UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI CENTRO DE EDUCAÇÃO - BIGUAÇU CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ANÁLISE DOS CONTROLES INTERNOS APLICADOS AO DISPONÍVEL DA FUNDAGRO – FUNDAÇÃO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO ESTADO DE SANTA CATARINA MAYCON ALEXANDRE NUNES Biguaçu (SC), Julho de 2008. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI CENTRO DE EDUCAÇÃO - BIGUAÇU CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ANÁLISE DOS CONTROLES INTERNOS APLICADOS AO DISPONÍVEL DA FUNDAGRO – FUNDAÇÃO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO ESTADO DE SANTA CATARINA Monografia apresentada à esta Instituição de Ensino Superior UNIVALI - Biguaçu, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. MAYCON ALEXANDRE NUNES Biguaçu (SC), Julho de 2008. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI CENTRO DE EDUCAÇÃO - BIGUAÇU CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ANÁLISE DOS CONTROLES INTERNOS APLICADOS AO DISPONÍVEL DA FUNDAGRO – FUNDAÇÃO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DO ESTADO DE SANTA CATARINA MAYCON ALEXANDRE NUNES Esta monografia foi apresentada como trabalho de conclusão de curso de Ciências Contábeis da Universidade do Vale do Itajaí – Biguaçu e aprovada pela Banca Constituída pelo orientador e membros abaixo. Biguaçu, 09 de Julho de 2008. ______________________________________________________ Professora Marisa Luciana Schwabe de Morais Coordenadora de monografias do Curso de Ciências Contábeis Professores que compuseram a banca: _______________________________________________________ Prof. Mauro Sérgio Boppré Goulart - Orientador _______________________________________________________ Prof. Luiz Wisintainer _______________________________________________________ Prof. José Luiz da Silva PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 3 SUMÁRIO LISTA DE TABELAS ........................................................................................................................ 5 RESUMO .............................................................................................................................................. 6 1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA ....................................................................................................... 8 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................................... 8 1.3 OBJETIVOS .................................................................................................................................. 9 1.3.1 Objetivo Geral............................................................................................................................................................ 9 1.3.2 Objetivos Específicos .............................................................................................................................................. 9 1.4 SUPOSIÇÕES .............................................................................................................................. 9 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................................... 10 2. AUDITORIA CONTÁBIL ............................................................................................................ 11 2.1 DEFINIÇÃO DE AUDITORIA CONTÁBIL ............................................................................ 11 2.2 OBJETO E FINS DA AUDITORIA CONTÁBIL ................................................................... 13 2.3 PRINCÍPIOS DE AUDITORIA CONTÁBIL .......................................................................... 14 2.4 PROCEDIMENTOS E PLANEJAMENTO DE AUDITORIA ............................................. 15 2.5 MÉTODOS E TÉCNICAS DE AUDITORIA CONTÁBIL ................................................... 17 2.6 TIPOS DE AUDITORIA ............................................................................................................ 18 2.6.1 Auditoria Interna X Auditoria Externa................................................................................................................. 19 2.6.2 Auditoria Interna...................................................................................................................................................... 24 2.6.2.1 A Importância da Auditoria Interna.................................................................................................................. 26 2.6.2.2 A Função da Auditoria Interna ......................................................................................................................... 27 2.6.2.3 Objetivos da Auditoria Interna .......................................................................................................................... 27 3. CONTROLES INTERNOS ......................................................................................................... 30 3.1 DEFINIÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS ..................................................................... 30 3.2 IMPORTÂNCIA DOS CONTROLES INTERNOS .............................................................. 31 3.3 OBJETIVO DOS CONTROLES INTERNOS ....................................................................... 34 3.4 AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO.................................................. 35 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 4 3.4.1 Resultado da Avaliação do Controle Interno.................................................................................................... 36 4. AUDITORIA INTERNA NOS DISPONÍVEIS ......................................................................... 38 4.1 CONTROLE INTERNO NOS DISPONÍVEIS E SEUS TESTES..................................... 39 4.2 OBJETIVO DO CONTROLE INTERNO NOS DISPONÍVEIS ......................................... 40 5.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA.................................................................................... 43 5.2 ESTUDOS DE CASO ............................................................................................................... 44 5.3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .................................................................................... 44 5.3.1 Missão ....................................................................................................................................................................... 45 5.3.2 Objetivos ................................................................................................................................................................... 45 6.1 RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES ................................................................................. 52 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 56 7.1 LIMITAÇÕES .............................................................................................................................. 57 7.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .................................................... 57 ANEXOS ............................................................................................................................................. 59 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 74 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 5 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - Diferenças entre Auditoria Externa e Auditoria Interna...............................23 TABELA 2 - Fundamentos do Controle Interno...............................................................32 TABELA 3 -Tipos de erros das demonstrações financeiras............................................40 TABELA 4 - Pontos Fortes e Fracos...............................................................................51 TABELA 5 - Pontos Fracos e Sugestões........................................................................55 PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 6 RESUMO A preocupação fundamental deste estudo está centrada nas análises dos controles internos dos disponíveis de uma entidade sem fins lucrativos no ramo de apoio ao desenvolvimento rural sustentável do estado de Santa Catarina. Buscou-se respaldo teórico para descrever definições de conceitos, conhecimentos, dificuldades, avaliações e soluções. Tratou-se especificamente dos dados apurados de forma clara e concisa na empresa. Os atuais controles internos levantados mostraram-se em geral eficazes, mais com algumas fragilidades, sendo necessários uma melhor utilização dos sistemas informatizados e recursos já disponíveis para uma boa programação financeira e maior segurança nas transações administrativas, para alcançar melhor seus objetivos. PALAVRAS CHAVES: AUDITORIA, CONTROLES BANCOS, INFORMATIZAÇÃO. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com INTERNOS, CAIXA, 7 1. INTRODUÇÃO Contabilidade é uma ciência e para muitos, simplesmente uma técnica. Técnica esta, destinado a controlar um patrimônio, seja do ponto de vista econômico e Financeiro, analisando aspectos quantitativos, qualitativo e as variações sofridas dentro delas. O presente estudo originou-se de uma questão que faz parte do cotidiano de muitas empresas “Auditoria” que nada mais é que mensurar, adequar e confiabilizar os procedimentos contábeis de maneira uniforme. Este estudo foi desenvolvido na Fundagro – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina, constitui em entrevista, pesquisa através de perguntas e respostas, (Anexo pag.59), que serviu para identificar mais detalhadamente sobre alguns aspectos dentro da análise dos controles internos aplicados ao disponível da Fundagro, que é de grande importância para sua segurança administrativa. O trabalho apresenta-se dividido em capítulos: No capítulo I - Aborda a justificativa do tema, definição do problema, questionamento dos tipos de controles internos aplicados na empresa e de propostas para o melhoramento dos mesmos, objetivos e suposições, assim como a estrutura do trabalho. No capítulo II - Apresenta definição, objetivos, princípios, procedimentos e planejamento, métodos técnicas e tipos de auditoria contábeis, sua importância e funções. No capítulo III - Aborda o controle interno na integra, seu conceito, objetivo e sua avaliação como finalidade principal que é detectar erros e regularidades materiais nas demonstrações financeiras. No capítulo IV – Apresenta a auditoria interna nos disponíveis que tem como finalidade atingir objetivos previamente determinado. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 8 No capítulo V – Apresenta a caracterização da pesquisa e da empresa em estudo, descrevendo sua história, sua formação societária, seus objetivos e missão e procedimentos metodológicos que direcionaram a pesquisa. No capítulo VI – Apresenta a analise da pesquisa junto a Fundagro, cuidadosamente elaborada, através de perguntas e respostas com recomendações, sugestões e exemplos de planilhas para solução dos problemas detectados. Apresenta-se em anexo, questionário aplicado, mediante perguntas e respostas. 1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA Atualmente os sistemas de informações e registros de dados numa entidade estão evoluídos em virtude das tecnologias informatizadas e disponibilizadas no mercado. Uma entidade que não esteja apoiada num sistema de controle interno eficaz poderá prestar informações distorcidas, acarretando prejuízos ou fraudes à mesma. Portanto, a necessidade deste estudo junto a Fundagro – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina se fez necessário para confirmar a veracidade nas demonstrações contábeis, realizadas dentro da empresa. Na analise dos controles internos no disponível, buscou-se enfatizar a importância dos trabalhos, normas, técnicas e procedimentos a serem desenvolvidos e aplicados para o bem estar da empresa. Havendo falhas ou ausência de controles, serão aplicados medidas de segurança para assegurar a veracidade nas informações. 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Sabe-se que uma auditoria realizada em uma empresa onde seus procedimentos aplicados, diante de uma análise financeira não estejam dentro das normas técnicas e legais, poderá acarretar em grandes prejuízos à seus objetivos administrativos. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 9 Portanto uma análise dos controles internos aplicados ao disponível de uma empresa se faz necessário para fidedignidade das demonstrações contábeis. Sabendo-se que em face ao grande volume financeiro que passam por uma empresa, questionam-se os seguintes pontos: Quais os controles internos aplicados ao departamento tesouraria? São adequados? Que tipos de Controles Internos podem são utilizados para evitar desvios e fraudes no departamento de tesouraria? Quais as propostas para o melhoramento dos controles internos do departamento de tesouraria? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Analisar os controles internos aplicados no disponível da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina. 1.3.2 Objetivos Específicos Analisar os controles internos aplicados no disponível da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina. 1.4 SUPOSIÇÕES A pesquisa procurou verificar a inexistência, a conseqüência da ineficiência ou falta de controles internos no departamento de tesouraria na entidade e como obter controles mais eficientes e confiáveis através da auditoria interna. Neste trabalho PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 10 decidiu-se antecipar algumas suposições que visam apenas confirmar ou não as propostas de soluções. Desta forma presumiu-se que: • Não existe um controle interno adequado na Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina • Os controles internos podem ser melhorados aumentando a eficácia nos resultados. 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO Esta pesquisa apresenta a avaliação dos controles internos dos disponíveis da FUNDAGRO - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina. Está representada por seis capítulos onde se descreve o levantamento dos controles encontrados e sugestões para aprimoramentos. Como introdução, aponta a necessidade e a importância de se aplicar uma auditoria na entidade, verificando e analisando a veracidade dos números da empresa, e como a auditoria pode contribuir para auxiliar nesse processo. São definidas as formas de atuação da auditoria, sua definição, objetivos e princípios, bem como os métodos utilizados para alcançar seu fim, que é averiguar a exatidão dos procedimentos contábeis às operações empresariais. Relatam-se os controles internos em geral, como ferramentas gerenciais capazes de gerar informações confiáveis e seguras. São definidos os controles internos usados para os disponíveis, importância, objetivos e os testes para averiguar sua exatidão. É caracterizada a empresa em estudo, descrevendo sua história desde a fundação, sua formação societária, seus objetivos e missão. Concluindo com a apresentação dos procedimentos metodológicos que direcionaram a pesquisa. Por fim, analisa-se o elenco de perguntas cuidadosamente elaboradas para embasar as conclusões que se segue. Após a averiguação das respostas diagnosticouse a atual situação da empresa em estudo, sugerindo melhorias e como fazê-las. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 11 2. AUDITORIA CONTÁBIL No Brasil o movimento de arregimentação dos auditores iniciou-se em São Paulo há cerca de 38 anos, através do Instituto de Contadores Públicos do Brasil, mais tarde surgiu outras instituições, como o Instituto Brasileiro de Auditores Independentes na Guanabara. A sua importância é reconhecida desde os mais remotos tempos, havendo notícias de sua ação já na longínqua civilização suméria. Acredita-se, todavia, que o termo auditor, evidenciando o título de quem pratica esta técnica, tenha aparecido nos fins do Século XIII, na Inglaterra, durante o reinado de Eduardo I. Inicialmente a auditoria limitou-se à verificação dos registros contábeis, visando observar se eles eram exatos e confiáveis, com o tempo ampliou-se sua área, muitos ainda a julguem como portadora exclusiva daquele remoto objeto, ou seja, observação da veracidade e da exatidão dos registros. A auditoria passou a ser obrigatória para todas as empresas que colocam suas ações no mercado de capitais e, por conseguinte, com o registro de emissão no Banco Central do Brasil. Já Crepaldi (2000, p.27), afirma que: A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes. 2.1 DEFINIÇÃO DE AUDITORIA CONTÁBIL Auditoria Contábil é uma técnica que se utiliza da revisão, da pesquisa para fins de opinião e orientação sobre situações patrimoniais de uma entidade, verificando, a veracidade dos relatórios apresentados, bem como certificar-se de que foram feitos baseados nas regras e conceitos contábeis. ( Lopes de Sá. Pg. 21) PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 12 Definição de Auditoria Segundo Franco e Marra (2001 p. 28): A técnica contábil que – através de procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, inspeções, e na obtenção de informações e confirmações, relacionados com o controle do patrimônio de uma entidade – objetiva obter elementos de convicção que permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com princípios fundamentais e normas de contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação econômica-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas. A filosofia da auditoria consiste em avaliar a política da empresa, em termos de adequação, comunicação, aceitação, aplicação e controle, se contribui para atingir seus objetivos e permite assegurar a correta utilização dos recursos nas atividades desenvolvidas pela empresa, tanto de natureza financeira, econômica e humana. Segundo Lopes de Sá (2000, p.24) “a auditoria é uma crítica sistemática observação do controle interno da contadoria e dos documentos em geral que circulam em uma empresa”. Segundo Crepaldi (2000, p. 26): Em geral, a Auditoria procura determinar se as demonstrações e respectivos registros contábeis de uma empresa ou entidade merecem ou não confiança, isto é, a auditoria é um espaço para verificar se as demonstrações contábeis realmente refletem, ou não, a situação patrimonial, assim como os resultados das operações da empresa ou entidade que está sendo examinada. A atividade de auditoria é uma atividade profissional especializada, a cargo de contadores. A auditoria interna é uma atividade de avaliação independente e de assessoramento da administração, voltada para o exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas em relação às atribuições e aos planos, metas, objetivos e políticas definidos para as mesmas, atende a fins administrativos da empresa. A ação da Auditoria Interna estende-se por todos os serviços, programas, operações e controles existentes na entidade, o posicionamento da Auditoria Interna PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 13 dentro de uma organização deve ser sempre de nível elevado para permitir-lhe o desempenho de suas responsabilidades com abrangência e independência, em tese sempre vinculado ao nível mais alto da organização. A independência da Auditoria Interna visa desincumbir-se das responsabilidades, atribuições e tarefas atribuídas pelas normas, atos, decisões e solicitações dos Colegiados e autoridades integrantes da Diretoria da Organização. 2.2 OBJETO E FINS DA AUDITORIA CONTÁBIL O objetivo da auditoria compreende, segundo Marra e Franco (2001, p. 31): [...] é o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a veracidade dos registros e a legitimidade dos atos da administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais. A auditoria pode ter por objeto, inclusive, fatos não registrados documentalmente, mas relatados por aqueles que exercem atividades relacionadas com o patrimônio administrado, cuja informação mereça confiança, desde que tais informações possam ser admitidas como seguras pela evidência ou por indícios convincentes. O objetivo principal da auditoria é a confirmação dos registros contábeis e suas demonstrações contábeis. Segundo Attie (2000, p. 81): A contabilidade se baseia essencialmente em fatos fundamentos em documentação idônea, em obediência a princípios e normas contábeis consagradas pela doutrina, registrando-os de forma uniforme, homogênea, em ordem cronológica, o que dá a ela característica de verdadeira história do patrimônio. O fim principal da auditoria é a confirmação dos registros contábeis e conseqüentes demonstrações contábeis. Na consecução de seus objetivos ela contribui para confirmar os próprios fins da contabilidade. É através da auditoria que se dá credibilidade as demonstrações contábeis e as informações nela contida. Segundo Attie (2000, p.31): PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 14 O objetivo do exame normal de auditoria das demonstrações financeiras é expressar uma opinião sobre a propriedade das mesmas, e assegurar que elas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e as origens e aplicações de recursos correspondentes aos períodos em exame, de acordo com os princípios de contabilidade aplicados com uniformidade durante os períodos. A auditoria se utiliza de todos os meios possíveis ao seu alcance para verificar e apurar a veracidade dos registros, mesmo que tenha que recorrer à informações extra contábeis e/ou fora da empresa auditada, sendo que a falta de documentos que deveriam existir é uma forma de comprovar que não há exatidão nas demonstrações contábeis. A através de seus procedimentos, fornece análises, apreciações, recomendações e comentários pertinentes às atividades do negócio em que possa ser útil à administração, sendo que esta atividade não se destine exclusivamente para descoberta de fraudes, erros ou irregularidades, muito embora apura tais fatos. 2.3 PRINCÍPIOS DE AUDITORIA CONTÁBIL Os trabalhos de auditoria normalmente são realizados através das demonstrações financeiras de uma empresa que objetiva verificar se elas estão em conformidade com os princípios de contabilidade. Em decorrência desta, a auditoria preocupa-se com a uniformidade na aplicação dos princípios de contabilidade. ( Attie, 2000, pg. 108). A auditoria se caracteriza pela geração de confiança em alguns princípios, tais como, uniformidade e comparabilidade, que fazem dela uma ferramenta eficaz e confiável de apoio a políticas de gestão e controles na organização, gerando informações que possibilitem as tomadas de decisão para a melhoria do desempenho de uma organização. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 15 A uniformidade tem por objetivo assegurar que a comparabilidade das demonstrações financeiras entre os períodos não tenha sido afetada, de forma substancial, por mudanças nos princípios contábeis aplicado ou nos métodos de sua aplicação. A comparabilidade pode ser afetada por modificações resultantes de: • Mudança nos princípios contábeis aplicados; • Mudança de condições que requeiram alterações na contabilidade, mas que não envolvem mudança nos princípios contábeis, como por exemplo, a alteração na taxa de depreciação e, • Mudança em condições não relacionadas com a contabilidade, como por exemplo a venda de uma fábrica. Das três situações acima, apenas a primeira envolve os aspectos de uniformidade na aplicação dos princípios de contabilidade, para as demais uma vez que não ocorreu mudança de princípios contábeis, não há obrigatoriamente, a necessidade de menção no parecer do auditor. ( Attie, 2000, pg. 109). A aplicação desses princípios é fundamental para o fornecimento de conclusões que agreguem valor, seja útil, sejam relevantes e suficientes para a gestão de uma organização. Possibilita que auditores que trabalham independentemente entre si cheguem a conclusões semelhantes em circunstâncias semelhantes. 2.4 PROCEDIMENTOS E PLANEJAMENTO DE AUDITORIA O trabalho de auditoria requer um planejamento adequado eficiente. É necessário que se defina os objetivos, estratégias, recursos, condições, registros dos trabalhos executados, para que outros auditores, sendo mérito deste trabalho, possam fazer revisões, e a plena colaboração e assistência por parte da empresa, a fim de dar condições de detectar os eventuais problemas relacionados com os controles internos, identificando as áreas prioritárias a serem analisadas. De acordo com Crepaldi, (2000, p. 320): PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 16 A utilização adequada das técnicas auditoriais e sua conjugação aos objetivos a serem atingidos formularão os programas de trabalho de auditoria, utilizados de acordo com os objetivos traçados e a segurança fornecida pelo controle interno. Poderão existir casos em que, com a utilização de um só procedimento de auditoria, o objetivo terá sido cumprido, e casos em que se fará necessária a conjugação de todos os possíveis procedimentos. O início de um trabalho de auditoria deve estar voltado, primeiramente, ao seu planejamento, com devidos objetivos, exames e verificações, para então almejar os vislumbres propostos pela auditoria. Para tal, o planejamento adequado pressupõe a formulação de um programa de auditoria. De acordo com Attie, (2000, p. 61): A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada através de provas, testes e amostragens, em razão da complexidade e volume das operações, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo. De acordo com Attie (2000, p.131) “ A aplicação dos procedimentos de auditoria precisa estar atrelada ao objetivo que se quer atingir . Os objetivos é a meta a ser alcançada. Os procedimentos são os caminhos que levam à consecução do objetivo.” Com o objetivo de propiciar maiores facilidades na execução do trabalho e permitir que vários auditores possam trabalhar, o planejamento da auditoria deve elaborar programas específicos para cada área, existindo, programa específicos para caixa e bancos, duplicatas a receber, estoque, investimentos, imobilizado, fornecedores, financiamentos, conforme for mais recomendável. O programa de auditoria consiste no plano de trabalho para exame de área específica. Ele prevê os procedimentos que deverão ser aplicados para que se possa alcançar o resultado desejado. Deve ser bastante amplo e flexível, para permitir alterações durante o andamento das verificações. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 17 Segundo Attie (2000, p. 31), “o exame normal de auditoria das demonstrações financeiras é expressar uma opinião sobre a propriedade das mesmas, e assegurar que elas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira.” Os procedimentos normalmente usados na auditoria estão a confirmação externa (circularização), inspeção física, exame ou obtenção de comprovantes autênticos, revisão profunda dos critérios de avaliação e exame de sua conformidade com os princípios contábeis, exame de registros auxiliares e fiscais e obtenção e cruzamento de informações de várias fontes fidedignas. De acordo com Attie, (2000, p.31), “os procedimentos aplicados no exame das demonstrações financeiras são aqueles que, a juízo do auditor, permitem uma conclusão quanto à razoabilidade das operações e aos seus reflexos nas demonstrações financeiras”. 2.5 MÉTODOS E TÉCNICAS DE AUDITORIA CONTÁBIL Por meio da auditoria é possível mensurar, avaliar e, verificar se os métodos foram corretamente registrados, ou escriturados, caso não, propõe ajustes e correções que julgam necessárias. Segundo Crepaldi (200 p. 31) “Os métodos usados na auditoria incluem as seguintes fases, Levantamento de condições de rotina administrativa financeira e contábil, Planejamento da auditoria, Obtenção de provas, Relatório de auditoria e Certificados.. Segundo Lopes de Sá (2000, p. 35): O universo de verificação é o limite de um trabalho. O universo auditável é, pois, o limite de verificação, observação, estudo e avaliação do auditor. Quanto maior o alcance de um exame, tanto mais segurança e confiabilidade merece uma conclusão. O ideal seria a verificação total, mas, na prática, ela se torna pouco exeqüível, quer pelo “tempo” que exigiria, quer pelo “custo do trabalho”. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 18 Para iniciar seu trabalho, o auditor necessita pelo menos do organograma analítico da empresa; do manual de rotinas ou procedimentos administrativos, descrevendo cada função; regulamentos e estatutos; plano de contas (inclusive de custos); orçamento (caso exista); processo de autorizações (quando os manuais de rotinas são bem feitos, neles pode-se encontrar esta matéria) e da supervisão. Crepaldi (2000, p.30), diz que “[...] há dois métodos aplicados pela técnica de auditoria: retrospecção e análise. A auditoria examina, portanto, fatos já ocorridos, e o faz sempre de modo analítico, minuciosamente”. Pela Retrospecção, como método no trabalho de auditoria, verificam-se os fatos passados já vividos, em fatos patrimoniais já sucedidos. Este é um caráter distintivo entre a escrituração ou registro contábil e a técnica de auditoria. A análise, portanto, é o fator predominante, o que realmente caracteriza o método ou conduta de trabalho na técnica de auditoria. Segundo Lopes de Sá (2000, p.32), “a metodologia do trabalho do auditor fundamenta-se em previsão, acompanhamento executivo, retrospecção executiva e avaliação rigorosa”. As tarefas precisam ser “planejadas” e a execução deve “acompanhar” acontecimentos assim como observar aqueles que já ocorreram. Segundo Crepaldi (2000, p. 31): Tecnicamente, o método orienta a execução do trabalho, dando-lhe, aproximadamente, as seguintes fases: levantamento de rotinas administrativa, financeira e contábil; planejamento da auditoria; obtenção das provas; relatório de auditoria; certificados. Em cada uma dessas fases a técnica de auditoria fornece processos de execução. Constitui matéria e objeto de pesquisa e orientação profissional. A norma é exercer a verificação em fatos passados e em todas as verificações usar a decomposição de todos os elementos do fato, isto é, sua análise visando obter as evidências necessárias. 2.6 TIPOS DE AUDITORIA PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 19 Segundo Crepaldi (2000, p. 31/32) ”baseados na definição conceitual de auditoria, pode-se classificá-la em dois tipos: Auditoria de demonstrações financeiras e Auditoria operacional ou de gestão.” A primeira, conhecida com auditoria externa, são informações preparadas por escrito destinadas a apresentar a situação e a evolução do patrimônio da empresa aos administradores e a terceiros, alheios a ela, sendo preenchido por um profissional independente, ou seja, alheio à empresa, o auditor independente. O segundo tipo de auditoria é a operacional ou de gestão, conhecida também com auditoria interna que consiste de revisões metódicas de programas, organizações, atividades ou segmentos operacionais dos setores publico e privado, com a finalidade de comunicar à administração se os recursos estão sendo usados eficientemente e se estão sendo alcançados os objetivos operacionais. Tratando-se de assuntos contábeis, o auditor interno e o auditor externo atuam em geral no mesmo campo, e ambos têm interesse na verificação da existência de um sistema efetivo de controle interno que esteja funcionando perfeitamente dentro das normas legais, para salvaguardar o patrimônio da empresa; confirmar também se o sistema contábil é capaz de oferecer os dados necessários à elaboração das demonstrações contábeis que reflitam com propriedade a posição contábil e o resultado das operações da empresa. 2.6.1 Auditoria Interna X Auditoria Externa A auditoria externa é realizada por auditor independente, sem vínculo empregatício com a empresa auditada e a auditoria interna é executada por um funcionário da própria empresa, sendo que o vinculo com a empresa, não pode sofrer influência pelos seus administradores. Segundo Crepaldi (2000, p. 52): A diferença básica entre a auditoria interna e a externa refere-se ao grau de independência existente. O auditor interno é dependente da empresa em que trabalha e é responsável por seus atos somente PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 20 perante a empresa em que exerce suas atividades. Os impactos de seus relatórios recebem influências de sua subordinação. O auditor externo, pela relevância de seus trabalhos perante ao público. Dado a credibilidade que oferece no mercado, constitui-se numa figura ímpar que presta inestimáveis serviços aos acionistas, banqueiros, aos órgãos públicos governamentais e ao público em geral. O auditor externo tem que exercer sua atividade mantendo a independência, não deixando se influenciar pela empresa quanto ao procedimento adotado ou soluções a que chegar. Cabe ao auditor interno exercer sua função com obediência as normas de auditoria, não deixando seu vínculo empregatício tirar a independência profissional. A característica que difere a auditoria externa da interna é o grau de independência que o auditor externo tem em relação à entidade auditada. Segundo Attie (1992, p. 29): A auditoria interna, através de suas atividades de trabalho, serve à administração como meio de identificação de que todos os procedimentos internos e políticos definidos pela companhia, assim como os sistemas contábeis e de controle interno, estão sendo efetivamente seguidos e que as transações realizadas estão refletidas contabilmente em concordância com os critérios previamente definidos. A auditoria externa tem o papel apenas de imitir um parecer ou opinião sobre as demonstrações contábeis, a fim de verificar se estas refletem adequadamente a posição da empresa auditada. O auditor deve observar se as demonstrações foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis e se esses princípios foram aplicados conforme ao exercício social anterior. (Santos, disponível em www.classecontábil.com.br, acessado em 09/06/2008). Embora as técnicas de trabalho invariavelmente sejam semelhantes, Auditoria Interna e Auditoria Externa diferenciam-se, ainda de forma mais ampla, pelos seguintes aspectos: Auditoria externa • não existindo vínculo empregatício com a empresa auditada, e dependência hierárquica da administração, suas opiniões conseguem maior grau de confiabilidade junto aos acionistas, financiadores, fornecedores e analistas; PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 21 • os exames das operações são dirigidos principalmente visando averiguar os reflexos destas nas operações contábeis. Auditoria Interna • existindo vínculo empregatício com a empresa auditada e dependência hierárquica da administração, suas opiniões tenderiam a se incluir nos interesses da própria empresa, e assim não conseguiriam aos interesses da própria empresa, nem suficiente grau de confiabilidade junto a terceiros; • os exames das operações são dirigidos principalmente visando aos aspectos de eficiência operacional/administrativa. O trabalho do auditor externo deve possuir um volume menor de testes, pois, o auditor externo está interessado em erros que individualmente possam alterar de maneira substancial as informações das demonstrações contábeis. O posicionamento da auditoria interna, numa visão atual do seu funcionamento, centra a sua atenção, não só na auditoria aos órgãos da empresa, mas às atividades que esta exerce. A contratação de um auditor externo se faz por vários motivos, destacando-se entre eles a obrigação fiscal, imposição de bancos para ceder empréstimos, para financiamento da matéria-prima, atendimento à exigência do contrato para efeito de compra da empresa e para fins de consolidação das demonstrações. O serviço programado para auditoria interna poderá ser realizado através de um exame prévio de fatos contábeis antes de seus registros, para julgar quanto a sua legalidade evitando assim correções futuras. Segundo Attie (1992, p. 34): De forma global, o trabalho realizado pela auditoria interna é plenamente idêntico àquele executado pela auditoria externa. Ambas utilizam as mesmas técnicas; ambas têm sua atenção voltada para o controle interno como ponto de partida de seu exame e formulam sugestões de melhorias para as deficiências encontradas e ambas modificam a extensão do seu trabalho de acordo com as suas observações e a eficiência do sistema de controle interno existente. A auditoria interna, por orientação gerencial da alta administração da empresa, tem de examinar a cada ramificação e os segmentos, em períodos regulares de tempo, PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 22 para observar a aderência às políticas, à legislação, à eficiência operacional e aos aspectos tradicionais de controla da empresa. Por outro lado, as funções da auditoria externa são diferentes, muito embora existam áreas similares como as de salvaguarda de ativos, precisão e confiabilidade dos livros da empresa. À auditoria externa cabe, regra geral, a revisão global das atividades ou de aspectos dirigidos e, por conseqüência, de maneira menos detalhada. De acordo com Crepaldi (2000, p. 49): Mesmo que identificado o interesse comum no trabalho do auditor interno e do auditor externo, salienta-se que existem diferenças fundamentais, sendo as principais: a. Extensão dos trabalhos: o escopo dos trabalhos feitos pelo auditor interno normalmente é determinado pela gerência, enquanto a extensão do exame do auditor externo é determinada pelas normas usuais reconhecidas no país ou requerida por legislação específica. b. Direção: o auditor interno dirige seus trabalhos para assegurar que o sistema contábil e do controle interno funcione eficientemente, a fim de que os dados contábeis fornecidos à gerência apresentem os fatos com exatidão. Os trabalhos do auditor externo, entretanto, são determinados por seu dever de satisfazer com que as Demonstrações Contábeis a serem apresentadas a terceiros, como por exemplo, a acionistas, investidores, fornecedores, à fiscalização, reflitam com propriedade a situação contábil de uma empresa em certa data, e os resultados das operações do período examinado. c. Responsabilidade: a responsabilidade do auditor interno é para com a gerência, ao passo que a responsabilidade do auditor externo geralmente é mais ampla. É evidente que auditor interno, sendo funcionário da empresa, não tem a condição de total independência que possui o auditor externo. d. Métodos: não obstante as diferenças apontadas, os trabalhos de ambos são efetuados em geral por métodos idênticos. O auditor interno segue mais as rotinas de cunho interno, ou seja, observa o cumprimento rígido das normas internas, pois ele tem o domínio da cultura da empresa, enquanto o auditor externo observa mais o cumprimento das normas associadas às leis de forma bem ampla, ele tem melhor domínio dos aspectos de interesse coletivo.” Comparando os dois tipos de auditoria, pode-se dizer que o auditor externo é independente, contratado para determinada tarefa de auditoria, enquanto o auditor PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 23 interno é empregado da empresa, sem independência. As tarefas do auditor externo são delimitadas no contrato, enquanto que as do interno são tão abrangentes quanto forem as operações da empresa. Segundo Franco e Marra (2001, p. 218), “auditoria externa é aquela realizada por profissional liberal, auditor independente, sem vínculo de emprego com a entidade auditada e que poderá ser contratado para auditoria permanente ou eventual”. A auditoria externa é eventual, e a interna é periódica. O processo utilizado em ambas e analíticas e as técnicas semelhantes. As bases para exame documental são as mesmas: a escrituração, os documentos e os controles. Segundo Attie (1992, p. 34): A auditoria interna verifica as atividades detalhadas da empresa, relacionadas, de maneira intensa, com o andamento de cada função, área, departamento, setor e operação. Por outro lado, as funções da auditoria externa são diferentes, muito embora existam áreas similares como as de salvaguarda de ativos, precisão e confiabilidade dos livros da empresa. Tabela 1. Diferenças entre auditoria externa e auditoria interna: Elementos Auditoria Externa Auditoria Interna Sujeito Profissional Auditor interno independente Ação e objetivo Exame das demonstrações financeiras Finalidade Opinar sobre as PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com (funcionário da empresa) Exame dos controles operacionais Promover melhorias 24 demonstrações financeiras Relatório principal Parecer nos controles operacionais Recomendações de controle interno e eficiência administrativa Grau de Mais amplo Menos amplo A empresa e o A empresa independência Interessados no trabalho público em geral Responsabilidade Profissional, civil e Trabalhista criminal Número de áreas cobertas pelo exame Maior Menor Menor Maior Periódico Contínuo durante um período Intensidade dos trabalhos em cada área Continuidade do trabalho Fonte: (Crepaldi, 2000, p. 51). 2.6.2 Auditoria Interna A auditoria interna tem por finalidade analisar os controles internos das empresas, disponibilizando os recursos humanos e técnicos necessários para a execução das tarefas designadas pela administração da empresa. À auditoria interna está diretamente ligada à Administração das Empresas, esta, acompanha as transações da empresa em caráter permanente e com uma equipe de auditores. Segundo Franco e Marra (2001, p. 219): PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 25 A auditoria interna é aquela exercida por funcionário da própria empresa, em caráter permanente. Apesar de seu vínculo à empresa, o auditor interno deve exercer sua função com absoluta independência profissional, preenchendo todas as condições necessárias ao auditor externo. A auditoria pode ter por objetivo os fatos não registrados, sendo eles relatados por aqueles que exerçam atividades com a empresa auditada. Podem basear-se em informações obtidas fora da empresa, tais como fornecedores, clientes e bancos. As confirmações obtidas de fontes externas normalmente têm as mesmas características de credibilidade do que aquelas obtidas dentro da empresa. Segundo Crepaldi (2000, p. 41), “auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais de uma entidade”. É uma atividade de avaliação independente dentro da empresa, que se destina a revisar as operações, como um serviço prestado à administração. Constitui um controle gerencial que funciona por meio da análise e avaliação da eficiência de outros controles. É executada por um profissional ligado à empresa, ou por uma seção própria para tal fim, sempre em linha de dependência da direção empresarial. O auditor interno é a pessoa de confiança dos dirigentes, está vinculado à empresa por contrato trabalhista continuado e sua intervenção é permanente. O auditor interno interessa-se por qualquer fase das atividades do negócio em que possa ser útil à administração, isto pressupõe sua incursão em campos além dos de contabilidade e finanças, a fim de obter uma visão completa das operações submetidas a exame. Testa também a qualidade dos trabalhos, revisa, recomenda, enfim, assiste à administração e lhe fornece informações periódicas. A auditoria interna, através de suas atividades de trabalho, serve à administração como meio de identificação de que todos os procedimentos internos e políticas definidas pela companhia, assim como os sistemas contábeis e de controle interno, estão sendo efetivamente seguidos e que as transações realizadas estão refletidas contabilmente em concordância com os critérios previamente definidos. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 26 2.6.2.1 A Importância da Auditoria Interna Segundo Attie (2000, p. 32), “a auditoria deve ser exercida em caráter de entendimento e que o trabalho executado tenha e mereça toda a credibilidade possível, não sendo permissível existir qualquer sombra de dúvida quanto à honestidade e aos padrões morais do auditor”. O auditor interno é pessoa de total confiança e tem papel importante na decisão de seus administradores, pois seus serviços de auditoria são de caráter permanente, é através dos relatórios de auditoria que se demonstra a real situação da entidade. Atua em todas as atividades da empresa realizando a verificação constante dos controles internos e das rotinas administrativas. Segundo Franco e Marra (2001, p. 34): A auditoria deixou de ser, para as entidades, e especialmente para empresas da atualidade, apenas mais um instrumento criado pela administração para aumentar seus controles sobre o pessoal administrativo. Atualmente é o meio indispensável de confirmação da eficiência dos controles e fator de maior tranqüilidade para a administração e de maior garantia para investidores, bem como para o próprio fisco, que tem na auditoria o colaborador eficiente e insuspeito, que contribui indiretamente para melhor aplicação das leis fiscais. Se de um lado a auditoria auxilia o administrador, confirmando os registros contábeis e completando os fins informativos da Contabilidade, por outro fiscaliza a própria administração, cujos erros, omissões ou fraudes podem ser por ela apontados. Assim, pode a auditoria informar o administrador das faltas cometidas por seus subordinados, como também denunciar aos titulares do patrimônio (acionistas e outros investidores) as faltas cometidas pelo administrador. Por outro lado, se resguarda os titulares contra fraudes e administradores, também salvaguarda os direitos dos credores do patrimônio contra eventuais fraudes dos titulares do patrimônio. Conhecidas as eventuais falhas e deficiências da organização e dos controles da empresa, o auditor aponta essas incorreções e tem interesse nas suas regularizações, visando melhorar e facilitar seu trabalho futuro. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 27 2.6.2.2 A Função da Auditoria Interna Segundo Crepaldi (2000, p. 43): A função da auditoria interna é auxiliar todos os membros da administração no desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, fornecendo-lhes análises, apreciações, recomendações e comentários pertinentes às atividades do negócio em que possa ser útil à administração. Isto pressupõe sua incursão em campos além dos de contabilidade e finanças, a fim de obter uma visão completa das operações submetidas a exame. Nos trabalhos de auditoria, o auditor com base no conhecimento adquirido, examina o sistema contábil observando o seu funcionamento, verificando o sistema de controles internos, examinando certos procedimentos, agrupando pelo pessoal do cliente, inspecionando documentos e bens, refazendo o cálculo de certos dados, fazendo perguntas e outros procedimentos de acordo com cada área da organização. Segundo Crepaldi (2000, p. 43): A objetividade é essencial à função de auditoria. Um auditor interno não deve, portanto, desenvolver e implantar procedimentos, preparar registros ou envolver-se em qualquer outra atividade que poderá vir normalmente a examinar e analisar, e que venha a constituir empecilho à manutenção de sua independência. 2.6.2.3 Objetivos da Auditoria Interna Segundo Attie (1992, p. 28), “a auditoria interna é uma função independente de avaliação, criada dentro da empresa para examinar e avaliar suas atividades, como um serviço a essa mesma organização”. O objetivo principal da auditoria é a confirmação de registros contábeis e conseqüentes demonstrações contábeis na execução de seus objetivos. Ela contribui para confirmar os próprios fins da contabilidade, pois avalia a adequação dos registros, dando à administração, ao fisco e aos proprietários do patrimônio, a certeza de que as demonstrações contábeis mostram, ou não, a situação do patrimônio em determinada data e suas variações. A contabilidade, por sua vez, estuda o controle do patrimônio PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 28 com a finalidade de demonstrar e fornecer informações sobre a sua estrutura e sua composição, analisando suas variações qualitativas e quantitativas. A auditoria é a técnica contábil utilizada para avaliar essas informações, sendo assim, instrumento indispensável para que a contabilidade atinja sua finalidade. De acordo com Attie (1992, p. 29): Em síntese pode-se dizer que a auditoria interna tem por objetivo: • examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar e comunicar essas informações; • examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância ás políticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter, impacto sobre operações e relatórios, e determinar se a organização está em conformidade com as diretrizes; • examinar os meios usados para a proteção dos ativos e, se necessário, comprovar sua existência real; • verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e econômica; • examinar operações e programas e verificar se os resultados são compatíveis com os planos e se essas operações e esses programas são executados de acordo com o que foi planejado; e • comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que foram tomadas as providências necessárias a respeito de suas descobertas. O exame normal de auditoria das demonstrações financeiras é expressar uma opinião sobre a propriedade das mesmas e assegurar que elas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações, e as origens e aplicações de recursos correspondentes aos períodos em exame, de acordo com os princípios de contabilidade aplicados com uniformidade durante os períodos. Alguns dos objetivos da auditoria interna, entre outros, são: examinar os meios usados para a proteção do patrimônio de uma organização e comprovar sua existência PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 29 real, verificar se os recursos estão sendo empregados de maneira eficiente e econômica, comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que foram tomadas as providências necessárias a respeito de suas descobertas. Segundo Attie (2000, p. 31), a auditoria interna tem por objetivo: Examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar e comunicar essas informações; examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às políticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter, impacto sobre operações e relatórios, e determinar se a organização está em conformidade com as diretrizes. O Conselho Federal de Contabilidade (Portaria nº 781, de 24 mar.1995) conceitua o objetivo da Auditoria Interna como o de “examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações sobre aspectos físicos, contábeis, financeiros e operacionais da entidade, através do conjunto de procedimentos técnicos”. O objetivo do auditor é conferir os sistemas estabelecidos, para certificar que estão sendo praticados as políticas, planos, leis e regulamentos que tenham, ou possam ter impacto sobre operações e relatórios, e determinar se a organização está em conformidade com as diretrizes, assim como comunicar o resultado do trabalho de auditoria ao setor responsável e certificar que foram tomadas as medidas necessárias a respeito dos problemas encontrados. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 30 3. CONTROLES INTERNOS Segundo Lopes de Sá (2000, p. 106): O controle interno é formado pelo plano de organização e de todos os procedimentos adotados internamente pela empresa para proteger seus ativos, controlar a validade dos dados fornecidos pela contabilidade, ampliar a eficácia e assegurar a boa aplicação das instruções da direção. Segundo Attie (2000, p. 117), “o conceito, a interpretação e a importância do controle interno envolvem imensa gama de procedimentos e práticas que, em conjunto, possibilitam a consecução de determinado fim, ou seja, controlar”. 3.1 DEFINIÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS Controle interno se refere aos procedimentos realizados dentro de uma organização com planos permanentes da empresa. Segundo o Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA): O Controle Interno compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência profissional e encorajar a adesão à política traçada pela administração. Os controles internos dentro de uma organização, representa um conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas que tem como objetivo proteger o patrimônio da empresa, produzindo dados contábeis confiáveis, auxiliando a administração no exercício dos negócios da mesma. A eficiência do controle depende de métodos, meios e pessoal especializado. Existem profissionais que estabelecem componentes para o cumprimento dos princípios, como organização e regime de autorizações, procedimentos normativos, PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 31 registros e relatórios, auditoria interna, análise sistemática de conjuntos e subconjuntos de fatos e estatísticas. As informações sobre o sistema de controle interno são obtidas através da leitura dos manuais internos de organização e procedimentos, de conversas com funcionários da empresa e de inspeção física desde o início da operação (compra, venda, pagamentos, etc.) até o registro no razão geral. 3.2 IMPORTÂNCIA DOS CONTROLES INTERNOS Segundo Crepaldi (2000, p. 204), “o controle interno representa em uma organização os procedimentos, métodos ou rotinas cujos objetivos são proteger os ativos, produzir os dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa”. A importância do controle interno fica clara a partir do momento em que se possa imaginar uma empresa que não disponha de controles que possam garantir a continuidade do fluxo de suas operações. A confiabilidade dos resultados gerados por esse fluxo que transforma simples dados em informações a partir das quais os empresários, utilizando-se de sua experiência administrativa, tomam decisões com vistas no objetivo comum da empresa. Para que se verifique a importância do controle é oportuno analisar o crescimento e a diversificação de uma empresa. Se puder identificar uma empresa em fase inicial, poderá verificar-se até com certa facilidade, que o dono é o ponto referencial do controle dos departamentos da empresa. Segundo Crepaldi (2000, p. 206), “a administração da empresa é responsável pelo estabelecimento do sistema de controle interno, pela verificação de seus cumprimento pelos funcionários e por sua modificação, visando adaptá-lo às novas circunstâncias.” PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 32 Quando a empresa tem seu porte ainda pequeno é o proprietário que analisa e controla praticamente todos os segmentos da empresa, verificando a pontualidade dos funcionários, da fabricação e o padrão de qualidade dos produtos; o despacho e a entrega aos clientes; o pedido e o contas a pagar aos fornecedores; as contas a receber e o recebimento dos clientes, etc. Os princípios e fundamentos do controle interno podem ser expostos da seguinte maneira: Tabela 2. Fundamentos do Controle interno: CONTROLE INTERNO A SER ADOTADO a. Devem ser fixas MOTIVO as responsabilidades. Se não existir delimitação extra, o controle será deficiente. b. A contabilidade e as operações devem estar separadas. Um empregado não deve ocupar um posto em que tenha controle da contabilidade e ao mesmo tempo, controle das operações que ocasionam lançamentos. c. Controles cruzados. Por exemplo, as vendas diárias devem Devem ser utilizadas todas as ser provas disponíveis para se comprovar a acumuladas e confrontadas ao final exatidão, visando assegurar que as do período com a soma das operações etiquetas das foram registradas mercadorias corretamente na contabilidade. entregues. d. Nenhuma pessoa individualmente Qualquer pessoa, deve ter completamente a seu deliberadamente, ou inadvertidamente, cargo uma transação comercial. cometerá erros; entretanto, é provável que se descubram os erros se o manejo de uma transação está dividido entre PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 33 duas ou mais pessoas. e. Deve-se escolher e treinar cuidadosamente os empregados. Um oferece treinamento como rendimento, cuidadoso resultados: custos melhor reduzidos e empregados mais atentos e ativos. f. Se for possível: Isso induz as oportunidades de fraude e Deve haver rotatividade entre os indica a adaptabilidade do empregado. empregados destinados a cada trabalho. Deve ser imposta a obrigação de usufruto de férias para todas as pessoas que ocupam postos de confiança. g. As instruções de operações para Os manuais de procedimentos fomentam cada cargo devem ser sempre a eficiência e evitam erros ou inter fornecidas por escrito. prestações erradas. Fonte: (Crepaldi, 2000, p.212/213). O conceito, a interpretação e a importância dos controles internos envolvem imensa gama de procedimentos e práticas que, em conjunto, possibilitam a consecução de determinado fim, ou seja, controlar. De acordo com Crepaldi (2000, p. 216): Normalmente as empresas de auditoria preparam questionários-padrões de controle interno para serem preenchidos pelos auditores. Esses questionários funcionam como um guia, a fim de evitar que o auditor omita a avaliação de uma parte importante das operações da empresa, e também servem para padronizar a forma de descrição do sistema. Regra geral, o controle interno tem quatro objetivos básicos: a salvaguarda dos interesses da empresa; a precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 34 contábeis, financeiros e operacionais; o estímulo à eficiência operacional; e a aderência às políticas existentes. 3.3 OBJETIVO DOS CONTROLES INTERNOS O objetivo do controle interno relativo às políticas existentes, é assegurar que os desejos da administração, definidos através de suas políticas e indicados por meio de seus procedimentos sejam adequadamente seguidos pelo pessoal. A empresa tem seu objetivo maior assegurado pelo fato de poder continuar operando indefinidamente, gerando resultados favoráveis que possibilitem sua permanência e expansão de suas atividades. Seus desejos não passam de meros sonhos quando não se tem a estrutura de apoio necessária à conjugação de suas atividades. Cada pessoa e cada segmento da organização precisam funcionar harmonicamente, fazendo com que toda a estrutura da empresa caminhe para o mesmo objetivo. (Attie, 2000). De acordo com o conhecimento, objetivo e princípios do controle interno é que deve ser avaliado o item em exame. É nesse momento que todo o conhecimento profissional e técnico do auditor é colocado à prova e que ele pode revelar-se de utilidade e benefício à empresa, com recomendações e sugestões feitas com bases sólidas e possíveis de serem realizadas. A precisão e confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais compreendem a geração de informações adequadas e oportunas, necessárias gerencialmente para administrar e compreender os eventos realizados na empresa. Segundo Crepaldi (2000, p. 216), “as informações obtidas sobre o controle interno são registradas pelo auditor independente através de memorandos narrativos, de questionários padronizados e fluxogramas”. Uma empresa necessita constituir, para si, sistemas que lhe garantam conhecer os atos e eventos ocorridos em cada um dos seus segmentos. Os efeitos ocorridos PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 35 através da realização de cada ato devem ser escriturados e levados em tempo hábil, ao conhecimento dos administradores. 3.4 AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO A avaliação do controle interno pelo auditor consiste em aplicar medidas significativas na consideração de transações relevantes e ativos correlatos envolvidos na auditoria, tendo como finalidade principal detectar erros e irregularidades materiais nas demonstrações financeiras. Segundo Crepaldi (2000, p. 216): Os testes de observância consistem em que o auditor certificar-se de que o sistema de controle interno levantado é o que realmente está sendo utilizado. Acontece, com freqüência, de uma empresa ter um excelente sistema de controle interno descrito em seu manual de procedimentos, entretanto, na prática, esse sistema não é utilizado. Quando os controles internos sobre os disponíveis forem considerados adequados, os exames de auditoria podem ser realizados em data anterior à do encerramento das demonstrações financeiras, executando-se procedimentos alternativos entre a data auditada e a de final de ano, para certificar-se da veracidade do resultado final. Há algumas medidas que devem ser observadas como por exemplo, determinar se os procedimentos necessários estabelecidos estão sendo seguidos satisfatoriamente; avaliar quaisquer falhas e irregularidades potenciais não cobertos pelo procedimento de controle existente para determinar seu efeito sobre a natureza, caráter oportuno ou extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados, e sugestões a serem feitas ao cliente. A avaliação dos controles internos tem como escopo principal determinar a natureza, a profundidade e a extensão dos exames finais de balanço e, como escopo secundário, sugerir aprimoramento em relatório específico. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 36 Ao examinar o controle interno a fundo, foi verificado que é composto de inúmeras atividades de procedimentos que envolvem aprovações, autorizações, registros, formulários e vias, layout da operação e do formulário, necessidades de relatórios, arquivos, capacidade técnica e outros. De acordo com Crepaldi (2000, p. 218), “o processo de avaliação do controle interno consta de três etapas, o realce do sistema, a avaliação propriamente dita do sistema e a realização de testes de cumprimento de normas internas”. Tendo em vista a filosofia do estudo do controle interno, seu levantamento e registro são inevitáveis para que se possa conhecer sua intensidade e sua ineficiência. O levantamento do controle interno por parte do auditor deve ser desenvolvido por meio de uma atitude mental independente, obtendo-se o conjunto das práticas e procedimentos que estejam em uso pelos executores e não por aqueles por ele julgados adequados. O auditor deve avaliar o sistema que efetivamente está sendo praticado no controle dos ativos da empresa e na produção de dados contábeis confiáveis. O auditor normalmente cumpre esse procedimento mediante a observação da execução dos trabalhos pelos funcionários e da inspeção de documentos e registros contábeis. 3.4.1 Resultado da Avaliação do Controle Interno Através do conhecimento obtido pelo auditor, assim como pela aplicação do questionário de avaliação, o auditor pode concluir que o sistema de controle interno é adequado, podendo, entretanto, ser aprimorado; ou ainda, que o sistema de controle interno é inadequado, pois não atende aos princípios básicos vitais para a obtenção de um sistema de controle interno mínimo. Sendo qualquer das alternativas discriminadas, o auditor deve determinar quais as possíveis conseqüências e implicações, quais os procedimentos de auditoria a serem aplicados e em que extensão, para a cobertura dos referidos assuntos. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 37 Se a avaliação geral do auditor sobre o sistema de controle interno constatar ser este adequado, tal fato sugere que este contém todos os aspectos fundamentais, procedimentos e práticas compatíveis, de forma a possibilitar alcançar os objetivos a que se propõe. Nesse caso, a tarefa subseqüente do auditor deve incluir o exame confirmatório de que, na prática, os procedimentos instituídos encontram-se efetivados. Para tanto, o auditor deve coordenar um teste de procedimento, vislumbrando um universo que lhe assegure razoável certeza sobre a matéria. Segundo Crepaldi (2000, p.212) “Não adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno sem que alguém verifique periodicamente se os funcionários estão cumprindo o que foi determinado no sistema, ou se o sistema não deveria ser adaptado às novas circunstâncias.” Podem existir sistemas totalmente inadequados que só funcionam pelo fato de ali existir pessoas honestas. Esse fato não pode ser considerado como determinante de um controle adequado, uma vez que o controle inexiste; ele foi substituído pela confiança. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 38 4. AUDITORIA INTERNA NOS DISPONÍVEIS O movimento financeiro em qualquer empresa, representa uma área de muita responsabilidade merecendo total atenção. A grande preocupação dos organizadores tem consistido, portanto, em dar segurança ao movimento de numerário, eliminando ao máximo o giro em espécie na empresa e apelando para uma descarga das tarefas nos estabelecimentos bancários, razão pela qual grande parte da movimentação gira hoje, nas empresas bem estruturadas, por meio de cheques e transações via internet. A auditoria de caixa não precisa ser feita no término ou no inicio de ano quando a empresa deverá ter seus dados apurados para o levantamento do balanço. Poderá ser feita na oportunidade da entrega das peças para o exame ou na data fixada para o inicio da auditoria de acordo com o contrato de trabalho assinado pelo auditor. O exame da auditoria interna efetuado na área do disponível tem por finalidade atingir objetivos previamente determinados. Definido isso, o programa de auditoria deve ser considerado para evitar trabalhos desnecessários ou enfoque incorreto. Segundo Attie (2000, p. 255): Quando os controles internos sobre o disponível forem considerados adequados, os exames de auditoria podem ser realizados em data anterior à do encerramento das demonstrações financeiras, executando procedimentos alternativos entre a data auditada e a de final de ano, para certificar-se da veracidade do saldo final. A segurança maior que concerne a evitar desvios, fraudes, erros etc., repousa na eficiência dos controles internos. Na maioria dos casos, os alcances, desfalques e desvios estão diretamente relacionados com o dinheiro no disponível, por outro lado esta envolvida em tamanho número de operações. O programa de verificação das disponibilidades assume importância extraordinária, pelos fatos acima expostos, devendo ser planejado tendo em vista as inúmeras possibilidades de desvios e manipulações. Segundo Franco e Marra (2001, p.375), “o objetivo do exame não é só o de apurar se realmente existem todas as disponibilidades mencionadas no balanço, mas também, o de assegurar-se que existem todas as que deveriam existir.” PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 39 4.1 CONTROLE INTERNO NOS DISPONÍVEIS E SEUS TESTES A aplicação dos testes de procedimentos tem o objetivo de determinar se os procedimentos e práticas de controle internos documentados estão em vigor e estão adequados para atestar a efetividade do sistema e permitir a correta apuração e o registro pertinente. Segundo Attie (2000, p. 254): Os procedimentos de auditoria são as ferramentas que o auditor utiliza para a realização de seu trabalho. Os procedimentos de auditoria que serão utilizados para o auditor atingir os objetivos previamente delineados são vários, dependendo das circunstâncias, da efetividade de controle interno e da materialidade envolvida. Segundo Franco e Marra (2001, p. 376): O auditor não deverá guiar-se unicamente pelos extratos bancários em poder do cliente. Deverá exigir a confirmação direta do banco, dirigida e recebida pelo próprio auditor. A falta de resposta à primeira solicitação ensejará uma segunda, ou terceira solicitação, até que haja resposta. E casos especiais, o cliente poderá ser solicitado a intervir para se obter a resposta, ou o próprio auditor procurará manter contato com a gerência do banco. É básico e imprescindível, a resposta direta do banco, documento esse guardado junto aos papéis de trabalho do auditor. De acordo com Franco e Marra (2000, p. 376), “a contagem dos surpresas dos valores em poder do caixa, em data próxima à do balanço, a contagem deve ser feita na presença do responsável pelo caixa, que a tudo assistirá”. Verificar se o controle interno nesta área está realmente de acordo como que foi descrito no questionário de controle interno, através de perguntas a pessoas-chave, observação de rotinas, etc. Segundo Franco e Marra (2001, p. 378): Dentro dos critérios de amostragem, o auditor fará o exame das operações contabilizadas, na extensão e profundidade recomendável. A eventualidade da detecção de irregularidades, a eficiência dos controles PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 40 internos e o vulto operacional de caixa do cliente determinarão o volume do trabalho auditorial nessa área. Após o exame da documentação e a avaliação do controle interno, o auditor tem condições de elaborar o programa de trabalho voltado para cobrir os pontos chave de controle e dirigir seus testes em função destes. De acordo com Lopes de Sá (2000, p. 273): O auditor deve certificar-se da exatidão dos saldos das contas bancárias, partindo de dados também fora da escrita de seu cliente, isto quer dizer que deve apelar para os estabelecimentos bancários, pedindo-lhes que diretamente forneçam os saldos das contas. 4.2 OBJETIVO DO CONTROLE INTERNO NOS DISPONÍVEIS A revisão do controle interno no disponível de uma organização tem por objetivo fornecer ao auditor a base para a determinação do escopo de trabalho, os procedimentos a utilizar, a data e a extensão dos trabalhos. Quando da elaboração de controles contábeis na área do disponível, a organização deve preocupar-se com a existência e exatidão nos saldos, além da documentação adequada relativa a cada procedimento. Relação de tipos de erros das demonstrações financeiras, objetivos de auditoria e testes substantivos de auditoria: Tabela 3. Tipos de erros das demonstrações financeiras: Tipos de Erros das Objetivos de Auditoria Demonstrações Financeiras Exemplos de testes Substantivos de Auditoria para Alcançar os Objetivos de Auditoria. Existência 1. Os saldos de caixa representam todos e PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com Confirmação de Saldos 41 Direitos somente itens de Bancários Integridade caixa, em mãos, em Testes de reconciliações. trânsito ou em instituições financeiras e estão corretamente Revisão de transferências interbancos e intrabancos. Procedimentos analíticos. registrados. Apresentação e divulgação 2. Os saldo de caixa Revisão das demonstrações estão corretamente financeiras e comparação descritos e das divulgações feitas com classificados, e as os requisitos dos princípios devidas divulgações fundamentais de quanto a fundos contabilidade. restritos ou comprometidos e a Pesquisa de restrições sobre disponibilidades. saldos não sujeitos a saque imediato estão feitas ( exemplo: depósitos em países Confirmação de restrições sobre valores em caixa e bancos. estrangeiros sujeitos a controle cambial etc.). Fonte: (Crepaldi, 2000, p. 212/213). Segundo Attie (2000, p. 253): A auditoria do disponível tem a finalidade de: a. Determinar sua existência, que poderá estar na companhia, em bancos ou com terceiros; b. Determinar se é pertencente à companhia; PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 42 c. Determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade geralmente aceitos, em bases uniformes; d. Determinar a existência de restrições de uso ou de vinculações em garantia; e e. Determinar se está corretamente classificado nas demonstrações financeiras e se divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas. Cada organização estabelece o controle interno de acordo com suas reais necessidades e baseada na sua materialidade envolvida, pessoal existente e estrutura organizacional. Embora os objetivos de auditoria possam variar ligeiramente de um tipo para outro de ativo, eles aplicam-se, de modo geral, a quase todos os tipos. Esses objetivos são abordados a seguir, como também exemplos de sua aplicação a itens específicos de ativo. A verificação da existência do item do ativo deve ser o objetivo primordial da auditoria desse setor da empresa. Segundo Crepaldi (2000, p.334), ”o objetivo global de um exame de auditoria é dar aos auditores provas suficientes para fundamentar seu parecer sobre as demonstrações financeiras, e sua totalidade”. Assim como no exame de todas as fases de um negócio, os procedimentos da auditoria nos disponíveis devem ser definidos em função dos objetivos do auditor, para aquele setor, uma vez que o disponível é considerado um setor que envolve grande risco e relativamente difícil de ser controlado. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 43 5. METODOLOGIA 5.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Quanto aos fins, a pesquisa é aplicada, voltada para a necessidade de resolver problemas existentes e possui finalidade prática. A pesquisa foi realizada em caráter exploratória em relação aos objetivos, aprofundou-se nos conceitos preliminares sobre o tema analisado, contribuindo assim para eficiência das questões abordadas. Para que o estudo na contabilidade seja considerado exploratório, procurou-se concentrar-se em algo que precisa ser demonstrado com maior clareza. Quanto aos procedimentos foi do tipo bibliográfico, esse tipo de pesquisa contempla parte da pesquisa descritiva, quando objetiva colher informações e conhecimentos prévios sobre um problema que se procura resposta ou acerca de uma hipótese que se quer experimentar. A pesquisa bibliográfica foi obrigatória por ser de natureza teórica, uma vez que é através dela que tomamos conhecimento sobre a fundamentação teórica existente. Foi documental quanto aos meios, à contabilidade comumente usa esse tipo de pesquisa para analisar o comportamento de determinado setor da economia, aspectos relacionados à situação patrimonial, econômica e financeira. Organizar informações que se encontram dispersas, servindo como pesquisa para estudos futuros. Quanto aos meios foi uma pesquisa de campo, a qual acontece no meio em que os fatos surgiram, sendo através da aplicação de questionários participativos, entrevistas, observações e testes. • A pesquisa buscou resolver problemas nos controles internos no disponível, através da aplicação da auditoria interna. • Os dados foram coletados na entidade através de visitas e estudo dos resultados obtidos. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 44 • O objetivo foi tornar o problema mais explicito e proporcionar uma visão geral e aproximação do fato exposto. • O procedimento da pesquisa foi bibliográfica e desenvolvida através de matérias já publicadas principalmente em livros e material disponibilizada na rede de computadores (Internet ). 5.2 ESTUDOS DE CASO Para demonstrar as questões aqui propostas, optei pela implementação de um estudo de caso, o qual se desenvolveu na Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina estabelecida em Florianópolis-SC, e foi precedido primeiramente pela exposição do problema de pesquisa, sendo que durante o desenvolvimento me depararei com situações e soluções inesperadas. 5.3 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA A Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina é uma entidade civil, com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com sede na cidade de Florianópolis / SC, foi constituída em 05 de dezembro de 1995 com o apoio da: • GTZ (Sociedade Alemã de Cooperação Técnica); • Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina); • Embrapa Suínos e Aves - Concórdia / SC (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária); • Fetaesc (Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Santa Catarina); PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 45 • Faesc (Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina); 5.3.1 Missão Promover e apoiar as ações e serviços que busquem o desenvolvimento rural sustentável, em especial a pesquisa agropecuária, a assistência técnica e a extensão rural, visando à recuperação e a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente. 5.3.2 Objetivos I– promover, apoiar e desenvolver pesquisas nas diferentes áreas do conhecimento agro-aquo-silvo-pastoril, oceânico, do meio ambiente, tais como: recursos hídricos, minerais, florestais, solos, atmosféricos, hidrometeorológicos, dos sistemas de informações, estudos de impactos ambientais - EIA, geoprocessamento e sensoriamento remoto; II – promover, apoiar e desenvolver a Pesquisa Agropecuária, a Assistência Técnica e Extensão Rural nas áreas vegetal, animal e pesqueira, que visem ações de desenvolvimento sustentável nas dimensões econômica, social e ambiental; III – promover, apoiar a produção de bens, a prestação de serviços, o desenvolvimento de pesquisas a outras pessoas físicas e jurídicas, nas diversas áreas da ciência, da tecnologia, do desenvolvimento rural, pesqueiro e do meio ambiente; IV – promover a venda de serviços, tecnologias e produtos nas diferentes áreas do conhecimento agro-aquo-silvo-pastoril, oceânico e ambiental, tais como: recursos hídricos, minerais, florestais, solos, atmosféricos, hidrometeorológicos, estudos de impactos ambientais – EIA/RIMA, saneamento e educação ambiental, geoprocessamento, sensoriamento remoto, certificações do agronegócio e sistema de informação; PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 46 V – prestar serviços a outras pessoas físicas e jurídicas nas diversas áreas do ensino e na gestão de negócios, bem como, nas áreas abrangidas por suas finalidades, previstas neste capítulo. 5.4 Procedimentos Metodológicos Os dados foram coletados de forma direta por meio da análise de documentos, nas dependências da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina. Para a realização da pesquisa e implementação do estudo de caso proposto, foram desenvolvidos os seguintes procedimentos metodológicos: • Pesquisa bibliográfica que serviu para o desenvolvimento da fundamentação teórica deste trabalho. • Obtenção de informações básicas sobre as atividades a serem examinada; • Aplicação de um questionário aplicada aos disponíveis; • Análise dos dados Coletados; • Apresentação da análise dos dados coletados. • Exemplos e sugestões para melhoramento dos controles internos. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 47 6. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Com aplicação do questionário pertinente aos controles internos dos disponíveis da Fundagro – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Carina, direcionado ao Sr. Vasco do Nascimento, responsável pelo departamento Financeiro, prestando todas as informações e documentos necessários para este estudo, com isso cheguei às seguintes conclusões: A – Análise das questões 1, 2, 3,4 e 5 dos controles internos: Referente aos saques efetuados no banco são apenas realizado para reposição de fundo fixo de caixa, após a prestação de contas, sendo que os cheques são emitidos pela tesouraria e assinado pela diretoria, sempre em duas assinaturas. Os cheques são emitidos com cópias e em anexo vem acompanhado um documento autorizando o pagamento, informando o destino e ao que se refere, não existindo emissão de cheque pré-datado. B – Análise das questões 6, 7, 8, 9 e 10 dos controles internos: O recebimento de cheques é realizado pelo tesoureiro, não havendo registro deste valor, apenas vinculado a Nota Fiscal, quem realiza os registros não é quem os recebe. Na entidade não existe a figura de contas a receber, todo os cheques recebidos pré-datados é recebido junto com a Nota Fiscal e guardado dentro de um cofre sem qualquer tipo de registro contábil, ou seja, não fica registrado em contas à receber. C – Análise das questões 11, 12, 13, 14 e 15 dos controles internos: Todos os cheques são recebidos e depositados integralmente no banco, havendo apenas reposição de fundo fixo de caixa, há outras entradas referente as devolução de prestação de contas de adiantamento a funcionários, mas toda movimentação é via banco, não há movimento de caixa. D – Análise das questões 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 dos controles internos: PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 48 A entidade emite recibos sendo três em três vias, mas totalmente movimentado via banco, a primeira via destinado ao cliente, segunda via para contabilidade e terceira via bloco, todos os blocos com 50 vias cada, com numeração crescente controlado tipograficamente e controlado pelo tesoureiro. E – Análise das questões 23, 24, 25, 26, 27 e 28 dos controles internos: Os recebimentos de valores são todos praticamente à vista através de depósito, o comprovante de depósito é colocado junto com o documento a que se refere e encaminhado para contabilidade para registro. F – Análise das questões 29, 30, 31, 32 e 33 dos controles internos: Os funcionários do departamento de contabilidade são responsáveis pela conciliação bancária, além dos pagamento internos a entidade realiza pagamento fora da empresa destinado a pagamento de fornecedores, todo pagamento só é autorizado após prestação de contas de valores já adiantados anteriormente. G – Análise das questões 34, 35 e 36 dos controles internos: Na entidade não existe funcionários da tesouraria que acumula funções em outros departamentos, apenas o tesoureiro realiza o processo de pagamento e a emissão da autorização de pagamento, mas quem assina é a diretoria. Todo o endosso realizado nos cheques da entidade é exclusivamente para pagamento de diversas despesas, mas todas com autorização de pagamento, neste documento é descriminado a despesa que está sendo realizada. H – Análise das questões 1, 2, 3, 4, 5, e 6 dos pagamentos: Todos os cheques emitidos pela entidade são nominais, havendo um controle da numeração, protegidos à máquina e com fotocópia, não havendo na cópia do cheque explicação do seu destino, junto com a cópia do cheque é anexado uma autorização de pagamento assinado pela diretoria com explicação de seu destino. I – Análise das questões 7, 8, 9, 10, 11, e 12 dos pagamentos: PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 49 O controle dos cheques é realizado pelo tesoureiro, a assinatura dos cheques é realizado pelo Presidente e pelo Coordenador Administrativo e Financeiro, tendo um prazo estatutário de 3 anos. Todos os cheques são aprovados no dia do pagamento, sendo as cópias rubricadas pela diretoria, não havendo conferência interna das assinatura. J – Análise das questões 13, 14, 15, 16, 17 e 18 dos pagamentos: Os bancos são conhecedores de quem visa os cheques, toda a assinatura dos cheques é realizado no período da manhã, não havendo o procedimento de antedatar ou pós-datar os cheques. O processo de assinatura dos cheques é mediante com toda a documentação do processo de pagamento, sendo solicitação de compra com o responsável pelo recurso atestando a Nota Fiscal e autorização de pagamento. Todos os documentos apresentados para pagamento são atestado o recebimento do material ou serviço pelo coordenador do recurso. L – Análise das questões 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25 e 26 dos pagamentos: Não existe um sistema de controle de contas a pagar, o controle é através de um arquivo diário de contas a serem pagas, o controle é realizado para do dia conforme a disponibilidade financeira, não havendo um plano financeiro mensal, todo pagamento é realizado após o visto do controle, sendo que a rubrica não é fácil de ser imitada. Não existe a possibilidade de pagamento em dobro porque toda despesa tem que vim com o atestado de quem é responsável pela compra ou serviço. M – Análise das questões 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37 e 38 dos pagamentos: Conforme o responsável pelo departamento financeiro não há possibilidade de pagamento em dobro, os bancos remetem mensalmente os extratos bancários sendo conferido pelo departamento contábil, no caso de discrepância de um extrato ou de divergência é recorrido ao tesoureiro para verificar o problema, após a comunicação o tesoureiro toma as providências para o ajuste. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 50 São feitas mensalmente reconciliações das emissões de cheques com os extratos bancários e com a conta geral do razão, serviço realizado e aprovado pelo departamento contábil N – Análise das questões 39, 40, 41, 42, 43, 44 e 45 dos pagamentos: Quem faz as reconciliações das contas bancárias não tem ligação com serviços de caixa, todos os serviços de conciliações são realizados pelo departamento contábil obedecendo aos fatos cronologicamente. As rotinas das transferências de numerário só é realizado após assinatura da autorização de pagamento/transferência pela diretoria, através de cheque ou on-line, o banco solicita uma carta oficializando a transferência assinada pelo diretor financeiro, as transferências on-line requer senha bancária e de internet. O – Análise das questões 46, 47, 48, 49, 50 e 51 dos pagamentos: Não existe nenhum endosso dentro da empresa, apenas para pagamento de diversas despesas no caixa do banco, os pagamentos em dinheiro são realizados através do fundo fixo de caixa e apenas para pequenas despesas P – Análise das questões 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 dos bancos: Na entidade existe nos bancos uma conta para movimento geral dos recursos próprios havendo conferência periódicas entre as contas analíticas e a conta sintética, cada recurso possui uma conta específica sendo prestado contas ao final dos recursos, as reconciliações bancárias coincidem com as análises do razão. Conforme responsável pelo departamento financeiro todas as contas estão cobertas por atos da administração condizentes com as normas estatuárias da entidade. Q – Análise das questões 1, 2, 3, 4 e 5 das generalidades em caixa e bancos: O saldo de caixa é conferido com o razão, os saldos de bancos conferem com os evidenciados pelo razão, havendo um arquivo para cada banco relativo a extratos e contratos sendo controlado pelo tesoureiro. Os arquivo que o caixa mantém é o de prestação de contas que é remetido à contabilidade. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 51 Para melhor análise da situação da empresa, buscou-se identificar pontos fortes e fracos dos controles internos aplicados aos disponíveis. Tabela 4. Pontos Fortes e Fracos: Pontos Fortes Conciliação periódica nas contas bancárias Pessoal responsável pelo reconciliação é realizado por outro departamento, dando maior confiabilidade. Pontos Fracos Os cheques recebidos pré-datados não são registrados em contas a receber. Não existe um sistema de contas a pagar mensal, todo o pagamento é decidido no próprio dia de acordo com a disponibilidade financeira. Todos os pagamentos são autorizados através de duas assinaturas Não existe Fluxo de Caixa na Entidade Os pagamentos são aprovados através de uma autorização de pagamento que explica o destino. Cópias dos cheques não explicam o destino da despesa. Todos os documentos fiscais são Sistema informatizado não sendo aprovados previamente pelos utilizado todo o recurso que é responsáveis pelos recursos, evitando disponibilizado. pagamento em dobro. Todos os cheques são emitidos nominalmente. Não existe autorização para saques, toda movimentação financeira é realizada via banco. Cada recurso possui uma conta bancária específica. As assinaturas dos cheques são realizadas com toda documentação de destino. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 52 6.1 RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES Conforme ficou demonstrado na aplicação do questionário e observando os disponíveis da empresa, a entidade não possui um sistema de controle em contas a pagar e receber, fluxo de caixa, bem como explicação do destino nas cópias dos cheques. A entidade deve buscar instrumentos que as auxiliem no planejamento e controle de seus recursos para que estes sejam usados de maneira adequada, a fim de salvaguardar a atividade empresarial e alcançar o objetivo almejado pela empresa. O sucesso de uma entidade demanda cada vez mais o uso de práticas financeiras apropriadas. A realidade aponta para gestores sedentos por informações relevantes que irão auxiliar seu processo decisório. O objetivo principal é enfatizar a importância do demonstrativo de Fluxo de Caixa como ferramenta para os gestores obterem eficiência na administração financeira da entidade. Há alguns controles que a entidade poderia instituir visando obter mais segurança na administração de seus disponíveis evitando assim sistemas possíveis de fraudes. Uma das principais medidas a serem tomadas, e a que pode oferecer maior segurança nos recursos é a sistematização computadorizada através da informatização. A empresa garantirá informações seguras que lhe permitirá administrar com antecedência as contas a pagar e receber e implantando um fluxo de caixa, prevê situações, melhorando a tomada de decisão, criando estratégica e prevendo determinadas situações que a entidade pode corrigir se identificadas com antecedência Sem a utilização de um sistema de controle informatizado a entidade terá dificuldades em confeccionar um fluxo de caixa seguro, deixando portanto de obter uma ferramenta de análise financeira estratégica e fundamental para um administrador. Contudo, não é somente a informatização que pode oferecer formas de controlar os disponíveis da entidade. A entidade pode utilizar forma mais simples, confeccionar planilhas bem estruturadas onde os administradores poderão registrar todas as contas a pagar e receber. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 53 A seguir são apresentados alguns exemplos de planilhas que podem ser confeccionadas e alimentadas sem necessariamente adquirir um sistema informatizado, mas podem ser feitas por um sistema de planilhas Excel ou tabelas: Exemplo 1: Relatório de Contas a Pagar mensal/anual RELATÓRIO DE CONTAS A PAGAR Data Documento Descrição Valor Saldo Valor Saldo TOTAL Exemplo 2: Relatório de Contas a Receber mensal/anual RELATÓRIO DE CONTAS A RECEBER Data Documento Descrição TOTAL PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 54 Exemplo 3: Relatório de Fluxo de caixa mensal/anual. RELATÓRIO DE FLUXO DE CAIXA Data Documento Descrição Recebimento Pagamento Saldo TOTAIS A apresentação desses relatórios de contas a pagar, a receber e fluxo de caixa, são simplesmente para demonstrar, que através deles podem-se confeccionar diversos outros relatórios gerenciais necessários para um melhor controle dos fatos administrativos da entidade. Apesar de a entidade utilizar um documento para autorizar o pagamento de suas contas especificando o destino da despesa rubricada pela Diretoria, deveria ser descriminado na cópia do cheque o destino da despesa, dando maior confiança para consultas futuras e segurança no caso de extravio desta autorização. No entanto, a administração da empresa deve conscientizar-se para a implantação dessas mudanças. A iniciativa deve partir dos administradores, eles têm de estar dispostos a obterem informações mais seguras em relação as suas movimentações. Cabe aos administradores atualizarem-se no sentido de perceberem a necessidade de um maior controle de suas movimentações. Subestimando essa ferramenta contábil, que é o fluxo de caixa da entidade através de relatórios gerenciais, a empresa pode ser surpreendida por não ter a clara noção do comportamento dos seus números. Aplicando esses sistemas informatizados de controle interno a entidade pode analisar sua história e comparar o comportamento de suas movimentações um ano com outro. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 55 Tabela 5. Pontos Fracos e Sugestões: Pontos Fracos Sugestões Os cheques recebidos pré-datados não são registrados em contas a receber. Os cheques recebidos pré-datados devem antes de serem arquivados no cofre, devem passar pelo sistema de contas a receber, interligando com a conta clientes na contabilidade, evitando desta forma que este valor fique sem registro, sendo vistoriado pelo tesoureiro e pelo responsável pelo Departamento. Não existe um sistema de contas a pagar mensal, todo o pagamento é decidido no próprio dia de acordo com a disponibilidade financeira. Implantação de planilhas, sistemas/ou melhor, utilização do sistema já disponibilizado na empresa para gerenciamento das contas a pagar e receber, prevendo com antecedência os valores a serem pagos e recebidos nos dias seguintes. Não existe Fluxo de Caixa na Entidade Implantação de planilhas, sistemas/ou melhor, utilização do sistema já disponibilizado na empresa para gerenciamento do fluxo de caixa mensal/ anual, prevendo e programando seus recursos com antecedência, facilitando a tomada de decisão. Cópias dos cheques não explicam o destino da despesa. Todas as cópias de cheques devem explicar o seu destino, evitando que documentos em separados possam ser alterados ou fraudados. Sistema informatizado não sendo utilizado todo o recurso que é disponibilizado. Uma melhor capacitação dos funcionários para utilização de todos os recurso disponíveis pelo sistema já implantado na entidade, no caso de o sistema ser ineficiente, proceder à substituição. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 56 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A proposta desse trabalho foi à análise dos controles internos dos disponíveis da Fundagro – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina, cujo ramo de atividades é apoiar as ações e serviços que busquem o desenvolvimento rural sustentável, em especial a pesquisa agropecuária, a assistência técnica e a extensão rural, visando a recuperação e a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente. De maneira geral os objetivos foram atingidos e as suposições confirmadas. Os controles internos foram analisados. Foi levantado os procedimentos relacionados ao controle dos disponíveis, e comprovou-se que tais procedimentos apresentaram muitos pontos fortes e alguns itens a serem implementados, conforme exemplo de tabela na pagina 53 e 54. Desta forma, apurou-se que a organização dos disponíveis da entidade deve ser implementado um sistema de informatizado de contas a pagar e receber que permita a visualização mais clara e precisa das movimentações financeiras, melhorando estrategicamente as informações. Implantando um sistema informatizado de forma segura permite ao administrador obter informações e relatórios mais confiáveis, a importância desta ferramenta é essencial para que decisões sejam tomadas de forma mais ágil e eficaz. Com a realização desta pesquisa, ficou claramente perceptível que a estrutura da entidade está bem sólida e segura em seus diversos procedimentos nos disponíveis, com apenas pequenas falhas que podem ser facilmente corrigidas, evitando problemas futuros em proporções catastróficas. Cabe aos profissionais capacitados da área contábil, fornecer e assessorar o administrador com informações e estatísticas históricas de sua própria empresa. Enfim, trazer à tona informações antes. Somos co-responsáveis pelo sucesso ou insucesso de nossos clientes. Um assessoramento eficaz e eficiente do contador contribui para longevidade de uma empresa. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 57 A principal contribuição do trabalho para a ciência foi a pesquisa dos controles internos nos disponíveis da entidade, sendo bem estruturado. Comprovou-se mais uma vez que a ciência contábil muito tem a contribuir para a administração competente, munindo-a com relatórios gerenciais eficazes e eficientes, capazes de direcionar o bom o andamento da entidade. 7.1 LIMITAÇÕES Não houve nenhuma resistência quanto a aplicação dos sistemas informatizados na entidade, apenas foi adaptados e aproveitados todos os recursos disponíveis nos sistemas já existentes na organização financeira. Com esta adaptação no sistema informatizado houve um maior controle do comportamento dos números, sendo registrado completamente as contas a pagar e receber. Dificuldades apenas para implantação de um fluxo de caixa eficiente, já que as despesas chegam dias antes de serem pagas, não sendo possível análise em longo prazo, mas com base numa previsão de fluxo de caixa a empresa já pode planejar seus recursos financeiros. 7.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS Como recomendações para trabalhos futuros voltados à auditoria dos controles internos dos disponíveis da entidade Fundagro – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural Sustentável do Estado de Santa Catarina, bem como de qualquer empresa do ramo onde for realizado trabalho equiparado ao aqui desenvolvido, recomenda-se o acompanhamento da implantação sistematizada, caso ocorra, com supervisão periódica. Através de constantes visitas à entidade, mantendo o tratamento amigável e ético estabelecido desde o início dos trabalhos, desta forma buscando que os executores dos sistemas informatizados usufruam de todos os PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 58 recursos disponíveis que o sistema possa oferecer contribuindo assim para um planejamento eficiente e eficaz nos controles internos dos disponíveis. Essa medida visa supervisionar o andamento dos trabalhos deste a implantação até a execução, para que seja implantado da forma como realmente deva ser, e não como devia ser feito, ou seja, adotando instruções deixadas pelo auditor, a fim de obter cem por cento de aproveitamento na implantação de sistemas informatizados e procedimentos internos. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 59 ANEXOS Questionário aplicado nos controles internos dos disponíveis. 1- Como se processam os saques em bancos? Sim: Não: Não se Aplica: Cheque nominal ao Administrador Financeiro para constituir FFC. Sendo realizado prestação de contas – Limite R$ 1.000,00 2- Quem requisita os talões de cheques? Sim: Não: Não se Aplica: A requisição é controlada pelo tesoureiro e a requisição assinada pelo Administrador Financeiro. 3- Quem emite os cheques de suprimento? Sim: Não: Não se Aplica: A Tesouraria emite o Cheque e a Diretoria assina, sendo sempre em duas assinaturas. São estes autorizados previamente? Sim: Não: Não se Aplica: Sendo realizada a prestação de contas, automaticamente é reposto o valor para atingir o limite estipulado de FFC. 4- São os Cheques emitidos com cópia? Sim: x Não: Não se Aplica: As cópias explicam a destino dos cheques? Sim: Não: X Não se Aplica: Junto a cópia do cheque vai uma autorização de pagamento que contém o PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 60 histórico da operação de pagamento. 5- Os cheques são registrados? Mesmo os pré-datados? Sim: Não: X Não se Aplica: Não existe a emissão de cheques pré-datados. 6- Quem recebe os cheques emitidos por terceiros? Sim: X Não: Não se Aplica: Tesoureiro 7- Existe um registro dos cheques recebidos? Sim: Não: X Não se Aplica: Vinculado a NF de Faturamento 8- Quem faz o registro é quem recebe os cheques? Sim: Não: X Não se Aplica: 9- Quem recebe os cheques tem acesso ao controle da conta de clientes? Sim: Não: Não se Aplica: Não há contas a receber. 10- Qual a rotina dos recebimentos dos cheques? Sim: Não: Não se Aplica: O cheque recebido pré-datado é recebido junto com a NF e guardado dentro de um cofre, sem qualquer tipo de registro contábil. A Nota fiscal não fica registrado em contas à receber. 11- Os cheques recebidos são sempre nominais? Sim: X Não: Não se Aplica: 12- O que o caixa recebe no dia é depositado integralmente? PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 61 Sim: X Não: Não se Aplica: 13- Quais os tipos normais de entrada no caixa? Sim: Não: Não se Aplica: X Há apenas fundo fixo de caixa. 14- Quais as entradas são consideradas extras? Sim: Não: Não se Aplica: Os valores extras seriam apenas quando há devolução de saldo de adiantamentos a empregados para despesa de empregados e prestação de contas. 15- Como é registrado o movimento diário no caixa? Sim: Não: Não se Aplica: X Não há movimento de caixa, toda movimentação financeira é via banco. 16- Existe um boletim de caixa ou um resumo? Sim: Não: Não se Aplica: X 17- Os recibos emitidos pelo caixa são feito em quantas vias? Sim: Não: Não se Aplica: Os recibos são em três vias, mas totalmente movimentado pelos bancos. 18- Qual a distribuição das vias dos recibos de caixa? Sim: Não: Não se Aplica: Original para cliente, segunda via para contabilidade e terceira via bloco. 19- Os recibos são numerados? Sim: X Não: Não se Aplica: PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 62 20- Qual o critério de numeração? Sim: Não: Não se Aplica: Blocos com 50 vias cada, sendo numeração crescente. 21- Há controle na numeração de recibos? Sim: X Não: Não se Aplica: Tipograficamente 22- Quem controla a numeração dos recibos? Sim: Não: Não se Aplica: Tesoureiro 23- Como é feito o recebimento de valores à vista? Sim: Não: Não se Aplica: Depósito em banco 24- Existem tipos especiais de talões de notas fiscais para os valores à vista? Sim: Não: X Não se Aplica: 25- Como é feito o depósito do numerário em bancos? Sim: Não: Não se Aplica: É realizado o depósito e o comprovante anexado junto a respectiva Nota Fiscal. 26- É extraída mais de uma via do impresso de depósito? Sim: Não: X Não se Aplica: 27- Quem controla os depósitos? Sim: Não: Não se Aplica: Tesoureiro PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 63 28- Qual a distribuição das vias do documento de depósito? Sim: Não: Não se Aplica: Anexado junto a Nota Fiscal e enviado para lançamento no departamento contábil. 29- Outros funcionários, de outros serviços, colaboram nos serviços de caixa? Sim: x Não: Não se Aplica: Os funcionários do departamento contábil realizam a conciliação bancária. 30- Existe fichas de uso de caixa que também são de uso comum de outros serviços? X Sim: Não: Não se Aplica: 31- Existe pagamentos fora da empresa? Sim: X Não: Não se Aplica: 32- Existe rotina segura para tal caso de pagamentos externos? Como? Sim: X Não: Não se Aplica: Através de prestação de contas mensal dos valores adiantados para pagamento de fornecedores. 33- Como é feito o controle de valores recebidos em custódia? X Sim: Não: Não se Aplica: 34- Algum funcionário que realiza movimento de caixa acumula ainda as seguintes funções? Faturamento? Sim: Não: X Não se Aplica: Controle de cauções e cobranças? Sim: Não: X Não se Aplica: PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 64 Compras? Sim: Não: Vendas e expedição? Sim: Não: X Não se Aplica: X Não se Aplica: Autorização de pagamentos? Sim: X Não: Não se Aplica: O tesoureiro monta o processo de pagamento e a emissão de autorização de pagamento, mas quem assina é a diretoria. Controle de autorização de devoluções de mercadorias e produtos? Sim: Não: X Não se Aplica: Assinatura de cheques? Sim: Não: X Não se Aplica: Registro no razão? Sim: Não: Não se Aplica: X Registro em contas assinadas? Sim: Não: Não se Aplica: Registro de Compras? Sim: Não: X Não se Aplica: Chefia do escritório? Sim: Não: X Não se Aplica: Controle de comissões? Sim: Não: Não se Aplica: Controle de ações? PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com X X 65 Não: Não se Aplica: X Serviço de pessoal? Sim: Não: Não se Aplica: X Arquivo? Sim: Não se Aplica: X Sim: Não: 35- Algum empregado do caixa geral tem acesso aos serviços expostos no item anterior? Sim: Não: X Não se Aplica: 36- A administração endossa em banco os cheques? Sim: X Não: Não se Aplica: Existe endosso ,um cheque é feito para diversos pagamentos PAGAMENTOS 1- Os pagamentos se processam sempre em cheques nominais? Sim: X Não: Não se Aplica: 2- Os cheques emitidos são impressos pela própria empresa? Sim: X Não: Não se Aplica: 3- Há controle de numeração? Sim: X Não: Não se Aplica: 4- São os cheques protegidos a máquina? Sim: X Não: Não se Aplica: 5- Os cheques são emitidos com cópia? PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 66 Sim: X Não: 6- A cópia explica o destino? Sim: Não: X Não se Aplica: Não se Aplica: Apenas a autorização de pagamento consta o histórico do pagamento a que se destina. 7- Quem controla os cheques? Sim: Não: Não se Aplica: Tesoureiro 8- Quem assina os cheques tem outras funções? Quais? Sim: X Não: Não se Aplica: Assina os cheques o Presidente e o Coordenador Administrativo e Financeiro. 9- Estas funções são permanentes? Sim: Não: X Não se Aplica: Prazo estatutário – 3 em e anos para diretoria. 10- Os cheques são aprovados previamente? Sim: Não: X Não se Aplica: No dia do Pagamento. 11- As cópias dos cheques são rubricadas por quem os assina? Sim: Não: X Não se Aplica: 12- Há conferencia interna das assinaturas? Sim: Não: X Não se Aplica: 13- Os bancos são conhecedores de quem visa o controle interno dos cheques? PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 67 Sim: x Não: Não se Aplica: 14- Existe horário certo para assinatura dos cheques? Sim: X Não: Não se Aplica: Período da manhã. 15- Existem casos de antedatar ou pós-datar cheques? Sim: Não: X Não se Aplica: 16- Como se processa a assinatura dos cheques? Mediante apenas o cheque ou com toda documentação relativa ao pagamento? Sim: X Não: Não se Aplica: Com toda documentação do processo de pagamento sendo solicitação de compra, responsável pelo recurso atestando a Nota Fiscal, autorização de pagamento. 17- Quais os documentos apresentados para que um cheque seja aprovado pelo controle? Sim: Não: Não se Aplica: A Nota Fiscal atestando o recebimento do material/serviço de acordo com a necessidade do projeto. 18- O controle assinala tais documentos dando prova da verificação? Sim: X Não: Não se Aplica: 19- A rubrica é fácil de ser imitada? Sim: Não: X Não se Aplica: 20- Além de assinar rubrica os cheques? Sim: Não: X Não se Aplica: 21- Como são controlados os pagamentos parcelados? PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 68 Sim: Não: Não se Aplica: X Não existe contas a pagar. 22- O caixa tem controle prévio dos pagamentos a fazer? Sim: X Não: Não se Aplica: Através de um arquivo diário de contas á serem pagas. 23- Existe um programa de pagamento? Sim: X Não: Não se Aplica: Existe um controle de pagamento do dia, de acordo com a disponibilidade financeira. 24- Existe um plano financeiro mensal? Sim: Não: X Não se Aplica: 25- O caixa só paga depois do visto do controle? Sim: X Não: Não se Aplica: 26- Existe possibilidade de pagamento em dobro? Sim: Não: X Não se Aplica: Porque toda despesas tem que vim com o atestado de quem é responsável pela compra ou serviço. 27- Existe possibilidade de omissão de pagamento? Sim: Não: X Não se Aplica: 28- Os bancos remetem mensalmente o seu extrato de conta? Sim: X Não: Não se Aplica: 29- Quem confere? Sim: X Não: Não se Aplica: PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 69 Departamento Contábil 30- A quem se comunica a discrepância de um extrato de conta? Sim: Não: Não se Aplica: Em caso de divergência a contabilidade recorre a tesouraria para verificar o problema. 31- Quem toma providências para o ajuste? Sim: X Não: Não se Aplica: Tesouraria 32- Quem aprova as contas é quem aprova os cheques a pagar? Sim: Não: X Não se Aplica: 33- São feitas mensalmente reconciliações das emissões de cheques com os extratos bancários? Sim: X Não: Não se Aplica: 34- Quem faz as reconciliações? Sim: Não: Não se Aplica: Departamento Contábil 35- Quem aprova as reconciliações? Sim: Não: Não se Aplica: Departamento Contábil 36- São feitas reconciliações gerais da conta bancária com a conta geral do razão? Sim: X Não: Não se Aplica: 37- Quem faz estas reconciliações? Sim: Não: Não se Aplica: PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 70 Departamento Contábil 38- Quem aprova estas reconciliações? Sim: Não: Não se Aplica: Departamento Contábil 39- Quem faz as reconciliações das contas bancárias tem ligação com os serviços de caixa? Sim: Não: X Não se Aplica: 40- Tem relação com a contadoria? Sim: X Não: Não se Aplica: 41- As reconciliações acompanham todos os fatos cronologicamente? Sim: X Não: Não se Aplica: 42- Quais as rotinas das transferências de numerário de conta a conta de bancos? Sim: Não: Não se Aplica: Realizado após assinatura da autorização de pagamento/transferência pela diretoria. 43- Tais transferências passam pelo movimento de caixa? Sim: Não: Não se Aplica: X 44- Como é processada uma autorização de transferência de numerário de uma conta para outra em bancos? Sim: Não: Não se Aplica: Através de cheque ou on-line – O banco solicita uma carta oficializando a transferência. Assinada pelo diretor financeiro. On-line apenas para Banco do Brasil – Todo procedimento requer senha bancária e de internet. 45- O controle toma conhecimento dela? PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 71 Sim: X Não: Não se Aplica: 46- Os cheques pagos recebem algumas vezes endossos dentro da própria empresa? Sim: Não: X Não se Aplica: 47- Existem pagamentos feitos em dinheiro? Sim: Não: X Não se Aplica: Feito em dinheiro através de FFC. 48- Existe possibilidade da criação de um fundo ou de uma caixa especial para eles? X Sim: Não: Não se Aplica: 49- Quais são estes pagamentos? Sim: Não: Não se Aplica: Pequenas despesas. 50- Em caso de devolução de cheque quem o recebe? Sim: Não: Não se Aplica: X 51- Qual o controle da devolução dos cheques? Sim: Não: Não se Aplica: X BANCOS 1- Há uma perfeita conexão entre os registros de caixa e os de bancos? X Sim: Não: Não se Aplica: 2- Existem contas especiais nos bancos para o movimento do caixa geral? Sim: X Não: Não se Aplica: 3- O razão possui uma conta para cada movimento com cada banco? PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 72 Sim: X Não: Não se Aplica: 4- Existe uma conta geral de bancos? Sim: X Não: Não se Aplica: Recursos Próprios 5- São feitas conferências periódicas entre as contas analíticas e a conta sintética de bancos ( geral do razão)? Sim: X Não: Não se Aplica: 6- As reconciliações bancárias coincidem com as análises do razão? Sim: X Não: Não se Aplica: 7- Todas as contas estão cobertas por atos da administração condizentes com as normas estatutárias e regimentais da empresa? Sim: X Não: Não se Aplica: 8- Quem realiza as operações de desconto com os bancos? X Sim: Não: Não se Aplica: 9- Quem está autorizado a assinar a correspondência para os bancos? Sim: X Não: Não se Aplica: 10- O caixa geral realiza operações nos bancos? Sim: Não: X Não se Aplica: GENERALIDADES – CAIXA E BANCOS 1- O saldo de caixa é conferido com o do razão? Sim: X Não: Não se Aplica: 2- Os saldos de bancos conferem com os evidenciados pelo razão? PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 73 Sim: X Não: Não se Aplica: 3- Quais os arquivos que o caixa geral mantém? Sim: Não: Não se Aplica: Prestação de Contas e remetido a contabilidade. 4- Existe uma pasta no arquivo para cada banco, relativa a extratos e contratos Sim: X Não: Não se Aplica: 5- Quem se encarrega do arquivo dos bancos? Sim: X Não: Não se Aplica: Fonte do Questionário: Lopes de Sá. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com 74 REFERÊNCIAS ATTIE, WILLIAM. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. ATTIE, WILLIAM, Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1992. CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2000. FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. 4. ed. Atual. São Paulo: Atlas, 2001. FUNDAGRO. Disponível em: http://www.fundagro.org.br. Acesso em: 08 abr. 2008. LOPES DE SÁ, Antônio. Curso de Auditoria. 9. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Atlas, 2000. MOTTA, João Maurício. Auditoria: Principios e Técnicas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992. Comitê de Procedimentos de Auditoria do Insituto Americano de Contadores Públicos Certificados, AICPA Santos, Fabrício Aquino dos. Um Estudo Sobre a Atuação do Auditor nas Empresas. Disponível em <www.classecontabil.com.br>. Acesso em: 09 junho. 2008. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com