ATRAÇÃO
INTERPESSOAL
Prof. Dr. André Luiz Moraes Ramos
ATRAÇÃO INTERPESSOAL
CONCEITUAÇÃO
METODOLOGIAS DE ESTUDO
FATORES DETERMINANTES:

PROXIMIDADE E FAMILIARIDADE

APARÊNCIA FÍSICA

PRINCÍPIOS DE ATRAÇÃO
TEORIAS DE ATRAÇÃO
CONCEITUAÇÃO:
Como uma Atitude
até que ponto eu gosto de uma pessoa?
atitude positiva de uma pessoa em relação a outra:




atitude positiva: prontidão para responder favoravelmente
a alguém;
anos 50: início dos estudos (atitudes);
importância: prever como a pessoa agirá (seu
comportamento) em relação a outra;
é a base da interação social.
Atitude em relação a pessoas que varia de:

Atração (gostar): ________________: Repulsão (odiar)
CONCEITUAÇÃO:
Como base da interação
Darwin:
 tendência a escolher preferencialmente certas
pessoas do sexo oposto, é uma escolha feminina, pois
elas são mais seletivas e discriminativas.
Gestalt:
 depende de quem observa e de quem é observado;
 é um produto das partes envolvidas
 depende do fator em questão (estudo, trabalho,
lazer, intimidade, etc).
Diferentes níveis de interação:
 1a. impressão, amizade, amor.
METODOLOGIAS DE ESTUDO:
Escolhas Sociométricas
Jacob Moreno: Quem você escolheria :






Para fazer uma pesquisa?
Para falar um assunto íntimo?
Para montar um negócio?
Para convidar para uma festa?
Para fazer uma viagem de férias?
Para organizar um celebração?
METODOLOGIAS DE ESTUDO:
Estudos clássicos com universitários
Estudo de caso (Newcomb):

fez análises do desenvolvimento de amizades em
repúblicas estudantis.
Escolhas aleatórias (Walster et al):

casais predeterminados para o Baile do bicho.
METODOLOGIAS DE ESTUDO:
Outras metodologias
Testes:


Testes de personalidade;
Perfis fictícios em escalas autodescritivas.
Outras metodologias:





Distância entre as pessoas;
Prestação de favor;
Direção do olhar;
Respostas fisiológicas;
Fotografias.
FATORES DETERMINANTES
DA ATRAÇÃO:
Proximidade: fique por perto
1/3 dos casamentos ocorrem entre pessoas que
moram a menos de 5 quadras uma da outra;
para que haja interação social, é necessário estar
perto de alguém (rua, bairro, clube, igreja,
universidade...);
pequena distância: física ou virtual (internet);
exceção: quando já existem antagonismos iniciais, daí
aumenta a repulsa (ex; conflitos inter-raciais).
FATORES DETERMINANTES
DA ATRAÇÃO:
Familiaridade: seja notado(a) persistentemente
alta freqüência de exposição mútua;
encontram-se constantemente;
pesquisa com rostos: reflexo no espelho (a própria
pessoa), imagem (um amigo).
FATORES DETERMINANTES
DA ATRAÇÃO:
Aparência Física: seja belo(a)
sem mais informações disponíveis (personalidade, valores,
atitudes, etc...), é aquilo que se vê;
é algo não democrático e socialmente injusto, pois temos
pouco controle;
características físicas:


rosto (olhos, sorriso, cabelos), mãos, pernas, peito e
bum-bum;
Gestalt: leis individuais determinam uma configuração
que integra todas essas características;
APARÊNCIA FÍSICA:
Importante em diferentes contextos
encontros românticos;
comércio (atendimento);
escola (avaliação de alunos, colegas e
professores);
justiça (julgamento mais favorável);
seleção de pessoal (maiores chances)...
APARÊNCIA FÍSICA:
Estudo de Walster et al. (1966)
baile com casais programados
aleatoriamente;
só a aparência física determinou a
atração
não houve influência da personalidade,
QI, religião, raça, nível socioeconômico
etc...
APARÊNCIA FÍSICA:
Diferenças de gênero
estudos fora do Brasil dizem que para os homens a
aparência física é mais importante, independente da sua
beleza, do que para as mulheres, que acham que o rapaz
deve ser ± belo;
preconceito contra a mulher: quanto mais feia maior a
rejeição e quanto mais bonita mais burguesa, vaidosa e
adúltera;
no Brasil (Ramos, 1993): não há diferença entre homens
e mulheres, é unissex.
APARÊNCIA FÍSICA:
Razões apontadas para a sua importância
questão estética: o gosto pelo belo, agrada
aos olhos;
qualidades internas inferidas: o que é bonito
é bom:

inteligente, honesto, fiel, sexualmente ardente,
equilibrado, forte, amável, feliz.
Aumenta o status pessoal e a auto-estima.
APARÊNCIA FÍSICA:
Dúvidas
está nos olhos de quem vê (é pessoal: cada
pessoa tem um padrão do que é belo)?;
ou há um padrão universal de beleza (ideal de
boa forma)?;
ou há um padrão social do belo (pressão da
mídia)?
APARÊNCIA FÍSICA:
Críticas que restringem a sua importância
é mais importante em situação de romance;
medo de rejeição: escolhe alguém semelhante em
termos de beleza;
informações sociobiográficas (personalidade,
valores, atitudes, etc...): quando disponíveis, são
mais importantes;
o que é bom é bonito (ou quem ama o feio bonito lhe
parece);
é uma questão de Gestalt (é o conjunto e não
características isoladas).
PRINCÍPIOS DE ATRAÇÃO:
semelhança (similaridade)
diferença (complementaridade)
em termos de atitudes, personalidade,
outros...
Atração por semelhança (similaridade):
Semelhança de Atitudes:
a maior parte das pesquisas em atração é sobre
semelhança de atitudes;
Newcomb (1961): seu estudo sobre o
desenvolvimento de amizades em repúblicas de
estudantes apontou a semelhança de atitudes como
o fator mais importante para a atração;
Byrne (1962): a atração é uma função linear da
proporção de atitudes semelhantes;
confirmada ao longo dos anos em pesquisas com
diferentes metodologias, amostras e situações.
Atração por semelhança (similaridade):
Motivos para Semelhança de Atitudes:
apoio social para a validação de nossas opiniões;
coerência pessoal: ando com quem gosta do que eu gosto;
necessidade de aprovação, afiliação e identidade social
(sentir-se aceito).
Críticas para Semelhança de Atitudes:
Rosenbaum: Teoria dos 2 estágios (Repulsão- Atração):
crítica a Newcomb:
Repulsão: eliminação dos indesejáveis;
Atração: escolha entre os restantes.
Atração por semelhança (similaridade):
Semelhança de Personalidade:
pesquisas sobre a semelhança entre perfis de
personalidade;
pressuposto: personalidades semelhantes geram
estabilidade conjugal;
até a década de 70; dúvidas sobre a existência da
relação similaridade de personalidade-atração; após os
anos 80, surgiram estudos com maiores evidências
apoiando a relação.
Atração por semelhança (similaridade):
Semelhança de Personalidade:
Auto-estima:
 pessoas com auto estima ↑ escolhem outras com autoestima média;
 pessoas com auto-estima ↓ escolhem outras com autoestima ↑;
 homens preferem mulheres com auto-estima média;
 ego-real x ego-ideal: atração;
 quando =: semelhança;
 quando ≠: diferença.
 É maior o impacto da avaliação de 3os. em pessoas com
auto-estima ↓.
Atração por diferença
(complementaridade):
Há diferentes teorias enfocando a diferença:
 Necessidades complementares (Winch);
 Teoria da complementaridade do amor (Reik);
 Qualidades desejáveis.
Em geral elas defendem que:
 as pessoas procuram nos outros o que sentem falta em
si próprios;
 buscam nos outros aspectos que valorizam mas que não
encontram em si mesmas;
 às vezes nem é o caso de não possuírem esta
qualidade, mas a têm em num grau inferior ao que
gostariam de ter.
Atração por diferença
(complementaridade):
Há mais evidências de pesquisas para as seguintes
situações:
 dominador-submisso;
 doador-receptor.
Contextos em que é importante:
 trabalho em equipe;
 namoro com duração superior a 18 meses e que
depois virou casamento;
 relações assimétricas.
Atração por diferença
(complementaridade):
Quanto à auto-estima:
 pessoas com auto-estima ↓ escolhem por
complementaridade;
 pessoas com auto estima ↑ escolhem outros com autoestima semelhante.
Críticas:
 foram encontradas poucas evidências em favor da
atração por diferença.
 Aroldo Rodrigues: Na verdade, as pessoas guiadas pelo
princípio da diferença, que se atraíram pela
complementaridade, têm algo semelhante: ambos são
iguais quanto ao gosto pela diferença. Portanto, seguem
o princípio da semelhança.
Síntese dos princípios de Atração
Gahagam:
 para uns a semelhança é mais importante, enquanto
que para outros é a diferença;
 é improvável que estes princípios surjam de forma
pura.
Estudos atuais de Ramos:
 desenvolvimento de escalas de diferencial semântico
para medir os princípios de atração;
 medidas de atração e autoconceito em diferentes
aspectos: estético, social, afetivo e moral.
 semelhança ou diferença através da comparação entre
os escores de atração e de autoconceito.
 estudo da diferença em termos de superioridade ou
inferioridade.
ATRAÇÃO INTERPESSOAL
CONCEITUAÇÃO
METODOLOGIAS DE ESTUDO
FATORES DETERMINANTES:

PROXIMIDADE E FAMILIARIDADE

APARÊNCIA FÍSICA

PRINCÍPIOS DE ATRAÇÃO
TEORIAS DE ATRAÇÃO
Teorias de Atração
Comportamentais:
 Teoria do reforço (Byrne);
 Teoria da Troca (Gahagan).
Cognitivistas:
 Teoria da Comparação Social (Festinger);
 Teoria do Equilíbrio (Heider).
Psicanalíticas:
 Teoria da Complementaridade Sexual (Reik);
 Teoria da Relação Objetal (Melanie Klein);
 Teoria do Mapa Amoroso (Money).
Evolucionária:
 David Buss.
Teoria do Reforço (Byrne):
Gosto de quem gosta de mim.
Qualquer indivíduo associado a uma
situação reforçadora torna-se alvo de
atração:

Reforço positivo:


apoio: atenção, elogio, afeto, grana;
Reforço negativo:

alguém que impede que algo indesejável me
aconteça: que me alivia a dor, que me protege
de algum mal (gratidão).
Teoria da Troca (Gahagan):
Metáfora econômica: todo relacionamento
visa o lucro:

benefícios (ganhos) > custos (perdas).
Faz a análise de custos e benefícios de uma
relação, de acordo com os padrões de cada
indivíduo.
O nível de comparação é determinado pelo
que cada indivíduo acha satisfatória para si:


quem é muito exigente quer lucros maiores,
já outros aceitam qualquer coisa...
Exemplo da Teoria da Troca:
Paula tem 2 pretendentes :
Otávio:
Benefícios:
é bonito, próspero e alegre;
Custos: é inseguro e mulherengo;
Olavo:
Benefícios:
sexy e afetivo;
Custos: cachaceiro e brigão;
Em
princípio, parece que Otávio supera Olavo:
Benefícios:
Otávio 3 x Olavo 2;
Custos: Empate: 2 x 2.
Mas não é tão simples, deve-se levar em conta o peso de
cada qualidade/defeito tem para Paula:
Se
ser sexy, gostoso, afetivo e carinhoso é o que Paula acha mais
importante, e se ela também é meio estourada e chegada a uma cachaça,
então Olavo será o escolhido;
Mas se ela dá mais valor a uma vida confortável e divertida ao lado de
um cara bonitão, e o fato de ele ser inseguro e gostar de pular a cerca
não faz diferença para ela, então será Otávio o escolhido.
Teoria da Troca e
Manutenção do Relacionamento
Se Paula se casou com Otávio, ela avaliará o seu
relacionamento em termos de custos, benefícios
e comparando-o com relacionamentos
alternativos:
 Otávio (2 anos depois): continua bonito(+2),
melhorou de emprego: próspero(+3), anda meio
depressivo: alegre(-1), cada vez mais inseguro(-3) e
menos mulherengo(-1);
 Oto é um novo amigo de trabalho que se tornou uma
interessante alternativa: é muito atencioso (+3),
bastante afetivo (+2), divorciado (-1) e com 2 filhos (3).
Teoria da Troca e
Manutenção do Relacionamento
Ao comparar os relacionamentos, levam-se em conta:
os custos para se romper um relacionamento:
 Toda separação é barra! Quais seriam as
dificuldades que ela teria para se separar de
Otávio? Desgaste físico e emocional (choros,
acusações), financeiro (estabilidade econômica),
social (opinião de familiares e amigos), jurídico
(advogados, juiz), etc...
e os riscos para iniciar uma nova relação:
 Vale a pena trocar o certo pelo duvidoso? Que
garantias ela teria de que seria mais feliz ao lado
de Oto? Afinal de contas, uma coisa é um chopp e
um motel ocasionais, outra é um comprometimento
sério.
Crítica da Teoria da Troca:
Dificuldade em avaliar custo/benefício:

depende de cada indivíduo em cada
relacionamento;
Experiência de outros relacionamentos:

Comparação com relacionamentos
anteriores.
Outros(as) candidatos (as):

relacionamentos alternativos.
Teoria da comparação Social (Festinger)
Os indivíduos têm necessidade de avaliarem as
suas opiniões, atitudes, aptidões, etc.
Como não há um padrão objetivo de avaliação,
eles buscam comparar suas opiniões, atitudes,
aptidões, com as de outras pessoas.
Há uma tendência, então, de sentirem-se
atraídos por pessoas que sejam semelhantes a
eles.
A comparação e a atração por certos indivíduos
fornecem-lhes um padrão externo para validar
as suas atitudes, opiniões e aptidões.
Teoria o Equilíbrio (Heider)
Analisa a relação da tríade:
 P (pessoa) - O (outro) - X (objeto social).
P forma diferentes tríades em relação a O.
 Estas tríades podem resultar em atração ou repulsão,
com ou sem equilíbrio.
Uma relação é equilibrada quando há equilíbrio na tríade
e uma relação é desequilibrada quando há conflito,
tensão, desconforto psíquico, dissonância cognitiva na
relação, daí que:
 Quanto maior o conflito causado pelo desequilíbrio,
maior a força para mudança na tríade;
 A mudança em busca de equilíbrio tende a ocorrer na
relação mais fraca: PO ou PX?
 Quando há impossibilidade de mudança: diferenciação
cognitiva em relação a O:

combinamos em relação a X1 e discordamos quanto a X2.
Teorias de Atração
Comportamentais:
 Teoria do reforço (Byrne);
 Teoria da Troca (Gahagan).
Cognitivistas:
 Teoria da Comparação Social (Festinger);
 Teoria do Equilíbrio (Heider).
Psicanalíticas:
 Teoria da Complementaridade Sexual (Reik);
 Teoria da Relação Objetal (Melanie Klein);
 Teoria do Mapa Amoroso (Money).
Evolucionária:
 David Buss.
Teoria da Relação Objetal
(Melanie Klein)
Analisa a atração a partir da relação do indivíduo com a
mãe, que gera sentimentos complexos (posição esquizo-paranóide):
 Amor: alimentação, cuidado e segurança;
 Frustração: ódio, agressão e destruição;
A maneira como a mãe é capaz de lhe proporcionar
gratificação e alívio, mesmo diante de experiências
inevitáveis de frustração, é que lhe dará o sentido do
amor e orientará as suas escolhas amorosas;
O tipo de escolha amorosa dependerá de como a criança
lidou com a sua frustração: sentimentos de culpa
(dependência) e insegurança (afastamento);
Inconscientemente, o adulto buscará em suas escolhas
afetivas uma figura que tenha as impressões mais
precoces de sua mãe e as fantasias a ela associadas.
Teoria do Mapa Amoroso (Money)
Desenvolvemos, ± entre os 5 e 8 anos, um mapa mental
que inconscientemente guia nossas escolhas amorosas;
O mapa amoroso é um conjunto de circuitos cerebrais que
determina o que nos desperta a atração por uma e não
por outra pessoa;
O mapa amoroso é formado pelas características que
desejamos e que rejeitamos num parceiro:

A voz segura da mãe, o sorriso aconchegante do pai, o mau humor
da professora, o andar desengonçado da tia, etc...
Na ansiedade de encontrarmos alguém que se enquadre
neste modelo ideal, projetamos nosso modelo sobre os
pretendentes. Sem percebermos suas particularidades,
tentamos encaixá-los em nossas fantasias, não nos
relacionando com a pessoa real, mas com a imagem mental
que desenvolvemos do parceiro ideal.
Teoria Evolucionária (David Buss)
Nossa mente apresenta programas que, durante a
evolução da espécie humana, foram desenvolvidos com o
objetivo de resolver problemas de sobrevivência ou de
reprodução;
existem padrões universais quanto à atração sexual para
homens e mulheres :


Mulheres: buscam homens que possam garantir-lhes os recursos
(ricos e poderosos) para a sua sobrevivência: proteção e alimento;
Homens: buscam mulheres jovens e bonitas (fertilidade) que lhe
garantam a transmissão dos seus genes; ...
Padrões desejáveis:



Simetria corporal: perfeição e estabilidade;
Mulheres: rostos jovens e férteis; relação do diâmetro cinturaquadril entre 0,6 e 0,7 (violão);
Homens: rosto amplo, queixo grande;
Vivemos em um mundo radicalmente diferente daquele
para o qual nossa mente foi programada.
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Atração interpessoal - power point