Os primeiros tempos
na América Portuguesa
Em 1500, retornou a
Lisboa uma das treze
naus integrantes da
expedição de Pedro
Álvares de Cabral, que
partira em março
daquele mesmo ano
com destino as índias.
Cabral, trazia consigo a “carta de Caminha”,
que revelava o contato com “as gentes” de
Santa Cruz.
“... Parece gente de tal inocência que, se homem
os entendesse e eles a nós, seriam logo
cristãos... segundo parece, não têm, nem
entendem nenhuma crença...”.
“... Nos pareceu, vista do mar, que a terra é muito
grande... Nela até agora, não pudemos saber se
haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de ferro
ou metal...”.
Os primeiros
conflitos com os
nativos, não
anunciados por
Caminha,
aconteceram logo,
justamente pelo
fato de os índios
não serem
cristãos e
possuírem muitas
crenças.
Ao serem coagidos a adotarem os valores “do
outro”, os donos da terra reagiram, em maior ou
menor grau.
“... Nada era desprezado, nem mesmo o pó dos
ossos, que era engolido com farinha...
“... Ao término do repasto, punham-se a chorar
e gritar... Fundamento minha convicção que são
seres inferiores...”. De Bry
“Quanto as
práticas
econômicas...
Além de
empregar a caça
e colega, ...
há agricultores...
possuem centenas de cultos, crenças, deuses,
relíquias e divindades...
falam uma
infinidade de
dialetos e
idiomas...
possuem uma cultura riquíssima e
admirável...”. Ferdinand lle Felle.
Mas para os europeus, nas primeiras
décadas do século XVI, estas terras com
“bons ares”, não despertaram um
grande entusiasmo. A rota, aberta por
Vasco da Gama, em 1498, ainda era a
galinha dos ovos de ouro do Reino Luso.
Ainda por volta de 1500, o rei D.
Manuel cedeu ao comerciante
Fernando de Noronha o monopólio da
exploração do pau-brasil.
Os portugueses
montaram uma
estrutura simples
para a exploração
do pau-brasil.
Fundaram algumas
feitorias e
recrutaram a mãode-obra indígena
para o trabalho, que
recebiam em troca
manufaturas
(ESCAMBO)
A intensificação da presença de
estrangeiros em terras da América
portuguesa, coincidiu com a decadência
dos lucros oferecidos pelas rotas da
Índias no final da década de 1520.
Assim, a partir de 1530,
D. João III, deu amplos
poderes judiciais ao
capitão da armada Martim
Afonso de Souza,
podendo condenar e
aplicar a pena de morte
na colônia. A frota de
Martim Afonso deixou o
porto de Lisboa e deu
inicio a primeira grande
expedição colonizadora
do America lusa.
Em 1532, no litoral de SP, Martim Afonso fundou
a Vila de São Vicente, a primeira vila brasileira.
Ou seja, o Brasil era uma vila! Só os vileiros!
Que chinelagem!!!
A escolha da região onde foi fundada a
primeira vila, não foi aleatória, assim era
mais fácil inibir eventuais incursões
estrangeiras, escoar os produtos
explorados, promover incursões para o
interior da colônia e...
Fugir dos nativos se algo desse errado!
O primeiro projeto
político e econômico
da Coroa portuguesa,
para a colonização das
terras da América foi o
sistema de Capitanias
Hereditárias.
* Garantir a soberania
portuguesa sobre os territórios.
* Utilizar recursos privados para
montar o sistema, sem onerar
os cofres do Estado português.
Os territórios pertencentes a Portugal,
segundo o Tratado de Tordesilhas,
foram divididos em 15 lotes de terras,
divididos entre a pequena nobreza lusa.
Privilégios e deveres dos donatários
Carta de Doação:
* Conferia posse das terras;
* Permitia aos capitães doar lotes de terras –
sesmarias.
Carta Foral:
* Tributos que devem ser pagos a coroa;
Todavia, na pratica, o Sistema de
Capitanias revelou-se um fracasso.
Excetuado-se São Vicente, Porto Seguro,
Ilheus e Pernambuco, que prosperaram,
todas as demais capitanias fracassaram.
Em meados de 1540, o próprio D. João
decidiu tomar medidas mais diretas a fim
de colonizar, explorar e proteger as terras
da coroa.
 Em 1549, o primeiro governador
geral do Brasil, desembarcou na
capitania da Bahia.
Objetivos:
* Integrar e fazer produzir as
capitanias;
* Incentivar a produção açucareira;
* Inserção da mão-de-obra escrava
africana na colônia;
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Em 1500, retornou a Lisboa uma das treze naus integrantes da