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Alternativo
O Estado do Maranhão - São Luís, 15 de julho de 2015 - quarta-feira
Fotos/Divulgação
Trilha
"O sucesso começou
a me podar muito,
deixava de fazer
as coisas por isso
e aquilo, mas
essa atitude me
desestabilizou
um pouco”
Caça-fantasma
Durante a Comic-Con, em San Diego, na
Califórnia, Quantin Tarantino revelou
que “Os 8 Odiados”, novo filme do
diretor, contará com trilha sonora escrita
pelo lendário compositor italiano Ennio
Morricone. O longa-metragem marcará o
reencontro de Morricone com o gênero
western após 40 anos. Com uma longa
carreira, o compositor ficou famoso
pelas trilhas de clássicos como “Três
Homens em Conflito”, “Era Uma Vez no
Oeste” e “My Name is Nobody”.
Fiuk, cantor e ator
Hoje é dia de...
A primeira imagem do
elenco completo
da versão feminina de “Os
Caça-Fantasmas” foi
divulgada nesta
sexta-feira, 10, através do
fórum Neogaf. A imagem
mostra as atrizes Kristen
Wiig, Leslie Jones, Melissa
McCarthy e Kate
McKinnon vestindo uniformes e na expectativa de caçar outras
atividades paranormais.
Marcos históricos de São Luís - I
Jomar Moraes
E
m termos muito gerais alinho hoje uma série
de datas marcantes na História de São Luís, a
contar do início de sua colonização. Servirão
esses tópicos rememorativos e de alguma valia para estes nossos tempos de quase completa amnesia
em torno de nosso passado, fato que leva ao desconhecimento parcial do presente e à falta de perspectivas quanto ao nosso futuro.
Século XIV - 1539 – Expedição de João de Barros,
primeiro donatário do Maranhão, parte de Lisboa
rumo à capitania doada pelo rei Dom João III ao
célebre gramático, humanista e feitor da Casa das
Índias. Composta de grande frota, sob o comando de Aires da Cunha, que se associou a Fernão
d’Álvares de Andrade e ao autor das Décadas. Ayres da Cunha e sua frota naufragaram nas proximidades da Ilha do Maranhão, desastre que levou o
grande humanista português João de Barros a escrever este conhecido lamento sobre o insucesso
desse primeiro esforço de colonização: “morto me
deixou e sem proveito algum.”
1554 – Expedição de Luís de Melo da Silva tenta
novamente chegar ao Maranhão, porém também
naufraga.
1570 – Luís de Melo da Silva, que fora à Índia na
esperança de obter recursos com os quais colonizar
o Maranhão, morre em sua volta a Portugal.
1594 – Naufrágio do capitão francês Jacques Riffault nas proximidades da Ilha do Maranhão.
Século XVII - 1612 (19 de março) – Expedição sob
o comando de Daniel de La Touche, Senhor de La
Ravardière, parte do porto de Cancalle, formada pelas naus Régente, comandada por Francois de Razilly, Charlote comandada pelo barão de Sancy e
Saint’Anne por Claude de Razilly.
1612 (26 de julho) – Chegada da expedição de La
Ravardière ao Maranhão.
1612 (8 de setembro) – Solenidade de Fundação
de São Luís.
1614 (26 de outubro) – Portugueses desembarcam em Guaxenduba.
1614 (19 de novembro) – Batalha de Guaxenduba. Apesar de numericamente inferiores, as forças
portuguesas vencem os franceses.
1615 (4 de novembro) – Assinatura do Auto de
Posse da Fortaleza no Quartel de São Francisco, também chamado Forte do Sardinha. Assinam o documento, lavrado por Luís Muniz, escrivão da Fazenda, pela ordem em que nele figuram: Alexandre de
Moura, Paio Coelho de Carvalho, Diogo de Campos
Moreno, Hieronimo Fragoso d’Albuquerque, João
Cavalcanti d’Albuquerque, Francisco de Frias de
Mesquita, Padre Manuel Gomes, da Companhia de
Jesus, Padre Diogo Nunes, da Companhia de Jesus,
Frei Cosmo d’Anunciação de Nossa Senhora do Carmo, Álvaro Neto, André Leitão d’Abreu, Armandus
Carmelia, Henrique Afonso Pereira, Frei Ornatus,
Manuel Figueira de Mendonça, Gaspar Dias, Gaspar d’Andrade Bezerra, Pero Mousinho e Manuel da
Cunha d’Andrade.
1618 – Primeira saída dos jesuítas.
1619 – Chegada de casais da Ilha de Açores e do
interior de Portugal (continente) para povoar São
Luís, vindos na expedição de Jorge de Lemos Betancor, cuja nau capitânia era comandada por Simão
Estácio da Silveira.
– Fundação da Câmara Municipal de São Luís,
que teve o capitão Simão Estácio da Silveira por seu
primeiro presidente.
– A 6 de maio, a 9 e a 10 de dezembro são expedidas ao rei Dom Filipe III (II de Portugal), cartas de
Jorge de Lemos Bentacor, do capitão-mor Diogo da
Costa Machado e dos camaristas de São Luís, respectivamente, enviando as primeiras notícias sobre
a nova conquista do Maranhão e pedindo providências em socorro de suas muitas necessidades.
1621 – Criação do Estado do Maranhão, compreendendo as capitanias régias do Ceará, Maranhão e Grão-Pará.
– Fundação da primeira Matriz, Igreja de Nossa Senhora da Vitória.
1622 – Retorno dos jesuítas com o padre Luís
Figueira.
1624 – Edição em Lisboa, na oficina de Geraldo
da Vinha, do livro Relação sumária das cousas do
Maranhão, “dirigida aos pobres deste Reino de Portugal”, de Simão Estácio da Silveira, obra calorosamente encomiástica, na qual o autor escreveu esta
frase já tornada célebre: “Eu me resolvo, que esta é
a melhor terra do mundo, donde os naturais são
muito fortes, e vivem muitos anos, e consta-nos que,
do que correram os portugueses, o melhor é o Brasil, e o Maranhão é Brasil melhor, e mais perto de
Portugal, que todos os outros portos daquele estado, em derrota muito fácil à navegação donde se há
de ir em vinte dias ordinariamente”.
Em agosto chega a São Luís Frei Cristovão de
Lisboa, na condição de qualificador do Santo
Ofício. Foi ele o fundador da Custódia do Maranhão, vinculada à Recoleção de Santo Antônio
de Lisboa, e suposto autor da História dos animais e árvores do Maranhão, obra muito valiosa, na qual haveria a participação de autor francês, e que somente foi pela primeira vez publicada em Portugal no ano e 1967.
1626 – Chega a São Luís o primeiro governador
e capitão-general do estado de Maranhão, Francisco Coelho de Carvalho.
1641 – (25 de novembro) – Invasão holandesa,
composta de dezoito naus e dois mil homens comandados pelo almirante João Cornelles Lichthart,
que mediante artifícios e engodos domina a fraca
resistência do velho governador Bento Maciel Parente, levado preso pelos invasores.
1644 – Expulsão dos holandeses, um dos episódios de maior importância nas lutas nativistas do
Maranhão, sob o comando de Antônio Muniz Barreiros, secundado por Antônio Teixeira de Melo. Dessa invasão resta, para a memória de feitos tão valorosos, o monumento do Outeiro da Cruz.
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