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Tecnologias - Português
Ensino Médio, 2º Ano
Poema: subjetividade e objetividade.
LÍNGUA PORTUGUESA, 2º Ano do Ensino Médio
Poema: subjetividade e objetividade
DEFINIÇÃO DE ‘POEMA’ SEGUNDO O DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS
substantivo masculino
1 Rubrica: literatura.
Obra de poesia em verso;
2 Rubrica: literatura.
Composição poética em que há enredo e ação;
epopeia;
3 Derivação: sentido figurado.
Aquele ou aquilo que tem poesia ou que merece
ser cantado em um poema.
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Poema: subjetividade e objetividade
DEFINIÇÃO DE ‘POESIA’ SEGUNDO O DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS
substantivo feminino
1 Rubrica: literatura. Arte de compor ou escrever versos;
2 Rubrica: literatura. Composição em versos (livres e/ou providos de rima) cujo conteúdo
apresenta uma visão emocional e/ou conceitual na abordagem de ideias, estados de alma,
sentimentos, impressões subjetivas etc., quase sempre expressos por associações imagéticas;
3 Rubrica: literatura. Composição poética de pequena extensão;
4 Rubrica: literatura. Arte dos versos característica de um poeta, de um povo, de uma época;
5
Arte de excitar a alma com uma visão do mundo, por meio das melhores palavras em sua
melhor ordem;
6
Poder criativo; inspiração;
7
O que desperta o sentimento do belo;
8
Aquilo que há de elevado ou comovente nas pessoas ou nas coisas.
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Poema: subjetividade e objetividade
OBJETIVIDADE
Objetividade é a qualidade daquilo que é
objetivo, externo à consciência, resultado de
observação imparcial, independentemente
das preferências individuais.
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Poema: subjetividade e objetividade
SUBJETIVIDADE
Subjetividade é entendida como o espaço
íntimo do indivíduo (mundo interno) no qual
ele se relaciona com o mundo social (mundo
externo), resultando tanto em marcas
singulares, na formação do indivíduo, quanto
na construção de crenças e valores
compartilhados na dimensão cultural, que vão
constituir a experiência histórica e coletiva dos
grupos e populações.
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Poema: subjetividade e objetividade
A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer
ser humano. Esse mundo interno é composto por
emoções, sentimentos e pensamentos.
Mediante a nossa subjetividade, construímos um
espaço relacional, ou seja, nos relacionamos com o
“outro”.
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Poema: subjetividade e objetividade
A imagem e o poema que seguem retratam o cotidiano
degradante do homem que atingiu o ápice da miséria.
Imagem: A glipse of rural india /Pulkit Lalwani / Creative
Commons Atribuição-Partilha nos Termos da Mesma Licença
3.0 Unported
•
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Poema: subjetividade e objetividade
O Bicho
“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem”.
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Poema: subjetividade e objetividade
Observem que, na obra de Manuel Bandeira,
predominam a liberdade de conteúdo e de
forma, o retrato do cotidiano, a sua própria
história de vida, o humor, a indignação com a
realidade do homem e a idealização de um
mundo mais justo. O autor conseguiu, em sua
poesia, reunir subjetividade e objetividade e o
resultado foi perfeito.
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Poema: subjetividade e objetividade
• A diferença entre uma abordagem e outra está justamente
nessas diferenças: na objetividade, predomina o que é
observado; na subjetividade, as impressões do observador;
• assim como não há subjetividade plena, também não há
objetividade plena, porque as palavras são patrimônio de uma
coletividade, não de um sujeito, embora a escolha seja do
sujeito. Então, nem tudo pode ser subjetivo, porque
dependemos de um repertório que seja fruto de uma
coletividade; tampouco nem tudo pode ser objetivo, porque
as escolhas, afinal de contas, são individuais, com base no
repertório coletivo;
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Poema: subjetividade e objetividade
• para textos como “Barack Obama não será um
bom Presidente”; “Todos os americanos são
iguais”; “Eu não me engano, não”,
aparentemente teremos três mensagens
subjetivas porque há claros indícios das
impressões do sujeito, as opiniões pessoais
enfatizadas, sem argumentos que permitam
que qualquer pessoa enxergue o que está
sendo escrito da mesma forma. Se pudermos
dizer que nem todos pensam de acordo com o
que está ali escrito, o texto é subjetivo.
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Poema: subjetividade e objetividade
Observemos a música Canteiros, de Fagner, com
coautoria de Cecília Meireles. Em seguida, a
interpretação do cantor cearense Fagner.
CANTEIROS
• Quando penso em você, fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa, menos a felicidade
Correm os meus dedos longos, em versos tristes que
invento
Nem aquilo a que me entrego já me traz
contentamento
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Poema: subjetividade e objetividade
• Pode ser até manhã, cedo claro feito dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter no mato um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros e esconder minha
tristeza
• Que eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não, chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida
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Poema: subjetividade e objetividade
• Ouça a música no link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=yxWbSk7yG
O0
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Poema: subjetividade e objetividade
Curiosidade!!!
• CANTEIROS não é um poema de Cecília Meireles;
• trata-se de uma canção com melodia de Fagner, cuja letra escrita dos
quatro primeiros versos foi copiada (de forma ilegal) de uma estrofe do
poema “Marcha”, de Cecília Meireles. O texto foi modificado para se
adequar melhor à sonoridade da melodia. Essa questão já foi resolvida na
justiça e Cecília Meireles foi reconhecida como coautora da música;
• a segunda quadra é de autoria do próprio Fagner, seguindo a mesma
temática;
• quanto à terceira quadra, “Eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza (…)”,
são versos de autoria do compositor Belchior na canção Hora do Almoço,
vencedora do Festival Universitário da Música Popular, TV Tupi do RJ, em
1968, utilizados na gravação como música incidental (provavelmente com
autorização do autor, assim como os versos de Águas de Março, de Tom
Jobim).
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Poema: subjetividade e objetividade
Observações
No caso do poema utilizado para a
composição da música interpretada por
Fagner, o que percebemos?
HÁ OBJETIVIDADE OU SUBJETIVIDADE?
OU OS DOIS?
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Poema: subjetividade e objetividade
A aprendizagem ocorre na relação entre a
objetividade (a realidade, o conhecimento, a
lógica, o espaço, o tempo, o intelecto) e a
subjetividade (o simbólico, o desejo, as
representações, os afetos). Nos processos de
ensino/aprendizagem, o simbólico se transmite ao
mesmo tempo em que o conhecimento dito
"científico", ou seja, a transmissão do
conhecimento, é também a transmissão de nossas
formas de ser e de crer.
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Poema: subjetividade e objetividade
O trecho do poema de Cecília Meireles
UTILIZADO por Fagner é este:
''Quando penso no teu rosto, fecho os olhos
de saudade
Tenho visto muita coisa, menos a felicidade
Soltam-se meus dedos tristes
dos sonhos claros que invento
Nem aquilo que imagino
já me dá contentamento"
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Poema: subjetividade e objetividade
AGORA, VAMOS OBSERVAR UM POEMA COM MUITA OBJETIVIDADE, DO NOSSO
QUERIDO FERREIRA GULLAR, FEITO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL:
Poema Brasileiro
No Piauí de cada 100 crianças que nascem
78 morrem antes de completar 8 anos de idade
No Piauí
de cada 100 crianças que nascem
78 morrem antes de completar 8 anos de idade
No Piauí
de cada 100 crianças
que nascem
78 morrem
antes
de completar
8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
(1962)
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Poema: subjetividade e objetividade
O POEMA DE FERREIRA GULLAR TEM UMA
CARGA DE OBJETIVIDADE EXPRESSA EM
CADA REPETIÇÃO PARA QUE O POEMA
“MARTELE” UMA IDEIA NA CABEÇA DO
LEITOR, DE FORMA SINGULAR.
Assim como a imagem a seguir:
Imagem: A severely malnourished child at Hilaweyn health facility, being held by his
mother /P. Heinlein /Domínio Público
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Poema: subjetividade e objetividade
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Poema: subjetividade e objetividade
O poema de Ferreira Gullar é OBJETIVO, porque não
depende da opinião de ninguém. É uma constatação,
algo comprovável, observável. Portanto, as
impressões do SUJEITO são deixadas de lado. Assim
como a imagem em destaque, que retrata a
realidade nua e crua e é descrita no poema.
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Poema: subjetividade e objetividade
Logo, percebemos que, na
objetividade, predomina o que
é observado; na subjetividade,
as impressões do observador.
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Poema: subjetividade e objetividade
"Não é num retiro, seja lá qual for, que nos
descobriremos: é na estrada, na cidade, no meio da
cidade, coisa entre coisas, homem entre homens."
Jean-Paul Sartre
Link de Imagem: A Persistência da Memória, de Salvador Dalí
http://www.moma.org/collection/object.php?object_id=79018
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Poema: subjetividade e objetividade
Com base na ideia de Sartre e do quadro A
persistência da memória, de Salvador Dali,
convidamos todos a participarem desse jogo
de objetividades e subjetividades poéticas. E
que, com as impressões pessoais e de mundo,
sejamos arquitetos da nossa própria história!
ATÉ A PRÓXIMA AULA!
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Poema: subjetividade e objetividade
• http://literaturaemcontagotas.wordpress.com
/2008/11/25/o-bicho-de-manuel-bandeira/
• Dicionário eletrônico Houaiss
• http://oliteratico.webnode.com/news/subjetiv
idade-e-objetividade-em-gramatica/
•
http://www.google.com.br/search?tbm=isch&hl=ptBR&source=hp&biw=1366&bih=657&q=crian%C3%A7as+morrendo+na+africa&gb
v=2&oq=crian%C3%A7as+morrendo+na+africa&aq=f&aqi=&aql=&gs_l=img.3...650
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Tabela de Imagens
n° do
slide
7
21
direito da imagem como está ao lado da
foto
A glipse of rural india /Pulkit Lalwani /
Creative Commons Atribuição-Partilha nos
Termos da Mesma Licença 3.0 Unported
A severely malnourished child at Hilaweyn
health facility, being held by his mother /P.
Heinlein /Domínio Público
link do site onde se conseguiu a informação
Data do
Acesso
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Poor_india 06/09/2012
.JPG?uselang=pt-br
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:VOA_Heinl 06/09/2012
ein_-_Somali_refugees_September_2011_-_09.jpg