Universidade Paulista - UNIP
Sistemas econômicos.
As estruturas do mercado.
Economia de Mercado.
Prof. Claudio Ditticio
Mar 2009
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Introdução
A participação no sistema econômico demanda o conhecimento
das estruturas de mercado vigentes, de forma a se poder, por
exemplo, conhecer e utilizar os processos de formação de preços
dos bens e serviços.
Entre essas estruturas, podemos indicar aquela em que um grande
número de empresas oferece produtos idênticos e a concorrência
entre os ofertantes é considerada perfeita.
De outra parte, um produto único, sem substitutos, caracteriza um
monopólio.
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Concorrência Imperfeita
Nos quadros a seguir, estão consideradas as estruturas que
compõem os modelos de concorrência imperfeita.
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Concorrência Imperfeita
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Concorrência Imperfeita
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Concorrência Imperfeita
Comumente, as estruturas dos mercados reais contêm alguns
elementos de monopólio, concorrência perfeita e
concorrência olipolística, dependendo da força relativa
desses três elementos.
A concorrência imperfeita pode, também, ser observada, do lado
comprador do mercado.
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Concorrência Imperfeita
O mercado pode ter muitos vendedores, mas somente um
comprador, caracterizando-se, assim, o monopsônio.
Pode, outrossim, existir um mercado commuitos vendedores e
poucos compradores, que denominamos oligopsônio.
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ês elementos.
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Concorrência Imperfeita
Portanto, os compradores e os vendedores interagem em diversas
estruturas de mercado.
Entre os fatores que dimensionam e dão forma a estas estruturas
de mercado destacam-se oito, a saber:
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Concorrência Imperfeita
1.a quantidade de empresas vendedoras;
2.a dimensão destas empresas - seu poder de compra e de
negociação.;
3.o grau de interdependência entre as empresas;
4.as similitudes ou diferenciações entre os produtos das empresas;
5.a natureza e a quantidade de consumidores (empresas e famílias);
6.as informações dos consumidores e dos vendedores sobre os
demais produtos transacionados neste mercado, em termos, por
exemplo, de preços e condições comerciais;
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Concorrência Imperfeita
7. o grau de habilidade que as empresas individuais dispõem para
influenciar a procura no mercado como um todo, pelas mais diversas
formas, como a promoção do produto, aspectos qualificativos,
facilidades de comercialização etc.;
8. a facilidade com que as firmas entram e saem da indústria (setor –
ou ramo de produção).
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Proposição de Stakelberg (1934)
Este modelo considera a quantidade dos agentes econômicos –
vendedores e compradores – que participam do mercado como o
elemento determinante da diferenciação da sua estrutura.
Prevê, tanto do lado da oferta como da procura, três situações
possíveis: apenas um agente econômico, uma pequena quantidade de
agentes e uma grande quantidade de agentes econômicos.
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Proposição de Stakelberg (1934)
A combinação destas três situações conduz à construção de uma
matriz de nove diferentes estruturas possíveis, conforme demonstrado
na figura, a seguir:
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Proposição de Stakelberg (1934)
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Proposição de Stakelberg (1934)
A concorrência perfeita é caracterizada por uma grande quantidade de
participantes - tanto ofertantes quando demandantes.
No monopólio existe somente uma empresa vendendo para grande
quantidade de compradores.
Se tivermos muitos vendedores e uma só empresa compradora,
teremos o monopsônio.
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Proposição de Stakelberg (1934)
Em oposição à concorrência perfeita, identificamos o monopólio
bilateral - uma só empresa compradora e uma única, vendedora.
Entre estes quatro extremos, teremos o quase-monopólio e quasemonopsônio, em que o único vendedor ou o único comprador teria de
se confrontar com um pequeno número de compradores ou de
vendedores, respectivamente.
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Proposição de Stakelberg (1934)
Os oligopólios – pequena quantidade de empresas vendedoras e uma
grande quantidade de compradores –, assim como os oligopsônios –
pequena quantidade de empresas compradoras e uma grande
quantidade de empresas vendedoras – são as estruturas de mercado
que mais encontramos, atualmente.
Finalmente, o oligopólio bilateral é caracterizado por pequena
quantidade de vendedores e também de compradores.
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Proposição de Stakelberg (1934)
Destaca-se, também, atualmente, a concorrência monopolística, com
muitas empresas vendendo produtos diferenciados mas substitutos
próximos entre si, como ocorre com a pasta de dentes e os
refrigerantes, com marcas que as identificam perante os consumidores.
O produtor de determinada marca usufrui vantagens características de
um monopolista, oferecendo seu produto a um preço que lhe convém e
maximizando seus lucros.
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Proposição de Stakelberg (1934)
Para melhor identificarmos algumas características mais específicas
dessas estruturas de mercado, suporemos um período de tempo que
chamaremos de curto prazo.
As condições que servirão de base para a análise estarão definidas e
não se alterarão neste espaço de tempo.
A entrada e a permanência no mercado demandam o conhecimento da
sua estrutura, para que se possa formar o preço adequado para o
respectivo produto.
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Concorrência Perfeita.
Nesta estrutura, que é considerada a ideal para o funcionamento
de uma economia, nenhum dos agentes é capaz, isoladamente,
de influenciar o preço e a quantidade de produtos que serão
transacionados no mercado.
A concorrência perfeita supõe o pleno funcionamento do
mecanismo de preço como orientador da quantidade a ser
oferecida e, igualmente, que será adquirida pelos consumidores.
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Concorrência Perfeita.
Em síntese, dentre as hipóteses deste modelo destacam-se:
1. A existência de uma grande quantidade de vendedores e
compradores, interagindo nos movimentos de venda e compra de
bens e serviços.
2. Homogeneidade dos produtos.
Supõe que não existem diferenças entre os produtos
oferecidos. Os compradores podem, assim, adquirir o produto
de qualquer ofertante.
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Concorrência Perfeita.
3. transparência das informações de mercado.
Tanto os vendedores como os compradores têm amplo
acesso a todas as informações do mercado, tanto no que se
refere a preços como quantidade e qualidade.
Também os aspectos referentes a custos e lucros dos
concorrentes são conhecidos, o que faz com que não haja
interesse por venda a preço abaixo daquele vigente no
mercado.
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Concorrência Perfeita.
4. Os agentes econômicos são “tomadores de preço”
.Dado o conhecimento das condições do mercado, tanto
vendedores como compradores se sujeitarão ao preço de
mercado, não agindo no sentido de redução – posição
compradora – ou aumento do mesmo – posição vendedora.
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Concorrência Perfeita.
5. Facilidades para entrar ou sair do mercado.
Os agentes econômicos não sofrem barreiras acentuadas
para entrar ou sair do mercado em que estão atuando, sejade
ordem econômica ou legal.
Inexistem, portanto, direitos de propriedade ou patentes, por
exemplo, que, muitas vezes, impedem a entrada de novos
ofertantes.
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Concorrência Perfeita.
Não existem barreiras legais resultantes da ação
governamental, com a exigência de determinadas condições
para o estabelecimento de empresas em diversos mercados.
6. Os empresários sempre maximizam seus lucros e os
consumidores a satisfação ou utilidade, agindo
racionalmente.
Todas as hipóteses são válidas também para o mercado de
fatores de produção.
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Monopólio.
Constitui o extremo oposto da concorrência perfeita.
Neste modelo, existe apenas um ofertante de um bem ou serviço
que não apresenta um substituto próximo, ou seja, que não
possui concorrente no mercado em questão.
Assim, o monopolista exerce uma grande influência na
determinação do preço a ser cobrado do comprador.
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Monopólio.
As hipóteses do modelo monopolista de mercado fundamentamse em:
1. Existência de uma única empresa ofertante para o produto,
seja por condições de acesso a determinada matéria-prima,
detenção de patente industrial sobre o produto e/ou processo
de fabricação ou mesmo direitos autorais, sem possibilidade
de acesso imediato de um competidor.
2. Inexistência de produtos substitutos próximos, seja porque o
produto é complexo ou muito caro para ser produzido.
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Monopólio.
3. Existência de barreiras à entrada de novas firmas na indústria segmento de atuação – pelo aporte de capital e um
conhecimento técnico que podem inviabilizar a entrada de
novas firmas participantes.
Dentre os motivos que impedem a entrada de novos players –
participantes, podem ser mencionados:
- existência de economias de escala, possibilitando a
obtenção de maior quantidade produzida por recurso de
produção utilizado.
Se a um dado produtor é possível executar sua produção
tal que haja redução dos custos e, como decorrência, obter
economia no custo total de produção, seus rendimentos de
escala serão positivos e irão, muitas vezes, impedir o acesso
de outros fabricantes ao mercado específico.
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Monopólio.
Geralmente, as empresas que atuam em condições
monopolistas apresentam um elevado custo fixo de produção –
custos que não aumentam em função do crescimento da
quantidade oferecida, como é o caso, por exemplo, do aluguel
que se paga e que é independente da quantidade produzida.
Os custos variáveis – que aumentam com base na quantidade
produzida e/ou comercializada, como é o caso da matéria-prima
que compõe o produto oferecido – são relativamente baixos.
Portanto, os custos fixos são distribuídos por uma quantidade
cada vez maior de unidades oferecidas na medida em que a
produção aumenta.
Assim, a curva de custo médio – resultado da soma de todos
os custos divididos pela quantidade produzida – será
decrescente em uma larga faixa de produção.
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Monopólio.
Há, também, os casos conhecidos como “monopólios
naturais”, em função do alto custo inicial para o fornecimento
dos produtos ou serviços, como ocorre, por exemplo, com as
companhias ferroviárias, de energia elétrica ou telefonia.
Consumado o investimento, os custos para oferecimento dos
serviços serão decrescentes para o atendimento a uma extensa
quantidade de consumidores e usuários.
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Monopólio.
- controle sobre a matéria-prima.
- direitos autorais e patentes de produção, pelo privilégio
de uma carta-patente, que impede o acesso de outros
fabricantes à tecnologia de produto ou de processo.
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