Fátima Lopes "Já
me sugeriram
fazer uma
plástica"
Aos 45 anos, Fátima Lopes, apresentadora da TVI, revela os segredos da sua boa forma
física e diz que o seu rosto mostra o que lhe vai na alma.
DR
Aos 45 anos, Fátima Lopes fala da sua carreira e dos seus segredos de beleza. Em declarações ao
Jornal de Notícias (JN), a apresentadora da TVI revela que o seu rosto mostra o que lhe vai na
alma.
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Flash desactualizado
20 anos de carreira em dezembro.
Como é que já passaram 20 anos?! O mais complicado é se sentisse, ao fim destes anos, que já
estava cansada ou que já não me surpreendia. Eu ainda gosto tanto de fazer isto, ainda tenho
vontade de fazer tanta coisa! Acho que vou andar cá muito tempo, se não me acontecer alguma
coisa.
Houve algum momento de saturação?
Eu faço programas diários há 17 anos. Isso exige que eu tenha de fazer com mais regularidade
miniparagens. Tirar, de vez em quando, um dia, para fazer uma espécie de "reset".
O que faz nesses dias?
As coisas mais banais desta vida. Além de ir levar os filhos à escola, vou buscá-los. Aproveito para
fazer desporto porque me faz sentir muito bem. Depois, ou vou almoçar com uma amiga ou
aproveito para pôr a casa em ordem, porque gosto muito de fazer arrumações. E basta-me isto!
Tornou-se mais fácil ou mais difícil reinventar-se, em termos de imagem?
As mudanças de imagem não têm de ser uma rutura com o que está para trás. No cabelo é onde
se podem fazer mais alterações. Nas cores, nos tamanhos, nos cortes. Mas eu acho que isso não
tem de ser obrigatório. Olhando para estes 20 anos, eu nunca tive a preocupação de ter como
prioridade mudar alguma coisa. Eu fazia mudanças quando estava cansada, quando olhava para o
espelho e pensava "já não aguento este cabelo". Porque na cara nunca mexi. Nunca fiz nada, a não
ser tratamentos de manutenção, hidratação, regeneração. Não são intervenções, são tratamentos e
isso acho extremamente importante fazer, porque a minha pele está sujeita a muita maquilhagem e
muita luz todos os dias.
Já lhe sugeriram fazer intervenções?
Já, claro! De vez em quando, cruzo-me com alguns cirurgiões plásticos... bom, alguns acham que,
aos 25 anos, devemos começar logo a tirar rugas! Eu sou completamente contra isso, eu receio
isso. Porque, por mais bem feitas que sejam, há quase sempre alterações de expressão. No meu
caso, eu sei que a expressão é uma mais- -valia. Aquilo que o meu rosto transmite às pessoas que
me veem é uma mais-valia. Eu sou transparente nas minhas emoções e naquilo que estou a
pensar. Eu não tenho de estar a vestir um boneco de perfeição física porque, assim, ia camuflar a
minha maior riqueza: o que me vai na alma, o meu rosto mostra. Por isso, tenho procurado
encaixar o passar dos anos. A minha pele já não tem 20 anos. Tenho 45 anos, já bem avançados, e
tudo bem.
Que cuidados tem com o corpo?
Sempre fui cuidadosa, mesmo antes de ser figura pública. Fui atleta, sempre tive hábitos de vida
saudáveis e cuidado com o que como. Andei sempre com as garrafas de água atrás. Eu quero ser
saudável, primeiro, e se possível elegante, também.
Está mais tonificada. Mudou o regime de exercício?
Perdi peso e ganhei mais tonificação. Mudei o tipo de desporto que fazia. Fiz Pilates durante sete
anos e, depois, achei que precisava de uma atividade que me permitisse extravasar mais essa
energia. Fui para um ginásio diferente, a Fisiogaspar, que é mais centrado no conceito de saúde,
onde tenho um professor que me faz um plano com os meus objetivos e que procura contornar
obstáculos que tenho. Também fiz grandes alterações na minha alimentação. Tenho sido
acompanhada pela nutricionista Inês Fernandes e foi ela que alterou a alimentação que eu fazia.
Eu já tinha um conceito de alimentação saudável, mas ela enriqueceu--me essa alimentação com
muita coisa que eu não estava habituada a consumir.
Por exemplo?
Batidos de manhã, com legumes, fruta, sementes, coisas que eu nunca tinha feito. O segundo
pequeno--almoço, a meio da manhã, e a variação desse pequeno-almoço conforme é dia de fazer
desporto ou não. Como muito mais do que alguma vez comi na vida, mas também estou mais
magra do que alguma vez estive, o que é muito curioso. Tudo isto faz com que me sinta muito bem
com a minha idade e tenho muito orgulho em dizer que tenho 45 anos!
A Fátima é a mulher mais velha dos programas da tarde. Na concorrência tem a
Vanessa Oliveira, que tem 33 anos, a Luciana Abreu, que tem 29, e a Andreia
Rodrigues, de 30. É um peso ter alguém na concorrência mais novo, mais fresco ou élhe absolutamente indiferente?
Não me faz mossa de espécie alguma. Primeiro, porque acho que as coisas não se medem pela
idade. Eu preocupo-me e respeito sempre a concorrência. Vejo o que fazem e como posso
melhorar. Tenho isto sempre presente... mas não por causa da idade nem por causa da imagem
das pessoas. Eu não olho para uma apresentadora e digo "eu tenho de ter mais cuidado porque ela
é gira, superelegante, jovem, enérgica!". Não! Eu tenho de ter atenção se ela mostra mais
competências a fazer aquilo que eu faço. Agora, em relação à imagem? De todo!
E em relação aos comentários, seja nas redes sociais, seja noutras situações? Ainda
existe um estigma de que uma mulher, a partir dos 40, é velha.
Acho que hoje em dia já não é assim. As mulheres já se sabem cuidar, porque têm outros recursos
que não tinham. Uma mulher, a partir dos 40, está provavelmente a começar a sua fase mais
bonita e mais profícua da sua vida. O que não faltam aí são quarentonas numa fase extraordinária
da vida e muitíssimo jeitosas!
Mas as figuras públicas são alvo de um julgamento muito maior do que eram há uns
anos.
Isso tem a ver com o julgamento e a avaliação que o público faz relativamente a uma figura
pública, exigindo-lhe perfeição. Quem é que disse que, a partir do momento em que a pessoa se
torna figura pública, perdeu o seu caráter humano? Eu costumava dizer à minha filha, quando ela
tinha 10 anos: "sabes que eu antes de ser mãe já era pessoa!". Eu antes de ser figura pública já
era pessoa. Se era, já podia estragar-me de vez em quando, distrair-me, não estar tão bem... já
podia! Não estou a falar de fazer figuras tristes, mas sim, de vez em quando, poder dar--se ao luxo
de não fazer nada, de andar à vontade. E isso as pessoas nem sempre entendem!
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