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Polícia - [email protected]
O Estado do Maranhão - São Luís, 9 de dezembro de 2014 - terça-feira
Flora Dolores
Policiais militares, amigos e familiares acompanharam o enterro do sargento Carlos Magno Correa de Sá
Douglas Junior
Caixão com o corpo do aspirante oficial da PM Sebastião Luis Rocha Neto foi conduzido por bombeiros
Policiais militares são sepultados
sob forte clima de comoção em SL
Confrontos com bandidos resultaram, domingo, nas mortes do sargento Carlos Magno Correa de Sá, 42 anos, do 9º
Batalhão da Polícia Militar, na Forquilha, e do aspirante a oficial da PM Sebastião Luis Rocha Neto, 26, no Anel Viário
Flora Dolores
Divulgação
Divulgação
Ismael Araujo
Da Editoria de Polícia
S
ob forte comoção, os policiais militares Carlos
Magno Correa de Sá, de
42 anos, sargento do Grupo Tático Móvel (GTM) do 9º Batalhão da Polícia Militar, e Sebastião Luis Rocha Neto, de 26
anos, aspirante oficial da PM,
foram enterrados ontem nos
cemitérios Jardim da Paz, na
Estrada de Ribamar, e do Gavião, na Madre Deus, respectivamente. Ambos foram mortos
em confrontos com bandidos
na Forquilha e no Anel Viário.
Hoje pela manhã, a cúpula do
sistema de segurança pública
informará à imprensa, por
meio de uma entrevista coletiva, as ações que estão sendo
desenvolvidas para coibir a criminalidade no Maranhão.
Por volta das 21h30 de domingo, o sargento Carlos Magno Correa de Sá, como de costume, foi comprar mocotó no
Restaurante Paulista, na Forquilha. Quando chegou ao estabelecimento comercial havia
apenas quatro pessoas. Foi
nesse momento que os criminosos entraram atirando em
direção ao policial. Um dos primeiros bandidos que entrou,
identificado apenas como Zé
Grandão, foi baleado e acabou
morrendo ainda no local. O segundo assaltante, Francisco Linhares de Araújo, o Gugu, levou um tiro na perna, enquanto o terceiro bandido conseguiu alvejar o sargento nas costas. Em seguida, os dois conseguiram fugir no Etios. O veículo foi tomado de assalto no
Conjunto Tambaú, na área do
Maiobão.
Familiares do policial acreditam que o sargento foi vítima
de execução, pois tinha sofrido
ameaças recentemente. Também disseram que um dos fugitivos da Central de Custódia
de Preso da Justiça (CCPJ) do
Filha do sargento Sá ficou muito abalada com a morte do pai
Mais
Em sua página na rede social no Facebook, o sargento Sá, como era
conhecido na corporação, chegou a falar que poderia ser um dos próximos policiais a ser morto por bandidos. "Hoje ajudo a carregar meus
companheiros, amanhã eles me carregarão também", escreveu Sá na
rede social. Em um programa de televisão local de cunho policial, ele
apareceu emocionado no sepultamento do colega de farda Dezivaldo Costa dos Santos, assassinado a tiros no dia 1º de novembro deste ano, quando atuava como segurança na Fribal do bairro do São
Cristóvão, em São Luis. "Quantos policiais ainda vão ter que morrer
para que a sociedade e o poder tomem conta que nós somos país de
família, somos policiais que trabalhamos em prol da sociedade, mesmo com o risco da própria vida (…)?", desabafou Sá.
Também por meio da rede social foram divulgadas festas realizadas por traficantes durante a madrugada de ontem após a morte do
sargento Sá e uma delas foi financiada pelo traficante Cabeça, morador do bairro da Aldeia, área da Jordoa.
Anil, ocorrida na madrugada de
domingo, Francisco Linhares
de Araújo, o Gugu, está envolvido no crime em companhia
de mais um comparsa, que
conseguiu fugir do local do crime em um Etios prata, de placas OJQ-9965.
"O meu pai sempre falava
que colocava a cara dele em risco durante o trabalho policial,
porque muito bandidos não
gostavam dele. Ele sabia que
Confrontos com PMs
resultam na morte de
três bandidos na Ilha
Criminosos atacaram
guarnições da Polícia
Militar no Desterro e em
São José de Ribamar
Mais dois atentados a policiais
militares foram registrados na
manhã de ontem, na Região
Metropolitana de São Luís e resultaram na morte de três bandidos. Segundo informações do
Centro Integrado de Operações
de Segurança (Ciops), um dos
casos ocorreu na área do Portinho, no Desterro, e o segundo
no bairro Jota Lima, em São José de Ribamar.
Por volta das 9h, o Ciops comunicou a uma guarnição da
PM que havia três homens portando faca no Desterro. Os policiais militares se deslocaram até
o local e tentaram deter os criminosos. Um dos assaltantes tentou tomar a arma do policial e
desferir um golpe de faca. O policial teve que atirar e alvejou os
criminosos.
Genilson Ferreira Braga, de 25
anos, e um homem, identificado
até o momento como Chico,
morreram no Hospital Municipal Djalma Marques, Socorrão I,
no Centro. Já o outro comparsa,
Fábio Costa Júnior, de 18 anos,
foi atingido na perna.
Em Ribamar, a viatura do 13º
Batalhão da PM foi recebida à
bala por Isael Carvalho de Oliveira, o Macaco, de 24 anos. Ele
estava com uma pistola de origem alemã e trocou tiros com a
polícia. Durante a ação, o bandido foi alvejado no tórax e
morreu.
um dia poderia morrer a tiros
efetuados por bandido, mas iria
morrer fazendo o que sabia fazer de melhor, ou seja, sendo
policial e combatendo a criminalidade", desabafou a filha do
sargento, Fabrícia Sá, de 21
anos. Mesmo abalada, ela contou que ainda na tarde de domingo o seu pai sonhou que
havia sido baleado por bandidos e chegou a comentar com
a família.
Sargento Sá estaria sendo ameaçado por bandidos
O policial foi baleado no tórax e levado para o Hospital
Municipal Doutor Clementino
Moura, Socorrão II, na Cidade
Operária, mas já chegou sem
vida. Já o corpo do assaltante
foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga. "Na verdade, eles não foram para assaltar o comércio,
mas com o objetivo de matar o
meu pai. No dia 30 de novembro, o sargento observou que
traficantes tiraram a sua foto
quando estava em um clube de
lazer e durante a semana riscaram o muro da nossa casa
com uma cruz", contou Fabrícia Sá.
A mãe do policial, Raimunda Nonata, afirmou que o filho
vinha recebendo ameaças de
morte, principalmente de traficantes que tinham sido presos por ele, mas, no momento,
estavam fora da cadeia.
Velório - Desde as primeiras
horas de ontem companheiros
de farda e amigos compareceram ao velório do sargento
Sá, que ocorreu na sede da Igreja Batista Shalom, no Bequimão. O caixão do sargento foi
PM Sebastião Luís Rocha Neto atuava em Zé Doca
transportado para o cemitério
em um caminhão do Corpo de
Bombeiro e escoltado pelas viaturas de vários batalhões da
PM, além do Grupo Tático Aéreo (GTA). O sargento foi enterrado no Cemitério Jardim da
Paz, na Estrada de Ribamar, ao
som da canção da Polícia Militar e de uma salva de tiros.
Muitos integrantes da Polícia Militar também compareceram ao velório do aspirante
a oficial da Polícia Militar Sebastião Luis Rocha Neto, na sede da Academia de Polícia Militar Gonçalves Dias, no Calhau.
Ele foi morto na tarde de domingo, durante troca de tiros
com bandidos, no Anel Viário.
Um dos criminosos, Carlos
Henrique Coelho Pires, o Come
Pão, de 25 anos, também morreu e o outro assaltante conseguiu fugir do local. O enterro do
policial ocorreu no final da tarde de ontem, no Cemitério do
Gavião, na Madre Deus.
Ocorrências - O comandante
do Comando de Policiamento
de Área Metropolitana II
(CPAM II), coronel Sá, disse que
a legislação precisa ser mais rí-
gida e que a polícia vai intensificar ainda mais o seu trabalho
nas ruas para evitar esse tipo de
ocorrência, principalmente,
tendo como vítimas policiais
militares.
O comandante do 9º Batalhão da PM, tenente-coronel
Luis, acompanhou o velório do
sargento Carlos Magno Correa
de Sá e disse que a corporação
perdeu um grande policial. No
momento, o sargento era um
dos coordenadores do Grupo
Tático Móvel do batalhão. Já a
esposa da vítima, Célia Sá, de
40 anos, definiu o marido como uma pessoa amiga e que
amava a sua família.
Ainda na tarde de ontem,
havia informações de que um
dos envolvidos na morte do
sargento havia morrido durante a troca de tiros com policiais
militares, no bairro Turiúba, em
São José de Ribamar, e que o
corpo havia sido levado para o
IML, no Bacanga.
Mais na versão digital
oestadoma.com.br
Caixas eletrônicos de banco são
explodidos em Duque Bacelar
Divulgação
Bando formado por cinco homens agiu
nas primeiras horas da manhã de ontem,
deixando agência bancária destruída
Estilhaços de vidros por toda a
parte, o forro de PVC destroçado
e os caixas eletrônicos transformados em ferro retorcido. Desta
forma amanheceu ontem o Bradesco da cidade de Duque Bacelar, no interior do Maranhão. A
polícia não informou a quantia
levada pelo bando e até o momento não houve registro de prisão dos autores do crime.
Ainda segundo informações
da polícia, a agência bancária foi
explodida por cinco homens. Eles
chegaram à cidade por volta das
3h de ontem, em um veículo Fox
preto, de placas não identificadas,
e se deslocaram até a agência.
Nesse local, os criminosos utilizaram bananas de dinamites para explodir os caixas eletrônicos.
A explosão acabou danificado
toda a estrutura do banco, principalmente os caixas eletrônicos.
Sem chamar a atenção da polícia, o bando fugiu em direção ao
município de Coelho Neto. No
período da manhã, os peritos do
Instituto de Criminalística (Icrim)
estiveram no local, onde realizaram a perícia, e os investigadores
da Polícia Civil, com apoio de policiais militares, estavam realizando incursões por localidade, in-
Policial verifica destruição causada por bandidos em agência
clusive nas cidades adjacentes a
Duque Bacelar, para prender o
bando. Há informes de que não
havia dinheiro nos caixas eletrô-
nicos no momento do assalto, o
que não foi confirmado pela polícia.
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Policiais militares são sepultados sob forte clima de