PROCESSOS DE CERTIFICAÇÃO ORGÂNICA: VANTAGENS E INCONFORMIDADES Fernando Olivera Amaral* RESUMO O aumento progressivo da consciência ambiental, com a atenção voltada à prática de ações saudáveis, induz a uma procura por atos corretos de consumo de alimentos e de proteção ao meio ambiente frente ao universo de degradações sociais, pessoais e ambientais conhecidas e divulgadas pelos meios de comunicação. Com isso, surge a necessidade de um aprimoramento no desempenho da gestão das empresas ou propriedades rurais, sejam elas pequenas médias ou grandes, as quais, em um mercado globalizado, tendem a aplicar uma administração empresarial ou rural mais focada as questões ambientais e sustentáveis, para que sejam reconhecidas e utilizem todo o potencial de benefícios oferecidos no mercado Nacional e Internacional de Gestão de Empresas, focadas na oportunidade do Agronegócio Certificado. *Engenheiro Agrônomo Universidade Federal de Pelotas – UFPEL (1992) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel – FAEM E-mail: [email protected] As exigências crescentes de produtividade e de qualidade e um contexto de mercado de trabalho instável e flexível ampliam os requisitos de qualificação dos trabalhadores e tornam cada vez mais generalizada a implantação de modelos de formação e de gestão da força de trabalho baseados em competências profissionais. A certificação dos produtos orgânicos além de atestar a origem e fornecer informações sobre o produto orgânico, ela também assegura a competitividade em mercados exigentes e legitima o custo mais alto desses produtos. O desenvolvimento de padrões internacionais de certificação deve levar em consideração diferenças e preferências regionais, para que as negociações internacionais sejam justas e satisfatórias. Palavras-chave: Gestão – Certificação – Orgânicos 1 INTRODUÇÃO IMPORTANCIA DA CERTIFICAÇÃO “A agricultura está em crise. Embora as terras agriculturáveis continuem a produzir pelo menos tanto alimento quanto no passado, há sinais abundantes de que as bases de sua produtividade ecológica estão em perigo.” Stephen R. Gliessman A produção orgânica se enquadra no que se entende, popularmente, por modelo de produção alternativo de alimentos e insumos. O sistema de produção orgânico é considerado uma forma de manejo sustentável do meio ambiente, devido a suas práticas levar em consideração a promoção da qualidade ambiental, a não utilização de compostos sintéticos (agrotóxicos e fertilizantes), componentes que causam desequilíbrios e são agressivos ao meio ambiente. Os produtores orgânicos ocupam uma posição de crescimento dentro do quadro da produção mundial de alimentos e seus produtos são extremamente procurados, devido à conscientização dos consumidores nas últimas décadas. Obviamente, quando se considera o setor produtivo como um todo, os produtores orgânicos são considerados uma minoria ainda pouco significativa no contexto do agronegócio. No âmbito das Relações Internacionais, é importante considerar que a agricultura orgânica é uma iniciativa de “Desenvolvimento Sustentável”, conceito aceito internacionalmente como modelo ideal de desenvolvimento que prioriza a conservação do meio ambiente, a justiça social e o crescimento econômico sobre bases racionais e sustentáveis, teoricamente o objetivo de todos os Estados. Discutir Certificação de produtos orgânicos no Mercado Internacional em tempos de globalização se faz extremamente relevante, pois, o comércio internacional é mais do que uma realidade, é uma necessidade. Além disso, a produção e o consumo mundial de produtos orgânicos estão aumentando significativamente. Segundo Penteado (2000) sua produção e consumo têm crescido anualmente em torno de 20% no mercado mundial. Este panorama positivo tem feito desses produtos objeto importante do comércio exterior e de suas regras. Dados mais recentes mostram que a agricultura orgânica conquista todo ano em torno de cinco milhões de hectares (IFOAM, 2008). No desenvolvimento do trabalho, o sistema de certificação orgânico é inserido dentro do contexto do Mercado Nacional e, em que é analisado o crescimento por sua demanda e suas atuais bases de negociação, esclarecendo a necessidade de certificação especial para a comercialização dos produtos orgânicos. (SCHIMAICHEL, G.L.; RESENDE, J.T.V. - A Importância da Certificação de Produtos Orgânicos no Mercado Internacional) A certificação de produtos tem se tornado cada vez mais uma imposição do mercado atual, resultado das exigências dos consumidores que visam qualidade e preço justo. A certificação de conformidade é a demonstração formal de que um produto, devidamente identificado, atende aos requisitos de normas ou regulamentos técnicos específicos e podem ser do tipo voluntária ou compulsória. A compulsória é condição obrigatória, e sem ela, o produto não tem permissão para ser comercializado. É regulamentada por lei ou portaria, dá prioridade às questões de segurança, saúde e meio ambiente e obriga a colocação de uma identificação da conformidade à certificação (Selo de identificação). A voluntária é de ação espontânea, não possui qualquer regulamentação de órgão oficial, mas pode ser um diferencial perante a competitividade do mercado exigente. Como exemplo, podemos citar as certificações de sistema de gestão de qualidade e de gestão ambiental. Um produto natural não significa necessariamente ser um produto orgânico. A diferença entre os dois produtos está na certificação. É ela quem dará ao consumidor a garantia de que produtos rotulados como “orgânicos” tenham, de fato, sido produzidos dentro dos padrões da agricultura orgânica. A certificação apresenta-se em forma de selo afixado ou impresso no rótulo ou na embalagem do produto. As certificadoras autorizadas são credenciadas através de um órgão internacional, a IFOAM, International Federation of Organic Agriculture que é a federação internacional que congrega os diversos movimentos relacionados com a agricultura orgânica. O desenvolvimento do mercado de produtos orgânicos depende fundamentalmente da confiança dos consumidores na sua autenticidade, que, por sua vez, só pode ser assegurada pela legislação e/ou programas de certificação eficientes. Na relação comercial, entre cliente e empresas, sejam elas de cunho rural ou Industrial, a Qualificação é uma garantia que o Parceiro de Negócios atenderá os requisitos mínimos para fornecer produtos e serviços de qualidade; Procura-se com o presente trabalho, através de revisões da literatura, realizar um estudo sobre a importância da certificação orgânica e de se ter uma pré-avaliação dos requisitos solicitados nos diferentes protocolos de certificação orgânica solicitados pelos clientes, a fim de que o andamento do processo certificatório seja o mais breve possível, antecipando a entrada dos produtos no mercado. 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 CERTIFICAÇÃO ORGÂNICA A certificação dos produtos orgânicos é conhecida como uma certificação ambiental, por sua vez, é compreendida como um instrumento de comunicação de Políticas Ambientais, que, em última instância, tem como objetivo fornecer informações acuradas aos consumidores sobre os produtos, ou seja, é um meio formal de informar aos consumidores a origem (metodologia de produção), os componentes e a qualidade dos produtos (May, 2003). Por volta da década de 40, então, surge em muitos países o que chamamos de rotulagem ambiental que, na sua fase inicial, foi demarcada pela utilização de etiquetas que tinham por objetivo advertir sobre os efeitos nocivos de certos produtos sobre a saúde humana e/ou meio ambiente. Esta postura passou a ser adotada, devido à intervenção estatal, que determinava por meio da legislação a informação dos riscos a que os consumidores estavam submetidos ao adquirir produtos com tais características. Nessa época, os produtos que estavam sujeitos à determinação legal de fornecer essa informação eram basicamente raticidas, fungicidas e pesticidas (Campos; Corrêa, 1998). Com o passar do tempo e com a popularização da problemática ambiental, a obrigatoriedade legal de informações nos rótulos dos produtos nocivos foi estendida a todos aqueles produtos que apresentavam substâncias tóxicas, ampliando ainda mais o espectro de proteção da saúde humana e ambiental. A evolução do sistema de rotulagem ambiental caminha lado a lado com a evolução da conscientização ambiental e com as evoluções tecnológicas. À medida que são descobertas novas metodologias de relacionamentos com o meio ambiente e novos manejos que são menos agressivos, aumentando-se o interesse por modelos que causem menos impactos e mais benefícios em longo prazo. A agricultura orgânica adotou esse modelo por volta da década de 70, passando a utilizar, voluntariamente, selos ou etiquetas para informar a não utilização de agrotóxicos em seu processo produtivo. Esses selos eram conferidos por entidades ambientais ou pelos próprios produtores (Campos; Corrêa, 1998). Ao rotular as características positivas dos produtos orgânicos, os produtores deram um segundo passo no que diz respeito à rotulagem ambiental, impulsionando produtores de outros segmentos a adotarem esse comportamento, o de salientar e informar posturas menos agressivas ao meio ambiente para melhorar sua imagem no mercado. O Estado, por sua vez, viu nessa atitude uma possibilidade de induzir produtores e empresas dos mais variados segmentos a adotarem padrões que levassem em consideração a qualidade ambiental, surgindo assim os programas oficiais de rotulagem (SCHIMAICHEL, G.L.; RESENDE, J.T.V. - A Importância da Certificação de Produtos Orgânicos no Mercado Internacional 9 Revista Eletrônica Lato Sensu – Ano 2, nº1, julho de 2007. ISSN 1980-6116 http://www.unicentro.br - Ciências Agrárias ambiental (Campos; Corrêa, 1998). Atualmente, a rotulagem ambiental é um instrumento em favor do consumidor, devendo informar, obrigatoriamente, qualquer efeito negativo do produto ao homem e ao meio ambiente e, em outros casos, pode voluntariamente informar alguma característica positiva do produto ao consumidor. Contudo, essa característica deve ser devidamente comprovada, eliminando o risco de o consumidor ser enganado no momento de aquisição do produto (May, 2003). Um dos princípios da produção orgânica é a preservação e ampliação da biodiversidade. A restituição da biodiversidade vegetal permite o restabelecimento de inúmeras interações entre o solo, ás plantas e os animais, resultando em efeitos benéficos para o agroecossistema. Entre estes efeitos pode-se citar: variedade na dieta alimentar e de produtos para o mercado; uso eficaz e conservação do solo e da água, através da proteção com cobertura vegetal contínua, manejo da matéria orgânica e implantação de quebra ventos; otimização na utilização de recursos locais; e controle biológiconatural(http://www.prefiraorganicos.com.br/agrorganica/oqueeagi cultura.aspx). 2.2 BREVE HISTÓRICO DA CERTIFICAÇÃO ORGÂNICA NO BRASIL A certificação de produtos orgânicos no Brasil teve início em meados dos anos 80s. As primeiras iniciativas de organização da produção partiram de uma cooperativa de consumidores, a COOLMÉIA, no Rio Grande do Sul, em 1978. Em 1984, foi fundada uma entidade de produtores, a Associação de Agricultores Biológicos (ABIO) do Rio de Janeiro, que criou as primeiras normas para credenciamento de propriedades em 1986. Neste ano, iniciaram-se também os contatos para exportação de produtos orgânicos certificados através do Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural (IBD), localizado em Botucatu, Estado de São Paulo, cujo selo já conta com reconhecimento internacional. Após as primeiras exportações, que só se concretizaram em 1990, a demanda por um leque maior de produtos foi intensificada. Em 1992, a Associação de Agricultura Orgânica (AAO) de São Paulo, fundada em 1989, começou a cadastrar produtores para a feira de produtos orgânicos que organiza semanalmente no Parque da Água Branca. No final de 1996, a AAO lançou seu selo orgânico, permitindo a expansão dos canais de comercialização dos produtos de seus associados, que agora podem ser encontrados nas principais redes de supermercados de São Paulo. Nesse ano, foram exportadas 3.100 toneladas de produtos orgânicos certificados. O selo da AAO encontra-se em fase de reconhecimento internacional, através do credenciamento para este fim junto a certificadoras internacionais. Na esfera do Estado, o Governo Federal instituiu em 1995 o Comitê Nacional de Produtos Orgânicos (CNPO), para elaborar e aprimorar normas para a agricultura orgânica em nível nacional, com composição paritária entre governo e ONGs que atuam com agricultura ecológica. Fazem parte do CNPO representantes de ONGs das cinco regiões do país, do Ministério da Agricultura, da EMBRAPA, do Ministério do Meio Ambiente e de Universidades. Em outubro de 1998, foi publicada no Diário Oficial da União a portaria no 505/98 do Ministério da Agricultura, com uma proposta de normatização de produtos orgânicos. Esta proposta foi aberta para consulta pública até janeiro de 1999, período em que foram recolhidas sugestões da sociedade civil. Em maio de 1999, entrou em vigor a Instrução Normativa no 7/99 do Ministério da Agricultura e Abastecimento, com o objetivo de estabelecer as normas de produção, tipificação, processamento, envase, distribuição, identificação e certificação de qualidade para produtos orgânicos de origem animal e vegetal. Estas iniciativas surgiram em resposta a exigências de alguns países como o Japão e da Comunidade Européia, que passaram a condicionar a importação de alimentos à existência de certificação de qualidade ambiental, o que se constitui em barreira nãotarifária por parte dos países importadores. Outro fator importante para promover a regulamentação relaciona-se ao Mercosul. Argentina, Uruguai e Paraguai já dispõem de regras para produção orgânica, que serão impostas ao país, caso o Brasil não possua sua própria legislação. Outros certificadores nacionais são a Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região (ANC), a Associação dos Produtores de Agricultura Natural (APAN) e a Fundação Mokiti Okada (MOA). Certificadores internacionais, como a norteamericana Farmers Verified Organic (FVO), a francesa ECOCERT-BRASIL e a alemã BCS, também estão atuando no país. Mas caberá ao Colegiado Nacional, previsto na Instrução Normativa no 7/99 e atualmente em fase de definição de seus membros a partir da formação dos Colegiados Estaduais, estabelecer quem pode e quem não pode certificar produtos orgânicos no Brasil.(Fonte: www.agricultura.gov.br) 2.3 ETAPAS DO PROCESSO O ponto de partida são as “Normas e Padrões para Qualidade Orgânica”, documento comum a todas as certificadoras, mas que apresenta variações de acordo com particularidades ideológicas (sempre no escopo da regulamentação maior do IFOAM). A partir do momento em que o produtor sente-se apto a contratar a certificação, entra em contato com a certificadora desejada, enviando documentação inicial e pagamento da taxa de inscrição. A inspeção ocorre logo após, e consiste em reunir dados, checar documentos de compra de insumos, venda de produtos, operações de campo e o sistema de condução orgânica. Também são checadas instalações, sacarias e embalagens, situação geral social e empregatícia de funcionários. O objetivo é verificar o sistema de controle adotado pela empresa, de modo a dar garantias da inexistência de riscos de mistura e contaminação com produtos não certificados. Para a auditoria proposta utilizam-se tabelas, onde são lançados os dados de histórico de compra e venda de produtos, entrada e saídas de produtos e dados de eventuais processamentos. Um mapa de glebas é também elaborado. Após a inspeção, o inspetor elabora relatório e o envia à certificadora, que por sua vez a submete ao seu conselho de Marcas, para avaliação da decisão final. O selo é então concedido ao produtor, que passa a fazer uso do mesmo por um período revalidável de um ano. Para uma auditoria perfeita da trajetória do produto é necessário que a empresa agrícola organize um sistema de controle de todas as operações: de campo, colheita, estoque de matéria prima, processamento, estoques de produtos acabados e seu transporte para o mercado consumido. O nível de controle varia de atividade para atividade, e na prática em geral, encontramos nesta área da administração, grandes carências, que devem ser saneadas durante o acompanhamento do projeto. Geralmente, o grande gargalo na certificação orgânica deriva da dificuldade do produtor em montar esta estrutura de controle, de forma profissional, sistemática e constante. Uma vez realizada a organização, é tarefa da certificadora avaliar os dados quantitativos e confrontá-los com notas fiscais de compra e venda, fichas de campo, estoque e etc. O inspetor deverá deixar o projeto, certo de que os controles refletem fielmente a situação prática, no dia a dia da empresa. (Fonte: http://www.ceplac.gov.br/radar/Artigos/artigo6.htm) 3 MÉTODO A Pesquisa realizada classifica-se como uma pesquisa exploratória, com formato de proposta de negócios e quanto à sua forma de abordagem representada por uma pesquisa de caráter quantitativo. Quanto aos procedimentos técnicos adotados, para o desenvolvimento da pesquisa fezse o uso da modalidade Pesquisa de Campo, partindo de uma série de 16 projetos com questionários pré-estabelecidos. Cada questionário estava composto de um universo de 105 questões, distribuídas em 19 diferentes itens avaliados. Os itens avaliados no questionário foram organizados de forma que pudessem atender plenamente as informações necessárias à Certificação Orgânica, estabelecidos pelos diferentes Protocolos de certificação praticados no mercado Nacional e Internacional. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Ítens avaliados e respectivas ocorrências deNCs A=6 B=2 C=4 D=5 E=9 F=3 G=0 H=9 I=0 J=0 L = 22 M=3 N = 23 O=3 P=2 Q=0 R=3 S=6 T=0 Figura 1 – A seqüência alfabética indica os itens avaliados nos projetos e as suas respectivas NCs (não conformidades ou inconformidades) encontradas. Dados obtidos após a avaliação dos Relatórios dos 16 Projetos pesquisados. A- Informações Gerais; B – Descrição da Propriedade; C – Informação dos Talhões; D – Sementes e Mudas; E – Verificação do Plano de Manejo; F – Produção Vegetal; G – Fertilizantes e Defensivos; H – Fertilidade do Solo e Nutrientes para a cultura; I – Produção Animal; J – Processamento e Processamento Contratado; L – Manutenção e Integridade Orgânica; M – Rotulagem e Identificação; N – Registros e Documentação; O – Rastreabilidade; P – Presença e Controle de Formigas; Q – Uso de Preparados Biodinâmicos; R – Avaliação da Situação Social do Projeto; S – Recursos Naturais /Sustentabilidade Ambiental e T – Extrativismo. A soma de todas as NCs dos 16 projetos avaliados atingiu coincidentemente 100 NCs. Os totais dos itens com e sem presença de NCs foram, respectivamente, 14(73,69%) e 5(26,31%), no entanto, dos 73,69% de NCs encontrados nos 14 diferentes itens, 61,07% deles aparecem em apenas 2 dos itens avaliados, que são Manutenção de Integridade Orgânica(L) e Registros e Documentos(N), conforme pode-se observar na legenda da Figura 1 apresentada acima. 5 CONCLUSÃO Esta pesquisa procurou identificar algumas das causas que tem motivado com que o movimento de certificação orgânica no Brasil e fora dele tenha imensa dificuldade de expansão. Pode-se observar que a presença de NCs nos projetos é uma unanimidade e que estes são fatores condicionantes para a continuidade do processo certificatório, trazendo assim, além de dificuldades técnicas de atendimento às solicitações, também, uma maior perda de tempo no andamento do processo até a certificação definitiva para comercialização, onerando certamente todos os projetos que não conseguem atender as demandas em tempo razoável. Fica claro que se projetos, através de seus gestores tivessem algum tipo de assessoria especializada antes da solicitação da inspeção de certificação, certamente poupariam bastante tempo e reduziriam custos inerentes ao Processo de Certificação orgânica, além de poderem ter um melhor entendimento das diferentes etapas a serem atendidas e poder otimizar seu tempo de trabalho. Referências ABNT. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5 p. Campos, L. B.; Corrêa, G. A. Comércio e Meio Ambiente: atuação diplomática brasileira em relação ao selo verde. Brasília: Instituto Rio Branco; Fundação Alexandre Gusmão; Centro de Estudos Estratégicos, 296p, 1998. CIRAD ProsPER. Panorama das Qualificações e Certificações de Produtos Agropecuários no Brasil. Disponível em: Http://www.cendotec.org.br/dossier/cirad/pallet.pdf Gleissman, S. R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável – 3.ed. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005 IBD CERTIFICAÇÕES. Legislação e Certificação. Disponível em: < http://www.ibd.com.br> acesso em 2010. IFOAM - INTERNATIONAL FEDERATION OF ORGANIC AGRICULTURE MOVEMENTS. Principles of organic agriculture. Disponível em: <http://www.ifoam.org/organic_world/índex.html> acesso em 2010. MAPA. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Agricultura Orgânica. Brasília, 2010. Disponível em: Http://www.prefiraorganicos.com.br May, P. H.; Lustosa, M. C.; Vinha, V. da (org). Economia do Meio Ambiente – Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 2a Reimpressão. Meirelles, L. Agricultura orgânica: um movimento em disputa. Agroecologia & Agricultura Familiar. Lages – SC. Rede Ecovida de Agroecologia. Ano IV – setembro 2001. Penteado, S. R. Introdução à Agricultura Orgânica – Normas e técnicas de Cultivo. Campinas – SP. Editora Grafimagem, 110 p, 2000. REDE ECOVIDA. 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