RELATÓRIO2012
FICHA TÉCNICA
TÍTULO
PROJETO TESTES INTERMÉDIOS
Relatório 2012
COORDENAÇÃO
Helder Diniz de Sousa
AUTORIA
Coordenadores e autores de testes intermédios de:
1.º ciclo do ensino básico
Língua Portuguesa
Matemática
3.º ciclo do ensino básico
Ciências Físico-Químicas
Ciências Naturais
Geografia
História
Inglês
Língua Portuguesa
Matemática
Ensino secundário
Biologia e Geologia
Filosofia
Física e Química A
Matemática A
Português
Maria Antonieta Ferreira
Rita Brito Romão
Sandra Pereira
Vanda Lourenço
Diretor: Helder Diniz de Sousa
Fevereiro de 2013
Relatório Testes Intermédios 2012
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ÍNDICE
ÍNDICE DE FIGURAS _________________________________________________ 005
INTRODUÇÃO _____________________________________________________ 007
ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA
1.º ciclo do ensino básico
Língua Portuguesa e Matemática (nota introdutória) ______________________ 0 11
Língua Portuguesa __________________________________________________ 0 13
Matemática ________________________________________________________ 0 17
3.º ciclo do ensino básico
Ciências Físico-Químicas _____________________________________________ 0 20
Ciências Naturais ___________________________________________________ 0 23
Geografia __________________________________________________________ 0 26
História ___________________________________________________________ 0 28
Inglês _____________________________________________________________ 0 31
Língua Portuguesa __________________________________________________ 0 36
Matemática ________________________________________________________ 0 38
Ensino secundário
Biologia e Geologia – 10.º e 11.º anos __________________________________ 0 43
Filosofia – 11.º ano __________________________________________________ 0 48
Física e Química A – 10.º e 11.º anos ___________________________________ 0 50
Matemática A – 10.º, 11.º e 12.º anos __________________________________ 0 54
Português – 12.º ano _________________________________________________ 0 61
Relatório Testes Intermédios 2012
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DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS POR NUTS III ____________________________
65
CONCLUSÃO ______________________________________________________ 100
ANEXOS __________________________________________________________ 103
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ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1
Resultados médios por domínios – 2012. Língua Portuguesa – 1.º ciclo do ensino básico ____________________ 66
FIGURA 2
Resultados médios por áreas temáticas – 2012. Matemática – 1.º ciclo do ensino básico ___________________ 67
FIGURA 3
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Ciências Físico-Químicas – 3.º ciclo do ensino básico __________________________________________________ 68
FIGURA 4
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Ciências Físico-Químicas – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) ________________ 69
FIGURA 5
Distribuição dos resultados médios por NUTS III — 2012
Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico ________________________________________________________ 70
FIGURA 6
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) ______________________ 71
FIGURA 7
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Geografia – 3.º ciclo do ensino básico ______________________________________________________________ 72
FIGURA 8
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Geografia – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) _____________________________ 73
FIGURA 9
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
História – 3.º ciclo do ensino básico ________________________________________________________________ 74
FIGURA 10
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
História – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional =100) _______________________________ 75
FIGURA 11
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Inglês – 3.º ciclo do ensino básico __________________________________________________________________ 76
FIGURA 12
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Inglês – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) ________________________________ 77
FIGURA 13
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico ______________________________________________________ 78
FIGURA 14
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) _____________________ 79
FIGURA 15
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Matemática – 3.º ciclo do ensino básico _____________________________________________________________ 80
FIGURA 16
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Matemática – 3.º ciclo do ensino básico. Valores índice (Média nacional = 100) ___________________________ 81
FIGURA 17
Diferença entre o valor índice da NUTS III e o índice 100 – 2012
Resultados dos testes de Língua Portuguesa e de Matemática – 9.º ano de escolaridade
(Média nacional = 100) __________________________________________________________________________ 83
FIGURA 18
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Biologia e Geologia – ensino secundário ____________________________________________________________ 84
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FIGURA 19
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Biologia e Geologia – ensino secundário (10.º e 11.º anos). Valores índice (Média nacional = 100) ___________ 85
FIGURA 20
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Filosofia – ensino secundário _____________________________________________________________________ 86
FIGURA 21
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Filosofia – ensino secundário. Valores índice (Média nacional = 100) ____________________________________ 87
FIGURA 22
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Física e Química A – ensino secundário _____________________________________________________________ 88
FIGURA 23
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Física e Química A – ensino secundário (10.º e 11.º anos). Valores índice (Média nacional =100) ____________ 89
FIGURA 24
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Português – ensino secundário _____________________________________________________________________ 90
FIGURA 25
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012.Português – ensino secundário, por ano de
escolaridade (12.º ano). Valores índice (Média nacional = 100) _________________________________________ 91
FIGURA 26
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Matemática – ensino secundário ___________________________________________________________________ 92
FIGURA 27
Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012.Matemática – ensino secundário, por ano de
escolaridade (10.º, 11.º e 12.º anos). Valores índice (Média nacional = 100) ______________________________ 93
FIGURA 28
Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012
Língua Portuguesa – 9.º ano _______________________________________________________________________ 95
FIGURA 29
Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012
Matemática – 9.º ano ____________________________________________________________________________ 97
FIGURA 30
Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012
Biologia e Geologia – 11.º ano _____________________________________________________________________ 98
FIGURA 31
Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012
Física e Química A – 11.º ano ______________________________________________________________________ 99
FIGURA 32
Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e da média obtida em 2012
Matemática – 12.º ano __________________________________________________________________________ 100
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INTRODUÇÃO
No ano letivo 2011/2012, conclui-se o sétimo ano do projeto dos Testes Intermédios
(TI) e o quinto ano em que estes foram aplicados num leque alargado de disciplinas
no ensino secundário e nas disciplinas do 3.º ciclo do ensino básico com provas finais
nacionais.
Globalmente, ao nível do ensino secundário, tem sido observada uma crescente
adesão das escolas ao projeto. Na sequência de uma tendência evidenciada em anos
anteriores, o número de escolas que aplicam testes tem registado um consistente
aumento, estando próximo do universo de escolas com este nível de ensino. Em 2012,
relativamente a 2011, ocorreu um aumento do número de inscrições que oscilou
entre 3,6% (Matemática A) e 26,1% (Filosofia).
Em relação ao ensino básico, verifica-se que o número de escolas onde se aplicam TI
de Português e de Matemática do 3.º ciclo do ensino básico está, à semelhança do
referido para o ensino secundário, próximo do universo de escolas. Ainda assim, em
2012 foi observado um acréscimo de escolas inscritas da ordem dos 4%, em
Português, e dos 7%, em Matemática. No que se refere ao 1.º ciclo do ensino básico,
houve também um acréscimo de escolas inscritas: 6,3%, em Português, e 8,2%, em
Matemática.
No 3.º ciclo do ensino básico, nas inscrições em disciplinas não sujeitas a provas
finais nacionais, com níveis de adesão bem inferiores aos registados nas disciplinas de
Português e de Matemática1, apenas se verificou um ligeiro acréscimo nas inscrições
na disciplina de Ciências Naturais. Nas restantes quatro disciplinas (Físico-Química,
História, Geografia e Inglês), o número de inscrições decresceu entre 0,3% (História)
e 5,2% (Inglês). Embora sem significado estatístico, uma possível explicação para esta
variação, de acordo com o que foi sendo reportado por diversas escolas, reside,
essencialmente, em quatro razões: dificuldades de articulação de calendário no
sentido de conjugar a realização dos TI e dos outros testes nas disciplinas em causa;
opções pedagógicas próprias (intenção de continuar a privilegiar o recurso a uma
avaliação externa estandardizada apenas em disciplinas sujeitas a avaliação externa
com implicações na progressão dos alunos, como é o caso de Português e de
Matemática); pressões de encarregados de educação no sentido da não realização de
TI nas disciplinas não sujeitas a provas finais nacionais; dificuldades logísticas
decorrentes da implementação do elenco completo de TI.
No que se refere ao número de testes disponibilizados por disciplina, optou-se por
reduzir de dois TI para um no 11.º ano de Matemática A, tendo sido também esta a
opção nas disciplinas de Biologia e Geologia e de Física e Química A. O número total
de testes realizados passou, assim, de 24, em 2011, para 21, em 2012.
1
As inscrições nas disciplinas do 3.º ciclo do ensino básico não sujeitas a provas finais nacionais
representam 55% a 65% das inscrições registadas em Matemática.
Relatório Testes Intermédios 2012
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Na continuação do projeto, reitera-se o quadro conceptual e as finalidades já há
muito explicitadas pelo GAVE: o valor de diagnóstico2 e o valor formativo e regulador
destes instrumentos de avaliação, sustentados por uma ampla e detalhada
informação sobre resultados. A informação por item e por aluno deve, pois,
constituir, desde que bem utilizada e comunicada aos principais interessados, alunos
e famílias, uma ferramenta quer de diagnóstico da qualidade da aprendizagem
desenvolvida até então, quer de autoavaliação, para o aluno, quer ainda de possível
instrumento de regulação, correção ou reajustamento das práticas dos professores.
Para cada escola/comunidade educativa, o facto de os resultados de cada teste
poderem ser contextualizados em relação aos resultados da unidade territorial (NUTS
III) onde a escola se insere ou aos do todo nacional vem ainda reforçar, num contexto
complementar, o papel regulador atrás enunciado.
Pode ainda referir-se que a manutenção da matriz de apresentação da informação
gerada por cada teste e das ferramentas informáticas utilizadas, com as quais os
professores já deverão estar familiarizados, constitui um fator acrescido de
valorização do papel formativo e regulador que este projeto pode e deve assegurar.
De um ponto de vista logístico, continua a ser relevante reiterar a importância de
alguns aspetos em que ainda se afigura indispensável uma continuada atenção das
escolas:
a delegação de competências por parte das direções das escolas na figura do
gestor de projeto;
a plena assunção pelo gestor do projeto das funções que lhe estão atribuídas;
a assunção por parte das escolas (direção e/ou gestor) de uma plena e total
responsabilidade no que se refere:
2
o
ao conhecimento atempado e integral das informações que regulam a
aplicação dos TI;
o
à escolha do elenco das provas a aplicar;
o
à inscrição da escola no projeto dentro dos prazos definidos e
amplamente divulgados na página da Internet do GAVE;
o
à logística de aplicação dos TI;
o
à classificação das provas e à forma como os resultados são utilizados;
o
à devolução dos resultados da escola ao GAVE, cumprindo também os
prazos definidos para o efeito;
Salienta-se a relevância dos TI de Português e de Matemática do 1.º ciclo do ensino básico como
instrumentos de diagnóstico precoce das dificuldades de aprendizagem, a meio de um ciclo ainda
marcado por níveis de insucesso excessivos (para este nível de ensino, estruturante dos percursos
escolares futuros) e/ou por desempenhos médios de nível apenas satisfatório.
Relatório Testes Intermédios 2012
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o
à contínua melhoria do nível de informação e de consciencialização da
comunidade educativa em relação à natureza particular do projeto, ao
nível das suas finalidades.
O presente relatório é composto, como tem sido habitual, por duas partes: na
primeira parte, apresenta-se uma análise dos resultados por disciplina; na segunda
parte, procede-se a uma comparação dos resultados georreferenciados ao nível da
NUTS III, unidade de análise desde sempre considerada neste projeto. Completa-se o
relatório com um conjunto de anexos onde se apresenta informação de resultados
nacionais de forma mais detalhada.
Para os professores e para as escolas, a consulta deste relatório deve ser
acompanhada de uma nova consulta das informações relativas a cada teste, de
acesso restrito, facilitando, assim, um adequado enquadramento dos resultados da
própria escola com a abordagem de âmbito global/nacional aqui apresentada. Para
os restantes leitores, a informação agora disponibilizada possibilita uma visão macro,
quer no plano pedagógico, quer no territorial, do desempenho que os alunos
portugueses evidenciam nas disciplinas que integram o projeto.
Na primeira parte do relatório, faz-se uma breve descrição de cada teste, da sua
estrutura e principais características, e, a partir da análise dos resultados nacionais,
destacam-se as áreas da aprendizagem que se afiguram consolidadas e, em sentido
oposto, identificam-se as que evidenciam maiores fragilidades. A informação
disponibilizada, privilegiando uma análise de âmbito nacional, aponta para a
sistematização e categorização dos desempenhos de forma dicotómica. A este
propósito, é bom ter presente que as inferências produzidas estão sempre balizadas
pelos resultados de um instrumento de avaliação específico, pelo que se recomenda
a sua leitura tendo em conta outras informações e resultados decorrentes de
processos de avaliação realizados em diferentes contextos.
Na segunda parte do relatório, apresentam-se os resultados georreferenciados ao
nível da NUTS III. Com estes resultados, pode ficar a conhecer-se:
a distribuição geográfica da média dos resultados do conjunto dos TI de cada
disciplina;
a posição relativa dos resultados de cada unidade territorial, por disciplina e
por ano de escolaridade, em relação à média nacional;
a tendência de evolução dos resultados, também por disciplina, entre 2009 e
2012, considerando-se, para o efeito, apenas os resultados do último TI
realizado no ano terminal do ciclo de estudos de cada disciplina.
Os resultados agora apresentados, dado o seu âmbito nacional, devem ser sempre
inseridos na realidade social e territorial específica de cada comunidade educativa.
Relatório Testes Intermédios 2012
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Os valores que sustentam as comparações inter-regionais apresentadas são valores
índice (valor médio de Portugal igual a 100), o que permite desvalorizar a
interferência da variável teste (como se sabe, trata-se de testes sempre originais) na
comparabilidade dos mesmos. Excetuam-se os valores considerados nos intervalos da
escala de classificações utilizada nas representações gráficas e cartográficas que
ilustram a distribuição dos resultados por NUTS III, que traduzem a média dos
resultados de cada teste registados em cada uma das unidades territoriais.
Note-se ainda que, sendo o número de escolas inscritas largamente representativo do
universo nacional, em algumas das NUTS III, com um reduzido número de escolas
(devido à reduzida dimensão territorial ou à baixa densidade populacional), os
resultados apresentados podem não ser estatisticamente significativos.
Como nota final, refira-se que, no texto em que se apresenta a análise dos resultados
por disciplina, bem como nas diversas representações gráficas e cartográficas que
ilustram a sua evolução ou distribuição geográfica, se optou por manter as
designações das diferentes disciplinas vigentes à data de realização de cada
aplicação, as mesmas que constam das informações então publicadas.
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ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA
1.º ciclo do ensino básico
Língua Portuguesa e Matemática – 2.º ano
Devem ser consultadas as Informações n.º 24 (Língua Portuguesa) e n.º 25
(Matemática), disponíveis na Extranet (Testes Intermédios 2011/2012).
Nota introdutória
As informações produzidas, em 2010/2011, a propósito da realização de testes
intermédios no 1.º ciclo do ensino básico explicitaram o princípio de base que
sustenta a conceção e a disponibilização de instrumentos de avaliação de aplicação
nacional dirigidos aos alunos do 2.º ano de escolaridade: a necessidade de se levar a
cabo um diagnóstico precoce das dificuldades dos alunos, permitindo uma
intervenção pedagógica e didática mais eficaz. Importa, mais uma vez, retomar esta
finalidade, uma vez que ela comporta uma dimensão formativa da avaliação que se
pretende ver especialmente destacada nos testes intermédios do 2.º ano.
De facto, a aplicação destes testes oferece a possibilidade de, através de uma
avaliação concebida externamente às escolas e aferida por padrões nacionais, obter
um conhecimento altamente detalhado do desempenho dos alunos a meio de um
ciclo de escolaridade de quatro anos. A informação decorrente da análise dos
resultados de cada teste, que deverá ser, naturalmente, partilhada com os
encarregados de educação, parceiros insubstituíveis no processo de monitorização e
de acompanhamento do percurso escolar dos alunos/educandos, constitui uma
mais-valia para a qualidade da ação pedagógica a desenvolver nos últimos dois anos
de escolaridade do ciclo, que culmina, já neste ano letivo, com a realização de
provas finais.
Não obstante o exposto, há que considerar as limitações que os resultados de uma
única prova comportam, realidade que terá de estar sempre presente na sua análise
e interpretação. De qualquer forma, o grau de pormenor que os relatórios individuais
apresentam (veja-se exemplo de Ficha Individual de Aluno — Anexo 1) permite
identificar ou corroborar fragilidades na aprendizagem desenvolvida por cada aluno,
não raras vezes identificadas tardiamente. Esta informação deve também
constituir-se como um diagnóstico que sustente intervenções educativas
subsequentes, no sentido da superação das referidas dificuldades e da prevenção do
insucesso.
No quadro do que atrás se explicita, a classificação dos testes efetuou-se, como
habitualmente, de acordo com os critérios gerais e com os critérios específicos de
Relatório Testes Intermédios 2012
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cada item, sendo que os critérios específicos apresentaram, à semelhança do que
ocorreu em 2010/2011, um conjunto de descritores por níveis de desempenho que
correspondiam a códigos numéricos, a atribuir de acordo com o desempenho
evidenciado pela resposta (ausência de resposta, resposta incorreta, resposta
incompleta, resposta correta, entre outras informações). Consentânea com o
carácter eminentemente formativo destes testes intermédios, a utilização de códigos
numéricos justifica-se também por razões técnicas, pois permite o tratamento
informático dos dados registados nas grelhas de registo de resultados.
Considerando as particularidades dos critérios de classificação destes testes, a
classificação global de cada teste não resultou do somatório de cotações e
pontuações previstas para cada item, numa escala 0-100, nem tão-pouco do
somatório dos códigos numéricos atribuídos. Assim, a classificação dos testes
traduziu-se na atribuição de uma notação qualitativa (Satisfaz Bem, Satisfaz ou Não
Satisfaz) para cada um dos domínios e das áreas temáticas a avaliar (por escola, por
turma e por aluno). Os resultados nacionais que agora se apresentam seguem,
naturalmente, este mesmo formato.
Relatório Testes Intermédios 2012
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Língua Portuguesa – 2.º ano
Caracterização do teste
O teste estava dividido em duas partes, apresentadas em dois cadernos, Caderno 1 e
Caderno 2, e incluía um total de quatro grupos de itens. O Caderno 1 continha os
Grupos I e II e o Caderno 2 continha os Grupos III e IV.
No Caderno 1, avaliavam-se os conteúdos nos domínios da Compreensão do Oral
(Grupo I) e da Leitura (Grupo II). O Grupo I incluía um ficheiro áudio, para
reprodução na sala de aula. No Caderno 2, eram avaliados os conteúdos nos domínios
do Conhecimento Explícito da Língua (Grupo III) e da Escrita (Grupo IV).
Grupo I – Compreensão do Oral
Este grupo tinha como suporte um ficheiro áudio que continha as instruções gerais
para a resolução do teste, o registo áudio de uma narrativa e as instruções
específicas para a resolução dos itens, implicando a compreensão oral de diferentes
tipos de discurso relacionados quer com a narrativa, quer com outros objetivos
comunicativos. Neste grupo, foram usados 6 itens de seleção: 1 item de
associação/correspondência e 2 itens de escolha múltipla, cujo suporte era o texto
narrativo escutado; 3 itens de resposta gráfica, cuja resolução seguia as instruções
do texto áudio, para registo na imagem disponibilizada, tendo como suporte uma
imagem para cumprimento de instruções a partir da sua observação.
Itens com melhor e com pior desempenho
No domínio da Compreensão do Oral, 4 dos 6 itens revelaram ter a percentagem mais
elevada de respostas totalmente corretas (com atribuição do código superior) da
prova.
O item 3.1. foi o item com melhor desempenho da prova, tendo 98,4% dos alunos
assinalado corretamente a resposta. Neste item, solicitava-se aos alunos que
pintassem com o lápis verde apenas a estrela-do-mar maior. O facto de se tratar de
um item de seleção de resposta gráfica poderá ter contribuído para um tão bom
desempenho na compreensão da instrução oral. Registe-se, aliás, que em todos os
itens de resposta gráfica do teste se obtiveram valores percentuais acima dos 90%.
Ainda no domínio da Compreensão do Oral, o item 1. foi aquele em que os alunos
revelaram um desempenho pior. Neste item de associação/correspondência, apenas
62,6% dos alunos responderam corretamente, identificando quatro personagens
presentes no texto escutado, num conjunto de doze imagens. Ainda assim, este valor
Relatório Testes Intermédios 2012
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percentual não deixa de corresponder a um desempenho satisfatório, dado tratar-se
de um item que requeria de alunos deste ano de escolaridade um grau considerável
de atenção.
Grupo II – Leitura
O Grupo II integrava um texto narrativo que permitia avaliar conteúdos no domínio
da Leitura, através de 6 itens, 3 de seleção e 3 de construção.
Itens com melhor e com pior desempenho
O item 1. foi aquele em que os alunos revelaram melhor desempenho: 87,1% dos
alunos identificaram corretamente o título mais adequado ao texto lido, de entre
quatro hipóteses. A tipologia de escolha múltipla bem como o facto de o item
requerer, essencialmente, a apreensão do sentido global do texto podem ter
contribuído para este bom desempenho.
Ainda no domínio da Leitura, o item 5. foi aquele em que os alunos revelaram um
desempenho pior: apenas 51,8% de respostas foram classificadas com o código
numérico superior. Neste item de resposta curta, os alunos deveriam justificar uma
tomada de posição a partir do conhecimento veiculado pelo texto acerca das
personagens (Escolhe uma das três personagens e justifica de forma adequada).
Sendo um item de construção, a dificuldade poderá ter decorrido de alguma
complexidade inerente ao formato do item e à operação cognitiva envolvida na
resposta — posicionamento perante uma ideia, justificado com base em informação
textual. Registe-se, no entanto, que uma percentagem assinalável de alunos (26,4%)
conseguiu responder a parte da questão, i.e., conseguiu escolher uma das
personagens, mas justificou de forma elementar, o que parece revelar que as
dificuldades, neste item, diziam mais respeito à adequação da justificação a
apresentar do que à escolha da personagem.
Grupo III – Conhecimento Explícito da Língua
No Grupo III, avaliaram-se conteúdos no domínio do Conhecimento Explícito da
Língua, através de 5 itens de seleção, com particular incidência nos planos
fonológico, morfológico, das classes de palavras e da representação gráfica e
ortográfica.
Relatório Testes Intermédios 2012
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Itens com melhor e com pior desempenho
O item 2. foi aquele em que os alunos revelaram melhor desempenho: um total de
74,7% dos alunos reconheceu corretamente características da flexão verbal, em
contexto frásico e sem recurso à metalinguagem. O formato do item e o facto de,
para a sua resolução, não ser necessário convocar conhecimento metalinguístico
podem justificar o bom desempenho dos alunos neste item.
Ainda no domínio do Conhecimento Explícito da Língua, o item 4. foi aquele em que
os alunos manifestaram um desempenho pior: apenas 54,6% dos alunos responderam
corretamente, ordenando alfabeticamente cinco palavras, estando a primeira palavra
já numerada. De entre os fatores que podem explicar o desempenho dos alunos neste
item, podem apontar-se a natureza dicotómica inerente ao formato de um item de
ordenação, e ainda o facto de duas das cinco palavras a ordenar alfabeticamente
pelos alunos apresentarem o mesmo grafema em posição inicial.
Grupo IV – Escrita
O Grupo IV incluía 3 itens que correspondiam a cada uma das diferentes etapas da
produção de um pequeno texto (Planificação, Textualização e Revisão), e, ainda, 1
item destinado à identificação, no texto produzido, de um número limitado de
palavras com ortografia correta. O item 4., que avaliava a Ortografia, antecedia o
item de Revisão, que se destinava ao melhoramento do texto produzido (conteúdo e
forma), orientado por um guião de verificação. O item 2., referente à Textualização,
contemplava os seguintes parâmetros: Tipologia (A); Coerência (B); Estruturação (C);
e Vocabulário (D).
Itens com melhor e com pior desempenho
O Grupo IV, em que se avaliavam aprendizagens no domínio da Escrita, foi o grupo
em que os alunos demonstraram mais fragilidades.
O parâmetro D (Vocabulário) do item 2. (Textualização) foi aquele em que se
verificou um melhor resultado: 69,2% dos alunos mobilizaram material lexical
adequado à história solicitada, sendo esse desempenho expectável para esta faixa
etária relativamente ao tema proposto. Com um valor percentual aproximado
(68,2%), verifica-se igualmente no parâmetro B (Coerência) do item 2.
(Textualização) um bom desempenho dos alunos.
O parâmetro A (Tipologia) do item 2. (Textualização) foi aquele em que se verificou
um pior resultado, tendo sido atribuído o código numérico superior a apenas 20,7%
dos alunos. No parâmetro C (Estruturação) do item 2. (Textualização), os alunos
Relatório Testes Intermédios 2012
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também revelaram dificuldades, pois somente 38,8% obtiveram um bom resultado na
estruturação do texto.
Se confrontarmos estes resultados com o valor percentual dos alunos que
apresentaram o plano com todos os elementos adequados — 55,9% —, há que ter em
conta a discrepância entre o desempenho alcançado no item 1. (Planificação) e as
dificuldades de organização textual, a partir de um esquema dado, evidenciadas
pelos resultados significativamente baixos alcançados nos parâmetros A (Tipologia) e
C (Estruturação) do item 2. (Textualização). Parece, portanto, haver evidências de
que os alunos continuam a ter pouco contacto com a estrutura organizativa
previamente definida de textos, pois a elaboração de um plano adequado não se
constituiu como elemento facilitador na organização estrutural do texto e, menos
ainda, na utilização correta dos elementos inerentes à tipologia requerida.3
Propostas de intervenção didática
Da análise dos resultados, destaca-se o domínio da Escrita como a área específica em
que parece ser necessária uma intervenção didática. Face aos problemas
identificados no domínio da Escrita, sugere-se o reforço de estratégias assentes em
modelos processuais de escrita, treinando a especificidade da planificação, da
textualização e da revisão e reescrita de textos. As dificuldades de escrita
compositiva poderão ser minimizadas também através de um treino recorrente de
escrita com fins multifuncionais. A constatação da fraca melhoria no item em que se
pretendia avaliar a ortografia confirma também a necessidade de se reforçar práticas
de revisão textual, que incluam, nomeadamente, o plano ortográfico.
Relativamente ao domínio do Conhecimento Explícito da Língua, o item em que os
alunos revelaram maior dificuldade foi um item em que deveriam ordenar palavras
alfabeticamente, estando, por isso, em causa a utilização de conhecimento
linguístico. O resultado obtido não deixa de ser surpreendente, tendo em conta que
estudos existentes sobre práticas de ensino (por exemplo, através da análise de
manuais escolares) que revelam que o tipo de tarefa referido se encontra entre os
estímulos mais frequentemente usados neste nível de escolaridade, nas aulas de
Língua Portuguesa. A este propósito, reitera-se a importância do trabalho continuado
de explicitação de conhecimento linguístico.
3
87,0% dos alunos que realizaram o teste responderam à pergunta colocada no final da prova: O plano
ajudou-te a escrever a história?. Deste conjunto, a grande maioria (83,1%) respondeu afirmativamente.
Confrontando este resultado com os resultados apurados para os itens de Escrita, nomeadamente o item
1. (Planificação) — em que 55,9% dos alunos apresentaram o plano com todos os elementos adequados —
e o parâmetro A (Tipologia) do item 2. (Textualização) — em que 20,7% dos alunos redigiram o texto
atendendo aos elementos solicitados —, verifica-se uma discrepância entre a assunção da utilidade do
plano e a sua efetiva utilidade para a produção escrita.
Relatório Testes Intermédios 2012
16 _ 130
Por fim, em relação às maiores dificuldades diagnosticadas no domínio da Leitura,
sugerem-se como medidas didáticas, estratégias para facilitar a leitura autónoma e a
formulação de juízos fundamentados, que, em momento adequado, poderão ser
veiculados através da escrita.
Matemática – 2.º ano
Caracterização do teste
O teste incidia nos três temas matemáticos previstos no Programa da disciplina,
nomeadamente no que respeita ao 1.º e ao 2.º ano: Números e Operações, Geometria
e Medida, Organização e Tratamento de Dados.
Os conhecimentos e as capacidades transversais avaliados e os seus pesos relativos
eram os seguintes: Conhecimento de Conceitos e Procedimentos Matemáticos, 50%,
Resolução de Problemas, 18%, Raciocínio Matemático, 18%, e Comunicação
Matemática, 14%.
O teste era constituído por duas partes apresentadas em dois cadernos, Caderno 1 e
Caderno 2. A 1.ª parte, que correspondia ao Caderno 1, era constituída por 10 itens
de construção e por 2 itens de seleção; a 2.ª parte, que correspondia ao Caderno 2,
era constituída por 6 itens de construção e por 4 itens de seleção.
Itens com melhor desempenho
Os alunos revelaram melhor desempenho nos itens 1.1. e 6.1. do Caderno 1 e no item
9. do Caderno 2, nos quais, respetivamente, 79,2%, 84,9% e 79,6% das respostas dos
alunos foram classificadas com o descritor de desempenho do nível máximo. No item
1.1., item de construção que incidia no tema Organização e Tratamento de Dados, o
aluno teria de ler e interpretar informação apresentada num diagrama de Carrol. No
item 6.1., item de escolha múltipla que incidia no tema Números e Operações, o
aluno deveria ser capaz de ler números. No item 9., item de construção que se
inseria no tema Geometria e Medida, o aluno teria de completar um desenho de
modo a obter uma figura com simetria de reflexão de eixo horizontal.
Itens com pior desempenho
Os itens 1.2. e 2. do Caderno 1 e o item 13. do Caderno 2 foram aqueles em que os
alunos revelaram pior desempenho, pois apenas 30,2%, 29,6% e 11,7% das respostas
dos alunos, respetivamente, foram classificadas com o descritor de desempenho do
Relatório Testes Intermédios 2012
17 _ 130
nível máximo. O item 1.2., de resposta restrita, inseria-se no tema Organização e
Tratamento de Dados e implicava a leitura e a interpretação de dados num diagrama
de Carrol, assim como a identificação da metade. O item 2. era de resposta restrita e
consistia na resolução de um problema, envolvendo dinheiro, do tema Geometria e
Medida. Este problema implicava a identificação, no enunciado do problema, da
informação relevante para a resolução do mesmo. No âmbito do tema matemático
Geometria e Medida, o item 13., de seleção, implicava o conhecimento de conceitos
(identificar retângulos e saber que o quadrado pode ser visto como um caso
particular do retângulo). Tendo analisado os resultados, podemos afirmar que 69,3%
dos alunos não reconhece o quadrado como um retângulo (códigos 5 e 3 dos critérios
específicos de classificação do item)4. As respostas dos alunos revelaram, então,
algumas fragilidades ao nível do reconhecimento de propriedades de figuras no
plano.
Nos itens que implicavam a interpretação do enunciado de um problema e a
definição de uma estratégia apropriada à resolução do mesmo, assim como a
justificação, clara e coerente, dos procedimentos utilizados, os alunos apresentaram
pior desempenho.
Alguns dos itens implicavam mais do que uma etapa de resolução (nomeadamente o
item 2.), o que os terá tornado mais difíceis para os alunos.
Propostas de intervenção didática
Da análise dos resultados, ressaltam como áreas temáticas em que é necessário
reforçar a intervenção didática a Geometria e Medida.
A utilização da visualização e do raciocínio espacial na análise de situações e na
resolução de problemas, assim como a compreensão dos conceitos de perímetro e de
área, são questões a trabalhar com os alunos.
Um aspeto das capacidades transversais em que se verificaram grandes fragilidades
foi a resolução de problemas; logo, esta necessita, de um modo muito premente, de
uma intervenção didática reforçada. A resolução sistemática de problemas que
impliquem a identificação da informação relevante, a utilização de contextos e
estratégias diversificadas, assim como a discussão na turma das estratégias utilizadas
e dos resultados obtidos podem contribuir para a apropriação de diferentes ideias e
conceitos matemáticos, assim como para o desenvolvimento da capacidade de
resolução de problemas.
Os alunos devem ser ainda incentivados, por um lado, à leitura e interpretação de
enunciados matemáticos e, por outro, à justificação de ideias e raciocínios
4
Reproduzem-se os descritores de desempenho relativos aos códigos 5 e 3, respetivamente: Pinta
apenas a segunda figura; Pinta a segunda figura, pinta a primeira figura e/ou a quarta figura, mas não
pinta a terceira figura.
Relatório Testes Intermédios 2012
18 _ 130
matemáticos, como forma de desenvolver a sua capacidade de comunicação
matemática.
Relatório Testes Intermédios 2012
19 _ 130
3.º ciclo do ensino básico
Ciências Físico-Químicas – 9.º ano
Deve ser consultada a Informação n.º 12, disponível na Extranet (Testes Intermédios
2011/2012).
Caracterização do teste
O teste intermédio teve por referência as Orientações Curriculares para o 3.º ciclo do
ensino básico da disciplina de Ciências Físicas e Naturais — componente de Ciências
Físico-Químicas —, que se organizam em quatro temas: Terra no espaço, Terra em
transformação, Sustentabilidade na Terra e Viver melhor na Terra.
O teste era constituído por duas partes, organizadas em grupos de itens. A primeira
parte, que incluía os Grupos I a V, era constituída por 16 itens de seleção de escolha
múltipla, e a segunda parte, que incluía os Grupos VI a VIII, era constituída por 5
itens de construção de resposta curta, 4 de resposta restrita e 3 de cálculo.
Itens com melhor desempenho5
Grupos I a V — itens de seleção de escolha múltipla
Os itens de seleção de escolha múltipla em que os alunos revelaram melhor
desempenho foram os itens 1.2. do Grupo I, 3. do Grupo II e 1.2. do Grupo IV, com
valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 75,6%,
74,2% e 73,4%.
No item 1.2. do Grupo I avaliava-se o conteúdo Movimentos e forças, solicitando que
se relacionasse os dados fornecidos numa tabela com a grandeza referida e que se
concluísse sobre a variação dessa grandeza no intervalo de tempo referido. O bom
desempenho neste item, muito superior ao que seria expectável face às capacidades
e às operações mentais que mobiliza, é de difícil explicação.
No item 3. do Grupo II, em que se avaliava o conteúdo Produção e transmissão de
som, exigia-se que o aluno reconhecesse a propriedade pedida.
O item 1.2. do Grupo IV, sobre o conteúdo Estrutura atómica, implicava que o aluno
reconhecesse a informação fornecida e concluísse corretamente.
Ao contrário do item 1.2. do Grupo I, estes dois itens mobilizavam essencialmente
capacidades de conhecimento de conceitos e operações mentais muito elementares,
o que terá contribuído para o bom desempenho.
5
Considerando que cada uma das partes que constituía o teste intermédio agrupava itens do mesmo
tipo (de seleção e de construção), apresentam-se os três itens com melhor desempenho e os três com
pior desempenho em cada uma das partes.
Relatório Testes Intermédios 2012
20 _ 130
Grupos VI a VIII — itens de construção
Os itens de construção em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os
itens 3. do Grupo VI, 4. do Grupo VI e 2.1. do Grupo VIII, com valores da classificação
média em relação à cotação total de, respetivamente, 77,8%, 66,4% e 76,0%.
O item 3. do Grupo VI avaliava o conteúdo Movimentos e forças e pretendia que o
aluno, conhecendo a propriedade referida, apresentasse o valor pedido e a respetiva
unidade, a partir da informação dada numa figura.
No item 4. do Grupo VI, sobre o conteúdo Movimentos e forças, solicitava-se que o
aluno utilizasse a informação fornecida, estabelecesse uma proporção através de um
cálculo simples e elaborasse a representação gráfica pedida.
Avaliando o conteúdo Propriedades físicas e químicas dos materiais, no item 2.1. do
Grupo VIII, exigia-se que o aluno conhecesse a designação do material representado
numa figura. O bom desempenho destes dois itens pode ser atribuído ao facto de
mobilizarem apenas capacidades de conhecimento de conceitos e operações mentais
muito elementares.
Itens com pior desempenho
Grupos I a V — itens de seleção de escolha múltipla
Os itens de seleção de escolha múltipla em que os alunos revelaram pior desempenho
foram o item 1.1. do Grupo I, o item 3. do Grupo III e o item 2. do Grupo V, com
valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 6,4%,
23,8%, 23,6%.
O item 1.1. do Grupo I avaliava o conteúdo Movimentos e forças e envolvia operações
mentais distintas: reconhecer o intervalo de tempo referido, relacionar os dados
fornecidos na tabela com esse intervalo de tempo e determinar a grandeza pedida,
reconhecendo a opção correta.
No item 3. do Grupo III, em que se avaliava o conteúdo Características dos planetas,
solicitava-se que o aluno interpretasse a informação fornecida, relacionasse os dados
fornecidos com o valor pedido e calculasse o valor pedido para reconhecer a opção
correta.
O item 2. do Grupo V, sobre o conteúdo Explicação e representação das reações
químicas, mobilizava a interpretação e compreensão da lei de Lavoisier, exigindo que
o aluno concluísse corretamente sobre a variação das grandezas referidas.
Embora com o formato de itens de seleção de escolha múltipla, estes itens mobilizam
essencialmente
capacidades
de
interpretação
de
dados,
de
conhecimento/compreensão de conceitos e, no caso do item 3. do Grupo III, de
cálculo, assim como operações mentais relativamente complexas que correspondem
Relatório Testes Intermédios 2012
21 _ 130
a uma sequência de raciocínios. As diferenças relativas às capacidades e operações
mentais mobilizadas por estes itens permitirão justificar as descidas muito
significativas em relação ao nível de desempenho dos itens de seleção com melhores
resultados, traduzidas por grandes diferenças nas percentagens reais de classificação
média em relação à cotação total.
Grupos VI a VIII — itens de construção
Os itens de construção em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens
2. e 3. do Grupo VII e o item 1. do Grupo VIII, com valores da classificação média em
relação à cotação total de, respetivamente, 6,6%, 9,3% e 8,8%.
O item 2. do Grupo VII, de construção de cálculo, avaliava o conteúdo Movimentos e
forças e pedia ao aluno que interpretasse o gráfico fornecido e que, a partir da
informação dada no gráfico, realizasse cálculos de modo a determinar a grandeza
pedida.
O item 3. do Grupo VII, de construção de cálculo, sobre o conteúdo Movimentos e
forças, mobilizava a interpretação do gráfico fornecido e, a partir da informação
dada no gráfico, a realização de cálculos de modo a determinar a grandeza pedida.
O item 1. do Grupo VIII, de construção de resposta curta, pretendia avaliar o
conteúdo Propriedades físicas e químicas dos materiais, sendo que o aluno devia
utilizar os dados fornecidos, realizar as conversões de unidades necessárias,
estabelecer relações de proporcionalidade e realizar cálculos de modo a determinar
a grandeza pedida.
Verifica-se que estes três itens mobilizavam capacidades de interpretação de uma
representação gráfica ou de dados, de conhecimento/compreensão de conceitos e de
realização de cálculos, e operações mentais relativamente complexas que
correspondem também a uma sequência de raciocínios.
Globalmente, verifica-se que os itens com pior nível de desempenho envolvem a
mobilização de capacidades diversificadas e operações mentais relativamente
complexas, que correspondem a uma sequência de raciocínios.
Propostas de intervenção didática
A análise dos resultados obtidos realizada permitirá fundamentar algumas propostas
de natureza didática, nomeadamente:
realização de atividades experimentais que privilegiem a observação
(recorrendo a esquemas como formas de representação) e a interpretação
das observações realizadas;
Relatório Testes Intermédios 2012
22 _ 130
elaboração de pequenos textos de natureza diversa, privilegiando-se a
descrição de observações realizadas em aula;
construção e análise de gráficos a partir de dados reais;
interpretação de gráficos e utilização dos mesmos para estabelecer relações
entre grandezas físicas;
construção e análise de tabelas de dados reais e utilização das mesmas para
estabelecer relações entre grandezas físicas;
promoção de situações que impliquem a utilização de instrumentos de
medida;
promoção de situações que envolvam conversões de unidades.
Ciências Naturais – 9.º ano
Deve ser consultada a Informação n.º 18, disponível na Extranet (Testes Intermédios
2011/2012).
Caracterização do teste
O teste intermédio teve por referência as Orientações Curriculares para o 3.º ciclo do
ensino básico da disciplina de Ciências Físicas e Naturais — componente de Ciências
Naturais —, que se organizam em quatro temas: Terra no espaço, Terra em
transformação, Sustentabilidade na Terra e Viver melhor na Terra.
O teste intermédio apresentava três grupos de itens, que tinham como suporte
documentos de texto, figuras e tabelas.
No que concerne à tipologia dos itens, a prova incluía, itens de seleção (16 de
escolha múltipla, 2 de associação/correspondência e 2 de ordenação) e itens de
construção (2 de resposta curta e 3 de resposta restrita), num total de 25 itens.
Itens com melhor desempenho
Os três itens em que os alunos evidenciaram melhor nível de desempenho foram o
item 4. do Grupo II, o item 5. do Grupo III e o item 7. do Grupo III, com valores da
classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 75,4%, 80,6% e
83,4%. Todos estes itens eram de escolha múltipla.
No item 4. do Grupo II, solicitava-se a interpretação de dados fornecidos em texto e
em tabela, relacionada com a zona do estudo que apresentava melhor qualidade do
ar. O item apelava ao conhecimento e à compreensão de dados e de conceitos.
Relatório Testes Intermédios 2012
23 _ 130
O item 5. do Grupo III tinha como objetivo o relacionamento da produção de energia
com os níveis de oxigénio nas células. Este item solicitava a mobilização e a
utilização de dados e de conceitos, tendo como suporte um texto.
O item 7. do Grupo III, no qual os alunos evidenciaram o melhor desempenho do
teste, incidia na compreensão dos efeitos da aspirina como meio de prevenção de
doenças cardiovasculares. O item apelava ao conhecimento e à compreensão de
dados e de conceitos, tendo como suporte um texto.
Verifica-se que os itens que apresentaram melhor desempenho correspondem à
tipologia de escolha múltipla. Dada a diversidade de âmbito de aplicação deste tipo
de itens, estes podem ser utilizados para se avaliar resultados de aprendizagem
desde o nível mais simples ao mais complexo. Nos itens em análise, era necessária a
interpretação dos suportes fornecidos, o que envolvia conhecimento, compreensão,
interpretação, mobilização e utilização de dados. Os resultados obtidos sugerem que
os itens em análise, tanto no que se refere às capacidades que convocavam como aos
conteúdos mobilizados, não criaram dificuldades significativas aos alunos.
Salienta-se que a tipologia de item de escolha múltipla foi a mais representativa da
prova (16 em 25 itens), o que aumenta a probabilidade de estes serem os itens com
melhor desempenho.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 5. do Grupo I,
9. do Grupo III e 12. do Grupo III, com valores da classificação média em relação à
cotação total de, respetivamente, 29,8% (com 53,5% das respostas com cotação
nula), 7,6% e 20,1% (com 64,5% das respostas com cotação nula).
Estes itens eram de diversas tipologias: associação/correspondência, ordenação e
resposta restrita, com uma cotação nula que se situou entre os 53,5% e os 92,4%. Nos
três itens em apreço, só o de resposta restrita requeria a interpretação de um
suporte (texto).
O item 9. do Grupo III, de ordenação, apresentou o pior desempenho do teste. Neste
item, solicitava-se o conhecimento aprofundado de conteúdos relativos à inspiração e
o relacionamento entre os sistemas neuro-hormonal e respiratório, exigindo-se um
conjunto de operações mentais, com alguma complexidade, que permitiriam a
sequenciação lógica dos diferentes elementos apresentados no item. Estes factos
poderão ter estado na base das dificuldades sentidas pelos alunos. Enquanto item de
ordenação, a classificação da resposta é dicotómica, o que é determinante para o
valor percentual da classificação média em relação à cotação total, que, nestes
casos, coincide com o valor de respostas com cotação total (7,6%).
Relatório Testes Intermédios 2012
24 _ 130
O item 12. do Grupo III, de resposta restrita, tinha como objetivo relacionar a
dificuldade da circulação pulmonar com o maior esforço exercido pelo coração. Este
item exigia a explicação de contextos em análise e solicitava que, a partir do
reconhecimento do objetivo do item, os alunos mobilizassem dados do suporte
(texto) num contexto específico, com o qual poderão não estar familiarizados na
abordagem curricular. O baixo desempenho dos alunos neste item pode ter estado
relacionado com dificuldades de compreensão do que foi pedido, de aplicação de
conceitos e modelos em novas situações e de estabelecimento das relações
solicitadas. Nesta tipologia de item, os alunos têm de percorrer várias etapas para
construírem a sua resposta e, portanto, itens em que se avaliem capacidades
complexas, como as referidas, apresentam geralmente resultados inferiores aos
daqueles em que se avaliam capacidades mais simples.
No item 5. do Grupo I, de associação/correspondência, solicitava-se o conhecimento
de conteúdos relativos à morfologia do fundo do oceano e avaliava-se a capacidade
do aluno para associar partes de informação. Os conteúdos que se avaliavam no item
são abordados, habitualmente, no 7.º de escolaridade, sendo que este facto, aliado à
especificidade científica abordada, poderá ter estado na base dos fracos resultados.
Propostas de intervenção didática
Os desempenhos constatados parecem indicar fragilidades ao nível da compreensão e
interpretação da informação fornecida, bem como da construção de respostas que
impliquem operações mentais complexas, como a aplicação de conceitos e modelos
em novas situações e o estabelecimento das relações solicitadas. Constataram-se
igualmente fragilidades em relacionar conteúdos programáticos (e.g., sistema
neuro-hormonal e sistema respiratório).
Propõe-se, com base na análise efetuada, que, em sala de aula, seja promovido e
reforçado um conjunto de experiências de aprendizagem centradas na interpretação
e compreensão de informação fornecida em diversos suportes e na produção de
textos expositivo-argumentativos, visando o desenvolvimento de níveis de
aprendizagem mais elevados. Sugere-se ainda que seja promovida, de forma
sistemática, a articulação/interação entre os diversos conteúdos programáticos.
Relatório Testes Intermédios 2012
25 _ 130
Geografia – 9.º ano
Deve ser consultada a Informação n.º 7, disponível na Extranet (Testes Intermédios
2011/2012).
Caracterização do teste
O teste era constituído por quatro grupos de itens. O Grupo I era constituído apenas
por itens de escolha múltipla. Os Grupos II e III eram constituídos por 4 itens de
escolha múltipla e por 2 itens de construção de resposta curta. O Grupo IV era
formado por 4 itens de construção, sendo 3 de resposta restrita e 1 de resposta
extensa orientada.
Itens com melhor desempenho
Os alunos revelaram melhor desempenho no item 1. do Grupo II, no item 3. do Grupo
II e no item 3. do Grupo III, com valores da classificação média em relação à cotação
total de, respetivamente, 77,2%, 85,2% e 87,8%.
Os itens eram todos de escolha múltipla e os itens do Grupo II requeriam a leitura de
quadros com informação estatística, mobilizando conhecimentos relativos à
população (indicadores demográficos), enquanto o item do Grupo III apelava a
conhecimentos relativos ao tema das atividades económicas (turismo).
No item 1. do Grupo II, os alunos tinham de analisar um quadro, para determinar a
taxa de crescimento natural. Apesar de o item envolver conteúdos que implicam a
utilização de fórmulas matemáticas, o sucesso nele obtido pelos alunos poderá estar
associado ao facto de se tratar de um conteúdo habitualmente lecionado no 8.º ano,
provavelmente muito trabalhado pelos professores em contexto de sala de aula,
sendo, geralmente, objeto de avaliação formal. Assim, os alunos têm a possibilidade
de realizar de uma forma mais prática e eficaz a apropriação dos conteúdos
geográficos e do correspondente raciocínio lógico matemático associado à
evolução/crescimento da população.
Os resultados do item 3. do Grupo II indiciam que os alunos terão conseguido analisar
o quadro B com alguma facilidade. Como as alíneas foram construídas com
combinatórias feitas a partir de um conjunto de quatro países, sendo que dois países
correspondiam ao que era pedido e os outros dois não, o recurso a uma determinada
estratégia de resolução terá facilitado a resposta. Porém, a identificação dos dois
países que não correspondiam ao que era solicitado no item só poderia ser feita com
uma análise cuidada do quadro B.
Relativamente ao item 3. do Grupo III, os resultados sugerem que os alunos, na sua
grande maioria, conseguiram estabelecer uma relação correta entre os principais
Relatório Testes Intermédios 2012
26 _ 130
tipos de turismo e os arquipélagos identificados. O facto de, no item, estar
identificado o arquipélago da Madeira talvez tenha ajudado os alunos a perceber, de
entre os diferentes tipos de turismo abordados nas alíneas, quais eram os principais
nos dois arquipélagos.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 5. do Grupo II, o
item 5. do Grupo III e o item 4. do Grupo IV, com valores da classificação média em
relação à cotação total de, respetivamente, 32,6%, 15,2% e 30,1%.
Os itens 5. dos Grupos II e III eram itens de construção de resposta curta que
implicavam a mobilização de conhecimentos no âmbito dos subtemas Áreas de
fixação humana e Transportes e comunicações. Os resultados obtidos evidenciam as
dificuldades que os alunos têm em aplicar conceitos específicos num contexto em
que o universo de respostas possíveis é especialmente limitado.
O item 4. do Grupo IV era um item de construção de resposta extensa que apelava à
mobilização de conhecimentos para justificar a localização da indústria automóvel,
no contexto dos países desenvolvidos, orientada para dois fatores de localização
industrial específicos.
Quanto ao item 5. do Grupo II, considera-se que, mais uma vez, a tipologia do item —
item de construção de resposta curta — poderá ajudar a explicar os resultados
obtidos. Como era solicitada a identificação de uma função urbana específica, era
expectável que os alunos pudessem evidenciar algumas dificuldades, porque teriam
de mobilizar conhecimentos relativos às funções urbanas e aplicá-los, paralelamente,
às funções representadas na imagem e recorrer à memória para responder ao item.
De qualquer forma, os resultados ficaram aquém das expectativas, podendo existir
três explicações para este insucesso: dificuldade, por parte dos alunos, em analisar e
interpretar imagens de forma a conseguirem determinar os elementos que são
importantes para a construção da sua resposta; deficiente apreensão pelos alunos do
conteúdo, que, muito provavelmente, tinha sido esquecido ou pouco estudado; má
qualidade da reprodução da imagem em algumas escolas, o que poderá ter
dificultado a sua interpretação.
As possíveis explicações para o resultado obtido no item 5. do Grupo III são de
natureza diversa. Uma estará associada à tipologia do item, de resposta curta, pois
os alunos tinham de escrever o nome do sistema de transporte multimodal, usando,
por isso, terminologia específica. Outra explicação pode residir no facto de a maioria
dos professores apenas considerar como válido o conceito explicitado nos critérios
específicos de classificação, desvalorizando outras respostas, mesmo quando estas
incluíam terminologia cientificamente válida, conforme indicado nos critérios gerais
de classificação.
Relatório Testes Intermédios 2012
27 _ 130
Relativamente ao item 4. do Grupo IV, os resultados obtidos eram, em parte,
expectáveis, considerando que itens com este formato (de construção de resposta
extensa) têm tendencialmente resultados mais fracos, por exigirem investimento na
definição da estratégia de resposta, bem como na sua elaboração. Sendo um item
sobre conteúdos duma área com relevo nas orientações curriculares, foi com alguma
surpresa que constatámos uma percentagem de 31,3% de respostas com cotação
nula. Os resultados mostram que a maioria dos alunos se integrou no nível 2 do
critério de classificação, ou seja, os alunos explicaram um dos tópicos de forma
completa, ou abordaram os dois tópicos de forma menos completa, em termos de
conteúdo.
Constatamos que os desempenhos mais fracos se registaram nos itens de respostas de
construção, o que terá resultado da dificuldade na planificação e na construção das
respostas, aliada à insuficiente consolidação dos conteúdos em avaliação.
Propostas de intervenção didática
A análise dos resultados globais permite concluir que, à semelhança do que sucedeu
no ano anterior, foram as respostas de construção que apresentaram, globalmente,
desempenhos menos satisfatórios. Esta situação vem reforçar a necessidade de
investir na utilização de maior rigor científico na apropriação e na aplicação de
determinados conceitos, assim como no trabalho dirigido à interpretação de questões
e à estruturação de respostas.
Sublinhamos, ainda, a necessidade de reforçar a intervenção didática, ao longo do
ciclo, nos domínios da localização e do conhecimento dos lugares relativos aos
conteúdos do tema da Terra: Estudos e Representações, considerados estruturantes
do raciocínio geográfico indispensável a uma cidadania plena. A leitura,
interpretação e análise de peças gráficas, cartográficas e de imagens são transversais
a todos os outros temas, pelo que deverão ser reforçadas, em sala de aula, ao longo
do 3.º ciclo.
História – 9.º ano
Deve ser consultada a Informação n.º 19, disponível na Extranet (Testes Intermédios
2011/2012).
Caracterização do teste
O teste apresentava quatro grupos de itens, dois dos quais envolvendo conteúdos do
7.º e do 8.º ano e os outros dois incidindo em conteúdos do 9.º ano, com um total de
Relatório Testes Intermédios 2012
28 _ 130
18 itens: 8 itens de seleção (escolha múltipla e associação/correspondência, um dos
quais de completamento) e 10 itens de construção (2 de resposta curta, 7 de resposta
restrita e 1 de resposta extensa com tópicos de orientação).
Todos os itens exigiam a análise dos documentos apresentados e a mobilização da
informação contida nas fontes/suportes para as respostas. O Grupo I teve por suporte
um documento escrito longo e os outros grupos apresentavam documentos de
natureza diversa: textos, um mapa, imagens (fotografias e caricaturas) e dados
organizados em gráfico.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 2. e 3. do
Grupo I e 3. do Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação
total de, respetivamente, 88,0%, 76,2% e 72,7%.
Os itens 2. e 3. do Grupo I, de escolha múltipla, avaliavam conhecimentos relativos
ao tema A herança do Mediterrâneo Antigo — Ponto 2.2. O Mundo Romano no apogeu
do Império e implicavam uma leitura cuidada do documento (texto longo), relativo
ao período de Otávio César Augusto, mas não exigiam operações mentais complexas,
uma vez que a informação estava no suporte e a tipologia do item permitia o
reconhecimento da opção correta.
O item 3. do Grupo IV, de associação/correspondência sob a forma de
completamento, avaliava conhecimentos do tema Da Grande Depressão à II Guerra
Mundial — Ponto 10.2. Entre a Ditadura e a Democracia e Ponto 10.3. A II Guerra
Mundial. Este item implicava uma leitura atenta e cuidada do documento, bem como
do texto a completar (ambos relativos à política racista preconizada e pragmatizada
pelo regime nazi), mas não exigia operações mentais complexas, uma vez que a
informação solicitada para a resposta estava contida nos suportes.
Os melhores desempenhos decorrem do nível de objetividade e da simplicidade do
item, bem como das capacidades e dos conhecimentos elementares solicitados
(incidência exclusiva na mobilização de informação presente nos suportes
documentais).
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 4. do Grupo I, o
item 2. do Grupo III e o item 5. do Grupo IV, com valores da classificação média em
relação à cotação total de, respetivamente, 33,8%, 24,6% e 32,7%.
O item 4. do Grupo I, de escolha múltipla, avaliava conhecimentos relativos ao tema
A herança do Mediterrâneo Antigo — Ponto 2.2. O Mundo Romano no apogeu do
Relatório Testes Intermédios 2012
29 _ 130
Império. Este item, que implicava que o aluno mobilizasse conhecimentos sobre os
espetáculos que se realizavam no anfiteatro no tempo de Otávio César Augusto, não
envolvia operações mentais complexas e exigia apenas algum conhecimento
elementar. As dificuldades dos alunos podem ter decorrido do facto de não
dominarem o conceito de «anfiteatro», não sendo capazes de o associar ao «Coliseu»
romano.
O item 2. do Grupo III, de resposta de construção curta, avaliava conhecimentos
relativos ao tema A Europa e o Mundo no limiar do século XX — Ponto 9.3. Portugal:
da 1.ª República à ditadura militar e implicava a interpretação de um documento
(Discurso de Salazar, de 27 de maio de 1933) e a sua conexão com o facto histórico a
que se reporta: o golpe de estado de 28 de maio de 1926. Apesar do formato do
item, de resposta curta, e das referências temporais explícitas, 75,4% dos alunos não
responderam ou não conseguiram identificar o referido acontecimento.
O item 5. do Grupo IV era um item de resposta de construção restrita, que avaliava
conhecimentos relativos ao tema Do segundo pós-guerra aos anos 80 do século XX —
Ponto 11.1. O mundo saído da guerra — reconstrução e política de blocos, e exigia,
em articulação com a análise de um documento iconográfico (caricatura), a
mobilização de conhecimentos sobre as consequências político-militares da rivalidade
entre os EUA e a URSS. O suporte do item requeria capacidades de análise e
conhecimentos específicos e o verbo de comando solicitava uma explicação. Os
resultados mostram que um número considerável de alunos não interpretou o
documento e não estabeleceu conexões com o contexto da Guerra Fria.
Os piores desempenhos resultam de fatores como a tipologia do item, a tarefa
solicitada, a natureza e características do suporte documental e as dificuldades ao
nível das aptidões/capacidades específicas requeridas (interpretar documentos de
índole diversa, selecionar e identificar informação explícita e implícita dos
documentos, utilizar conceitos e generalizações na compreensão de situações
históricas). Em alguns casos, a ausência de um referencial mínimo de conhecimentos
acentuou o carácter insuficiente do desempenho de muitos alunos, agravado, nas
respostas de construção, pelas dificuldades evidentes no âmbito da comunicação em
História (produção de textos com correção linguística e com aplicação do vocabulário
específico da disciplina).
Propostas de intervenção didática
Tendo em conta os problemas identificados, propõe-se uma intervenção didática
conducente à eficácia da aprendizagem e à consequente melhoria do desempenho
dos alunos do ensino básico, nomeadamente, através de:
adoção de estratégias que permitam o desenvolvimento das capacidades do
aluno ao nível da utilização da metodologia específica da História:
Relatório Testes Intermédios 2012
30 _ 130
interpretação orientada e autónoma de documentos de índole diversa —
textos, imagens (caricaturas, cartazes, fotografias, entre outros), gráficos,
mapas, quadros/tabelas e diagramas —, seleção e identificação da
informação explícita e implícita nos documentos e formulação de hipóteses
de interpretação dos factos históricos;
desenvolvimento de metodologias assentes na identificação e na clarificação
do objetivo de cada item apresentado e na consequente planificação da
resposta do aluno, em articulação com o verbo de comando (diferenças, por
exemplo, entre «identificar», «explicitar» e «explicar») e com a instrução
relativa à mobilização da informação, explícita e/ou implícita, do(s)
suporte(s) (diferenças entre a resposta «com base no documento», que se
dirige exclusivamente aos elementos nele presentes, e a resposta «a partir do
documento», que implica o recurso obrigatório aos dados do documento, mas
pode mobilizar também outra informação, relevante em função do item);
adoção de estratégias propiciadoras do desenvolvimento das capacidades de
comunicação escrita, nomeadamente, a elaboração de sínteses a partir da
informação recolhida e o recurso à técnica das citações como suporte de
argumentos, com utilização adequada e sistemática do vocabulário específico
da disciplina;
recurso, tendo por referência as propostas da avaliação externa, a uma maior
diversificação dos instrumentos de avaliação e da tipologia de itens: itens de
seleção e itens de construção, incluindo um item de construção de resposta
extensa orientada, de modo a que os alunos adquiram proficiência nas
diferentes técnicas a que têm de recorrer;
desenvolvimento e/ou aperfeiçoamento de técnicas de avaliação com recurso
a critérios de classificação com descritores e níveis de desempenho e sua
disponibilização aos alunos, no contexto da avaliação realizada ao longo do
ano letivo.
Inglês – 9.º ano
Devem ser consultadas as Informações n.º 9 e n.º 15, disponíveis na Extranet (Testes
Intermédios 2011/2012).
Caracterização do teste
O teste intermédio desta disciplina teve como referência o Programa de Inglês, 3.º
ciclo, Língua Estrangeira I e o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas
Relatório Testes Intermédios 2012
31 _ 130
– QECR – (2001), pelo que a utilização de alguns termos neste relatório se fazem por
ligação a esse programa e dentro da conceção, adotada pelo Conselho da Europa, do
que significa «a aprendizagem, o ensino e a avaliação das línguas vivas»6.
As Partes I — Compreensão da escrita (Leitura), II — Produção e interação escritas e
III — Compreensão do oral eram de aplicação obrigatória na íntegra, caso a escola
optasse por realizar o teste intermédio desta disciplina. A aplicação do teste tinha
início com a Parte I, cuja duração prevista era de 25 minutos, imediatamente seguida
da Parte II, cuja duração prevista era de 40 minutos, podendo o aluno gerir os
tempos indicados para cada parte. Após uma pausa de 10 minutos, tinha lugar a
Parte III, com a duração de 15 minutos. As Partes I, II e III incidiam no domínio das
competências linguística (lexical e semântica) e pragmática (discursiva e funcional),
e consistiam na realização de duas atividades cada. Os itens que constituíam as
diferentes atividades foram classificados individualmente ou em conjuntos de itens,
de acordo com o seu objetivo, objeto e/ou suporte.
Parte I — Compreensão da escrita (Leitura)
Esta parte consistia na realização de duas atividades de compreensão/interpretação
de textos escritos, cujos temas se inseriam nas áreas de conteúdo sociocultural
enunciadas no Programa. A Atividade A, relativa a um texto informativo (de carácter
público), era composta por 4 itens de seleção e 1 item de construção de resposta
curta. A Atividade B tinha como suporte um texto descritivo, cuja
compreensão/interpretação se testava por meio de 4 itens de seleção.
Parte II — Produção e interação escritas
Esta parte consistia na realização de 2 atividades (A e B) de produção e interação
escritas, correspondendo a 2 itens de produção de texto, cujos temas se inseriam nas
áreas de conteúdo sociocultural enunciadas no Programa. A Atividade A, item de
construção de resposta restrita, correspondia à produção de um texto interativo de
carácter social. A Atividade B, item de construção de resposta extensa, correspondia
à produção de um texto narrativo.
Parte III — Compreensão do oral
Esta parte consistia na realização de 2 atividades (A e B) de
compreensão/interpretação de diferentes tipos de texto orais (a partir da audição de
um ficheiro áudio), cujos temas se inseriam nas áreas de conteúdo sociocultural
enunciadas no Programa. A Atividade A, com 6 itens de construção de resposta curta,
6
Cf. Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas; Aprendizagem, Ensino, Avaliação,
Conselho da Europa, Ed. Asa (edição portuguesa), 2001: 29-30.
Relatório Testes Intermédios 2012
32 _ 130
incidia num texto informativo de carácter público. A Atividade B, com 6 itens de
seleção, era relativa a uma entrevista.
Parte IV — Interação oral em pares
Era opção das escolas participarem nesta parte ou não, sendo que o número de
alunos e a constituição dos pares eram determinados pelos professores das próprias
escolas. A Interação oral em pares foi realizada por apenas 15% das escolas que
realizaram as outras partes.
A Parte IV incidia no domínio das competências linguística, sociolinguística e
pragmática, na sua generalidade. Esta parte consistia na realização de três
atividades de interação e produção orais (1.º momento — Interação professor
interlocutor-aluno; 2.º momento — Produção individual do aluno; e 3.º momento —
Interação em Pares (aluno-aluno) e em Grupo (aluno-professor interlocutor-aluno). As
atividades estavam concretizadas no guião que o GAVE construiu e disponibilizou.
Para apoio à aplicação deste teste foi também disponibilizado um manual com
indicações de diversa ordem.
O desempenho do aluno, nas diferentes atividades, era classificado na sua totalidade
com base em descritores criados para o efeito.
Embora cada parte do teste e os seus itens apresentem características associadas aos
suportes utilizados, optou-se por apresentar os três itens com melhor desempenho e
os três com pior desempenho, independentemente da parte a que dizem respeito ou
das competências em que incidem.
Itens com melhor desempenho
Os três itens com melhor desempenho foram o item 1. da Atividade A da Parte I, o
item 5. da Atividade A da Parte I e o item 9. da Atividade B da Parte I, com valores
de classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 76,4%, 58,4%
e 62,6%. Todos estes itens foram classificados isoladamente.
O item 1. da Atividade A da Parte I, de construção (resposta curta), incidia numa
área lexical muito próxima dos alunos: material escolar/recursos de uma biblioteca
escolar. A informação do texto era muito explícita e permitiria a identificação direta
dos elementos lexicais. Apesar de ser o item com maior sucesso, regista-se que 19,6%
das respostas foram consideradas nulas. Parece ser um número demasiado elevado,
uma vez que, para que fosse atribuído o nível mais baixo de classificação, seria
suficiente a identificação de apenas dois elementos lexicais. O comando do item
solicitava a identificação de materials/resources. Mesmo admitindo a maior
Relatório Testes Intermédios 2012
33 _ 130
dificuldade de resources, regista-se que estes alunos não identificaram, no texto,
books ou computer, pelo menos, como materials.
O item 5. da Atividade A da Parte I era um item de associação de descrições de
situações a regras de uma biblioteca, com incidência na competência discursiva, em
particular nas relações de coerência/lógica/contexto. O item mobilizava várias
estratégias de leitura e os resultados vieram a revelar-se positivos.
O item 9. da Atividade B da Parte I era um item de completamento de texto através
da seleção de frases/expressões, com incidência na competência discursiva
(coerência e coesão). O tema do texto inseria-se no contexto escolar, apresentando
vocabulário frequente para este nível de língua. As fragilidades no entendimento da
estrutura interna do texto, nomeadamente dos referentes pronominais, detetadas no
ano de 2011, parecem ter diminuído (embora ainda se verifiquem 22,8% de respostas
com cotação nula).
Itens com pior desempenho
Os conjuntos de itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o conjunto
dos itens 7. e 8. da Atividade B da Parte I, o conjunto dos itens 1., 2., 3., 4., 5. e 6.
da Atividade A da Parte III e o conjunto dos itens 7., 8., 9., 10., 11. e 12. da
Atividade B da Parte III, com valores da classificação média em relação à cotação
total de, respetivamente, 23,8%, 38,3% e 37,0%.
Os itens 7. e 8. da Atividade B da Parte I eram itens de escolha múltipla que incidiam
em relações interlexicais de sinonímia de termos que podem assumir variados
significados dependentes do contexto: proper, sinónimo de real, e smart (mais
frequentemente associado a uma característica psicológica), sinónimo de
well-dressed. A compreensão da generalidade do contexto e da sua relação com
algumas passagens específicas era determinante para selecionar a opção correta.
Pensa-se que o verdadeiro obstáculo tenha sido a sua especificidade e a grande
dependência do contexto.
O conjunto de itens 1., 2., 3., 4., 5. e 6. da Atividade A da Parte III, de resposta
curta, incidia na compreensão de texto/frases em termos de áreas lexicais e de
contexto. Um bom desempenho dependia do bom entendimento do contexto
fornecido pela palavra climb, por exemplo. O grau de dificuldade veio a revelar-se
elevado em itens que solicitavam vocabulário básico como, por exemplo, numerais e
nome de um mês. Com a inclusão de itens com incidência em numerais pretendia-se
verificar se as dificuldades detetadas no ano anterior se mantinham, o que se
confirmou, apesar de os suportes e o tipo de itens utilizados serem diferentes.
O conjunto dos itens 7., 8., 9., 10., 11. e 12. da Atividade B da Parte III, de escolha
múltipla, incidia na compreensão de texto/frases em termos de áreas lexicais,
Relatório Testes Intermédios 2012
34 _ 130
relações interlexicais de sinonímia, de contexto e aspetos funcionais. O grau de
dificuldade deste grupo de itens revelou-se elevado, apesar de o tema da entrevista
ser a escola e de o contexto/os assuntos serem frequentes. O item 7. foi o que teve
piores resultados neste grupo, com 81,9% de respostas incorretas. Também este item
incidia sobre conteúdos básicos: numerais. Os alunos não conseguiram identificar five
como correspondente a fifth. Este resultado vem confirmar a dificuldade na
compreensão de numerais, já anteriormente detetada.
Propostas de intervenção didática
De acordo com os resultados obtidos, para que uma boa compreensão/interpretação
dos textos seja possível, importa reforçar:
o conhecimento e o domínio do léxico, especificamente, no que se refere à
identificação de termos pertencentes a determinada área vocabular;
o conhecimento e o domínio do léxico e a capacidade para estabelecer
relações semânticas, especificamente, no que se refere aos processos de
sinonímia/paráfrase e de contextualização.
Da análise dos resultados, é possível inferir algumas dificuldades que parecem ser de
carácter transversal:
os alunos erram mais nos itens de escolha múltipla cujas opções implicam a
interpretação/inferência da informação do texto;
os alunos revelam dificuldade na compreensão/seleção de informação
pertinente quando esta aparece condensada ou entre outras informações,
acessórias.
Com o objetivo de fazer ultrapassar algumas das dificuldades detetadas, propõe-se
que se invista nas seguintes atividades:
de compreensão, da escrita e do oral, com vários objetivos — por exemplo,
skimming e scanning de diferentes tipos de texto;
de compreensão da escrita e do oral, cujo objetivo implique, efetivamente, a
compreensão/interpretação de um texto e não apenas a recolha direta de
informação explícita;
de alargamento/enriquecimento do vocabulário, de forma a que os alunos
não sejam apenas expostos a esse mesmo vocabulário, mas que tenham
oportunidade de o utilizar e de se apropriarem dele;
de criação de rotinas no que se refere à utilização dos conteúdos mais
básicos da língua.
Relatório Testes Intermédios 2012
35 _ 130
Língua Portuguesa – 9.º ano
Deve ser consultada a Informação n.º 10, disponível na Extranet (Testes Intermédios
2011/2012).
Caracterização do teste
O teste apresentava três grupos de itens.
No Grupo I, avaliavam-se os domínios da Leitura e da Escrita. Este grupo incluía três
partes, A, B e C, e nele foram usados 5 itens de seleção e 5 itens de construção. A
Parte A integrava um texto de carácter informativo, que constituía o suporte de itens
em que se privilegiava a avaliação da Leitura, através de 5 itens de seleção: 1 item
de ordenação e 4 itens de escolha múltipla. A Parte B integrava um texto narrativo, o
qual constituía o suporte de 4 itens de construção. A Parte C integrava 1 item de
construção, de resposta extensa (de 70 a 120 palavras), que tinha como suporte o
texto narrativo da Parte B.
No Grupo II, avaliava-se o domínio do Funcionamento da Língua, através de 4 itens de
construção, de resposta curta (um dos quais sob a forma de tarefa de completamento
e outro sob a forma de tarefa de transformação), e 1 de seleção (de escolha
múltipla).
No Grupo III, constituído por 1 item de resposta extensa, com orientações
relativamente à tipologia textual, ao tema e à extensão (de 180 a 240 palavras),
avaliava-se o domínio da Escrita.
Itens com melhor desempenho
O item 6. do Grupo I, o parâmetro A (Tema e Tipologia) do Grupo III e o parâmetro B
(Coerência e Pertinência da Informação) do Grupo III foram os itens em que os alunos
revelaram melhor desempenho, com valores da classificação média em relação à
cotação total de, respetivamente, 63,3%, 65,4% e 62,8%.
No item 6. do Grupo I, item de resposta restrita, de avaliação dos domínios da
Leitura e da Escrita, solicitava-se aos alunos que explicassem o sentido de uma
expressão curta do texto. O bom desempenho neste item pode estar relacionado com
o baixo grau de inferência necessário para resolver esta tarefa de leitura. Para a
interpretação da expressão em causa, o texto fornecia, de modo explícito, a
informação necessária. Além disso, tratava-se de um texto relativamente curto, de
tipo narrativo, tipologia em que, tendencialmente, os alunos obtêm melhores
resultados.
No item de resposta extensa que integrava o Grupo III, relativamente aos parâmetros
A e B, solicitava-se aos alunos que escrevessem um texto sobre uma viagem num
Relatório Testes Intermédios 2012
36 _ 130
navio que naufragou, utilizando, como tipologia, a carta informal com carácter
narrativo e incluindo, pelo menos, uma sequência descritiva relativa ao tesouro do
navio. Os alunos deveriam redigir um texto que respeitasse plenamente os tópicos
requeridos pelo tema e pela tipologia solicitados no item, produzindo um discurso
coerente, com informação pertinente, progressão temática evidente e com abertura
e fecho adequados. Estes parâmetros mantêm uma interdependência forte, pelo que
o desempenho no parâmetro A se reflete no desempenho no parâmetro B. Para o bom
desempenho nestes parâmetros, terá contribuído, por um lado, um tema
relativamente familiar aos alunos e, por outro, uma tarefa de escrita em que se
requeria a redação de uma carta informal com carácter narrativo e com uma
sequência descritiva, tipologia que os alunos treinam desde o 7.º ano.
Itens com pior desempenho
De entre os itens em que os alunos apresentaram pior desempenho, destacam-se o
item 1. do Grupo I, o item 2. do Grupo II e o item 3.2. do Grupo II, com valores da
classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 25,0%, 20,7% e
25,4%.
De entre os itens em que os alunos apresentaram pior desempenho, dois deles, os
itens 2. e 3.2. do Grupo II, eram itens de construção, de resposta curta, que
avaliavam aprendizagens do domínio do Funcionamento da Língua, implicando
conhecimento metalinguístico.
No item 2. do Grupo II, de resposta curta, sob a forma de tarefa de completamento,
solicitava-se aos alunos que utilizassem formas verbais adequadas a um contexto
sintático dado, o que os obrigava a ativar, em simultâneo, conhecimento
metalinguístico e ortográfico, aumentando assim o grau de dificuldade.
Acrescente-se que a formulação deste item foi frequentemente considerada, nos
questionários enviados pelas escolas, como pouco clara, uma vez que, segundo os
professores, a indicação de «composto» deveria ter constado da designação do
pretérito mais-que-perfeito do conjuntivo. Refira-se, no entanto, que, tratando-se de
um tempo e modo verbal em que o traço simples/composto não é distintivo, a opção
tomada foi a de não o indicar, por imperativo científico.
Relativamente ao item 3.2. do Grupo II, solicitava-se aos alunos a classificação, com
recurso a metalinguagem, de uma oração subordinada (substantiva) completiva. Estes
desempenhos poderão sugerir que deve continuar a insistir-se no trabalho relativo ao
domínio do Funcionamento da Língua, sobretudo quando as tarefas implicam o uso ou
o reconhecimento de metalinguagem específica.
No item 1. da parte A do Grupo I, avaliava-se a Leitura de texto de carácter
informativo. Tratava-se de um item de ordenação, em que os alunos deveriam
reconstruir a ordem cronológica de um conjunto de afirmações, de acordo com a
Relatório Testes Intermédios 2012
37 _ 130
informação fornecida pelo texto. O fraco desempenho dos alunos poderá ter
decorrido do facto de esta tarefa solicitar uma ordenação cronológica de informação
que não estava espelhada na ordem textual. Assim, apesar de o item requerer apenas
a localização de informação explícita no texto, os alunos deveriam proceder a uma
reorganização cronológica de informações, fornecidas em diferentes momentos de
um texto relativamente extenso. O desempenho dos alunos neste item parece
apontar para a necessidade de se intensificar a prática da leitura de textos de
carácter informativo com estrutura e organização da informação mais complexas.
Acrescente-se que, de acordo com a análise dos questionários enviados pelas escolas,
este foi um dos itens cujo grau de dificuldade foi considerado demasiado elevado
pela generalidade dos alunos e foi um dos itens cujos critérios foram apontados como
tendo uma formulação pouco clara ou pouco adequada.
Propostas de intervenção didática
A análise dos resultados por item, a nível nacional, poderá sugerir que se deve
continuar a insistir no trabalho relativo ao domínio do Funcionamento da Língua,
sobretudo quando as tarefas implicam o uso ou o reconhecimento de metalinguagem
específica, bem como intensificar a prática da leitura de textos de carácter
informativo com estrutura e organização da informação mais complexas.
A análise dos resultados por turma, com o suporte da grelha e do guião de análise de
resultados, num primeiro momento, e a reflexão sobre os resultados de escola,
enquadrados pelos resultados nacionais disponibilizados pelo GAVE, fornecem a cada
professor e aos órgãos competentes de cada escola informação crucial para o
diagnóstico do perfil de desempenho dos seus alunos. É esta informação que deverá
orientar a planificação de medidas de intervenção educativa. Assim, é fundamental
que o teste intermédio constitua, antes de mais, um estímulo para a reflexão sobre
práticas de ensino, centrada nas escolas, visando a melhoria da aprendizagem.
Matemática – 8.º e 9.º anos
Devem ser consultadas as Informações n.º 8 e n.º 20, disponíveis na Extranet (Testes
Intermédios 2011/2012).
Realizaram-se dois testes: um no 8.º ano e um no 9.º ano. Cada um dos testes incluía
um formulário igual ao apresentado na Informação n.º 2. O uso da calculadora era
permitido na resolução dos testes.
Relatório Testes Intermédios 2012
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8.° ano (Informação n.º 8)
Caracterização do teste
O teste intermédio do 8.º ano era constituído por 17 itens: 6 itens de seleção
(escolha múltipla) e 11 itens de construção, de entre os quais 2 itens eram de
resposta curta e 9 itens envolviam a apresentação de cálculos/justificações.
O teste incidia nos quatro temas previstos no Programa: Números e Operações (25%),
Geometria (32%), Álgebra (31%) e Organização e Tratamento de Dados (12%).
Itens com melhor desempenho
Os três itens com melhor nível de desempenho foram os itens 1., 9.1. e 9.2., com
valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 69,4%,
79,8% e 60,3%.
O item 1. era um item de escolha múltipla em que a escolha da opção correta exigia
que o aluno ordenasse números negativos representados na forma decimal.
O item 9.1. era um item de escolha múltipla que pretendia avaliar o tópico
Sequências e regularidades. Eram dados os quatro primeiros termos de uma
sequência de conjuntos de azulejos quadrados todos iguais, uns brancos e outros
cinzentos, cuja lei de formação era sugerida através de uma figura, e era pedido o
número de azulejos brancos do termo de ordem 2012. O valor pedido coincidia com a
ordem do termo e decorria da observação dos termos apresentados, não exigindo
qualquer cálculo.
No item 9.2. pedia-se que os alunos determinassem o 9.º termo da sequência atrás
referida.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 5.2., 7. e 10.2.,
com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente,
12,4%, 10,5%, e 17,1%.
O item 5.2., item de escolha múltipla, era um problema de Geometria em que se
avaliava o tópico Semelhança. Neste item, avaliava-se o efeito de uma redução sobre
a área de um triângulo, conhecida a razão da correspondente ampliação. O facto de
uma das opções apresentadas contemplar um erro frequentemente cometido pelos
alunos, que consiste em considerar que o quociente entre as áreas de figuras
semelhantes coincide com a razão de semelhança, pode ter contribuído para o fraco
nível de desempenho neste item.
Relatório Testes Intermédios 2012
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No item 7., item que exigia uma justificação, avaliavam-se conteúdos do tema
Geometria. Neste item, era dada uma planificação de um cubo e pedia-se a
amplitude de um ângulo interno de um triângulo, cujos lados eram diagonais faciais
do cubo construído a partir dessa planificação. O fraco desempenho dos alunos neste
item deveu-se a dificuldades de interpretação. Muitos alunos consideraram o
triângulo [ABC] representado na planificação, em vez de considerarem o triângulo
[ABC] no cubo que se podia construir com essa planificação. De acordo com os
questionários devolvidos pelas escolas, o grau de dificuldade deste item foi
considerado, pela generalidade dos alunos, demasiado elevado.
O item 10.2., item de construção que obrigava o aluno a mostrar como tinha chegado
à resposta, era um problema em que se avaliava o tópico Funções. Este item, em que
se pedia o perímetro de um retângulo, envolvia a análise de um gráfico que traduzia
um caso de proporcionalidade direta, a interpretação do significado da constante de
proporcionalidade no contexto do problema e o cálculo dessa constante.
9.° ano (Informação n.º 20)
Caracterização do teste
O teste intermédio do 9.º ano era constituído por 17 itens: 5 itens de seleção
(escolha múltipla) e 12 itens de construção, de entre os quais 4 itens eram de
resposta curta e 8 itens envolviam a apresentação de cálculos/justificações.
O teste incidia nos quatro domínios temáticos previstos no Programa: Estatística e
Probabilidades (15%), Números e Cálculo (16%), Álgebra e Funções (37%) e Geometria
(32%).
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos revelaram melhor nível de desempenho foram os itens
1.2., 2. e 8.3., sendo o primeiro de resposta curta e os outros dois de escolha
múltipla. Os valores das classificações médias em relação às cotações totais foram
65,2%, 54,2% e 66,0%, respetivamente.
O item 1.2. era um item de Estatística que avaliava o conceito de média. Este item
tinha um formato pouco habitual, mas apenas exigia que o aluno identificasse as
frequências absolutas dos valores da variável na expressão do cálculo da média e
somasse essas frequências.
O item 2. exigia a interpretação de um intervalo de números reais e a comparação
entre os números 3,14 e 3,15 com
.
O item 8.3. era um item de Geometria que envolvia o conceito de mediatriz. Este
item era muito idêntico ao item 12.1. da 1.ª chamada do exame de 2011, quer na
Relatório Testes Intermédios 2012
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tipologia (ambos de escolha múltipla), quer no que se pretendia avaliar. Verificou-se
uma melhoria no desempenho dos alunos, tendo o valor da classificação média em
relação à cotação máxima subido de 46,0% para 66,0%.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 4., 8.1. e 10.,
com valores da classificação média em relação à cotação total de, respetivamente,
9,6%, 15,3% e 14,1%.
Estes três itens eram itens de construção que exigiam que o aluno mostrasse como
tinha chegado à resposta.
O item 4. enquadrava-se no tema Números e Cálculo e avaliava o conteúdo
Sequências. Embora, de acordo com respostas a questionários provenientes de várias
escolas em anos anteriores, este conteúdo seja muito trabalhado nas aulas, este item
não era rotineiro e exigia do aluno capacidade de interpretação e raciocínio. Da
análise dos questionários, constata-se que a maioria das escolas considerou o grau de
dificuldade deste item demasiado elevado.
O item 8.1. era um problema de Geometria em que era pedido o comprimento de
uma circunferência cujo diâmetro era um dos lados de um retângulo. Este item exigia
que o aluno percebesse que o perímetro do retângulo era o sêxtuplo da medida do
raio da circunferência e que interpretasse a figura de acordo com os dados do
enunciado. Relativamente a este item e tendo em conta as respostas das escolas aos
questionários, muitos alunos sentiram dificuldade em perceber o que era identificado
como «comprimento da circunferência».
O item 10. era um item de Geometria em que se avaliava o conteúdo Semelhanças.
Para a resolução deste item, o aluno teria de reconhecer que os triângulos eram
semelhantes e, a partir da relação dada entre dois lados correspondentes, identificar
a razão de semelhança. O fraco desempenho dos alunos pode ter-se devido ao facto
de os alunos não terem percebido que os triângulos eram semelhantes, atendendo a
que as suas representações não tinham os lados correspondentes paralelos.
Propostas de intervenção didática
De um modo geral, tanto no 8.º ano como no 9.º ano, verifica-se que os alunos
revelaram maiores dificuldades nos itens que exigiam a leitura e a interpretação de
um texto/gráfico, conexões entre vários conteúdos, raciocínio matemático e
capacidade de abstração.
Tendo em vista melhorar o desempenho dos alunos, sugere-se o desenvolvimento de
trabalho conducente à apropriação de rotinas, assim como a resolução de problemas
que exijam a mobilização de vários conceitos e propriedades e de problemas que
Relatório Testes Intermédios 2012
41 _ 130
permitam desenvolver o raciocínio matemático e a capacidade de abstração. A
resolução dos testes intermédios/exames nacionais já realizados e o cumprimento
das propostas apresentadas pelos manuais adotados nas escolas continuarão a ser
uma boa base de trabalho para a apropriação de rotinas e para o desenvolvimento
das capacidades exigidas a um aluno do ensino básico.
Relatório Testes Intermédios 2012
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Ensino secundário
Biologia e Geologia – 10.º e 11.º anos
Devem ser consultadas as Informações n.º 14 e n.º 21, disponíveis na Extranet (Testes
Intermédios 2011/2012).
Na disciplina de Biologia e Geologia, foram aplicados dois testes intermédios: um a
alunos do 10.° ano e um a alunos do 11.° ano.
10.° ano (Informação n.º 14)
Caracterização do teste
O teste incidia em conteúdos de Geologia (67,5%) e de Biologia (32,5%).
O teste era constituído por quatro grupos de itens que tinham como suporte
documentos de texto e figuras.
Em relação ao tipo de itens, o teste apresentava a seguinte distribuição: 15 itens de
escolha múltipla, 4 itens de resposta restrita, 2 itens de ordenação e 1 item de
associação.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos evidenciaram melhor desempenho foram o item 2. do
Grupo I, o item 1. do Grupo II e o item 1. do Grupo III, com valores da classificação
média em relação à cotação total de, respetivamente, 91,8%, 84,6% e 75,2%.
O item 2. do Grupo I tinha como objeto de avaliação a caracterização de planetas
principais/secundários e telúricos/gasosos, com base em informação do suporte
textual, relativa ao planeta Júpiter, implicando o conhecimento e a compreensão de
dados.
O item 1. do Grupo II tinha como objeto de avaliação o conhecimento da localização
da cintura de asteroides do sistema solar.
O item 1. do Grupo III tinha como finalidade avaliar o reconhecimento do objetivo de
uma situação experimental descrita, relacionada com o vulcanismo.
Todos estes itens eram de escolha múltipla e solicitavam operações mentais simples
sobre conteúdos revisitados com alguma frequência. No caso dos itens 2. do Grupo I e
2. do Grupo II, avaliavam-se conteúdos que fazem parte do currículo dos alunos já no
7.º ano de escolaridade, sendo que o nível de desempenho revela efetiva
familiaridade com os referidos conteúdos. No que diz respeito ao item 1. do Grupo
III, verifica-se que, no domínio procedimental, e a partir de descrições experimentais
simples, os alunos não demonstram dificuldade em identificar o objetivo do estudo.
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Itens com pior desempenho
Os itens em que se verificou pior nível de desempenho foram os itens 1., 4. e 6. do
Grupo IV, com valores da classificação média em relação à cotação total de 24,0%,
18,2% e 24,8%, respetivamente.
O item 1. do Grupo IV, de escolha múltipla, pretendia avaliar a identificação de
estruturas que possibilitassem a distinção entre célula animal e célula vegetal. Neste
item, era necessário que os alunos estabelecessem a relação entre organismos
semelhantes a plantas e células vegetais e entre organismos semelhantes a animais e
células animais, requerendo-se a mobilização de dados e modelos.
O item 4. do Grupo IV, de escolha múltipla, pretendia avaliar a aplicação de
conhecimentos relativos à osmose, sendo necessário mobilizar informação fornecida
pelo texto de suporte e dominar o conceito de pressão osmótica.
O item 6. do Grupo IV, item de ordenação, tinha como objeto de avaliação a
sequenciação de processos relacionados com a fotossíntese. Neste tipo de item, além
de ser necessária a apropriação pelo aluno de todos os termos utilizados, é
necessário o conhecimento sequencial de um processo bioquímico.
A tipologia dos itens não parece estar associada ao baixo nível de desempenho dos
itens 1. e 4. do Grupo IV, dado que se trata de itens de escolha múltipla, geralmente
associados a bons desempenhos. Os resultados parecem refletir dificuldade na
interpretação do enunciado dos itens. Em relação ao item 4. do Grupo IV, a
dificuldade poderá, também, estar associada ao conceito de pressão osmótica
inerente a mecanismos de transporte membranar. É possível que este conceito, que
também pode ser trabalhado em unidades que não faziam parte do objeto de
avaliação do teste, não tenha sido abordado em algumas escolas à data da realização
do teste intermédio em causa.
Ainda em relação ao item 1. do Grupo IV, os alunos poderão ter tido dificuldade em
estabelecer a relação entre organismos semelhantes a plantas e células vegetais e
entre organismos semelhantes a animais e células animais. Também aqui se poderá
dar o caso de, em algumas escolas, se fazer referência a esta associação aquando do
estudo do sistema de classificação de Whittaker (11.º ano) e não aquando do estudo
da célula (10.º ano).
O nível de desempenho verificado no item 6. do Grupo IV está de acordo com as
dificuldades geralmente apresentadas em itens de tipologia de ordenação. Acresce o
facto de se tratar de um conteúdo curricular que requer alguma abstração e o
estabelecimento de relações sequenciais de fenómenos que ocorrem quase em
simultâneo.
Em complemento da análise realizada, importa referir que, nos 4 itens de
construção, de resposta restrita, que constituíam o teste, o nível de desempenho
(classificação média em relação à cotação total) variou entre 32,1% e 53,5%,
apresentando três dos itens um desempenho inferior a 50,0%.
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11.° ano (Informação n.º 21)
Caracterização do teste
O teste era constituído por quatro grupos de itens que tinham como suporte
documentos de texto e figuras.
O teste incidia em conteúdos de Geologia (45,5%) e de Biologia (54,5%).
Em relação ao tipo de itens, o teste apresentou a seguinte distribuição: 15 itens de
escolha múltipla, 4 itens de resposta restrita, 2 itens de ordenação e 1 item de
associação.
Itens com melhor desempenho
Os três itens em que os alunos evidenciaram melhor desempenho foram o item 2. do
Grupo I, o item 1. do Grupo II e o item 3. do Grupo III, com valores da classificação
média em relação à cotação total de, respetivamente, 88,0%, 81,4% e 76,0%.
O item 2. do Grupo I, com o melhor desempenho do teste, incidia no conhecimento e
capacidade de interpretação de cartas de isossistas e de tabelas de intensidade
sísmica.
O item 1. do Grupo II, com o segundo melhor resultado do teste, pretendia avaliar o
conhecimento dos elementos que constituem as proteínas.
O item 3. do Grupo III, também de escolha múltipla, visava avaliar o conhecimento
da relação entre o ponto de fusão do mineral e a sua estabilidade à superfície,
através da interpretação de dados fornecidos em figuras.
A tipologia destes três itens era de escolha múltipla. Em relação ao item 2. do Grupo
I, solicitava-se uma interpretação simples de uma tabela e de uma figura. O item 1.
do Grupo II versava sobre conteúdos em que os alunos tradicionalmente têm
mostrado dificuldades — as biomoléculas. Os resultados obtidos poderão ser devidos
ao facto de o item pedir o estabelecimento da relação, através do suporte, de um
tipo particular de biomoléculas — os aminoácidos — com as proteínas. Os conceitos
de aminoácidos e de proteínas são trabalhados durante o estudo das biomoléculas, no
10.º ano, e são revisitados durante o estudo da síntese proteica, no 11.º ano. No caso
do item 3. do Grupo III, os resultados obtidos poderão ter decorrido não só do
conhecimento dos conteúdos testados, mas também da interpretação da figura
fornecida.
Itens com pior desempenho
Os três itens em que os alunos evidenciaram pior desempenho foram os itens 5. e 6.
do Grupo II e o item 5. do Grupo III, sendo o valor de classificação média em relação
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à cotação total, respetivamente, 23,2%, 12,1% (com 78,0% de respostas com cotação
nula) e 26,4% (com 57,3% de respostas com cotação nula).
O item 5. do Grupo II, de ordenação, incidia na sequenciação de processos
relacionados com a digestão intracelular, através da relação entre as várias etapas
indicadas no enunciado.
Com o item 6. do Grupo II, um item de construção de resposta restrita, pretendia-se
avaliar a relação entre a obstrução das traqueias do inseto e a diminuição da síntese
de ATP, através da mobilização de dados fornecidos no tronco do item.
Com o item 5. do Grupo III, também um item de construção resposta restrita,
pretendia-se avaliar a relação entre a diminuição da temperatura de cristalização do
magma e o aumento da quantidade de sódio (Na) nas plagióclases (albite), através da
interpretação das séries reacionais de Bowen, fornecidas no suporte.
A interpretação dos dados disponíveis parece indicar que os desempenhos estão
relacionados com as capacidades e com os conhecimentos avaliados, havendo
também relações com o tipo de item.
Os resultados do item 5. do Grupo II, de ordenação, poderão sugerir dificuldades na
resposta a itens desta tipologia, principalmente quando envolvem processos de
alguma complexidade ou quando implicam um conhecimento mais pormenorizado do
fenómeno que é objeto de avaliação no item.
Em relação ao item 6. do Grupo II, requeria-se a mobilização dos dados fornecidos no
tronco do item, o conhecimento do funcionamento do sistema respiratório dos
insetos (com referência explícita à superfície respiratória) e o reconhecimento da
importância do oxigénio nos processos de respiração celular/síntese de ATP. A
necessidade de mobilizar dados fornecidos no tronco do item, de invocar conceitos
do sistema respiratório com rigor científico (traqueias) e de relacionar
conhecimentos de dois subtemas curriculares distintos, conjuntamente com a
necessidade de construir texto (com correção e coerência na organização dos
conteúdos e na aplicação de linguagem científica), contribui para compreender os
resultados registados.
No caso do item 5. do Grupo III, o seu objeto de avaliação estava relacionado com os
fenómenos de cristalização. Trata-se de um tema complexo e que convoca
conhecimentos relacionados com outras áreas curriculares, nomeadamente a
Química. Tradicionalmente, os conteúdos que convocam conhecimentos de outras
áreas têm desempenhos mais baixos, o que sugere, particularmente para alguns
conteúdos, uma necessidade de maior articulação entre as áreas de Biologia e
Geologia e de Física e Química.
Relatório Testes Intermédios 2012
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De entre as capacidades testadas, aquelas cujos resultados indiciam desempenhos
mais baixos são a mobilização de dados (item 6. do Grupo II) e o estabelecimento de
relações entre conceitos (item 5. do Grupo II e item 5. do Grupo III).
Os desempenhos registados, nomeadamente nos itens 6. do Grupo II e 5. do Grupo III,
parecem, ainda, indicar fragilidades ao nível da construção de texto (com correção e
coerência na organização dos conteúdos e na aplicação de linguagem científica),
baseada em raciocínios argumentativos ou raciocínios de causa-efeito. Verifica-se,
também, que as dificuldades na interpretação/compreensão dos suportes fornecidos,
bem como na mobilização dos respetivos dados, podem contribuir para os baixos
desempenhos registados em alguns itens.
Propostas de intervenção didática
Os resultados parecem indicar fragilidades ao nível da construção de textos com
correção e coerência na organização dos conteúdos, na aplicação de linguagem
científica e em raciocínios argumentativos ou raciocínios de causa-efeito. Admite-se,
também, que possa haver dificuldades na interpretação/compreensão dos suportes
fornecidos, bem como na mobilização dos respetivos dados, o que poderá ter
contribuído para os baixos níveis de desempenho registados em alguns itens.
Assim, na sequência dos resultados obtidos, e à semelhança do ano anterior,
sugere-se um reforço das experiências de aprendizagem que contribuam para o
desenvolvimento de capacidades relacionadas com a produção de texto
argumentativo, que promova o desenvolvimento, entre outros, de raciocínios
causa-efeito. Este trabalho deverá estar associado à identificação/interpretação/
compreensão de informação fornecida em suportes diversos, de forma a contribuir
para o desenvolvimento da capacidade de mobilização de informação. A intervenção
didática deverá, ainda, privilegiar o desenvolvimento de capacidades que impliquem
operações mentais de maior complexidade e a interação/articulação dos diversos
conteúdos programáticos.
Sublinhe-se que o desenvolvimento das referidas capacidades deve ser feito num
quadro de aquisição plena de conhecimentos que decorra da informação fornecida
aos alunos acerca dos conteúdos programáticos. Considera-se, deste modo, que o
desenvolvimento dessas capacidades não deve ser feito à custa de uma abordagem
superficial dos referidos conteúdos.
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Filosofia – 11.º ano
Deve ser consultada a Informação n.º 16, disponível na Extranet (Testes Intermédios
2011/2012).
Caracterização do teste
O teste intermédio de Filosofia compreendia três grupos de questões, num total de
13 itens, incidindo nos conteúdos do Programa de Filosofia respeitantes ao Módulo III
— Racionalidade Argumentativa e Filosofia — e ao Módulo IV — O Conhecimento e a
Racionalidade Científica e Tecnológica, Unidade 1. Descrição e interpretação da
atividade cognoscitiva. O Grupo I integrava dois textos filosóficos, 2 itens de resposta
curta e 2 itens de construção de resposta restrita; o Grupo II apresentava 6 itens de
seleção — escolha múltipla — e 1 item de construção de resposta restrita; o Grupo III
integrava dois textos filosóficos e 3 itens de construção, 2 de resposta restrita e 1 de
resposta extensa.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que se evidenciou melhor desempenho foram o item 1.1. do Grupo I, o
item 1.2. do Grupo II e o item 1.3. do Grupo II, com valores da classificação média
em relação à cotação total de, respetivamente, 82,3%, 75,2% e 68,8%.
O item 1.1. do Grupo I era de resposta curta e avaliava conhecimentos relativos ao
Módulo III — Racionalidade Argumentativa e Filosofia, Unidade 2. Argumentação e
retórica, subunidade 2.1. O domínio do discurso argumentativo. Este item mobilizava
a capacidade de análise, conceptualização e identificação de conceitos num texto
sobre um tema do programa. A análise dos resultados permite concluir que os
conceitos específicos nucleares do programa sobre os quais o texto versa foram
objeto de lecionação na maioria das escolas, tendo sido corretamente assimilados. A
existência de dois níveis de desempenho terá sido também um fator a contribuir para
o bom resultado.
O item 1.2. do Grupo II era de escolha múltipla e avaliava conhecimentos relativos ao
Módulo III — Racionalidade Argumentativa e Filosofia, Unidade 1. Argumentação e
lógica formal, subunidade 1.2. Formas de inferência válida. Este item exigia domínio
de vocabulário técnico e definição de conceitos. A análise dos resultados permite
concluir que os conceitos específicos nucleares do programa sobre os quais o item
versa foram lecionados e corretamente assimilados.
O item 1.3. do Grupo II era de escolha múltipla e avaliava conhecimentos no âmbito
do Módulo III — Racionalidade Argumentativa e Filosofia, Unidade 1. Argumentação e
lógica formal, subunidade 1.2. Formas de inferência válida. O item exigia o domínio
de vocabulário técnico e a relacionação de conceitos por interdependência.
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Itens com pior desempenho
Os itens em que se evidenciou pior desempenho foram o item 1.1. do Grupo II, o item
2. (A ou B) do Grupo II e o item 1. do Grupo III, com valores da classificação média
em relação à cotação total de, respetivamente, 41,8%, 46,7%, 45,2%.
O item 1.1. do Grupo II era um item de escolha múltipla que avaliava conhecimentos
no âmbito do Módulo III — Racionalidade Argumentativa e Filosofia, Unidade 1.
Argumentação e lógica formal, subunidade 1.1. Distinção validade - verdade. A opção
correta exigia o domínio de vocabulário filosófico, mobilizava a capacidade de
abstração e conceptualização e de relacionação de conceitos por convergência.
O item 1. do Grupo III, item de construção de resposta restrita, avaliava
conhecimentos no âmbito do Módulo IV — O Conhecimento e a Racionalidade
Científica e Tecnológica, Unidade 1. Descrição e interpretação da atividade
cognoscitiva, subunidade 1.1. Estrutura do ato de conhecer. A resposta mobilizava a
capacidade de análise e de interpretação textuais, a conceptualização e a aplicação
de conceitos e de teorias a um problema filosófico.
O item 2. do Grupo II, relativo ao percurso A ou B da Lógica, era um item de
construção de resposta restrita, cujo objeto de avaliação se inscreve no Módulo III —
Racionalidade Argumentativa e Filosofia, Unidade 1. Argumentação e lógica formal,
subunidade 1.2. Formas de inferência válida. A resposta mobilizava a capacidade de
aplicação de regras e de métodos de análise na codificação e descodificação de um
argumento.
Propostas de intervenção didática
Os elementos recolhidos permitem que se reiterem as recomendações avançadas
relativamente ao teste intermédio do 10.º ano, realizado em 2011/2012, de entre as
quais se destacam a leitura orientada de textos filosóficos, a problematização e a
argumentação ancorada em problemas e em textos filosóficos. Sugere-se a
implementação de práticas que privilegiem a construção de textos escritos a partir
de um problema filosófico, investindo no rigor conceptual e na relevância
argumentativa, com mobilização de elementos pessoais de reflexão crítica
sustentada.
Complementarmente a estas propostas didáticas, sugere-se que o trabalho de
correção dos testes intermédios seja feito de forma participada por todos os
professores envolvidos no processo, consagrando uma prática já corrente em muitas
escolas, que tem em vista assegurar o máximo de rigor e equidade no processo de
classificação.
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Física e Química A – 10.º e 11.º anos
Devem ser consultadas as Informações n.º 23 e n.º 17, disponíveis na Extranet (Testes
Intermédios 2011/2012).
Na disciplina de Física e Química A, foram aplicados dois testes intermédios: um a
alunos do 10.º ano e um a alunos do 11.º ano.
Caracterização dos testes
Os testes intermédios tinham por referência o Programa da disciplina e a conceção
de educação em Ciência que o sustenta.
Os testes estavam organizados por grupos de itens, alguns dos quais incidiam nas
aprendizagens feitas no âmbito das atividades laboratoriais previstas no Programa da
disciplina.
10.° ano (Informação n.º 23)
O teste incluía conteúdos de Física e Química que estão enunciados no Programa da
disciplina para o 10.º ano. As unidades programáticas e respetivos conteúdos nos quais
o teste incidiu são os seguintes: Química, Unidade 1 — Das estrelas ao átomo, Unidade
2 — Na atmosfera da Terra: radiação, matéria e estrutura; Física, Unidade 1 — Do Sol
ao aquecimento, Unidade 2 — Energia em movimentos.
O teste apresentava a seguinte distribuição por tipologia de itens: 9 itens de escolha
múltipla, 3 itens de resposta curta, 3 itens de resposta restrita e 5 itens de cálculo.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos apresentaram melhor nível de desempenho foram o item 3.
do Grupo III, o item 4. do Grupo IV e o item 1. do Grupo V, com valores da
classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 71,4%, 67,0% e
55,0%. Estes itens, todos de escolha múltipla, permitiam avaliar o conhecimento/a
compreensão de conceitos e, no caso do item 4. do Grupo IV e do item 1. do Grupo V,
avaliar também a compreensão das relações existentes entre conceitos.
Relativamente ao item 3. do Grupo III, que incidia no conteúdo Propriedades físicas
das substâncias: temperatura de fusão, pretendia-se que o aluno reconhecesse o
esboço do gráfico que representava uma grandeza física em função do tempo, para a
situação descrita. O item 4. do Grupo IV, que incidia no conteúdo Capacidade térmica
mássica, exigia que o aluno relacionasse de forma semiquantitativa uma grandeza
física com outras e que reconhecesse a conclusão pedida. Quanto ao item 1. do Grupo
V, que incidia no conteúdo Trabalho realizado pela força gravítica, o aluno deveria
Relatório Testes Intermédios 2012
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reconhecer a expressão que permite calcular a grandeza física referida numa
determinada situação.
Verifica-se que o melhor nível de desempenho de alguns itens parece ser
independente dos conteúdos programáticos nos quais os itens incidem, havendo uma
relação mais direta com o facto de os itens mobilizarem capacidades de nível mais
baixo e operações mentais pouco complexas.
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos apresentaram pior nível de desempenho foram o item 2. do
Grupo I, o item 4. do Grupo II e o item 4. do Grupo V, com valores da classificação
média em relação à cotação total de, respetivamente, 23,4%, 8,9% e 18,0%.
O item 2. do Grupo I era um item de escolha múltipla e avaliava capacidades de nível
mais baixo: conhecimento/compreensão de conceitos e compreensão das relações
existentes entre conceitos. Este item incidia no conteúdo Variação de energia
associada a uma reação química e pretendia que o aluno interpretasse a informação
dada no enunciado e reconhecesse a expressão que permite calcular a grandeza física
pedida.
O item 4. do Grupo II incidia no conteúdo Espectro do átomo de hidrogénio e era um
item de construção de cálculo de duas etapas. Neste item, o aluno deveria
interpretar a informação dada no enunciado, construir uma metodologia de resolução
do problema proposto e apresentar a resolução matemática, mobilizando as
seguintes capacidades: aplicação dos conceitos e das relações entre eles a uma
situação concreta, análise e interpretação críticas de informação apresentada sob a
forma de um diagrama, e produção e comunicação de raciocínios demonstrativos.
Quanto ao item 4. do Grupo V, também um item de construção de cálculo de duas
etapas, mas sobre o conteúdo Conservação de energia mecânica, este exigia que o
aluno interpretasse a informação dada no enunciado, construísse uma metodologia
de resolução do problema proposto e apresentasse a resolução matemática,
mobilizando as seguintes capacidades: aplicação dos conceitos e das relações entre
eles a uma situação concreta e produção e comunicação de raciocínios
demonstrativos.
Verifica-se que as capacidades mobilizadas, sobretudo no caso dos itens de cálculo,
são diversificadas, complexas e de nível elevado e que as operações mentais
envolvidas são também complexas, abrangendo vários passos de raciocínio, o que
poderá determinar os baixos níveis de desempenho dos itens em análise. Os itens de
construção de cálculo, cuja resolução passa pelo estabelecimento de uma
metodologia adequada que permita chegar ao resultado pretendido, continuam, à
Relatório Testes Intermédios 2012
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semelhança do que tem acontecido em anos anteriores, a ser itens de elevado
insucesso.
11.° ano (Informação n.º 17)
O teste incluía conteúdos de Física e Química que estão enunciados no Programa da
disciplina para o 10.º ano e para o 11.º ano. As unidades programáticas e respetivos
conteúdos nos quais o teste incidiu são os seguintes: Física, 10.º ano, Unidade 1 — Do
Sol ao aquecimento, Unidade 2 — Energia em movimentos; Física, 11.º ano, Unidade
1 — Movimentos na Terra e no espaço, Unidade 2 — Comunicações; Química, 10.º
ano, Unidade 1 — Das estrelas ao átomo, Unidade 2 — Na atmosfera da Terra:
radiação, matéria e estrutura; Química, 11.º ano, Unidade 1 — Química e indústria:
equilíbrios e desequilíbrios, Unidade 2 — Da atmosfera ao oceano: soluções na Terra
e para a Terra.
O teste apresentava a seguinte distribuição por tipologia de itens: 8 itens de escolha
múltipla, 4 itens de resposta curta, 3 itens de resposta restrita e 5 itens de cálculo.
Itens com melhor desempenho
Os itens em que os alunos apresentaram melhor nível de desempenho foram o item
1.3. do Grupo II, o item 1.1. do Grupo III e o item 3. do Grupo VI, com valores da
classificação média em relação à cotação total de, respetivamente, 75,0%, 69,6% e
60,0%.
Todos estes itens mobilizavam apenas capacidades de conhecimento/compreensão
de conceitos e, no caso do item 3. do Grupo VI, também de compreensão das
relações existentes entre conceitos.
O item 1.3. do Grupo II era um item de escolha múltipla, sobre o conteúdo Equilíbrio
químico — papel do catalisador numa reação química, em que o aluno deveria
reconhecer o papel de um catalisador numa reação química.
No caso do item 1.1. do Grupo III, que era um item de resposta curta sobre o
conteúdo Pares conjugados de ácido-base, pretendia-se que o aluno identificasse um
par conjugado de ácido-base numa reação química.
No item 3. do Grupo VI, que era um item de escolha múltipla sobre o conteúdo
Componente do vetor velocidade no lançamento horizontal de projéteis, o aluno
deveria identificar os vetores que representam as componentes do vetor velocidade
no lançamento horizontal de projéteis.
Conclui-se que o melhor nível de desempenho de alguns itens parece estar mais
relacionado com o facto de os itens mobilizarem capacidades de nível mais baixo e
Relatório Testes Intermédios 2012
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operações mentais pouco complexas do que com os conteúdos programáticos nos
quais os itens incidem.
Itens com pior desempenho
Os itens em que se verificou pior nível de desempenho foram o item 1.2. do Grupo
III, o item 1. do Grupo V e o item 2. do Grupo VII, com valores da classificação média
em relação à cotação total de, respetivamente, 14,9%, 10,3% e 17,6%.
O item 1.2. do Grupo III, também um item de cálculo de duas etapas, mas sobre o
conteúdo pH de uma solução aquosa de um ácido, exigia as mesmas operações
mentais do item anterior e mobilizava as seguintes capacidades: aplicação dos
conceitos e das relações entre eles a uma situação concreta e produção e
comunicação de raciocínios demonstrativos.
O item 1. do Grupo V era um item de construção de cálculo de duas etapas, sobre o
conteúdo Dissipação da energia mecânica, em que o aluno deveria interpretar a
informação dada no enunciado, construir uma metodologia de resolução do problema
proposto e apresentar a resolução matemática. Este item mobilizava as seguintes
capacidades: aplicação dos conceitos e das relações entre eles a uma situação
concreta, análise e interpretação críticas de informação apresentada sob a forma de
um diagrama, e produção e comunicação de raciocínios demonstrativos.
O item 2. do Grupo VII era um item de escolha múltipla e avaliava capacidades
diferentes: conhecimento/compreensão de conceitos e compreensão das relações
existentes entre conceitos. Este item incidia no conteúdo Força eletromotriz induzida
e fluxo magnético e pretendia que o aluno interpretasse a informação dada no
enunciado e reconhecesse o esboço do gráfico que representa a variação da grandeza
física referida em função do tempo.
Verifica-se que as capacidades mobilizadas, sobretudo no caso dos itens de cálculo,
são diversificadas, complexas e de nível elevado, e as operações mentais envolvidas
são também complexas, abrangendo vários passos de raciocínio, o que poderá
determinar os baixos níveis de desempenho dos itens em análise. Os itens de
construção de cálculo, cuja resolução passa pelo estabelecimento de uma
metodologia adequada que permita chegar ao resultado pretendido, continuam, à
semelhança do que tem acontecido em anos anteriores, a ser itens de elevado
insucesso.
Propostas de intervenção didática
Tendo em conta os resultados, conclui-se que continuam a existir dificuldades, por
parte dos alunos, na construção de textos cientificamente válidos, bem como
dificuldades relevantes relacionadas com a interpretação e comunicação de ideias
Relatório Testes Intermédios 2012
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por escrito. Assim, parece ser necessário continuar a desenvolver um trabalho
sistemático, no âmbito da disciplina de Física e Química A, que incida na
comunicação de ideias através da produção de texto escrito, nomeadamente, na
comunicação de raciocínios lógicos e na apresentação de justificações.
Em relação aos itens de construção de cálculo, será também necessário orientar os
alunos, em contexto de sala de aula, no sentido do desenvolvimento das capacidades
necessárias à identificação correta das situações propostas nos suportes e nos
enunciados dos itens, assim como à mobilização dos dados existentes para a
resolução das questões apresentadas, procedendo ao respetivo enquadramento
teórico. Pretende-se, assim, que os alunos sejam orientados no sentido da resolução
de problemas diversificados, de modo a conseguirem interpretar corretamente as
informações fornecidas, estabelecer uma metodologia de resolução adequada e
apresentar a resolução matemática.
Matemática A – 10.º, 11.º e 12.º anos
Devem ser consultadas as Informações n.º 5, n.º 11, n.º 13 e n.º 22, disponíveis na
Extranet (Testes Intermédios 2011/2012).
Na disciplina de Matemática A, foram aplicados quatro testes intermédios: um aos
alunos do 10.º ano, um aos alunos do 11.º ano e dois aos alunos do 12.º ano.
Cada um dos testes incluía um formulário, apresentado na Informação n.º 2. O uso da
calculadora era permitido em todas as aplicações dos testes.
10.° ano (Informação n.º 13)
Caracterização do teste
O teste apresentava dois grupos de itens: o Grupo I, constituído por 5 itens de
escolha múltipla, e o Grupo II, constituído por 4 itens de construção, subdivididos em
2 ou em 3 alíneas, num total de 9 alíneas.
Os dois grupos de itens avaliavam conteúdos dos temas Geometria e Funções, com a
valorização seguinte: Geometria — 50%; Funções — 50%.
Nos dois grupos, os itens apresentados avaliavam capacidades variadas: no âmbito do
conhecimento de factos, conceitos e procedimentos — itens 1. e 2. do Grupo I e itens
1.1. e 1.2. do Grupo II; no âmbito da aplicação de conhecimentos e resolução de
problemas rotineiros — itens 3. e 4. do Grupo I e itens 1.3., 2.1., 3.1., 3.2. e 4.2. do
Grupo II; e no âmbito do raciocínio — item 5. do Grupo I e itens 2.2. e 4.1. do Grupo
II.
Relatório Testes Intermédios 2012
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Itens com melhor desempenho
O item 1. do Grupo I e os itens 1.2. e 2.1. do Grupo II foram aqueles em que os
alunos revelaram melhor desempenho, com valores da classificação média em
relação à cotação total de 82,4%, 66,7% e 63,5%, respetivamente.
No item 1. do Grupo I, item de escolha múltipla que tinha como suporte a
representação de um cubo de aresta 2, em referencial ortonormado do espaço,
pretendia-se que o aluno identificasse as coordenadas de um ponto pertencente a
uma aresta do cubo. Os distratores eram as coordenadas dos centros de duas faces do
cubo e as coordenadas do centro do cubo. Optou-se pela representação de um cubo
com três faces contidas nos planos coordenados e situado no primeiro octante de
modo a favorecer um bom desempenho dos alunos no primeiro item do teste.
No item 1.2. do Grupo II, era dada a equação reduzida de uma reta e pedia-se a
escrita da equação reduzida da reta paralela à reta dada, passando por um ponto do
eixo das ordenadas, cujas coordenadas eram indicadas no enunciado. Com este item
pretendia-se avaliar o conhecimento da equação reduzida de uma reta, incluindo o
significado dos seus parâmetros. Atendendo a que o próprio enunciado já
apresentava a equação reduzida de uma reta e ainda ao facto de o ponto dado
pertencer ao eixo das ordenadas, esperava-se que o desempenho dos alunos pudesse
ter sido ainda melhor.
No item 2.1. do Grupo II, representava-se um quadrado inscrito noutro quadrado e
pretendia-se que os alunos mostrassem que o quadrado menor tinha uma
determinada área, conhecidas as condições da figura e o lado do quadrado maior. O
suporte gráfico apresentado é frequentemente utilizado pelos alunos e o problema
podia ser resolvido por, pelo menos, dois processos rotineiros: recorrendo ao
teorema de Pitágoras ou usando a decomposição do quadrado maior que a própria
figura já evidenciava. O conhecimento, por parte dos alunos, do valor que se
pretendia que obtivessem e o facto de os cálculos auxiliares envolverem apenas
números inteiros podem ser outros fatores a associar ao nível de desempenho obtido
pelos alunos neste item.
Itens com pior desempenho
Os itens em que se verificou pior nível de desempenho foram o item 5. do Grupo I, o
item 4.1. do Grupo II e o item 4.2. do Grupo II, com valores da classificação média
em relação à cotação total de, respetivamente, 21,2%, 16,5% e 37,3%.
O item 5. do Grupo I era um item de escolha múltipla em que se apresentava o
gráfico de uma função não polinomial, acerca da qual se produziam, em cada opção
de resposta, três afirmações. A opção correta continha três afirmações verdadeiras
e, em cada um dos distratores, apenas uma das afirmações era verdadeira. Ao fraco
Relatório Testes Intermédios 2012
55 _ 130
desempenho dos alunos neste item pode associar-se o facto de as afirmações se
referirem a diferentes características da função: número de zeros, paridade,
existência de extremos, monotonia e contradomínio.
No item 4.1., os alunos deviam resolver um problema que envolvia várias etapas e a
aplicação de conceitos de diferentes áreas. Pretendia-se avaliar a capacidade de
obter um modelo matemático que desse a área de uma figura dinâmica (um trapézio
retângulo em que variavam a altura e a base menor).
No que respeita ao item 4.2., pretendia-se que os alunos resolvessem um problema
rotineiro, envolvendo a escrita de uma inequação do 2.º grau e a sua resolução, por
processos analíticos. No contexto da situação descrita, o conjunto solução estava
condicionado; no entanto, a restrição correspondente era indicada no enunciado do
item. O fraco desempenho dos alunos neste item pode ter várias leituras: não
reconhecimento do modelo adequado à resolução do problema, desconhecimento do
algoritmo de resolução de inequações de grau 2, aplicação incorreta do referido
algoritmo e gestão desadequada do tempo disponível para a resolução do teste, com
repercussões na resolução deste item por ser o último do teste.
11.° ano (Informação n.º 5)
Caracterização do teste
O teste apresentava dois grupos de itens: o Grupo I, constituído por 5 itens de
escolha múltipla, e o Grupo II, constituído por 4 itens de construção, 3 dos quais
subdivididos em 3 alíneas, num total de 10 alíneas.
Os dois grupos de itens avaliavam conteúdos dos temas Trigonometria, Geometria e
Funções, com a valorização seguinte: Trigonometria — 40%; Geometria — 40%;
Funções — 20%.
Nos dois grupos, os itens apresentados avaliavam capacidades variadas: no âmbito do
conhecimento de factos, conceitos e procedimentos — item 2. do Grupo I e itens
1.1.1. , 2.1. e 2.2. do Grupo II; no âmbito da aplicação de conhecimentos e resolução
de problemas rotineiros — itens 1., 3. e 5. do Grupo I e itens 1.1.2., 1.2., 3.1.,
3.2.1. e 3.2.2. do Grupo II; e no âmbito do raciocínio — item 4. do Grupo I e itens
2.3. e 4. do Grupo II.
Itens com melhor desempenho
O item 5. do Grupo I e os itens 1.1.1. e 2.1. do Grupo II foram os itens em que os
alunos revelaram melhor desempenho, com valores da classificação média em
relação à cotação total de 67,8%, 68,2% e 73,9%, respetivamente.
Relatório Testes Intermédios 2012
56 _ 130
Quanto ao item 5. do Grupo I, era um item de escolha múltipla em que se
apresentava um triângulo não retângulo, do qual se indicavam a amplitude de um
ângulo interno e a medida do comprimento do lado oposto a esse ângulo.
Pretendia-se que os alunos identificassem a opção em que se apresentava a
expressão de um dos lados do triângulo em função de um dos ângulos internos não
conhecidos. Os alunos teriam de aplicar duas razões trigonométricas e manipular
expressões com variáveis.
O item 1.1.1. do Grupo II tinha como suporte a representação de parte do gráfico de
uma função da família de funções que se referia, especificamente, na informação
sobre o objeto de avaliação do teste (Informação n.º 2). Os alunos deviam identificar
o contradomínio da função recorrendo apenas à leitura do gráfico. Este tipo de
leitura já é feito no 10.º ano de escolaridade e é enfatizado no estudo da família de
funções em causa.
No item 2.1. do Grupo II, pretendia-se que os alunos escrevessem uma condição
cartesiana de uma reta do espaço, definida por uma condição vetorial. O item só
recorria a conhecimentos básicos e não era necessária, nem vantajosa, qualquer
visualização da reta em causa.
Itens com pior desempenho
De entre os itens em que os alunos obtiveram pior desempenho destacam-se os itens
1.1.2., 2.3. e 3.1., todos do Grupo II, com valores da classificação média em relação
à cotação total de 29,2%, 21,1% e 28,2%, respetivamente.
No item 1.1.2., pretendia-se que os alunos resolvessem uma inequação, recorrendo à
leitura do gráfico de uma função que servia de suporte ao item. O item apresentava
a representação de parte de uma hipérbole, gráfico de uma função f, e os alunos
deviam apresentar, recorrendo à notação de intervalos, o conjunto solução da
condição f (x) 0 . Dado que se tratava de um pedido rotineiro, que já é familiar aos
alunos no 10.º ano, e que estes consideram como acessível, o único argumento que
poderá explicar o mau desempenho obtido neste item é o facto de os alunos, à data
do teste, estarem já focados na resolução analítica deste tipo de inequação.
No item 2.3., era dada uma condição cartesiana de uma reta e pedia-se a
determinação das coordenadas de um certo ponto dessa reta. Os alunos tinham de
identificar o ponto pedido com o ponto de intersecção da reta com um plano cuja
equação geral se conhecia. De seguida, deviam resolver um sistema de três equações
com três incógnitas. Este item tinha como suporte a representação de uma pirâmide
quadrangular regular em referencial o.n. O facto de a pirâmide se apresentar numa
posição pouco habitual perturbou de forma substancial o desempenho dos alunos, se
bem que a resolução não exigisse mais do que a informação dada no texto do
enunciado. A dificuldade do item não residia na complexidade dos cálculos a efetuar
Relatório Testes Intermédios 2012
57 _ 130
nem no número elevado de etapas, mas sim na identificação da estratégia de
abordagem.
Quanto ao item 3.1., este seria considerado um item de maior exigência se não
incluísse uma sugestão que indicava, de forma explícita, uma estratégia de
resolução. Depois de identificar as coordenadas de um ponto genérico do círculo
trigonométrico, os alunos deviam aplicar a fórmula da distância de dois pontos em
função das suas coordenadas, conforme era sugerido. Os alunos deviam ainda aplicar
um dos casos notáveis da multiplicação de binómios e a fórmula fundamental da
trigonometria. Trata-se de conhecimentos básicos e frequentemente aplicados, mas
de áreas matemáticas diferentes, o que pode ter contribuído para o fraco
desempenho dos alunos neste item.
12.º ano (Informações n.º 11 e n.º 22)
Primeiro teste
Caracterização do teste
O teste apresentava dois grupos de itens: o Grupo I, constituído por 5 itens de
escolha múltipla, e o Grupo II, constituído por 4 itens de construção, 3 dos quais
subdivididos em 2 ou em 3 alíneas, num total de 8 alíneas.
Os dois grupos de itens avaliavam conteúdos dos temas Probabilidades e
Combinatória e Funções (função exponencial e função logarítmica), com a
valorização seguinte: Probabilidades e Combinatória — 35%; Funções — 65%.
Nos dois grupos, os itens apresentados avaliavam capacidades variadas: no âmbito do
conhecimento de factos, conceitos e procedimentos — item 1. do Grupo I e itens
1.1., 1.2. e 2.2. do Grupo II; no âmbito da aplicação de conhecimentos e resolução
de problemas rotineiros — itens 1., 2., 4. e 5. do Grupo II e itens 2.1., 2.3. e 3.1. do
Grupo II; e no âmbito do raciocínio — item 3. do Grupo I e itens 3.2. e 4. do Grupo II.
Itens com melhor desempenho
Os itens 1. e 4. do Grupo I e os itens 1.2. e 3.1. do Grupo II foram os itens em que os
alunos revelaram melhor desempenho, com valores da classificação média em
relação à cotação total de 84,0%, 72,8%, 70,0% e 70,0%, respetivamente.
O item 1. do Grupo I era um item de escolha múltipla em que se pretendia que os
alunos reconhecessem que a probabilidade da intersecção de dois acontecimentos
incompatíveis é igual a 0.
Relatório Testes Intermédios 2012
58 _ 130
O item 4. do Grupo I também era um item de escolha múltipla. Envolvia vários
conceitos — continuidade num ponto e dois dos limites notáveis — mas os algoritmos
que os alunos deviam efetuar eram rotineiros. A calculadora também poderia ser
utilizada para testar as opções apresentadas e, nesse caso, o único conceito
necessário seria o conceito de continuidade num ponto.
No item 1.2. do Grupo II, os alunos deviam construir a tabela de distribuição de
probabilidades de uma variável aleatória. Tratava-se de um item com várias etapas,
mas que repetiam procedimentos que os alunos já assumem como rotineiros.
No item 3.1. do Grupo II, era descrito o contexto de uma situação modelada por uma
função logística. Os alunos deviam calcular a imagem de zero e resolver uma
equação, mas não tinham necessidade de recorrer a logaritmos.
Itens com pior desempenho
De entre os itens em que os alunos obtiveram pior desempenho destacam-se os itens
2.2., 3.2. e 4., todos do Grupo II, com valores da classificação média em relação à
cotação total de, respetivamente, 55,3%, 35,8% e 37,9%. Registe-se que, em todos
estes itens, as percentagens são superiores a 35,0%.
Quanto ao item 2.2., embora esteja incluído no conjunto dos três itens em que os
alunos tiveram pior desempenho, foi um item em que o valor da classificação média
em relação à cotação total ultrapassou 50%. Para a sua resolução, os alunos deviam
conhecer propriedades operatórias dos logaritmos e das potências, e aplicá-las de
modo trivial.
O item 3.2. envolvia conteúdos da área das funções e das probabilidades,
nomeadamente, probabilidade condicionada. Por um lado, a situação não era
familiar aos alunos. Por outro lado, a probabilidade condicionada, se bem que seja
um conteúdo frequentemente abordado, exigia, neste caso, especial atenção na
leitura do enunciado, já que o facto de se tratar de uma probabilidade condicionada
não estava formulado de modo explícito.
No item 4., era dada uma função definida por duas expressões analíticas, uma das
quais envolvia um parâmetro. Afirmava-se no enunciado que o gráfico da função
tinha duas assíntotas horizontais e o aluno deveria encontrar o valor do parâmetro
para o qual as assíntotas coincidiam. Apesar de o enunciado ser pouco habitual, a
maior dificuldade que os alunos enfrentavam era o cálculo de dois limites, que
envolviam indeterminações, sendo que, num deles, deveria ser feita uma mudança
de variável.
Relatório Testes Intermédios 2012
59 _ 130
Segundo teste
Caracterização do teste
O teste apresentava dois grupos de itens: o Grupo I, constituído por 5 itens de
escolha múltipla, e o Grupo II, constituído por 5 itens de construção, 3 dos quais
subdivididos em 2 alíneas, num total de 8 alíneas.
Os dois grupos de itens avaliavam conteúdos dos temas Probabilidades e
Combinatória, Funções (incluindo funções trigonométricas) e Números complexos,
com a valorização seguinte: Probabilidades e Combinatória — 20%; Funções — 65%;
Números complexos — 15%.
Nos dois grupos, os itens apresentados avaliavam capacidades variadas: no âmbito do
conhecimento de factos, conceitos e procedimentos — itens 3. e 4. do Grupo I e item
3.1. do Grupo II; no âmbito da aplicação de conhecimentos e resolução de problemas
rotineiros — item 1. do Grupo I e itens 1., 2.1., 2.2., 3.2. e 4.2. do Grupo II; e no
âmbito do raciocínio — itens 2. e 5. do Grupo I e itens 3.2. e 4. do Grupo II.
Itens com melhor desempenho
Os itens 1., 3. e 4., todos do Grupo I, foram os itens em que os alunos revelaram
melhor desempenho, com valores da classificação média em relação à cotação total
de, respetivamente, 75,2%, 69,8% e 70,4%.
O item 1. era um item de escolha múltipla em que se pretendia que os alunos
aplicassem propriedades operatórias dos logaritmos. Os distratores reproduziam
alguns dos erros que os alunos cometem mais frequentemente.
No item 3., a escolha da opção correta era justificada pelo teorema de Bolzano,
sendo que os distratores podiam ser facilmente rejeitados pela representação gráfica
de duas funções que as condições do enunciado muito naturalmente sugeriam.
O item 4. também era um item de escolha múltipla. Os alunos deviam conhecer uma
das leis de De Morgan com vista a traduzirem uma frase da linguagem corrente para
linguagem simbólica matemática.
Itens com pior desempenho
De entre os itens em que os alunos obtiveram pior desempenho destacam-se os itens
2.1., 3.2. e 5., todos do Grupo II, com valores da classificação média em relação à
cotação total de, respetivamente, 35,2%, 30,9% e 27,6%.
O item 2.1. tinha como objetivo o cálculo de uma probabilidade num problema de
provas repetidas. Este conteúdo nunca tinha sido avaliado num item de construção, o
que pode justificar o fraco desempenho dos alunos.
Relatório Testes Intermédios 2012
60 _ 130
O item 3.2. era um item de determinação, por processos analíticos, dos extremos de
uma função trigonométrica. O item tinha uma formulação rotineira, mas a
determinação do zero da derivada exigia a resolução de uma equação trigonométrica
não elementar.
No item 5., era dada uma função definida por duas expressões analíticas e pedia-se o
estudo da continuidade no ponto de mudança de ramo. Um dos limites que os alunos
tinham de calcular envolvia uma situação de indeterminação que exigia uma
mudança de variável e a realização de cálculos algébricos com alguma complexidade.
Propostas de intervenção didática
No geral, a análise dos resultados confirma que a qualidade do desempenho dos
alunos depende, fundamentalmente, do tipo de operações mentais que é necessário
mobilizar para resolver os itens. O desempenho dos alunos é melhor nos itens em que
apenas se exige que conheçam factos, conceitos ou procedimentos. As dificuldades
acentuam-se nos itens em que se torna necessário analisar, transferir e relacionar
conhecimentos e resolver problemas não rotineiros.
Em relação aos testes do 12.º ano, os bons desempenhos surgem, de um modo geral,
associados aos conteúdos de probabilidades e combinatória e aos itens de escolha
múltipla.
A longo prazo, valorizando os comportamentos mentais mais exigentes desde cedo,
será possível melhorar o desempenho dos alunos na resolução de itens que exigem
raciocínios mais complexos. A curto/médio prazo, devemos registar insatisfação
pelas percentagens na ordem de 70% da classificação média em relação à cotação
total nos itens que envolvem apenas conhecimentos ou aplicações rotineiras. Os
alunos deverão ser, pois, incentivados a alcançarem resultados de excelência em
exercícios com estas características.
Português – 12.º ano
Deve ser consultada a Informação n.º 6, disponível na Extranet (Testes Intermédios
2011/2012).
Caracterização do teste
O teste intermédio de Português teve por referência o Programa da disciplina e
permitiu avaliar capacidades e conhecimentos relativos à Leitura, à Expressão Escrita
e ao Funcionamento da Língua. Por forma a não condicionar a gestão autónoma dos
conteúdos programáticos ao longo do ano, optou-se pela não integração de itens
Relatório Testes Intermédios 2012
61 _ 130
sobre a leitura de obras literárias que constituem o corpus do 12.º ano. Nos itens de
Funcionamento da Língua, incluíram-se conteúdos declarativos relativos ao 10.° e ao
11.° ano.
Quanto à sua estrutura, o teste apresentava três grupos de itens. O Grupo I integrava
um texto poético, que constituía o suporte de quatro itens de construção — resposta
restrita — e permitia avaliar capacidades e conhecimentos relativos à Leitura e à
Expressão Escrita. O Grupo II integrava um texto não literário, que constituía o
suporte de três itens de seleção — escolha múltipla — e de dois itens de construção —
resposta curta — e permitia avaliar capacidades e conhecimentos de Leitura e de
Funcionamento da Língua. O Grupo III era constituído por um item de construção —
resposta extensa —, orientado no que respeita à tipologia textual, ao tema e à
extensão, e permitia avaliar capacidades e conhecimentos no domínio da Expressão
Escrita.
Itens com melhor desempenho
O item 1. do Grupo I e os itens 1.1. e 1.2. do Grupo II foram aqueles em que os
alunos revelaram melhor desempenho, com valores de classificação média em
relação à cotação total de 60,6%, 86,0% e 78,8%, respetivamente.
O item 1. do Grupo I consistia num item de resposta restrita em que se solicitava a
localização e a síntese de informação presente no texto. O facto de o item apenas
requerer a interpretação de informação explícita pode explicar o bom desempenho
dos alunos. É de salientar que os resultados obtidos neste item foram ligeiramente
superiores aos resultados obtidos em itens do mesmo tipo incluídos em provas de
Português de anos anteriores.
Os itens 1.1. e 1.2. do Grupo II eram itens de seleção, apresentados sob o formato de
escolha múltipla. No caso do item 1.1., solicitava-se a interpretação de informação
explícita no texto; no caso do item 1.2., os alunos tinham de identificar os valores
associados ao vocábulo «ainda» no contexto em que ocorriam. Para além do formato
do item, os bons resultados obtidos pelos alunos poderão ser explicados quer pelo
facto de a interpretação incidir sobre informação explícita no texto, quer por não se
solicitar o conhecimento de metalinguagem específica. No que diz respeito ao item
1.2., é de salientar que os bons resultados obtidos pelos alunos ficaram, ainda assim,
aquém dos resultados obtidos em itens do mesmo tipo incluídos em provas de anos
anteriores. Esta situação poderá ter decorrido do facto de o item solicitar a
interpretação de dois valores distintos associados ao mesmo vocábulo (em diferentes
contextos).
Relatório Testes Intermédios 2012
62 _ 130
Itens com pior desempenho
Os itens em que os alunos apresentaram piores desempenhos foram o item 3. do
Grupo I e os itens 1.3. e 2.2. do Grupo II, com valores da classificação média em
relação à cotação total de 40,4%, 40,0% e 42,6%, respetivamente.
O item 3. do Grupo I consistia num item de resposta restrita em que se solicitava a
realização de inferências a partir da informação presente no texto. O fraco
desempenho dos alunos neste item poderá ser explicado pelo facto de estarem em
causa operações cognitivas mais complexas e de se exigir a mobilização de
conhecimentos sobre os valores semânticos específicos do pretérito imperfeito do
indicativo e do pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
O item 1.3. do Grupo II consistia num item de seleção, apresentado sob o formato de
escolha múltipla, que exigia a identificação de duas funções sintáticas distintas
desempenhadas pelo pronome «me». O facto de se solicitarem conhecimentos de
metalinguagem pode explicar o fraco desempenho dos alunos. No que diz respeito a
este item, é de salientar que, apesar de se exigir a análise do pronome «me» em dois
contextos distintos, os resultados deste item foram superiores aos resultados obtidos
em itens sobre funções sintáticas apresentados em provas de anos anteriores. Esta
situação poderá ser justificada pelo formato do item (escolha múltipla) e por um
maior investimento na lecionação destes conteúdos.
O item 2.2. do Grupo II consistia num item de resposta curta, no qual se solicitava
aos alunos a classificação de uma oração. O facto de se tratar de um item de
resposta curta que incidia sobre conteúdos de funcionamento da língua, exigindo-se a
mobilização de conhecimentos metalinguísticos, pode explicar o fraco desempenho
dos alunos. Ainda assim, é de salientar que os resultados deste item foram superiores
aos resultados obtidos em itens do mesmo tipo apresentados em provas de anos
anteriores, o que poderá significar que se está a verificar um maior investimento na
lecionação destes conteúdos.
Propostas de intervenção didática
Os melhores desempenhos situam‐se no domínio da leitura de texto de carácter
expositivo, particularmente em itens de seleção (Grupo II, itens 1.1. e 1.2.).
As principais dificuldades revelam-se em itens de construção, tanto em itens em que
se avalia a leitura orientada de texto literário, como em itens em que se avalia o
funcionamento da língua, quando a resposta exige o domínio de metalinguagem. É de
destacar que nos itens que exigem resposta estruturada, quer no Grupo I, quer no
Grupo III, além das dificuldades ao nível do conteúdo, os alunos revelam fracos
desempenhos nos parâmetros de organização e correção linguística.
Relatório Testes Intermédios 2012
63 _ 130
Destacam‐se, assim, três áreas específicas passíveis de intervenção didática: a
leitura orientada de textos literários, a produção escrita e o funcionamento da
língua, em particular o recurso a metalinguagem.
Para além de aspetos pontuais que ocorrem em algumas provas específicas, as
dificuldades manifestadas pelos alunos, em anos sucessivos e em diferentes provas,
tornam evidente que:
no domínio da Leitura, importará não só desenvolver a competência lexical,
mas também reforçar um trabalho que envolva a realização de inferências e
o posicionamento crítico face aos textos lidos.
no domínio da Expressão Escrita, será importante realizar um trabalho
sistemático, envolvendo a aprendizagem e o treino de diferentes tipologias
textuais, assegurando um crescente domínio das competências envolvidas na
planificação, textualização e revisão dos textos;
no domínio do Funcionamento da Língua, será fundamental assegurar o
desenvolvimento de um trabalho de acordo com a metalinguagem e as
orientações metodológicas explicitadas no programa.
Relatório Testes Intermédios 2012
64 _ 130
DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS POR NUTS III
A distribuição dos resultados dos testes intermédios (TI) de 2012 de acordo com as
sub-regiões (NUTS III) permite identificar malhas territoriais diversas consoante os
níveis de desempenho alcançados em disciplinas do ensino básico e do ensino
secundário.
A informação agora disponibilizada permite, à semelhança do ano anterior, observar
distribuições regionais (ao nível das sub-regiões) e situar cada unidade territorial no
contexto nacional. É também possível observar tendências de evolução de
resultados, comparando os resultados de 2009 com os de 2012.
Na análise da distribuição geográfica dos resultados por NUTS III considera-se como
variável a média dos resultados dos testes de uma mesma disciplina realizados em
2012. Assim, no caso da disciplina de Língua Portuguesa do 9.º ano, apenas se pode
contar com os resultados de um teste, mas, no caso da disciplina de Matemática, são
considerados os resultados de dois testes — um realizado no 8.º ano e o outro no 9.º
ano.
Já no ensino secundário, nas disciplinas de Biologia e Geologia e de Física e Química
A, os resultados apresentados constituem a média de dois testes para cada uma das
disciplinas: um realizado no 10.º ano e outro realizado no 11.º ano. Na disciplina de
Matemática A, os resultados contemplam a média de três testes, um realizado no
10.º ano, outro no 11.º ano e outro no 12.º ano.
Relatório Testes Intermédios 2012
65 _ 130
Língua Portuguesa – 1.º ciclo do ensino básico (2.º ano)
Os resultados alcançados no TI de Língua Portuguesa do 1.º ciclo em 2012 seguem,
globalmente, a tendência dos do ano anterior. A Escrita e o Conhecimento Explícito
da Língua são os domínios em que se evidenciam piores desempenhos, por oposição à
Compreensão do Oral e à Leitura, apresentando estes últimos resultados
significativamente positivos (Figura 1). Ainda assim, refira-se que, mesmo no domínio
da Escrita, a percentagem média da notação Satisfaz Bem alcança 56%, por oposição
a 17% de Não Satisfaz.
Quando se analisa a repartição territorial destes resultados (Anexo 2), verifica-se que
a tendência evidenciada para o país se reflete, regra geral, nas classificações obtidas
nas sub-regiões de acordo com as NUTS III. Não se destacam grandes assimetrias
entre as unidades territoriais, embora sejam notórias percentagens de Não Satisfaz
ligeiramente superiores no domínio da Escrita em algumas sub-regiões do Alentejo e
no Algarve.
TI Língua Portuguesa 2.º ano - PORTUGAL (em %)
100%
75%
50%
92,6
26,8
25%
0%
56,4
69,2
85,1
22,6
6,5
0,9
Compreensão do Oral
Satisfaz Bem
11,4
3,6
Leitura
16,8
8,2
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não Satisfaz
Fig. 1 – Resultados médios por domínios – 2012. Língua Portuguesa – 1.º ciclo do ensino
básico
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
66 _ 130
Matemática – 1.º ciclo do ensino básico (2.º ano)
Também o TI de Matemática do 1.º ciclo regista reduzida diferenciação geográfica na
distribuição de resultados (Anexo 2). De uma forma geral, a área temática de
Resolução de Problemas é a que assinala piores desempenhos — alcançando, em
termos nacionais, 45% de Não Satisfaz (Figura 2). À semelhança do verificado para
Língua Portuguesa, são também as sub-regiões a sul do país que evidenciam piores
resultados nesta área temática, ultrapassando, em alguns casos, 50% de Não Satisfaz.
As áreas temáticas Raciocínio Matemático e Números e Operações são as que, por
oposição, revelam melhores resultados globais, registando 52% e 47% de Satisfaz
Bem, respetivamente. Estes resultados assumem também um padrão regular na
distribuição territorial das classificações nas várias sub-regiões.
TI Matemática 2.º ano - PORTUGAL (em %)
100%
28,7
20,3
75%
22,7
47,0
51,8
30,5
31,4
47,4
50,0
22,1
18,6
34,8
50%
50,8
54,5
33,2
25,3
25%
0%
44,9
16,8
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
22,9
26,5
19,9
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
Fig. 2 – Resultados médios por áreas temáticas – 2012. Matemática – 1.º ciclo do ensino básico
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
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Ciências Físico-Químicas – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano)
A georreferenciação de resultados do TI de Ciências Físico-Químicas apresenta um
padrão uniforme, com a maioria das sub-regiões a registar desempenhos médios
entre 35% e 40% (Figura 3). Nenhuma das unidades territoriais alcança resultados
médios positivos (superiores ou iguais a 50%).
Na escala ordenada de resultados (Figura 4), as sub-regiões da Serra da Estrela,
Pinhal Interior Sul e Baixo Mondego diferenciam-se pela positiva, com um desvio
superior a 10 pontos em relação ao valor de referência (100). Em sentido oposto,
com valores índice inferiores a 90 pontos encontram-se o Alentejo Litoral, o Alto
Alentejo e as RA da Madeira e dos Açores.
Fig. 3 – Distribuição dos resultados médios por
NUTS III – 2012
Ciências Físico-Químicas – 3.º ciclo do
ensino básico
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
68 _ 130
Serra da Estrela
Pinhal Interior Sul
Baixo Mondego
Baixo Vouga
Cávado
Cova da Beira
Beira Interior Sul
Grande Porto
Oeste
Dão-Lafões
Pinhal Litoral
Ave
Pinhal Interior Norte
Médio Tejo
Entre Douro e Vouga
Alto Trás-os-Montes
Alentejo Central
PORTUGAL
Grande Lisboa
Minho-Lima
Lezíria do Tejo
Algarve
Baixo Alentejo
Península de Setúbal
Beira Interior Norte
Tâmega
Douro
Alentejo Litoral
Alto Alentejo
85,1
Madeira
81,6
Açores 78,0
75
80
111,8
110,7
110,1
107,9
106,9
106,4
105,7
104,7
104,1
104,0
103,9
103,7
103,2
102,2
102,1
101,2
100,3
100,0
99,7
98,8
98,5
98,3
98,1
95,9
95,7
94,7
90,8
89,4
85
90
95
100
105
110
115
Fig. 4 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Ciências Físico-Químicas – 3.º ciclo do ensino básico
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
69 _ 130
Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano)
Os resultados médios alcançados no TI de Ciências Naturais nas várias sub-regiões de
Portugal continental distribuem-se de forma regular, encontrando-se próximos de
50% (Figura 5). Destacam-se sobretudo as NUTS III situadas na faixa litoral — o Baixo
Mondego, com resultados médios no intervalo entre 52% e 54%, e as sub-regiões do
Pinhal Litoral, Cávado e Ave, com resultados ligeiramente inferiores. No interior,
sobressai a Beira Interior Sul, com o melhor resultado médio alcançado no TI de
Ciências Naturais, e a sub-região da Cova da Beira. A RA dos Açores é a região que
apresenta resultados médios mais baixos, não ultrapassando 40%.
A ordenação relativa das NUTS III em valores índice referenciados à média nacional
(Figura 6) assinala as sub-regiões do Baixo Mondego e Beira Interior Sul com mais de
10 pontos positivos relativamente ao valor de referência. No extremo oposto
registam-se duas unidades territoriais com um desvio negativo inferior a 90 pontos —
Douro e RA dos Açores.
Fig. 5 – Distribuição dos resultados médios
por NUTS III – 2012
Ciências Naturais – 3.º ciclo do
ensino básico
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
70 _ 130
Beira Interior Sul
Baixo Mondego
Pinhal Litoral
Cávado
Cova da Beira
Ave
Médio Tejo
Entre Douro e Vouga
Dão-Lafões
Beira Interior Norte
Minho-Lima
Oeste
Alentejo Central
Grande Lisboa
Baixo Vouga
Grande Porto
Península de Setúbal
Pinhal Interior Sul
Lezíria do Tejo
Pinhal Interior Norte
PORTUGAL
Algarve
Baixo Alentejo
Madeira
Serra da Estrela
Tâmega
Alto Trás-os-Montes
Alentejo Litoral
Alto Alentejo
Douro
Açores 83,1
80
110,6
110,2
108,6
107,4
107,0
106,0
105,7
105,0
104,9
104,4
104,4
104,0
103,9
103,8
103,4
102,8
102,3
102,2
100,2
100,1
100,0
97,6
97,2
95,9
95,5
94,0
93,2
91,0
90,3
86,6
85
90
95
100
105
110
115
Fig. 6 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Ciências Naturais – 3.º ciclo do ensino básico
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
71 _ 130
Geografia – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano)
Na distribuição territorial dos resultados médios do TI de Geografia do ensino básico
assinala-se um elevado desempenho médio na zona litoral norte e centro, alcançando
algumas destas sub-regiões médias superiores a 56% — veja-se, em particular, as
sub—regiões da Cova da Beira, Pinhal Litoral e Baixo Mondego (Figura 7). Apenas oito
sub-regiões registam resultados médios negativos.
No TI de Geografia do 9.º ano, apenas uma sub-região (Cova da Beira) apresenta uma
diferença positiva superior a 10 pontos em valores índice relativamente ao valor de
referência (Figura 8). A RA dos Açores, o Alto Alentejo e a sub-região do Douro
apresentam, no outro extremo, uma posição relativa inferior a 90 pontos.
Fig. 7- Distribuição dos resultados médios
por NUTS III – 2012
Geografia – 3.º ciclo do ensino básico
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
72 _ 130
Cova da Beira
Baixo Mondego
Pinhal Litoral
Oeste
Cávado
Pinhal Interior Sul
Ave
Beira Interior Sul
Minho-Lima
Beira Interior Norte
Baixo Vouga
Médio Tejo
Grande Porto
Dão-Lafões
Grande Lisboa
Serra da Estrela
PORTUGAL
Pinhal Interior Norte
99,0
Entre Douro e Vouga
98,8
Alentejo Central
98,2
Baixo Alentejo
97,9
Tâmega
97,9
Lezíria do Tejo
97,3
Península de Setúbal
95,4
Madeira
94,0
Alto Trás-os-Montes
93,0
Algarve
92,8
Alentejo Litoral
91,9
Douro
89,9
Alto Alentejo
89,7
Açores 87,7
85
90
95
113,9
109,4
108,1
104,9
104,8
103,6
103,0
102,8
102,5
102,3
102,2
102,0
101,8
101,7
101,5
101,0
100,0
100
105
110
115
Fig. 8 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Geografia – 3.º ciclo do ensino básico
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
73 _ 130
História – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano)
Os resultados alcançados no TI da disciplina de História do 3.º ciclo não apresentam
uma variação territorial significativa, observando-se um padrão uniformemente
negativo (Figura 9). Das 30 unidades que compõem a malha territorial, apenas três
registam desempenhos acima de 50%. Neste grupo, destaque-se a sub-região do
Pinhal Litoral com uma média de resultados de 52%. A RA da Madeira e as sub-regiões
de Alto Trás-os-Montes, Douro e Alto Alentejo registam desempenhos muito negativos
— abaixo de 40%.
Aa ordenação de resultados das NUTS III tendo como referência a média nacional
(Figura 10) coloca três sub-regiões com 10 pontos em valor índice acima do valor de
referência (100) — Pinhal Litoral, Cova da Beira e Beira Interior Sul. As unidades
territoriais com desvios negativos mais afastados daquele valor são as RA da Madeira
e dos Açores, o Alto Trás-os-Montes, o Alto Alentejo e o Douro.
Fig. 9 – Distribuição dos resultados médios
por NUTS III – 2012
História – 3.º ciclo do ensino básico
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
74 _ 130
Pinhal Litoral
Cova da Beira
Beira Interior Sul
Baixo Mondego
Grande Lisboa
Oeste
Pinhal Interior Sul
Cávado
Lezíria do Tejo
Ave
Entre Douro e Vouga
Dão-Lafões
Grande Porto
Alentejo Central
Beira Interior Norte
Baixo Vouga
Pinhal Interior Norte
Baixo Alentejo
PORTUGAL
Minho-Lima
Serra da Estrela
Médio Tejo
Península de Setúbal
Tâmega
Alentejo Litoral
Algarve
Açores
Alto Trás-os-Montes
Alto Alentejo
Madeira
Douro
113,5
113,1
111,9
107,8
106,0
105,4
105,4
105,1
104,3
104,0
103,7
103,5
101,8
101,7
101,1
100,3
100,2
100,2
100,0
98,8
98,3
96,1
95,8
93,0
91,4
91,0
89,3
86,8
83,8
81,8
79,3
75
80
85
90
95
100
105
110
115
Fig. 10 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
História – 3.º ciclo do ensino básico
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
75 _ 130
Inglês – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano)
A distribuição territorial de resultados do TI de Inglês do 3.º ciclo mostra que apenas
duas sub-regiões apresentam desempenhos médios acima de 50% — Grande Lisboa e
Pinhal Litoral (Figura 11). Evidencia-se uma maior incidência de resultados médios
abaixo de 45% nas sub-regiões do interior.
No TI de Inglês do 9.º ano, apenas a sub-região da Grande Lisboa regista um desvio
positivo superior a 10 pontos em valores índice relativamente à média nacional
(Figura 12). Abaixo deste valor de referência encontra-se um elevado número de
unidades territoriais, apresentando algumas sub-regiões um afastamento expressivo
relativamente à média nacional (desvios negativos superiores a 20 pontos ou mais em
valor índice).
Fig.11 – Distribuição dos resultados médios por
NUTS III – 2012
Inglês – 3.º ciclo do ensino básico
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
76 _ 130
Grande Lisboa
Pinhal Litoral
Península de Setúbal
Grande Porto
Beira Interior Sul
Cova da Beira
Baixo Mondego
Algarve
Médio Tejo
Entre Douro e Vouga
Oeste
PORTUGAL
Baixo Vouga
Lezíria do Tejo
Serra da Estrela
Alentejo Central
Dão-Lafões
Alentejo Litoral
Cávado
Minho-Lima
Madeira
Baixo Alentejo
Ave
Beira Interior Norte
Pinhal Interior Norte
Açores
Alto Trás-os-Montes
Pinhal Interior Sul
Tâmega
73,3
Alto Alentejo
71,5
Douro 69,3
65
112,3
107,4
107,0
105,7
105,4
105,2
104,1
103,9
103,1
102,2
100,3
100,0
98,8
97,5
96,4
96,3
94,9
94,5
94,2
94,0
89,2
87,8
87,5
87,0
86,2
84,2
84,0
79,7
75
85
95
105
115
Fig. 12 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Inglês – 3.º ciclo do ensino básico
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
77 _ 130
Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano)
No TI de Língua Portuguesa realizado em 2012, apenas uma sub-região (Baixo
Mondego) apresenta desempenhos acima de 50% (Figura 13). A georreferenciação dos
resultados permite verificar que as unidades territoriais do sul de Portugal
continental e as RA da Madeira e dos Açores registam, globalmente, resultados
inferiores às restantes unidades do país.
Das 30 unidades territoriais, mais de metade apresenta resultados acima da média
nacional (Figura 14). Não se observam desvios significativos em relação ao valor
médio (iguais ou inferiores a 10 pontos), com exceção da RA dos Açores, que regista
um desvio negativo de cerca de 15 pontos.
Fig. 13 – Distribuição dos resultados médios
por NUTS III – 2012
Língua Portuguesa – 3.º ciclo do
ensino básico
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
78 _ 130
Baixo Mondego
Beira Interior Sul
Serra da Estrela
Dão-Lafões
Médio Tejo
Pinhal Litoral
Grande Porto
Douro
Entre Douro e Vouga
Cávado
Baixo Vouga
Beira Interior Norte
Lezíria do Tejo
Ave
Minho-Lima
Oeste
Alto Trás-os-Montes
Grande Lisboa
PORTUGAL
Alentejo Central
Cova da Beira
Alentejo Litoral
Pinhal Interior Sul
Pinhal Interior Norte
Península de Setúbal
Baixo Alentejo
Tâmega
Algarve
Madeira
Alto Alentejo
Açores
110,0
107,0
105,7
104,6
103,6
103,3
103,2
103,1
102,7
102,5
102,1
102,0
102,0
101,6
101,5
100,9
100,6
100,6
100,0
99,2
99,1
98,1
97,6
97,5
96,6
95,8
92,9
91,7
91,5
91,2
85,6
80
85
90
95
100
105
110
115
Fig. 14 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
79 _ 130
Matemática – 3.º ciclo do ensino básico (8.º e 9.º anos)
A georreferenciação dos resultados dos TI de Matemática do 3.º ciclo evidencia um
padrão regular de sinal negativo (Figura 15). Nenhuma das sub-regiões do país
alcança uma média de resultados positiva — apenas duas (Baixo Mondego e
Dão-Lafões) registam uma média máxima de 45%. O contínuo litoral centro e norte
apresenta melhores resultados por oposição à região sul, ao norte interior e às RA da
Madeira e dos Açores, com médias abaixo dos 35%.
A análise dos desempenhos das sub-regiões na escala ordenada de resultados por
referência à média nacional divide o país em duas partes iguais — 15 unidades
territoriais acima da média nacional e 15 unidades abaixo (Figura 16). Em extremos
opostos, as sub-regiões do Baixo Mondego, Dão Lafões, Pinhal Litoral e Beira Interior
Norte destacam-se pela positiva (valores superiores a 110 pontos) e, pela negativa,
com valores inferiores a 90 pontos, assinala-se a Península de Setúbal, o Alto
Alentejo e as RA da Madeira e dos Açores.
Fig. 15 – Distribuição dos resultados médios
por NUTS III – 2012
Matemática – 3.º ciclo do ensino
básico
Relatório Testes Intermédios 2012
Fonte: GAVE, 2012
80 _ 130
Baixo Mondego
Dão-Lafões
Pinhal Litoral
Beira Interior Norte
Minho-Lima
Médio Tejo
Cávado
Beira Interior Sul
Baixo Vouga
Entre Douro e Vouga
Grande Porto
Lezíria do Tejo
Ave
Oeste
Pinhal Interior Sul
PORTUGAL
Cova da Beira
Grande Lisboa
Pinhal Interior Norte
Serra da Estrela
Alto Trás-os-Montes
Alentejo Central
Algarve
Douro
Alentejo Litoral
Tâmega
Baixo Alentejo
Península de Setúbal
Alto Alentejo
Madeira
Açores 72,5
70
120,0
117,4
114,1
110,1
108,5
108,3
108,1
107,3
107,2
106,2
104,9
103,7
102,9
102,6
101,6
100,0
99,9
99,8
99,6
99,0
98,2
95,8
94,5
94,4
94,3
93,0
91,4
86,5
86,3
83,7
80
90
100
110
120
Fig. 16 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Matemática – 3.º ciclo do ensino básico
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
81 _ 130
Língua Portuguesa e Matemática – 3.º ciclo do ensino básico (9.º ano)
Considerando o facto de as disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática serem
as únicas do elenco de disciplinas do 3.º ciclo sujeitas a provas finais, procede-se a
uma análise comparativa dos resultados médios alcançados em 2012 nas diferentes
sub-regiões, tendo como referência os valores índices atrás apresentados.
A análise da Figura 17 permite identificar três conjuntos distintos de NUTS III a partir
da comparação de resultados entre as duas disciplinas.
O primeiro conjunto apresenta as sub-regiões que registam resultados superiores à
média nacional para ambas as disciplinas, ou seja, a posição relativa destas
sub-regiões na escala ordenada de resultados é superior ao valor de referência (100),
tanto para a disciplina de Matemática como para a disciplina de Língua Portuguesa.
Neste primeiro grupo, composto por 16 unidades territoriais, destacam-se as
sub-regiões do Pinhal Litoral, Baixo Mondego e Dão-Lafões, dado apresentarem
diferenças iguais ou superiores a 10 pontos na disciplina de Matemática. A maioria
das sub-regiões deste conjunto (15 unidades territoriais) apresenta valores de
referência superiores nesta disciplina.
Ainda neste primeiro conjunto, refira-se a única NUTS III (Lezíria do Tejo) com uma
posição oposta relativamente às restantes. Neste caso, os resultados em valor índice
são mais elevados na disciplina de Língua Portuguesa do que na disciplina de
Matemática, embora a diferença entre as duas disciplinas seja reduzida (dois pontos
em valor índice).
O segundo conjunto é composto pelas sub-regiões que assinalam resultados inferiores
à média nacional de 2012 nas duas disciplinas consideradas. Neste grupo, contam-se
11 sub-regiões, distinguindo-se as RA da Madeira e dos Açores e a Península de
Setúbal dado apresentarem de forma mais expressiva valores índice superiores na
disciplina de Língua Portuguesa (registam uma diferença de 10 ou mais pontos
relativamente ao valor índice alcançado para a disciplina de Matemática). Neste
segundo grupo, contrariamente ao verificado no primeiro, dez das 11 sub-regiões
apresentam valores superiores na disciplina de Língua Portuguesa. Apenas o Algarve,
neste conjunto, regista um resultado superior na disciplina de Matemática.
Finalmente, um terceiro conjunto é constituído pelas três sub-regiões que revelam
resultados de sinal contrário entre as duas provas. As sub-regiões da Serra da Estrela
e do Douro registam desempenhos acima do valor de referência (100) no TI de Língua
Portuguesa, mas abaixo no TI de Matemática; o Alentejo Litoral apresenta a situação
contrária, ou seja, resultados ligeiramente acima da média nacional no TI de
Matemática e abaixo no TI de Língua Portuguesa.
Relatório Testes Intermédios 2012
82 _ 130
Baixo Mondego
Beira Interior Sul
Serra da Estrela
Dão-Lafões
Matemática 9.º ano
Médio Tejo
Língua Portuguesa 9.º ano
Pinhal Litoral
Grande Porto
Douro
Entre Douro e Vouga
Cávado
Baixo Vouga
Beira Interior Norte
Lezíria do Tejo
Ave
Minho-Lima
Oeste
Alto Trás-os-Montes
Grande Lisboa
Alentejo Central
Cova da Beira
Alentejo Litoral
Pinhal Interior Sul
Pinhal Interior Norte
Península de Setúbal
Baixo Alentejo
Tâmega
Algarve
Madeira
Alto Alentejo
Açores
-30,0
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
Fig. 17 - Diferença entre o valor índice da NUTS III e o índice 100 - 2012
Resultados dos testes de Língua Portuguesa e de Matemática - 9.º ano de escolaridade
(Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
83 _ 130
Biologia e Geologia – ensino secundário (10.º e 11.º anos)
A distribuição de resultados dos TI de Biologia e Geologia apresenta uma baixa
amplitude de resultados entre as diferentes unidades territoriais (Figura 18). Perto
de metade das sub-regiões (13) regista um desempenho médio não superior a 9,5
valores, encontrando-se estas maioritariamente concentradas na região do Alentejo e
no norte interior. Nas duas maiores áreas urbanas (Grande Lisboa e Grande Porto) e
em três sub-regiões — Baixo Mondego, Entre Douro e Vouga e Dão-Lafões —,
observam-se médias positivas situadas no intervalo entre 10 e 10,5 valores.
A ordenação relativa de resultados com referência à média nacional assinala também
a menor dispersão de resultados relativamente ao valor de referência (100) (Figura
19). Somente a sub-região da Serra da Estrela regista um valor ligeiramente inferior a
90 pontos relativamente à média nacional.
Fig. 18 – Distribuição dos resultados médios
por NUTS III – 2012
Biologia e Geologia – ensino
secundário
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
84 _ 130
Baixo Mondego
Dão-Lafões
Entre Douro e Vouga
Grande Porto
Grande Lisboa
Médio Tejo
Cova da Beira
Minho-Lima
Pinhal Interior Sul
Pinhal Litoral
Baixo Vouga
Beira Interior Sul
Ave
PORTUGAL
Algarve
Oeste
Cávado
Alto Trás-os-Montes
Península de Setúbal
Alentejo Litoral
Beira Interior Norte
Tâmega
Madeira
Douro
Baixo Alentejo
Pinhal Interior Norte
Alentejo Central
Alto Alentejo
Lezíria do Tejo
Açores
Serra da Estrela
85,0
107,7
105,1
104,0
103,8
103,7
102,0
101,8
101,4
101,1
100,7
100,6
100,4
100,2
100,0
99,7
99,1
99,0
98,8
97,6
97,2
97,0
96,7
96,7
96,3
95,8
95,7
95,5
95,4
91,4
90,6
89,7
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
Fig. 19 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Biologia e Geologia – ensino secundário (10.º e 11.º anos)
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
85 _ 130
Filosofia – ensino secundário (11.º ano)
O TI de Filosofia apresenta uma fraca variabilidade regional de resultados, pois estes
resultados variam entre os 12 e os 9 valores (Figura 20). Apenas três NUTS registam
resultados médios negativos — Alentejo Litoral, Alentejo Central e Douro. No
extremo oposto destaca-se o Alto Alentejo e três sub-regiões que registam
regularmente resultados médios acima da média nacional — Pinhal Litoral, Baixo
Mondego e Dão-Lafões.
A escala ordenada de resultados destaca as unidades territoriais de Dão-Lafões e
Baixo Mondego com um desvio positivo de cerca de 10 pontos relativamente ao
referente nacional (Figura 21). No outro extremo da escala, quatro sub-regiões
evidenciam resultados em valor índice abaixo de 90 pontos — RA dos Açores, Alentejo
Central, Douro e Alentejo Litoral.
Fig. 20 – Distribuição dos resultados
médios por NUTS III – 2012
Filosofia – ensino secundário
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
86 _ 130
Dão-Lafões
110,6
Baixo Mondego
110,0
Alto Alentejo
108,3
Pinhal Litoral
107,1
Grande Lisboa
103,5
Tâmega
102,9
Médio Tejo
102,8
Entre Douro e Vouga
101,6
Baixo Vouga
101,4
Beira Interior Norte
101,1
Cávado
101,0
Baixo Alentejo
100,1
PORTUGAL
100,0
Lezíria do Tejo
99,5
Pinhal Interior Norte
99,5
Ave
99,3
Serra da Estrela
98,6
Minho-Lima
98,3
Beira Interior Sul
98,3
Alto Trás-os-Montes
97,3
Península de Setúbal
97,0
Pinhal Interior Sul
96,9
Grande Porto
96,8
Madeira
96,5
Oeste
96,2
Algarve
94,3
Cova da Beira
92,3
Alentejo Litoral
88,2
Douro
87,8
Alentejo Central
86,0
Açores 81,9
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
115,0
Fig. 21 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III – 2012
Filosofia – ensino secundário
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
87 _ 130
Física e Química A – ensino secundário (10.º e 11.º anos)
Os resultados médios obtidos nos TI de Física e Química A de 2012 assinalam uma
reduzida amplitude de classificações quando se georreferenciam os resultados pelas
NUTS III. Os desempenhos médios não ultrapassam os 8,5 valores, encontrando-se a
maioria das unidades territoriais no intervalo entre 7 e 8 valores (Figura 22).
A análise da posição relativa das NUTS III na escala ordenada de resultados regista
duas sub-regiões com um desvio positivo superior a 10 pontos relativamente à média
nacional — Baixo Mondego e Dão-Lafões (Figura 23). As unidades territoriais do Pinhal
Interior Norte, RA da Madeira e Alto Alentejo registam, pelo contrário, resultados em
valor índice abaixo de 90 pontos.
Fig. 22 – Distribuição dos resultados médios
por NUTS III – 2012
Física e Química A – ensino
secundário
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
88 _ 130
Baixo Mondego
Dão-Lafões
Grande Porto
Beira Interior Sul
Entre Douro e Vouga
Oeste
Baixo Vouga
Médio Tejo
Cova da Beira
Minho-Lima
Grande Lisboa
Serra da Estrela
Pinhal Interior Sul
PORTUGAL
Ave
Pinhal Litoral
Lezíria do Tejo
Alto Trás-os-Montes
Cávado
Algarve
Beira Interior Norte
Tâmega
Península de Setúbal
Alentejo Central
Baixo Alentejo
Douro
Açores
Alentejo Litoral
Pinhal Interior Norte
Madeira
Alto Alentejo
113,7
110,8
108,8
106,5
104,6
104,5
103,0
102,2
101,8
101,7
101,5
101,3
100,1
100,0
98,6
98,4
98,1
97,6
97,2
97,1
96,7
96,4
95,3
94,7
94,6
92,6
92,3
92,2
89,5
88,4
84,7
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
115,0
Fig. 23 – Distribuição dos resultados médios NUTS III – 2012
Física e Química A – ensino secundário (10.º e 11.º anos)
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
89 _ 130
Português – ensino secundário (12.º ano)
O TI de Português do 12.º ano não regista médias inferiores a 10 valores em nenhuma
das NUTS III de Portugal continental. A maioria das sub-regiões apresenta
classificações médias entre 11,0 e 11,5 valores. O litoral norte — Minho-Lima,
Cávado, Grande Porto, Baixo Mondego — e duas regiões do centro norte — Dão-Lafões
e Serra da Estrela — destacam-se com médias próximas dos 12 valores. Somente as
RA da Madeira e dos Açores assinalam valores médios inferiores a 10.
A escala ordenada de resultados dá conta das únicas duas regiões com valores índice
inferiores a 90 pontos (RA da Madeira e dos Açores). A maioria das sub-regiões (19)
situa-se acima do valor de referência (100), mas a pouca distância do referente
nacional. Dão-Lafões é a unidade territorial que apresenta a maior variação positiva
de resultados relativamente à média nacional, com mais de 7 pontos em valor índice.
Fig. 24 – Distribuição dos resultados médios
por NUTS III – 2012
Português - ensino secundário
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
90 _ 130
Dão-Lafões
Baixo Mondego
Serra da Estrela
Grande Porto
Cávado
Minho-Lima
Médio Tejo
Alto Trás-os-Montes
Baixo Alentejo
Alto Alentejo
Cova da Beira
Pinhal Interior Sul
Beira Interior Sul
Alentejo Central
Douro
Grande Lisboa
Lezíria do Tejo
Entre Douro e Vouga
Oeste
PORTUGAL
Baixo Vouga
Ave
Beira Interior Norte
Pinhal Litoral
Península de Setúbal
Tâmega
Alentejo Litoral
Algarve
Pinhal Interior Norte
Madeira
Açores
107,4
106,9
106,6
105,6
105,5
105,1
103,3
102,8
102,5
102,4
102,2
102,2
101,9
101,1
100,9
100,8
100,7
100,4
100,2
100,0
99,7
99,6
99,3
99,0
97,5
96,7
95,2
94,3
92,5
88,8
83,8
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
Fig. 25 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III — 2012
Português – ensino secundário
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
91 _ 130
Matemática A – ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º anos)
A faixa litoral centro e norte, com destaque para o Baixo Mondego, a sub-região de
Dão-Lafões, bem como, no interior do país, a sub-região da Beira Interior Sul
apresentam as melhores classificações médias na distribuição territorial de
resultados dos TI de Matemática do ensino secundário (Figura 26). Excluindo a faixa
litoral norte, a georreferenciação aponta para uma dispersão dos resultados médios
das várias NUTS em torno dos 9 valores. Somente uma sub-região regista resultados
abaixo de 8 valores — Alto Alentejo.
A ordenação das 30 unidades territoriais em valor índice dá conta da reduzida
dispersão de resultados médios das NUTS III (Figura 27). Somente duas sub-regiões
registam valores superiores a 10 pontos positivos (Baixo Mondego e Beira Interior
Sul). O Alto Alentejo é a sub-região que assinala um maior desvio negativo no
conjunto de três unidades com valores abaixo de 90 pontos — Alto Alentejo, Pinhal
Interior Sul e Douro.
Fig. 26 – Distribuição dos resultados médios
por NUTS III – 2012
Matemática A - ensino secundário
Relatório Testes Intermédios 2012
Fonte: GAVE, 2012
92 _ 130
Baixo Mondego
Beira Interior Sul
Dão-Lafões
Minho-Lima
Entre Douro e Vouga
Pinhal Litoral
Grande Porto
Baixo Alentejo
Baixo Vouga
Grande Lisboa
Médio Tejo
Ave
Serra da Estrela
Oeste
Beira Interior Norte
Alto Trás-os-Montes
PORTUGAL
Cova da Beira
Cávado
Algarve
Açores
Alentejo Litoral
Madeira
Tâmega
Alentejo Central
Pinhal Interior Norte
Península de Setúbal
Lezíria do Tejo
Douro
Pinhal Interior Sul
Alto Alentejo
111,2
110,4
109,9
107,0
106,8
104,6
104,6
104,0
103,8
103,8
102,4
102,3
101,8
101,4
100,6
100,3
100,0
99,7
99,5
97,6
95,9
95,6
94,1
94,0
93,9
93,0
92,8
92,7
89,1
89,1
83,7
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
110,0
115,0
Fig. 27 – Distribuição dos resultados médios por NUTS III — 2012
Matemática A – ensino secundário
(10.º, 11.º e 12.º anos)
Valores índice (Média nacional = 100)
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
93 _ 130
Tendência de evolução dos resultados. Posição relativa das NUTS III no contexto
nacional
À semelhança da apresentação de resultados dos TI realizada no relatório do ano
anterior, procedeu-se à análise dos resultados alcançados em 2012 tendo por
referência a variação anual das classificações entre 2009 e 2012 nas sub-regiões NUTS
III7. Optou-se por considerar as aplicações dos testes intermédios cujo objeto de
avaliação é o que mais se assemelha ao definido para o exame nacional
correspondente. Nesse sentido, considerou-se a aplicação do segundo e último TI de
Matemática A (12.º ano), realizado em maio de 2012.
A variação foi calculada, para cada sub-região, com base nos resultados médios
obtidos pelas escolas nos dois anos letivos em análise — 2008/2009 e 2011/2012 —,
tendo sido efetuada uma normalização das médias por referência à média nacional
(Portugal = 100)8.
Na maior parte das sub-regiões, existe uma diferença, entre um ano letivo e o outro,
no universo das escolas que participam no projeto dos Testes Intermédios, na medida
em que se verificou, nos três últimos anos letivos, a adesão de novas escolas ao
projeto.
Refira-se, ainda, que nas sub-regiões em que o número de escolas e/ou o número de
alunos é diminuto, a variação dos resultados pode ser amplificada, quer no sentido
positivo, quer no negativo, devendo a leitura e a interpretação dos resultados ter
este dado em linha de conta.
7
8
Nos casos em que a não devolução de resultados por parte de algumas escolas, em 2009, comprometeu
a representatividade da sub-região a que pertencem, a análise da evolução dos resultados entre 2009
e 2012 não foi efetuada para essa mesma sub-região. Esta é a razão pela qual a análise considera, em
algumas situações, 29 NUTS III e, noutras, 30.
No ano letivo de 2008/2009, para as disciplinas de Biologia e Geologia e de Física e Química A,
consideraram-se os resultados dos testes relativos ao segundo ano de lecionação.
Relatório Testes Intermédios 2012
94 _ 130
Língua Portuguesa – 9.º ano
A posição relativa das sub-regiões tendo em conta os dois parâmetros mencionados
(relação entre a média alcançada em 2012 e a variação de resultados entre 2010 e
2012 em valores índice)9 apresenta, no TI de Língua Portuguesa, uma tendência
global para a concentração das NUTS III junto aos eixos (Figura 29). Esta tendência
evidencia, por um lado, uma menor variação da posição relativa das unidades
territoriais entre 2010 e 2012 e, por outro lado, classificações médias próximas da
média nacional de 2012.
O posicionamento das RA da Madeira e dos Açores revela, contudo, exceções à
tendência geral. A RA da Madeira evidencia uma progressão clara relativamente à
posição relativa obtida em 2010 (variação positiva próxima de 10 pontos em valor
índice), embora ainda abaixo da média nacional atingida em 2012 (quadrante
superior esquerdo). A posição ocupada pela RA dos Açores traduz resultados menos
satisfatórios. O resultado médio alcançado pela RA dos Açores distancia-se da média
nacional de 2012, e a variação média em valor índice é negativa (-5 pontos) entre
2010 e 2012.
Fig. 28 – Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados
2010-2012 e da média obtida em 2012
Língua Portuguesa – 9.º ano
Fonte: GAVE, 2012
9
O TI da disciplina de Língua Portuguesa só apresenta resultados a partir de 2010.
Relatório Testes Intermédios 2012
95 _ 130
Matemática – 9.º ano
A posição relativa das NUTS III tendo por referência os resultados normalizados em
valores índice relativamente à média nacional de 2012 (eixo vertical) e a comparação
destes valores com os obtidos em 2009 (eixo horizontal) resulta, no caso do TI de
Matemática do 9.º ano, numa representação gráfica com maior concentração de
unidades territoriais em dois dos quatro quadrantes (Figura 28). O quadrante superior
direito posiciona o conjunto de NUTS III que, alcançando resultados acima da média
nacional em 2012, apresenta também uma progressão da sua posição relativa na
escala ordenada dos resultados comparativamente com 2009. Neste grupo,
encontram-se 13 sub-regiões, sobressaindo o Baixo Mondego, com 12 pontos em valor
índice acima da média nacional e, cumulativamente, com uma variação positiva
entre 2009 e 2012 (+ 10 pontos em valor índice). Ainda neste quadrante, mas no seu
limiar inferior, situam-se três unidades territoriais (Oeste, Alto Trás-os-Montes e
Baixo Vouga) que, registando uma média superior à média nacional em 2012, não
apresentam, em termos relativos, variações significativas relativamente à média
nacional obtida em 2009.
Relatório Testes Intermédios 2012
96 _ 130
O segundo quadrante com maior número de sub-regiões concentra as que,
apresentando uma média inferior à média nacional em 2012, assinalam
cumulativamente uma regressão relativamente à posição ocupada em 2009. Com este
perfil de classificações encontram-se nove unidades territoriais — quadrante inferior
esquerdo.
Fig. 29 – Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados
2009-2012 e da média obtida em 2012
Matemática – 9.º ano
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
97 _ 130
Biologia e Geologia – 11.º ano
A tendência para a localização das sub-regiões junto aos eixos, evidenciando
reduzidas variações na posição relativa das NUTS entre os dois anos, pode também
ser observada para os resultados do TI de Biologia e Geologia (Figura 30). Neste caso,
embora as variações entre 2009 e 2012 sejam pouco acentuadas, registam-se, ainda
assim, 13 sub-regiões com variações negativas (quadrante inferior esquerdo).
Sobressai, com uma evolução positiva, a sub-região do Pinhal Interior Sul, que
assinala, cumulativamente, classificações médias superiores à média nacional de
2012 e uma variação positiva (10 pontos em valor índice) da sua posição relativa
entre 2009 e 2012.
Fig. 30 – Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012 e
da média obtida em 2012
Biologia e Geologia – 11.º ano
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
98 _ 130
Física e Química A – 11.º ano
A representação gráfica em quadrantes tendo por referência os resultados do TI de
Física e Química do 11.º ano, destaca, sobretudo, uma variação positiva das
sub-regiões relativamente à média nacional de 2009 (Figura 31). Das 30 sub-regiões
que integram as NUTS III, somente 10 apresentam uma variação negativa entre os
dois anos de referência. O Baixo Mondego e o Oeste são as unidades territoriais que
registam melhores desempenhos — reúnem, simultaneamente, variações positivas
entre 2009 e 2012 e classificações significativamente acima da média nacional de
2012.
Apenas uma sub-região (Grande Lisboa) se situa no quadrante inferior direito, o que
significa que apenas esta unidade territorial, embora demonstrando uma
classificação acima da média nacional de 2012, regista, ainda assim, uma variação
negativa em valores índice, quando comparados os resultados entre 2009 e 2012.
Fig. 31- Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados 2009-2012
e da média obtida em 2012
Física e Química A – 11.º ano
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
99 _ 130
Matemática A – 12.º ano
A distribuição dos resultados em valor índice do TI de Matemática do 12.º ano
produz, à semelhança de 2011, efeitos assimétricos na representação da posição
relativa das sub-regiões em quadrantes (Figura 32). Esta assimetria resulta, por um
lado, do menor número de unidades territoriais com classificações médias acima da
média nacional de 2012 e, por outro lado, da acentuada variação entre 2009 e 2012
da sub-região da Beira Interior Sul — cerca de 20 pontos positivos em valor índice,
comparativamente com a posição relativa ocupada em 2009.
Registe-se ainda a proximidade de um conjunto assinalável de unidades territoriais
junto ao eixo horizontal, evidenciando, desta forma, a reduzida variação das
posições ocupadas relativamente às médias nacionais obtidas nos dois anos
considerados.
Fig. 32 – Posição relativa das NUTS III em função da variação dos resultados
2009-2012 e da média obtida em 2012
Matemática A – 12.º ano de escolaridade
Fonte: GAVE, 2012
Relatório Testes Intermédios 2012
100 _ 130
CONCLUSÃO
As considerações apresentadas nesta 4.ª edição do relatório anual do projeto TI, à
semelhança de anos anteriores, ficam, à partida, limitadas pelo facto de estarem
alicerçadas na análise de resultados de um único teste, com características
específicas − provas de «papel e lápis», de duração limitada.
Todavia, o acumular, em anos sucessivos, de resultados de testes que, embora
sempre originais, têm uma estrutura e características específicas, em regra,
constantes, e a regularidade e o detalhe da informação que todos os anos é
transmitida às escolas permitem, neste momento, inferir que algumas fragilidades de
aprendizagem identificadas para cada disciplina apresentam um carácter recorrente.
De facto, as conclusões que se divulgam revelam, por um lado, a manutenção de
dificuldades em desempenhos específicos de algumas áreas disciplinares e, por outro
lado, a persistência de fragilidades ao nível de desempenhos de âmbito transversal
ao currículo.
Ao fim de vários anos de projeto, parece não haver ainda evidências consistentes que
indiciem sinais de superação clara das dificuldades de aprendizagem relativas a
capacidades estruturantes e transversais ao currículo, principalmente nos resultados
obtidos em disciplinas com um histórico de aplicações mais longo (pelo menos 3 anos
− Matemática A, Biologia e Geologia e Física e Química A, no ensino secundário,
Português e Matemática, no 3.º ciclo do ensino básico).
Também se mantêm sem alterações dignas de registo os padrões regionais da
distribuição dos resultados, podendo apenas assinalar-se que, em alguns casos, a
dispersão regional dos resultados foi menor do que a habitual (por exemplo, em
Língua Portuguesa, 3.º ciclo do ensino básico, e em Biologia e Geologia, ensino
secundário).
A análise efetuada no presente relatório confirma que o elenco das fragilidades de
âmbito geral e estruturante dos percursos escolares dos alunos é identificado muito
precocemente, logo no 2.º ano de escolaridade. Os resultados dos TI de 2012
permitem, mais uma vez, identificar dificuldades em áreas críticas da aprendizagem,
estruturantes para os percursos escolares dos alunos, tanto nas disciplinas de
Português e de Matemática como na generalidade das disciplinas dos diferentes ciclos
de ensino.
A título de exemplo, os problemas evidenciados na disciplina de Português ao nível
dos modelos processuais de escrita, da planificação, da textualização e da revisão e
reescrita de textos e no plano da correção ortográfica são recorrentemente
identificados como fragilidades ao longo do currículo em todas as disciplinas. Estas
dificuldades de aprendizagem revelam-se sempre que é solicitada a escrita de textos
que sustentem as respostas a itens de resposta construída, em particular extensa.
Relatório Testes Intermédios 2012
101 _ 130
As propostas de intervenção didática apresentadas no âmbito de disciplinas dos anos
mais avançados da escolaridade reiteram a necessidade de promover a leitura de
textos de carácter informativo como estratégia que contribua para desenvolver as
capacidades de estruturação e de organização de informação mais complexa. As
fragilidades nos domínios da organização e correção linguística são também referidas
na análise dos resultados de um grande número de disciplinas em que a mobilização
da escrita é essencial para a produção das respostas em contexto de teste/exame.
Acresce a este facto a dificuldade no uso rigoroso de vocabulário
específico/científico adequado a cada situação.
Em relação à disciplina de Matemática, aspetos como a utilização da visualização e
do raciocínio espacial na análise de situações ou a resolução de problemas são desde
cedo diagnosticados como fragilidades que se replicam e, em regra, se agudizam ao
longo de toda a escolaridade. Estes aspetos estão reconhecidamente presentes no 3.º
ciclo do ensino básico, bem como no ensino secundário, na disciplina de Matemática
e também em Física e Química A.
Na área das ciências naturais, reforça-se a importância de promover uma
aprendizagem construída em contextos de atividade experimental, conducentes ao
desenvolvimento de capacidades de observação e de interpretação de resultados. Em
regra, quer no 3.º ciclo do ensino básico (Físico-Química e Ciências Naturais), quer no
ensino secundário (Biologia e Geologia e Física e Química A), os itens que se
relacionam com o domínio experimental destas ciências evidenciam resultados pouco
satisfatórios.
Também de forma geral, a análise e interpretação de representações gráficas e
cartográficas continua a constituir uma área da aprendizagem a necessitar da
prossecução de estratégias que promovam uma melhoria dos resultados.
São de registar ainda algumas evidências de que muitos alunos mantêm dificuldades
na identificação do objetivo de cada item e na consequente planificação da resposta.
Esta fragilidade estará associada à incapacidade de reconhecer corretamente o
significado dos verbos de comando dos itens, pelo que muitas das respostas se
revelam total ou parcialmente desadequadas ou incompletas, penalizando
fortemente os resultados de cada item e dos testes no seu todo.
A análise estatística da distribuição dos resultados por NUTS III evidencia um padrão
geográfico semelhante ao observado desde o primeiro relatório (2009), tanto nas
disciplinas do 3.º ciclo do ensino básico, como nas disciplinas do ensino secundário: o
Baixo Mondego e, de forma menos sistemática, a restante região Centro, as áreas
metropolitanas de Lisboa e do Porto, e o Norte, em particular o Norte Litoral, são as
regiões em que os alunos apresentam, em geral, melhores desempenhos. Com sinal
oposto, encontramos as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, o Sul (Algarve e
Alentejo) e, pontualmente, o Norte Interior (Alto Trás-os-Montes, Douro e Tâmega).
Relatório Testes Intermédios 2012
102 _ 130
Este padrão de distribuição territorial de resultados é também comum aos testes
aplicados no 2.º ano do 1.º ciclo do ensino básico em Português e em Matemática,
embora se verifiquem assimetrias menos acentuadas entre as sub-regiões do que as
verificadas nos outros ciclos de escolaridade (à semelhança do que se registou em
2011, no primeiro ano de aplicação destes testes). Observa-se uma fraca
variabilidade regional dos desempenhos no âmbito da Compreensão do Oral, em
Português, e repete-se o padrão de distribuição espacial marcado por uma clivagem
entre as regiões Norte e Centro e o resto do país nas restantes áreas de
aprendizagem (Escrita e Conhecimento Explícito da Língua, na disciplina de
Português, e, genericamente, em todos os domínios e áreas temáticas da disciplina
de Matemática).
Como notas finais, reitera-se a necessidade de um crescente e consistente empenho
dos professores e das famílias no acompanhamento dos alunos em todos os contextos
em que se concretiza a sua aprendizagem, dentro e fora da sala de aula, dentro e
fora da escola, de forma a garantir que a aplicação continuada deste programa de
avaliação, com testes em condições de aplicação muito particulares – sem
implicações na progressão dos alunos, realizados em ambiente de sala de aula e ao
longo do ano letivo –, que visa, entre outros propósitos, uma efetiva regulação e
melhoria da aprendizagem, possa contribuir para o sucesso generalizado.
Além disso, para uma melhoria sustentada da aprendizagem dos alunos, será de
valorizar a importância do trabalho autónomo, do trabalho em pares ou em pequenos
grupos, na sala de aula ou fora dela, e a promoção de estratégias de autorregulação
da aprendizagem (área em que é crucial o envolvimento das famílias). Acresce a
necessidade de se assegurar em cada escola uma efetiva atuação concertada dos
professores no âmbito do desenvolvimento de estratégias conducentes à superação
das dificuldades de aprendizagem estruturantes e transversais ao currículo.
Por último, importa sublinhar a menor adesão aos testes das disciplinas do 3.º ciclo
que não estão sujeitas a provas finais. Embora caiba, como se sabe, a cada escola a
definição do elenco de TI em que quer participar, este facto deverá, no entanto,
merecer reflexão se, entre outros aspetos, atendermos ao quadro de prolongamento
da escolaridade obrigatória até ao final do ensino secundário, em conjugação com os
registos de significativas dificuldades de aprendizagem à entrada do 10.º ano de
escolaridade.
Esta é uma observação que se quer deixar à consideração das escolas e dos
professores, na convicção de que uma avaliação sistemática e partilhada do
desenvolvimento deste projeto, nas suas diversas vertentes, é um dos processos que
mais poderá contribuir para a elevação dos standards de aprendizagem dos alunos.
Relatório Testes Intermédios 2012
103 _ 130
ANEXOS
Relatório Testes Intermédios 2012
104 _ 130
ANEXO 1
Relatório Testes Intermédios 2012
105 _ 130
ANEXO 2
Resultados médios por domínios – 2012. Língua Portuguesa – 1.º ciclo do ensino básico
Relatório Testes Intermédios 2012
106 _ 130
TI Língua Portuguesa 2.º ano - AÇORES (em %)
100%
75%
50%
86,8
50,0
59,7
75,4
28,4
25%
0%
29,2
12,3
0,9
Compreensão do Oral
20,3
21,5
11,1
4,3
Leitura
Satisfaz bem
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - MADEIRA (em %)
100%
75%
50%
90,8
26,3
25%
0%
56,8
64,7
80,6
27,7
8,1
1,2
Compreensão do Oral
17,1
2,3
Leitura
Satisfaz bem
16,9
7,6
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - MINHO-LIMA (em %)
100%
75%
50%
90,3
27,6
25%
0%
54,3
67,6
82,6
24,8
8,5
1,2
Compreensão do Oral
Satisfaz bem
Relatório Testes Intermédios 2012
14,0
3,4
Leitura
18,1
7,6
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
107 _ 130
TI Língua Portuguesa 2.º ano - CÁVADO (em %)
100%
75%
50%
86,8
93,7
58,8
74,3
26,5
25%
0%
5,9
0,4
Compreensão do Oral
10,7
2,4
Leitura
Satisfaz bem
19,4
6,3
14,6
Conhecimento Explícito
da Língua
Escrita
Satisfaz
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - AVE (em %)
100%
75%
50%
91,3
94,5
65,1
78,9
25%
0%
24,0
4,8
0,7
Compreensão do Oral
6,8
1,9
Leitura
Satisfaz bem
16,2
5,0
10,9
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - GRANDE PORTO (em %)
100%
75%
50%
94,3
25,8
25%
0%
59,6
73,4
87,5
20,0
4,7
1,0
Compreensão do Oral
Satisfaz bem
Relatório Testes Intermédios 2012
9,4
3,0
Leitura
6,6
14,7
Conhecimento Explícito
da Língua
Escrita
Satisfaz
Não satisfaz
108 _ 130
TI Língua Portuguesa 2.º ano - TÂMEGA (em %)
100%
75%
50%
92,4
26,4
25%
0%
57,3
71,9
85,9
21,1
6,7
0,8
Compreensão do Oral
11,2
2,9
Leitura
Satisfaz bem
16,3
7,0
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - ENTRE DOURO E VOUGA (em %)
100%
75%
50%
59,4
77,1
88,9
92,9
28,7
25%
0%
6,2
0,9
Compreensão do Oral
8,9
2,2
Leitura
Satisfaz bem
17,3
5,5
11,9
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - DOURO (em %)
100%
75%
50%
92,5
25,0
25%
0%
57,0
72,9
85,5
6,1
1,3
Compreensão do Oral
Satisfaz bem
Relatório Testes Intermédios 2012
10,6
3,9
Leitura
20,0
18,0
7,1
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
109 _ 130
TI Língua Portuguesa 2.º ano - ALTO-TRÁS-OS-MONTES (em %)
100%
75%
50%
55,7
75,4
86,0
92,9
29,0
25%
0%
5,5
1,6
Compreensão do Oral
10,4
3,6
Leitura
Satisfaz bem
17,3
7,3
15,3
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - BAIXO VOUGA (em %)
100%
75%
50%
85,3
92,8
26,8
25%
0%
55,6
70,2
21,5
6,5
0,7
Compreensão do Oral
11,1
3,6
Leitura
Satisfaz bem
17,6
8,3
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - BAIXO MONDEGO (em %)
100%
75%
50%
88,1
94,7
59,5
74,4
25,9
25%
0%
4,5
0,7
Compreensão do Oral
Satisfaz bem
Relatório Testes Intermédios 2012
9,4
2,5
Leitura
20,2
14,6
5,4
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
110 _ 130
TI Língua Portuguesa 2.º ano - PINHAL LITORAL (em %)
100%
75%
62,4
72,6
50%
90,1
93,1
25%
25,1
22,0
0%
6,3
0,6
Compreensão do Oral
8,2
1,7
Leitura
Satisfaz bem
5,4
12,5
Conhecimento Explícito
da Língua
Escrita
Satisfaz
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - PINHAL INTERIOR NORTE (em %)
100%
75%
56,2
68,2
50%
86,7
92,7
31,6
25%
0%
26,2
6,9
0,3
Compreensão do Oral
11,8
1,5
Leitura
Satisfaz bem
5,5
12,1
Conhecimento Explícito
da Língua
Escrita
Satisfaz
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - PINHAL INTERIOR SUL (em %)
100%
75%
50%
82,7
87,4
34,6
25%
0%
49,8
64,5
27,7
11,3
1,3
Compreensão do Oral
Satisfaz bem
Relatório Testes Intermédios 2012
13,9
3,5
Leitura
7,8
15,6
Conhecimento Explícito
da Língua
Escrita
Satisfaz
Não satisfaz
111 _ 130
TI Língua Portuguesa 2.º ano - DÃO-LAFÕES (em %)
100%
75%
50%
94,1
64,5
80,3
88,0
25%
0%
21,9
5,3
0,6
Compreensão do Oral
8,7
3,2
Leitura
Satisfaz bem
13,6
6,1
13,6
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - SERRA DA ESTRELA (em %)
100%
75%
50%
90,8
25%
0%
57,1
63,8
86,5
28,8
26,4
8,0
1,2
Compreensão do Oral
10,4
3,1
Leitura
Satisfaz bem
9,8
14,1
Conhecimento Explícito
da Língua
Escrita
Satisfaz
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - BEIRA INTERIOR NORTE (em %)
100%
75%
50%
92,0
25,4
25%
0%
57,5
74,4
83,9
7,6
0,4
Compreensão do Oral
Satisfaz bem
Relatório Testes Intermédios 2012
12,6
3,5
Leitura
17,5
17,1
8,0
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
112 _ 130
TI Língua Portuguesa 2.º ano - BEIRA INTERIOR SUL (em %)
100%
47,9
75%
50%
69,8
82,9
92,2
33,7
25%
0%
25,1
7,5
0,3
Compreensão do Oral
16,0
1,1
Leitura
Satisfaz bem
18,4
5,1
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - COVA DA BEIRA (em %)
100%
75%
50%
94,1
64,5
80,3
88,0
25%
0%
21,9
5,3
0,6
Compreensão do Oral
8,7
3,2
Leitura
Satisfaz bem
13,6
6,1
13,6
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - OESTE (em %)
100%
75%
50%
92,7
28,0
25%
0%
53,8
66,1
85,0
24,9
6,8
0,5
Compreensão do Oral
Satisfaz bem
Relatório Testes Intermédios 2012
11,2
3,8
Leitura
18,1
9,0
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
113 _ 130
TI Língua Portuguesa 2.º ano - MÉDIO TEJO (em %)
100%
75%
50%
94,4
58,7
73,1
87,2
27,9
25%
21,9
0%
5,2
0,3
Compreensão do Oral
10,7
2,1
Leitura
Satisfaz bem
5,0
13,5
Conhecimento Explícito
da Língua
Escrita
Satisfaz
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - GRANDE LISBOA (em %)
100%
75%
50%
83,7
92,8
26,3
25%
0%
55,7
66,5
23,9
6,4
0,8
Compreensão do Oral
11,9
4,4
Leitura
Satisfaz bem
9,6
18,0
Conhecimento Explícito
da Língua
Escrita
Satisfaz
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - PENÍNSULA DE SETÚBAL (em %)
100%
75%
50%
84,3
93,5
29,1
25%
0%
51,6
64,8
25,6
5,4
1,1
Compreensão do Oral
Satisfaz bem
Relatório Testes Intermédios 2012
11,6
4,1
Leitura
19,3
9,6
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
114 _ 130
TI Língua Portuguesa 2.º ano - LEZÍRIA DO TEJO (em %)
100%
75%
50%
52,0
60,9
79,3
90,0
27,2
25%
0%
27,0
8,8
1,2
Compreensão do Oral
14,6
6,1
Leitura
Satisfaz bem
20,8
12,0
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - ALENTEJO LITORAL (em %)
100%
75%
50%
46,6
58,2
84,0
91,3
31,3
27,8
25%
0%
8,2
0,5
Compreensão do Oral
13,2
2,8
Leitura
Satisfaz bem
14,1
22,1
Conhecimento Explícito
da Língua
Escrita
Satisfaz
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - ALTO ALENTEJO (em %)
100%
75%
50%
84,3
90,4
24,1
25%
0%
56,8
65,9
26,9
8,5
1,0
Compreensão do Oral
Satisfaz bem
Relatório Testes Intermédios 2012
12,1
3,6
Leitura
19,1
7,2
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
115 _ 130
TI Língua Portuguesa 2.º ano - ALENTEJO CENTRAL (em %)
100%
75%
50%
86,6
92,5
25%
0%
56,9
64,3
25,9
25,2
6,8
0,7
Compreensão do Oral
9,8
3,6
Leitura
Satisfaz bem
10,5
17,2
Conhecimento Explícito
da Língua
Escrita
Satisfaz
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - BAIXO ALENTEJO (em %)
100%
75%
50%
75,4
87,3
27,8
31,9
25%
0%
44,3
51,3
9,8
2,9
Compreensão do Oral
15,6
9,0
Leitura
Satisfaz bem
27,9
16,8
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
TI Língua Portuguesa 2.º ano - ALGARVE (em %)
100%
75%
50%
49,3
59,9
81,0
91,0
29,2
25%
0%
28,5
8,2
0,8
Compreensão do Oral
Satisfaz bem
Relatório Testes Intermédios 2012
14,0
5,1
Leitura
21,5
11,6
Conhecimento Explícito
da Língua
Satisfaz
Escrita
Não satisfaz
116 _ 130
Resultados médios por áreas temáticas – 2012. Matemática – 1.º ciclo do ensino básico
Relatório Testes Intermédios 2012
117 _ 130
TI Matemática 2.º ano - AÇORES (em %)
100%
16,1
75%
50%
9,9
29,0
13,6
37,7
29,1
49,3
54,8
38,1
29,8
17,8
19,9
47,6
50,8
61,0
25%
29,1
32,4
37,2
32,8
34,6
29,3
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Geometria e
Medida
Organização e
Tratamento de
Dados
0%
Conhecimento e Resolução de
Compreensão
Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Satisfaz
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - MADEIRA (em %)
100%
22,5
75%
50%
16,6
27,6
17,2
39,7
47,1
51,0
51,6
33,5
27,8
26,1
21,4
44,6
48,2
55,8
25%
25,9
25,1
31,8
26,8
29,3
30,4
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Geometria e
Medida
Organização e
Tratamento de
Dados
0%
Conhecimento e Resolução de
Compreensão
Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Satisfaz
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - MINHO-LIMA (em %)
100%
30,5
20,3
75%
21,3
35,8
50%
32,4
23,8
43,9
16,1
Conhecimento e Resolução de
Compreensão
Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Relatório Testes Intermédios 2012
31,7
30,7
47,6
52,8
50,0
53,3
25%
0%
47,2
54,3
21,9
28,7
20,4
20,6
16,5
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Geometria e
Medida
Organização e
Tratamento de
Dados
Satisfaz
Não Satisfaz
118 _ 130
TI Matemática 2.º ano - CÁVADO (em %)
100%
75%
33,4
24,8
24,7
36,7
50%
0%
38,5
Conhecimento e Resolução de
Compreensão
Problemas
de Conceitos
Matemáticos
45,8
52,2
15,1
17,9
14,1
Números e
Operações
Geometria e
Medida
Organização e
Tratamento de
Dados
31,8
24,5
12,5
33,7
50,6
54,1
25%
36,4
53,1
57,3
18,2
24,7
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Satisfaz Bem
Satisfaz
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - AVE (em %)
100%
75%
38,2
27,3
40,0
39,2
45,9
47,7
57,9
36,2
50%
50,4
52,0
25%
0%
31,3
59,9
24,3
28,8
36,5
9,8
Conhecimento e Resolução de
Compreensão
Problemas
de Conceitos
Matemáticos
15,8
18,3
13,3
14,0
13,1
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Geometria e
Medida
Organização e
Tratamento de
Dados
Satisfaz Bem
Satisfaz
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - GRANDE PORTO (em %)
100%
75%
32,6
22,7
38,0
50%
54,6
25%
0%
25,2
52,1
55,7
51,1
24,1
39,3
12,7
Conhecimento e Resolução de
Compreensão
Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Relatório Testes Intermédios 2012
32,0
35,0
33,4
47,6
49,9
20,2
23,8
15,9
17,4
16,7
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Geometria e
Medida
Organização e
Tratamento de
Dados
Satisfaz
Não Satisfaz
119 _ 130
TI Matemática 2.º ano - TÂMEGA (em %)
100%
75%
35,4
25,8
26,5
36,0
50%
50,6
51,3
25%
0%
54,3
58,9
29,8
22,9
37,5
13,3
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
37,4
37,6
45,0
47,7
18,3
23,6
15,8
17,6
14,8
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Geometria e
Medida
Organização e
Tratamento de
Dados
Satisfaz Bem
Satisfaz
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - ENTRE DOURO E VOUGA (em %)
100%
75%
35,5
24,1
24,3
32,0
48,5
54,9
16,1
13,1
36,8
50%
55,1
53,2
25%
0%
35,4
55,3
58,4
24,2
30,6
39,1
11,3
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
17,4
20,6
14,2
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz Bem
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - DOURO (em %)
100%
75%
41,7
57,5
63,1
35,2
50%
46,4
25%
0%
25,9
28,4
36,4
11,9
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Relatório Testes Intermédios 2012
43,6
38,8
41,9
47,9
14,6
13,3
50,5
27,2
20,6
16,4
23,5
15,3
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
120 _ 130
TI Matemática 2.º ano - ALTO-TRÁS-OS-MONTES (em %)
100%
75%
39,1
29,1
31,8
38,1
50%
44,4
40,8
41,7
45,7
14,0
13,5
49,5
49,5
21,4
25%
32,8
0%
56,5
60,3
11,5
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
29,1
18,3
18,7
14,4
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz Bem
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - BAIXO VOUGA (em %)
100%
26,8
20,7
24,9
75%
46,0
51,2
30,5
33,1
47,9
48,2
21,6
18,7
35,8
50%
49,0
55,9
33,7
25,8
25%
0%
43,5
17,3
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
23,0
26,2
20,3
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz Bem
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - BAIXO MONDEGO (em %)
100%
31,9
19,5
75%
26,0
32,7
35,9
48,6
47,8
18,7
16,4
51,3
57,0
37,4
50%
52,9
55,4
25%
0%
33,5
24,9
43,1
12,8
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Relatório Testes Intermédios 2012
18,2
21,1
15,2
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
121 _ 130
TI Matemática 2.º ano - PINHAL LITORAL (em %)
100%
30,4
20,4
22,5
75%
30,3
33,6
50,1
49,8
19,6
16,5
50,0
53,0
35,6
50%
54,3
56,1
25%
0%
27,1
33,4
44,0
13,6
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
19,8
23,2
16,6
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz Bem
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - PINHAL INTERIOR NORTE (em %)
100%
21,1
75%
50%
14,2
33,6
17,3
56,7
61,1
27,9
52,6
51,7
23,9
20,4
37,0
27,2
52,2
25%
0%
23,5
40,6
47,1
17,8
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
25,7
26,0
22,4
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz Bem
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - PINHAL INTERIOR SUL (em %)
100%
20,1
75%
50%
38,4
18,3
20,1
27,5
59,4
48,5
20,5
24,0
44,1
53,3
54,1
65,5
38,4
24,9
25%
0%
13,5
48,0
14,4
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Relatório Testes Intermédios 2012
21,8
27,5
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Satisfaz
17,5
Números e
Operações
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
122 _ 130
TI Matemática 2.º ano - DÃO-LAFÕES (em %)
100%
75%
40,9
29,1
31,1
60,6
64,0
39,3
50%
40,1
42,1
46,2
13,4
13,7
50,9
49,1
25%
27,8
21,2
31,6
0%
44,5
10,1
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
14,8
18,0
11,6
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz Bem
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - SERRA DA ESTRELA (em %)
100%
15,8
75%
5,3
10,5
39,5
42,1
26,3
21,1
23,7
47,4
55,3
57,9
26,3
23,7
18,4
52,6
50%
68,4
52,6
25%
0%
28,9
15,8
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
31,6
36,8
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Satisfaz Bem
Satisfaz
Números e
Operações
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - BEIRA INTERIOR NORTE (em %)
100%
75%
31,3
23,8
24,1
36,8
50%
50,8
57,8
0%
39,4
11,0
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Relatório Testes Intermédios 2012
36,7
50,2
48,6
17,3
14,8
34,0
23,7
25%
32,5
53,2
59,4
17,0
25,1
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Satisfaz
12,9
Números e
Operações
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
123 _ 130
TI Matemática 2.º ano - BEIRA INTERIOR SUL (em %)
100%
26,5
18,4
26,7
75%
57,2
34,8
50%
0%
48,9
59,1
25%
27,5
42,5
24,3
46,8
14,4
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
18,4
24,3
18,2
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz Bem
53,2
39,3
Satisfaz
19,3
34,5
51,6
13,9
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - COVA DA BEIRA (em %)
100%
26,5
18,4
75%
34,8
50%
57,2
42,5
48,9
59,1
25%
0%
26,7
46,8
14,4
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
39,3
24,3
18,4
24,3
18,2
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz Bem
Satisfaz
27,5
53,2
19,3
34,5
51,6
13,9
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - OESTE (em %)
100%
26,3
17,6
19,9
44,4
47,9
75%
27,1
28,5
49,3
52,7
23,6
18,8
33,8
50%
25%
0%
52,8
56,2
26,8
34,3
48,6
17,5
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Relatório Testes Intermédios 2012
25,3
27,3
21,3
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
124 _ 130
TI Matemática 2.º ano - MÉDIO TEJO (em %)
100%
29,5
20,5
21,3
75%
37,5
50%
32,8
29,5
47,7
51,2
19,5
19,4
52,2
55,5
25%
0%
47,7
51,3
26,1
42,0
15,0
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
34,5
22,6
26,5
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Satisfaz Bem
Satisfaz
17,9
Números e
Operações
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - GRANDE LISBOA (em %)
100%
24,1
17,7
75%
20,8
25,6
29,2
48,9
50,1
25,5
20,7
43,1
48,3
33,6
50%
50,0
56,1
34,4
26,0
25%
48,7
19,8
25,7
29,2
22,5
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
0%
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - PENÍNSULA DE SETÚBAL (em %)
100%
25,6
17,4
21,0
41,6
45,8
75%
26,7
29,7
32,9
50%
48,5
54,2
25%
46,0
35,0
27,4
50,5
49,7
20,2
26,8
30,5
23,5
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
27,3
19,7
0%
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Relatório Testes Intermédios 2012
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
125 _ 130
TI Matemática 2.º ano - LEZÍRIA DO TEJO (em %)
100%
18,5
75%
50%
13,5
15,9
29,7
21,1
34,9
41,0
51,7
56,4
47,2
35,8
26,2
23,8
51,9
56,8
25%
25,0
32,8
32,5
29,3
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
31,8
24,2
0%
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - ALENTEJO LITORAL (em %)
100%
17,3
75%
50%
11,4
16,4
43,1
34,8
32,1
48,8
56,1
39,8
28,2
20,3
20,9
47,6
52,4
32,1
26,7
53,8
25%
26,6
28,7
34,8
28,2
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
0%
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - ALTO ALENTEJO (em %)
100%
31,1
20,3
75%
21,6
31,3
31,3
48,8
50,7
19,9
18,0
48,5
53,5
34,8
50%
25%
0%
54,7
52,5
31,3
22,7
44,9
16,4
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Relatório Testes Intermédios 2012
23,8
23,7
20,2
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
126 _ 130
TI Matemática 2.º ano - ALENTEJO CENTRAL (em %)
100%
27,8
18,4
19,1
45,3
48,0
75%
29,4
28,3
43,1
50,9
27,5
20,9
33,1
50%
50,9
51,3
25%
28,8
24,0
48,5
21,0
28,0
30,0
26,0
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
0%
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - BAIXO ALENTEJO (em %)
100%
19,1
75%
50%
16,3
18,5
41,9
25,0
32,2
44,6
54,1
37,4
26,0
22,7
26,1
44,1
45,3
33,3
28,6
58,7
25%
26,8
32,2
36,9
30,4
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
0%
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
TI Matemática 2.º ano - ALGARVE (em %)
100%
20,4
16,1
36,3
40,8
75%
50%
13,3
20,7
23,1
31,6
52,2
56,0
28,0
48,3
37,2
52,6
55,1
25%
23,6
31,3
31,7
26,5
Raciocínio
Matemático
Comunicação
Matemática
Números e
Operações
31,0
24,3
0%
Conhecimento Resolução de
e Compreensão Problemas
de Conceitos
Matemáticos
Satisfaz Bem
Relatório Testes Intermédios 2012
Satisfaz
Geometria e Organização e
Medida
Tratamento de
Dados
Não Satisfaz
127 _ 130
ANEXO 3
Evolução dos resultados dos Testes Intermédios
2009-2011, por NUTS II (Região)
Matemática - 9.º ano
NUTS II
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
R.A.Madeira
Média 2012
(Portugal=100)
101,03
108,92
95,95
93,37
94,07
81,05
Variação
2009-2012
0,15
5,41
-1,08
-1,59
1,36
-2,23
Matemática A - 12.º ano
NUTS II
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
R.A.Açores
R.A.Madeira
Média 2012
(Portugal=100)
99,3
101,1
103,2
91,1
100,2
96,9
100,1
Variação
2009-2012
-1,73
-0,81
2,06
-5,93
1,62
-5,78
26,70
Biologia e Geologia - 11.º ano
NUTS II
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
R.A.Açores
R.A.Madeira
Média 2012
(Portugal=100)
99,6
101,3
100,3
93,9
99,2
86,6
96,0
Variação
2009-2012
-0,15
0,44
-3,34
-5,64
0,87
-4,04
3,56
Física e Química A - 11.º ano
NUTS II
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
R.A.Açores
R.A.Madeira
Relatório Testes Intermédios 2012
Média 2012
(Portugal=100)
99,0
104,7
99,6
92,5
92,7
90,1
86,0
Variação
2009-2012
-3,05
1,73
-2,75
-2,38
0,49
6,28
3,83
128 _ 130
ANEXO 4
Média das classificações, por disciplina
(ensino básico), 2011/2012, por NUTS III
Matemática
Língua Portuguesa
8.º e 9.º anos
9.º ano
NUTS III
Média NUTS III
Média
RA Açores
25,4 RA Açores
40,0
RA Madeira
29,3 Alto Alentejo
42,6
Alto Alentejo
30,2 RA Madeira
42,8
Península de Setúbal
30,3 Algarve
42,8
Baixo Alentejo
32,0 Tâmega
43,4
Tâmega
32,6 Baixo Alentejo
44,7
Douro
33,0 Península de Setúbal
45,1
Alentejo Litoral
33,0 Pinhal Interior Norte
45,5
Algarve
33,1 Pinhal Interior Sul
45,6
Alentejo Central
33,5 Alentejo Litoral
45,8
Alto Trás-os-Montes
34,4 Cova da Beira
46,3
Serra da Estrela
34,7 Alentejo Central
46,3
Pinhal Interior Norte
34,8 Grande Lisboa
47,0
Grande Lisboa
34,9 Alto Trás-os-Montes
47,0
Cova da Beira
35,0 Oeste
47,1
Pinhal Interior Sul
35,6 Minho-Lima
47,4
Oeste
35,9 Ave
47,5
Ave
36,0 Lezíria do Tejo
47,6
Lezíria do Tejo
36,3 Beira Interior Norte
47,6
Grande Porto
36,7 Baixo Vouga
47,7
Entre Douro e Vouga
37,2 Cávado
47,9
Baixo Vouga
37,5 Entre Douro e Vouga
48,0
Beira Interior Sul
37,5 Douro
48,1
Cávado
37,8 Grande Porto
48,2
Médio Tejo
37,9 Pinhal Litoral
48,2
Minho-Lima
38,0 Médio Tejo
48,4
Beira Interior Norte
38,5 Dão-Lafões
48,8
Pinhal Litoral
39,9 Serra da Estrela
49,4
Dão-Lafões
41,1 Beira Interior Sul
49,9
Baixo Mondego
42,0 Baixo Mondego
51,4
Relatório Testes Intermédios 2012
129 _ 130
Média das classificações, por disciplina
(ensino secundário), 2011/2012, por NUTS III
Matemática A
Física e Química A
Biologia e Geologia
10.º, 11.º, 12.º anos
10.º, 11.º anos
10.º, 11.º anos
NUTS III
Média NUTS III
Média NUTS III
Média
Alto Alentejo
7,8 Alto Alentejo
6,3 Serra da Estrela
8,6
Pinhal Interior Sul
8,2 RA Madeira
6,5 RA Açores
8,7
Douro
8,2 Pinhal Interior Norte
6,6 Lezíria do Tejo
8,8
Lezíria do Tejo
8,6 Alentejo Litoral
6,8 Alto Alentejo
9,2
Península de Setúbal
8,6 RA Açores
6,8 Alentejo Central
9,2
Pinhal Interior Norte
8,6 Douro
6,9 Pinhal Interior Norte
9,2
Alentejo Central
8,7 Baixo Alentejo
7,0 Baixo Alentejo
9,2
Tâmega
8,7 Alentejo Central
7,0 Douro
9,3
RA Madeira
8,7 Península de Setúbal
7,1 RA Madeira
9,3
Alentejo Litoral
8,9 Tâmega
7,1 Tâmega
9,3
RA Açores
8,9 Beira Interior Norte
7,1 Beira Interior Norte
9,3
Algarve
9,0 Algarve
7,2 Alentejo Litoral
9,4
Cávado
9,2 Cávado
7,2 Península de Setúbal
9,4
Cova da Beira
9,2 Alto Trás-os-Montes
7,2 Alto Trás-os-Montes
9,5
Alto Trás-os-Montes
9,3 Lezíria do Tejo
7,3 Cávado
9,5
Beira Interior Norte
9,3 Pinhal Litoral
7,3 Oeste
9,5
Oeste
9,4 Ave
7,3 Algarve
9,6
Serra da Estrela
9,4 Pinhal Interior Sul
7,4 Ave
9,6
Ave
9,5 Serra da Estrela
7,5 Beira Interior Sul
9,7
Médio Tejo
9,5 Grande Lisboa
7,5 Baixo Vouga
9,7
Grande Lisboa
9,6 Minho-Lima
7,5 Pinhal Litoral
9,7
Baixo Vouga
9,6 Cova da Beira
7,5 Pinhal Interior Sul
9,7
Baixo Alentejo
9,6 Médio Tejo
7,6 Minho-Lima
9,8
Grande Porto
9,7 Baixo Vouga
7,6 Cova da Beira
9,8
Pinhal Litoral
9,7 Oeste
7,7 Médio Tejo
9,8
Entre Douro e Vouga
9,9 Entre Douro e Vouga
7,7 Grande Lisboa
10,0
Minho-Lima
9,9 Beira Interior Sul
7,9 Grande Porto
10,0
Dão-Lafões
10,2 Grande Porto
8,0 Entre Douro e Vouga
10,0
Beira Interior Sul
10,2 Dão-Lafões
8,2 Dão-Lafões
10,1
Baixo Mondego
10,3 Baixo Mondego
8,4 Baixo Mondego
10,4
Relatório Testes Intermédios 2012
130 _ 130
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Projeto Testes Intermédios