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Almada e os seus tempos primitivos.
O cerco de Almada.
Relatos e Crónicas sobre o cerco.
A rendição de Almada é inevitável.
O Terramoto de 1755.
Almada no tempo das invasões francesas.
População
Romarias e Tradições
Gastronomia
Locais de Interesse
Monumentos
Museus
Parques e Jardins
Centros de Cultura
Almada e os seus tempos
primitivos
• A descoberta de estações arqueológicas quer na zona urbana quer
no interior de Almada, prova que existiram aqui povos primitivos.
Em 1942 foram descobertas 2 estações arqueológicas do período
paleolítico: uma a sul do Convento dos Capuchos e outra entre Vale
Cavala e Alagoa.
Em meados de 1977 é descoberta em pleno centro da cidade, uma
estação paleolítica, nas proximidades da rua Garcia de Orta, a qual
acabou por ser destruída com a construção de um prédio.
Na zona da Ramalha (Almada) e em Pera de Baixo foram também
descobertos importantes dados que provam a presença de povos
do Neolítico neste concelho.
Dos muitos povos pré-históricos que habitaram toda esta região sul,
até à definitiva fixação dos romanos, foram os Celtas que mais
dominaram este concelho.
• A situação geográfica de Almada, o seu litoral com diversas praias,
as condições climatéricas e ambientais, a fertilidade dos solos, o
fácil acesso a água potável e a sua posição estratégica, foram
factores determinantes para a fixação do homem, nesta vila.
Passaram por cá diversos povos, como Fenícios, Romanos e
Muçulmanos.
O primitivo núcleo urbano estruturou-se quando os
muçulmanos construíram uma fortaleza destinada à
defesa e vigilância da entrada do Tejo,em frente a
Lisboa, desenvolvendo-se a povoação nos domínios
da defesa militar, da agricultura e pesca. O topónimo
de Almada demonstra claramente a presença e
domínio muçulmano nesta região.
A palavra Almada provém das palavras árabes
Al-Madan, a Mina, porque aquando do
domínio árabe na Península Ibérica, os árabes
procediam à exploração do jazigo de ouro da
Adiça no termo do concelho.
O Cerco de Almada
•
Durante o ano de 1384,Diogo Lopes Pacheco, um dos envolvidos no assassínio de
D.Inês de Castro, resolve fugir de Castela e vir para Portugal para ajudar o Mestre de
Avis a combater as tropas castelhanas.
Ao ver que era impossível entrar em Lisboa, devido ao forte dispositivo de tropas
castelhanas, Diogo Pacheco resolve subir por Cacilhas, junto a Almada, com os seus
3 filhos e 30 homens que o acompanhavam, tentando refugiar-se na vila.Mas como
esta tentativa foi recusada pelo concelho da vila (porque pensavam que eram
castelhanos), como alternativa foram-se esconder na praia de Cacilhas (Ginjal), para
não serem descobertos.
O rei de Castela ao saber da fuga de Diogo Pacheco, manda tropas armadas para a
margem esquerda do Tejo.
O povo almadense ao saber das intenções dos castelhanos, junta-se aos que se
encontravam na praia de Cacilhas, travando-se assim uma dura batalha, bastante
desigual, porque as tropas castelhanas eram em muito maior número. Como
resultado desta batalha, são presos Diogo Pacheco e Afonso Galo (regedor da vila de
Almada).
Os castelhanos no entanto, como não conseguiram entrar na vila, resolveram montar
um forte cerco. Durante 2 meses a população almadense luta contra a fome , sede e
calor, mas nem mesmo assim mostram sinais de fraqueza, insistindo na sua heróica e
dramática resistência por fidelidade ao Mestre de Avis.
Relatos e Crónicas
do dramático cerco
•
Este episódio atrás relatado é descrito no livro “Embrechados”do Conde de
Sabugosa do seguinte modo: “Este cerco foi um horror.Do lado da terra defendia-se
a vila contra os ataques dos castelhanos, do lado do mar não se podia combater
devido á grande altura da muralha. Fez-se outra espécie de guerra mais cruel e
eficaz: matar à fome e à sede. A uma e outra o povo de Almada resistiu
heróicamente.”
E continua:”A água, porém, começava a escassear. Apenas havia uma pequena
cisterna, na qual foi posta uma guarda severa que distribuía a cada habitante não
mais do que uma canada por dia. E o calor ia apertando…E havia 2 meses que a vila
estava cercada…”.
Fernão Lopes, cronista do reino, na 1ª parte da “Crónica de El rei D.João I de Boa
Memória”, revela-nos como foi sofredora a resistência do povo de Almada ao duro
cerco dos castelhanos: “ A sede aperta em Almada. Cortaram a água aos cavalos e,
para não os ver morrer, matam-nos, lançando-os ao rio. Bebe-se a água dos
charcos, verde e suja, onde bóiam cães e gatos mortos. Os castelhanos impedem as
tentativas de abastecimento de água do rio e começa a morrer gente com sede. Um
cavaleiro gascão vai diante dos muros da vila levando consigo o regedor da vila de
Almada, que ameaça matar se os defensores não se renderem.
Respondem que preferem morrer todos. O gascão insiste e é morto por tiro. O rei de
Castela , irritado, jura que todos os almadenses serão passados à espada.”
A rendição de Almada é inevitável
• Como o calor ia apertando e a cisterna que existia
dentro da fortaleza acabou por secar, o horror da sede
começou a atacar os almadenses, levando-os cada vez
mais a admitir que não havia outra solução senão a
rendição.
É então que o mestre de Avis ordena ao povo de Almada
que se renda ao rei de Castela. Acatando as suas
ordens, o povo rende-se no dia 1 de Agosto de 1384.
O rei de Castela, juntamente com a rainha D.Beatriz,
dirigem-se para Almada, onde lhes entregaram a vila e
as suas chaves. No entanto, é de realçar a bravura do
povo almadense que, embora rendido, escreveu o nome
da sua vila nos pergaminhos da história de Portugal, em
defesa da independência nacional.
O Terramoto de 1755 em Almada
•
A última sexta-feira do mês de Outubro de 1755, nasceu triste e desagradável, com o Tejo
encoberto por uma névoa espessa e escura como fumo de alcatrão. Respirava-se um ar abafado,
incomodativo, não se fazendo sentir a mais leve brisa. Porém o dia seguinte, 1 de Novembro,
amanheceu bonito, com o céu limpo e claro, ar puro, uma aragem vinda de Nordeste que tornava
bastante fria aquela manhã de Outono.
Desde muito cedo que em Almada e arredores, os sinos dos campanários convocavam os fiéis
para os actos litúrgicos que celebravam o dia de Todos-Os-Santos. Aos poucos os templos foramse enchendo de devotos, na sua maioria mulheres, que se faziam acompanhar dos filhos ou
netos menores e, ainda, no caso de senhoras mais ricas, das suas escravas domésticas.
Pela 9,30 da manhã, de repente, fez-se sentir um tremendo abalo de terra, que tornando-se
violento e extenso, em pouco menos de 10 minutos transformou o país num cenário de horrores,
luto, miséria e devastação.
Em Almada caiu a Igreja do Convento de S.Paulo, dos religiosos Dominicanos ,sepultando mais de
25 fiéis que ali assistiam á missa. Na Igreja de Nossa Senhora da Assunção, situada dentro do
castelo de Almada, foi tão violento o efeito do cataclismo que as torres do castelo, a casa da
residência dos priores e o próprio templo caíram, deixando sob as ruínas 10 corpos inanimados.
Na freguesia de Sant’Iago desabou parcialmente a Igreja Matriz, resistindo apenas a capela-mor e
uma parede lateral. Abateu a torre, parte da fachada e sob o tecto do coro ficaram 9 mulheres
sepultadas. Da Igreja da Misericórdia apenas se salvou o retábulo e a parede da cabeçeira que o
sustentava. A capela de S.Sebastião, no limite sul da vila, obra dos moradores e devotos daquele
santo, ruiu completamente.O mesmo aconteceu em Cacilhas á igreja de Nossa Senhora do Bom
Sucesso.
Almada no tempo das invasões
francesas
• Em 1807, a Europa vivia o pesadelo do bloqueio continental
imposto pela França.
No jogo de alianças que se fizeram depois da derrota dos russos em
Koeningsberg, estes pediram o armistício, inclinando-se o Czar
Alexandre para repudiar a aliança que mantinha com a Inglaterra ,
fascinado pelo génio militar de Napoleão.
A esquadra russa do mediterrâneo, de regresso ao Báltico, vê-se
confrontada com as forças navais inglesas, decidindo o comandante
russo, almirante Siniavin atracar em Lisboa em Novembro de 1807.
Por esta altura, manda Napoleão invadir Portugal por um exército
comandado pelo general Junot. Com os franceses á porta de
Lisboa, a Família Real embarca para o Brasil, consumando-se
assim uma das maiores vergonhas da história portuguesa. A fuga
para o Brasil deixa o povo á mercê dos inimigos. Junot entrou em
Lisboa a 30 de Novembro, tendo logo ocupado as fortificações
situadas no concelho de Almada.
População
• A população cresceu rapidamente nas
últimas 4 décadas ( de 70 000 em 1960
passou a 107 000 em 1970, tendo atingido
em 2001, 159 550 habitantes).
Almada é uma cidade jovem e dinâmica:
cerca de 40% dos habitantes tem menos
de 35 anos e apenas 7% da população
ultrapassa os 75 anos.
Romarias e Tradições
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Lenda da Caparica
Procissão da Ramalha
Procissão Nossa Senhora Bom Sucesso
Procissão Nossa Senhora da Piedade
S.João Baptista , Santo Padroeiro
Gastronomia
• A gastronomia típica do concelho de Almada
está ligada ao mar e seus produtos, devido à
proximidade com o Atlântico. De entre os pratos
típicos há a salientar as Caldeiradas, sendo um
dos expoentes máximos o concurso de
Caldeiradas que se realiza em Janeiro na vila
da Costa da Caparica.
Os doces típicos do concelho de Almada são os
“Claudinos” e os “Garibaldi”.
Locais de Interesse
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Almada Velha
Cacilhas
Convento de S.Paulo
Elevador da Boca do Vento
Fonte da Pipa
Igreja de Santiago
Miradouro da Boca do Vento
Passeio Ribeirinho do Ginjal
Praça da Liberdade
Monumentos
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Árvore Monumento
Monumento à Natureza
Escultura “A Viagem”
Cristo Rei
Monumento a Fernão Mendes Pinto
Monumento à Liberdade
Monumento ao Bombeiro
Monumento ao Trabalho
Monumento “Os Perseguidos”
Museus
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Museu da Cidade
Núcleo Medieval/Moderno
Núcleo Museológico da Água
Núcleo Naval
Parques e Jardins
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Jardim Cova da Piedade
Jardim do Castelo
Jardim do Rio
Jardim Dr. Alberto Araújo
Parque Urbano Comandante Júlio Ferraz
Parque da Paz
Parque Municipal da Juventude
Centros de Cultura
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Arquivo Histórico Municipal
Auditório Municipal Fernando L. Graça
Casa Municipal da Juventude de Cacilhas
Casa da Cerca
Casa da Cerca
Fórum Romeu Correia
Almada Velha
Elevador da Boca do Vento
Cristo Rei
Monumento a Fernão Mendes
Pinto
Jardim da Cova da Piedade
Parque Urbano Comandante Júlio
Ferraz
Monumento à Liberdade
Monumento à Paz
Árvore Monumento
Monumento ao Bombeiro
Escultura “A Viagem”
Monumento “Os Perseguidos”
Jardim do Rio
Este trabalho é da autoria de:
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Walter Cerri nº26
Fábio Emiliano nº13
Miguel Palma nº17
Bruno Rosa nº9
7º1
Maio 2004
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A Nossa Almada