I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
I ESTUDO SESVESP SOBRE O
SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS
DE SEGURANÇA PRIVADA
Cleber da Silva Lopes
1a edição
1
FICHA TÉCNICA
REALIZAÇÃO
SESVESP - Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica, Serviços
de Escolta e Cursos de Formação do Estado de São Paulo
PRODUÇÃO EDITORIAL
Presidente do SESVESP: José Adir Loiola
1° Vice Presidente do SESVESP: João Eliezer Palhuca
2° Vice Presidente do SESVESP: Autair Iuga
Concepção, Coordenação e Autoria: Cleber da Silva Lopes
Revisão e Diagramação: Lilian Ferracini
© 2012 SESVESP
Rua Bernardino Fanganiello, 691 - Casa Verde
CEP: 02512-000 – São Paulo, SP
Fone/Fax: (11) 3858-7360
www.sesvesp.com.br
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................8
1. NOTAS METODOLÓGICAS.................................................................................................................................9
1.1 Dados de Fontes Primárias..............................................................................................................................9
1.2 Dados de Fontes Secundárias........................................................................................................................10
2. PERFIL DAS EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA............................................................................................13
2.1 Empresas Autorizadas...................................................................................................................................13
2.2 Empresas Efetivas.........................................................................................................................................14
2.3 Concentração da Oferta de Serviços...............................................................................................................15
2.4 Tempo de Atuação das Empresas...................................................................................................................16
2.5 Perfil da Demanda por Vigilância Patrimonial...................................................................................................16
2.6 Perfil dos Empresários...................................................................................................................................18
2.7 Perfil dos Vigilantes.......................................................................................................................................19
3. CRESCIMENTO DO SEGMENTO........................................................................................................................22
3.1 Número de Empresas Autorizadas..................................................................................................................22
3.2 Número de Vigilantes Ocupados.....................................................................................................................24
4. EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA E SEGURANÇA PÚBLICA...........................................................................26
ÍNDICE DE TABELAS, GRÁFICOS E QUADROS
Tabelas
Tabela 1: Empresas de Segurança Privada, Cursos de Formação e Vigilantes Autorizados - Brasil,
Grandes Regiões e Estados (maio de 2011)..........................................................................................................13
Tabela 2: Empresas de Segurança Privada Autorizadas e Efetivas - Estado de São Paulo (maio de 2011)...................14
Tabela 3: Atividades das Empresas Efetivas - Estado de São Paulo (maio de 2011)..................................................14
Tabela 4: Perfil da Demanda Por Vigilância Patrimonial Segundo o Tamanho das Emp. no Est. de São Paulo
Pesquisa SESVESP (ago/2011).............................................................................................................................17
Tabela 5: Características Pessoais do Principal Executivo das Empresas de Segurança Privada
Pesquisa SESVESP (agosto de 2011)....................................................................................................................18
Tabela 6: Características do Vínculo do Principal Executivo das Empresas de Segurança Privada
- Estado de São Paulo - Pesquisa SESVESP (agosto de 2011).................................................................................19
Tabela 7: Características dos Vigilantes Ocupados em Empresas de Segurança Privada - 2009..................................20
Tabela 8: Características dos Vínculos de Vigilantes Ocupados em Empresas de Segurança Privada - (2009)*............21
Tabela 9: Características dos Cancelamentos de Empresas de Segurança Privada
- Estado de São Paulo (2008-2009)......................................................................................................................24
Tabela 10: Vigilantes Ocupados em Empresas de Segurança Privada - 2007 a 2009.................................................24
Tabela 11: Evolução dos Principais Crimes Registrados - Estado de São Paulo.........................................................25
Tabela 12: Profissionais de Segurança Privada e Profissionais de Segurança Pública
- Brasil, Grandes Regiões e Estados (2007).........................................................................................................26
Tabela 13: Ranking dos Estados com Maior Número de Policiais (Civis e Militares) e
Vigilantes Ocupados em Empresas de Segurança Privada (2007)............................................................................27
Gráficos
Gráfico 1: Intervalos de Confiança Obtidos a Partir das Respostas ao Questionário da Pesquisa Perfil da Demanda
por Vigilância Patrimonial (agosto de 2011)............................................................................................................9
Gráfico 2: Tamanho das Empresas de Segurança Privada Efetivas e Concentração do Setor Estado de São Paulo (maio de 2011)....................................................................................................................15
Gráfico 3: Participação das Maiores Empresas de Segurança Privada no Total de Vigilantes Ocupados Estado de São Paulo (maio de 2011)....................................................................................................................15
Gráfico 4: Tempo Médio de Atuação das Empresas de Segurança Privada Efetivas
- Estado de São Paulo (maio de 2011)..................................................................................................................16
Gráfico 5: Perfil da Demanda por Vigilância Patrimonial no Estado de São Paulo - Pesquisa Perfil da Demanda por
Vigilância Patrimonial (setembro de 2011)............................................................................................................17
Gráfico 6: Escolaridade dos Vigilantes Ocupados em Empresas de Segurança Privada
- Estado de São Paulo (2007-2009)......................................................................................................................20
Gráfico 7: Número de Empresas Autorizadas - Estado de São Paulo.......................................................................22
Gráfico 8: Taxa de Abertura e Cancelamento de Empresas de Segurança Privada Estado de São Paulo......................23
Gráfico 9: Evolução do Efetivo da Polícia Militar, Polícia Civil e Empresas de Segurança Privada
- Estado de São Paulo.........................................................................................................................................28
Quadros
Quadro 1: CNAE 2.0 que Inclui o Setor de Segurança Privada................................................................................11
Quadro 2: CBO 2002 que Inclui os Profissionais de Segurança Privada....................................................................12
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
6
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
APRESENTAÇÃO
É
através do conhecimento de sua história que a sociedade se desenvolve e evolui. E, para o registro
dessa história, ferramentas como pesquisa, dados estatísticos e análises técnicas são necessárias, afinal
informações precisam ser estudadas e compiladas para a compreensão posterior.
Esse é o papel do I Estudo SESVESP Sobre o Segmento Prestador de Serviços de Segurança Privada: compilar e analisar a realidade do segmento para compreendermos melhor nossas necessidades e pontos fracos
e fortes.
Elaborado por Cleber da Silva Lopes, um dos maiores estudiosos da segurança privada no Brasil, o I Estudo
SESVESP vem agregar importantes dados aos planejamentos estratégicos das empresas do setor e também
de seus clientes.
Continuaremos desenvolvendo estudos como este que agora se apresenta para cumprir nossa missão de
promover a integração e o fortalecimento da segurança privada, através do associativismo e de práticas que
preservem os elevados padrões éticos e morais, com o propósito de assegurar o seu caráter de ferramenta
para o desenvolvimento econômico e social. Para tanto, nossas diretrizes determinam que divulguemos informações relevantes para o setor que possam alavancar a busca por soluções inovadoras e sólidas.
Esperando contar com a participação de mais empresas pesquisadas em um próximo estudo, desejamos
que façam bom uso e que analisem e sugiram outras abordagens a este pioneiro trabalho.
Boa leitura!
José Adir Loiola
Presidente do SESVESP
7
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
INTRODUÇÃO
O I Estudo SESVESP Sobre o Segmento Prestador de Serviços de Segurança Privada apresenta um diagnóstico do segmento que congrega as empresas especializadas na prestação de serviços de segurança privada, que é representado no território paulista pelo SESVESP - Sindicato das Empresas de Segurança Privada,
Segurança Eletrônica, Serviços de Escolta e Cursos de Formação do Estado de São Paulo. O foco do estudo
são as empresas de capital privado que possuem autorização de funcionamento concedida pelo Ministério da
Justiça/Polícia Federal, nos termos da Lei n°. 7.102/83, para comercializar serviços de vigilância patrimonial,
transporte de valores, escolta armada e segurança pessoal privada. Também faz parte do estudo os chamados
cursos de formação de vigilantes, empresas cuja atividade-fim não é comercializar serviços de segurança e sim
formar, especializar e reciclar a mão-de-obra que atuará nas empresas especializadas na prestação de serviços
de segurança privada.
As empresas de segurança privada formam a parte mais importante do que a legislação brasileira chama
de segurança privada, setor de atividades que também inclui o segmento de segurança orgânica, formado por
empresas e organizações autorizadas a executar seus próprios serviços de vigilância patrimonial e transporte
de valores. Embora o segmento especializado seja a parte mais importante e visível do setor de segurança privada, há escassez de informação atualizada e de qualidade sobre esse segmento. Essa ausência de informação
se reproduz no Estado de São Paulo, unidade federativa que concentra a maior parte da oferta de serviços de
segurança privada do país.
Para preencher parcialmente essa lacuna, o I Estudo SESVESP foi desenvolvido com o objetivo de esclarecer a sociedade, órgãos reguladores, empresários e trabalhadores do setor de segurança privada a respeito das principais características do segmento responsável pela oferta de serviços de segurança privada. O
estudo investiga o perfil das empresas de segurança privada, o crescimento dessas empresas no mercado e
sua importância para a segurança da sociedade. O alvo do estudo são as empresas de segurança privada que
atuam no Estado de São Paulo, mas dados mais gerais são apresentados de modo a contextualizar o segmento
paulista especializado na prestação de serviços de segurança privada dentro do contexto nacional e regional.
O estudo está organizado em três partes. A primeira parte explica os procedimentos metodológicos utilizados para a produção dos dados que compõem o estudo. Não recomendamos o uso dos dados disponibilizados
nesse trabalho sem a leitura dessa primeira parte, que explica detalhadamente onde e como os dados foram
obtidos. A segunda parte traça o perfil das empresas de segurança privada. São apresentados e analisados
dados de fontes primárias e secundárias sobre as dimensões do segmento, as atividades desempenhadas
pelas empresas, a concentração da oferta de serviços, a organização do mercado tomador de serviços e o
perfil dos executivos e vigilantes que dão vida às empresas. A terceira parte mobiliza fontes secundárias para
analisar o crescimento do segmento em termos de número de empresas autorizadas e número de vigilantes
ocupados. A quarta e última parte do estudo compara as dimensões do segmento responsável pela prestação
de serviços de segurança privada e o segmento formado pelas forças estaduais de segurança pública, visando
mostrar que o primeiro segmento vem aumentando sua importância relativa dentro da oferta de serviços de
segurança atualmente disponíveis no Brasil e Estado de São Paulo. Assim, espera-se mostrar que, a exemplo
do que ocorreu em outros países, as empresas de segurança privada vêm se tornando atores cada vez mais
importantes para a proteção de pessoas e bens na sociedade brasileira.
8
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
1. Notas Metodológicas
1.1 Dados de Fontes Primárias
Os dados apresentados e analisados nas tabelas e gráficos que compõem o estudo foram produzidos a partir de
fontes primárias e secundárias. Os dados oriundos de fontes primárias, expostos nas tabelas e gráficos que têm o subtítulo Pesquisa Perfil da Demanda por Vigilância Patrimonial, foram produzidos no âmbito de uma pesquisa
de survey que contou com o apoio do SESVESP. O objetivo principal da pesquisa foi traçar o perfil da demanda por
vigilância patrimonial no Estado de São Paulo, medida pelo número de vigilantes alocados por cliente. Paralelamente,
a pesquisa também procurou traçar o perfil do principal executivo à frente das empresas de segurança que operam no
Estado de São Paulo.
Os dados produzidos no âmbito dessa pesquisa foram coletados por meio de um questionário desenhado numa
plataforma de administração de survey on-line. Após ter sido testado em três empresas e ter passado pelos ajustes
necessários, o questionário foi enviado por e-mail a uma amostra aleatória formada por 115 empresas de segurança privada de São Paulo. A população amostrada era composta por 398 empresas de segurança de diferentes tamanhos (ver
Gráfico 1). Visando obter estatísticas com um erro amostral de no máximo 5% com um nível de confiança de 95%,
foi realizada uma amostragem probabilística proporcional ao tamanho das empresas - sampling with probabilities
proportional to size (pps sampling). Para operacionalizar essa amostragem, o tamanho das empresas foi definido de
acordo com a quantidade de vigilantes empregado em maio de 2011, conforme dados fornecidos pela Polícia Federal.
A coleta de dados dessa amostra ocorreu no período entre setembro e novembro de 2011. A data de referência
para que as informações sobre o número de vigilantes alocados por cliente fossem fornecidas foi o mês de setembro.
Foram adotados vários procedimentos para assegurar a maior participação possível das empresas na pesquisa: lembretes periódicos por e-mail foram enviados, comunicados presenciais em três plenárias do SESVESP foram emitidos e
contatos individualizados por telefone foram realizados. Apesar dos esforços, poucas empresas responderam ao questionário. Apenas 29 empresas - 11 grandes, 13 médias e 05 pequenas – participaram do estudo, sendo que uma grande
empresa omitiu algumas respostas nas questões referentes ao perfil da demanda por vigilância patrimonial. Embora
as empresas respondentes empregassem cerca de 23% dos vigilantes ocupados em empresas de segurança privada, o
número de respostas foi insuficiente para se obter estimativas adequadas sobre o perfil da demanda por vigilância no
estado de São Paulo. Os intervalos de confiança obtidos para cada uma das variáveis de interesse da pesquisa tiveram
amplitudes muito extensas, frustrando a inferência desejada (ver gráfico 1).
Gráfico 1: Intervalos de Confiança Obtidos a Partir das Respostas ao Questionário da Pesquisa Perfil da Demanda por
Vigilância Patrimonial (agosto de 2011)
9
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
Como alguma informação é melhor do que nenhuma, optamos por apresentar no trabalho os resultados obtidos com
as respostas dadas pelas 29/28 empresas que participaram da pesquisa. As informações fornecidas por essas empresas não
podem ser consideradas representativas das empresas que prestam serviços de vigilância patrimonial no estado de São
Paulo, mas dão indicações importantes a respeito da segmentação do mercado tomador de serviços nesse estado.
1.2 Dados de Fontes Secundárias
Não obstante a pesquisa realizada em fontes primárias, a maior parte do estudo baseou-se em fontes secundárias. Diversas fontes foram mobilizadas. Por ser o orgão público responsável pelo controle da segurança privada no Brasil,
a Polícia Federal foi a principal fonte de dados para a análise do número de empresas, evolução do número de empresas e concentração da oferta de serviços. Os dados utilizados para a análise dessas variáveis foram extraídos do Sistema
Nacional de Segurança e Vigilância Privada (SISVIP), ferramenta tecnológica utilizada pela Polícia Federal para gerir
as informações necessárias ao controle da segurança privada no Brasil. O sistema foi consultado em maio de 2011 por
meio de demanda apresentada à Coordenação Geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP), do Departamento
de Polícia Federal.
As informações fornecidas pelo SISVIP em relação ao número de empresas de segurança privada precisam ser interpretadas com cautela. O SISVIP tende a apresentar números superestimados porque contabiliza o número de empresas
autorizadas, que não necessariamente coincide com o número de empresas efetivamente operando, que são chamadas
nesse trabalho de empresas efetivas. Isso ocorre por duas razões. Em primeiro lugar, empresas que possuem filiais
apresentam autorizações em separado e o SISVIP contabiliza essas autorizações individualmente. Assim, um grupo
empresarial que possui três unidades autorizadas aparece no sistema três vezes, distorcendo o número de empresas
para cima. Em segundo lugar, é possível a existência de empresas autorizadas que aguardam melhores condições de
mercado para dar início às suas operações, bem como de empresas encerradas ou com atividades temporariamente
suspensas que não solicitaram o cancelamento da autorização à Polícia Federal. A maior parte dos dados que tem como
fonte o SISVIP está, portanto, sujeito a distorções.
A primeira distorção foi corrigida. As empresas com filiais foram identificadas e contabilizadas uma única vez
dentro da unidade de análise da qual faziam parte: Brasil, regiões ou estados. Aqui é preciso cuidado. Como algumas
partes do trabalho possuem múltiplas unidades de análise e há empresas que possuem filiais em mais de uma unidade,
a soma das empresas de uma unidade menor não necessariamente corresponderá ao número de empresas na unidade
maior que a engloba (a soma de empresas nos estados da região sudeste não coincide com o número de empresas da
região sudeste, por exemplo). Quanto à segunda distorção, trabalhou-se com a distinção entre empresas autorizadas e
empresas efetivas apenas para o estado de São Paulo, unidade de análise de maior interesse. Para traçar essa distinção
foram adotados dois procedimentos. Em primeiro lugar, a situação de todas as empresas cuja autorização de funcionamento constava como vencida foi checada junto à CGCSP com o intuito de averiguar se as empresas estavam canceladas ou em processo de cancelamento. Uma vez excluídas do banco de dados as empresas canceladas ou em processo
de cancelamento, a relação de empresas resultante foi contraposta a uma lista de empresas fornecida pelo SESVESP.
Foram consideradas empresas efetivas aquelas reconhecidas pelo SESVESP como atuantes no mercado.
A análise sobre a evolução do número de empresas autorizadas no estado de São Paulo baseou-se no número de
empresas com autorização de funcionamento ativa no SISVIP no período entre 1990 e 2010. A contagem do número
de empresas levou em consideração a movimentação de entrada de novas empresas no mercado e a movimentação
de saída de empresas canceladas no período entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de cada ano. Uma empresa foi
considerada nova nas situações em que ainda não havia obtido autorização de funcionamento para atuar no estado,
e cancelada nas situações em que todas suas operações no estado haviam sido encerradas perante a Polícia Federal.
Para operacionalizar a contagem, foram consideradas as datas em que as portarias de autorização de funcionamento
e as portarias de cancelamento foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). Para os casos em que não havia
informações sobre a data de publicação da portaria de cancelamento, utilizou-se a data de validade da última portaria
de autorização de funcionamento.
10
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
Além do SISVIP, diversas outras fontes de dados secundárias foram mobilizadas para compor o trabalho. Os dados
utilizados para as séries históricas relativas ao número de vigilantes ocupados em empresas de segurança privada não
puderam ser obtidos via Polícia Federal, pois o SISVIP não permite consultas por ano. Os dados anteriores a 2011
foram extraídos da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que
no momento da realização do trabalho estava disponível apenas até o ano de 2009. Por meio da RAIS, todo estabelecimento deve fornecer anualmente ao MTE informações referentes a cada um de seus empregados: ocupação exercida
segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), tipo de admissão, vínculo, causas de desligamentos, características individuais (idade, sexo, grau de instrução), etc. Também são fornecidas informações sobre os estabelecimentos:
tipo de atividade que realiza conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), localização geográfica, natureza jurídica, etc. Tendo como base a CNAE e a CBO, é possível delimitar o segmento especializado na prestação de serviços de segurança privada e acompanhar a sua evolução nos últimos anos. Isso foi feito considerando-se
os vínculos empregatícios ativos em 31/12 para os anos 2007, 2008 e 2009. Não foi possível extrair uma série histórica
tão longa quanto à utilizada para a análise da evolução do número de empresas autorizadas, pois ocorreram mudanças
nas duas últimas décadas no enquadramento do setor de segurança privada dentro da CNAE, descontinuando a série
histórica. Por esse motivo, optou-se por analisar os dados somente a partir de 2007, ano seguinte ao último reposicionamento do setor de segurança privada dentro da CNAE.
Embora a RAIS seja uma fonte de dados adequada para analisar o número de vigilantes ocupados em empresas de
segurança privada, as informações extraídas dessa base de dados também estão sujeitas a algumas distorções decorrentes do enquadramento impreciso do setor de segurança privada na CNAE e na CBO. O setor de segurança privada
é atualmente englobado pelas seguintes categorias da CNAE:
Quadro 1: CNAE 2.0 que Inclui o Setor de Segurança Privada
CNAE 2.0 (em vigor a partir de 2006)
Classe 8011-1 – Atividades de Vigilância e Segurança Privada
• Subclasse 8011-1/01 - Atividades de vigilância e segurança privada
• Subclasse 8011-1/02 - Serviços de adestramento de cães de guarda
Classe 8012-9 - Atividades de Transporte de Valores
• Subclasse 8012-9/00 - Atividades de transporte de valores
Fonte: CNAE 2.0
Integram o segmento prestador de serviços de segurança privada apenas as atividades compreendidas pelas subclasses 8011-1/01 e 8012-9/00, assinaladas em verde no quadro 1. Embora as atividades de serviços de adestramento
de cães de guarda não façam parte do segmento especializado na prestação de serviços de segurança privada, essa
atividade não pode ser excluída da análise porque “classe” é o menor nível de desagregação possível da CNAE. Assim,
qualquer análise sobre o setor de segurança privada a partir de dados da RAIS será distorcida pelos serviços de adestramento de cães de guarda.
A CBO 2002 também coloca alguns problemas para a delimitação precisa do número de profissionais de segurança
privada em atuação no Brasil. Uma comparação entre a descrição dos cargos previstos na Convenção Coletiva/Dissídio
Coletivo do SESVESP e a descrição das ocupações da CBO 2002 mostra que os profissionais de segurança privada integram duas famílias ocupacionais (ou grupos de base), conforme quadro 2 .
Os profissionais de segurança privada estão enquadrados nas ocupações assinaladas em verde no quadro 2. Contudo, um olhar mais atento para a descrição dessas ocupações revela que nem todas são típicas do setor formal de
Na CBO 2002 “ocupação” é um conceito sintético construído pelos analistas a partir da agregação de empregos ou situações
de trabalho similares quanto às atividades realizadas. Assim, o conceito não coincide com as atividades exercidas pelo cidadão em
um emprego ou outro tipo de relação de trabalho (autônomo, por exemplo). “Família Ocupacional”, por sua vez, é uma unidade de
classificação descritiva mais desagregada. Assim como a ocupação, o grupo de base ou família ocupacional é uma categoria sintética,
um construto elaborado a partir de informações reais, mas que não existe objetivamente.
1
11
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
segurança privada. Ocupações como “guarda valores” e “segurança comunitária”, por exemplo, não fazem parte do
universo legal da segurança privada. Como ocupação é o menor nível de desagregação possível da RAIS, foi necessário
adotar filtros para minimizar as distorções decorrentes da agregação imprecisa da CBO. O procedimento adotado foi
extrair os dados da RAIS levando em consideração os pré-requisitos individuais necessários ao exercício da profissão
de vigilante: idade igual ou superior a 21 anos e escolaridade igual ou superior a 4° série do ensino fundamental. Com
esse procedimento, espera-se ter alcançado o número mais próximo possível ao de pessoas ocupadas com as atividades
legais de segurança privada.
Quadro 2: CBO 2002 que Inclui os Profissionais de Segurança Privada
Família Ocupacional 5173 - Vigilantes e Guardas de Segurança
• Ocupação 5173-05 - Agente de proteção de aeroporto: Vigilante de aeroporto.
• Ocupação 5173-10 - Agente de segurança: Segurança comunitária, Segurança de evento, Segurança pessoal.
• Ocupação 5173-15 - Agente de segurança penitenciária: Agente penitenciário, Carcereiro,
Chaveiro-carcereiro, Guarda de presídio, Guarda penitenciário, Inspetor de presídio.
• Ocupação 5173-20 - Vigia florestal: Guarda-rural, Guarda-territorial, Inspetor de guarda-territorial, Mateiro-guarda florestal.
• Ocupação 5173-25 - Vigia portuário
• Ocupação 5173-30 - Vigilante: Agente de segurança ferroviária, Assistente de segurança, Auxiliar
de segurança, Auxiliar de serviço de segurança, Encarregado de portaria e segurança, Encarregado
de segurança, Encarregado de vigilância - organizações particulares de segurança, Fiscal de segurança,
Fiscal de vigilância - organizações particulares de segurança, Fiscal de vigilância bancária, Guarda de
banco - organizações particulares de segurança, Guarda de cais do porto, Guarda de comporta - canais ou portos, Guarda de segurança - empresa particular de segurança, Guarda de vigilância, Guarda
ferroviário, Guarda portuário, Guarda valores, Guarda vigia, Guarda-civil, Guarda-costas, Inspetor de
vigilância, Ronda - organizações particulares de segurança, Rondante - organizações particulares de
segurança, Vigilante bancário.
Família Ocupacional 5103 - Supervisores dos Serviços de Proteção, Segurança e Outros.
• Ocupação 5103-05 - Supervisor de bombeiros: Encarregado de bombeiros, Líder de bombeiros.
• Ocupação 5103-10 - Supervisor de vigilantes: Inspetor de segurança, Supervisor de segurança
(vigilância), Supervisor de segurança patrimonial.
Fonte: CBO 2002
Além das fontes mencionadas acima, outras fontes secundárias de apoio foram utilizadas de modo a aprofundar
algumas análises. Os dados sobre as forças estaduais de segurança pública (polícia militar e polícia civil) são os disponibilizados pelo Ministério da Justiça (MJ) por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP). Como
esses dados estão disponíveis somente até 2007, optou-se por usar dados da RAIS deste mesmo ano para comparar a
distribuição relativa de vigilantes e policiais nas 27 unidades da federação. Para o caso de São Paulo, os dados utilizados
foram os fornecidos diretamente pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), de onde também foram extraídos os dados relativos aos crimes registrados no estado. Os dados populacionais usados para calcular
a relação de profissionais de segurança privada e de segurança pública por habitantes foram os do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). Para o Brasil, grandes regiões e estados considerou-se a população estimada para 1°
de junho de 2007 pela Projeção da População do Brasil por sexo e Idade para o Período 1980 – 2050, versão revisada
em 2004.
12
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
2. Perfil das Empresas de Segurança Privada
2.1 Empresas Autorizadas
Em maio de 2011 o Brasil possuía 1.498 empresas de segurança privada autorizadas, que empregavam cerca de 540
mil vigilantes. Desse total de empresas, 429 atuavam no Estado de São Paulo (29%). Segundo dados da Polícia Federal, essas 429 empresas empregavam 167 mil vigilantes, o equivalente a 31% do total de vigilantes regulares em atividade no país.
As dimensões do segmento responsável pela oferta de cursos de formação de vigilantes no Estado de São Paulo são menos
expressivas, mas São Paulo também se destaca. Em maio de 2011, 20% das escolas de formação de vigilantes (43 escolas) tinham autorização para atuar no estado de São Paulo (ver tabela 1). Esses números não deixam dúvidas quanto ao fato de que
São Paulo é o maior e mais importante mercado de segurança privada do Brasil. Há mais vigilantes e empresas de segurança
privada autorizadas no estado de São Paulo do que há nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país.
Tabela 1: Empresas de Segurança Privada, Cursos de Formação e Vigilantes Autorizados - Brasil, Grandes Regiões e Estados (maio de 2011)
Empresas Especializadas*
N°
Brasil
%
Cursos de Formação
N°
Vigilantes
%
N°
%
1.498
100,00
216
100,00
539.979
100,00
Rondônia
16
1,07
2
0,93
5.029
0,93
Acre
6
0,40
4
1,85
1.174
0,22
Amazonas
33
2,20
5
2,31
13.729
2,54
Roraima
2
0,13
1
0,46
945
0,18
Pará
42
2,80
10
4,63
12.583
2,33
Amapá
10
0,67
3
1,39
2.464
0,46
Tocantins
12
0,80
2
0,93
2.007
0,37
Norte
108
7,21
25
11,57
37.931
7,02
Maranhão
28
1,87
4
1,85
9.735
1,80
Piauí
11
0,73
2
0,93
4.019
0,74
Ceará
60
4,01
5
2,31
13.752
2,55
Rio Grande do Norte
22
1,47
5
2,31
5.842
1,08
Paraíba
23
1,54
3
1,39
5.871
1,09
Pernambuco
56
3,74
11
5,09
19.690
3,65
Alagoas
16
1,07
3
1,39
4.547
0,84
Sergipe
16
1,07
2
0,93
5.277
0,98
Bahia
141
9,41
12
5,56
35.472
6,57
Nordeste
327
21,83
47
21,76
104.205
19,30
Minas Gerais
101
6,74
9
4,17
33.393
6,18
Espírito Santo
30
2,00
3
1,39
14.459
2,68
Rio de Janeiro
171
11,42
23
10,65
53.546
9,92
São Paulo
429
28,64
43
19,91
167.047
30,94
Sudeste
681
45,46
79
36,57
268.445
49,71
Paraná
125
8,34
12
5,56
24.491
4,54
Santa Catarina
88
5,87
7
3,24
24.117
4,47
Rio Grande do Sul
125
8,34
24
11,11
38.051
7,05
Sul
311
20,76
43
19,91
86.659
16,05
Mato Grosso do Sul
31
2,07
3
1,39
4.381
0,81
Mato Grosso
29
1,94
6
2,78
6.025
1,12
Goiás
63
4,21
7
3,24
13.102
2,43
Distrito Federal
60
4,01
8
3,70
19.231
3,56
Centro-Oeste
155
10,35
24
11,11
42.739
7,91
Fonte: DPF/SISVIP (para detalhes, ver Notas Metodológicas). * Inclui empresas que prestam serviços de vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta armada e segurança pessoal privada.
13
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
2.2 Empresas Efetivas
Nem todas as empresas autorizadas correspondem a empresas que efetivamente operam no mercado prestando serviços de segurança privada. Isso ocorre por duas razões. Em primeiro lugar, é possível a existência de empresas
autorizadas que aguardam melhores condições de mercado para dar início às suas operações. Em segundo lugar, uma
empresa pode encerrar suas atividades ou suspendê-las temporariamente, mas não solicitar à Polícia Federal o cancelamento de sua autorização de funcionamento (para detalhes, ver Conceituação e Notas Metodológicas). Das 429 empresas de segurança privada autorizadas a atuar no estado de São Paulo, 398 (93%) foram reconhecidas pelo SESVESP
como empresas efetivas, ou seja, empresas que prestavam regularmente serviços de segurança privada. Para os cursos
de formação, o SESVESP reconheceu 41 dos 43 cursos com autorização ativa na Polícia Federal (ver tabela 2).
Importante notar que a diferença entre empresas autorizadas e efetivas verificada em maio de 2011 foi menor
do que a encontrada em janeiro de 2010, quando uma versão preliminar deste trabalho foi realizada. No começo de
2010, somente 81% das empresas autorizadas foram reconhecidas pelo SESVESP como efetivamente operando no mercado de segurança privada. A maior proximidade entre o número de empresas autorizadas e efetivas está relacionada
aos esforços realizados pela Polícia Federal no ano de 2010 para cancelar a autorização de funcionamento de empresas
que haviam saído do mercado em anos anteriores (para detalhes, ver seção Número de Empresas Autorizadas).
Tabela 2: Empresas de Segurança Privada Autorizadas e Efetivas - Estado de São Paulo (maio de 2011)
Autorizadas
Empresas Especializadas
Cursos de Formação
Total geral
Efetivas *
429
398 (93%)
43
41 (95%)
472
439 (93%)
Fonte: DPF/SISVIP e SESVESP (para detalhes, ver Conceituação e Notas Metodológicas);
* Exclui as que o SESVESP considera como inativas
A análise das atividades desenvolvidas pelas empresas de segurança que operam no Estado de São Paulo revela que
todas possuem autorização para atuar na área de vigilância patrimonial, mas somente 2% das empresas estão autorizadas a realizar transporte de valores (ver tabela 3). Vigilância patrimonial e transporte de valores são as atividades bases
da segurança privada, ou seja, as atividades para as quais as empresas são inicialmente autorizadas a prestar serviços.
Após um ano atuando nessas atividades, e após comprovar possuir os requisitos exigidos por lei, as empresas de vigilância patrimonial e/ou transporte de valores podem obter autorização para prestar serviços de escolta armada e
segurança pessoal privada, que são consideradas extensões das atividades base. A análise das extensões revelou que as
autorizações para atuar na atividade de escolta armada são muito mais difundidas do que as autorizações para prestar
serviços de segurança pessoal privada, que é um mercado mais restrito. Cerca de 45% das empresas que operam no
mercado paulista possuem autorização para prestar serviços de escolta armada, mas somente 19% estão autorizadas a
oferecer serviços de segurança pessoal privada (ver tabela 3).
Tabela 3: Atividades das Empresas Efetivas - Estado de São Paulo (maio de 2011)
N°
Vigilância Patrimonial
398
100,00
Escolta Armada
179
44,97
75
18,84
8
2,01
Segurança Pessoal Privada
Transporte de Valores
14
%
Fonte: DPF/SISVIP e SESVESP (para detalhes, ver Notas Metodológicas);
* Exclui as que o SESVESP considera como inativas
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
2.3 Concentração da Oferta de Serviços
Uma importante característica do segmento especializado na prestação de serviços de segurança privada no estado
de São Paulo é a presença de grandes empresas dominando a oferta de serviços. As empresas com mais de 1.001 vigilantes correspondem à cerca de 8% do total de empresas existentes, mas empregam quase 70% dos vigilantes ocupados
no segmento (ver gráfico 1). As 05 maiores empresas empregam 25% dos vigilantes. E se considerarmos as 10 maiores,
esse percentual sobe para 40% (ver gráfico 2). No outro extremo, vemos que mais da metade das empresas existentes
são empresas de pequeno porte (menos de 51 vigilantes) que empregam pouco mais de 2% dos profissionais de segurança privada. Destacam-se também as empresas com mais de 51 e menos de 300 vigilantes, que correspondem a 30%
do mercado e empregam 11% dos vigilantes regulares (ver gráfico 1).
Gráfico 2: Tamanho das Empresas de Segurança Privada Efetivas e Concentração do Setor
Estado de São Paulo (maio de 2011)
Gráfico 3: Participação das Maiores Empresas de Segurança Privada no Total de Vigilantes Ocupados
Estado de São Paulo (maio de 2011)
15
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
Esses números indicam que a oferta de serviços de segurança privada no estado de São Paulo, em maio de 2011, era
mais concentrada do que a existente no Brasil, em 2005. Segundo dados do II Estudo do Setor de Segurança Privada
para aquele ano, os 05 maiores grupos brasileiros de segurança privada empregavam 14% dos vigilantes e os 10 maiores
empregavam 21%.
2.4 Tempo de Atuação das Empresas
Em maio de 2011, o tempo médio de atuação das empresas de segurança privada que efetivamente operavam
no Estado de São Paulo era de 09 anos. As pequenas empresas com até 50 vigilantes eram as que tinham o menor tempo
de atuação no mercado (05 anos em média). Por outro lado, as grandes empresas com mais de 1.000 vigilantes eram as
mais experientes. O tempo médio de atuação das empresas desse porte era de 18 anos, o dobro da média do mercado.
Entre esses dois extremos estavam as empresas pequenas (entre 51 e 100 vigilantes) e médias (entre 101 e 1.000 vigilantes), cujo tempo de atuação no mercado variava entre 13 e 8 anos (ver gráfico 3).
Gráfico 4: Tempo Médio de Atuação das Empresas de Segurança Privada Efetivas - Estado de São Paulo (maio de 2011)
2.5 Perfil da Demanda por Vigilância Patrimonial
Dados coletados a partir de um questionário respondido por 28 empresas que atuam no Estado de São Paulo revelaram que os maiores contratantes de serviços de vigilância patrimonial, em termos de número de vigilantes alocados
por cliente, são a administração pública e a indústria, empatados em primeiro lugar, e os bancos. Em setembro de
2011, os órgãos da administração pública nos níveis federal, estadual e municipal demandavam 29% dos vigilantes
patrimoniais ocupados nas empresas que participaram da pesquisa. A mesma proporção de vigilantes patrimoniais era
demandada pela indústria. Os bancos, por sua vez, demandavam 23% dos vigilantes patrimoniais das empresas pesquisadas. O restante dos vigilantes atuava no setor de serviços (8%), nos condomínios residenciais e empresariais (8%)
e em outros ramos de atividade econômica (3%) (ver gráfico 4).
Análise mais detalhada do perfil da demanda por vigilância patrimonial mostra que empresas de diferentes portes
têm inserções distintas no mercado. Os principais clientes das grandes empresas que participaram da pesquisa são a administração pública, a indústria e os bancos. Cerca de 32% dos vigilantes das grandes empresas prestam serviços para a
administração pública, 17% em órgãos da administração direta e 15% em órgãos da administração indireta. Os clientes
da indústria demandam 29% dos vigilantes (13% na indústria nacional e 16% na indústria multinacional), ao passo que
16
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
os clientes do setor financeiro demandam cerca de 23% (14% em bancos privados, 8% em bancos públicos e 0,3% em
bancos mistos). O setor de serviços, os condomínios e as empresas que não se enquadram em nenhuma das categorias
elencadas são menos expressivos na carteira de clientes das empresas de grande porte (ver tabela 4).
Gráfico 5: Perfil da Demanda por Vigilância Patrimonial no Estado de São Paulo
Pesquisa Perfil da Demanda por Vigilância Patrimonial (setembro de 2011)
Tabela 4: Perfil da Demanda Por Vigilância Patrimonial Segundo o Tamanho das Empresas no Estado de São Paulo Pesquisa Perfil da Demanda por Vigilância Patrimonial (setembro de 2011)*
% de vigilantes alocados por cliente
Contratantes
Órgãos públicos
Setor de Serviços
10,11
17,22
16,34
0,00
4,79
14,57
13,41
Indústra Nacional
Total
0,00
14,91
31,79
29,75
50,81
16,74
12,31
13,01
4,32
13,23
16,38
15,97
55,14
29,97
28,69
28,98
Bancos Públicos
0,00
0,40
8,38
7,45
Bancos Privados
1,08
25,98
13,84
15,12
Bancos Mistos
0,00
0,00
0,29
0,26
Subtotal Bancos
1,08
26,38
22,51
22,82
Condomínios Empresariais
4,86
2,50
3,60
3,48
Condomínios Residenciais
7,57
4,39
4,00
4,06
Subtotal Condomínios
12,43
6,89
7,60
7,55
Comércio e Shoppings
1,08
2,13
3,73
3,54
Escolas e Instituições de Ensino Privadas
0,00
1,68
2,97
2,81
Hospitais e Laboratórios Privados
1,62
0,93
1,20
1,17
7,52
Subtotal Serviços
Outros
Amostra
com 28
empresas
0,00
Subtotal Indústria
Condomínios
Grandes
(mais de 1000
vigilantes)
Órgãos Públicos de Administração Indireta
Indústria Multinacional
Bancos
Médias
(101 a 1000
vigilantes
Órgãos Públicos de Administração Direta
Subtotal Órgãos Públicos
Indústria
pequenas
(até 100
vigilantes)
Outros
2,70
4,74
7,89
28,65
17,11
1,51
3,39
100,00
100,00
100,00
100,00
Fonte: Pesquisa Perfil da Demanda por Vigilância Patrimonial (para detalhes ver Conceituação e Notas Metodológicas)
* Amostra com 28 empresas de vigilância patrimonial que responderam à pesquisa
17
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
As empresas de porte médio que responderam ao questionário são as que apresentam a carteira de clientes mais diversificada. Diferentemente das grandes empresas, os principais clientes das empresas médias são a indústria (30% dos
vigilantes) e os bancos (26% dos vigilantes). A categoria outros, que congrega atividades que podem ser consideradas
nichos de mercado (hotéis, construção civil, etc), aparece como o terceiro maior cliente das empresas de tamanho médio, respondendo por cerca de 17% da demanda por vigilantes. Na sequência vêm os órgãos da administração pública,
que alocam 15% dos vigilantes ocupados nas médias empresas (10% na administração direta e 5% na administração
indireta). Os condomínios e o setor de serviços são clientes menos expressivos, demandando 7% e 5% dos vigilantes,
respectivamente (ver tabela 4).
Já as pequenas empresas que participaram da pesquisa têm entre seus principais clientes a indústria, onde 55%
dos vigilantes prestam serviços (51% na indústria nacional e somente 4% na indústria multinacional), e os nichos de
mercado reunidos na categoria outros (29%), que congrega clientes como hotéis, construtoras, casas noturnas, etc.
(ver tabela 4).
2.6 Perfil dos Empresários
A pesquisa realizada para detectar o perfil da demanda por vigilância patrimonial no estado de São Paulo também
objetivou traçar um perfil dos executivos que estão no comando das empresas de segurança. Cerca de 29 empresas
responderam às questões referentes a esse módulo da pesquisa. Em relação à idade do principal executivo à frente da
empresa, a pesquisa encontrou que a maioria tinha entre 41 e 50 anos. A idade média dos 29 executivos pesquisados
foi de 52 anos (ver tabela 5).
A pesquisa também encontrou um perfil escolar elevado entre os executivos. Dos 29 pesquisados, 20 relataram
ter cursado alguma faculdade e 7 disseram ter feito pós-graduação. Apenas dois empresários responderam não ter
curso superior completo. As principais áreas de formação dos executivos são administração e direito. As outras áreas
abrangem cursos como ciências contábeis e economia, dentre outros (ver tabela 5).
Tabela 5: Características Pessoais do Principal Executivo das Empresas de Segurança Privada - Pesquisa Perfil da Demanda por Vigilância Patrimonial (setembro de 2011)*
Características
N° de respostas
Idade
Até 30 anos
1
Entre 31 e 40 anos
3
Entre 41 e 50 anos
10
Entre 51 e 60 anos
7
Acima de 61 anos
8
Idade Média (em anos)
52 anos
Escolaridade
Ensino fundamental
1
Ensino médio
1
Superior Completo
Pós-Graduação
20
7
Principal área de formação
Administração
11
Direito
11
Outras
5
Fonte: Pesquisa Perfil da Demanda por Vigilância Patrimonial (para detalhes ver Notas Metodológicas)
18
* Amostra aleatória composta por 29 empresas de segurança privada que responderam à pesquisa
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
As respostas relativas às características do vínculo dos executivos com o setor de segurança privada mostram que
a maioria dos pesquisados era proprietário da empresa que administrava. Dos 29 executivos que responderam à pesquisa, 14 relataram serem proprietários principais e 13 disseram ser sócios. Somente 2 executivos figuraram como funcionários contratados no mercado. O tempo médio de atuação desses executivos no setor de segurança privada ficou
em torno de 18 anos, o que mostra que as empresas participantes da pesquisa eram administradas por pessoas com
grande experiência dentro do setor (ver tabela 6).
Tabela 6: Características do Vínculo do Principal Executivo das Empresas de Segurança Privada – Pesquisa Perfil da
Demanda por Vigilância Patrimonial (setembro de 2011)
Características
Status do principal executivo
N° de respostas
Funcionário
2
Sócio
13
Proprietário principal
14
Tempo de atuação no setor
Até 5 anos
1
Entre 6 e 10 anos
5
Entre 11 e 20 anos
13
Entre 21 e 30 anos
5
Mais de 30 anos
5
Tempo médio (em anos)
18 anos
Fonte: Pesquisa Perfil da Demanda por Vigilância Patrimonial (para detalhes ver Notas Metodológicas)
* Amostra aleatória composta por 29 empresas de segurança privada que responderam à pesquisa
2.7 Perfil dos Vigilantes
A mão de obra é o insumo mais importante na área de segurança. Apesar da incorporação crescente de novas
tecnologias ao setor de segurança privada, o fator humano continua sendo imprescindível para a prestação de serviços
com qualidade. Dados da RAIS para o ano de 2009 mostram que a maioria dos vigilantes ocupados em empresas de
segurança privada do Estado de São Paulo tinha entre 35 e 45 anos. A idade média da mão de obra ocupada era de 36
anos. Esse perfil etário intermediário era muito próximo da média nacional e da idade média prevalecente nos demais
Estados da região Sudeste (ver tabela 7).
Como ocorre na área de segurança pública, as atividades na segurança privada são majoritariamente desempenhadas por vigilantes do sexo masculino. Comparado com o Brasil e os demais estados da região Sudeste, São Paulo é o
estado que tem a maior proporção de vigilantes do sexo feminino (7%). O fato pode ser explicado pelas características
econômicas do estado, que possui o mercado tomador de serviços mais heterogêneo do Brasil.
Outra característica importante da mão de obra ocupada em empresas de segurança privada é o grau de escolaridade dos vigilantes, que se elevou continuamente no período 2007-2009. Para se tornar vigilante, a legislação brasileira
exige que a pessoa tenha escolaridade igual ou superior a antiga 4° série do ensino fundamental. Os dados da RAIS
mostram que a maior parte da mão de obra brasileira ocupada em empresas de segurança privada apresenta grau de
escolaridade superior ao exigido por lei. Cerca de 56% dos vigilantes brasileiros completaram o ensino médio, percentual que é um pouco maior no estado de São Paulo, onde aproximadamente 57% dos vigilantes possuem o ensino
médio completo. As cifras de São Paulo são parecidas com as existentes em Minas Gerais, mas superior a dos estados
do Rio de Janeiro (44%) e Espírito Santo (54%) (ver tabela 7).
Os dados da RAIS também permitem identificar uma clara tendência de melhora na escolaridade dos vigilantes
19
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
paulistas entre 2007 e 2009. Houve diminuição do número de vigilantes com o ensino fundamental incompleto (de
14 para 12%) e com o fundamental completo (de 28 para 24%). Em contrapartida, houve um aumento expressivo de
6% no número de vigilantes que completaram o ensino médio. Em 2007, metade dos vigilantes ocupados em empresas
de segurança privada do estado de São Paulo tinha o ensino médio completo. Dois anos depois, esse percentual subiu
para quase 57%. Essa rápida melhora tem a ver com o avanço do processo de profissionalização pela qual passa muitas
empresas de segurança de São Paulo, que têm investido na capacitação contínua de seus funcionários (ver gráfico 6).
Tabela 7: Características dos Vigilantes Ocupados em Empresas de Segurança Privada - 2009
Características
Brasil
Sudeste
São
Minas
Rio de
Espírito
Paulo
Gerais
Janeiro
Santo
Idade
21 a 24 anos
5,97 %
5,34 %
5,47 %
5,19 %
4,27 %
8,32 %
25 a 29 anos
20,08 %
19,29 %
19,43 %
20,21 %
17,08 %
24,31 %
30 a 34 anos
22,70 %
22,40 %
22,67 %
23,14 %
21,04 %
23,30 %
35 a 45 anos
37,15 %
38,48 %
38,48 %
36,83 %
41,06 %
31,94 %
46 ou mais
14,10 %
14,49 %
13,95 %
14,62 %
16,54 %
12,13 %
Idade Média
36 anos
36 anos
36 anos
36 anos
37 anos
34 anos
Homem
94,55 %
93,88 %
93,03 %
94,98 %
94,99 %
96,24 %
Mulher
5,45 %
6,12 %
6,97 %
5,02 %
5,01 %
3,76 %
Fund. incompleto
11,29 %
12,03 %
11,81 %
12,93 %
11,87 %
13,09 %
Fund. completo
22,95 %
25,05 %
23,63 %
19,40 %
32,49 %
22,40 %
Méd. incompleto
8,59 %
8,07 %
6,73 %
10,00 %
10,23 %
9,90 %
Méd. completo
55,94 %
53,69 %
56,61 %
56,75 %
44,19 %
53,68 %
Sup. incompleto
0,84 %
0,66 %
0,67 %
0,61 %
0,67 %
0,60 %
Sup. completo
0,38 %
0,49 %
0,53 %
0,28 %
0,53 %
0,33 %
Pós-graduação
0,01 %
0,02 %
0,01 %
0,03 %
0,02 %
0,00 %
Sexo
Escolaridade
Fonte: RAIS/MTE; (para detalhes ver Conceituação e Notas Metodológicas)
* Percentual para todas as variáveis, exceto para idade, contabilizada em anos.
Gráfico 6: Escolaridade dos Vigilantes Ocupados em Empresas de Segurança Privada – Estado de São Paulo (2007-2009)
20
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
Segundo dados da RAIS, o tempo médio de permanência no emprego dos vigilantes paulistas que em 2007 estavam
ocupados em empresas de segurança era de 34 meses, portanto, menor do que 03 anos. Esse tempo era inferior à média nacional (36 meses) e à média do Rio de Janeiro (44 meses) e Espírito Santo (42 meses), mas superior à de Minas
Gerais. Interessante notar que, tanto no Brasil quanto nos estados da região Sudeste, a principal causa de desligamento
de vigilantes era a demissão sem justa causa por iniciativa do empregador. Esses casos correspondiam a 50% dos casos
de demissão no estado de São Paulo, cujas taxas eram menores do que as existentes no Brasil (57%) e demais estados
da região sudeste (58% em Minas Gerais, 54% no Rio de Janeiro e 65% no Espírito Santo). Por outro lado, São Paulo
tinha também as maiores taxas de demissões por justa causa (10%) e de demissões por iniciativa do empregado (27%)
(ver tabela 8). Esses dados sugerem altas taxas de rotatividade de mão de obra, fato que parece estar associado à própria
dinâmica do segmento, cujas taxas de emprego dependem da manutenção de contratos de prestação de serviços que,
quando rompidos, provocam o desligamento massivo de vigilantes.
Tabela 8: Características dos Vínculos de Vigilantes Ocupados em Empresas de Segurança Privada - (2009)*
Características
Brasil
Sudeste
São
Paulo
Minas
Gerais
Rio de
Janeiro
Espírito
Santo
Até 11,9 meses
31,68 %
30,53 %
30,89 %
34,56 %
27,86 %
29,19 %
De 12,0 a 23,9 meses
21,40 %
20,66 %
21,90 %
22,13 %
17,48 %
17,11 %
De 24,0 a 35,9 meses
12,60 %
14,04 %
14,60 %
13,79 %
12,73 %
13,77 %
De 36,0 a 59,9 meses
16,01 %
17,11 %
17,53 %
15,19 %
16,92 %
17,29 %
De 60,0 a 119,9 meses
12,84 %
12,18 %
10,65 %
10,13 %
17,10 %
13,15 %
120 meses ou mais
5,32 %
5,32 %
4,24 %
4,08 %
7,79 %
9,43 %
Tempo de emprego
Ignorado
Tempo médio
0,15 %
0,16 %
0,19 %
0,12 %
0,13 %
0,07 %
36 meses
36 meses
34 meses
32 meses
44 meses
42 meses
Tipo de Admissão
Primeiro emprego
3,72 %
2,36 %
2,61 %
0,92 %
2,66 %
1,74 %
Reemprego
86,15 %
86,68 %
84,62 %
88,33 %
90,50 %
91,40 %
Reintegração
0,04 %
0,04 %
0,01 %
0,11 %
0,10 %
0,06 %
Transferência
10,10 %
10,92 %
12,76 %
10,64 %
6,74 %
6,80 %
Justa causa - iniciativa
do empregador
5,01 %
8,03 %
9,75 %
1,43 %
7,66 %
4,87 %
Sem justa causa - iniciativa
do empregador
56,82 %
52,41 %
49,77 %
57,63 %
54,05 %
65,21 %
Término do contrato de
trabalho
9,50 %
8,60 %
8,03 %
9,18 %
9,88 %
9,32 %
Justa causa - iniciativa do
empregado
0,53 %
0,42 %
0,59 %
0,02 %
0,17 %
0,21 %
Sem justa causa - iniciativa
do empregado
19,84 %
23,72 %
26,85 %
8,82 %
25,22 %
16,74 %
Transferência
7,32 %
5,63 %
4,03 %
21,98 %
1,36 %
0,89 %
Falecimento
0,51 %
0,54 %
0,54 %
0,38 %
0,57 %
0,86 %
Aposentadoria
0,46 %
0,66 %
0,44 %
0,56 %
1,08 %
1,90 %
Tipo de Desligamento
Fonte: RAIS/MTE; (para detalhes ver Conceituação e Notas Metodológicas)
* Percentual para todas as variáveis, exceto para tempo médio, contabilizado em meses
21
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
3. Crescimento do Segmento
3.1 Número de Empresas Autorizadas
Para prestar serviços de vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta armada e/ou segurança pessoal
privada, empresas de segurança privada necessitam de uma autorização de funcionamento concedida pela Polícia
Fe-deral. O número de empresas de segurança privada com autorização de funcionamento ativa na Polícia Federal
cresceu consideravelmente no período entre 1990 e 2010. A análise da série histórica revela a existência de quatro
momentos distintos: três de expansão do estoque total de empresas autorizadas e um de retração (ver gráfico 7).
Gráfico 7: Número de Empresas Autorizadas - Estado de São Paulo
O primeiro momento compreende o período entre 1990 e 1996, que apresenta um forte crescimento do
número de empresas autorizadas (crescimento médio de 20% ao ano). Nesse primeiro momento, 202 empresas obtiveram autorização de funcionamento para atuar no estado de São Paulo, ao passo que somente 09 empresas tiveram
suas autorizações canceladas. Como resultado, o número de empresas de segurança autorizadas saltou de 96, em 1990,
para 283, em 1996 (ver gráfico 6). Esses dados indicam que o mercado prestador de serviços de segurança privada
do estado de São Paulo se formou em grande medida nesse primeiro momento. O fato pode ser notado pela taxa de
abertura de empresas, que capta a proporção de novas empresas em relação ao total de empresas com autorização de
funcionamento ativa num determinado ano. A taxa média de abertura desse primeiro momento girou em torno de
15% ao ano. O pico da série histórica ocorreu em 1992, quando a taxa de abertura ultrapassou os 30% (ver gráfico 7).
O número de empresas de segurança autorizadas continuou a se expandir no período entre 1997 e 2003, mas
num ritmo menos intenso. Neste segundo momento, o estoque de empresas autorizadas cresceu, em média, 6% ao ano
(ver gráfico 6). A desaceleração foi provocada tanto pela redução da taxa de abertura de novas empresas, que caiu de
15 para 11% ao ano, quanto pelo aumento da taxa de cancelamento, que indica a proporção de empresas canceladas
em relação ao total de empresas ativas num determinado ano. A taxa de cancelamento desse segundo momento foi de
6% ao ano, mas chegou a alcançar os 10% em 1997, caindo nos anos posteriores juntamente com a taxa de abertura
(ver gráfico 7). Esses dados sugerem que houve, nesse segundo momento, um ajuste no mercado, visível na diminuição
da proporção de novas empresas que solicitaram autorização de funcionamento, e no cancelamento de empresas que
22
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
haviam ingressado no mercado no momento de formação da oferta de serviços de segurança.
Gráfico 8:Taxa de Abertura e Cancelamento de Empresas de Segurança Privada - Estado de São Paulo
No terceiro momento, que abrange o período entre 2004 e 2007, o crescimento do estoque de empresas autorizadas
desacelerou ainda mais (ver gráfico 6). O crescimento de 2% se explica pelas mudanças na taxa de abertura de novas
empresas, que diminuiu de 11%, no período 1997-2003, para cerca de 7% (ver gráfico 7). Também houve redução da
proporção de empresas canceladas em relação ao estoque total de autorizações, mas essa redução deve ser vista levando
em conta o fato de que elas foram compensadas no momento posterior, que teve o maior número de cancelamentos
dos quatro momentos.
No período entre 2008 e 2010, que abarca o quarto momento da série histórica, ocorreu uma redução do número
de empresas de segurança privada com autorização de funcionamento ativa na Polícia Federal. A diminuição de -4%
no estoque de empresas autorizadas, que rompeu o crescimento ininterrupto da série histórica, foi provocada pelo
aumento substantivo do número de cancelamentos realizados pela Polícia Federal. No período em questão, foram
canceladas 136 empresas, a grande maioria nos anos de 2008 (64 empresas) e 2010 (54 empresas), que apresentam as
maiores taxas de cancelamento da série histórica: 15% em 2008; e 13% em 2010 (ver gráfico 7). As altas taxas de cancelamento no período 2008-2010 e a redução do número de empresas autorizadas não estão
associadas a uma conjuntura desfavorável ao setor de segurança privada. A redução ocorreu por causa do maior empenho da Polícia Federal em cancelar a autorização de empresas que já haviam deixado o mercado em momentos anteriores, mas que permaneciam ativas em razão de não terem solicitado o encerramento oficial de suas atividades. Como
mostram os dados da tabela 10, 86% dos cancelamentos realizados no período foram de empresas cuja autorização de
funcionamento já havia expirado há 02 anos ou mais. Em 67% dos casos, a autorização de funcionamento das empresas
canceladas já havia expirado há mais de 04 anos (ver tabela 10).
Os esforços da Polícia Federal para reduzir o passivo de empresas fora do mercado que mantinham suas autorizações de funcionamento ativas também pode ser notado no fato de a grande maioria dos cancelamentos terem sido
realizados por iniciativa da própria Polícia Federal. O número de cancelamentos punitivos no período foi cerca de
cinco vezes maior do que o número de cancelamentos realizados a pedido. Dos 136 cancelamentos realizados entre os
anos 2008 e 2010, somente 22 ocorreram por iniciativa das empresas.
Vistos em conjunto, os dados acima sugerem que, após um período de constituição e reorganização, houve, a partir
de 2003, uma estabilização da oferta de serviços de segurança privada no Estado de São Paulo. Para o período 2003-2010,
as taxas de abertura e cancelamento de empresas foram de 6,57% e 6,34%, respectivamente. Nesses últimos 07 anos, 219
empresas tiveram a autorização de funcionamento cancelada pela Polícia Federal, mas 230 novas empresas foram autori-
23
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
zadas, garantindo a reposição do estoque geral de empresas e um crescimento moderado da oferta. Esses dados apontam
para a formação de um ambiente mais favorável à consolidação do setor prestador de serviços de segurança privada, algo
que se confirma mediante a análise do crescimento do número de vigilantes ocupados no período 2007-2009.
Tabela 9: Características dos Cancelamentos de Empresas de Segurança Privada – Estado de São Paulo (2008-2009)
Cancelamento a pedido
N°
Cancelamento punitivo
%
N°
Total geral
%
N°
%
Cancelamentos de empresas com
autorização válida
1
0,74
8
5,88
9
6,62
Cancelamento de empresa com
autorização vencida há 01 ano
4
2,94
1
0,74
5
3,68
Cancelamento de empresa com
autorização vencida há 02 anos
3
2,21
13
9,56
16
11,76
Cancelamento de empresa com
autorização vencida há 03 anos
3
2,21
12
8,82
15
11,03
Cancelamento de empresa com
autorização vencida há 04 anos ou
mais
11
8,09
80
58,82
91
66,91
Total geral
22
16,18
114
83,82
136
100,00
Fonte: DPF/SISVIP e DOU (para detalhes, ver Notas Metodológicas)
3.2 Número de Vigilantes Ocupados
Se os dados relativos ao número de empresas autorizadas pela Polícia Federal não captam corretamente a evolução
real do segmento responsável pela prestação de serviços de segurança privada no estado de São Paulo, o número de
vigilantes regularmente ocupados em empresas de segurança dá uma idéia mais precisa a esse respeito.
Segundo dados da RAIS, no período entre 2007 e 2009 o número de vigilantes ocupados em empresas de segurança
privada que operam no Estado de São Paulo cresceu 16,57%. Esse crescimento foi um pouco abaixo do crescimento
ocorrido no Brasil (17,14%) e no Espírito Santo (20,67%), mas acima do crescimento verificado nos demais Estados da
Região Sudeste: Minas Gerais (9,28%) e Rio de Janeiro (9,40%). Com esse crescimento, o segmento paulista responsável
pela prestação de serviços de segurança privada gerou cerca de 17 mil novos empregos entre 2007 e 2009, destacandose como um dos principais empregadores do estado.
Tabela 10:Vigilantes Ocupados em Empresas de Segurança Privada - 2007 a 2009
Locais
N° de Vigilantes
Variação Absoluta - N
Variação Relativa - %
2007
2008
2009
2008 /2007
2009 /2008
2009 /2007
2008 /2007
2009 /2008
2009 /2007
Brasil
356.172
386.892
417.217
30.720
30.325
61.045
8,63
7,84
17,14
Sudeste
177.664
193.549
203.018
15.885
9.469
25.354
8,94
4,89
14,27
São Paulo
105.253
116.127
122.690
10.874
6.563
17.437
10,33
5,65
16,57
M.Gerais
21.019
22.191
22.969
1.172
778
1.950
5,58
3,51
9,28
Esp. Santo
10.082
11.634
12.166
1.552
532
2.084
15,39
4,57
20,67
R. Janeiro
41.310
43.597
45.193
2.287
1.596
3.883
5,54
3,66
9,40
Fonte: RAIS/MTE; (para detalhes ver Conceituação e Notas Metodológicas).
24
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
Importante notar que esse crescimento do número de vigilantes ocupados em empresas de segurança privada do
estado de São Paulo ocorreu num contexto de queda da maioria dos crimes contra a vida e a liberdade individual
(homicídios dolosos, tentativa de homicídio, lesão corporal dolosa e extorsão mediante seqüestro), mas de aumento
de crimes contra o patrimônio: latrocínio, roubos (exceto roubo a banco) e furto de veículos (ver tabela 12). O
aumento desses crimes certamente afetou a demanda por segurança privada no estado de São Paulo no período
2007-2009, mas o forte crescimento do segmento dificilmente pode ser explicado somente pelas oscilações nas taxas
de crimes contra o patrimônio. Como a literatura especializada vem apontando 2, concorrem para o crescimento do
setor de segurança privada outros fatores, como, por exemplo, o crescimento das propriedades privadas abertas ao
público (shoppings centers, cinemas, teatros, parques de diversão, etc), o avanço do processo de terceirização e o
desempenho da economia.
Tabela 11: Evolução dos Principais Crimes Registrados - Estado de São Paulo
Crimes
Homicídio doloso
Número de Crimes
2007
4.877
2008
4.432
2009
4.564
Taxa por 100 mil habitantes
2010
4.320
2007
11,89
2008
10,77
2009
10,96
Variação % - Taxa por 100 mil
2010
2007
2008
2009
2010
10,47
-9,37
1,76
-4,47
-11,90
Tentativa de homicídio
5.678
5,066
5.179
5.025
13,84
12,31
12,44
12,18
-11,02
1,02
-2,08
-11,98
Lesão corporal dolosa
193.545
170.863
186.258
177.221
471,72
415,32
447,38
429,60
-11,95
7,72
-3,97
-8,93
3.223
3.387
5.645
9.879
7,86
8,23
13,56
23,95
4,81
64,69
76,62
204,86
218
268
303
253
0,53
0,65
0,73
0,61
22,61
11,72
-15,73
15,43
97
59
84
73
0,24
0,14
0,20
0,18
-39,34
40,68
-12,29
-25,15
Roubo - Outros (3)
217.203
217.966
257,022
232.907
529,38
529,82
617,35
564,59
0,08
16,52
-8,55
6,65
Roubo de Veículos
65.192
60.895
71.844
68.582
158,89
148,02
172,56
166,25
-6,84
16,58
-3,66
4,63
285
282
253
211
0,69
0,69
0,61
0,51
-1,32
-11,35
-15,83
-26,36
Estupro (1)
Latrocínio
Extorsão mediante
seqüestro
Roubo a banco
Roubo de carga
Furto - outros
Furto de veículos
6.192
6.653
7.776
7,294
15,09
16,17
18,68
17,68
7,16
15,49
-5,33
17,16
524.017
489.434
529.184
506.654
1.277,16
1.189,69
1.271,06
1.228,18
-6,85
6,84
-3,37
-3,83
98.345
98.229
105.352
100.800
239,69
238,77
253,05
244,35
-0,38
5,98
-3,44
1,94
Fonte: Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-SP); (para detalhes, ver Conceituação e Notas Metodológicas)
(1) O forte crescimento ocorrido nos anos de 2009 e 2010 deve-se à promulgação da nova legislação sobre estupro (Lei Federal no
12.015). A Lei mudou a conceituação de estupro, que passou a incluir “atos libidinosos” e “atentados violentos ao pudor”. Para mais
detalhes ver http://www.ssp.sp.gov.br/estatistica/plantrim/2009-04.htm;
(2) Dados do Serviço de Informações Criminais da Divisão Anti-Sequestro;
(3) Dados de Roubo Outros já incluídos Carga e Banco;
Para um resumo das explicações que a literatura acadêmica vem mobilizando para entender o crescimento extraordinário da
segurança privada em diversas partes do mundo, incluindo países com baixos índices de criminalidade, ver o relatório intitulado A
report on the ethical issues raised by the increasing role of private security professionals in security analysis and provision. Relatório
disponível em: http://www.inexproject.eu/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=35&&Itemid=72. Acesso em
02 de janeiro de 2012.
25
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
4. Empresas de Segurança Privada e Segurança Pública
As empresas responsáveis pela prestação de serviços de segurança privada têm se mostrado importantes não apenas
pela sua contribuição às taxas crescentes de emprego gerados no Brasil, mas também pela sua contribuição à segurança
da sociedade brasileira. As empresas de segurança privada têm contribuído substancialmente com a oferta de serviços
de segurança. Na maioria dos casos, não são apenas os tomadores de serviços (os clientes) os beneficiários dos serviços
ofertados pela segurança privada. Ao contrário do que normalmente se pensa, grande parte dos vigilantes fazem a
segurança de espaços privados que são freqüentados pelo público - órgãos públicos, bancos, instituições de ensino privadas, hospitais, etc. -, que se beneficia dos arranjos de segurança existentes nesses espaços (para detalhes, ver Perfil da
Demanda por Vigilância Patrimonial).
Havia no Brasil, em 2007, cerca de 535 mil policiais (civis e militares) e 356 mil vigilantes, que juntos formavam um
contingente de quase 900 mil homens dedicados à promoção da segurança. Os locais com as maiores taxas de profissionais de segurança por 100 mil habitantes eram o Distrito Federal (881 policiais e 608 vigilantes), Amapá (624 policiais e
530 vigilantes), Rio de Janeiro (310 policiais e 267 vigilantes) e São Paulo (300 policiais e 258 vigilantes). Considerando
apenas a taxa de vigilantes por 100 mil habitantes, destacavam-se também no ranking Amazonas e Espírito Santo,
únicos estados onde havia mais vigilantes do que policiais (ver tabela 13).
Tabela 12: Profissionais de Segurança Privada e Profissionais de Segurança Pública - Brasil, Grandes Regiões e Estados (2007)
Brasil
Rondônia
Acre
Amazonas
Roraima
Pará
Amapá
Tocantins
Região Norte
Maranhão
Piauí
Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia
Região Nordeste
Minas Gerais
Espírito Santo
Rio de Janeiro
26
Forças Estaduais de Segurança Pública
Policiais *
Policiais por 100
mil habitantes*
535.485
288
7.386
476
3.711
567
9.031
273
2.496
626
16.084
228
3.786
624
7.070
535
49.564
9.223
6.969
15.562
9.402
12.379
22.401
10.308
6.813
34.041
127.098
58.269
9.257
48.096
333
150
230
191
311
343
265
339
343
245
247
301
269
310
Empresas de Segurança Privada
Vigilantes
Vigilantes por 100
mil habitantes
356.172
192
2.584
167
619
95
9.271
281
588
148
10.145
144
3.219
530
1.133
86
27.559
7.374
2.149
9.708
3.688
3.213
13.805
3.651
3.914
23.546
71.048
21.019
10.082
41.310
185
120
71
119
122
89
163
120
197
169
138
108
293
267
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
São Paulo
Região Sudeste
Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
Região Sul
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
Goiás
Distrito Federal
Região Centro-Oeste
122.479
238.101
20.247
15.748
30.697
66.692
6.753
9.960
16.499
20.818
54.030
300
301
196
266
281
245
296
351
290
881
410
105.253
177.664
14.846
15.254
20.115
50.215
3.506
4.219
7.588
14.373
29.686
258
225
144
258
184
185
153
149
133
608
225
Fonte: SENASP, RAIS e IBGE (para detalhes ver Conceituação e Notas Metodológicas)
* Policiais civis e militares, exceto bombeiros militares
Tabela 13: Ranking dos Estados com Maior Número de Policiais (Civis e Militares) e Vigilantes Ocupados em Empresas
de Segurança Privada (2007)
Policiais por
100 mil habitantes
Ranking
Policiais
Vigilantes por
100 mil habitantes
Ranking
Vigilantes
Distrito Federal
881
1°
608
1°
Amapá
624
3°
530
2°
Espírito Santo
269
19°
293
3°
Amazonas
273
18°
281
4°
Rio de Janeiro
310
12°
267
5°
São Paulo
300
14°
258
6°
Santa Catarina
266
20°
258
7°
Sergipe
343
8°
197
8°
Rio Grande do Sul
281
17°
184
9°
Bahia
245
22°
169
10°
Rondônia
476
6°
167
11°
Pernambuco
265
21°
163
12°
Mato Grosso do Sul
296
15°
153
13°
Mato Grosso
351
7°
149
14°
Roraima
626
2°
148
15°
Pará
228
24°
144
16°
Paraná
196
25°
144
17°
Goiás
290
16°
133
18°
Rio Grande do Norte
311
11°
122
19°
Alagoas
339
10°
120
20°
Maranhão
150
27°
120
21°
Ceará
191
26°
119
22°
Minas Gerais
301
13°
108
23°
Acre
567
4°
95
24°
Paraíba
343
9°
89
25°
Tocantins
535
5°
86
26°
Piauí
230
23°
71
27°
Fonte: SENASP, RAIS e IBGE - * Policiais civis e militares, exceto bombeiros militares
27
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
A importância relativa da segurança privada na oferta de serviços de segurança disponíveis no Brasil cresceu
desde 2007, já que o segmento especializado na prestação de serviços de segurança privada vem se expandindo a taxas
muito superiores a do setor público. Os dados disponíveis para São Paulo não deixam dúvidas quanto a isso. Enquanto
o número de vigilantes ocupados em empresas de segurança privada cresceu em média 13% ao ano no período 20072009, o número de policiais civis e militares empregado nas forças estaduais de segurança pública manteve-se praticamente estagnado. Como resultado, no ano de 2009, o número de vigilantes ocupados em empresas de segurança
privada quase se igualou ao de policiais civis e militares de São Paulo: 123.700 policiais (32.349 civis e 91.282 militares)
contra 122.690 vigilantes (ver gráfico 8).
Gráfico 9: Evolução do Efetivo da Polícia Militar, Polícia Civil e Empresas de Segurança Privada - Estado de São Paulo
28
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica,
Serviços de Escolta e Cursos de Formação do Estado de São Paulo
PRESIDENTE DO SESVESP
JOSÉ ADIR LOIOLA
1° VICE PRESIDENTE DO SESVESP
JOÃO ELIEZER PALHUCA
2° VICE PRESIDENTE DO SESVESP
AUTAIR IUGA
© 2012 SESVESP
Rua Bernardino Fanganiello, 691
Casa Verde
CEP: 02512-000 – São Paulo, SP
Fone/Fax: (11) 3858-7360
www.sesvesp.com.br
29
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
30
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
31
I ESTUDO SESVESP SOBRE O SEGMENTO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA
SINDICATO DAS EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA,SEGURANÇA ELETRÔNICA,
SERVIÇOS DE ESCOLTA E CURSOS DE FORMAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
32
Download

i estudo sesvesp sobre o segmento prestador de serviços de