicado acompanhamento
no pós venda.
Trabalha de forma a atingir plena satisfação de todos os clientes,
colaboradores, fornecedores e acionistas, com o intuito de fortalecer e valorizar as relações profissionais que desenvolve e trabalha.
Oferece um variado leque de soluções com o objetivo de superar
as expetativas dos clientes e procura constantemente a valorização
profissional dos colaboradores, criando oportunidades que potenciem o seu crescimento profissional e social.
14 /
Alcançar a notoriedade de fornecedor de referência no setor da
construção civil e obras públicas, nomeadamente através da internacionalização para 3 continentes no espaço temporal de 3 anos.
Em 2006 a Montael, juntamente com outras 5 empresas do ramo
(Macovex, Olisei, Armazéns Reis, José Oliveira Nogueira &
Filhos e Sisal), fundou o WBG - ACE. Um grupo de compras cujo
objetivo comum passa por ter uma plataforma de compras uniformizada de forma a reduzir custos dos produtos e logísticos
assim como a ser mais competitivo na revenda de produtos multimarcas.
Outro objetivo passou também pela criação da marca própria do
grupo WBG. Neste sentido o grupo tem vindo a introduzir no
mercado novos produtos com a sua marca, comercializados por
todos os associados, a preços/qualidade algo diferenciados dos
atualmente existentes.
Já com uma importante relevância, as vendas para o exterior tem
sido, ano para ano, uma aposta ganha sendo que a Montael pretende, já neste ano de 2015, reforçar esta estratégia contudo agora
a outro nível. Internacionalização das vendas assim como da
marca MONTAEL passa pelo principal objetivo de curto prazo.
De forma a combater, a mais que provável, quebra a curto prazo
da procura no mercado interno (essencialmente nas obras públicas) a Montael propõe-se este ano, juntamente com um parceiro
estrangeiro, a lançar internacionalmente a sua marca. A concretização deste objetivo passará pela abertura de um novo espaço
físico no continente africano já no decorrer do 2º semestre de 2015.
Divulgação
Campus Neurológico Sénior
Recebe Prémio SIL do Imobiliário 2014
PROJETO DESENVOLVIDO PELO GABINETE DE ARQUITETURA JOSÉ
FREIRE & LUÍSA CUNHA, EM CONJUNTO COM O PROMOTOR
ENGITORRES - SOCIEDADES DE CONSTRUÇÕES, SA
Com uma área aproximada de 11.000 m2, conjugando no mesmo espaço físico uma clínica médica dedicada ao tratamento e investigação de doenças neurológicas, e uma valência residencial, com 78 camas,
este projeto de arquitetura desenvolvido pelo
Gabinete José Freire & Luísa Cunha - Arquitetos, Lda,
em conjunto com o promotor Engitorres - Sociedade
de Construções, SA, presidida por Joaquim Manuel
Ferreira, é assim distinguido na edição de 2014 dos
Prémios SIL do Imobiliário.
“É com muito orgulho que vemos o CNS conquistar
esta distinção. O nosso objetivo é que se torne numa
referência no âmbito do tratamento e investigação
das doenças neurológicas, não só em Portugal,
como a nível internacional.
Ver este projeto reconhecido também ao nível de
projeto de arquitetura, deixa-nos sem dúvida motivados para continuarmos a fazer do CNS uma referência na sua área de intervenção”, refere Joaquim
Manuel Ferreira.
O Campus Neurológico Sénior (CNS), centro português dedicado a doenças
neurológicas, em Torres Vedras, foi recentemente distinguido com o Prémio
SIL do Imobiliário 2014, na categoria de “Melhor Empreendimento Imobiliário
de Comércio, Serviços e Logística”. A cerimónia de entrega decorreu na FIL
(Feira Internacional de Lisboa), no âmbito do Salão Imobiliário de Portugal
2014.
16 /
Os Prémios SIL do Imobiliário são os mais prestigiados a nível nacional no setor imobiliário e destinam-se
a premiar a qualidade e a inovação da atividade nos
domínios da promoção imobiliária, do desenvolvimento urbano, das autarquias, das obras públicas, da
habitação, do arrendamento, da construção sustentável, da reabilitação urbana, da eficiência energética e
dos fundos de investimentos imobiliários em Portugal.
>
Manual Prático de Exportação
para a Fileira da Construção
Manual Prático de Exportação para a Fileira da Construção, uma ferramenta de trabalho que lhe permite
resolver dúvidas sobre a exportação designadamente:
• Como preparar a Estratégia para Exportar;
• Quais os requisitos essenciais para Exportar;
• Como obter informação sobre mercados e clientes;
• Como obter apoios ao investimento na Internacionalização;
• Como avaliar as capacidades da empresa para exportar;
• Como preparar o Plano de Exportação;
• Como fazer a promoção nos mercados externos;
• Quais as declarações e os certificados obrigatórios;
• Quais os meios de pagamento na Exportação;
• Para que servem os termos do comércio internacional (Incoterms).
Eventos
Plano Estratégico para a Fileira da
Construção 2014-2020 - Apresentação
A APCMC REALIZOU NO PASSADO DIA 14 DE OUTUBRO, NA
FUNDAÇÃO ANTÓNIO CUPERTINO DE MIRANDA, UMA APRESENTAÇÃO
PÚBLICA DO “PLANO ESTRATÉGICO PARA A FILEIRA DA CONSTRUÇÃO”.
O Presidente da Direção da APCMC, Afonso Caldeira, deu as boas
vindas aos presentes e sublinhou que, o objetivo deste Plano
Estratégico para a Fileira da Construção foi recolher informação
tão completa quanto possível para perceber os principais constrangimentos, identificar pontos de convergência e fundamentar objetivos e estratégias, em prol do aumento da rendibilidade das vendas
e da melhoria do posicionamento estratégico. Após o breve discurso passou a palavra a José António Cortez, diretor executivo da
Confederação do Comercio e Serviços de Portugal, que abordou o
tema “Desafios para a Economia Portuguesa”.
José António Cortez destacou os problemas estruturais da economia portuguesa, que passam pela dimensão dos níveis de organização e de autonomia financeira de grande parte do nosso tecido
empresarial muito baixos. Salientou também que há uma enorme
dependência do setor empresarial do crédito bancário com elevado
endividamento e rácios de capitais próprios e insuficientes. Há uma
concentração do setor dos chamados “bens transacionáveis” em
atividades e produtos sujeitos a uma forte concorrência externa e
muito baseado em mão-de-obra intensiva e em fatores de competitividade-custo.
Já no final do seu discurso, frisou que Portugal tem de ser uma plataforma de economia global, centrada nos seus recursos humanos
e no seu território, que deve apostar na internacionalização e
investir no aumento do valor acrescentado daquilo que se produz
e de que se vende. Para José Cortez há que impulsionar uma
“nova vaga exportadora”, menos dependente de consumos intermédios importados, orientando mais por critérios de valor do que
de volume (com o objetivo de subir na cadeia de valor).
Seguidamente Eduardo Pereira, da Pamésa Consultores, passou
à apresentação dos resultados obtidos do “Plano Estratégico para
a Fileira da Construção”. Eduardo Pereira explicou que este estudo, partiu do reconhecimento da profunda alteração do contexto
económico marcado pela recessão interna e que teve reflexos na
gestão da maioria das Pequenas e Médias Empresas (PME), principalmente da fileira da construção, em que a quebra acentuada
nas vendas levou à diminuição da atividade, implicando restrições
no acesso ao crédito e decisões de investimento dificultadas pela
incerteza que domina o mercado, levando à diminuição da rendibilidade e aumento das insolvências, dificuldades de internacionalização, aumento das exigências fiscais e laborais.
Procedeu-se também a uma análise da situação da Fileira da
Construção, com base em informação obtida por recurso a auscultação a empresas, técnicos, universitários, estatísticas oficiais e
publicações do setor.
Por fim, Pedro Mêda, da Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto e Alexandra Luís, da Universidade Lusíada,
fizeram uma breve apresentação da Plataforma Eletrónica
“MaterialOn” e explicaram que esta plataforma tem como objetivo
dotar o setor de um instrumento ágil e uniforme de pesquisa, de
divulgação e repositório de informação dos materiais de construção, estando disponível a todos os agentes (projetistas, construtores, fiscalizações, comerciantes, fabricantes, entre outros), sejam
eles nacionais ou internacionais. Por isso, importa destacar a sua
disponibilização em língua portuguesa e inglesa. Mencionaram
alguns exemplos de empresas já representadas na Plataforma
Digital.
A sessão terminou com a distribuição do livro “Plano Estratégico
Para a Fileira da Construção”.
18 /
Fórum Sanitop 2014
O CENTRO CULTURAL DE VIANA DO CASTELO, EDIFÍCIO MULTIUSOS DESENHADO PELO ARQUITETO SOUTO
MOURA, RECEBEU NOS DIAS 10 E 11 DE OUTUBRO A
5 ª EDIÇÃO DO FÓRUM SANITOP. UM EVENTO BIENAL
QUE A EMPRESA ORGANIZA DESDE 2006 E QUE TEM
TRAZIDO SEMPRE A VIANA DO CASTELO MILHARES DE
PESSOAS DE TODO O PAÍS.
O tema desta edição, “Os desafios da regeneração urbana”, incidiu sobre os exemplos da cidade
anfitriã, e incluiu uma visita guiada, com base
numa intervenção sobre o caso estudo de Viana
do Castelo do arquiteto Alexandre Alves Costa.
As atividades do primeiro dia foram dedicadas
aos profissionais de arquitetura, engenharia, projeto e promotores imobiliários. O segundo dia foi
direcionado aos profissionais de instalação de
sistemas sanitários e de climatização.
Marcaram presença no encontro meia centena
de fabricantes de cerca de dez países da
Europa - cerca de um terço portugueses - com
uma mostra de produtos e equipamentos. A
partilha de experiências entre os fabricantes e
os profissionais tem sido, desde sempre, uma
das principais razões do sucesso destes
encontros.
A organização do Fórum Sanitop decidiu, este
ano, descentralizar o evento. Para esse efeito
organizou, nas semanas que o precederam,
em Lisboa, no Porto e em Viana do Castelo,
debates sobre o tema escolhido, em parceria
com a Câmara Municipal de Viana do Castelo,
e com apoio da Ordem dos Arquitectos e da
Ordem dos Engenheiros.
“A reabilitação”, “a arquitetura e o ambiente,”
“o futuro para a construção em Portugal” e “a
construção sustentável ao encontro da energia
zero”, foram os temas dos fóruns anteriores.
Este ano, o debate centrado na regeneração
urbana proporcionou uma parceria com a
autarquia vianense, que participou ativamente
e acolheu no Centro Cultural de Viana do
Castelo o evento.
O Fórum Sanitop 2014 teve além dos momentos mais profissionais, outros também de convívio e confraternização. Contribuíram para
torná-los especiais, a animação dos grupos
Saltarellus e Engenhocas e a colaboração da
Escola Profissional de Música de Viana, bem
como um pequeno, mas extraordinário concerto do Maestro António Victorino d'Almeida, que
encerrou o primeiro dia de atividades.
/ 19
Eventos
Congresso da UFEMAT
Valência, 17 de Outubro de 2014
Edifícios de Balanço Energético quase
zero em 2020. Estamos preparados?
NO PASSADO DIA 17 DE OUTUBRO REALIZOU-SE, EM ESPANHA, NA
VALÊNCIA O 56º CONGRESSO DA UFEMAT - UNIÃO
DAS FEDERAÇÕES EUROPEIAS DOS DISTRIBUIDORES DE MATERIAIS
DE CONSTRUÇÃO E FABRICANTES, CUJO OBJETIVO PRINCIPAL FOI
REFLETIR SOBRE AS MUDANÇAS DE PARADIGMA, EM PARTICULAR NO
DOMÍNIO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS
PARA OS DISTRIBUIDORES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.
CONGRESSO EM QUE ESTEVE PRESENTE A APCMC, ATRAVÉS DO
SEU SECRETÁRIO GERAL, JOSÉ DE MATOS.
CIDADE DE
Este último, apresentou, inclusive, uma iniciativa de marketing
setorial que tem vindo a ser trabalhada em Espanha, visando provocar uma relação mais próxima entre a distribuição independente
e os clientes, assente num compromisso de confiança e no apelo
aos aspetos da natureza mais emocional.
António Ballester realçou, igualmente, a necessidade de providenciar aos comerciantes e aos seus colaboradores uma formação
específica adequada, defendendo que este poderia ser um projeto
europeu para o setor.
Destacaram-se neste Congresso diversas comunicações a cargo
de especialistas de empresas da construção e da Universidade
que procuraram responder às questões principais que as alterações estratégicas colocam aos comerciantes em termos de mercado: como posso contribuir para a mudança e que oportunidades a
essa mudança me pode proporcionar.
No final ficou a ideia que os comerciantes europeus enfrentarão
desafios muito importantes nos próximos anos e que estes também
devem merecer uma atuação conjunta, não só ao nível nacional,
mas também ao nível europeu e em parceria com os fabricantes.
Este Congresso ficou ainda assinalado pela transferência de poderes para o novo Presidente da UFEMAT, António Ballester, que
sucedeu a Guiseppe Freri a quem os delegados prestaram a
homenagem do grande trabalho desenvolvido. Para o ano, o
encontro será em Dubrovnik, a convite da Federação da Croácia.
Assim, para além de uma análise da evolução e perspetivas da
economia mundial e europeia e, também, da economia do país
anfitrião, a Espanha, foram apresentadas diversas comunicações
a cargo de especialistas convidados e de algumas empresas líderes nas respostas aos desafios das novas exigências na área da
eficiência energética (Xella e Velux), cujas soluções se posicionam
já no campo do balanço energético positivo.
A crescente concorrência dos grandes grupos internacionais de
distribuição em regime de livre serviço e a chegada de novos
“players” no comércio através da internet, com dimensão ainda
superior, foi objeto das intervenções, quer do Presidente da UFEMAT, Guiseppe Freri, quer do Diretor Geral, Marnix Van Hoe, quer
sobretudo do Presidente da Federação Espanhola, ANDIMAC,
António Ballester López.
20 /
78ª Conferência do EUROCONSTRUCT
Milão, 19 de Novembro de 2014
REALIZOU-SE NO PASSADO DIA 19 DE NOVEMBRO, EM MILÃO, A 78ª
CONFERÊNCIA DO EUROCONSTRUCT, NA QUAL FOI APRESENTADO O OUTLOOK DA CONSTRUÇÃO EUROPEIA PARA O PERÍODO
2014-2017, TENDO SIDO IGUALMENTE ABORDADAS AS ALTERAÇÕES QUE ESTÃO EM CURSO E SE PERSPETIVAM PARA O SETOR NA
EUROPA E NO MUNDO.
O setor da construção na Europa, entrou num novo ciclo de
crescimento a partir de 2014 e o ritmo deverá aumentar até
2017.
Há, naturalmente, diferenças assinaláveis entre os diferentes
países, destacando-se pela positiva, na Europa Ocidental, os
países nórdicos, o Reino Unido e a Irlanda.
Os países do Sul da Europa apresentam as piores perspetivas,
mas Portugal e agora também a Espanha deverão recuperar a
partir de 2015. O principal motor do crescimento da atividade da
construção na Europa serão os países do Leste.
A conferência abordou, também, as principais tendências nos
diversos segmentos de mercado (residencial, não residencial e
engenharia civil) para além da influência dos fatores macroeconómicos e demográficos ao nível europeu, os quais foram classificados de forma negativa.
Todavia, perante um cenário de estagnação económica, a construção continua a ser atrativa para os investidores, atendendo às
“yelds” positivas e interessantes obtidas neste setor, face a uma
remuneração do capital financeiro que, nos últimos anos, anda
próximo do zero.
A conferência teve como anfitriã a
CRESME, que é a correspondente
italiana do organismo europeu formado pelas entidades que produzem estatísticas da construção, o EUROCONSTRUCT.
No domínio das previsões, salientou-se a confirmação da inversão
da tendência recessiva aí assinalada no 1º semestre de 2014.
As mudanças de paradigmas na sociedade e no setor da construção foram objeto de várias comunicações de especialistas
convidados, no quadro do tema escolhido para este evento: A
(R) Evolução da Construção - Políticas, Inovações e Estratégias;
Cadeias de Abastecimento Abertas (open supply chains).
Temas como o BIM, a eficiência energética, a impressão 3D, a
reabilitação & renovação, as novas estratégias industriais de
países como o Reino Unido e a Finlândia, a cooperação entre a
engenharia e a arquitetura, foram abordadas neste painel, com
destaque para uma comunicação do Arquiteto
Lorenzo Bellicini (CRESME) sobre a caracterização de três segmentos de mercado para a construção no futuro: o mercado de Tradição, o da
Evolução e o da Revolução.
Do ponto de vista da gestão, assinalou-se que o
setor da construção, como o setor da atividade
maduro, terá que caminhar no sentido da redução
de custos, do aumento da produtividade e do fortalecimento da capacidade financeira.
No final, a CRESME apresentou um novo serviço
de analise e acompanhamento dos mercados da
construção ao nível mundial, com informação discriminada sobre oportunidades nos vários segmentos e disponibilizando um “rating” para a maioria do países, em todos os continentes.
A APCMC fez-se representar na conferência pelo
Dr. José de Matos.
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Eventos
TENDO
Conferência Liveplace Therm Etics
EM CONTA AS EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS ATUAIS, QUE
ESTÃO INTIMAMENTE ASSOCIADAS ÀS PREOCUPAÇÕES COM O
CONSUMO DE ENERGIA E PROTEÇÃO AMBIENTAL, TORNOU-SE
IMPERATIVO ISOLAR TERMICAMENTE A ENVOLVENTE DOS EDIFÍ-
CIOS.
FOI
COM ESTA PREMISSA QUE A LIVEPLACE ORGANIZOU,
COM ENORME SUCESSO, NOS DIAS
PORTO, VISEU E BRAGA,
LIVEPLACE THERM ETICS .
17, 18 E 19 NOVEMBRO, NO
CONFERÊNCIA
RESPETIVAMENTE, A
OPENSYSTEM
• Mais transpirável
• 23% mais de capacidade isolante
• Beleza e limpeza sem manutenção
• Acabamento auto limpável
Sistema de Isolamento Térmico de qualidade Superior. Proporciona
23% mais de isolamento térmico do que os sistemas ETICS tradicionais, dando lugar a um melhor clima interior em construção nova e
reabilitação.
TUDO SE CONSEGUE COM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
• Maior aderência e difusão de vapor de água da massa de colagem,
com cimento branco Baumit openContact.
• Maior isolamento e difusão de vapor de água, do painel isolante
Baumit openreflect.
• Ausência de pontes térmicas produzidos pelas fixações tradicionais,
graças à fixação adesiva Baumit StarTrack.
• Acabamento mais duradouro da fachada proporcionado pelo acabamento auto limpável desenvolvido com a nanotecnologia Baumit
NanoporTop.
• Agora, a inovadora tecnologia photokat da Baumit oferece, oferece
uma maior proteção contra a sujidade.
STARSYSTEM
• Isolamento térmico e desenho de fachadas
• Alta qualidade desde há 30 anos
• Máximo conforto interior
Sistema de Isolamento térmico com mais de 30 anos de experiência
que comporta uma maior segurança, válido para qualquer tipo de
superfície base, tanto obra nova como reabilitação, vivendas uni familiares e edifícios, assim como para construção industrial. Oferece uma
elevada qualidade e segurança, acima dos níveis exigidos no guia
ETAG 004. Tudo se consegue através das seguintes características:
• Maior aderência da argamassa de colagem Baumit StarContact.
• Maior isolamento do painel isolante Baumit StarTherm.
• Acabamento mais hidrófugo e resistente à sujidade graças à incorporação de resina de silicone Baumit SilikonTop.
PROSYSTEM
A Liveplace apresentou a marca Baumit, marca austríaca especializada em Sistema Etics, fundada em 1988. Uma das mais
relevantes marcas a nível europeu, estando representada atualmente em 30 países, orientada para a investigação e desenvolvimento de produtos, nanotecnologia e sistemas fotocataliticos
Baumit.
Exemplos de produtos e sistemas abordados nas conferências,
na componente teórica e prática, com aplicação e manuseamento dos mesmos por parte dos participantes:
22 /
• Isolamento térmico profissional
• Qualidade que cumpre as normas europeias
• Económico
Sistema de Isolamento térmico polivalente, que cumpre com o requisito
exigidos no guia ETAG 004, que tem uma relação qualidade preço óptima. Ideal para projetos grandes em obra nova onde seja necessário
cumprir os requisitos de qualidade mínimos incluídos no documento
DITE, que se consegue graças a todos os elementos do sistema.
Cinco’s 2014
- Congresso de
Inovação na Construção Sustentável
NOS DIAS 13 E 14 DE NOVEMBRO REALIZOU-SE, NO
PORTO (NA FUNDAÇÃO DR. ANTÓNIO CUPERTINO DE
MIRANDA), A 4ª EDIÇÃO DO CONGRESSO DE INOVAÇÃO
NA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL (CINCOS’14). UM
EVENTO INTERNACIONAL QUE PRETENDEU CONGREGAR
EMPRESAS, AUTARQUIAS, CENTROS DE
I&D,
ASSOCIA-
ÇÕES EMPRESARIAIS E OUTROS AGENTES DE DESENVOL-
SUSTENTABILIDADE DO
AMBIENTE CONSTRUÍDO ENQUANTO MOTE PARA A INOVAÇÃO E REFORÇO DA COMPETITIVIDADE.
VIMENTO COM INTERESSE NA
Tratou-se de um evento para o Cluster Habitat Sustentável, onde se pretendeu promover sinergias e parcerias geradoras de inovação, realçar o trabalho efetuado pelas entidades do Cluster e fomentar a sua
diferenciação e internacionalização.
Na edição deste ano do Congresso CINCOS’14 pretendeu-se inovar nas temáticas das mesas redondas,
que se sintonizaram com os desafios europeus e
nacionais do programa comunitário Horizonte 2020.
Neste sentido, para além das comunicações apresentadas por diferentes entidades, abordou-se um
leque alargado de temas em mesas redondas como
as Comunidades Inteligentes e Sustentáveis; Oportunidades e Desafios 2014-2020, Reabilitação e
Sustentabilidade, Uso Eficiente de Energias e Recursos, Materiais e Soluções Construtivas Sustentáveis e, ainda, a Internacionalização no Cluster Habitat.
Foi disponibilizada a edição das Atas do Congresso
em livro, reunindo as comunicações do evento.
/ 23
Conceito Architecture Cost Management
Eventos
Dimscale - Apresentação oficial
A DIMSCALE,
GABINETE DE CONSULTORIA EM GESTÃO DE
CUSTOS DE PROJETOS IMOBILIÁRIOS, APRESENTOU OFICIALMEN-
4 DE DEZEMBRO, O CONCEITO DE ARCHITECTURE COST MANAGEMENT (ARCH COST MGMT), NO
SALÃO MACAU DA FUNDAÇÃO ORIENTE, EM LISBOA.
TE NO PASSADO DIA
Desta forma, o evento teve como principal objetivo reunir atuais
e futuros parceiros da DIMSCALE, estando também aberto a
profissionais das áreas do imobiliário e da arquitetura. A apresentação oficial do conceito ficou a cargo de Artur Sousa, CEO
da DIMSCALE, que deu a conhecer o Arch Cost Mgmt e as suas
mais-valias para promotores imobiliários e gabinetes de arquitetura, seguindo-se um momento alargado de Cocktail &
Networking.
Como referiu Artur Sousa, CEO da Dimscale: “Nesta fase de
recuperação económica nacional em que muitos projetos começam a reunir as condições necessárias para a sua concretização, torna-se importante comunicar aos profissionais do imobiliário e da arquitetura a importância da gestão de custos para a
sustentabilidade dos seus projetos”.
Por outro lado, a DIMSACLE apresentou ainda a nova imagem,
e em paralelo, o novo website da empresa, assim como o vídeo
em Motion Graphics do Arch Cost Mgmt.
Este inovador conceito concretiza-se através de um conjunto de
serviços especializados na área da gestão de custos de projetos
imobiliários, tendo como principais destinatários os promotores,
investidores imobiliários e os gabinetes de arquitetura.
Trata-se de um conceito de gestão que tem vindo a ser desenvolvido pela DIMSCALE desde 2012 como forma de potenciar o
know-how da sua equipa nas áreas da consultoria técnica, arquitetura e gestão financeira e ainda de colmatar diversas lacunas
no mercado, nomeadamente ao nível da falta de equipas especializadas na gestão de custos de projetos.
A adoção deste conceito tem motivado o crescimento da empresa DIMSCALE e a sua presença como gestor de custos em
diversos projetos internacionais.
24 /
Seminário - As mais Recentes
Alterações ao Código do Trabalho
NO PASSADO DIA 19
APCMC, LEVOU A
DE
NOVEMBRO,
NO
HOTEL AC PORTO,
A
EFEITO UM SEMINÁRIO SOBRE AS MAIS
RECENTES ALTERAÇÕES AO
CÓDIGO
DO
TRABALHO. COM
ESTA
Foram ainda abordados o despedimento por extinção do posto
de trabalho e por inadaptação, o cálculo da compensação por
extinção do contrato de trabalho e o âmbito pessoal e temporal
das convenções coletivas de trabalho.
INICIATIVA PRETENDEU DIVULGAR E AJUDAR A ESCLARECER AS
PRINCIPAIS E MAIS RECENTES NOVIDADES LEGISLATIVAS EM
MATÉRIA LABORAL E AS SUAS IMPLICAÇÕES PRÁTICAS NA VIDA
DAS EMPRESAS E DOS TRABALHADORES.
Foi oradora a Sra. Dra. Susana Seabra Leitão, Licenciada em
Direito e Pós-Graduada em Direito do Trabalho, instrutora no
Serviço de Contraordenações Laborais da ACT – Autoridade
para as Condições do Trabalho, Centro Local do Grande Porto.
O seminário registou uma procura muito expressiva, tendo
tido os participantes a oportunidade de verem esclarecidas
as suas dúvidas sobre os mais diversos temas em destaque, desde a Lei 63/2013, de 27 de agosto, e a instituição
de mecanismos de combate à utilização indevida de contrato de prestação de serviços em relações de trabalho subordinado, aos regimes de majoração do período de férias, trabalho suplementar e descanso compensatório previstos no
CCT outorgado pela APCMC e em outros IRCT.
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Eventos
2ª Conferência Passivhaus
Portugal 2014
DECORREU NO DIA 29 DE NOVEMBRO DE 2014, NO CENTRO
CULTURAL E DE CONGRESSOS DE AVEIRO, A 2ª CONFERÊNCIA
PASSIVHAUS PORTUGAL 2014 COM A ORGANIZAÇÃO CONJUNTA
DA ASSOCIAÇÃO PASSIVHAUS PORTUGAL E DA HOMEGRID. ESTA
SEGUNDA EDIÇÃO DO EVENTO CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE
190 PESSOAS. A CONFERÊNCIA TEVE QUATRO BLOCOS DE APRESENTAÇÕES E UMA EXPOSIÇÃO QUE DECORREU NO FOYER DO
AUDITÓRIO, ONDE PARTICIPARAM CATORZE EMPRESAS QUE EXPUSERAM OS SEUS PRODUTOS E SOLUÇÕES ADEQUADAS À
HOUSE.
PASSIVE
O bloco 1, conduzido por João Marcelino, prosseguiu com as intervenções: do Eng.º Ribau Esteves, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, manifestando a disponibilidade e o interesse em
alargar a rede de municípios Passive House ao município de
Aveiro e aos restantes da Comunidade Intermunicipal da Região
de Aveiro; da Dr.ª Alexandra Rodrigues, Diretora de Serviços de
Desenvolvimento Regional da CCDRC, que enquadrou as medidas de eficiência energética na estratégia para o desenvolvimento
regional; e do Eng.º João Branco, Vice-presidente da Direção
Nacional da Quercus, que apontou os caminhos alternativos para
as políticas energéticas e ambientais de Portugal.
Participantes no Bloco 1
O auditório
A finalizar o bloco de abertura foram apresentados alguns exemplos da aplicação da norma Passive House em Portugal por João
Gavião, da Homegrid, que deu a conhecer o excelente desempenho das Primeiras Passive Houses ao nível do conforto, qualidade
do ar interior e consumos energéticos e dos novos edifícios
Passive House em desenvolvimento na região de Aveiro, e por
Miguel Guedes, do atelier Miguel Guedes Arquitectos, que apresentou o projeto de uma Passive House no Douro, no concelho de
Baião.
O bloco 2 foi moderado pelo Arq.º João Paulo Cardielos, professor
do Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra, e
procurou mostrar caminhos para o desenvolvimento da Passive
House em comunidades, municípios e regiões. A primeira apresentação foi de João Marcelino, da Associação Passivhaus Portugal,
que apresentou o caminho proposto para os municípios Passive
House e anunciou a Câmara Municipal de Águeda como o primeiro
município Passive House.
A exposição
Os trabalhos tiveram início com a abertura da conferência, em
que foram dadas as boas vindas a todos os presentes no evento
e apresentado o trabalho efetuado até à data pela Associação
Passivhaus Portugal pela voz do presidente da direção, João
Marcelino. Foi apresentada a estratégia para a implementação
da Passive House em Portugal assente na Rede Passive House
e também alguns dos projetos Passive House em desenvolvimento em Portugal.
26 /
Participantes no Bloco 2
De seguida, o Dr. Victor Ferreira apresentou a estratégia do
Cluster Habitat Sustentável e a sustentabilidade como mote
para a inovação e competitividade e o Dr. Manuel Duarte
Pinheiro, professor do Instituto Superior Técnico, revelou a
perspetiva do sistema de certificação LiderA em relação à
Passive House e às comunidades sustentáveis. Para finalizar
este bloco, a Dr.ª Célia Laranjeira, da Divisão de Ambiente e
Sustentabilidade da Câmara Municipal de Águeda, em representação do seu presidente Gil Nadais, apresentou o trabalho
feito no caminho para a sustentabilidade, que passa também
por ser um município Passive House.
O bloco 3 incidiu sobre exemplos e práticas fora de Portugal,
com destaque para a representação do Passivhaus Institut
(PHI) e de dois dos parceiros da Associação Passivhaus
Portugal na iniciativa PHMED - Passive House Mediterranean,
a Plataforma de Edificación Passivhaus (PEP) de Espanha e o
ZEPHIR Passivhaus Itália. A primeira apresentação foi de
Susanne Theumer, do Passivhaus Institut que focou as vantagens da aplicação da norma Passive House no setor hoteleiro
e da reabilitação passo a passo como modo de melhorar o
desempenho dos edifícios existentes.
Participantes no Bloco 4
de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências
da Construção, o seu historial e o seu papel e atividade nas
áreas da Construção, Energia e Ambiente. Seguiu-se a apresentação conjunta do grupo Saint-Gobain, através das apresentações do Eng.º Carlos Reis e do Eng.º Artur Brandão que abordaram a importância da envolvente opaca e da envolvente
transparente numa Passive House e da sua contribuição para a
optimização do desempenho.
O tema da envolvente transparente foi continuado pelo Eng.º
Artur Mexia, da Sapa Building System através da apresentação
do sistema e caixilharia Avantis 95 da Sapa que obteve a certificação Passive House garantindo o óptimo desempenho. O
Eng.º Ávila e Sousa, da Preceram apresentou o produto de
excelência da empresa, o tijolo térmico e acústico, fundamentando as vantagens da sua utilização.
E para finalizar o bloco, a apresentação do Eng.º Emanuel
Lopes, da Tisem, com a solução Cross Laminated Timber na
Passive House e o seu contributo para o cumprimento dos
requisitos Passive House.
Participantes no Bloco 3
Na apresentação de Anne Vogt, do PEP foram destacadas as
atividades da organização espanhola, nomeadamente no âmbito do projecto europeu EuroPHit, e os exemplos da aplicação
da Passive House em edifícios novos e existentes. De seguida,
Franscesco Nesi, do ZEPHIR, apresentou a evolução da
Passive House em Itália, em número de profissionais formados
e de edifícios construídos, e os recentes protocolos estabelecidos com municípios italianos para a implementação da Passive
House. A apresentação final deste bloco coube a Jürgen
Kleinwächter, responsável da SunOrbit e colaborador na comunidade Tamera, com a divulgação de soluções tendo em vista a
independência energética de uma habitação a partir da energia
fornecida pelo sol.
O bloco 4 teve como moderador o Dr. José de Matos,
Secretário-Geral da Associação Portuguesa dos Comerciantes
de Materiais de Construção e teve como objetivo a apresentação de soluções e produtos adequados à Passive House. A primeira apresentação foi do Eng.º Nuno Simões, docente da
FCTUC e investigador do ITeCons, que apresentou o Instituto
No encerramento da 2ª Conferência Passivhaus Portugal 2014,
João Marcelino divulgou o plano de formação Passive House
para o ano de 2015.
O Encerramento da Conferência
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Eventos
II Semana da Reabilitação Urbana do Porto
TERMINOU A 30 DE NOVEMBRO A II SEMANA DA REABILITAÇÃO
URBANA DO PORTO, COM A ORGANIZAÇÃO A FAZER UM BALANÇO
“BASTANTE POSITIVO”. O EVENTO COM INÍCIO A 24 DE NOVEMBRO, RECEBEU MAIS DE 2.000 PARTICIPANTES NOS EVENTOS
AGENDADOS.
Da parte das empresas, o balanço também é positivo: “A qualidade das conferências, tertúlias e workshops da Semana confirmam o sucesso deste evento que entendemos constituir-se, por
si só, como promotor da Reabilitação Urbana no nosso país”,
afirmou Miguel Franco, Administrador da Schmitt+Sohn
Elevadores, empresa que apoia o evento desde a sua primeira
edição e que esteve também presente com os seus produtos e
soluções na área do transporte vertical.
MAIS DE 2.000 PARTICIPANTES NAS CONFERÊNCIAS, TERTÚLIAS E WORKSHOPS
De acordo com Arturo Malingre, Diretor da Semana da
Reabilitação Urbana, “um dos objetivos primeiros” do evento é
“reunir todos os protagonistas da Reabilitação Urbana num
evento inclusivo, o que uma vez mais se confirmou”.
De acordo com a organização, esta II Semana da Reabilitação
Urbana do Porto recebeu mais de 2.000 participantes nas conferências, tertúlias e workshops agendados, que entre os dias
24 e 30 de novembro animaram o Ateneu Comercial do Porto.
O responsável agradeceu o apoio “desde o primeiro momento” da
Câmara Municipal do Porto e da Porto Vivo, frisando ainda que “é
entusiasmante ver a colaboração de todas as forças vivas da reabilitação, desde as universidades, às associações e ordens profissionais de referência, ou os institutos públicos com a tutela do
setor, bem como as empresas que trabalham nesta área”.
No total, mais de 90 oradores de âmbito político, técnico e
empresarial integraram estes eventos, que captaram “um público diversificado que reúne todos os intervenientes da reabilitação urbana, desde financiadores, a engenheiros, arquitetos, promotores, construtores e prescritores”, nota a organização.
“Além disso, é gratificante ver também a Semana cumprir a sua
função de sensibilização da população em geral para o tema da
reabilitação urbana”, propósito que foi “uma vez mais cumprido”,
realça Arturo Malingre.
28 /
Os mais novos também marcaram presença, com o workshop
de arquitetura para os mais pequenos “ArquiBrinca” a receber
mais de 160 crianças na manhã de sábado, 29 de novembro.
Dinamizado pela pela Arkiplay com base no sistema de construção LUPO, esta sessão contou com o apoio da APRUPP na
organização e com o patrocínio da Schmitt+Sohn Elevadores.
Uma iniciativa inovadora no âmbito da Semana da Reabilitação
Urbana e que se revelou um verdadeiro sucesso em termos de
adesão, foi a “Reunião de Obra Aberta” promovida pela Floret
Arquitectura e que convidou todas os interessados, profissionais
ou apenas curiosos a participar numa visita aos estaleiros de duas
obras de reabilitação atualmente em curso no Porto. As Reuniões
de Obra Aberta decorreram em duas frentes de obra, nomeadamente na “Alexandre Herculano”, situada no nº 223 da rua
Alexandre Herculano; e do “Pinheiro Manso”, no nº 206 da Rua do
Pinheiro Manso.
Outro destaque da Semana da Reabilitação Urbana foi o concurso
de fotografia “ReTratar a Invicta”, que foi lançado no âmbito do
evento e que superou uma centena de trabalhos a concurso.
UMA MOSTRA DO QUE MELHOR SE FAZ EM REABILITAÇÃO EM PORTUGAL
Além dos eventos em agenda, o espaço do Ateneu Comercial acolheu ainda cerca de duas dezenas de empresas que, durante os
dias da Semana, apresentaram soluções e produtos direcionados
para a reabilitação, entre as quais a Schmitt+Sohn Elevadores, a
Secil, a CGD, a Lucios, a Weber, a Sonae Indústria, a Predibisa, a
Sonae Indústria, a Umbelino Monteiro, a CARI (Grupo DST) ou a
Sanitana.
A Semana foi ainda palco para a apresentação da 3ª edição do
Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, cujo período de candidaturas já está a decorrer, terminando a 16 de fevereiro. Enquanto
entidade que apoia a Reabilitação Urbana, a Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa associa-se, uma vez mais, a esta iniciativa,
a qual é organizada pela Vida Imobiliária e pela Promevi, parceria
que organiza também a Semana da Reabilitação Urbana. Nesta 2ª
edição no Porto, a Semana contou com os apoios da Porto Vivo,
SRU e da Câmara Municipal do Porto, além dos patrocínios institucionais da CCDR-N, INCI, IHRU e AICCOPN e das empresas
Caixa Geral de Depósitos, Schmitt+Sohn, Lucios, Secil, Sonae
Indústria, Weber, e Luz e Som.
/ 29
Eventos
DECORREU
Jantar Convívio de Natal na OLI
11 DE DEZEMBRO, O HABITUAL
APCMC, QUE JUNTOU MAIS UMA VEZ
VÁRIOS ASSOCIADOS, GEOGRAFICAMENTE DISPERSOS. CONVÍVIO
GENTILMENTE PATROCINADO PELA OLI - OLIVEIRA & IRMÃO,
SA, QUE COMPLETOU ESTE ANO, TAL COMO A APCMC, 60
ANOS DE EXISTÊNCIA.
NO PASSADO DIA
CONVÍVIO DE
NATAL
DA
Os convidados tiveram oportunidade de visitar as instalações
fabris da OLI, tendo uma profunda explicação do processo produtivo.
Seguiu-se o jantar, que decorreu nas instalações da empresa,
no final do qual os Presidentes do C.A. da OLI, Engenheiro
António Oliveira, e da Direção da APCMC, Engenheiro Afonso
Caldeira, tomaram a palavra para agradecer e desejar aos presentes Boas Festas e um Ano Novo de 2015 muito esperançoso
e cheio de novas oportunidades, tendo ainda registado o
momento com uma troca de lembranças.
30 /
Casa Peixoto abriu portas em Braga
NO
CASA PEIXOTO ABRIU A
SEQUEIRA, BRAGA (EN. 103).
COM MAIS DE 5000 METROS QUADRADOS, ESTA CASA OFERECE,
TAL COMO JÁ TEM VINDO A HABITUAR OS SEUS CLIENTES, SOLUÇÕES INTEGRADAS E UMA VASTA GAMA DE PRODUTOS E SERVIÇOS DA ÁREA DE CONSTRUÇÃO, COM SELO DE QUALIDADE.
PASSADO DIA
29
DE DEZEMBRO, A
SUA MAIS RECENTE LOJA EM
A loja de Braga está devidamente segmentada em áreas específicas, sendo possível encontrar todos os materiais necessários para
construção, desde produtos grossos (como areia, cimento e materiais de isolamento), até eletrodomésticos e acessórios de decoração e climatização.
Este novo espaço conta também com uma zona de bar/cafetaria,
onde os clientes e os colaboradores podem usufruir de momentos
de pausa e lazer. A loja está sempre aberta, das 8h às 20h, de
segunda a sábado.
A Casa Peixoto conta já com 40 anos de história e sucesso no
setor da construção e tem-se afirmado no mercado pela sua ousadia, pelo atendimento personalizado e especializado que presta
aos clientes e pela sua oferta diversificada em qualidade e preço.
Com mais este investimento da Casa Peixoto, é o setor que está
de parabéns, revelando que, apesar das dificuldades do País, as
empresas de materiais de construção acreditam no futuro e apostam na prestação de um serviço de qualidade e excelência.
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Entrevista
Pinto & Filhos adere à BigMat
BigMat
NESTA
ENTREVISTA,
FERNANDO PINTO, ADMINISTRADOR DA
PINTO & FILHOS, SA, REVELA-NOS A RAZÃO DA ADESÃO AO GRUPO BIGMAT E COMO ESTÁ A DECORRER A SUA
EXPERIÊNCIA. UM EMPRESÁRIO CUJA OPINIÃO É DAS MAIS CONSIDERADAS NO SETOR DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ALICERÇADA NO SUCESSO DE UMA HISTÓRIA CENTENÁRIA.
EMPRESA
QUE
REFERÊNCIAS TINHA EM RELAÇÃO AO GRUPO
BIGMAT?
Na verdade não tínhamos muita informação e a que tínhamos era confusa, contraditória e dispersa. Estávamos mal
informados. Muitos dados soltos, pouco precisos, que afinal
não coincidiam com o que pude comprovar (que é a melhor
forma de ver as coisas).
O
QUE PRETENDE DIZER EXATAMENTE?
O que quero dizer é que, quando me explicaram tudo, ponto
por ponto e de uma forma clara, a minha perceção do que é
a BigMat mudou. Aliás, tenho que reconhecer que inicialmente tinha algumas reservas quanto à BigMat.
POR
EXEMPLO?
Uma das questões que mais nos surpreendeu e que pesou
consideravelmente no momento de tomar a decisão foi a da
autonomia na administração do próprio negócio. Para nós
era fundamental manter a administração do negócio. Esta
empresa é centenária. Já andamos nisto há muito tempo
para que alguém venha agora dizer como temos que fazer
as coisas.
Para nossa grande surpresa, a BigMat é precisamente o
contrário. Na BigMat sabem que ninguém melhor que nós
conhece o nosso negócio, a nossa área de influência, as
necessidades dos nossos clientes, etc.
Para a BigMat é muito mais produtivo aproveitar todo o
potencial que somente o sócio pode proporcionar ao conjunto do grupo. Para eles, também é muito importante que o
sócio mantenha o vínculo emocional que tem com a sua
empresa.
O negócio é nosso e querem que continue a ser, para que a
nossa participação continue a ser a mesma. A desvinculação somente levaria a uma falta de motivação. Quando sentimos que algo é nosso, mesmo que agora sejamos parte de
uma organização maior, defendemo-lo.
QUANDO SE TRATA DE TOMAR
RIDADE, QUAL PREVALECE?
DECISÕES, DE EXERCÍCIO DA AUTO-
Ninguém nos diz o que temos que fazer. No entanto, aconselham-nos para que o nosso negócio seja mais produtivo,
mais visível, etc. Às vezes, na vida, temos que ser humildes
e deixar-nos assessorar pelos que mais sabem.
Em determinadas questões, como a imagem, o marketing, o
merchandising, a BigMat é especialmente competente. Para
nós, estes eram aspetos que devíamos considerar mas aos
quais, porventura, não dávamos a importância devida.
32 /
Quando a visitamos, percebemos que na atual conjuntura estaremos perdidos
se não tivermos o apoio de um grande grupo, com esta infraestrutura. Por
exemplo, o desconto que um fornecedor concede à BigMat pelas suas compras, dado o seu volume, não pode ser o mesmo que poderá conceder a
alguém de forma independente.
MENCIONOU
ALGUNS DOS BENEFÍCIOS DE QUE USUFRUI QUEM É SÓCIO
BIGMAT,
COMO A ASSESSORIA EM DETERMINADOS ASPETOS DO NEGÓCIO E AS VANTAGENS
OBTIDAS NA RELAÇÃO COM OS FORNECEDORES.
QUE
OUTROS DESTACARIA?
Já disse que nós valorizávamos muito a independência, mas o objetivo final
são os resultados económicos. Aqui todos nós pretendemos o benefício máximo. Fizemos os cálculos e as contas ajustam-se perfeitamente. Se não fosse
assim, com certeza não estaríamos a fazer esta entrevista.
CONCLUINDO,
COMO É A RELAÇÃO COM OS FORNECEDORES A PARTIR DO
PARECE QUE ESTÁ REALMENTE SATISFEITO, MAS NESTA COISAS NÃO HÁ
SEMPRE UM SENÃO?
BIGMAT?
QUAL
SERIA O SEU EM RELAÇÃO À INCORPORAÇÃO NO GRUPO
MOMENTO EM QUE UMA EMPRESA SE TORNA SÓCIA DA
BIGMAT?
É como nós quisermos, é à nossa velocidade; no entanto, não fará qualquer sentido pertencer a um clube por
causa das suas vantagens e depois não as utilizar.
O mais rentável, confortável e produtivo é fazer uso da
plataforma BigLog.
Sim, é verdade. Este o mesmo é da nossa exclusiva responsabilidade.
Principalmente por termos demorado mais do que devíamos a executar a decisão, que estava praticamente tomada desde o início, no sentido positivo.
Reconheço que perdemos muito tempo e dinheiro. O meu conselho para aqueles que estiverem com dúvidas é que quando receberem toda a informação
sigam em frente, sem perder tempo. Eu sabia, quase intuitivamente, que estávamos a fazer o correto. Agora estamos satisfeitos e motivados.
Entrevista
José Manuel Santos
Administrador da Diera
José Manuel Santos, administrador da Diera
QUAIS
EM 1967,
A
DIERA
INICIOU A SUA ATIVIDADE COM A
PRODUÇÃO DE TINTAS E VERNIZES, ASSUMINDO DESDE
A SUA FUNDAÇÃO UMA FILOSOFIA DE CRIAÇÃO DE PRODUTOS COM ALTAS EXIGÊNCIAS DE QUALIDADE.
ANO
1978,
NO
A RECEÇÃO FAVORÁVEL POR PARTE DO
MERCADO POSSIBILITOU A EXPANSÃO DA SUA ATIVIDADE PARA A PRODUÇÃO DE CIMENTO-COLA.
QUAL
O PERCURSO QUE A
DIERA
TEM TIDO DESDE A SUA CRIA-
ÇÃO, TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DE
PRODUTOS?
Fundada em 1967, a DIERA é uma empresa de matriz
100% portuguesa, que iniciou a atividade com uma unidade de produção limitada a um produto e duas referências.
Hoje, com uma equipa de 60 pessoas e 3 unidades distintas de produção, produz e comercializa mais de 200 produtos, quer no domínio das argamassas (argamassa cola,
argamassa de juntas, argamassas técnicas e argamassas
de construção e reabilitação), quer no segmento dos
revestimentos decorativos (tintas, vernizes e revestimentos plásticos espessos).
Presente em todo o território nacional, a Diera exporta
ainda diretamente para sete mercados internacionais, com
especial incidência nos PALOP.
34 /
OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA
RENTES?
DIERA FACE AOS
CONCOR-
A Diera pode considerar-se um caso único no panorama das empresas de
materiais de construção em Portugal, na medida em que, por força da sua
vocação inicial na produção de vernizes e tintas, e posterior ampliação
para a produção de argamassas cola, encontra-se atualmente dotada dos
meios para desenvolver e produzir uma série de produtos que abarcam
todos os estágios do ciclo de vida da obra desde o levantamento das paredes aos revestimentos e acabamentos finais.
Como é natural, este binómio de desenvolvimento e produção para estes
dois mercados complementares mas distintos permite-nos lançar soluções
extremamente vantajosas para o consumidor, como é o caso, por exemplo, do sistema de isolamento térmico compósito DIERATHERM, constituído por produtos para colagem, revestimento e acabamento das placas de
EPS/XPS, totalmente desenvolvidos internamente.
Paralelamente, a aposta constante na investigação e desenvolvimento
para formatar novas soluções e técnicas de aplicação, que potenciem a
eficiência energética e a preservação ambiental, bem como o acesso a
nichos de mercado, como a reabilitação, cada vez mais competitivos e exigentes, são vetores estruturantes da sua atividade.
QUAL A PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO 2015?
Depois de estar no mercado internacional há quase 15 anos, com destaque para os PALOP, a Diera equaciona a formação de parcerias em mercados selecionados, com vista à futura instalação de unidades de produção. Esse plano pode começar a ser posto em prática no decorrer do ano
presente, na região do Magreb.
Estender a abordagem comercial a outros mercados
também é um objetivo sempre presente, como forma de
divulgar e ampliar a visibilidade da marca portuguesa
Diera pelo mundo.
DE UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTANTES A TER EM CONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO? QUAIS AS EXIGÊNCIAS DOS CLIENTES?
Longe vai o tempo em que o cliente se preocupava apenas com a eficiência e o custo do produto. Hoje, muitas
outras variáveis concorrem para o sucesso de uma
empresa e de uma marca no segmento dos materiais de
construção.
Avançamos com investigação, desenvolvimento e inovação se detetamos a existência de uma falha no mercado ou se entendemos ter capacidade para oferecer
um produto melhor. Mas para além de bom e ter um
preço competitivo, temos de assegurar o cumprimento
de normas internacionais no domínio ambiental e energético, para além de uma série de outras certificações
de conformidade.
QUE
ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMO
PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS?
Estamos a sair de uma crise que afetou seriamente o
financiamento dos projetos de construção, mas que
também teve o mérito de acabar com muitas más práticas que se haviam instalado, fruto do facilitismo e
expansão não sustentada do mercado da construção.
Começa a sentir-se atualmente um clima de retoma,
sobretudo no domínio da reabilitação, que as autarquias
e o Estado deviam incentivar de uma forma mais séria.
Há projetos e novas formas de apoiar a economia e as
empresas.
O
Reabilitação da Universidade Católica do Porto
SETOR DE REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES
APOSTAS NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO, TENDO EXISTIDO UM
ESFORÇO PARA CONCEBER PRODUTOS ESPECÍFICOS PARA
ESTE SEGMENTO DE MERCADO.
COMERCIALIZAM
ESPECÍFICAS PARA ESTE TIPO DE MERCADO?
SOLUÇÕES
Quer no domínio das argamassas (argamassas cola,
argamassa de juntas, argamassas técnicas), quer no
segmento dos revestimentos decorativos (tintas, vernizes e revestimentos plásticos espessos), a Diera produz e comercializa produtos adequados tanto para o
mercado da construção nova como da reabilitação.
Colagem das placas de EPS
QUAL
No domínio dos produtos de base cimentícia, por exemplo, a aposta em soluções tradicionais e de mais-valia
técnica e ecológica, com apoio técnico em obra, é uma
das mais valias da empresa, que teve a preocupação
de efetuar um forte investimento em meios técnicos e
humanos que permitam não só desenvolver soluções
adaptadas à realidade do mercado da reabilitação, mas
também proporcionar um acompanhamento técnico
constante para assegurar a correta aplicação dos produtos, e a resolução eficaz dos desafios que este mercado apresenta.
O PRODUTO QUE TEVE MAIOR DESTAQUE EM
2014
E PORQUÊ?
A solução DIERATHERM. Este sistema compósito de isolamento térmico pelo exterior foi homologado este ano pelo Laboratório Nacional
de Engenharia Civil (DH 923). Este ETIC (External Thermal Insulation
Composite System) visa o isolamento térmico das zonas opacas das
fachadas e é o resultado da aposta na investigação e desenvolvimento de novas soluções e técnicas de aplicação que potenciem a
eficiência energética e a preservação ambiental. Visando o melhor
desempenho energético, bem como um conforto térmico e higrotérmico, o sistema DIERATHERM pode ser aplicado quer em construção nova, quer em obras de reabilitação.
/ 35
Entrevista
Joan Bonmatí i Tomàs
Henkel Ibérica
QUAL
O PERCURSO QUA A
HENKEL
TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO,
TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS?
A Henkel foi criada em 1876 por Fritz Henkel, na Alemanha. O
seu primeiro produto foi um detergente universal em pó, que
se destacava por ser vendido em embalagens práticas e não
avulso, como era costume na altura.
Joan Bonmatí i Tomàs
Diretor de Marketing e Trade Marketing
Adhesive Technologies
O
HENKEL INSTALOU-SE EM ESPANHA NO
1960, DEPOIS DE COMPRAR A EMPRESA ESPANHOLA
GOTA DE ÁMBAR, SA. EM 1989 DECIDIU ENFRENTAR UM
NOVO DESAFIO E ENTRAR NO MERCADO PORTUGUÊS.
ATUALMENTE, A HENKEL IBÉRICA CONTA COM UM QUADRO
DE CERCA DE 1.100 EMPREGADOS.
GRUPO ALEMÃO
Atualmente, a Henkel opera, a nível mundial, em três grandes
áreas de negócios: Beauty Care, Laundry & Home Care e
Adhesive Technologies. Esta última grande área divide-se
numa parte dedicada à indústria e noutra ligada ao consumo.
A Henkel Ibérica teve o seu início em Espanha em 1960 e em
Portugal em 1970. A empresa cresceu por compra e integração de empresas locais, como são exemplos, na área dos
adesivos de consumo, a Nural e a Solyplast (produtos atualmente sob a marca Pattex).
ANO DE
O GRUPO TEM UM CENTRO DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
PENÍNSULA IBÉRICA: MONTORNÈS DEL VALLÈS ALÉM
DESTES, TEM AINDA UM CENTRO ADICIONAL DE DISTRIBUIÇÃO
EM AZUQUECA DE HENARES. TODOS OS CENTROS ESTÃO
OFICIALMENTE CERTIFICADOS COM AS NORMAS ISO DE QUALIDADE E MEIO AMBIENTE.
NA
36 /
Atualmente, em Portugal, estão presentes as três áreas de
negócio, sendo que as marcas trabalhadas ao nível dos adesivos de consumo são: Loctite SuperCola3, Pattex, Pritt,
Tangit, Metylan, Rubson e Thomsit.
QUAIS
OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA
AOS CONCORRENTES?
HENKEL
FACE
Ao nível do que são os adesivos de consumo, na Henkel oferecemos produtos e gamas adequados a hipers e supermercados, a centros de bricolage e também a públicos mais profissionais, na área da construção, saneamento ou impermeabilização.
A garantia de qualidade, aposta em inovação e assistência técnica são transversais a todas as gamas e produtos Henkel e diferenciadores dentro de cada categoria onde atuamos, desde as colas instantâneas às massas de regularização.
QUAL A
2015?
PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO
A estratégia da Henkel está muito bem definida, a um
nível corporativo e global, para os próximos anos.
Tendo por base a nossa visão de sermos líderes globais
em marcas e tecnologias, as prioridades estratégicas
são claras: Outperform (optimizando e tirando o máximo
partido das nossas marcas); Globalize (foco em regiões
com elevado potencial); Simplify (excelência operacional); Inspire (fortalecimento da equipa).
A Henkel Ibérica partilha, inteiramente, esta estratégia.
Durante o ano 2015, é nossa ambição aumentar o foco
naquilo que é o nosso negócio core, tirar partido das
nossas vantagens competitivas, apostar na inovação e
na competência técnica, simplificar processos e aumentar a nossa agilidade, tudo isto alavancado pela performance de uma equipa altamente motivada.
DE
UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTAN-
TES A TER EM CONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO?
QUAIS AS
EXIGÊNCIAS DOS CLIENTES?
Na área de adesivos, as exigências do cliente e do consumidor e inclusivamente alguns fatores a considerar
no desenvolvimento dos produtos dependem bastante
se falamos de um consumidor mais doméstico, mais bricolageiro - que valorizará bastante a imagem, a facilidade de utilização, o reconhecimento e confiança na
marca -, ou se falamos de um consumidor mais profissional, que tenderá a valorizar ainda mais as elevadas
performances dos produtos e que terá uma maior sensibilidade ao tema preço.
Deste modo, diria que o primeiro passo para um correto
desenvolvimento de produto/categoria é uma definição
muito clara do público-alvo onde queremos chegar e
uma análise do equilíbrio entre aquilo que necessita e
aquilo que temos para oferecer.
sobre bases menores, mas caímos menos, e isto será um bom prenúncio. A confiança dos empresários do setor, inclusive, está a evoluir de forma já positiva. Creio que nos próximos anos o setor recuperará e, embora não atingindo os picos pré-crise, conseguiremos
um equilíbrio entre o que são construções públicas e privadas, entre
nova construção e reabilitação, que fará o mercado mexer.
O SETOR DE REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTAS NA ÁREA DA
CONSTRUÇÃO, TENDO EXISTIDO UM ESFORÇO PARA CONCEBER PRODUTOS
ESPECÍFICOS PARA ESTE SEGMENTO DE MERCADO.
ESPECÍFICAS PARA ESTE TIPO DE MERCADO?
Sim, comercializamos. Se abordamos o mercado da reabilitação, as
soluções que a Henkel disponibiliza vão desde as colas universais
aos silicones, pregos líquidos, e produtos para limpeza e impermeabilização de superfícies.
QUAL O
Transversal a qualquer produto e a qualquer cliente,
porém, são temas como a capacidade de inovação, de
ser melhor e diferente, a performance dos nossos produtos, a capacidade de cumprir as promessas que
fazem, e também a nossa competência e assistência
técnica ao consumidor.
QUE
ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMO
PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS?
Em Portugal, o mercado da construção passou por um
período tremendo de contração nos últimos anos. De
momento, aquilo que nos chega através das últimas
estatísticas é que os níveis de decrescimento do setor
estão a diminuir, isto é, continuamos a cair, e caímos
COMERCIALIZAM SOLUÇÕES
PRODUTO QUE TEVE MAIOR DESTAQUE EM
2014
E PORQUÊ?
Destacamos, em 2014, a performance da nossa marca Rubson e em
especial do Silicone Líquido, um produto com uma tecnologia altamente inovadora e exclusiva Henkel que hoje em dia é já bem conhecido e bem referenciado pelos profissionais do setor.
Sob a marca Rubson, temos apostado na criação de todo um sistema
de impermeabilização de superfícies, contra a humidade. 2014, foi
um ano de inovações na marca Rubson, com a introdução do Aditivo
P3, que tornou o produto transitável (certificação P4), bem como, por
outro lado, com a introdução de uma nova gama de desumidificadores.
2015 será mais um ano especial para a marca, com muitas novidades e inovações na gama.
/ 37
Entrevista
Ana Ambrósio
Administradora das Tintas 2000
A FÁBRICA DE TINTAS 2000, SA FOI FUNDADA EM
AGOSTO DE 1980, COMEÇANDO APENAS COM 1.200 M2
DE ÁREA, 20 FUNCIONÁRIOS E UMA PRODUÇÃO DE 500
TONELADAS/ANO. TINHA COMO PRINCIPAL OBJETIVO SER
UMA EMPRESA CAPAZ DE DAR AO MERCADO VÁRIAS
SOLUÇÕES.
Durante os anos 80, a Tintas 2000 cresceu, mostrando
uma maior capacidade de resposta ao mercado de ano
para ano, desenvolvendo as diferentes áreas de produção,
tintas plásticas, esmaltes e vernizes.
38 /
Ao nível da distribuição a empresa, possui delegações nas várias
regiões do país, Trás-os-Montes, Minho, Douro Litoral, Vale do Sousa,
Beira Alta, Estremadura, Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.
QUAL
O PERCURSO QUA AS
TINTAS 2000
TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO,
TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS?
O nosso percurso tem sido sempre a crescer, nos últimos 10 anos o
volume de negócios cresceu mais de 85%. A Tintas 2000 iniciou a sua
atividade numa área coberta de 1.200 m2, com 30 pessoas e uma
gama de produtos para a construção civil. Neste momento ocupamos
mais de 12.000 m2, temos uma equipa de 180 pessoas, produzimos
uma gama alargada de produtos para construção civil, para indústria
de mobiliário e metalomecânica, e temos uma rede de distribuição de
26 lojas próprias.
Em 1986 a empresa decidiu investir em vernizes e tapaporos poliuretanos para a indústria do mobiliário de madeira, na qual se veio a tornar um dos fatores de diferenciação e posicionamento da empresa. Num curto espaço de
tempo a Tintas 2000 conseguiu uma liderança de mercado
na indústria do mobiliário, que ainda hoje, é um “cartão de
visita”.
QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DAS TINTAS 2000 FACE AOS
CONCORRENTES?
Neste momento a Fábrica de Tintas 2000, tem uma equipa
de 130 colaboradores e uma capacidade produtiva de
15.000 toneladas/ano.
Não posso revelar, não quero tornar pública a nossa estratégia para
2015, posso dizer que como em todos os anos anteriores pretendemos
continuar a crescer, tanto em volume de vendas, como em resultados.
A empresa situa-se entre as 6 maiores fábricas de tintas e
vernizes do país, num universo de 169 produtoras do
ramo.
CONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO?
Uma múltipla diversidade de produtos e soluções de pintura, dinâmica
e versatilidade.
QUAL A PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO 2015?
DE
UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTANTES A TER EM
DOS CLIENTES?
QUAIS
AS EXIGÊNCIAS
A utilização deste sistema vai continuar a ser cada vez
mais frequente na procura da redução do consumo de
energia, do aumento do conforto, da durabilidade e da sustentabilidade.
O custo da energia e o facto de ser um bem escasso
impõem que se construam edifícios energeticamente eficientes o que se consegue com o sistema de isolamento térmico pelo exterior, usando o THERMINNOV e o THERMINNOV CORK.
O SETOR DE REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTAS
NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO, TENDO EXISTIDO UM ESFORÇO PARA
CONCEBER PRODUTOS ESPECÍFICOS PARA ESTE SEGMENTO DE MER-
CADO.
COMERCIALIZAM
DE MERCADO?
SOLUÇÕES ESPECÍFICAS PARA ESTE TIPO
O setor da reabilitação tem sido um desafio, a atividade da
Tintas 2000 sempre foi mais dedicada à reabilitação do que
a construção nova e nos últimos anos temos desenvolvido e
certificado diversos produtos para a reabilitação de edifícios.
Destaco particularmente o THERMINNOV e o THERMINNOV CORK, os sistemas de isolamento térmico pelo exterior, homologados pelo LNEC segundo a ETAG 004 com o
n.º DH 923 e DH 924, desde dezembro de 2012.
Fomos a 4ª empresa a nível nacional com sistema de isolamento térmico homologados pelo LNEC - THERMINOV e a
2ª empresa a homologar um sistema térmico com ICB como
isolante térmico, acústico e antivibrático - SISTEMA THERMINNOV CORK.
As exigências dos clientes prendem-se essencialmente com a qualidade do produto.
Eu considero que um dos principais aspetos a ter em consideração
no desenvolvimento do produto é uma correta e pormenorizada
identificação das características e funcionalidades pretendidas para
o produto, para se fazer uma adequada pesquisa de matérias-primas a utilizar e para o consequente desenvolvimento de formulação.
QUE
ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMO PREVÊ A SUA
EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS?
Prevejo a manutenção do crescimento do setor de reabilitação de
edifícios e estagnação de construção de obras novas. Neste
momento em Portugal não há necessidade de construir novas habitações, prevejo que nos próximos anos continuaremos a ter excesso de casas no mercado. Sendo que a médio-longo prazo temos
ainda dificuldade do decréscimo e envelhecimento da população.
Ainda no tema das fachadas, disponibilizamos ao mercado
um sistema de pintura com acabamento 100% acrílico, PRIMÁRIO PLIOMIL AQUOSO + TINTA ACRÍLICA PURA 9G,
também com o selo do LNEC, desta vez na forma de
Documento de Aplicação, com o n.º DA 43.
Temos ainda diversos outros produtos destinados à reabilitação com particular destaque para o Isolante Betonilha e
Impermeabilizante Terraços, respetivamente uma membrana cimentícia bi-componente e uma pintura acrílica foto-reticulável para impermeabilização de terraços.
QUAL
QUÊ?
O PRODUTO QUE TEVE MAIOR DESTAQUE EM
2014
E POR-
O Crepimil, que é um revestimento acrílico para o sistema de
isolamento térmico pelo exterior. Este produto foi o que teve
maior destaque em 2014, cresceu 40% no volume de vendas
e também a Tinta 9G 100% Acrílica que cresceu 57%.
Já em termos de reabilitação tudo indica que o mercado continuará
a crescer. As exigências, os requisitos legais, a imposição da emissão de certificados energéticos para todos os edifícios prevista no
regulamento das características de comportamento térmico de edifícios (RCCTE) vão continuar a impulsionar a procura dos sistemas
de isolamento térmico pelo exterior.
Registamos um aumento na procura do THERMINNOV, que
é o nosso sistema de isolamento térmico e acústico pelo
exterior de fachadas de edifícios, a reabilitação continua a
crescer pelo que a procura deste revestimento acrílico tem
sido muito elevada.
Este sistema constitui uma das soluções mais eficazes para se
obter um elevado nível de conforto térmico no interior dos edifícios,
com menor consumo energético associadas às necessidades de
aquecimento e arrefecimento.
O Crepimil está disponível em 8 grãos, de diferentes granometrias e é afinável em sistema de afinação automático. Em
2014 lançamos o Crepimil Extra com 5 raiados diferentes,
que foi também um sucesso.
/ 39
Entrevista
Leonor Vasconcelos
Gerente de Marketing da Telhas Cobert
A LUSOCERAM, EMPRESA QUE
TELHAS COBERT, FOI FUNDADA
ESTÁ NA ORIGEM DA
EM
1973,
TENDO INI-
CIADO A SUA ATIVIDADE COM A CONSTRUÇÃO DE UMA
OUTEIRO DA CABEÇA, CONCETORRES VEDRAS, A QUAL INICIOU A PRODUÇÃO EM MEADOS DE 1975. PASSADOS DOIS ANOS,
DEU-SE INÍCIO AO PROJETO DE CONSTRUÇÃO, NO
MESMO LOCAL, DE UMA FÁBRICA DE TELHAS CERÂMICAS, QUE ENTROU EM PRODUÇÃO EM 1979. EM 1988,
A LUSOCERAM FOI ADQUIRIDA PELO GRUPO URALITA,
TENDO DADO ORIGEM À TELHAS COBERT, MARCA QUE
A EMPRESA MANTÉM NOS DIAS DE HOJE.
FÁBRICA DE TIJOLO NO
LHO DE
QUAL O PERCURSO QUA A COBERT TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DE
PRODUTOS?
Temos tido uma evolução caracterizada pela constante
melhoria dos produtos e serviços, e pelo desenvolvimento de
novas soluções, sempre com o objetivo de apresentar ao
mercado o produto mais adequado e competitivo.
40 /
Em termos de empresa, a Cobert foi recentemente adquirida, na sua totalidade, pelo Grupo Braas Monier, o maior fabricante de telhas do mundo.
Estamos em crer que é uma mudança muito positiva e da qual retiraremos
certamente vantagens.
QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA COBERT FACE AOS CONCORRENTES?
Hoje em dia, com a globalização da tecnologia, a diferenciação nota-se
mais ao nível do serviço pós-venda, do conhecimento e proximidade com
o cliente. Neste sentido, temos apostado em ações de marketing e de
comunicação com os diferentes públicos-alvo, bem como numa melhoria
significativa do apoio ao cliente e parte logística. Estamos presentes de
norte a sul do país, através de entrepostos logísticos, e portanto mais próximos dos Distribuidores.
QUAL A PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO 2015?
Continuar a dinamizar a área da exportação, sem descurar o mercado
nacional. Neste momento, exportamos para mais de 50 países nos cinco
continentes e é nosso objetivo incrementar os volumes transacionados.
DE
UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTANTES A TER EM
CONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO?
DOS CLIENTES?
QUAIS
AS EXIGÊNCIAS
Gostaria de destacar a criação das bibliotecas de ficheiros BIM, um
projeto ambicioso que decidimos iniciar há cerca de um ano e que
lançámos em Maio, na Tektónica. Estas bibliotecas agregam representações digitais do portfólio da empresa - telhas cerâmicas e
acessórios para telhados -, preparadas para ArchiCAD e Revit.
Depende do tipo de público-alvo. Por exemplo, se estamos a falar
para construtores, é importante oferecer um produto de qualidade
e de fácil aplicação no telhado.
Quando falamos com arquitetos, para além da qualidade, a estética é sem dúvida o ponto mais crítico. Interessa-nos, por isso, oferecer um portfólio de produtos variado, que vá ao encontro das
necessidades e requisitos de cada público, que alie qualidade, fácil
montagem, variedade de cores e acabamentos, bem como uma
garantia eficiente.
QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMO PREVÊ A SUA
EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS?
O mercado da construção em Portugal tem apresentado taxas de
crescimento anémicas, derivadas da grave crise que o país atravessa. A construção nova estagnou e o que ainda vai apresentando sinais de alguma, pouca, recuperação, é o setor da reabilitação
que se caracteriza por edifícios com telha cerâmica. Para os próximos anos, não prevemos nenhum crescimento, antes pelo contrário; consideramos que o mercado nacional se manterá, infelizmente, com os valores atuais.
TÊM ALGUM
TACAR?
PRODUTO OU SERVIÇO RECENTE, QUE GOSTASSE DE DES-
Os ficheiros estão disponíveis para download, no website da
empresa (www.telhas-cobert.com), permitindo o acesso rápido e
fácil a toda a informação técnica e comercial dos produtos, e por
isso enriquecendo o processo de gestão da construção/reabilitação de um edifício. São, por isso, uma ferramenta indispensável
quando se pretende eficiência aliada a produtividade.
Por outro lado, sendo ficheiros digitais, têm uma grande apetência
para serem difundidos pelos mais diversos meios eletrónicos, facilitando os processos de trabalho. A informação que contêm, associada à geometria, fazem com que substituam simultaneamente os
“blocos CAD” e os catálogos promocionais.
QUE PRODUTO
DESTACARIA COMO SENDO MAIS INOVADOR?
A gama Lógica é a nossa gama premium, produzida em sistema
de cassete-H, através do qual a telha é prensada, seca, engobada
e cozida (a temperaturas mais elevadas) num suporte individual.
Este sistema confere às telhas características únicas, como estabilidade dimensional, elevada resistência mecânica e reduzida
absorção de água. Para além disso, o uso do gesso nos moldes,
aquando da prensagem, faz com que apresentem as nervuras com
uma definição perfeita e portanto garantam uma instalação mais
rápida e simples.
/ 41
Opinião
Oportunidades e Dinâmica
do Mercado da Reabilitação Urbana
A iniciativa concentrava-se nos programas sociais promovidos pelo
município, através do CRUARB - Comissariado para a Renovação
Urbana da Área de Ribeira/Barredo e da FDZHP - Fundação para o
Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto e por alguns senhorios
particulares incentivados pelo RECRIA - Regime Especial de
Comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados, por terem
tido as rendas congeladas durante muitos anos.
Acresce que, apesar da imagem de abandono que os edifícios apresentavam, o seu grau de ocupação era ainda impeditivo da sua disponibilização para obras.
Mesmo edifícios muito arruinados, com aspeto de serem impraticáveis, ainda albergavam, frequentemente, um ou mais fogos habitacionais e, por vezes armazéns, lojas ou escritórios de atividade real, residual... ou até... virtual.
Acontece que um edifício, mesmo degradado, se estivesse completamente devoluto, comparado com outro ainda parcialmente ocupado,
custaria no mercado dez vezes mais!
ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA “RECENTE” DO
CENTRO HISTÓRICO DO PORTO, PELO ARQUITETO RUI LOZA
HÁ DEZ ANOS...
Há dez anos a iniciativa de reabilitação de edifícios degradados
no Centro Histórico do Porto e na Baixa era exclusiva de programas públicos ou de alguns poucos promotores privados,
esses também, muitas vezes apoiados por programas públicos.
Não havia mercado imobiliário para os prédios degradados
nem para as frações recuperadas.
42 /
É fácil de entender.
O custo, o tempo e a conflitualidade de realojar inquilinos, sobretudo
habitacionais, eram absolutamente demolidores de qualquer vontade
de investir em reabilitação. Paralelamente o valor pedido pelos prédios
devolutos era tal que, desencorajava, igualmente, qualquer equação
financeira de investimento.
Compreende-se, porque, não raramente, o valor das indemnizações
a suportar era superior ao valor da compra do imóvel, e, sobretudo
porque era um valor...imprevisível! Havia casos de atividades não residenciais, cujo principal negocio, porventura o único negócio, era esperar pela indemnização do senhorio, aguardando o dia em que o desespero o obrigasse a tomar alguma iniciativa de vender ou recuperar.
A consequência foi a degradação profunda do edificado, colocando em causa o valor patrimonial do tecido histórico e o valor urbanístico de todo o Porto medieval. Neste contexto não podia haver
qualquer iniciativa privada que desencadeasse um processo significativo de recuperação dos imóveis.
Assim estava criado o “nó cego” que constituía o circulo vicioso da
degradação galopante que, pouco a pouco, ia empurrando os edifícios históricos para a ruína, cada vez mais acabada.
Esta situação de paralisia, era, além do mais, persistente e instalada desde há muitos anos, mesmo desde há muitas décadas.
Diversos fenómenos estruturais podem estar na origem desse
longo processo de desvitalização, mas vale a pena referir somente
os mais graves e com mais direta incidência.
Primeiro, a travessia do Douro à cota alta, seja ferroviária, seja
rodoviária, veio alterar a centralidade e a funcionalidade da Ribeira,
colocando o novo centro da cidade “na Baixa”.
Isto, passa-se na viragem do século XIX para o século XX. Além
disso, a construção do Porto de Leixões, já no início do século XX,
veio desativar, progressivamente, o porto do Douro que acaba por
fechar nos anos sessenta.
Nos anos noventa desativa-se a Alfandega “Nova”, quer pela adesão à Comunidade Europeia, quer pela transferência da sua residual atividade para as proximidades do porto de Leixões, do aeroporto e do terminal TIR.
Associada a estas transformações funcionais temos ainda a enorme mudança de escala da cidade, agora metrópole, com a atração
gerada para novas zonas, entre outros fatores, pela auto
estrada/Ponte da Arrábida, que veio a transformar completamente
o contínuo urbano de Gaia/Porto/Matosinhos.
Nestes processos o Centro Histórico foi perdendo valor e a Baixa
foi-se terciarizando.
A grande diferença é que enquanto a baixa perdeu drasticamente
população nas décadas de 60 a 80, com atração de novas áreas
de expansão urbana, e a pressão do terciário, o Centro Histórico
ainda reteve um elevado índice de ocupação em virtude dos seus
habitantes serem, na larga generalidade, economicamente incapazes de se mudarem para novas casas, sendo, no geral, os programas de realojamento de iniciativa pública dirigidos para a demolição das ilhas, primeiro, e bairros de barracas, depois.
Em 1974, quando se inicia a operação do CRUARB haveria ainda
no CHP cerca de vinte mil habitantes, o que representa uma sobrelotação enorme.
As leis do congelamento das rendas serão das principais explicações para o imobilismo e para a concentração nas casas antigas,
ou seja nas casas com rendas antigas, de um sistema de ocupação enquistado.
Ribeira/Barredo, Sé, Vitória e Miragaia, constituíam um núcleo
muito persistente de bairros habitacionais com severos problemas
de infra estruturas a que acresciam a obsolescência do edificado
e a decadência social.
A par deste processo endémico de degradação do Centro
Histórico assistimos, sobretudo nas três primeiras décadas pós 25
de Abril a uma explosiva expansão das novas áreas urbanas à
escala metropolitana e a uma enorme e crescente oferta de nova
habitação, tanto social como de mercado, que veio a marcar profundamente o nosso território e a nossa economia até à crise de
2008. É bem visível, hoje, a nova paisagem urbana criada em
Matosinhos, Maia, Gaia, Valongo e Gondomar, para referir apenas
a primeira coroa do cerco suburbano à cidade histórica do Porto.
Instalou-se, em todos os níveis da nossa sociedade, em todos os
níveis da nossa administração e em todos os níveis da nossa economia o culto da construção nova, negando qualquer espaço à
reabilitação de edifícios antigos.
O governo, os municípios, a banca, os imobiliários, os promotores,
os consumidores, os vendedores de automóveis, os construtores
de estradas, o “grande comércio” e os fabricantes de opinião cercaram de tal modo a reabilitação urbana de mitos e de condenações, que levaram os nossos centros históricos até perto da ruína.
Nas últimas décadas as alterações dos hábitos culturais, comerciais e residenciais, girando em torno do transporte individual e da
sua nova infra-estrutura, induziram uma urbanidade radicalmente
contrastante com a das décadas anteriores.
Podemos contrapor aqui o confronto entre o atavismo e a modernização da cidade, mas a solução poderia, e deveria, ter sido
equacionada com os prós e os contras do património e da modernidade, sem o exclusivismo que, durante décadas, fez pender
todas as decisões para o investimento, público e privado, nas periferias.
Se, de facto, existem nos centros históricos, reais problemas de
acessibilidade, de condicionantes patrimoniais ou de elevados
custos de intervenção, não deixa de ser verdade que em muitos
exemplos de outras cidades, esses problemas encontravam soluções mais ou menos criativas e viáveis.
No nosso caso, no entanto, os incentivos à reabilitação dos bairros antigos e dos centros históricos foram sempre muito limitados.
Chegaram a existir programas de interessante formulação que,
simplesmente não saíram do papel, pelo menos com dimensão
visível por falta de dotações financeiras, isto em anos ou décadas
em que não faltou dinheiro para tudo o resto, incluindo para... o
desperdício!
Programas importantes como o RECRIA, tiveram um alcance
quantitativo muito limitado pelos apertados critérios de acesso e
pelos limites da sua dotação financeira.
/ 43
Opinião
De facto é por esse início de século XXI que começa a dar-se a
viragem, sendo de destacar no caso exemplar do Porto que, na
sequência das três décadas anteriores de CRUARB, a Porto
Vivo, SRU consegue abrir a Baixa e o Centro Histórico à iniciativa privada.
HOJE...
Alguns “fenómenos” determinantes importa registar como a
renovação do espaço público da Baixa levada a cabo no âmbito
da Capital Europeia da Cultura, a construção do metropolitano,
a recuperação da marginal do Douro, desde a Ribeira até à Foz
e depois da frente marítima através de Matosinhos.
Neste contexto assistimos, de forma prolongada a uma inexistência de mercado. Os proprietários não reabilitavam os edifícios por
estarem descapitalizados pelas rendas antigas congeladas e pelos
fogos vagos, que, não rendendo nada, eram uma mais valia do
edifício!
Se os quisessem vender os senhorios também não tinham quem
os quisesse comprar, porque a equação financeira da aquisição,
mais realojamentos, mais projetos, mais obras, mais incógnitas
sobre custos e “timings” não permitia praticar valores de venda das
frações resultantes compensadoras face à competição desenfreada da construção nova em periferias de solo barato.
Chegou a constatar-se que o dia mais feliz de um proprietário era
quando um município decidia, “por milagre” expropriar-lhe o prédio!
A acrescentar a estes fenómenos gerou-se ainda uma cultura de
reconstrução ou renovação de edifícios assente na tradição de
obras caras, por terem geralmente, como ponto de partida edifícios
estruturalmente arruinados.
Esta tradição de obras caras na recuperação de edifícios antigos,
se, em parte, se justifica pelo elevado grau de degradação, tem por
outro lado, também raiz na “máquina” de construção que desde as
universidades às empresas estava totalmente montada para a
construção nova.
Tudo isto agudizou a imagem denegrida das zonas antigas, que
foram ganhando a sua densa má fama, com conotações sobre a
segurança, a limpeza, a escuridão, o desconforto, a marginalidade.
Neste cenário confrangedor, remando contra a corrente, a reabilitação urbana só existiu pela tenacidade e persistência de alguns
municípios que, apesar de tudo, foram “dando uma no cravo outra
na ferradura”.
É na continuidade desses esforços que em 2004, pela primeira
vez, o nosso edifício jurídico acaba por comportar um diploma que
podia abrir portas a novos processos e novas dinâmicas dirigidas
à reabilitação urbana.
44 /
A vibração urbana trazida à vida noturna na Cândido dos Reis e
depois a uma vasta área da Baixa Ocidental, desde “o Piolho”
até Filipa de Lencastre e a animação de Miguel Bombarda, com
a vida artística das galerias, foram também impulsionadoras de
uma diferente abertura da cidade a populações, visitantes ou
residentes, capazes de absorver uma nova cultura do urbano.
A dotação de uma larga oferta de estacionamento enterrado, em
pontos centrais foi igualmente determinante para um significativo impulso de atração, desde o Infante a D. João I, do Palácio
aos Poveiros e todo o conjunto em torno dos Leões/Carmo/Praça
de Lisboa.
Podemos agora constatar que, em termos de obra em espaço
público, e em termos de infra-estrutura, a década de noventa é
determinante para o sucesso da dinâmica atual e futura.
Hoje temos de integrar o fenómeno urbano do Porto com o turismo. A par de um clima internacional favorável, o Porto veio a
centralizar um conjunto significativo de argumentos para a atração de visitantes e turistas.
A classificação do Centro Histórico pela UNESCO, em 1996 a
Capital Europeia da Cultura em 2001, a chegada e intensificação dos voos “low cost”, num aeroporto renovado em 2004, com
metro a ligá-lo ao centro da cidade, a exploração dos percursos
fluviais a Classificação do Vale do Douro pela UNESCO em
2001 constituem fatores decisivos da mudança ocorrida nesta
última década.
Neste contexto a ação da Porto Vivo, SRU, encontrou um conjunto de circunstancias propícias para a promoção de uma nova
“moda da Baixa”.
A par de uma “movida” noturna que não tinha precedentes e de
uma animação viva e cosmopolita, começa a dominar, na comunicação social, na imagem pública e, depois, na blogosfera uma
visão do Porto como sítio de grande atração.
Surge o produto do “city break”, com curtas férias ou fins de
semana aproveitando a ligação aérea direta a mais de sessenta cidades, que promove uma primeira vaga de oferta de alojamento barato instalado em imóveis da Baixa e do Centro
Histórico.
Começa a haver interessados em transações de imóveis, rompendo o bloqueio da anterior falta de oferta e de procura.
Opinião
Segue-se uma fase em que a hotelaria de mais estrelas começa a apostar na Baixa e Centro Histórico, virando-se mais para
o turismo do que para os negócios e vemos antigos hotéis a
melhorar instalações e serviços e novos hotéis a sair das ruínas
de alguns edifícios emblemáticos com décadas de ruína.
Sem qualquer escala comparável com a construção civil dos períodos anteriores e sem a participação da obra pública, hoje, se não
fosse esta fileira da reabilitação, as empreitadas de construção
estariam perto do zero.
O FUTURO...
Os vinhos, a cidade, o seu património, a sua animação e as suas
instituições começam a constituir uma concentração de valores
com escala que dá sustentabilidade a fluxos regulares e cada vez
menos sazonais ao turismo externo.
Em período de depressão generalizada da economia, da sociedade e até das pessoas, no auge da crise financeira e soberana do
país, o Porto soube acolher o ímpeto de crescimento da procura
turística e com isso se foi vivificando a dinâmica da reabilitação de
grandes edifícios e conjuntos da Baixa e do Centro Histórico.
Tendo consciência dos limites dessa dinâmica, não podemos, no
entanto, desvalorizar o seu caráter indutor de outros investimentos
e de uma nova imagem do Porto tradicional, agora poliglota, interessante para a juventude, procurado por visitantes e turistas mas
também já por novos residentes.
Com todos estes sinais de procura continuou o investimento público na qualificação de importantes ruas e largos do Centro Histórico
que tinham ficado fora do mapa da Porto 2001.
Neste contexto local e meramente urbanístico vieram inserir-se
importantes alterações legislativas, já em 2012, com destaque
para a nova Lei do arrendamento urbano que, apesar das suas
limitações rompe com o imobilismo de um século nesta matéria!
O novo Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, na sua versão de
2012, sem trazer melhorias ao importante 104/2004, vem repor
alguma operacionalidade à disposição dos municípios e permite
projectar uma nova cultura arquitetónica.
Mais potente do que as alterações legislativas, no sentido das
transformações foi, e tem sido, a crise bancária e do imobiliário que
“secou”, para o bem e para o mal, toda a floresta dos “cogumelos”
urbanos que preencheram, durante décadas os solos urbanizáveis
(e até não urbanizáveis) da nossa periferia metropolitana, como
em muitas outras cidades.
É neste contexto que agora se pode constatar, na Baixa e Centro
Histórico do Porto, uma diferente equação de oferta e procura do
imobiliário degradado.
Há territórios como a Ribeira, a marginal, ou os Aliados onde estão
esgotados os “stocks” de primeiras vendas dos proprietários tradicionais, podendo dizer-se que a procura começa a ultrapassar a
oferta, com os seus efeitos directos sobre os valores que começam
a ser pedidos pelos novos donos.
Há ruas onde, não havendo saturação, começa a predominar a
recuperação sobre a degradação, sendo de salientar o exemplo da
Mouzinho da Silveira.
O mais notável é que deixou de haver um mapa limitado de concentração da procura e hoje vêm-se obras de recuperação de edifícios por toda a cidade histórica, no sentido mais lato do termo.
46 /
O futuro, próximo ou distante, esse passará necessariamente pela
reabilitação do edificado existente, a não ser que mais uma vez um
“ataque de loucura coletiva” se abata novamente sobre o país,
esquecendo, ou obscurecendo, as lições da crise actual!
Importante será aproveitar bem para a Reabilitação Urbana o
potencial de incentivo que poderá constituir o próximo quadro
comunitário 14/20. Tarde já não pode deixar de ser, e, para muitos
edifícios pode ser mesmo a última oportunidade antes da perda
definitiva.
Importa agora que os poderes comunitário, nacional e local,
demonstrem através de programas e orçamentos concretos e reais
que o “discurso” da Reabilitação Urbana vai sair do discurso para
os quarteirões degradados, pelo menos para os centros históricos
degradados das nossas cidades.
O país não pode “dar-se ao luxo” de desleixar este património que
faz a diferença das cidades e lhes confere uma competitividade
indispensável à sua afirmação presente e futura. Não queremos,
com isto, afirmar que só os centros históricos são importantes para
o turismo e o desenvolvimento económico e social do pais.
Mas, seguramente, os centros históricos, podem constituir um
importante ponto de partida para um futuro mais sólido e mais
diversificado do ponto de vista das cidades e da sociedade, entendida numa visão de século XXI e numa visão em que o património
em vez de ser olhado como algo cristalizado a impedir a evolução,
seja olhado como uma importante mais valia a incorporar na criação do futuro das cidades e do pais.
A dinâmica que hoje existe no Porto é animadora do acreditar que
esse será o caminho.
NOVOS MATERIAIS
E TECNOLOGIAS
entrevista
produtos
/ 47
Entrevista
António Emílio Teixeira Lopes
Arquiteto
NUMA CONVERSA DESCONTRAÍDA O SECRETÁRIO-GERAL DA
APCMC, JOSÉ DE MATOS, ENTREVISTOU O ARQ. ANTÓNIO
TEIXEIRA LOPES, PARA A REVISTA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
SOBRE O SEU MAIS RECENTE PROJETO - A WISHBOX.
O
QUE É A
WISHBOX?
Em síntese a WISHBOX [WB] tem como raiz o meccano de origem anglo-saxónica - “jogo” / construção criativa, tendo como
base simples a harmonização de barras perfuradas, parafusos,
porcas, chave de bocas, Conjunto este que permite a crianças
e adultos as mais diversas Construções, sempre renovadas e
anexando a geometria de Euclides séc. IV – III a.c. e também
o cálculo estrutural, assumidamente aparente, aliado ao custo
analítico, proporcionou um rectângulo multiplicador.
QUE
RECTÂNGULO?
Figura geométrica [superfície] que quando os lados se cruzam
recebem [nos vértices] uma geratriz. Lados e geratriz que formam [constituem] o volume multiplicador – múltiplo – que se
pode expandir no sentido dos pontos cardiais, gerando diversos multiplicandos.
MAS
QUE MULTIPLICANDOS?
Multiplicandos, que no Projecto WISHBOX dão origem a diferentes vertentes [relevantes aspectos] ao serviço do Homem,
da Sociedade, a saber: Habitação, Saúde, Educação, Turismo,
Comércio, Indústria e Religião, da simples, singela unidade, ao
complexo Conjunto.
48 /
DIGA-ME ALGUMAS CARACTERÍSTICAS - ATRIBUTOS - QUE SEJAM
SIGNIFICATIVOS, QUE AJUDEM A PERCEBER MELHOR O CONCEITO
WISHBOX.
O Projecto Global WISHBOX adota o Conceito Europeu A,
quanto à defesa intransigente da qualidade de vida, amigo
do meio ambiente e universalista.
E, ainda, possuindo as características seguintes mais
relevantes:
- Construção ALTEC - alta tecnologia;
- QIA - quociente arquitectónico inteligente;
- Condição de Permeabilidade - as construções WISHBOX ficam a uma elevação mínima do solo de 0,60m.
- Biodiversidade;
- Sustentabilidade Energética, aproveitamento dos recursos
locais, através da sustentabilidade eólica, solar e hídrica;
- Ergonomia – conjugação das proporções do meio físico,
com as do meio humano;
- Condição Domótica – rentabilização e controlo à distância dos sistemas eléctricos, AVAC, gás, segurança e
outros;
- Longevidade - através das mais radicais normas de boa
construção, com a aplicação comprovada [certificada] dos
diversos produtos a aplicar nas construções WISHBOX;
/ 49
Entrevista
- Mobilidade - todas as construções WISHBOX garantem
aos utentes com mobilidade condicionada acesso por
intermédio de rampas a 6%, todas elas equipadas com
higiene compatível à deficiência motora;
- Desconstrução / Reconstrução - problemática de futuro;
- decorridos 20 anos;
- atendendo a que será uma iniludível realidade devido
aos incontestáveis avanços tecnológicos, mão de obra de
crescente qualidade [novos critérios urbanísticos e arquitectónicos, outros] à qual as Construções WISHBOX,
pelas suas particularidades inovadoras e inventivas, respondem, pois que, sendo o total estruturado desarmável
[desconstruído] permitem com um mínimo de mão de
obra e de perturbação, sem estragos intrínsecos, serem
beneficiadas e reconstruídas, mantendo-se a estrutura de
sempre [de base].
Isto é, a WISHBOX contempla a introdução das tecnologias consequenciais, RESTAURO, prolongando o seu
longo ciclo de vida habitável, com dignidade, exigência
crescente. WISHBOX como binário exequível da Desconstrução / Reabilitação.
QUAL
SERÁ O MERCADO PARA AS CONSTRUÇÕES
WISHBOX?
Pergunta interessante. Desde logo referir que as construções WISHBOX se destinam à exportação, a implantar
no Mundo, não desprezando o País, tanto mais que, a sua
rapidez de execução e montagem [estrutura global metálica aparente aparafusada] e a sua característica de obra
seca, com ausência de entulhos garante uma redução
considerável de custos/tempo, de menos 2/3, em relação
a uma obra de construção tradicional.
DO
QUE ME TEM DITO, PERGUNTO-LHE SE A
NOVO TIPO DE CONSTRUÇÃO?
WISHBOX
É UM
Sem dúvida, a sua observação vai-me permitir acentuar
um dos atributos relevantes da WISHBOX que é um conceito [já concretizado] inovador e inventivo, como já referi,
competitivo, que se reflecte na anuência crítica de quem
o tem estudado e que poderá ser constatado no Protótipo
WISHBOX - Habitação T2, que brevemente estará disponível ao Público e às Instituições que o queiram visitar.
UMA ÚLTIMA PERGUNTA: VÊ ALGUMA POSSIBILIDADE DE OS NOSASSOCIADOS, DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, PODEREM INTERVIR
COM OS SEUS DIVERSOS PRODUTOS / MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO?
SOS
A sua pergunta antecipou-se a uma última consideração
[fecho desta entrevista] que mais não é do que afirmar
que os Associados da APCMC poderão vir a ser potenciais Fornecedores de qualquer componente construtiva,
com excepção da Estrutura Metálica e desde que aprovados pelo Corpo Técnico da WISHBOX, que não se afastem do conceito que materializa o PROJECTO WISHBOX.
50 /
Novos Materiais
e Tecnologias
Produtos
Sistema modular de jardineiras para plantação vegetal vertical I Horto Mondego
Com o sistema modular de jardinagem, o Horto Mondego cria
Jardins ou Hortas sem necessidade de Solo, aumentando assim a
Cobertura Vegetal das nossas cidades e contribuí para a melhoria
da Qualidade do Ar do nosso ambiente.
Este sistema pode-se encostar nas paredes das casas dando-lhes
um toque de cor e aroma, melhorando o Isolamento Acústico e
Térmico. Também se pode instalar como elemento separador
entre parcelas, terraços ou ambientes sem necessidade de muro,
erguendo um ecrã acústico natural.
Existe ainda o Jardim ou Horta ecológicos de ambos os lados.
Neste sistema, a rega é realizada por gotejamento para otimizar o
consumo de água e facilitar a sua manutenção.
Permite plantar ou semear em ambas as faces, fazendo com que
haja um muro vegetal de ambos os lados.
O sistema pode ser instalado tanto em chão firme, onde se aparafusa a sua base telescópica, como em terra; neste caso, acrescenta-se à montagem o compartimento de sapatas com os respetivos
ganchos de fixação.
Os postes têm no seu interior uns distribuidores de rega alojados,
tanto de derivação como de continuidade da mesma.
Os diversos postes divisórios permitem desenhar sebes direitas,
em ângulos e em cruz, escolhendo os postes consoante o desenho da separação a criar. Uma vez instalados os postes ou guias
do sistema podem-se escolher diversos elementos para pendurar
no mesmo.
SISTEMA GUIMUR
O sistema Guimur utiliza guias sobre paredes aprumadas aparafusadas diretamente ao muro.
SISTEMA POSTMUR
O sistema Postmur utiliza postes sobre paredes irregulares
com má fixação, ou quando estas não fazem parte da propriedade. Os Postes aparafusam-se diretamente ao chão. As bases são telescópicas para corrigir possíveis desnivelamentos
do pavimento.
SISTEMA POSTDIV
O sistema Postdiv utiliza postes divisórios para criar separações
em zonas comuns ou privadas.
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O sistema dispõe de cestos destinados à plantação ou decoração,
estruturas para sebes em madeira e suportes para plantas trepadeiras. O desenho do Jardim Vertical só está limitado pela imaginação. Podem-se combinar as diversas opções entre si e conseguir o Ambiente desejado.
REGA
Sistema de rega incorporado, especialmente desenhado para
estas estruturas.
A tubagem exclusiva de 16 mm fabricada pela NETAFIN e o seu
sistema de gotejamento patenteado DRIPNET.PC de 15 em 15
cm, consegue-se um gotejamento autocompensante de baixo
caudal de 1 litro/hora. Assim consegue-se uma rega homogénea em todo o sistema.
KIT MONTAGEM
Para a instalação de todas estas estruturas, foi desenvolvido
um sistema de forma que a montagem seja feita com facilidade
e sem possibilidades de erro, o Kitmont. Os modelos de armações garantem a boa instalação do sistema escolhido.
O Kit Sapata é utilizado em chão não firme e agiliza a montagem.O Nivelador-base corrige os defeitos do chão e prepara
um bom assentamento. Endurece em minutos para se poder
aparafusar as bases dos postes ao chão.
ILUMINAÇÃO LED
Quando a luz do dia desaparece também se pode usufruir da
beleza do Jardim Vertical. O sistema de Iluminação LED prolongará os bons momentos ao pé do seu Jardim ou Horta.
O Sistema de iluminação inclui Lâmpadas Led, iluminação de
baixo custo energético, sem poluição luminosa, concebidas
para não danificar a cobertura vegetal.
/ 53
Novos Materiais
e Tecnologias
Avantis 95 I Sapa Building System
A Sapa Building System acaba de lançar a Avantis 95, o
mais avançado sistema de batente para portas e janelas
existente no mercado e o primeiro em Portugal a receber a
Certificação do “Instituto Casa Passiva”, entidade responsável pela promoção e manutenção do programa de construção “Passivhaus”, o mais elevado padrão de eficiência energética a nível mundial.
Com a Avantis 95, os benefícios do alumínio são combinados com um isolamento térmico máximo de construção,
mesmo em ambientes atmosféricos adversos, possibilitando assim uma poupança energética melhorada que contribui para um ambiente e arquitetura sustentáveis.
Com um design atraente, a Avantis 95 apresenta o equilíbrio
ideal entre estabilidade e diferentes vistas de perfis, que
podem ser personalizadas consoante as necessidades
estéticas do edifício, oferecendo uma gama variada de
cores que incluem lacados brilhantes ou mate, texturados
ou metalizados, anodizados ou polidos.
Vedantes especiais e enchimento da vasta câmara com elementos isolantes do interior dos perfis garantem um desempenho acústico melhorado e maior resistência aos fatores
externos. Também a combinação de vidro de segurança e
hardware especial, como fechos multiponto, garante uma
alta resistência contra arrombamento.
Este inovador sistema, disponível para portas e janelas
Avantis 95 é tão fácil de fabricar como qualquer sistema
standard de alumínio, sem necessidade de acessórios, ferramentas ou técnicas especiais.
A Sapa Building System é, desde junho de 2014, membro
associado da Associação Passivhaus Portugal - PHPT.
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Novos Materiais e Tecnologias I Extruplás
A Extruplás iniciou a sua atividade em 2000 e é uma empresa que
surge impulsionada pela necessidade de responder aos problemas
causados pela recolha de embalagens plásticas, no âmbito da gestão de resíduos de embalagens e da crescente eficiência dos sistemas de recolha seletiva de resíduos em geral.
VANTAGENS COMPETITIVAS DO PRODUTO PLASCER BY EXTRUPLÁS:
O projeto Extruplás é, antes do mais, uma solução inovadora que
coloca Portugal na linha da frente na área da reciclagem dos plásticos mistos.
A Extruplás, conta com o apoio da Sociedade Ponto Verde, para
produzir materiais reciclados a partir de plásticos mistos, para contribuir para um aumento efetivo da reciclagem do plástico nacional.
A Extruplás recicla plásticos mistos, transformando-os em perfis de
plástico 100% reciclado, de alta resistência e durabilidade, passível
de utilizar como pavimento ou mobiliário de exterior.
O processo de fabrico utiliza um mix de materiais plásticos, tendo
como base os materiais mais vulgares e conhecidos como o LDPE
e o HDPE, e no qual é possível a integração de outros materiais
plásticos como o ABS, PS, PVC, PC, o NYLON e outros menos
vulgares.
• Custo de ciclo de vida inferior à madeira tradicional;
• Maior versatilidade e facilidade em ser trabalhada;
• Resistência à água, produtos químicos e ao vandalismo;
• Elevada durabilidade;
• Ausência de manutenção;
• Bom isolador térmico e elétrico;
• Robustez;
• Resistência ao choque, à rotura e à abrasão.
A aplicabilidade destes produtos estende-se a um número muito
grande de aplicações como a decoração urbana, jardins, praia,
serra, lazer, etc.
São vários os exemplos destas aplicações em espaços públicos e
privados, nomeadamente pavimentos, revestimentos, estruturas
elevadas, mobiliário urbano, entre muitos outros.
Novos Materiais
e Tecnologias
OmniLED by Omniflow® I Omniflow
®
Em todo o mundo, a iluminação de espaços
públicos evolui para um novo patamar de qualidade da luz, aumento da durabilidade dos sistemas e poupança de energia resultante da substituição das lâmpadas incandescentes e de vapores a alta-pressão por LED (Light Emitting
Diodes). Ainda que custando mais que as tecnologias precedentes, a maior vida útil dos LEDs e
consumos substancialmente mais reduzidos para
a iluminação equivalente, entre outras características justificam a urgência desta renovação.
Usando a tecnologia inovadora de produção de
eletricidade a partir da energia do vento e do sol,
a tecnológica portuguesa Omniflow® lançou a
OmniLED, um novo e revolucionário equipamento de iluminação pública usando LEDs, uma solução flexível e autónoma da rede elétrica e a que
podem ser associadas múltiplas funcionalidades,
incluindo comunicação de dados, gestão e vigilância dos espaços - smart lighting.
As luminárias OmniLED combinam um gerador
eólico omnidirecional (turbina de eixo vertical
baseado em tecnologia Omniflow®), silencioso e
de reduzido impacto visual do movimento e da
sombra para os transeuntes, com células fotovoltaicas de alto rendimento, fazendo a carga de
baterias para assegurar o funcionamento automático da iluminação LED durante vários
dias/noites.
O conjunto é montado num poste apropriado que,
em modo de funcionamento autónomo da rede
elétrica, pode ser instalado em qualquer local. O
equipamento pode alternativamente funcionar
com ligação à rede elétrica injetando o excesso
de energia na rede em horas em que a produção
é excedente.
Neste caso, a título de exemplo, uma instalação
de 100 OmniLED’s contribuirá em média com 15
MWh anuais de energia para a rede de uma cidade, tornando um equipamento que habitualmente
é responsável por um elevado consumo energético numa pequena matriz de microprodução
(energy array).
O modelo OmniLED presentemente em comercialização, produz um fluxo luminoso de 3600 e
5000 lumen (potência instalada LED de 30W e
45W) com uma temperatura de luz de 6000K,
com variação de fluxo luminoso por deteção de
proximidade de transeuntes. São opções deste
equipamento o carregamento de dispositivos
móveis, as câmaras de vigilância com acesso
remoto, pontos de acesso público à internet e
small cells entre outras funcionalidades associadas à comunicação e gestão de redes.
56 /
Sistema weber.therm mechanic I Saint-Gobain Weber
O elevado desempenho térmico de weber.therm mechanic é conseguido através da incorporação da argamassa mineral termo isolante weber.therm aislone, baseado em ligante de cal e agregados
leves de poliestireno expandido, que apresenta propriedades de
isolamento térmico muito aproximadas às de uma placa isolante
em poliestireno expandido moldado (EPS): condutibilidade térmica
de 0,042 W/(m2.K).
O sistema apresenta-se especialmente pensado para a execução
de uma solução de isolamento térmico pelo exterior das paredes
de fachada, adaptada à aplicação sobre suportes irregulares ou
com formas arquitetónicas acentuadas, permitindo obter um resultado de quase eliminação de perdas associadas a pontes térmicas
(nas vigas, pilares, lajes, etc.) e redução das patologias provocadas pelas condensações nestas zonas, e de proteção da parede
em relação às variações higrotérmicas ambientais, aumentando
assim fortemente a longevidade dos materiais e reduzindo as
necessidades de intervenções de manutenção.
A aplicação mecanizada da argamassa weber.therm aislone, através da utilização de máquina de projeção de argamassas, permite
uma execução rápida dos trabalhos, resultando numa solução de
isolamento térmico contínuo resistente, sem juntas e com elevada
durabilidade. A variedade de acabamentos previstos oferece uma
versatilidade de opções, desde soluções coloridas de base acrílica
até revestimentos minerais coloridos ou para pintar, permitindo
superfícies texturadas, areadas ou alisadas.
A proposta da Saint-Gobain Weber para obras novas combina a utilização de alvenarias leves com desempenho térmico em Blocos
Leca® (Bloco Térmico® ou Bloco Conforto®) com o sistema
weber.therm mechanic, permitindo obter excelentes desempenhos
térmicos utilizando menores espessuras de material termo isolante.
ISOLAMENTO TÉRMICO MINERAL PARA FACHADAS NOVAS E ANTIGAS
O isolamento térmico das fachadas é um poderoso meio para
obter um melhor desempenho dos edifícios relativamente à utilização com conforto térmico e eficiência energética. Trata-se
de soluções do tipo passivo, ou seja, estão instaladas em permanência e sempre disponíveis para cumprir o seu papel de
proteção e regulação dos fluxos térmicos através da envolvente
vertical dos edifícios, sem necessitar de consumos energéticos
para poderem funcionar.
A reabilitação de paredes antigas pode incorporar a vertente de
benefício na proteção térmica através da aplicação do sistema
weber.therm mechanic com revestimentos específicos à base de
cal. Esta solução, aplicada pelo exterior ou interior em função da
relevância arquitetónica das fachadas, apresenta-se especialmente adaptada à natureza deste tipo de paredes, já que se ajusta
muito bem à elevada irregularidade das superfícies, apresenta propriedades técnicas compatíveis com o comportamento do suporte
(resistências limitadas, elevada transpirabilidade, leveza, etc.) e
oferece acabamentos minerais coloridos como revestimento final.
O sistema weber.therm mechanic, da Saint-Gobain Weber, que
consiste no revestimento integral das paredes da fachada com
um material isolante térmico de base mineral aplicado por projeção mecânica e revestido por argamassas reforçadas com
rede de fibra de vidro, permite obter um excelente nível de isolamento térmico contínuo em toda a zona não envidraçada,
especialmente em paredes novas de alvenaria ou na reabilitação de paredes antigas.
/ 57
Novos Materiais
e Tecnologias
Soluções Técnicas em Porcelanato Extrudido I Aleluia Cerâmicas - Keratec
A Aleluia Cerâmicas, SA, fabrica variadas tipologias de cerâmicos, tais
como: pavimentos e revestimentos cerâmicos em pasta branca, porcelanato prensado e extrudido, decorado e dispondo ainda de ateliê de
pintura manual que lhe permite elaborar projetos de autor. Comercializa
quatro marcas (Dreamcer, Ceramic, Keratec e Viúva Lamego) cada
uma delas apresenta uma diversificada gama de soluções que respondem a diferentes expetativas e necessidades do mercado.
Os produtos da marca Keratec são fabricados numa moderna e inovadora unidade de pavimentos e revestimentos em
porcelanato extrudido, cuja diversidade de formatos, cores
e acabamentos permitem a concretização de projetos exigentes e ambiciosos.
Os produtos Keratec são obtidos a partir de excecionais
matérias-primas, disponíveis no país, que são submetidas a
um processo de moagem de reduzida granulometria e conformadas por extrusão de elevada pressão, por último cozidas a elevadas temperaturas, concedendo ao produto
características físico-químicas de elevada qualidade, designadamente:
- Elevada resistência mecânica;
- Total resistência aos agentes químicos;
- Total resistência às manchas, nomeadamente Anti-Graffiti
(tornando-se um produto de fácil limpeza e manutenção);
- Total resistência ao gelo e choque térmico;
- Garantia total de aplicação em zonas exteriores;
Com um vasto conjunto de formatos, com espessuras até
16 mm, complementados com peças de acabamento (acessórios) e com a oferta de superfícies lisas, polidas, anti-derrapantes e drenantes, os produtos Keratec apresentam-se
como uma solução especializada em projetos técnicos exigentes.
A solução Kerabraille é um sistema prático de orientação
para cegos e amblíopes, composto por pavimentos de formato 20x20x1,2 cm, com diferentes relevos e cientificamente estudados. Este sistema fornece sinais de alerta e outras
informações em espaços públicos, tanto interiores como
exteriores, assinalando assim quer o percurso seguro quer
a existência de outras situações a destacar.
Reforçando o seu carácter técnico, a Keratec lançou também produtos com a espessura de 0,45cm nos formatos
29,4x88,8cm ret., 29,4x59,1 cm ret., 29,4x29,4cm ret., para
os mercados da renovação e das ETICS (External Thermal
Insulation Composite Systems).
APLICAÇÕES:
-
58 /
Moradias Unifamiliares / Edifícios
Hipermercados
Caves Vinícolas
Centros Comerciais
Colégios
Estações / Zonas Metropolitanas
Estádios
Hospitais
Hotéis
Indústrias
Stands Automóveis
Universidades
Urbanização Turísticas e Residenciais
Base para Revestimentos Cerâmicos Ditra-Drain I Schlüter
®
Este produto adequada-se para o exterior, em especial para
escadas e para superfícies de varandas e terraços de maior
dimensão, em que existam percursos de drenagem mais compridos. É necessário especial atenção para que estes percursos
de drenagem escoem de forma independente e não através das
escadas. Em escadas maiores é necessário respeitar requisitos
especiais, razão pela qual se deve consultar a empresa.
A zona de ventilação e drenagem inferior, permite uma secagem
rápida do cimento cola e uma drenagem que não exerce qualquer pressão da água acumulada nessa zona, ao mesmo tempo
que previne que a água seja transportada novamente para a
camada do revestimento.
®
A Schlüter -DITRA-DRAIN 8 é uma base especial para revestimentos cerâmicos que serve de camada de desacoplamento e drenagem conjunta segura, que elimina de forma duradoura a humidade
capilar. A colocação no exterior, efetua-se através de cimento cola
sobre uma impermeabilização conjunta, como Schlüter®-KERDI,
aplicada numa betonilha com pendente.
A Schlüter®-DITRA-DRAIN 8 é composta por uma película de polietileno indeformável, com uma estrutura especial de cones truncados de um lado. Está equipada com um forro geotêxtil de filtro em
polipropileno, de ambos os lados. O geotêxtil de filtro, serve para a
aderência ao cimento cola, aplicado em camada fina com uma
talocha dentada (recomendação: 3 x 3 mm ou 4 x 4 mm).
A Schlüter®-DITRA-DRAIN 8 desacopla o pavimento do suporte
e, desse modo, neutraliza tensões entre a betonilha e o pavimento de tijoleira, resultantes das diferentes deformações dos
materiais. As fendas de tensão do solo também são absorvidas
e não são transmitidas para o pavimento de tijoleira.
Se a superfície, sobre a qual será efetuada a instalação, não
necessitar de uma impermeabilização, por exemplo numa betonilha drenada ou numa construção em contacto com a terra,
Schlüter®-DITRA-DRAIN 8, com as suas funções de drenagem/ventilação inferior e desacoplamento, também pode ser
colada directamente com argamassa fina na betonilha. A resistência à carga de pressão de Schlüter®-DITRA-DRAIN 8 é de até
15 t/m2.
Novos Materiais
e Tecnologias
Sistema de Carregamento Sem Fios I Bosch
O PRINCÍPIO DE AÇÃO DO
"SISTEMA DE CARREGAMENTO
SEM FIOS" DA BOSCH
A base da tecnologia que é
usada em outras áreas,
como por exemplo, em carregadores para escovas de
dentes elétricas e recentemente também em telemóveis, é uma transferência de
energia sem conexão: num
emissor é gerado um campo
magnético de corrente alternada com a ajuda de uma
bobina.
O recetor contém igualmente uma bobina. O campo magnético
de corrente alternada penetra neste recetor. Desta forma, é induzida tensão e gerado um fluxo de corrente. No caso do "Sistema
de carregamento sem fios" da Bosch, isto significa que o carregador emite um campo magnético que é recebido pela bateria e
convertido em corrente de carga. A potência transferida é cerca
de 50 vezes superior à das vulgares escovas de dentes elétricas
(1 watt), para alcançar os mesmos tempos de carga que os carregadores convencionais para ferramentas elétricas.
A Bosch está a revolucionar o carregamento das ferramentas
sem fio
UMA
NOVA DIMENSÃO NO CARREGAMENTO DE FERRAMENTAS SEM FIO:
A
PARTIR DE AGORA, FERRAMENTAS SEM FIO SEMPRE PRONTAS A FUNCIONAR
• Produtividade e conforto elevados: as ferramentas estão sempre
prontas a funcionar
• Tecnologia que permite poupar, já que deixa de ser necessária uma
segunda bateria
• Unidades de carregamento sem pontos de contacto protegidas
contra água e pó
• Compatibilidade total com todo o sistema de 18 V para profissionais da Bosch
A Bosch é o primeiro fornecedor a nível mundial a aplicar as vantagens da transferência indutiva de energia na área das ferramentas
sem fio. Com a introdução do "Sistema de carregamento sem fios",
a Bosch inaugura uma nova dimensão na tecnologia de carga de
baterias e novos caminhos para um trabalho com ferramentas sem
fio eficiente e mais económico em termos de custos e tempo.
"Estamos convencidos de que esta inovação poderá ser tão bemsucedida como a integração pela primeira vez dos elementos de lítio
numa aparafusadora sem fio – uma tecnologia que, antes de 2003,
só era aplicada em telemóveis mas que entretanto passou a fazer
parte do equipamento de 83% da totalidade das ferramentas elétricas portáteis sem fio na Europa", esclarece Henk Becker, membro
do Conselho de Administração da divisão de Ferramentas Elétricas
da Robert Bosch GmbH, a impulsionadora desta inovação.
60 /
Os profissionais que usam ferramentas sem fio estão permanentemente em movimento mas têm de planear sempre o tempo
necessário e pensar que também têm de carregar a fonte de
energia. Um campo de aplicação importante das ferramentas
sem fio é a produção semi-industrial, como por exemplo, no setor
do mobiliário, na indústria elétrica ou na construção automóvel.
A transferência de energia sem contacto vale particularmente a
pena nessas aplicações estacionárias: é significativamente mais
barata do que os sistemas de carregamento convencionais, pois
não é necessário nem uma segunda bateria nem dispendiosos
carregadores industriais.
Para além disso, o "Sistema de carregamento sem fios" da Bosch
proporciona aos seus utilizadores as seguintes vantagens:
• Maior facilidade de utilização e produtividade, uma vez que as
baterias permanecem na ferramenta e podem ser pousadas no
carregador e, assim, carregadas durante qualquer pausa no trabalho. O processo de carregamento é integrado no fluxo de trabalho muito naturalmente. Resultado: ferramentas sempre
prontas a funcionar.
• Flexibilidade total, já que as baterias indutivas de uma classe de
voltagem são compatíveis com todas as ferramentas dessa
classe.
• Carregadores bastante robustos, que já não têm pontos de
conexão e, por isso, são imunes a água, pó e sujidade.
/ 61
Novos Materiais
e Tecnologias
Tinta Inspira Zero COV I CIN
Inspira Zero COV é a tinta com menos impacto no ambiente de
sempre e uma aposta ganha da CIN. Esta que é a primeira tinta
Zero COV do mercado nacional, vem comprovar a capacidade de
inovação da marca, ao cumprir exemplarmente o propósito de
proteção do meio ambiente, graças ao seu muito baixo (menos de
1 g/l) conteúdo de COVs - Compostos Orgânicos Voláteis -, sem
nunca comprometer a facilidade de aplicação e resistência.
Os COVs, são substâncias que afectam a qualidade do ar interior
e têm efeitos adversos no ambiente. Nas tintas, encontram-se normalmente nos solventes, que ajudam a melhorar a facilidade de
aplicação da tinta e o seu tempo de secagem. Inspira Zero COV
consegue assegurar o melhor desempenho com muito menos
COV que as tintas habituais.
Esta tinta mate é ideal para a pintura e decoração de espaços interiores, habitados ou em utilização, uma vez que o seu baixo cheiro
não incomoda, nem quem está a pintar, nem quem pretende utilizar o local durante o processo de pintura.
Com uma excelente opacidade e fácil de aplicar, está disponível
em centenas de cores, incorporando toda a qualidade que a CIN
pode oferecer, graças à aposta na investigação dos laboratórios de
Investigação & Desenvolvimento da marca. Resistente ao desenvolvimento de fungos e algas, esta tinta obteve ainda a classificação máxima A+ no que se refere à Qualidade do Ar Interior.
62 /
À base de água e com menos solventes do que as tintas habituais,
esta tinta contribui para a redução da pegada ecológica, sendo a
melhor escolha para o planeta. Assim, este produto resulta da
preocupação da CIN em contribuir para a conservação e proteção
do ambiente, apostando no desenvolvimento e reformulação dos
seus produtos, para que estes sejam cada vez mais eco-friendly.
Desta aposta, têm resultado produtos regularmente distinguidos
por prestigiadas entidades independentes, nacionais e internacionais, que atestam a eficácia destes no que se refere ao bom
desempenho ambiental.
Arquitetura
Edifício ANF - Centro Empresarial do Porto
Créditos Fotográficos: João Morgado - Fotografia de Arquitetura
APEL - Arquitetura, Planeamento, Engenharia
Sede do Grupo ANF
(Associação Nacional de Farmácias)
DA
AUTORIA DA
APEL,
DE
GINESTAL MACHADO,
O EDIFÍCIO QUE SE
APRESENTA FOI O PRIMEIRO EMPREENDIMENTO A SER CONCRETIZADO NA
“ÁREA EMPRESARIAL DO PORTO”, REQUALIFICANDO PARTE SIGNIFICATIVA DE UM QUARTEIRÃO DESTE PÓLO DA CIDADE. ANTERIORMENTE CONHECIDA POR “ZONA INDUSTRIAL DO PORTO”, ESTA ÁREA FOI DOTADA, ATRAVÉS DE UM NOVO P.D.M., DOS MECANISMOS QUE PERMITISSEM A SUA
REQUALIFICAÇÃO URBANA, PARA TORNÁ-LO NUM ATRATIVO PÓLO EMPRESARIAL E TECNOLÓGICO.
A sua localização estratégica e rápidas ligações ao aeroporto
Francisco Sá Carneiro, Porto de Leixões, Metro do Porto e principais
eixos rodoviários (Lisboa, Braga, Vila Real, Galiza, etc), reforçam a
sua centralidade e poder de atração.
64 /
Desenvolvendo-se em dez pisos, quatro abaixo do solo e
seis acima do solo, o edifício concentra num único espaço
as atividades de logística, distribuição, formação e de museologia, bem como centros de desenvolvimento e investigação de diversas empresas do grupo Associação
Nacional de Farmácias, funções que se coadunam com o
espírito contemplado no Plano Diretor Municipal, permitindo a empresas destas áreas, criar e desenvolver a sua atividade.
Nos pisos acima do solo, entre outros, encontramos o
Museu da Farmácia (r/c), um Auditório de 284 lugares com
salas de apoio (1º andar), uma Escola de Pós-graduação
em Saúde e várias empresas com forte ligação às tecnologias de ponta. É de notar a complexidade construtiva do
auditório, cujo corpo balançado sobre a entrada marca a
imagem arquitetónica da fachada principal do edifício, não
interferindo com o espaço público.
O edifício distingue-se também pelo elevado grau de eficiência
energética, garantindo aos seus utilizadores um excelente nível
de conforto e equipamento. As preocupações com o consumo
energético do edifício refletiram-se não só no estudo da composição das paredes exteriores e coberturas (isolamento térmico
sem pontes térmicas, caixilharia com rutura térmica, vidro com
fator solar), como na escolha dos equipamentos a instalar.
ANO
DE
CONCLUSÃO: 2010
LOCAL: Rua Eng.º Ferreira Dias - Porto
PROMOTOR: INTERFUNDOS - Gestor de Fundos de Investimento, SA
Quadro de Áreas
Dentro destes princípios, foi implementado um complexo sistema de gestão técnica centralizada, que permite gerir e monitorizar os diversos equipamentos de climatização, iluminação natural e artificial, informática e segurança.
As lâminas sombreadoras, que se encontram nas fachadas principal e laterais, são disso exemplo. O sistema de gestão controla
a abertura das lâminas, conforme o ângulo de incidência solar,
em cada dia do ano, permitindo o controlo energético e luminoso
no interior do edifício.
ÁREA DO TERRENO: 13.659 m2
ÁREA BRUTA DE CONSTRUÇÃO: 48.600 m2
ÁREA DE CONSTRUÇÃO ABAIXO
DO
SOLO: 36.200 m2 (4 pisos)
ÁREA DE CONSTRUÇÃO ACIMA DO SOLO: 12.400 m2 (6 pisos)
/ 65
Arquitetura
Torre de Palma Wine Hotel
Créditos Fotográficos: ©do mal o menos
Arquiteto João Mendes Ribeiro
INTEGRADA NA PAISAGEM DE GRANDES PLANÍCIES DO ALTO ALENTEJO, A HERDADE DE TORRE DE PALMA, EM VAIAMONTE, INCLUI
UMA EXTENSÃO DE TERRENO AGRÍCOLA E UM NÚCLEO EDIFICADO DE
ESCALA CONSIDERÁVEL CIRCUNSCRITO NO LADO SUDESTE DA PRO-
PRIEDADE.
O PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA INSTALAÇÃO DE UM
WINE HOTEL NA HERDADE PROCUROU, RESPEITANDO AS CARATERÍSTICAS ARQUITETÓNICAS DO CONJUNTO E DA PAISAGEM ENVOLVENTE,
DAR RESPOSTA AO NOVO PROGRAMA FUNCIONAL.
A intervenção incluiu tanto a recuperação e remodelação do
conjunto de edifícios preexistentes como a construção de raiz
de um conjunto de novos edifícios, baseada em gestos claros,
precisos e sensíveis às características do lugar.
Nos casos de recuperação de estruturas preexistentes, a configuração geral de cada edifício foi mantida, procedendo-se apenas a alterações ao nível da organização espacial interior, à
construção de elementos pontuais ou à abertura de novos vãos.
Sempre que necessário, procedeu-se ainda à substituição de
coberturas, peças estruturais ou revestimentos.
66 /
Os principais materiais de revestimento no exterior são a cal e
a telha de canudo; no interior, a madeira maciça, a tijoleira artesanal, o mosaico hidráulico artesanal e industrial, o azulejo artesanal, a pedra branca de Estremoz, o estuque e alguns elementos pontuais em betão aparente.
No terreiro central, a casa-mãe é ocupada pelos espaços de
receção, acolhimento e serviços administrativos, no piso térreo,
sendo o piso superior reservado à habitação do proprietário.
A Torre, adjacente à casa-mãe, foi pensada para funcionar
como biblioteca e como observatório astronómico, no terraço
do último piso. Ao lado, o edifício do antigo celeiro acomoda o
SPA e uma zona de quartos distribuída por dois pisos.
As antigas cavalariças correspondem atualmente à área social
e de lazer, enquanto os edifícios das antigas oficinas e casas de
operários foram adaptados para receber a zona de quartos e
apartamentos.
A capela existente na propriedade manteve as características
arquitetónicas originais e foi complementada com a construção
de um novo adro no exterior.
No interior do núcleo edificado, o terreiro foi regularizado
- unificando o conjunto - com pavimento em saibro na
área central, delimitado por um perímetro de calçada de
mármore branco de Estremoz e uma zona de caleira contínua, com seixo rolado, em torno dos edifícios.
No exterior do núcleo edificado principal, foram criadas
cinco áreas distintas: uma zona de vinha ao longo da
levada, uma zona de olival junto à piscina, uma horta biológica cultivada em canteiros e um pomar junto aos armazéns agrícolas e ainda uma zona de prado, a oeste,
associada à cavalariça e ao picadeiro.
Os edifícios construídos de raiz têm duas naturezas distintas: edifícios
que substituem antigas construções degradadas e sem interesse patrimonial ou arquitetónico - e edifícios que se implantam segundo novas
regras, fora do núcleo original.
No primeiro grupo incluem-se os edifícios da adega, do restaurante e
da casa do caseiro, construídos na localização exata das construções
anteriores, com uma lógica material comum a todos eles: estrutura em
betão, paredes de alvenaria e cobertura em lajetas de betão, revestimentos interiores em microcimento e estuque.
No segundo grupo, fora do núcleo original, o conjunto da piscina estende-se para noroeste, no alinhamento da casa-mãe, e inclui uma plataforma de madeira com piscina, balneários e área técnica semienterrada sob a plataforma.
A nascente do núcleo original, foram implantadas arrecadações agrícolas, zonas técnicas e uma área de estacionamento coberto e, a poente,
o edifício das novas cavalariças associado à zona do picadeiro.
Na generalidade, o terreno manteve a sua morfologia e características
originais, com variações pontuais consoante a especificidade de cada
área da Herdade.
/ 67
Economia
Análise de Conjuntura
3º trimestre 2014
APRECIAÇÃO GLOBAL
No 3º trimestre de 2014 o setor da construção regressou a um
comportamento negativo que, todavia, não prejudicou ainda a
tendência que se tem vindo a desenhar no sentido da estabilização e que faz crer numa futura retoma da atividade.
Recordamos que apesar da continuada queda da construção
nova para habitação, o setor tem vindo a ser impulsionado pela
maior dinâmica do mercado imobiliário e pelo crescimento dos
trabalhos de manutenção e renovação dos edifícios particulares.
O índice de produção da construção e obras públicas que
aumentara 0,72% no segundo trimestre de 2014, face ao trimestre anterior, diminuiu, neste terceiro trimestre, 0,53%. Quer
a redução registada no segmento de construção de edifícios
(0,52%), quer a relativa ao segmento de obras de engenharia
(0,55%), foram quase negligenciáveis.
A evolução do licenciamento de obras foi, também, ligeiramente negativa neste trimestre, ao contrário do que vinha a observar-se nos dois trimestres anteriores, fundamentalmente devido à queda do número de licenças para reabilitação, devido a
razões para as quais não possuímos ainda qualquer explicação convincente, salvo tratar-se do período de férias.
Na verdade, os dados provisórios revelam que a evolução trimestral das obras licenciadas foi negativa em 5,7%. Por sua
vez a variação homóloga trimestral terá registado uma diminuição de 7,2% (contra 4,9% no trimestre anterior). Não obstante,
a variação média anual no número de edifícios licenciados
situou-se, no terceiro trimestre de 2014, em -8,8%, contra
-12,3% no período anterior, confirmando a tendência já observada para a atenuação das quebras deste indicador.
Apesar da evolução global do licenciamento ser negativa, o
segmento das construções novas para habitação teve um comportamento bem mais simpático (-2,1%).
68 /
Particularmente, a variação trimestral do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar foi ainda mais positiva
que no trimestre anterior, cifrando-se em 7,7% (contra 3,4% no segundo
trimestre).
Todavia a variação homóloga manteve-se negativa, (-13,1%) assim
como a variação média anual (-19,8%). O número total de fogos licenciados em construções novas para habitação no ano terminado em setembro de 2014 caiu, assim, para 6 544, contra 6 808 licenciados no ano
terminado em junho de 2014.
Já o número de licenças de obras de reabilitação, como acima sublinhámos, registou, pelo terceiro trimestre consecutivo, uma descida, neste
caso de 6,9% (4,1% no trimestre anterior). A relativa discrepância entre
os números do licenciamento e o movimento que parece observar-se no
mercado da reabilitação estará porventura relacionado com o facto de
muitas das intervenções não estarem sujeitas à exigência de licenciamento camarário.
Por seu lado, a evolução trimestral das vendas de cimento para o mercado interno confirmou a tendência de estabilização que já tínhamos
identificado na última metade de 2013, tendo, inclusive, recuperado face
à primeira metade do ano. Assim, verificou-se que a diminuição homóloga das vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado
interno se quedou pelos 8,9% (que compara com os 9,9% do segundo
trimestre e os 11% do primeiro).
Apesar dos dados do terceiro trimestre não colocarem em causa a expetativa de inversão de tendência que os resultados do trimestre anterior e
os dados macroeconómicos permitiam acalentar, a verdade é que os
acontecimentos do final de julho no que respeita ao BES e a drástica
redução do stock de crédito contabilizada em agosto, poderão ter já originado consequências negativas para o setor, que se deverão agravar
nos próximos meses, atenta a exposição direta e indireta de muitas e
importantes empresas do setor imobiliário e da construção a este banco.
Resta-nos esperar que outros fatores de carater positivo sejam suficientes para minorar ou contrabalançar os efeitos que se adivinham ao nível
da paragem de investimentos e projetos e da falta de liquidez e empobrecimento de muitas empresas.
OBRAS LICENCIADAS
No 3º trimestre de 2014 o número de edifícios licenciados diminuiu 7,2% face ao 3º trimestre de 2013.
Comparativamente com o 2º trimestre, o número de edifícios licenciados no 3º trimestre de 2014 diminuiu 5,7%.
Edifícios Licenciados
(Valores Trimestrais nº)
A redução média anual no número de edifícios licenciados situou-se, no terceiro trimestre de 2014, em 8,8%, contra 12,3% no período anterior, continuando a confirmar a tendência para inversão do comportamento deste indicador.
Edifícios Licenciados
(Variação Média Anual)
Por sua vez, a variação trimestral do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar registou uma variação positiva
de 7,7%. A variação homóloga trimestral, todavia, manteve-se negativa, cifrando-se em -13,1% e a variação média anual nos -19,8%.
/ 69
Economia
Licenciamento de Obras
(Valores Trimestrais nº)
No que diz respeito ao número de licenças de obras de reabilitação, verificou-se, uma diminuição de 6,9% em termos trimestrais.
Licenças para Obras de Reabilitação
(Valores Trimestrais nº)
70 /
PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS
O índice de produção no setor da construção e obras públicas diminuiu 0,53% no terceiro trimestre de 2014 quando comparado com o trimestre anterior.
A descida no segmento de construção de edifícios foi de 0,52% e no segmento de obras de engenharia foi de 0,55%. Em termos homólogos, verificou-se uma diminuição de 6,89% no índice total da produção na construção e obras públicas, o que correspondeu a uma diminuição de 5,35% na
construção de edifícios e uma diminuição de 9,05% nas obras de engenharia.
Índice de Produção na
Construção e Obras
Públicas
Índice Corrigido de
Sazonalidade
VENDAS DE CIMENTO
No terceiro trimestre de 2014 as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno diminuíram, em termos homólogos, 8,9%, o que
confirma a tendência de estabilização observada ao longo do ano. De acordo com os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, o índice de confiança
no setor da construção degradou-se ligeiramente, fixando-se nos -45 pontos.
Vendas de Cimento e Indicador de Confiança na Construção
(Indicador no Trimestre em Referência)
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Economia
EMPREGO
No terceiro trimestre do ano de 2014, o emprego na construção e obras públicas registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -4,1% e uma
taxa de variação trimestral -0,5%. A variação média nos últimos 12 meses terminados em setembro de 2014 foi de -8,2%.
REMUNERAÇÕES
No terceiro trimestre de 2014, o índice de remunerações registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -3,4% e uma variação trimestral de1,0%
(inclui subsídios de férias). A variação média nos últimos 12 meses terminados em setembro foi de -7,8%.
TAXAS DE JURO
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em setembro com o valor de 1,471%, tendo reduzido 0,020 pontos
percentuais face ao registado no mês de junho. Nos contratos para “Aquisição de Habitação”, a taxa de juro observada em setembro foi de 1,484%,
tendo também reduzido em 0,021 p.p. em relação à taxa observada no mês de junho.
Taxa de Juro do Regime Geral
FONTES: BANCO DE PORTUGAL,
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA
72 /
Inquérito de Conjuntura
3º Trimestre de 2014
- Vendas voltam a aumentar para a maioria das empresas, face ao trimestre anterior e face ao período homólogo
- Balanço do nível de atividade foi positivo para armazenistas e retalhistas
- As previsões para o 4º trimestre de 2014 apontam para continuação da melhoria dos negócios
APRECIAÇÃO GLOBAL
Os dados relativos ao terceiro trimestre confirmam e reforçam a
evolução positiva das vendas registada no período anterior (pela
primeira vez em doze anos!), quer ao nível do indicador relativo à
evolução das vendas trimestrais, quer no que respeita ao indicador das vendas homólogas.
Em especial, o saldo das respostas extremas (SRE) no indicador
“vendas” cifrou-se em +14,8% e a percentagem das empresas que
afirmou o respetivo aumento face ao período anterior subiu de
23,9% para 32,3%.Também a apreciação relativa ao “nível de atividade” apresentou um SRE positivo (17,4%), melhorando significativamente face ao segundo trimestre. De fato, a maioria das
empresas (82,6%, contra 75% no trimestre anterior) consideraram
a atividade como Satisfatória ou Boa, enquanto a percentagem
dos inquiridos que a classificaram como Deficiente baixou de
25%% para 17,4%.
Uma vez mais, foi o subsetor armazenista que apresentou o
melhor desempenho global, mas as empresas do segmento retalhista, que já haviam registado no trimestre anterior uma franca
recuperação, também atingiram “o verde”. No caso do indicador
“nível de atividade” o subsector retalhista recuperou de um SRE de
-33,4% para +5,0%, enquanto o subsector armazenista passou de
+8,4% para +26,9%.Também no caso das “vendas”, ambos os
setores melhoraram significativamente o respetivo comportamento, sobretudo as empresas do subsetor retalhista que passaram de
um SER de -4,0% para +15,3%.
VENDAS E STOCKS - 3º TRIMESTRE 2014
(SRE - saldo das respostas extremas)
Como dissemos, apesar de algumas diferenças, o comportamento dos dois subsetores, armazenistas e retalhistas, apresentou, de uma forma geral, um comportamento semelhante na
maioria dos indicadores.
3º TRIMESTRE DE 2014
Indicadores
Saldo das respostas extremas (%)
Setor
Vendas
+ 14,8
Existências
Preços
Armazenistas
Retalhistas
+ 13,9
+ 15,3
- 1,3
+ 2,5
- 3,4
+ 2,2
+ 6,3
0
Atividade
+ 17,4
+ 26,9
+ 5,0
Vendas homólogas
+ 19,6
+ 38,4
-5,0
De fato, neste 3º trimestre, principalmente no que respeita à
evolução das “vendas” trimestrais e do “nível de atividade”, e de
certa forma nos “preços”, houve um claro paralelismo entre os
dois subsetores.
Relativamente aos preços de venda, a evolução foi positiva,
confirmando-se a tendência para a sua estabilização o que,
como já sublinhámos no estudo anterior, é algo digno de nota
no contexto de deflação em que o país vive. Em todo o caso
verificou-se uma maioria mais significativa de respostas no sentido da descida relativamente aos grupos de produtos: “tintas,
vernizes e colas”, “móveis e equipamentos para cozinha”, “ferragens, ferramentas e metais” e “materiais básicos (cimento,
cal, gesso, areia e brita”. As indicações de subidas mais significativas incidiram nos seguintes grupos de produtos: “pavimentos de madeira e cortiça”, “portas metálicas, automáticas e
automatismos para portas”, “telas para isolamentos de terraços,
vedantes, mástiques, chapas onduladas, etc.)”, “pavimentos
(alcatifas, vinílicos, borrachas, etc.)”, “perfis, caixilharias e acessórios” e “aquecimento e refrigeração de água ou ambiente”.
3º TRIMESTRE DE 2014
(variação dos valores do SRE - saldo das respostas extremas
- face ao trimestre anterior)
Variação do saldo das respostas
Indicadores
A melhoria dos negócios durante este período terá contribuído para
uma melhor adequação do nível de stocks à respetiva atividade,
prosseguindo o processo de ajustamento efetivo já observado no
trimestre anterior, não obstante o SRE ter ficado aquém das previsões (-1,3%, contra os -14,4% previstos). O próprio aumento do
nível de atividade terá justificado uma redução menos intensa das
existências de forma a garantir capacidade de resposta às solicitações do mercado.
extremas em pontos percentuais
Setor
Armazenistas
Retalhistas
Vendas
+ 10,6
- 22,9
+ 19,3
Existências
+ 11,0
+ 15,7
+8,6
Preços
0
+ 11,6
- 4,0
Atividade
+ 29,9
+ 18,5
+ 38,4
Vendas homólogas
+ 7,1
+ 30,0
- 21,7
(sinal “-” indica pioria ou diminuição; sinal “+” indica melhoria ou aumento)
/ 73
Economia
Como já referimos de início, a evolução trimestral do setor apresentou, genericamente, um comportamento mais favorável em
quase todos os indicadores. A variação positiva (desfavorável)
do SRE relativo às “existências” não prejudica, atendendo ao
aumento significativo do SRE relativo às “vendas”, a redução
relativa do esforço financeiro das empresas com o investimento em mercadorias.
EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE
(SRE - saldo das respostas extremas)
VARIAÇÃO DOS VALORES DOS SALDOS DAS RESPOSTAS
EXTREMAS FACE AO TRIMESTRE ANTERIOR
A evolução do indicador “vendas homólogas” foi globalmente muito
favorável, e atingiu, uma vez mais, um nível claramente positivo.
No conjunto do setor a maioria das respostas, 74% (contra 66,6%
no período anterior), referiu a manutenção (28,3%) ou, principalmente, o aumento (45,7%) das vendas face ao 3º trimestre de
2013, situação que foi comum aos dois subsetores considerados.
Todavia, entre as empresas retalhistas a percentagem de respostas que referiu o aumento foi inferior à dos que reportaram a diminuição (35% contra 40%), enquanto entre as empresas armazenistas 53,8% dos inquiridos, mais que no trimestre anterior (41,7%)
afirmaram ter aumentado as vendas face ao trimestre homólogo.
O dado mais significativo deste período foi, na verdade, a melhoria
muito substancial do indicador de variação das “vendas”, quer trimestrais, quer homólogas, que embora no trimestre anterior já
tivessem atingido, níveis positivos para o conjunto do setor pela primeira vez desde 2012, tornaram-se agora positivos tanto para o
subsetor armazenista como para o retalhista!
VOLUME DE VENDAS COMPARADO
COM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR
(SRE - saldo das respostas extremas)
Não obstante, as empresas cuja atividade foi “deficiente” assinalaram os fatores que consideraram mais prejudiciais. Neste trimestre, destacaram-se a “falta de encomendas” com 87,5% das respostas (contra 83,3% no trimestre anterior), seguidas pelas “dificuldades de tesouraria” (37,5%) e pela “falta de pessoal” e “encargos de distribuição”, ambos referidos por 12,5% dos inquiridos.
O recurso ao crédito bancário para financiamento da atividade corrente diminuiu face ao trimestre anterior (19,6%, contra 29,2% das
respostas), verificando-se, ao contrário do observado no trimestre
anterior, a prevalência das empresas retalhistas (30% das respostas), enquanto no segmento armazenista a utilização do crédito
bancário foi referida por apenas 11,5%. A percentagem das empresas que utilizou o crédito bancário para investimento foi de 4,3%.
As previsões para o 4º Trimestre de 2014 apontam, para um cenário que, combinando um maior entusiasmo das empresas armazenistas e alguma prudência das retalhistas, se pode considerar favorável.
4º TRIMESTRE DE 2014
Perspetivas
Todas empresas que recorreram ao crédito (19,6%) consideraram
“fácil” a sua obtenção.
A evolução da apreciação pelas empresas do respetivo “nível de
atividade” melhorou ainda mais significativamente em relação ao
trimestre anterior, ultrapassando em intensidade o comportamento
das “vendas”. Depois dos últimos acréscimos registados nas vendas, parece que, finalmente, foi ultrapassado o limiar aceitável de
volume de negócios que permite classificar positivamente o nível
de atividade.
74 /
Indicadores
Cart. Encomendas
Saldo das respostas extremas (%)
Setor
Armazenistas
Retalhistas
+ 6,5
+ 24,0
- 2,6
Vendas
+ 4,9
+ 20,2
- 3,4
Enc. Fornecedores
+ 9,2
+ 26,6
0
Existências
- 11,8
- 3,8
- 16,0
Conforme se pode inferir do quadro acima, as expetativas das empresas do subsetor armazenista são claramente mais otimistas e sugerem
que a maioria continua a acreditar no aumento das vendas, enquanto
as previsões das empresas do subsetor retalhista são bastante mais
mitigadas, mas ainda assim longe do pessimismo que transparecia
habitualmente nos estudos realizados até ao início deste ano.
Na verdade, todos os sinais apontam para uma evolução mais favorável do setor da, assente, para além do incremento sentido nos trabalhos
de renovação, na recuperação da atividade no segmento dos edifícios
não residenciais e na engenharia civil.
Também, a melhoria do quadro macroeconómico e as perspetivas de
crescimento do consumo e dos setores do turismo e das exportações,
estão a ter repercussões sobretudo no segmento dos edifícios industriais e agrícolas.
Mais recentemente, a contratualização de diversas obras públicas,
rodoviárias e ferroviárias, destinadas a acelerar a execução do QREN
anterior para não desperdiçar os apoios europeus) deverá traduzir-se
num acréscimo do investimento público em obras de engenharia civil no
próximo ano e meio.
De fato, o montante de obras públicas contratadas até ao final de
setembro de 2014 registou uma evolução homóloga positiva (+34,1%).
VENDAS PREVISTAS E VENDAS REALIZADAS
(saldo das respostas extremas)
Mesmo assim, a variação trimestral do número total de
fogos licenciados em construções novas para habitação familiar subiu quase 8%.
É principalmente no plano financeiro que subsistem as
maiores dificuldades, em particular no domínio do crédito às empresas de construção.
Recordamos que no final de março de 2014, a quebra,
em termos homólogos, no stock de crédito bancário
concedido às empresas de construção era de 13,3%,
correspondendo a 2,6 mil milhões de euros (16,9 mil
milhões de euros contra19,5 mil milhões de euros um
ano antes).
Mas, entretanto, as sequelas da resolução do BES,
tiveram um forte impacto na disponibilidade de crédito
à economia (quebra de mais de 1,5 mil milhões de
euros em agosto), afetando, em particular, o setor imobiliário e da construção.
Desta forma, em final de setembro, o stock de crédito
bancário concedido às empresas de construção era já
inferior a 16 mil milhões de euros, tendo caído quase
mil milhões de euros face a março.
É difícil prever as consequências deste “caso”, as quais
se devem arrastar até depois do final do 1º trimestre de
2015.
Em todo o caso, espera-se que a melhoria do clima
económico e o aumento do rendimento das famílias
que se prevê, sobretudo para o próximo ano, em conjunto com o financiamento externo mais facilitado e a
recuperação dos níveis de confiança, se venham a traduzir num crescimento sustentado da atividade do
setor.
Os indicadores relativos ao licenciamento de obras também têm tido
uma evolução recente animadora, não obstante os dados deste trimestre indiciarem uma ligeira retração, exatamente no segmento que
menos se esperaria, o da reabilitação de edifícios.
Economia
Estatísticas
Confidencial Imobiliário
Os concelhos de Portimão, Loulé e Albufeira, com quotas entre 20% e
23% do total das transações reportadas pela pool SIR-Algarve entre o 3º
trimestre de 2013 e o 2º trimestre de 2014, apresentaram-se como os
principais mercados da região no período.
NOVOS CRESCEM EM
No que respeita ao preço médio de venda, para os fogos novos verificou-se uma tendência crescente em Loulé e Portimão. No primeiro concelho
o indicador passou de 1.457 €/m2, no 3º trimestre de 2013, para 1.615 €/m2
no 2º trimestre de 2014. No segundo concelho, aumentou de 1.143 €/m2
para 1.231 €/m2 entre os dois trimestres referidos. Já em Albufeira, os
preços dos fogos novos começaram a decrescer a partir do 4º trimestre
de 2013, fixando-se em 1.478 €/m2 no 2º trimestre de 2014. No caso dos
fogos usados, entre o 3º trimestre de 2013 e o 2º trimestre de 2014, o
preço médio de venda cresceu nos concelhos de Albufeira e Loulé,
alcançando, neste último período, 1.124 €/m2 e 1.393 €/m2, respetivamente. Por seu lado, Portimão apresentou uma redução nos preços das
habitações usadas, tendo este passado de 1.177 €/m2, no 3º trimestre de
2013, para 1.155 €/m2 no 2º trimestre de 2014.
No período acumulado entre o 3º trimestre de
2013 e o 2º trimestre de 2014, as empresas de
promoção e mediação imobiliária pertencentes ao SIR - Sistema de Informação Residencial, reportaram a transação de 1.175 fogos
residenciais no Algarve.
No 2º trimestre de 2014, analisando os três concelhos em destaque,
observou-se que os descontos aplicados se apresentaram mais acentuados para as habitações usadas do que para as novas. Assim, no segmento de usados a taxa de desconto alcançou, no 2º trimestre de 2014,
-11% em Loulé, -8% em Portimão e -7% em Albufeira. Já para as casas
novas esta taxa atingiu, no trimestre referido, -4% em Loulé e Portimão,
e -3% em Albufeira.
PREÇOS DOS FOGOS
LOULÉ E PORTIMÃO
ÍNDICE DE RENDAS CI
GRANDE PORTO
RECUPERA
1,2%
NO
De acordo com o novo Índice de Rendas
Residenciais da Ci, apurado com base no SIR
- Sistema de Informação Residencial, as rendas contratadas estabilizaram no 2º trimestre
de 2014 em Portugal Continental, registando-se uma variação homóloga de 0,5%. No
Grande Porto, este índice registou uma variação homóloga de 1,2% no 2º trimestre de
2014, recuperação que resultou do desagravamento das quebras trimestrais verificadas na
região a partir do 2º trimestre de 2013.
A amostra de empresas de promoção e mediação imobiliária pertencentes ao SIR-Arrendamento indicou a realização de 2.267 contratos de arrendamento na Área Metropolitana do
Porto (AM Porto) no período acumulado anual
entre o 2º trimestre de 2013 e o 1º trimestre de
2014.
Os concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e
Matosinhos continuaram a figurar como os
principais mercados em termos de absorção
neste período.
76 /
No Porto e em Matosinhos, a maioria dos contratos celebrados pela
pool SIR no período de tempo considerado era relativo a habitações
de tipologia T1 ou inferior. Já em Vila Nova de Gaia a procura direcionou-se mais para os fogos de tipo T2.
No que respeita à renda média contratada, alcançou valores mais
elevados nos concelhos do Porto e Matosinhos. No Porto, a renda
média contratada para as habitações T1 ou inferior cifrou-se, no
período em estudo, em 345 €, alcançando 364 € em Matosinhos.
No caso dos alojamentos T2, a renda média contratada situou-se
em 445 € no Porto e em 420 € em Matosinhos.
Já em Vila Nova de Gaia, o valor das rendas médias contratadas
para os fogos T1 ou inferior e T2 fixou-se em valores mais reduzidos, 307 € e 374 €, respetivamente.
Economia
PORTO: INVESTIMENTO
ALDOAR E NEVOGILDE
EM CONSTRUÇÃO NOVA CENTROU-SE EM
Segundo os dados relativos a licenças de construção fornecidos
pela Câmara Municipal do Porto, o licenciamento de obra nova
na cidade abrangeu, no 1º semestre de 2014, 23 fogos. Isto é, o
equivalente a 24% do total dos novos fogos certificados no concelho no período.
No que respeita à obra em edificado, a emissão de licenças
apresentou-se bem mais expressiva, tendo sido licenciadas no
Porto 78 unidades residenciais no 1º semestre de 2014.
Comparando com o 2º semestre de 2013, no 1º semestre de
2014 o volume de novos fogos alvo de licença camarária
decresceu 38%.
Pelo contrário, a emissão de licenças para reabilitação cresceu
no 1º semestre de 2014 face ao semestre anterior, sendo que
neste último período haviam sido licenciados apenas 31 fogos
deste tipo. Tal decorreu do facto de no 1º semestre de 2014 ter
sido emitida licença para um grande empreendimento no Porto,
mais concretamente na freguesia do Bonfim, que albergava 29
fogos. Tanto no caso da construção nova como da reabilitação,
a maioria das obras licenciadas no Porto na primeira metade de
2014 era relativa a moradias.
Quanto aos edifícios de apartamentos, os de menor
dimensão (possuindo entre 3 a 10 fogos) foram os mais
abrangidos pelo licenciamento no semestre em estudo.
Tal verificou-se quer para a obra nova quer para a obra
em edificado.
As obras de construção nova para as quais foram emitidas licenças no 1º semestre de 2014 no Porto, concentraram-se nas freguesias de Aldoar e Nevogilde. Já no
que se refere à reabilitação foram as freguesias do
Bonfim, Vitória, Massarelos e Santo Ildefonso que protagonizaram o licenciamento de obras na cidade.
NÍVEIS DE CONFIANÇA COMPLETAM 12 MESES EM TERRENO POSITIVO
Os resultados do PHMS - Portuguese Housing Market Survay de
Novembro de 2014 apontam para uma recuperação contínua da
atividade no mercado de compra e venda ao nível nacional,
embora se observem diferentes performances nas várias regiões
abrangidas pelo inquérito.
No mercado de arrendamento, o ligeiro acréscimo da procura por
parte dos arrendatários, acompanhado de uma queda da oferta
por parte dos proprietários, tem ajudado a estabilizar as expetativas relativas a rendas.
No mercado de compra e venda, as novas instruções de compra
aumentaram pelo décimo sexto mês consecutivo, embora a taxa
de crescimento tenha abrandado desde o pico de série observado em Setembro.
A Confidencial Imobiliária (Ci) é uma revista
especializada na produção de estatísticas e
bases de dados sobre imobiliário. Entre outros
conteúdos, monitoriza o investimento imobiliário, tratando os dados do licenciamento municipal de obras emitido mensalmente pelas principais autarquias metropolitanas.
Mais informação sobre a Ci disponível em
www.confidencialimobiliario.com.
78 /
Entretanto, as transações continuaram a aumentar, marcando o
décimo mês consecutivo no qual foi reportado algum grau de
melhoria. Além do mais, a melhoria das expetativas referentes a
vendas ao longo de Novembro, sugere que um crescimento mais
sustentado pode estar para vir.
Apesar do aumento da atividade, observou-se uma ligeira quebra
dos preços ao nível nacional, embora tal não reflita a tendência
observada em todas as regiões. De facto, os preços das casas
mantiveram-se inalterados em Lisboa, mas continuaram a cair no
Porto e, em menor medida, no Algarve. Não obstante, espera-se
que os preços estabilizem nos próximos três meses.
Moradas
AGÊNCIAS
Young NetWork Group
Rua Fernando Vaz, 12 A
1750-108 Lisboa
Tel.: 217 506 050;
Fax: 217 506 051
E-mail:
[email protected]
Site: www.youngnetworkgroup.com
ARQUITETURA
APEL - Arquitetura, Planeamento,
Engenharia
Av. Bessa, 344,1º
4100-012 Ramalde
Tel.: 225 106 391
Fax: 225 106 390
E-mail:
[email protected]
Site: www.apel-arquitectura.pt
João Mendes Ribeiro Arquitecto, Lda
Rua de Tomar, 1 Esq.
3000-401 Coimbra
Tel.: 239 833 763
E-mail:
[email protected]
DIVULGAÇÃO
Montael - Materiais Construção e
Representações, SA
Casa Meada
3040 - 584 Antanhol
Tel: 239 802 520
E-mail: [email protected]
Site: www.montael.com
TJF Ecoenergy Solutions
Rua Alfredo Allen,
nº 455/461 sala 2.08
4200-135 Porto
Tel.: 914 580 905
E-mail: [email protected]
Site: www.tjfecoenergy.com
Tese - Associação para o
Desenvolvimento
Rua S. Filipe Nery, 25 B
1250-225 Lisboa
Tel.: 918 786 450; Fax: 213 868 405
E-mail: [email protected]
Site: www.trtcode.com
Horto Mondego Planeamento e
Execução de Espaços Verdes, Lda
Av. Dr. Elísio de Moura
3030-183 Coimbra
Tel.: 239 701 283
E-mail: [email protected]
Site: www.hortomondego.pt
Tisem - Centro de Actvidades
Rua Arnaldo Sobral, 49 - Sala 207
3080-048 Figueira da Foz
Tel.: 233 426 929
Fax: 233 426 929
E-mail: [email protected]
Site: www.tisem.pt
Omniflow
Rua de Salazares, 842
4149-002 Porto
Tel.: 225 322 000
Fax: 226 177 662
E-mail: [email protected]
Site: www.omniflow.pt
DOSSIER NOVOS
MATERIAIS E
TECNOLOGIAS
Saint-Gobain Weber Portugal
Zona Industrial da Taboeira
3800-055 Aveiro
Tel.: 234 101 010
Fax: 234 301 148
E-mail: [email protected]
Site: www.weber.com.pt
Aleluia Cerâmicas, SA
Quinta do Simão, Esgueira
Apartado 3024
3801-101 Aveiro
Tel.: 234 305 600; Fax: 234 305 699
E-mail: [email protected]
Site: www.aleluia.pt
CIN - Corporação Industrial Norte, SA
Av. Dom Mendo, 831
Apartado 1008, 4471-909 Maia
Tel.: 229 405 000
Fax: 229 485 661
E-mail: [email protected]
Site: www.cin.pt
Extruplás - Reciclagem, Recuperação
e Fabrico de Produtos Plásticos, Lda
Rua dos Serralheiros
Estrada do Marco do Grilo. 6
Aldeia de Paio Pires
2840 Seixal
Tel.: 212 104 348
Fax: 212 101 632
E-mail: [email protected]
Site: www.extruplas.com
SAPA Extrusion Avintes, SA
Tv. Nova das Alheiras, 216
4415-272 Pedroso
Tel.: 227 865 904
Fax: 227 865 947
E-mail:
[email protected]
Site: www.sapagroup.com.pt
Schluter - Systems
Rua do Passadouro, 31
3750-458 Fermentelos
Tel.: 234 720 020
Fax: 234 240 937
E-mail: [email protected]
Site: www.schluter.pt
ECONOMIA
Banco de Portugal
Rua do Comércio, 148
1100-150 Lisboa
E-mail: [email protected]
Site: www.bportugal.com
Instituto Nacional de Estatística
Av. António José de Almeida
100-043 Lisboa
Tel:. 218 426 100; Fax: 218 454 083
E-mail: [email protected]
Site: www.ine.pt
Confidencial Imobiliário
Rua Gonçalo Cristóvão, 185 - 6º
4049-012 Porto
Tel: 222 085 009; Fax: 222 085 010
E-mail:
[email protected]
Site: www.confidencialimobiliario.com
ENTREVISTA
BigMat Iberia, SA
Av. de los Pirineos, 71ª Planta
28703 San Sebastian de Los Reyes
Espanha
Tel.: 0034 916 237 160
E-mail: [email protected]
Site: www.bigmat.es
BigMat Pinto & Filhos, SA
Zona Industrial Horta das Figueiras
7005-212, Évora
Tel.: 266 702 211; Fax: 266 701 605
E-mail:[email protected]
Site: www.pintoefilhos.pt
CT - Cobert Telhas, SA
EN 361 - 1, Outeiro da Cabeça
2565-594 Torres Vedras
Tel.: 261 920 000; Fax: 261 920 001
E-mail: www.telhas-cobert.com
Site: www.telhas-cobert.com
Diera - Fabrica de Revestimentos,
Colas e Tintas, Lda
Rua D. Marcos da Cruz
1223, Ap 3037
4450-730 Leça da Palmeira
Tel: 229 983 350
Fax: 229 983 368
E-mail: [email protected]
Site: www.diera.pt
/ 79
Moradas
Tintas 2000, SA
Zona Industrial Maia I
Sector VIII - Ap. 1053
Tel.: 229 436 800; Fax: 229 436 819
E-mail: [email protected]
Site: www.tintas2000.pt
Sanitop - Material Sanitário, Lda
Zona Industrial 2ª Fase,
Ap. 538
4935-232 Neiva - Viana do Castelo
Tel.: 258 105 400, Fax: 258 350 011
E-mail: [email protected]
Site: www.sanitop.pt
Wishbox
Rua Nova do Seixo, 297/F
4460-383 Senhora da Hora
Tel.: 229 519 025
E-mail: [email protected]
EVENTOS
Associação Passivhaus Portugal
- PHPT
Av. 25 de Abril, 27 3º, AC/X
3830-044 Ílhavo
Tel.: 234 096 309
E-mail: [email protected]
Site: www.passivhaus.pt
Casa Peixoto
Zona Industrial de Neiva, 1ª Fase
4935-231 Viana do Castelo
Tel.: 258 359 800; Fax: 258 359 805
E-mail: [email protected]
Site: www.casapeixoto.pt/
PRÓXIMA EDIÇÃO
ECOINOVAÇÃO
Cinco’s-CentroHabitat
Curia Tecnoparque
3780-544 Tamengos
Tel.: 234 401 576; Fax: 234 370 094
E-mail: [email protected]
Site: www.centrohabitat.net.pt
DIMSCALE
Rua Abel Salazar, 2
2600-023 Vila Franca de Xira
Tel.: 263 274 202
E-mail: [email protected]
Site: www.dimscale.com
Imoedições - Publicações Periódicas e
Multimédias, Lda
Rua Gonçalo Cristovão, 185, 6º
4049-012 Porto
Tel: 222 085 009; Fax: 222 085 010
E-mail: [email protected]
Site: www.vidaimobiliaria.com
Live Place by Palegessos
Zona Industrial
6320 Sabugal
Tel.: 271 750 060; Fax: 271 753 533
E-mail: [email protected]
Site: www.live-place.com
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Revista nº 171 (Dossier Novos Materiais e Tecnologias)