LÍNGUA PORTUGUESA
BEM-VINDO À DISCIPLINA TELETRANSMITIDA
LÍNGUA PORTUGUESA
COESÃO E COERÊNCIA
TEXTUAIS
Apresentaremos
dois
fenômenos
fundamentais na constituição dos sentidos
nos textos: a coesão e a coerência textuais.
Mas, antes... ENTENDENDO A NOÇÃO DE
TEXTO
• Já sabemos que não nos comunicamos apenas por
palavras. Por isso, dizemos que o texto pode ser verbal
(com palavras) e não-verbal (com imagens, expressões
fisionômicas, sinais, símbolos, cores, traços).
• Os sinais de trânsito se constituem em unidades de
significação para aqueles que os compreendem. São,
portanto, TEXTOS para os indivíduos capazes de
interpretá-los. Imagine se as pessoas, principalmente os
motoristas, não soubessem ler seus significados. Nossa
vida (moderna) se tornaria o caos, não?
• Como já pudemos entender, o texto é uma forma
de nos manifestarmos, quando queremos nos
comunicar. É frequente o uso de linguagem verbal
e não-verbal, por exemplo, em propagandas,
sejam elas veiculadas na televisão ou em veículos
impressos como jornais e revistas, nas quais,
geralmente, precisamos associar o texto à imagem
para depreender seu real sentido.
Coesão:
- ocorre NO texto;
- opera no nível micrototextual, ou seja, atua
na organização da sequência textual;
-revela-se através de marcas linguísticas,
organizando a sequência do texto.
Coerência:
- é construída A PARTIR do texto, em uma
situação comunicativa específica, envolvendo
um conjunto de conhecimentos;
- opera no nível macrotextual, ou seja, ela é o
resultado da organização dos componentes do
texto somada a processos cognitivos que
atuam entre o usuário e o produtor do texto;
- não se encontra no texto, uma vez que é
construída pelo leitor com base em seus
conhecimentos.
Koch e Elias (2007:187) destacam que
“em um segundo momento, todavia,
percebeu-se que a distinção entre
coesão e coerência não podia ser
estabelecida de maneira radical,
considerando-se ambas fenômenos
independentes.”
Há texto coerente sem elos
coesivos explicitados
linguisticamente?
Somente a coesão não é suficiente nem
necessária para que haja um texto porque “(...)
há muitas sequências linguísticas com pouco ou
nenhum elemento coesivo, mas que constituem
um texto porque são coerentes e por isso têm o
que se chama de textualidade.” Koch e
Travaglia (2001:43)
Circuito Fechado
(Ricardo Ramos)
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova,
creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel,
espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água
quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa,
abotoaduras, calça, meia, sapatos, gravata, paletó. Carteira,
níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de
cigarros, caixa de fósforo. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e
pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta,
carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro,
papeia, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de
notas, espátula, pastas, caixa de entrada, de saída, vaso com
plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara
pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios,
cartas, notas, vales, cheques [...]
(In. Koch e Travaglia: 2001, 61)
Apesar da ausência de elementos
coesivos, conseguimos estabelecer a
coerência desse texto.
A presença de elementos coesivos não é
suficiente para garantir a coerência de um texto
porque há sequências linguísticas para as quais
não é possível estabelecer um sentido global
apesar de haver coesão entre as frases.
Exemplo (2):
O livro que eu comprei foi traduzido do
francês, no entanto, os empregados estão em
férias. Ainda que tenhamos viajado em nosso
carro novo, ele ainda não foi fabricado.
CONCLUSÃO
A coesão não é suficiente para que enunciados
se constituam em textos. Apesar disso, textos
escritos necessitam de elementos coesivos que
facilitem sua compreensão.
Alguns tipos de coesão:
1) Coesão lexical ou referencial.
2) Coesão sequencial.
COESÃO REFERENCIAL
Ocupa-se em entender como referentes,
que foram introduzidos no texto, podem ser
retomados mais adiante.
Exemplo (3):
Nova espécie de ave é descoberta na Grande SP
O IBAMA anunciou ontem a descoberta de uma nova ave,
o bicudinho-do-brejo-paulista.
O Stymphalornissp.nov (a terminação indica que o animal
não recebeu a denominação definitiva da espécie) foi
encontrados pelo professor Luís Fábio Silveira, do
Departamento de Zoologia da USP, em áreas de brejo
nos municípios de Paraitinga e Biritiba-Mirim, na Grande
São Paulo, em fevereiro. O pássaro tem pouco mais de
10 centímetros de comprimento, capacidade pequena de
voo e penugem escura.
Fonte: O Estado de São Paulo, 6 de maio 2005, p. A18.
Substituição
Ex. (4) Maria comeu um sanduíche no almoço
e João também.
Ex. (5) Minha amiga comprou um cachorro. Eu
também quero um.
Reiteração
a) Repetição do mesmo item lexical.
Ex. (6) O menino come, come, come.
b) Sinônimos.
Ex. (7) Comprei um carro novo. Agora, com o
meu possante, ninguém me segura!
c) Hiperônimos e hipônimos.
Ex. (8) Alguns felinos estão ameaçados.
Esses animais precisam ser preservados.
d) Expressões nominais definidas.
Ex. (9) Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil,
será candidata nas próximas eleições. A
petista está confiante.
e) Nomes genéricos.
Ex. (10) Maria voltou toda feliz e comprou
bolsas, sapatos, novas roupas, colares. Todas
aquelas coisas servirão como um estímulo à
sua nova vida.
AULA 12
COESÃO SEQUENCIAL
a) por meio das concordâncias nominais e
verbais;
b) por meio da sequenciação temporal ou
coesão temporal;
c) por conexão.
a) por meio das concordâncias nominais e verbais:
Exemplo (11):
Foi a rainha Dona Maria I, de Portugal, quem declarou que
os advogados faziam jus o título de doutor. Antes deles,
apenas os médicos e os professores tinham direito a tal
tratamento, numa época em que a palavra “doutor” estava
mais de acordo com sua origem etimológica.
Com efeito, procede do verbo latino docere, ensinar, de
onde, aliás, o português tirou docente. Médicos e
professores ensinavam sempre.
(Extraído de Advogados, cicerones e brocardos. In. A língua nossa de cada dia.
Osasco, SP; Novo Século Editora, 2007.)
b) por meio da sequenciação temporal ou coesão
temporal:
Exemplo (12)
Vou-me embora pra Pasárgada
(Manuel Bandeira)
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive.
Texto extraído do livro Bandeira a Vida Inteira, Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90
O poeta compara a imaginária Pasárgada, lá, onde tudo
será muito melhor a aqui, o lugar onde está o poeta.
Os advérbios lá e aqui situam o processo verbal no
espaço, tendo como ponto de referência o emissor.
O advérbio não, junto ao verbo ser (não sou feliz) expressa
a negação do estado de felicidade, outra característica
negativa do aqui.
O advérbio nunca indica o tempo de realização do
processo verbal expresso por ter (nunca terei).
OBS.: Há uma revisão a respeito de advérbios no material
do aluno.
Outros exemplos de coesão temporal
Ordenação linear dos elementos.
Exemplos:
(13) Levantou, tomou banho e saiu.
(14) Saiu, tomou banho e levantou.
Expressões que estabelecem a ordenação temporal.
Exemplos:
(15) Ele chegou primeiro e eu cheguei depois.
(16) Mal a novela começou, a televisão parou de funcionar.
(17) Depois que a Maria morreu, o João foi para o interior.
Partículas temporais.
Exemplo (18): Ele deve vir amanhã.
c) Sequenciação por conexão:
Em um texto, os enunciados estão
interligados através da presença de
operadores lógicos, argumentativos ou
através de pausas.
Exemplo (19)
O presidente Lula não domina a norma culta da língua
portuguesa, mas fala bem. Fala bem por quê? Porque tem
o que dizer e, por intuição, sabe como fazê-lo. [...] não vai
ao teatro, não compra livros, não frequenta bibliotecas, não
vai ao cinema. Não é que nunca vai. Nunca foi! Quando não
podia, porque não podia. Quando pôde, não foi porque não
quis. Agora pode e não vai porque não quer. Entre os que
o cercam, há gente culta e bem pensante, mas há também
um bando de ignorantes cuja rudeza e truculência são
assustadoras.
(Adaptado de Silva, Deonísio da. Falar e conversar. In. A língua nossa de cada dia.
Osasco, SP; Novo Século Editora, 2007.
No exemplo (20), podemos observar:
• o uso do operador ‘mas’ em dois momentos em que
o autor quis expor, em uma oração,
ideias
contrárias às da oração anterior;
• O uso do operador ‘porque’, com valor explicativo,
em três momentos diferentes;
• Dois usos do operador ‘quando’, ambos com valor
temporal
A COERÊNCIA TEXTUAL
A coerência está diretamente ligada à
possibilidade de se estabelecer um sentido
para o texto.
A coerência depende de alguns fatores:
• conhecimento do mundo e o grau em que esse
conhecimento deve ser ou é compartilhado pelos
interlocutores;
• domínio das regras que norteiam a língua: isto
vai possibilitar as várias combinações dos
elementos linguísticos;
• os próprios interlocutores, considerando a
situação em que se encontram, as suas
intenções de comunicação, suas crenças, a
função comunicativa do texto.
No processo de calcular o sentido e estabelecer a
coerência de um texto, os conhecimentos do
interlocutor são muito importantes.
Fonte: Custódio www.ratodesebo.com
A análise das respostas do rato e do burro,
personagens da tirinha, nos leva a perceber que
ambos
apresentam
conhecimentos
diferenciados. Enquanto que o rato cita uma
série de pensadores, o burro torna o texto
coerente, tendo como base o seu conhecimento
de mundo.
Tipos de Coerência
• 1. Coerência Semântica. Diz respeito à combinação dos
significados da sequência linguística. Quando os
sentidos não combinam a sequência torna-se
contraditória.
•
• Exemplo (20):
• Ele comprou um carro novo. Esse veículo de
comunicação é muito veloz.
• O sintagma ‘carro novo’ pode ser retomado pela palavra
‘veículo’, mas não pelo sintagma ‘veículo de
comunicação’.
• 2. Coerência Sintática. Refere-se aos meios
sintáticos usados para expressar a coerência
semântica: conectivos, pronomes etc.
• Exemplo (21):
• Ele comprou um carro novo, mas continua sem
carro novo.
• 3. Coerência Estilística. Um texto deve manter
um estilo uniforme, ou seja, deve-se evitar a
mistura de registros. Ainda que ela não
prejudique a interpretabilidade de um texto, ela
deve ser evitada, a menos que seja usada
propositalmente, como um recurso estilístico.
Esse uso proposital ocorre, muitas vezes,
quando dizemos “Não sou contra, nem a favor,
muito pelo contrário”.
• 4. Coerência Pragmática. Quando pertencemos a
um determinado grupo social, somos capazes de
perceber uma série de ‘deixas’ em termos de usos
da língua. Imagine a seguinte situação. Estamos
em uma sala com o ar condicionado ligado e
dizemos a uma pessoa sentada próxima ao
aparelho “Nossa, como a sala está gelada”. Ainda
que não tenhamos feito um pedido de forma direta,
provavelmente, esse indivíduo irá nos perguntar
algo como “Quer que eu altere a temperatura?”
Explicitude e implicitude de
informações
Exemplo (6)
Palavras sem conteúdo
A reportagem de dezembro é fantástica. Finalmente
uma revista abordou um assunto tão importante
para a Formação do Professor Brasileiro. Sou
estudante de Letras e simplesmente não aguento
esta chatice: Professores e alunos se apropriarem
de frases como as citadas para explicar toda e
qualquer situação. Como se elas não precisassem
de um contexto ou uma ocasião para serem
proferidas!
MDC
Seropédica , RJ, por e-mail.
•
•
•
•
Trata-se de um texto enviado, por email, por
MDC, de Seropédica (Informações explícitas, ao
final do exemplo.)
MDC se refere a uma reportagem. (Informação
explícita na primeira frase do texto).
Esta reportagem foi publicada em dezembro
(Informação explícita na primeira frase do texto).
MDC é estudante de Letras e se revolta pelo uso
inadequado de expressões na área.
•
•
•
O que está implícito na mensagem de MDC?
Pode-se dizer que MDC:
esperava uma atitude pública desta natureza: a
publicação de um material que fizesse crítica à
mesmice no uso de palavras da área – utiliza o
advérbio “finalmente”, para se referir à
publicação da matéria”;
adorou a reportagem – faz uso do adjetivo
“fantástica” para qualificar a matéria;
é muito crítica – o advérbio “simplesmente”
acentua seu incômodo acerca do assunto.
As
informações
fundamentadas
explícitas.
implícitas
nas
estão
informações
Um texto nos passa informações nas entrelinhas,
informações essas que estão fundamentadas nas
informações explícitas.
(1) “José parou de fumar.”
(2) “Até você comprou um carro!”
(3) “Ele chegou em último lugar.”
Exemplo (7)
APESAR DE O CADERNO SER PARA
TURISTAS NÃO VAMOS AUMENTAR O
PREÇO.
Novo Viagem do JB. Agora aos domingos.
Pressuposto: artigos para turistas têm seu
preço acrescido.
A propaganda versa sobre um caderno do
Jornal do Brasil cujo objetivo é fornecer matéria
e dicas para quem gosta de viajar.
O uso de “apesar de” pressupõe a informação.
Exemplo (8)
DO GALEÃO AO CENTRO,
UMA VIA-CRÚCIS PARA OS TURISTAS
Mau cheiro, miséria, risco de bala perdida são
as boas-vindas do Rio
(Jornal do Brasil, 06/08/2009, p. A11)
- a palavra “via-crúcis” pressupõe uma ideia
negativa do que seja chegar ao Rio de Janeiro.
- o sintagma ‘do Rio’ para complementar o
substantivo boas-vindas.
‘boas-vindas ao Rio’ ≠ ‘boas-vindas do Rio’
(preposição ‘de’ indicativa de posse.)
Exemplo (9)
Sobrevivem a incêndio 70% da obra de
Hélio Oiticica, que será restaurada
(Jornal O Globo, 31/10/2009, p. 15)
• A inversão do sujeito leva a problemas de
concordância.
• “70% da obra de Hélio Oiticica” é o sujeito da
oração. Como há um número percentual
(“70%”) acompanhado de um especificador
(“da obra de Hélio Oiticica”) a concordância
pode ser feita tanto com o número percentual
quanto com o especificador.
Exemplo (10)
(Disponível em http://n.i.uol.com.br/uolnews/monkeynews_charge_balaperdida.jpg)
• Compreensão
relativamente
simples:
os
problemas que ocorrem com frequência no Rio de
Janeiro.
• Ironia na ‘fala’ da bala: ela, ‘educadamente’,
utiliza o pronome de tratamento ‘senhor’ e
modaliza o discurso com o uso de ‘poderia’.
• Pontuação: ponto de interrogação seguido do
ponto
de
exclamação
marcando,
concomitantemente, entoação interrogativa e
exclamativa.
• O advérbio “meio” usado invariavelmente, o que
vai ao encontro do estabelecido pela norma.
Ambiguidade: lexical e sintática
Exemplo (11) – ambiguidade lexical
_ Como você ousa dizer palavrões na frente a
minha esposa?
_ Por quê? Era a vez dela?
Exemplo (12) – ambiguidade estrutural
Os políticos e os eleitores inteligentes farão um
Senado mais digno.
- Não se sabe se “inteligentes” modifica eleitores
e políticos ou apenas eleitores.
- A sentença aceita duas análises sintáticas
diferentes.
A partir dos exemplos apresentados, foi possível
perceber a integração entre os elementos
linguísticos e extralinguísticos no processo de
construção de sentido do texto.
Ao analisarmos aspectos ligados à morfologia, à
sintaxe e à escolha lexical, facilitamos nossa
compreensão do texto.
Neste processo, também destaca-se a importância
do conjunto de conhecimentos que temos acerca
das coisas do mundo.
Te peguei
Exercícios resolvidos
Questão 1. Analise a propaganda e seguir
observando-se a ambiguidade nela presente.
CASCAS
As estrelas da natureza em revista / Beterraba relata
emocionada: “nunca neguei que vim de baixo”.
(Revista Caderno Integrante do Jornal O Globo,
25/09/2005).
COMENTÁRIO. Todo o contexto da propaganda foi
realizado em virtude do trocadilho feito com o nome da
revista CASCAS, uma referência à revista CARAS, que
aborda o comportamento e o estilo de vida dos artistas.
A ambigüidade nesta propaganda encontra-se no uso dos
vocábulos estrelas e baixo. Temos o termo estrelas que
assume valor conotativo, significando celebridade. Além
disso, a propaganda utiliza intencionalmente o termo
baixo, já que realmente o referido legume vem da raiz,
vem da terra, ou seja, vem de baixo. A beterraba, ao
declarar que vem de baixo (baixo estrato social), afirma
que nunca, jamais, se esqueceu de sua origem humilde.
Questão 2. Leia o parágrafo a seguir.
“Fiquei muito emocionada lendo a reportagem, porque, por
alguns momentos, revivi minha experiência como mãe.
Meu filho teve câncer aos 13 anos. Hoje, com 15, está
somente
fazendo
acompanhamento,
terminou
a
quimioterapia em janeiro deste ano. Somos vencedores,
mas o cuidado é constante.”
(CCB. Bento Gonçalves, RS)
(Extraído de Revista Época. Caixa Postal, 29 de dezembro de 2008.p.10)
Ao dizer “Somos vencedores...” a leitora informa:
(a) uma decepção.
(b) uma convicção.
(c) uma dúvida.
(d) uma ironia.
Ao dizer “Somos vencedores...” a leitora informa:
(a) uma decepção.
(b) uma convicção.
(c) uma dúvida.
(d) uma ironia.
Questão 3.
Carta ao Tom
Chico Buarque
Composição: Toquinho - Tom Jobim - Chico Buarque
Rua Nascimento Silva, 107
Você ensinando pra Elizete
As canções de canção do amor demais
Lembra que tempo feliz
Ah! que saudade
Ipanema era só felicidade
Era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
A que ponto a cidade turvaria
Esse Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela
E além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza
É preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar um novo amor
(Fonte: http://letras.terra.com.br/chicobuarque/85945/
Ainda que não se tenha conhecimento do contexto de produção
da letra da música acima, ao lê-la atentamente, compreende-se
que o Rio de Janeiro:
(a) perdeu a tranquilidade de outrora.
(b) criou uma nova garota de Ipanema.
(c) lembrou dos tempos da Elisete.
(d) inventou um novo amor.
COMENTÁRIO. Não há dados na letra da música para que as
letras (b), (c) e (d) sejam consideradas corretas. Ainda que a
letra (c) cause dúvida, já que a letra nos diz “Você ensinando
pra Elizete/As canções de canção do amor demais’, atente-se
para o detalhe que a pergunta está centrada no Rio de Janeiro.
Ainda que não se tenha conhecimento do contexto de produção
da letra da música acima, ao lê-la atentamente, compreende-se
que o Rio de Janeiro:
(a) perdeu a tranquilidade de outrora.
(b) criou uma nova garota de Ipanema.
(c) lembrou dos tempos da Elisete.
(d) inventou um novo amor.
COMENTÁRIO. Não há dados na letra da música para que as
letras (b), (c) e (d) sejam consideradas corretas. Ainda que a
letra (c) cause dúvida, já que a letra nos diz “Você ensinando
pra Elizete/As canções de canção do amor demais’, atente-se
para o detalhe que a pergunta está centrada no Rio de Janeiro.
Questão 4
"Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as
mocinhas do tempo, PORQUE isto não é romance, em que o autor
sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; MAS
também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou
espinha, não."
No período anterior, PORQUE e MAS introduzem, respectivamente,
as idéias de
a) causa e conclusão.
b) explicação e oposição.
c) conseqüência e oposição.
d) oposição e alternância.
e) conclusão e conseqüência.
Questão 4
"Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as
mocinhas do tempo, PORQUE isto não é romance, em que o autor
sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; MAS
também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou
espinha, não."
No período anterior, PORQUE e MAS introduzem, respectivamente,
as idéias de
a) causa e conclusão.
b) explicação e oposição.
c) conseqüência e oposição.
d) oposição e alternância.
e) conclusão e conseqüência.
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