A532
Anais da IX Jornada Internacional sobre Representações
Sociais JIRS e VII Conferência Brasileira sobre Representações
Sociais CBRS / Maria Eliete Batista Moura; Angela Maria Silva
Arruda; Luiz Fernando Rangel Tura (Organizadores).
Teresina: Centro Universitário - UNINOVAFAPI, 2015.
416 p.
1. Representações Sociais; 2. Representações Sociais - Discussões; 3.
Pesquisa. I. Moura, Maria Eliete Batista. II. Arruda, Angela Maria Silva.
III. Tura, Luiz Fernando Rangel - (Org.) IV. Título.
CDD 302
Ficha Catalografica elaborada na fonte
Renato Sampaio Bibliotecário CRB 3/1028
APRESENTAÇÃO
A Teoria das Representações Sociais - TRS ocupa um importante espaço na Psicologia Social e
em diferentes áreas do conhecimento. Um dos indicadores que afirma a sua importância é o
reconhecimento internacional de seu autor, Serge Moscovici, agraciado com prêmios importantes como o
Prêmio Balzan (2003) e o Prêmio Wilhelm Wundt-William James (2007), concedidos a pesquisadores cuja
obra tenha destaque internacional.
O acentuado ritmo de desenvolvimento desse campo de estudo no Brasil tem levado a produção
brasileira a se beneficiar do intercâmbio com pesquisadores estrangeiros nas Jornadas Internacionais
sobre Representações Sociais (JIRS), proporcionando uma significativa contribuição ao campo
internacional, como reconhecem importantes autores europeus e latino-americanos.
A realização simultânea da IX JIRS e da VII CBRS tem como finalidade promover o congraçamento
dos pesquisadores e teóricos que trabalham orientados pela TRS em torno do desenvolvimento teórico
decorrente do intercâmbio entre pesquisadores das Américas e da Europa. Para fortalecer a filosofia e as
principais preocupações que embasaram as Jornadas e Conferências anteriores, afirmam-se como
principais os seguintes objetivos: criar um espaço para a comunicação e debate dos estudos e pesquisas
realizadas no campo das representações sociais, no âmbito de diferentes áreas de atividade humana;
contribuir para o desenvolvimento interdisciplinar, particularmente com a área de ciências humanas e
sociais, através de reflexões sobre as articulações entre diferentes áreas do conhecimento e fomentar
articulações entre a TRS e outras teorias através do debate acadêmico, favorecendo o diálogo teórico
entre pesquisadores e inovações metodológicas.
Em 2015, a IX JIRS e VII CBRS tiveram lugar em Teresina – Piauí - Brasil, no período de 24 a 27
de novembro, quando se completou um ano do falecimento de Serge Moscovici e foi mais uma ocasião
para homenagear o fundador da Teoria, celebrando sua obra.
O tema do evento, Representações Sociais e Sociedades em Movimento, traz para o campo das
representações sociais a atualidade político-social brasileira e de tantos outros países nos anos 2010, que
tem sido alvo de intenso debate nas ciências sociais. As representações sociais, como fenômeno que se
produz ao contato com a novidade, fazem parte deste universo, na comunicação midiática, nas redes
sociais e em tantas outras formas de interação social. Elas estão na substância do pensamento social,
cuja dinâmica se acelera em momentos de efervescência política, social e cultural. É neste quadro de
mudanças sociais que se pretende prosseguir no avanço teórico-metodológico das diversas linhas de
trabalho com a teoria das representações sociais, abrindo espaço para a continuidade da discussão
conceitual com outras perspectivas teóricas e a reflexão sobre a postura crítica e o envolvimento com os
fatos da sociedade.
Maria Eliete Batista Moura
Presidente da IXJIRS e VII CBRS
PRESIDENTE DA IXJIRS e VII CBRS
Maria Eliete Batista Moura (UFPI-UNINOVAFAPI)
COMITÊ DE HONRA
Margot Campos Madeira
(Presidente da Comissão Organizadora da I JIRS)
Clélia Maria Nascimento-Schulze
(Presidente da Comissão Organizadora da II JIRS)
Celso Pereira de Sá
(Presidente da Comissão Organizadora da III JIRS, I CBRS)
Antônia Silva Paredes Moreira
(Presidente da Comissão Organizadora da IV JIRS e da II CBRS)
Angela Maria de Oliveira Almeida
(Presidente da Comissão Organizadora da V JIRS e da III CBRS)
Maria Cristina Chardon
(Presidente da Comissão Organizadora da VI JIRS e da IV CBRS)
Zeidi Araujo Trindade
(Presidente da Comissão Organizadora da VII JIRS e V CBRS)
Maria de Fátima de Souza Santos
(Presidente da Comissão Organizadora da VIII JIRS e VI CBRS)
Comissão Organizadora Nacional
Presidente
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Maria Eliete Batista Moura (UFPI-UNINOVAFAPI)
Membros
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Antônia Oliveira Silva (UFPB)
Brigido Vizeu Camargo (UFSC)
Carlos Roberto Lyra da Silva (UNIRIO)
Cristina Maria Miranda de Sousa (UNINOVAFAPI)
Inez Sampaio Nery (UFPI)
Luiz Carlos Carvalho de Oliveira (UESPI)
Márcia de Assunção Ferreira (UFRJ)
Maria do Socorro Costa Ferreira Alves (UFRN)
Maria do Livramento Fortes de Figueiredo (UFPI)
Comissão executiva
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Maria Eliete Batista Moura (UFPI-UNINOVAFAPI)
Carlos Roberto Lyra da Silva (UNIRIO)
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Inês Sampaio Nery (UFPI)
Luiz Carlos Sales (UFPI)
Luana Kelle Batista Moura (UNAERP)
Maria Adelaide Silva Paredes Moreira (UFPB)
Secretaria executiva
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Gelsemânia Barros Martins Carvalho (UNINOVAFAPI)
Suênya Marlei Mourão Batista (UNINOVAFAPI)
Jaqueline Medeiros da Cunha (UNINOVAFAPI)
Comissão de infraestrutura, comunicação e divulgação
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Carlos Roberto Lyra da Silva (UNIRIO)
Maria do Livramento Fortes de Figueiredo (UFPI)
Comissão científica
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Angela Arruda (UFRJ)
Antonia Oliveira Silva (UFPB)
Brígido Vizeu Camargo (UFCS)
Clarilza Prado de Sousa (PUC/SP)
Denise Jodelet (EHESS - França)
Felismina Mendes (Escola de Enfermagem São João de Deus - Universidade de Évora - Portugal)
Márcia de Assunção Ferreira (UFRJ)
Maria do Socorro Alves Feitosa (UFRN)
Luiz Fernando Rangel Tura (UFRJ)
Comissão de avaliação
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Adelina Novaes (FCC)
Adriane Roso (UFSM)
Alberta Contarello (UP)
Alcina Maria Testa Braz da Silva (IFRJ)
Alda Judith Mazzotti (UNESA)
Ana Beatriz Queiroz (UFRJ)
Andréa Barbará da Silva Bousfield (UFSC)
Angela Arruda (UFRJ)
Ângela Maria de Oliveira Almeida (UnB)
Antonia Oliveira Silva (UFPB)
Antonio Marcos Tosoli Gomes (UERJ)
Beatrice Madiot (EHESC)
Brígido Vizeu Camargo (UFSC)
Caroline Howarth (LSE)
Celso Pereira de Sá (UERJ)
Clarilza Prado de Sousa (PUC/SP)
Cleide Maria Pontes (UFPE)
Clélia Albino Simpsom (UFRN)
Clélia M. Nascimento-Schulze (UFSC)
Claudine Provencher (LSE)
Daniela Freire (UFMT)
Denis Giovani Monteiro Naiff (UFRRJ)
Denize Cristina de Oliveira (UERJ)
Edna M. Q. de O. Chamon (UT)
Edson A. de Souza Filho (UFRJ)
Eduardo Ramalho Rabenhorst (UFPB)
Eliane Maria Ribeiro de Vasconcelos (UFPE)
Fátima Flores Palacios (UNAM)
Felismina Mendes (UÉ)
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Flávia Pacheco de Araújo (UFRJ)
Inez Sampaio Nery (UFPI)
Iaci Proença Palmeira(UEPA)
Ivany Pinto Nascimento (UFPA)
Ivaneide Leal Ataíde Rodrigues (UEPA)
João Wachelke (UFU)
Jordana de Almeida Nogueira (UFPB)
Jorge Correa Jesuino (ISCTE/IUL)
Laêda Bezerra Machado (UFPE)
Leandro Castro Oltramari
Lenilde Duarte de Sá (UFPB)
Lucia Velloso Maurício (UERJ)
Lucia Santiso Villas Boas (FCC)
Luciene Alves Miguez Naiff (UFRRJ)
Ludgleydson Fernandes de Araújo (UFPI)
Liliana Gastrón (UNL)
Luís Carlos Sales (UFPI)
Luiz Fernando Rangel Tura (UFRJ)
Manuel José Lopes (UÉ)
Márcia de Assunção Ferreira (UFRJ)
Maria Célia Freitas (UECE)
Maria Adelaide Paredes Moreira (UFPB)
Maria Auxiliadora Banchs (UCV)
Maria Cristina Smith Menandro (UFES)
Maria Cristina Chardon (UNQ)
Maria de Fátima de Souza Santos (UFPE)
Maria de Lourdes Ornellas
Maria do Carmo Eulálio (UEPB)
Maria do Céu Marques (UÉ)
Maria do Rosario Carvalho (UFRN)
Maria do Socorro Feitosa Alves (UFRN)
Maria Eliete Batista Moura (UFPI/UNINOVAFAPI)
Maria Lucia Duarte Pereira (UECE)
Maria Stella Grossi (UnB)
Martha de Alba (UAM)
Moises Sobrinho (UFRN)
Nikos Kalampalikis (Université de Lyon)
Noemi Murekian (UBA)
Pedrinho A. Guareschi (PUC/RS)
Nébia Maria Almeida de Figueredo (UNIRIO)
Pedro Humberto F. Campos (UCG)
Rafael Celestino (UFRJ)
Renato Cesar Möller (FCGR)
Ricardo Vieiralves de Castro (UERJ)
Risa Permanadeli (University of Indonesia)
Rita de Cássia Pereira Lima (UNESA)
Romilda Theodora Ens (PUC/PR)
Silvana Carneiro Maciel (UFPB)
Sílvio Éder Dias da Silva (UFPA
Sofía Sabina Lavado Huarcaya - (USAT - Peru)
Stefano Cavalli (SUPSI)
Suerde Miranda de Oliveira Brito (UEPB)
Susana Seidman (UBA)
Suzana Menin (UNESP)
Tatiana de Lucena Torres (UFRN)
Tadeu Lessa da Costa (UFRJ)
Tarso Bonilha Mazzotti (Universidade Estácio de Sá)
Themis Apostolidis (Université de Marseille)
Valéria Peixoto Bezerra (UFPB)
Zeidi Araújo Trindade (UFES)
SUMÁRIO
EIXO 1 - APROFUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
GDT 1
UTILIZAÇÃO DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NAS PESQUISAS EM
ENFERMAGEM: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO
Sibele Lima da Costa, Kalyane Kelly Duarte de Oliveira. Francisco Arnoldo Nunes de
Miranda, Dafne Paiva Rodrigues
24
GDT 2
UM MODELO PARA ANÁLISE COGNITIVA DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS COM BASE
EM REDES SEMÂNTICAS: COM APLICAÇÃO A PARTIR DA ABORDAGEM
ESTRUTURAL
Alba Benemérita Alves Vilela, Claudia Ribeiro Santos Lopes, Talita S. O. Sampaio, Hernane
Borges de Barros Pereira
25
GDT 3
O USO DE DIFERENTES SOFTWARES NO AUXÍLIO DE PROCESSAMENTO E ANÁLISE
DE DADOS EM UM ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Vicente Sarubbi Júnior, Isabella Teixeira Bastos, Camila Junqueira Muylaert, Cláudio Leone
26
GDT 4
A ABORDAGEM E A METODOLOGIA ADOTADA NOS ESTUDOS SOBRE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E SURDEZ NO BRASIL: O ESTADO DO CONHECIMENTO
Arlete Marinho Gonçalves
O FORMATO DOS QUESTIONÁRIOS NAS PESQUISAS SOBRE REPRESENTAÇÕES
SOCIAIS: ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES A PARTIR DE UM ESTUDO SOBRE O
TRABALHO DA PROFESSORA DE EI
Alberto Mesaque Martins, Adriano Roberto Afonso do Nascimento
USO DA ANÁLISE DE IMPLICAÇÃO (SOFTWARE CHIC) PARA A COMPREENSÃO DAS
EVOCAÇÕES GERADAS PELO QUADRO DE QUATRO CASAS DE VERGÈS
(SOFTWARE EVOC2005)
Gustavo Guimarães Marchisotti, Vicente Sarubbi Júnior, Luiz Antônio Joia, Paulo Rogério
Gallo
27
APROFUNDAMENTOS PARA A ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
OBTIDOS PELO QUADRO DE QUATRO CASAS DE VERGÈS
Vicente Sarubbi Jr, Letícia Dutra, Paulo Afrânio Sant’anna, Paulo Rogério Gallo
METODOLOGIA(S) DE PESQUISA EM REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: UM ESTUDO
BIBLIOMÉTRICO DOS ARTIGOS PRODUZIDOS ENTRE 2005 E 2014 DISPONÍVEIS NA
PLATAFORMA SCIELO.BR®
Luiz Paulo Ribeiro, Maria Isabel Antunes Rocha
30
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA: O USO DA RETÓRICA COMO INSTRUMENTAL DE
ANÁLISE
Cintia Souza Dantas da Silva, Helenice Maia Gonçalves
O ESTUDO DAS METÁFORAS COMO FERRAMENTA DE ANÁLISE DE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Arthur Vianna Ferreira
A CONSTRUÇÃO DO SOCIAL NOVAS REPRESENTAÇÕES E AS POLÍTICAS PÚBLICAS
DE JUSTIÇA E SEGURANÇA
ISRAEL KUJAWA, PEDRINHO GUARESCHI, MAURO GAGLIETTI
REPRESENTAÇÃO SOCIAL, RELAÇÃO COM O SABER E A FORMAÇÃO DOCENTE
Carlineide Justina da Silva Almeida, Elda Silva do Nascimento Melo
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA DOCÊNCIA: INDICADORES INDISPENSÁVEIS PARA
A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Anamerica Prado Marcondes, Sandra Lúcia Ferreira, Maria Cecília Bonini Trenche
IDENTIDADE E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ATLETAS MARATONISTAS
AMADORES E PROFISSIONAIS NO CONTEXTO ESPORTIVO
Isabela Amblard, Fatima Maria Leite Cruz
32
GDT 5
GDT 6
GDT 7
GDT 8
GDT 9
GDT 10
GDT 11
GDT 12
GDT 13
GDT 14
28
29
31
33
34
35
36
37
GDT 15
A NOÇÃO DE SISTEMA DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NAS TESES
DISSERTAÇÕES BRASILEIRAS: UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Danyelle Almeida de Andrade, Clarissa Cristina Gonçalves Correira, Fernanda Siqueira
Ribeiro, Lívia Botelho Félix.
E
38
GDT 16
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E RETÓRICA COMO TEORIAS E INSTRUMENTOS DE
ANÁLISE DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Cintia Souza Dantas da Silva, Helenice Maia Gonçalves
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: ESTRUTURAS MEDIADORAS ENTRE INDIVÍDUO E
SOCIEDADE
Flávio de Ligório Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E PROFISSÃO DOCENTE: O QUE AS PESQUISAS
REVELAM?
Antonia Maíra Emelly Cabral da Silva Vieira
POR UMA NECESSIDADE DE DIÁLOGO ENTRE MOSCOVICI E BAUMAN:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS HARDWARE E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
SOFTWARE
Valmaria Lemos da Costa Santos, Erika dos Reis Gusmão Andrade
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: FAMILIARIZANDO-SE COM A ESTRANHEZA
Valcemia Gonçalves de Sousa Novaes, Helenides Mendonça
DISCUTINDO SOBRE O CONCEITO DE SISTEMA DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS A
PARTIR DA TEMATIZAÇÃO DO GÊNERO NA PROFISSÃO DE PSICOLOGIA
Raiza Barros de Figuerêdo, Fatima Maria Leite Cruz
EIXO 1 - APROFUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
39
GDT 17
GDT 18
GDT 19
GDT 20
GDT 21
40
41
42
43
44
SISTEMA INTERATIVO DE POSTER
SIP 01
SIP 02
DELIMITAÇÃO DA METODOLOGIA DE ESTUDOS EM REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: A
CONSTRUÇÃO DO OBJETO DE PESQUISA E A IMPORTÂNCIA DA HISTORICIDADE DO
OBJETO REPRESENTACIONAL
Anna Carolina Salgado Jardim, Márcia Gouvêa Lousada, Vanusa Coelho Rodrigues, Clarilza
Prado de Sousa
A OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE COMO FERRAMENTA PARA A PRODUÇÃO DE
DADOS: O PROCESSO DE INSERÇÃO NO CAMPO DE PESQUISA EM
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Ana Carolina Santos de Souza, Denize Cristina de Oliveira
EIXO 1 - APROFUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
46
47
SIMPÓSIO
SIMP 01
SIMP 02
SIMP 03
SIMP 04
SIMP 05
DIFERENTES PERSPECTIVAS NOS ESTUDOS SOBRE AFETOS E PENSAMENTO
SOCIAL: METÁFORAS, POLARIZAÇÕES E CARACTERÍSTICAS DE OBJETO
Rafael Moura Coelho Pecly Wolter, Renata Lira dos Santos Aléssio, Ana Maria Justo, Denis
Giovani Monteiro Naiff, Rafael Pecly Wolter, Thémis Apostolidis, Brigido Vizeu Camargo
REPENSANDO O "SOCIAL" DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: DIÁLOGOS
COM PIERRE BOURDIEU
Pedro Humberto Faria Campos, Jorge Correia Jesuíno, Maria de Fátima Barbosa Abdalla,
Moisés Domingos Sobrinho, Rita de Cássia Pereira Lima, Thémistoklis Apostolidis
REPRESENTAÇÕES, SUJEITO E SUBJETIVIDADE SOCIAL: A CONTRIBUIÇÃO DA
TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS PARA A TRANSFORMAÇÃO DE PRÁTICAS
Adelina de Oliveira Novaes, Pedrinho Arcides Guareschi, Arthur Arruda Leal Ferreira,
Susana Seidmann
49
A RELAÇÃO ENTRE AS REPRESENTAÇÕES E AS PRÁTICAS NA SAÚDE: UMA
ABORDAGEM DE DIFERENTES ESTUDOS EM HIV/AIDSA
Antonio Marcos Tosoli Gomes, Denize Cristina de Oliveira, Sergio Corrêa Marques
SOBRE A TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Denise Jodelet, Angela Arruda, Brigido Vizeu Camargo
EIXO 1 - APROFUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
57
52
55
60
MESA REDONDA
MES 01
A RELAÇÃO REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E IDENTIDADE: CONSTRUTOS
TENSIONAMENTOS
Fatima Maria Leite Cruz, Etiane Valentim da Silva, Isabela Amblard, Flavia Pereira
E
64
EIXO 1 - APROFUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
OFICINA RS
ORS 01
ORS 02
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA INFECÇÃO HOSPITALAR PELOS PROFISSIONAIS DA
ÁREA DE SAÚDE
Lorena Karen de Morais Moura, Anaíta de Sousa Rocha Neta, Karen Formiga, Carlos
Henrique Ribeiro Lima
GRUPO ADOLESCER: DA LAGARTA A BORBOLETA RELATO DE EXPERIÊNCIA DO
ESTÁGIO EM PSICOLOGIA COMUNITÁRIA
Guilherme Pachêco de Melo, Carlos Antônio Santos, Flora Fernandes Lima, Liliane Campos
Sousa
68
69
EIXO 2 - EDUCAÇÃO, INSTITUIÇÃO E PROCESSOS EDUCATIVOS
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
GDT 1
GDT 2
GDT 3
GDT 4
GDT 5
GDT 6
GDT 7
GDT 8
GDT 9
GDT 10
GDT 11
GDT 12
GDT 13
GDT 14
GDT 15
REPRESENTAÇÕES DE DOCENTES SOBRE AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Ana Paula Abdalla, Andreia Osti
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DO PROFESSOR DA
ESCOLA PÚBLICA
Juliana Gomes da Silva Soares, Luís Carlos Sales
A ESTRUTURA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES SOBRE O
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: O USO DOS PROGRAMAS EVOC E TRI-DEUX
MOT
Arlete Marinho Gonçalves, Maria Josefa de Souza Távora
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS PRÁTICAS ARTÍSTICAS DOS ESTUDANTES DO
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO
Cristiene Adriana da Silva Carvalho,Maria Isabel Antunes-Rocha
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: SENTIDOS DE
INOVAÇÃO PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA
Etiane Valentim da Silva, Fatima Maria Leite Cruz
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA E IMPLICAÇÕES NA
IDENTIDADE PROFISSIONAL
Fatima Maria Leite Cruz, Maria da Conceição Carrilho de Aguiar
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFESSORES DE UNIDADES DE EDUCAÇÃO
INFANTIL DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DA PARAIBA SOBRE A ARTE
Norma Maria de Lima, Adelaide Alves Dias
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE DIRETORES ESCOLARES ACERCA DA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Luiz Carlos Carvalho de Oliveira, Luis Carlos Sales
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS LICENCIADOS
PELO PROEB/UFMA
Edilene Freitas Silva de Almeida, Maria Núbia Barbosa Bonfim
FORMAÇÃO CONTINUADA EM SERVIÇO NAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE
PROFESSORES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Marciele Stiegler Ribas Mkrtchian, Simone Weinhardt Withers, José Luis de Oliveira
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DO VALE DO
PARAÍBA – SP SOBRE TECNOLOGIAS & EDUCAÇÃO
Leticia Maria Pinto da Costa, Edna Maria Querido de Oliveira Chamon, Marcia Maria Dias
Reis Pacheco, Patricia Ortiz Monteiro
PROFISSÃO DOCENTE PARA PROFESSORES INICIANTES: CONSENSOS DAS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Laeda Bezerra Machado
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO “SER PROFESSOR DO CAMPO”: O QUE AS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS REVELAM?
Gilmar Lopes Dias, Edna Maria Querido de Oliveira Chamon, Rozemara Cabral Mendes de
Carvalho, Alesandra Cabreira Dias
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: A VISÃO DO
ALUNO
Flávio de Ligório Silva
UMA PESQUISA COM DISCENTES DA LICENCIATURA DE HISTÓRIA/UFRN:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE DOCÊNCIA
Maria das Dores Dutra Xavier, Silvia Regina Pereira de Mendonça
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
GDT 16
GDT 17
GDT 18
GDT 19
GDT 20
GDT 21
GDT 22
GDT 23
GDT 24
GDT 25
GDT 26
GDT 27
GDT 28
GDT 29
GDT 30
GDT 31
GDT 32
GDT 33
GDT 34
GDT 35
GDT 36
GDT 37
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E PRÁTICAS EDUCATIVAS EM ÁREAS RURAIS DA
REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – PR
Maria Cristina Borges da Silva
RECREIO E SALA DE AULA: QUAIS AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS FUTUROS
PEDAGOGOS SOBRE ESSES ESPAÇOS?
Aline Rejane Caxito Braga
O ENSINO DA GEOMETRIA E SUA HISTORICIDADE
Karina Alves Biasoli Stanich, Clarilza Prado de Sousa
O ENSINO DA GEOMETRIA: ANÁLISE DA PRODUÇÃO ACADÊMICA ENTRE 2000 A
2012
Karina Alves Biasoli Stanich, Clarilza Prado de Sousa
REFLETINDO SOBRE O ATO DE ENSINAR: A CONTRIBUIÇÃO DA TEORIA DAS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Camila Rodrigues dos Santos, Elda Silva do Nascimento Melo
POLICIAIS MILITARES FORMADOS NA PMDF E SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
ACERCA DO ENSINO E FORMAÇÃO POLICIAL
Daniele Alcântara Nascimento, Teresa Cristina Siqueira Cerqueira, Thiago Gomes
Nascimento
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A SOCIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO
Sheyla Charlyse Rodrigues de Oliveira, Elda Silva do Nascimento Melo
AS EXPERIÊNCIAS DOS LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA ATUANTES NO PIBID E
SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O ENSINO DE MATEMÁTICA
Silvia Regina Pereira de Mendonça, Maria das Dores Dutra Xavier, Erika dos Reis Gusmão
Andrade
ENSINO DE ARTE E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: A REALIDADE DE JATAÍ
Melina Coutinho Ferreira, Rosely Ribeiro Lima
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS TECIDAS NO COTIDIANO DO ESPAÇO ESCOLAR: A
RELAÇÃO PEDAGÓGICA NAS VOZES DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Dourivan Camara Silva de Jesus, Maria Núbia Barbosa Bonfim
A CONSTRUÇÃO DA FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA EM CRIANÇAS DO 2º AO 6º ANO
DO ENSINO FUNDAMENTAL
Telma Jannuzzi da Silva Lopes
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ACERCA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO OFERTADA
PELAS FACULDADES PARTICULARES PARTILHADAS POR ESTUDANTES DE ENSINO
MÉDIO
Janna Erica Paz Linhares Oliveira, Luis Carlos Sales
A ESCOLA E SUAS POSSIBILIDADES: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PEDAGOGIA
DIFERENCIADA.
Ana Paula Simões da Mota, Monica Rabello de Castro
E SE EU FOSSE VOCÊ? (DES)ENCONTROS E POSSIBILIDADES DE REENCONTROS
ENTRE AS CULTURAS ESCOLARES E COMUNITÁRIAS
Lincoln Tavares Silva
SENTIDOS ATRIBUÍDOS À ESCOLA PÚBLICA: OLHARES DAS JUVENTUDES
Andrea da Paixão Fernandes
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ÍNDIO EM LIVROS DIDÁTICOS ADOTADOS NAS
ALDEIAS DO POVO TENETEHARA/GUAJAJARA DO SUL DO MARANHÃO: UM ESTUDO
DE CASO
Eliane de Jesus Araujo Silva, Maria Núbia Barbosa Bonfim
ENERGIA NUCLEAR: REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE FAMÍLIAS DE ALUNOS DE
ESCOLAS PÚBLICAS DE ANGRA DOS REIS/RJ
Salete Leone Ferreira, Rita de Cássia Pereira Lima
SENTINELAS DOS MARES: A CARREIRA MILITAR NAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
DE ASPIRANTES E OFICIAIS DA MARINHA DO BRASIL
Rosane Pinto Rodrigues, Denis Giovani Monteiro Naiff
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE UNIVERSITÁRIOS SOBRE LIDERANÇA ESTUDANTIL
NA PUC-SP
Marco Antonio Vela Cuadros, Denise Marques Alexandre, Anna Carolina Salgado Jardim,
Clarilza Prado de Sousa
ESPAÇO DE (NÃO) SAÚDE: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE SAÚDE E DOENÇA
DE TRABALHADORES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DO NOTURNO
Beloní Gabe Leal, Sandra Maria Cezar Leal
AS RELAÇÕES DE ENCAIXE ENTRE AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE AUTONOMIA
E AUTONOMIA DOCENTE
Viviane de Bona, Licia de Souza Leão Maia
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS PRÁTICAS ARTÍSTICAS DOS ESTUDANTES DO
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
GDT 38
GDT 39
GDT 40
GDT 41
GDT 42
GDT 43
GDT 43
GDT 44
GDT 45
GDT 46
GDT 47
GDT 48
GDT 49
GDT 50
GDT 51
GDT 52
GDT 53
GDT 54
GDT 55
GDT 56
Cristiene Adriana da Silva Carvalho, Maria Isabel Antunes-Rocha
NO CAMINHO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA
ESCOLA: O QUE DIZEM OS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Hadryan Lima Rodrigues, Maria Nubia Barbosa Bonfim
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NO COTIDIANO DA SALA DE AULA
Gabriella Alves Ferreira, Suely Sousa Lima, Fábia Elina dos Santos Araujo, Dourivan
Camara Silva de Jesus
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO CONCEITO DE INFÂNCIA: RECORTES E RETRATOS
PRESENTES NA FAMÍLIA E NA ESCOLA
Rita de Cássia Braz Conceição Melo, Maria Aparecida Braz Conceição
INFÂNCIA E CIDADE: AS REPRESENTAÇÕES SÓCIOESPACIAIS DA CIDADE DE
CUIABÁ POR CRIANÇAS
Sandra Regina Geiss Lorensini, Paula Figueiredo Poubel, Naiana Marinho Gonçalves,
Jeysson Ricardo Fernandes da Cunha
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO SER PROFESSOR NA CONCEPÇÃO DE
LICENCIANDOS DE PEDAGOGIA
Rozemara Cabral Mendes De Carvalho, Edna Maria Querido de Oliveira Chamon, Gilmar
Lopes Dias, Patricia Diana Edith Belfort De Souza e Camargo Ortiz Monteiro
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E PRÁTICAS EDUCATIVAS EM ÁREAS RURAIS DA
REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – PR
Maria Cristina Borges da Silva
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFESSORES DE UNIDADES DE EDUCAÇÃO
INFANTIL DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DA PARAIBA SOBRE A ARTE
Norma Maria de Lima, Adelaide Alves Dias
VALORES COMO REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: TIPOLOGIAS DE RESPOSTAS EM
VALORES DE SOLIDARIEDADE E CONVIVÊNCIA DEMOCRÁTICA
Maria Suzana de Stefano Menin, Marialva Rossi Tavares, Patricia Patricia Unger Raphael
Bataglia, Luciene Regina Paulino Tognetta
ESCOLA PAIDOCENTRISTA OU PEDAGOGISTA? REPRESENTAÇÕES SOCIAIS A
CERCA DE ESCOLA POR PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Andrea Velloso, Luciano Luz
PROCESSO IDENTITÁRIO DE GESTORES EDUCACIONAIS DE ESCOLAS DE ALTO E
BAIXO IDEB, REVELADO PELA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Andrea Velloso, Luciano Luz
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS ACADÊMICOS E EGRESSOS DA PROFISSÃO
DO TERAPEUTA OCUPACIONAL
Letícia Rocha Dutra, Vicente Sarubbi Júnior, Paulo Rogério Gallo, Paulo Afrânio Sant’anna
DOCÊNCIA NA PÓS-GRADUAÇÃO: CONCEPÇÕES E IMAGENS DE PROFESSORES E
ESTUDANTES
Anamerica Prado Marcondes, Sandra Lúcia Ferreira
PROPOSTA PEDAGÓGICA E PROJETO REPRESENTACIONAL: APROXIMAÇÕES
POSSÍVEIS
Sandra Regina Geiss Lorensini, Iury Lara Alves, Camila Cristina Ferreira Ramos
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE OS ADOLESCENTES NO ESPAÇO ESCOLAR
Adriana Olívia da Silva, Dionéia Moura De Souza, Renaldo Ferreira da Silva, Suzzana Alice
Lima Almeida
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DE ENSINO MÉDIO SOBRE O
ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Kátia Rosa Azevedo, Teresa Cristina Siqueira Cerqueira
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE EDUCADORAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS ACERCA DA INCLUSÃO E DA DEFICIÊNCIA
Sandra Cristina Morais de Souza
DOCÊNCIA NA PÓS-GRADUAÇÃO:CONCEPÇÕES E IMAGENS DE PROFESSORES E
ESTUDANTES
Anamerica Prado Marcondes, Sandra Lúcia Ferreira
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES SOBRE ALUNOS COM
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM TEMPOS DE INCLUSÃO EDUCACIONAL
Sabrina Araujo de Almeida, Pedro Humberto Faria Campos, Judith dos Santos Perez
GESTORES EDUCACIONAIS: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A ESCOLA
Teresa Cristina Siqueira Cerqueira, Fernanda Plentz de Andrade
A QUESTÃO DAS DIFERENÇAS: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS
Neide Maria Fernandes Rodrigues de Sousa, Ivany Pinto Nascimento
EIXO 2 - EDUCAÇÃO, INSTITUIÇÃO E PROCESSOS EDUCATIVOS
108
109
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127
SIP – SISTEMA INTERATIVO DE POSTER
SIP 01
SIP 02
SIP 03
SIP 04
SIP 05
SIP 06
SIP 07
SIP 08
SIP 09
SIP 10
SIP 11
SIP 12
SIP 13
SIP 14
SIP 15
SIP 16
SIP 17
SIP 18
SIP 19
SIP 20
RITOS DE PASSAGEM REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A PÓS-GRADUAÇÃO
LATO SENSU E SUA IMPLICAÇÃO NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO DOCENTE
Poliana Marina Mascarenhas de Santana Magalhães
ESTUDANTES DE BAIXA RENDA NO ENSINO SUPERIOR: REPRESENTAÇÕES DE
PROFESSORES DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL DE UMA FACULDADE PRIVADA NO
CENTRO DE SÃO PAULO SOBRE ESTUDANTES DE BAIXA RENDA
Cláudia Terra, Adelina de Oliveira Novaes
EVASÃO E POBREZA EM OFICINAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL: ANTES E
DEPOIS DE UM ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Arthur Vianna Ferreira
REPRESENTAÇÕES QUE MARCAM O TRABALHO DO GESTOR ESCOLAR
Ricardo Alexandre Marangoni, Lúcia Pintor Santiso Villas Bôas
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE LICENCIANDOS EM PEDAGOGIA ACERCA DO
TRABALHO DOCENTE
Antonia Maíra Emelly Cabral da Silva Vieira, Elda Silva do Nascimento Melo
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E GESTÃO NO INSTITUTO FEDERAL – POLÍTICAS
PÚBLICAS, SABERES DOS EDUCADORES E CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Anna Carolina Salgado Jardim
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PSICÓLOGO: EXPLORAÇÕES INICIAIS DE SEU
CAMPO SEMÂNTICO
Danielle Oliveira da Nóbrega
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O
CORPO
Felipe da Silva Triani, Cristina Novikoff
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MOBILIDADE DE JOVENS UNIVERSITÁRIOS: NOVOS
FLUXOS, IDENTIDADES E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Poliana Dias da Silva, Fatima Maria Leite Cruz
EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS PARA ALUNOS E
PROFESSORES
Felipe da Silva Freitas Triani, Willian Costa de Freitas, Cristina Novikoff
DIMENSÕES DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
DE TUTORES EM UM CURSO DE PEDAGOGIA, NO NORDESTE BRASILEIRO
Maria de Fátima Serra Rios
REPRESENTAÇÕES SOCAIS DO ENSINO DA MATEMÁTICA: UM DIÁLOGO COM
PROFESSORES QUE ATUAM NA SALA DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO (SAEE) NO ESTADO DE PERNAMBUCO
Juliana de Cássia Gomes da Silva, Fatima Maria Leite Cruz
O ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DE
PROCESSOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Vanusa dos Reis Coelho, Clarilza Prado Sousa
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA IMAGEM DO FEMININO, O MERCADO DE TRABALHO
DA MULHER E A PROFISSÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA ALUNAS DO CURSO
TECNOLÓGICO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS DE UM CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE SANTOS
Denise Marques Alexandre, Anna Carolina Salgado Jardim
ALTERNÂNCIAS EDUCATIVAS: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS DOCENTES DA
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO DA UFV
Lourdes Helena da Silva, Sthefani Loti Paiva Lima, Willer Araújo Barbosa, Josiane Das
Graças Carvalho
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E ESCOLHA PROFISSIONAL NOS CONTEXTOS URBANO
E DO CAMPO
Leonor Santana, Edna Maria Querido de Oliveira Chamon
O CAP-UERJ NO CENÁRIO DAS POLÍTICAS AFIRMATIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
QUE SENTIDOS PARA AS COTAS?
Lincoln Tavares Silva, Andrea da Paixão Fernandes
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA EDUCAÇÃO PERMANENTE ELABORADAS POR
AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Suziane Martins Carvalho, Maria Eliete Batista Moura, Felismina Rosa Parreira Mendes,
Josefa Nilza Fernandes Neta
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
SOBRE O TDAH
Jéssica Veras Mariano, Marinalva Veras Medeiros
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O ENSINO DE ARTE: A VISÃO DOS
129
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SIP 21
SIP 22
SIP 23
SIP 24
SIP 25
SIP 26
SIP 27
SIP 28
SIP 29
SIP 30
SIP 31
SIMP 01
M 01
M 02
M 03
M 04
M 05
M 06
PROFESSORES ATUANTES NA DISCIPLINA DE ARTE
Melina Coutinho Ferreira, Rosely Ribeiro Lima
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE OS SABERES NA PERSPECTIVA DE
ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Elisvânia Amaro da Silva, Teresa Cristina Siqueira de Cerqueira
ENTRE O CONTEXTO E O DESCONTEXTO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS QUE OS
ALUNOS DE PEDAGOGIA TÊM SOBRE EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA COM O
SEMIÁRIDO
Viviane Brás dos Santos, Josenilton Nunes Vieira
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE JOVENS SOBRE O BAIRRO DA ENGOMADEIRA
Thaís Souza dos Santos, Natanael Reis Bomfim
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DO
CURSO DE LETRAS
Clara Corrêa da Costa, Helenice Maia Gonçalves
A DESISTÊNCIA NO ENSINO MÉDIO – EJA: UM ESTUDO À LUZ DA TEORIA DAS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E DA PRAXIOLOGIA DE PIERRE BOURDIEU
Cícera Romana Cardoso, Moisés Domingos Sobrinho
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE ESPORTES DOS PROFESSORES DE
EDUCAÇÃO FÍSICA DE ESCOLAS RURAIS NO MUNICÍPIO DE CUNHA-SP
Shirley Rosane Aparecida Fernandes Monteiro, Edna Maria Querido de Oliveira Chamon
BERGMAN E MOSCOVICI: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA DOENÇA NO CINEMA
NA VISÃO DE ACADÊMICOS DE SAÚDE
Victor Hugo Alves Mascarenhas, Francisco de Oliveira Barros Júnio
REPRESENTAÇÃO SOCIAL SOBRE O PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: A
CONCEPÇÃO DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO
Kátia Souza Rezende, Paulo Afrânio Sant’anna
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O PSICÓLOGO ESCOLAR
Aline Rejane Caxito Braga
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES SOBRE MATERIAIS PEDAGÓGICOS
POSTADOS EM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
Natanael Reis Bomfim, Thais de Souza dos Santos
DIZERES DE PROFESSORES BILÍNGUES SOBRE O PROCESSO DE INCLUSÃO
ESCOLAR DE EDUCANDOS SURDOS
Waldma Maira Menezes de Oliveira
EIXO 2 - EDUCAÇÃO, INSTITUIÇÃO E PROCESSOS EDUCATIVOS
SIMPÓSIO
INTERVENÇÃO E MUDANÇA NA EDUCAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES PARA A TRS
Clarilza Prado de Sousa , Adelaide Alves Dias , Edna Maria Querido de Oliveira Chamon ,
Jorgelina Di Iorio
EIXO 2 - EDUCAÇÃO, INSTITUIÇÃO E PROCESSOS EDUCATIVOS
MESA REDONDA
A FECUNDIDADE DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS:
INTERFACES SOBRE A FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE
,
Suzzana Alice Lima Almeida Maria de Lourdes Soares Ornellas, Poliana Marina
Mascarenhas de Santana Magalhães, Márcia Simão Carneiro, Ivany Pinto Nascimento
REPRESENTAÇOES SOCIAS DAS JUNVENTUDES AMAZONIDAS: SENTIDOS E
SIGNIFICADOS QUE ENTRELAÇAM OS PROCESSOS FORMATIVOS ESCOLARES DOS
JOVENS NO ESTADO DO PARÁ
Joana D'arc de Vasconcelos Neves, Degiane da Silva Farias, Antenor Carlos Pantoja
Trindade
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O AFETO, FORMAÇÃO E O TRABALHO
DOCENTE
Sônia Eli Cabral Rodrigues, Maria de Lourdes Soares Ornellas, Ivany Pinto Nascimento,
Carla Verônica Albuquerque Almeida
FORMAÇÃO DOCENTE E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: OS LUGARES DE ATUAÇÃO
Carla Verônica Albuquerque Almeida, Joana D’arc de Vasconcelos Neves, Josilda Batista
Lima
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: ESTUDOS
TEÓRICO-METODOLÓGICOS INTERDISCIPLINARES
Edith Maria Marques Magalhães, Helenice Maia Gonçalves, Arthur Vianna Ferreira, Cristina
Novikoff
A TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E OS PROCESSOS EDUCATIVOS
EVIDENCIADOS EM PESQUISAS SOBRE PESSOAS SURDAS E COM DEFICIÊNCIA
FÍSICA
Neide Maria Fernandes Rodrigues de Sousa, Andréa Pereira Silveira, Arlete Marinho
149
150
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175
178
M 07
M 08
Gonçalves
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE FORMAÇÃO INICIAL E SABERES DOCENTES
Alda Judith Alves Mazzotti, Helenice Maia Gonçalves, Tarso Bonilha Mazzotti, Fátima Maria
Leite Cruz
PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE PELAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE
PROFESSORES
180
184
Romilda Teodora Ens, Gisele Rietow Bertotti, Jociane Emìdia Silva Geronasso, Maria De
Fátima Barbosa Abdalla, Rita De Cássia Pereira Lima, Inês Ferreira De Souza Bragança,
Suely Fernandes Coelho Lemos
M 09
ORS 01
ORS 02
ORS 03
ORS 04
GDT 01
GDT 02
GDT 01
GDT 02
GDT 03
GDT 04
GDT 05
GDT 06
GDT 07
EDUCAÇÃO FÍSICA, REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E A ESCOLA
Kadydja Karla Nascimento Chagas, Pedro Humberto Faria Campos, Maria de Fátima F. de
Vasconcelos, Luiz Tadeu Paes, Maria de Lourdes Morais Fagundes
EIXO 2 - EDUCAÇÃO, INSTITUIÇÃO E PROCESSOS EDUCATIVOS
OFICINA RS
TRAJETÓRIAS SÓCIO ESCOLARES E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE EDUCANDOS
SOBRE A LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO NA UFV
Lourdes Helena da Silva, Josiane das Graças Carvalho, Sthefani Loti Paiva Lima
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA AIDS ELABORADAS POR ADOLESCENTES
ESCOLARES
Olívia Dias de Araújo, Victor Hugo Alves Mascarenhas, Daniella Leal de Carvalho, Inez
Sampaio Nery
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA INFECÇÃO HOSPITALAR PELOS PROFISSIONAIS DA
ÁREA DE SAÚDE
Lorena Karen de Morais Moura, Anaíta de Sousa Rocha Neta, Karen Formiga, Carlos
Henrique Ribeiro Lima
INFLUÊNCIA DA AFETIVIDADE NA TRANSIÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO: RELATO EM
PSICOLOGIA ESCOLAR EDUCACIONAL
Débora Carvalho Cardoso Vitorino, Milene Martins, Ádilo Lages Vieira Passos
EIXO 3 - ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
A ESPIRITUALIDADE E A RELIGIOSIDADE DE PESSOAS QUE VIVEM COM O HIV/AIDS:
UM ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Antonio Marcos Tosoli Gomes, Sergio Correa Marques, Virgínia Paiva Figueiredo, Eduardo
Pereira Paschoal
PRECONCEITO RELIGIOSO E RELAÇÕES INTERGRUPAIS: O CASO DA INVASÃO
EVANGÉLICA AO TERREIRO DE UMBANDA EM RECIFE
Renata Lira dos Santos Aléssio, Lassana Danfá
EIXO 4 - FAMÍLIA, GÊNERO E SEXUALIDADE
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
A PATERNIDADE NOS MESES INICIAIS DE VIDA DO PRIMEIRO FILHO
Mirian Beccheri Cortez, Nayara Wiedenhoeft Carvalho, Zeidi Araujo Trindade, Gustavo Silva
Souza
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MULHERES CIGANAS ENTRE BRASILEIROS E
ITALIANOS: ANCORAGEM PSICOLÓGICA, SOCIAL E PSICOSSOCIAL
Mariana Bonomo, Giannino Melotti, Monica Pivetti
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE GÊNERO EM ESPAÇOS DE OCUPAÇÃO
TERRITORIAL
Jamira Lopes de Amorim, Maria da Conceição da Silva Rodrigues
COMO A GERAÇÃO DE FILHOS E PAIS REPRESENTAM SOCIALMENTE A FAMÍLIA
Fernanda Siqueira Ribeiro, Maria de Fátima de Souza Santos
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ENFERMEIRA(O)S ATUANTES EM MATERNIDADE
SOBRE DROGAS
Andreia Silva Rodrigues, Jeane Freitas de Oliveira, Simone Santos Souza, Millene Moura
Alves Pereira
VIDA E MORTE’/‘CALVÁRIO E PENITÊNCIA’: SENTIDOS COMPARTILHADOS DE
MATERNIDADE SEGUNDO MÃES DE FILHOS COM DEFICIÊNCIA
Fernando Antônio da Silva, Fatima Maria Leite Cruz
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ENFERMEIRAS SOBRE A INFECÇÃO FEMININA AO
HIV/AIDS
Dejeane de Oliveira Silva, Milena Vaz Sampaio Santos, Mirian Santos Paiva, Jeane Freitas
de Oliveira
185
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195
196
198
199
200
201
202
203
204
GDT 08
PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO HIV/AIDS
Laelson Rochelle Milanês Sousa, Joaquim Guerra de Oliveira Neto, Ruth Cardoso Rocha,
Maria Eliete Batista Moura
O DEBATE SOBRE O RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL HOMOSSEXUAL:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NOS COMENTÁRIOS DE LEITORES DO SITE DA FOLHA
DE S.PAULO
Anderson Scardua, Maria Edna Silva de Alexandre
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE DIVERSIDADE SEXUAL POR PROFESSORES E
PROFESSORAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE
Lucia Bahia Barreto Campello, Licia de Souza Leão Maia
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO NAMORO POR ADOLESCENTES: UMA
ABORADAGEM ESTRUTURAL
Carina Bulcão Pinto, Ana Beatriz Azevedo Queiroz
REPRESENTAÇÕES IDENTITÁRIAS DE MULHERES CASADAS E SOLTEIRAS ACERCA
DE TRABALHO E FAMÍLIA.
Thyara Ferreira Ribeiro Mendonça, Anderson Pereira Mendonça, Vanessa Simon Ribeiro
Cavalcanti
TENTATIVA DE SUICÍDIO POR MULHERES: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE
MÉDICOS(AS), ENFERMEIRAS(OS) E TÉCNICAS(OS) DE ENFERMAGEM
Andreia Silva Rodrigues, Simone Santos Souza, Normélia Maria Freire Diniz, Jeane Freitas
de Oliveira
DIMENSÕES PRÁTICAS FRENTE À VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO NAMORO NO
CONTEXTO DA JUVENTUDE
Isabelle Mangueira de Paula, Ana Beatriz Azevedo Queiroz, Gabriela Mello Silva
A CONJUGALIDADE EM RECÉM-CASADOS PELA ANÁLISE SOCIETAL DAS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE WILLEM DOISE
Juliana Pereira Torres, Priscilla de Oliveira Martins da Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS ADOLESCENTES E DOS SEUS RESPONSÁVEIS
ACERCA DA VACINA CONTRA O HPV
Bianca Dargam Gomes Vieira, Ana Beatriz Azevedo Queiroz
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA SEXUALIDADE INFANTIL PARTILHADAS POR
PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Ludmilla Soares Lima, Juliana Gomes da Silva Soares, Gislainne de Araújo Sousa,
Georgiana da Costa e Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE IDOSOS SOBRE SEXUALIDADE NA TERCEIRA
IDADE: SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
Maria Nauside Pessoa da Silva, Caroline Murad Abdalla, Lennara de Siqueira Coêlho,
Lorena Rocha Batista Carvalho
205
GDT 19
REFLEXÕES SOBRE GÊNERO: UM ESTUDO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS
ASSENTADOS E ASSENTADAS DA FAZENDA NOVA CANAÃ
Viviane Brás dos Santos, Pedro Paulo Souza Rios, Edonilce da Rocha Barros, Adriana Olivia
da Silva
216
GDT 20
AS RELAÇÕES DE GÊNERO E A TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: O
ENCONTRO POSSÍVEL
Ana Célia de Sousa Santos, Licia de Souza Leão Maia
INFLUÊNCIA DOS ARRANJOS FAMILIARES NA CONSTRUÇÃO DAS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Rita Narriman Silva de Oliveira Boery, Jeorgia Pereira Alves, Eliane dos Santos Bomfim,
Maria Lydia Aroz D’almeida Santana
MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE: REPRESENTAÇÕES
SOCIAIS SOBRE O HIV/AIDS
Débora Raquel Soares Guedes Trigueiro, Jordana de Almeida Nogueira, Sandra Aparecida
De Almeida, Joseane Barbosa Freire da Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MULHERES ASSISTIDAS POR ENFERMEIRAS
OBSTÉTRICAS DURANTE O TRABALHO DE PARTO E PARTO NORMAL
Gaubeline Teixeira Feitosa, Inez Sampaio Nery, Államy Danilo Moura e Silva, Girlene Ribeiro
da Costa
ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR CASAIS HOMOAFETIVOS: O QUE PENSAM
ESTUDANTES DE PSICOLOGIA E DIREITO?
Ludgleydson Fernandes de Araêjo, Romulo Araujo da Rocha, Anna Clara de Araújo
Cardoso, Fauston Negreiros
REPRESENTAÇÕES EM MOVIMENTO DE MÃES E PAIS DE CRIANÇAS COM PARALISIA
CEREBRAL
Jeorgia Pereira Alves, Jamile Guerra Fonseca, Rita Narriman Silva de Oliveira Boery
217
GDT 09
GDT 10
GDT 11
GDT 12
GDT 13
GDT 14
GDT 15
GDT 16
GDT 17
GDT 18
GDT 21
GDT 22
GDT 23
GDT 24
GDT 25
206
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211
212
213
214
215
218
219
220
221
222
GDT 26
GDT 27
GDT 28
GDT 29
ORS 01
ORS 02
ORS 03
ORS 04
ORS 05
ORS 06
GDT 01
GDT 02
GDT 03
GDT 04
GDT 05
GDT 06
GDT 07
A INFLUÊNCIA DO DIVÓRCIO NA VIDA ESCOLAR DAS CRIANÇAS: UM ESTUDO DE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ELABORADAS POR PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL NA CIDADE DE TERESINA-PI
Maria Betânia Soares Carioca, Ana Carolinne César Quirino Moura, Bruna Raissa Dias
Ferreira, Juliana Gomes da Silva Soares
O VIVIDO DA VIOLÊNCIA NO NAMORO PELAS JOVENS: UM ESTUDO DE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Gabriela Mello Silva, Ana Beatriz Azevedo Queiroz
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONSTRUIDA POR MULHERES EM TERESINA-PI
Aline Raquel de Sousa Ibiapina, Inez Sampaio Nery, Fernanda Maria de Jesus Sousa Pires
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE CADEIRANTES SOBRE A SEXUALIDADE
Jardel Nascimento da Cruz, Maria da Consolação Pitanga de Sousa, Islany Ribeiro de
Vasconcelos Pitanga, Bruno da Silva Zacarias
EIXO 4 - FAMÍLIA, GÊNERO E SEXUALIDADE
OFICINA RS - ORAL
A VULNERABILIDADE DE MULHERES QUE NÃO FAZEM USO DA “CAMISINHA” E A
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA AIDS
July Grassiely de Oliveira Branco, Marina Frota Lopes, Juliana Brito Cavalcante, Maria
Cecília Barreira Cavalcante
223
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NO CONTEXTO DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL
Letícia de Mélo Sousa, Maísa Cavalcanti de Farias, Sibelle Maria Martins de Barros
EXPRESSÕES DO FEMININO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E IDENTIDADE NO
CONTEXTO DA DANÇA DO VENTRE
,
Letícia de Mélo Sousa , Sibelle Maria Martins de Barros
O REDESCOBRIR DA SEXUALIDADE: (DES) AMPARO DO COMPANHEIRO A MULHER
OSTOMIZADA
July Grassiely de Oliveira Branco, Antonio Dean Barbosa Marques, Marina Frota Lopes,
Rochelle da Costa Cavalcante
REPRESENTAÇÕES SOCIAS DE PAIS JOVENS SOBRE A PARTICIPAÇÃO NO CUIDADO
DO RECÉM-NASCIDO VINDO DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Dejeane de Oliveira Silva, Roberta Santos Pereira, Larissa Silva de Abreu Rodrigues, Jeane
Freitas de Oliveira
229
AS VULNERABILIDADE DE MULHERES AO HIV: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Jardel Nascimento da Cruz, Priscyla Queiroz Coelho Ferreira, Maria da Consolação Pitanga
de Sousa, Camila Aparecida Pinheiro Landim Almeida
233
EIXO 5 - IMAGINÁRIO, MEMÓRIA, HISTÓRIA E CULTURA
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
“FÁBRICA DE COMUNISTAS”: MEMÓRIAS E DINÂMICAS IDENTITÁRIAS DE
FAMILIARES SOBRE A DITADURA MILITAR EM MINAS GERAIS
Flaviane da Costa Oliveira, Thayna Larissa Aguilar dos Santos, Jaíza Pollyanna Dias da
Cruz, Ingrid Faria Gianordoli-Nascimento
REPRESENTAÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS DO BAIRRO DE JARDIM DA PENHA NO
MUNICÍPIO DE VITÓRIA-ES
Priscila Silva de Oliveira, Maria Cristina Smith Menandro, Sabrine Mantuan dos Santos
Coutinho, Mônica Nogueira dos Santos
BRASILEIROS IMIGRANTES NA EUROPA: DOS TERRITÓRIOS AOS GRUPOS
SOCIAIS
Mariana Bonomo, Roberta Rangel Batista
VIVER EM CLANDESTINIDADE: REPRESENTAÇÕES DE MULHERES QUE MILITARAM
DURANTE A DITADURA MILITAR NO BRASIL
Rafaela Alves Marinho, Jaíza Pollyanna Dias da Cruz, Janaína Campos de Freitas, Ingrid
Faria Gianordoli-Nascimento
ANCORAGENS DA PERDA VEICULADAS EM OBITUÁRIOS E ELOGIOS FÚNEBRES
Alexandre Sant'ana de Brito, Laura Camara Lima
AVENIDA FREI SERAFIM: IMAGINÁRIO, MEMÓRIA E PATRIMÔNIO
Aracelly Moreira Magalhães, Isis Meireles Rodrigues
A CONSTRUÇÃO SOCIAL DOS SUBVERSIVOS: JUVENTUDE E MILITÂNCIA DURANTE
A DITADURA MILITAR NO BRASIL
Flaviane da Costa Oliveira, Ingrid Faria Gianordoli-Nascimento
EIXO 6 - LINGUAGEM, COMUNICAÇÃO E MÍDIAS
224
225
226
228
230
231
232
235
236
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238
239
240
241
GDT 01
GDT 02
GDT 03
GDT 04
GDT 05
GDT06
GDT 07
GDT 08
SIP 01
SIP 02
GDT 01
GDT 02
GDT 03
GDT 04
GDT 05
ORS 01
GDT 01
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
A PERSONIFICAÇÃO DO SINDICALISMO BRASILEIRO NA REVISTA VEJA
Guilherme Gustavo Holz Peroni, Priscilla de Oliveira Martins da Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS EM CONSTRUÇÃO: REPERCUSSÕES NA MÍDIA
DIGITAL SOBRE O RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE
Rafaela Alves Marinho, Clara Gomes Machado, Bárbara Gonçalves Mendes, Ingrid Faria
Gianordoli-Nascimento
MEMÓRIAS SOBRE AS DITADURAS NA AMÉRICA LATINA: ANÁLISE DOS BLOGS
HIJOS
Clara Gomes Machado, Janaína Campos de Freitas, Thayna Larissa Aguilar dos Santos,
Ingrid Faria Gianordoli-Nascimento
PROPAGANDA CONTRA LGBTS NA MÍDIA ONLINE DA ASSEMBLEIA DE DEUS
Anderson Scardua, Maria Edna Silva de Alexandre
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA ASSISTÊNCIA AO PARTO NA MÍDIA IMPRESSA
Sibele Lima da Costa, Nayara Sousa de Mesquita, Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques,
Dafne Paiva Rodrigues
A RELAÇÃO ENTRE ADOLESCÊNCIA /JUVENTUDE E AIDS NA IMPRENSA NACIONAL:
UM ESTUDO SOBRE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Sabrine Mantuan dos Santos Coutinho, Daniel Henrique Pereira Espindula, Luiz Thiago
Almeida Araújo, Vinícius Barbosa de Olíveira
TEARS IN THE RAIN: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS FICCIONAIS DE ALTERIDADE
EM BLADE RUNNER
Alvaro Luiz Vitorio Machado, Cristina Novikoff
PUBLICIDADE E REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO HIV/AIDS NA REVISTA VEJA®
Thatiana Araújo Maranhão, Maria Lúcia Duarte Pereira, Patrícia Alencar Dutra, Adriana
Kelly Almeida Ferreira
EIXO 7 - MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
SIP - SISTEMA INTERATIVO DE POSTER
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: A SUSTENTABILIDADE NO CONTEXTO DAS
UNIVERSIDADES
Andrea Heidemann, Nelma Baldin
O DESMATAMENTO DA MATA ATLÂNTICA – (PIRABEIRABA – JOINVILLE, SANTA
CATARINA-BRASIL) AS REPRESENTAÇÕES SOCIAS DE SEUS MORADORES.
Andrea Heidemann, Vanilda Barbosa Galli, Nelma Baldin
EIXO 8 - NOVAS TECNOLOGIAS, CIÊNCIA E SOCIEDADE
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
A COLETA DE DADOS ON-LINE EM PESQUISAS NO CAMPO DOS ESTUDOS DAS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: DESAFIOS E POTENCIALIDADES
Marcia Taborda Corrêa Oliveira, Mary Rangel
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO RISCO E DA SEGURANÇA DE VÔO DOS PILOTOS
COMERCIAIS
Humberto César Machado, Pedro Humberto Faria Campos
A TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NA ADMINISTRAÇÃO: UM ESTUDO
SOBRE AS PUBLICAÇÕES DE CONGRESSOS NACIONAIS EM ADMINISTRAÇÃO
Guilherme Gustavo Holz Peroni, Priscilla de Oliveira Martins da Silva, Carolina Porto de
Medeiros, Nádia Ortolan da Vitória
A EMERGÊNCIA DE UM OBJETO SOCIAL NA CENA PÚBLICA: O CASO DO EMBRIÃO IN
VITRO
Edclécia Reino Carneiro de Morais, Renata Lira dos Santos Aléssio, Jacqueline de França
Neto, Maria de Fátima de Souza Santos
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ENTRE ESTUDANTES DE
GRADUAÇÃO DA UFRN
Venâncio Freitas de Queiroz Neto
EIXO 8 - NOVAS TECNOLOGIAS, CIÊNCIA E SOCIEDADE
OFICINA RS
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL E O DESENVOLVIMENTO DO SAFETY NA AVIAÇÃO
Humberto César Machado, Francis Ferronato
EIXO 9 - POLÍTICA, CIDADANIA, PROBLEMAS E MOVIMENTOS SOCIAIS
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA VIOLÊNCIA POLICIAL: UMA REFLEXÃO ACERCA
DA REALIDADE BRASILEIRA
Daniele Alcântara Nascimento, Thiago Gomes Nascimento
243
244
245
246
247
248
249
250
252
253
255
256
257
258
259
261
263
GDT 02
GDT 03
GDT 04
GDT 05
GDT 06
GDT 07
GDT 08
SIP 01
SIP 02
SIP 03
SIP 04
SIP 05
SIP 06
SIMP 01
SIMP 02
ORS 01
ORS 02
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA BIOSSEGURANÇA POR PROFISSIONAIS DE
ENFERMAGEM DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Artur Acelino Francisco Luz Nunes Queiroz, Alvaro Francisco Lopes de Sousa, Layze Braz
de Oliveira, Maria Eliete Batista Moura
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA UNIDADE DE POLÍCIA PACIFICADORA (UPP) DE
BABILÔNIA E CHAPÉU MANGUEIRA, NO RIO DE JANEIRO
Karen Sibila Strobel Moreira Weimer, Celso Pereira de Sá
DE QUOI LA RÉVOLUTION TUNISIENNE EST-ELLE LE NOM ? UN NOM SANS
CONTENU OU LA MISE EN SENS D’UN OBJET REPRÉSENTATIONNEL SANS
CONTOURS
Dorra Ben Alaya
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE VIOLÊNCIA PARA ADOLESCENTES DO SEXO
FEMININO DE BAIRROS PERIFÉRICOS DE VITÓRIA/ES
Sabrine Mantuan dos Santos Coutinho, Suzyelaine Tamarindo Marques da Cruz, Larissa
dos Santos Alves
264
AS CANÇÕES PLURIVERSAIS DE ZÉ VICENTE NOS PROCESSOS EDUCATIVOS
DECOLONIAIS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DE BASE
Adriana Olívia da Silva, André Nunes da Silva, Pedro Paulo Souza Rios, Viviane Brás dos
Santos
LIGNES DE CLIVAGE, TENSIONS ET CONSENSUS DANS LES REPRÉSENTATIONS
DE L’ORDRE SOCIAL ET DE LA SITUATION VÉCUE CHEZ LES JEUNES TUNISIENS
Dorra Ben Alaya
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS PARTILHADAS POR LICENCIANDOS ACERCA DO
SALÁRIO DE PROFESSOR
Raimundo Nonato Sousa, Luis Carlos Sales
EIXO 9 - POLÍTICA, CIDADANIA, PROBLEMAS E MOVIMENTOS SOCIAIS
SIP - SESSÃO INTERATIVA DE POSTER
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS BENEFICIÁRIOS DOS SERVIÇOS
SOCIOASSISTENCIAIS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ACERCA DOS PSICÓLOGOS NOS
CRAS
Veronica Martins Farias Cordeiro, Denis Giovani Monteiro Naiff
POLITICAS EDUCACIONAIS: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE GESTORES
Valéria Moreira de Freitas Guimarães, Rosely Ribeiro Lima
ESTUDO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MORADIA E A CONSTRUÇÃO DO
ESPAÇO SOCIAL: UMA ANÁLISE DO CONJUNTO RESIDENCIAL BOSQUE DAS
BROMÉLIAS, SALVADOR/BA
Nadilson Ribeiro de Siqueira, Natanael dos Reis Bomfim, Iranildes Barreto dos Santos
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL E AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ELABORADAS PELAS
GESTANTES
Gaubeline Teixeira Feitosa, Inez Sampaio Nery, Államy Danilo Moura e Silva, Nara Silva
Soares
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ALTRUÍSMO INFANTIL: UM ESTUDO
REALIZADO COM CRIANÇAS ENTRE 8 E 10 ANOS DE IDADE
Maria Zilda Silva Soares, Amanda Francisca dos Santos Silva Sousa, Patricya Menezes de
Oliveira, Vanessa Gracielle Rodrigues Gomes
268
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MÍDIA, DOS MÉDICOS DAS ESF(S), DOS
USUÁRIOS DAS ESF(S) E DOS GESTORES MUNICIPAIS DE SAÚDE SOBRE O
PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL
Jucimere Fagundes Durães Rocha, Paulo Afrânio Sant´Anna, Maria Aparecida Vieira
EIXO 9 - POLÍTICA, CIDADANIA, PROBLEMAS E MOVIMENTOS SOCIAIS
SIMPÓSIO
MOVIMENTOS E INTERVENÇÃO SOCIAL: INCIDÊNCIAS SOBRE A TRS
Fátima Flores Palácios, Caroline Howarth, Felismina Mendes
JUVENTUDES,CULTURAS E IDENTIDADES: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS EM
MOVIMENTO
Lenilde Duarte De Sá , Beatrice Madiot , Dorra Ben Alaya
EIXO 9 - POLÍTICA, CIDADANIA, PROBLEMAS E MOVIMENTOS SOCIAIS
OFICINA RS
ADOLESCER DA LAGARTA A BORBOLETA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE
ADOLESCENTES VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL
Guilherme Pachêco de Melo, Carlos Antonio Santos, Liliane Campos Sousa
CIDADANIA: ATUAL SITUAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA DA ESF
Teresa Marly Teles de Carvalho Melo, Maria Nauside Pessoa da Silva, Gladys Carvalho de
Araújo Alencar, Lilia Maria Monteiro de Oliveira e Silva
277
265
266
267
269
270
272
273
274
275
276
279
282
285
286
ORS 03
ORS 04
ORS 05
ORS 06
GDT 01
GDT 02
GDT 03
GDT 04
GDT 05
GDT 06
GDT 07
GDT 08
GDT 09
GDT 10
GDT 11
GDT 12
GDT 13
GDT 14
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MÍDIA, MÉDICOS E USUÁRIOS DA ESF(S)
SOBRE O PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL
Jucimere Fagundes Durães Rocha, Paulo Afrânio Sant’ Anna
RELATO DE INTERVENÇÃO NO CENTRO POP DE TERESINA-PI
Ádilo Lages Vieira Passos, Carlos Antonio Santos, Débora Carvalho Cardoso Vitorino,
Mara Célia Rios Carneiro
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E A GARANTIA DA INTEGRALIDADE NA
ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Verônica Lourdes Lima Batista Maia, Lucilene Rodrigues da Silva, Sofia Pessoa da Silva,
Lusmarina Rodrigues da Silva
O PROJETO LABORATÓRIO MARIA DA PENHA COMO CAPACITAÇÃO
INTERDISCIPLINAR NA PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER: RELATO DE PRÁTICAS SENTIDAS EM PSICOLOGIA
Aline Gomes de Sousa Melo
EIXO 10 - SAÚDE, CUIDADOS DE SI E ENVELHECIMENTO
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
REPRESENTAÇÃO SOCIAL E ADOLESCENTES: ADICÇÃO DO ALCOOLISMO PELA
INTERAÇÃO COM O FAMILIAR ALCOOLISTA
Silvio Eder Dias da Silva, Maria Itayra Padilha, Jeferson Santos Araújo, Esleane Vilela
Vasconcelos
O ALCOOLISMO NA HISTÓRIA DE VIDA DE ADOLESCENTES: UMA ANÁLISE À LUZ DAS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Silvio Eder Dias da Silva, Maria Itayra Padilha, Jeferson Santos Araújo, Esleane Vilela
Vasconcelos
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE MULHERES SOBRE O CORPO APÓS MASTECTOMIA:
IMPLICAÇÕES PARA O CUIDADO DE SI
Esleane Vilela Vasconcelos, Silvio Eder Dias da Silva, Teodolina Valente Leite, Natacha
Mariana Farias da Cunha
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA
CONSTRUIDAS PELOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA
Célia Maria Cartaxo Pires de Sá, Maria Adelaide S. Paredes Moreira
PERCURSO DE VIDA: UM ESTUDO EM REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Luípa Michele Silva, Antonia Oliveira Silva, Maria Adelaide Silva Paredes Moreira, Stefano
Cavalli
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O IDOSO EM DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS
Luípa Michele Silva, Maria do Socorro Costa Feitosa Alves, Luiz Fernando Tura Rangel,
Antonia Oliveira Silva
SISTEMA DE SAÚDE E PATERNIDADE: UMA FRÁGIL RELAÇÃO
Mirian Beccheri Cortez, Nathalia Machado, Zeidi Araujo Trindade, Gustavo Silva Souza
MULHERES ACOMETIDAS DO CÂNCER CERVICO-UTERINO E SUAS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A DOENÇA
Esleane Vilela Vasconcelos, Silvio Eder Dias da Silva, Miriam de Oliveira Chaves, Natacha
Mariana Farias da Cunha
ESTRUTURA REPRESENTACIONAL DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE ACERCA DO
CUIDAR DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS: CONVERGÊNCIAS COM A POLÍTICA
NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO
Elizabeth Teixeira, Camila Rodrigues dos Santos, Denize Cristina de Oliveira
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE IDOSOS SOBRE A TERAPIA COMUNITÁRIA
INTEGRATIVA: O MOTE
Samilla Gonçalves de Moura, Maria Adelaide Silva Paredes Moreira, Maria de Oliveira
Ferreira Filha
SOBREPESO E CONTROLE DE PESO: DAS REPRESENTAÇÕES HEGEMÔNICAS ÀS
PRÁTICAS COTIDIANAS
Ana Maria Justo, Brigido Vizeu Camargo
FORMAS DE PENSAR, SENTIR E AGIR EM RELAÇÃO À SAÚDE, AO TRABALHO E AO
ADOECIMENTO NO CAMPO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHADORES
RURAIS ENVOLVIDOS NA AGRICULTURA FAMILIAR NO INTERIOR DE MINAS GERAIS
Luiz Paulo Ribeiro, Maria Isabel Antunes-Rocha, Tarcísio Márcio Magalhães Pinheiro
A “CRIONÇA” NO HOSPITAL: METÁFORA E MICROGÊNSE DAS REPRESENTAÇÕES
SOCIAIS
Erica Nayla Harrich Teibel, Daniela Barros da Silva Freire Andrade, Andréia Maria de Lima
Assunção,Ilza de Andrade Carvalho
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE IDOSOS E PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE A
TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: O MOTE
Samilla Gonçalves de Moura, Maria Adelaide Silva Paredes Moreira, Maria de Oliveira
287
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292
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300
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305
GDT 15
GDT 16
GDT 17
GDT 18
GDT 19
GDT 20
GDT 21
GDT 22
GDT 23
GDT 24
Ferreira Filha
ATITUDES DE USUÁRIOS ADULTOS SOBRE GRUPOS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE EM
UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (USF)
Yushiara Emily Vargas Velez, Camila Nogueira Bonfim Duarte, Luiz Gustavo Silva Souza,
Maria Cristina Smith Menandro
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE SER JOVEM PARA ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS E
DO ENSINO MÉDIO
Francisca Vilena da Silva, Antonia Oliveira Silva, Karoline de Lima Alves, Cleane Rosa da
Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA PRECAUÇÃO PADRÃO POR PROFISSIONAIS DE
ENFERMAGEM
Artur Acelino Francisco Luz Nunes Queiroz, Odinéa Maria Amorim Batista, Maria Eliete
Batista Moura, Alvaro Francisco Lopes de Sousa
A CONTRIBUIÇÃO DO ATENDIMENTO A PACIENTES ESPECIAIS NA FORMAÇÃO
INTEGRAL DO CIRURGIÃO-DENTISTA: UM ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Claudia de S. Thiago Ragon, Luiz Fernando Rangel Tura, Ivani Bursztyn, Mariana Perdomo
Vitor Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS DE ODONTOLOGIA SOBRE PACIENTES
ESPECIAIS E SUA INFLUÊNCIA NO CUIDADO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Claudia de s. Thiago Ragon, Luiz Fernando Rangel Tura, Júlio Afonso Jacques Gambôa
PROFISSIONAIS DE SAÚDE E HIV/AIDS: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Cleuma Sueli Santos Suto, Daiane Santos de Oliveira, Jeane Freitas Oliveira, Mirian Santos
Paiva
RELATO DA PESQUISA DE CAMPO EM REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E A SITUAÇÃO
DE SAÚDE DE COMUNIDADESRIBEIRINHAS
Luana Michele Silva Vilas Boas, Denize Cristina de Oliveira
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O IDOSO PARA SI
Cleane Rosa da Silva, Antonia Oliveira Silva, Karoline de Lima Alves, Joseane Barbosa
Freire da Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA SAÚDE BUCAL ELABORADAS POR IDOSOS
Luana Kelle Batista Moura, Francisca Tereza Coelho Matos, Maria do Socorro Costa Feitosa
Alves, Maria de Fátima Barbosa Emérito Ulisses, Eliana Campêlo Lago
RISCO OCUPACIONAL E AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ESTUDANTES DE
ODONTOLOGIA
Luana Kelle Batista Moura, Cristina Maria Miranda de Sousa, Maria Eliete Batista Moura,
Francisca Tereza Coelho Matos, Eliana Campêlo Lago
306
307
308
309
310
311
312
313
314
315
GDT 25
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MULHERES SOBRE O AUTOCUIDADO E O CUIDADO DE
ENFERMAGEM NO PERÍODO PÓS-PARTO
Dafne Paiva Rodrigues, Hilana Dayana Dodou, Eryjosy Marculino Guerreiro, Francisca Thays dos
Santos Alexandre
316
GDT 26
O QUE PENSAM OS IDOSOS FRENTE AO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
Laysa Bianca Gomes De Lima, Maria Adelaide Silva Paredes Moreira, Cleane Rosa da Silva,
Karoline de Lima Alves
A DOENÇA DO SUJO E DA PROMISCUIDADE: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE
MULHERES JOVENS ACERCA DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO/HPV
Ana Beatriz Azevedo Queiroz, Bianca Dargam Gomes Vieira
317
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA DOENÇA MENTAL: O OLHAR DA FAMÍLIA DO PORTADOR DE
ESQUIZOFRENIA
319
GDT 27
GDT 28
GDT 29
GDT 30
GDT 31
GDT 32
GDT 33
Milena Valdinéia da Silva Leal, Argelio Hernandez Pupo, Teresa Marly Teles de Carvalho
Melo, Maria Nauside Pessoa da Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA INFECÇÃO COMUNITÁRIA POR PROFISSIONAIS DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Alvaro Francisco Lopes de Sousa, Artur Acelino Francisco Luz Nunes Queiroz, Layze Braz
de Oliveira, Maria Eliete Batista Moura
ANALISIS ESTRUCTURAL DE LA REPRESENTACIÓN DE LA VEJEZ DESDE UN
ENFOQUE GENERACIONAL
Sofia Sabina Lavado Huarcaya, Emma Janet Luna Arriola, Denize Cristina de Oliveira
REPREPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO SEXO
MASCULINO SOBRE O HIV/AIDS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E NITERÓI
Hellen Pollyanna Mantelo Cecilio, Yndirayta Machado, Ana Paula Munhen de Pontes, Denize
Cristina de Oliveira
REFLEXIONANDO LA CONSTRUCCION SOCIAL DE LA VEJEZ EN LA
CONTEMPORANEIDAD: UNA MIRADA DE LAS REPRESENTACIONES SOCIALES
Sofia Sabina Lavado Huarcaya, Emma Janet Luna Arriola, Marcia de Assunção Ferreira
MULHERES E A MASTECTOMIA: UM ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Juliana Almeida Marques Lubenow, Jackelline dos Santos Barbosa, Sandra Aparecida de
318
320
321
322
323
324
GDT 34
GDT 35
GDT 36
GDT 37
GDT 38
GDT 39
GDT 40
GDT 41
SIP 01
SIP 02
SIP 03
SIP 04
SIP 05
SIP 06
SIP 07
Almeida, Antonia Oliveira Silva
SENTIDOS DE ATIVIDADE FÍSICA PARTILHADOS POR HOMENS MAIORES DE 60 ANOS
Júlio Afonso Jacques Gambôa, Luiz Fernando Rangel Tura, Ivani Bursztyn
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS ATIVIDADES OFERECIDAS AOS IDOSOS: dimensões
sociais e físicas
Tatyanni Peixoto Rodrigues, Sônia Mara Gusmão Costa, Maria Adelaide Silva Paredes
Moreira, Antonia Oliveira Silva
RISCO E PREVENÇÃO DOS ACIDENTES OCUPACIONAIS BIOLÓGICOS NAS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA VULNERABILIDADE E DO EMPODERAMENTO PARA
ENFERMEIROS QUE CUIDAM DE PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS
Hellen Pollyanna Mantelo Cecilio, Érick Igor dos Santos, Thelma Spindola, Antonio Marcos
Tosoli Gomes
VÍTIMAS OU CAUSADORES DO PRÓPRIO INFORTÚNIO: JULGAMENTOS E
SENTIMENTOS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE ATUAM NO PROGRAMA
NACIONAL DE DST/AIDS
Juliana Pereira Domingues, Virginia Paiva Figueiredo Nogueira, Renato Martins de Oliveira
Braga, Antonio Marcos Tosoli Gomes
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O TRABALHO PARA O IDOSO
Karoline de Lima Alves, Maria Adelaide Silva Paredes Moreira, Laysa Bianca Gomes de
Lima, Célia Maria Cartaxo Pires de Sá
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE GESTANTES E ENFERMEIROS ACERCA DA
CONSULTA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL
Dafne Paiva Rodrigues, Ivana Rios Rodrigues, Eryjosy Marculino Guerreiro Barbosa, Márcia
de Assunção Ferreira
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS IDOSOS SOBRE O TRABALHO
Karoline De Lima Alves, Antonia Oliveira Silva, Cleane Rosa da Silva, Tatyanni Peixoto
Rodrigues
HUMANIZAÇÃO COMO OBJETO SOCIAL NA REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE
PROFISSIONAIS DE SAÚDE: EU FAÇO, EU DEVO, EU POSSO
Clévia Dantas Luz de Matos, Silvio Eder Dias da Silva, Silvestre Savino Neto, Rosana
Chaves Braga
EIXO 10 - SAÚDE, CUIDADOS DE SI E ENVELHECIMENTO
SIP - SESSÃO INTERATIVA DE POSTER
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE QUALIDADE DE VIDA POR IDOSOS SADIOS
Marielle Cristina Gonçalves Ferreira, Márcia de Assunção Ferreira
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A DOENÇA DE ALZHEIMER
Ronaldo Bezerra de Queiroz, Maria Adelaide Silva Paredes Moreira, Maria do Céu Marques,
Antonia Oliveira Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO CONSTRUÍDAS
POR MULHERES BRASILEIRAS PORTADORAS DE CÂNCER DE MAMA
Verônica Braga dos Santos, Ricardo Vieiralves de Castro
A SÍNDROME DE BURNOUT E SUAS REPRESENTAÇÕES ENTRE PROFISSIONAIS DE
SAÚDE DE UM HOSPITAL GERAL
Luciana Bezerra de Souza Gianasi, Denize Cristina de Oliveira, André Gianasi Júnior
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A HANSENÍASE: PERCEPÇÕES DE
ENFERMEIRAS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Edirlei Machado dos Santos, Andréia Alves Castilhano
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O PARTO DOMICILIAR
Clara Fróes de Oliveira Sanfelice, Antonieta Keiko Kakuda Shimo
325
326
327
328
329
330
331
332
334
335
336
337
338
339
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE FAMILIARES SOBRE O ATENDIMENTO ÀS
EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
Francisco Rafael Ribeiro Soares, Francisco Arnoldo Nunes de Miranda
ARRANJO FAMILIAR DE IDOSOS EM CORRESIDÊNCIA EM COMUNIDADE DO
NORDESTE
ALBA BENEMÉRITA ALVES VILELA, TALITA S. O. SAMPAIO, DENISE CRISTINA DE
OLIVEIRA, RITA NARRIMAN S. DE O. BOERY
340
SIP 09
VULNERABILIDADE, CRENÇAS RELIGIOSAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: REVISÃO
SISTEMÁTICA SOBRE HIV/AIDS EM IDOSOS
Milena Silva Costa, Maria Adelaide Silva Paredes Moreira, Eliane de Sousa Leite, Juliana Almeida
Marques Lubenow
342
SIP 10
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA ELABORADAS POR
USUÁRIOS EM TRATAMENTO NO CAPS-AD NA CIDADE DE TIMOM-MA
Ludmilla Soares Lima, Ronielly Gleyson de Sousa Araujo, Juliana Gomes da Silva Soares
ATIVIDADES OFERECIDAS AOS IDOSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE IDOSOS E PROFISSIONAIS
Eliane de Sousa Leite, Mayara Muniz Dias Rodrigues, Valéria Peixoto Bezerra, Maria
343
SIP 08
SIP 11
341
344
SIP 12
SIP 13
SIP 14
SIP 15
SIP 16
SIP 17
SIP 18
SIP 19
SIP 20
SIP 21
SIP 22
SIP 23
SIP 24
SIP 25
SIP 26
SIP 27
SIP 28
SIP 29
SIP 30
SIP 31
Adelaide Silva Paredes Moreira
PROBLEMAS DE SAÚDE AUTORREFERIDOS POR IDOSOS E REPRESENTAÇÕES
SOCIAIS
Tatyanni Peixoto Rodrigues, Sônia Mara Gusmão Costa, Karoline de Lima Alves, Antonia
Oliveira Silva
ATITUDE FRENTE À PESSOA IDOSA PARA ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Cleane Rosa da Silva, Antonia Oliveira Silva, Karoline de Lima Alves, Laysa Bianca Gomes
de Lima
OS SENTIDOS ATRIBUÍDOS AO ENVELHECIMENTO PELOS ADOLESCENTES NO
AMBIENTE ESCOLAR
Francisca Mácia Cristina Magalhães, Jéssica De Menezes Nogueira, Hanna Gadelha Silva,
Maria Célia De Freitas
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MULHER ACERCA DA ENDOMETRIOSE
Isabelle Mangueira De Paula, Ana Beatriz Azevedo Queiroz
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO CÂNCER: DISCURSO DOS SUJEITOS ADOECIDOS
Julia Wakiuchi, Catarina Aparecida Sales
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO CÂNCER: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Julia Wakiuchi, Sonia Silva Marcon, Catarina Aparecida Sales
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA FAMÍLIA SOBRE O CUIDADO A IDOSOS
DEPENDENTES APÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Jamile Guerra Fonseca, Rita Narriman Silva de Oliveira Boery
OS SENTIDOS ATRIBUÍDOS AO ENVELHECIMENTO PELOS ADOLESCENTES NO
AMBIENTE ESCOLAR
Francisca Márcia Cristina Magalhães, Jéssica de Menezes Nogueira, Hanna Gadelha Silva,
Maria Célia de Freitas
PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA DA ENFERMAGEM NO BRASIL SOBRE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Glícia Cardoso Nascimento, Samuel Ricardo Batista Moura, Álvaro Francisco Lopes de
Sousa, Francisco de Assis Araújo Nascimento
ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS MAUS TRATOS NA VELHICE NA
CIDADE DE SÃO LUÍS – MA
Ludgleydson Fernandes De Araêjo, Camila Baltazar Resplandes, Fauston Negreiros, Anna
Clara De Araújo Cardoso
HIV/AIDS E ATENDIMENTO DE SAÚDE À PESSOA IDOSA
Milena Silva Costa, Saemmy Grasiely Estrela de Albuquerque, Mayara Muniz Dias Rodrigues
Maria Adelaide Silva Paredes Moreira
PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE HUMANIZAÇÃO
Clévia Dantas Luz De Matos, Silvio Eder Dias Da Silva, Silvestre Savino Neto, Rosana
Chaves Braga
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO HIV/AIDS EM IDOSOS
Tatyana Ataide Melo De Pinho, Sandra Nagaumi Gurgel Maria Adelaide Silva Paredes
Moreira, Ronaldo Bezerra de Queiroz
AVALIAÇÃO DE IDOSOS SOBRE ALZHEIMER: ANÁLISE DE ESTUDOS PUBLICADOS
Ronaldo Bezerra de Queiroz, Sandra Aparecida de Almeida, Juliana Almeida Marques
Lubenow, Antonia Oliveira Silva
SE VELHO É O OUTRO, QUEM SOU EU? OU SOBRE A CONSTRUÇÃO DAS
IDENTIDADES NA VELHICE
Flávia Pereira da Silva, Fatima Maria Leite Cruz
O RISCO DE INFECÇÃO PELO HIV/AIDS POR PROFISSIONAIS DO SEXO: UM ESTUDO
DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Layze Braz de Oliveira, Maria Eliete Batista Moura, Rosilane de Lima Brito Magalhaes, Artur
Acelino Francisco Luz Nunes Queiroz
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE
MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA:POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES NA PERCEPÇÃO DE
ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
EDIRLEI MACHADO DOS SANTOS, CLAUDINEI JOSÉ GOMES CAMPOS
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA INFECÇÃO COMUNITÁRIA ELABORADAS POR
GRADUANDOS DA ÁREA DA SAÚDE
Suziane Martins Carvalho, Maria Eliete Batista Moura, Josefa Nilza Fernandes Neta, Andréia
Rodrigues Moura da Costa Valle
O QUE PENSAM OS ENFERMEIROS DA ÁREA DE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
SOBRE INFERTILIDADE
Renata Porto dos Santos Mohamed, Ana Beatriz Azevedo Queiroz
PRÁTICA POPULARES E REPRESENTAÇÕES DE SAÚDE DE COMUNIDADES
RIBEIRINHAS: RESULTADOS PRELIMINARES DE UM ESTUDO EM ANDAMENTO
Luana Michele Silva Vilas Boas, Denize Cristina De Oliveira
345
346
347
348
349
350
351
352
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361
362
363
364
SIP 32
SIP 33
SIP 34
SIP 35
SIP 36
SIP 37
SIP 38
SIP 39
SIP 40
SIMP 01
SIMP 02
SIMP 03
SIMP 04
SIMP 05
M1
M2
M3
ORS 01
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA SEGURANÇA DO PACIENTE POR ESTUDANTES DE
ENFERMAGEM
Alvaro Francisco Lopes de Sousa, Maria Eliete Batista Moura, Ana Maria Ribeiro dos Santos,
Andreia Rodrigues Moura da Costa Valle
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS: UM ESTUDO
REALIZADO EM ACADEMIAS NA CIDADE DE TERESINA-PI
Maria Zilda Silva Soares, Alexa Yala Bastos Lopes, Maria Helena Alencar Santos, Stéphanie
Mota da Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PORTADORES DE ÚLCERAS VASCULOGÊNICAS
SOBRE A QUALIDADE DE VIDA
Nathalia Nunes Gomes, Rafael Celestino da Silva, Rute de Oliveira Almeida, Bianca Ribeiro
Porto de Andrade
SABERES E PRÁTICAS ACERCA DA PREVENÇÃO DA INFECÇÃO PELO HPV
Isabelle Mangueira de Paula, Ana Beatriz Azevedo Queiroz
O CUIDADO INTENSIVO AO PACIENTE CRÍTICO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE
ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DO ÚLTIMO PERÍODO DE GRADUAÇÃO
Rute de Oliveira Almeida, Rafael Celestino da Silva
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PARA IDOSOS NO CONTEXTO DA
VULNERABILIDADE SOCIAL AO HIV/AIDS
Jordana de Almeida Nogueira, Lindiane Constâcio da Silva Meira, Greicy Kelly Gouveia Dias
Bittencourt, Antonia Oliveira Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA BIOSSEGURANÇA E A QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM
Layze Braz de Oliveira, Alvaro Francisco Lopes de Sousa, Maria Eliete Batista Moura,
Andreia Rodrigues Moura da Costa Valle.
ASSISTÊNCIA À MULHER NO CLIMATÉRIO ELABORADAS PELAS ENFERMEIRAS DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE DE TERESINA
Aline Raquel de Sousa Ibiapina, Inez Sampaio Nery, Smithanny Barros da Silva, Aline
Raquel de Sousa Ibiapina, Álvaro Francisco Lopes de Sousa
CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES
SOCIAIS NO CAMPO DA SAÚDE NO TRABALHO
Andrea Cristina da Silva Benevides, Pedro Humberto Faria Campos, Sonia Cristina Ferreira
Maia , Maria Josély de Figueirêdo Gomes, Kadydja Karla Nascimento Chagas
EIXO 10 - SAÚDE, CUIDADOS DE SI E ENVELHECIMENTO
SIMPÓSIO
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, RENOVANDO O CUIDADO NO ENVELHECIMENTO:
NOVAS PRÁTICAS
Luiz Fernando Rangel Tura, Liliana Gastron , Claudia Menseguez, Silvana Stabile, Márcia de
Assunção Ferreira, Maria Célia de Freitas, Jéssica de Menezes Nogueira, Alberta
Contarello, Antonia Oliveira Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: INDICADORES PARA MUDANÇA NAS PRÁTICAS DE
SAÚDE
Denize Cristina de Oliveira, Noemi Graciela Murekian, Rafael Celestino da Silva, Maria do
Livramento Fortes Figueiredo
ENVELHECIMENTO, REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E SAÚDE
Nanci Soares, Clélia Albino Simpson, Valéria Bezerra Peixoto , Lenilde Duarte de Sá
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E VIOLÊNCIA
Antonia Oliveira Silva, Jorge Correia Jesuino, Manuel Lopes, Claudio Fontana
ENVELHECIMENTO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: praticas em diferentes contextos
Luis Carlos Sales, Stefano Cavalli, Maria Adelaide Paredes Moreira, Maria Do Socorro
Feitosa Alves
EIXO 10 - SAÚDE, CUIDADOS DE SI E ENVELHECIMENTO
MESA REDONDA
CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES
SOCIAIS NO CAMPO DA SAÚDE NO TRABALHO
Andrea Cristina da Silva Benevides, Pedro Humberto Faria Campos, Sonia Cristina Ferreira
Maia , Kadydja Karla Nascimento Chagas , Maria Josély de Figueirêdo Gomes
CORPO E ENVELHECIMENTO
Júluio Afonso Jacques Gambô, Luiz Fernando Rangel Tura, Liliana Gastron, Maria Cristina
Chardon
SAÚDE, CUIDADO DE SI E ENVELHECIMENTO
Maria de Fátima De Souza Santos, Zeidi de Araujo Trindade, Luciene Alvez Miguez Naff
EIXO 10 - SAÚDE, CUIDADOS DE SI E ENVELHECIMENTO
OFICINA RS
“EU NÃO SOU HOMEM MAIS!”: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE CORPO PARA
HOMENS APÓS O ADOECIMENTO POR CÂNCER DA PRÓSTATA
365
366
367
368
369
370
371
372
373
375
379
383
386
389
392
395
398
402
ORS 02
ORS 03
ORS 04
Alberto Mesaque Martins, Adriano Roberto Afonso do Nascimento
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA ALIMENTAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DE BEM-ESTARSUBJETIVO EM UM GRUPO DE IDOSOS
Denilson Gomes Silva
CONSULTA DE ENFERMAGEM A INDIVÍDUOS EM SOFRIMENTO PSÍQUICO: RELATO
DE EXPERIÊNCIA
Aline Raquel de Sousa Ibiapina,Claudete Ferreira de Souza Monteiro, Márcia Astrês
Fernandes, Daniele Martins de Sousa
CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE IDOSOS EM ÉVORA / PORTUGAL: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Gladys Carvalho de Araújo Alencar, Maria Nauside Pessoa da Silva, Teresa Marly Teles de
Carvalho Melo, João Manuel Galhanas Mendes
403
404
405
ORS 05
A REALIDADE DA SAÚDE BUCAL DO IDOSO
Teresa Marly Teles de Carvalho Melo, Milena Valdinéia da Silva, Maria Nauside Pessoa da
Silva, Gladys Carvalho de Araújo Alencar
406
ORS 06
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM ATENÇÃO
À SAÚDE DO HOMEM IDOSO
Maria Nauside Pessoa da Silva, Teresa Marly Teles de Carvalho Melo, Gladys Carvalho de
Araújo Alencar, Milena Valdinéia da Silva
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO RISCO DE INFECÇÃO PELO HIV/AIDS POR
PROFISSIOANAIS DO SEXO
Layze Braz de Oliveira, Maria Eliete Batista Moura, Rosilane de Lima Brito Magalhaes, Artur
Acelino Francisco Luz Nunes Queiroz
407
ORS 08
O CUIDADO DOMICILIAR AOS USUÁRIOS EM SOFRIMENTO PSÍQUICO
Milena Leal, Layane Silva Santana, Marluza Greyce Cella, Argelio Hernandez Pupo
409
ORS 09
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA DOENÇA DE CROHN EM FUMANTES ATIVOS E NÃO
ATIVOS
Lorena Karen de Morais Moura, Ivonilde Sousa Feitosa Cavalcante, Karina Maria Chaves de
Araújo, Ana Clarice Alcantara
O CONTEXTO FAMILIAR E A PESSOA VIVENDO COM HIV/AIDS: REPRESENTAÇÕES
DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE ATUAM NO PROGRAMA NACIONAL DE DST/AIDS
Juliana Pereira Domingues, Eduardo Pereira Paschoal, Sergio Correa Marques, Denize
Cristina de Oliveira
GEO-MAPPING THE GLOBAL DISSEMINATION OF THE SOCIAL REPRESENTATIONS
THEORY: Paradigmatic, Geo-cultural and Thematic Foci
Annamaria Silvana de Rosa, Laura Dryjanska, Teresa Forte
GEO-MAPPING THE GLOBAL DISSEMINATION OF THE SOCIAL REPRESENTATIONS
THEORY: Paradigmatic, Geo-cultural and Thematic Foci
Annamaria Silvana de Rosa, Laura Dryjanska, Elena Bocci
410
HUMANIZAR É PRECISO: CONCEPÇÃO REPRESENTACIONAL DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
,
Clevia Dantas Luz de Matos, Silvio Eder Dias Da Silva, Silvestre Savino Neto, Rosana Chaves Braga
414
ORS 07
ORS 11
ORS 12
ORS 13
ORS 14
408
411
412
413
23
EIXO 1 - APROFUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
24
UTILIZAÇÃO DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NAS PESQUISAS EM ENFERMAGEM: UM ESTUDO
BIBLIOMÉTRICO
Autor(es):
1
SIBELE LIMA DA COSTA
KALYANE KELLY DUARTE DE OLIVEIRA
FRANCISCO ARNOLDO NUNES DE MIRANDA
DAFNE PAIVA RODRIGUES
Pensouse o estudo a partir da necessidade de uma compreensão mais sistematizada e analítica da produção científica nacional
da enfermagem, utilizandose a Teoria das Representações Sociais. Há mais de um meio século a teoria das representações
sociais (TRS) vem sendo difundida, discutida, criticada, revista e reformulada. É um campo de estudo que surge de uma crítica
que tenta romper com a forma de pensamento tradicional e hegemônico que concebe o sujeito separado do seu contexto social.
Essa postura crítica constitui o ponto de partida para construção da nova teoria, que afirma não existir separação entre o universo
interno do indivíduo e o universo externo a este. A teoria propõe uma articulação entre o psicológico e o social, considera
inseparáveis sujeito, objeto e sociedade. O estudo objetiva descrever o panorama da produção científica em enfermagem
utilizando a Teoria das Representações Sociais. Tratase de estudo bibliométrico de abordagem quantitativa. Após leitura dos
resumos e sistematização do material, realizouse análise estatística descritiva. A partir da leitura e análise dos resumos
catalogados online na BDTD de 2006 a 2014, encontrouse o montante de 5165 estudos produzidos por enfermeiros no Brasil,
entre os anos de 1997 a 2014. Desses 119 correspondem ao objeto de pesquisa “Teoria das Representações Sociais e
Enfermagem”, compondo 2,30% da produção nacional dos enfermeiros. Desses 74,78% referemse a dissertações e 25,22%
referemse as teses. No tocante ao uso da TRS isolada ou combinada com outros referenciais teóricos metodológicos, 85,71%
utilizam a teoria como único referencial e 14,29% combinada com outros referenciais e métodos. A produção concentrase 47,05 %
na Região Sudeste, 29,41% no Sul, 23,52 % no Nordeste. As Regiões Norte e Centrooeste não apresentaram representatividade.
A análise do conteúdo do resumo destes trabalhos acadêmicos evidenciou os seguintes temas: doenças infectocontagiosas,
saúde mental, o cuidado de enfermagem, o processo saúde doença e saúde da mulher. São temas de orientação mais
pragmática, característica da área da saúde, e particularmente da enfermagem. O interesse das pesquisas é voltado ao
conhecimento do senso comum sobre cuidados e assistência ligados atividade da enfermagem. A TRS tem sido amplamente
empregada na área da saúde, a utilização de conhecimentos especializados passou a considerar o conhecimento não
especializado, o conhecimento leigo de diversos grupos sociais com a intenção de lidar com a complexidade do problema. Nem
sempre a pesquisa de enfermagem deixa clara a diferença entre a TRS e o fenômeno das representações sociais. O fenômeno
referese a teorias do senso comum, que são utilizadas para organizar as praticas sociais presente no cotidiano, alem da
compreensão que os leigos tem do meio social que estão inseridos. Já a TRS trata de conjecturas sobre este fenômeno, fazendo
uso do conhecimento cientifico, isto e, a TRS determina definições e pressuposições para a realização de estudo cientifico das
teorias ditas leigas. Constatouse que utilizase a teoria das representações sociais (TRS) para investigar objetos psicossociais
relacionados ao cotidiano do cuidar da enfermagem. E o interesse na saúde focaliza grupos específicos que precisam de atenção
prioritária, como, por exemplo, as doenças infectocontagiosas e a saúde da mulher. O numero pequeno de estudos considerados,
e o foco apenas nos resumos, podem ser compreendidos com vieses deste estudo, porem esta pesquisa favoreceu uma análise
preliminar quanto aos aspectos teóricos e metodológicos utilizados nas pesquisas de enfermagem. Ressaltase que o
conhecimento da enfermagem brasileira vai alem de dados publicados nas teses e dissertações. Os dados aqui apresentados
indicam a necessidade de se realizar trabalhos mais aprofundados sobre o uso da TRS. A representatividade da temática no
contexto nacional contribui para o avanço do conhecimento na área da Enfermagem.
Palavras chave: Enfermagem. Pesquisa em enfermagem. Psicologia social.
Autor(a) Proponente: SIBELE LIMA DA COSTA
Endereço: Rua César Leite, 11. Nova Betânia
Mossoró RN CEP: 59612040 Email: [email protected]
1
Universidade Estadual do Ceará - UECE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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25
UM MODELO PARA ANÁLISE COGNITIVA DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS COM BASE EM REDES SEMÂNTICAS: COM
APLICAÇÃO A PARTIR DA ABORDAGEM ESTRUTURAL
AUTOR(ES):
1
ALBA BENEMÉRITA ALVES VILELA
CLAUDIA RIBEIRO SANTOS LOPES
TALITA S. O. SAMPAIO
HERNANE BORGES DE BARROS PEREIRA
A Análise Cognitiva enquanto um novo campo do conhecimento emergente e ainda em construção, surge na perspectiva de se
estabelecer diálogos entre campos de conhecimento diversos a exemplo da Teoria de Redes e da Teoria das Representações
Sociais, de forma a criar interfaces e conexões entre elas, possibilitando a produção de sentidos em uma fornalha de
acontecimentos implicados. Nesse sentido, esta pesquisa teve por objetivo desenvolver um modelo para análise cognitiva com
base na Teoria de Redes e na abordagem estrutural da Teoria das Representações Sociais. Com isso, é importante destacar que
a abordagem estrutural da Teoria das Representações Sociais proposta por Abric e ampliada por Sá, apesar de ter sido
amplamente utilizada em pesquisas no campo das representações sociais em domínios diversos, ainda não se evidencia a
ocorrência de trabalhos que utilizem uma abordagem de análise das redes sociais neste campo de conhecimento. Dessa forma,
esta pesquisa visa contribuir para o preenchimento desta lacuna. Com a análise de redes sociais é possível identificar e
compreender as significações construídas por um grupo de pessoas sobre determinado objeto em análise bem como investigar as
relações que ocorrem entre indivíduos dentro de um grupo social. Essa característica possibilita interfaces e conexões entre esses
dois campos do saber, análise de redes sociais e teoria das representações sociais. Tal conexão ocorre uma vez que as
representações sociais são construídas individualmente, mas também pelas relações sociais que o sujeito estabelece. Para tanto,
esta pesquisa está fundamentada nas abordagens quantiqualitativa, por compreender-se que uma convalida os achados da outra.
Enquanto quantitativa, apóia-se na Teoria de Redes com uso de redes semânticas como sistema de representação do
conhecimento apreendido sobre o objeto estudado. Já, quanto ao aspecto qualitativo, faz-se uso de elementos da Técnica de
Análise de Conteúdo e apóia-se na abordagem estrutural da Teoria das Representações Sociais. Com isso, a partir da realização
de experimentos empíricos, foi desenvolvido o modelo para análise cognitiva intitulado AnCo-REDES, com o qual foi possível
identificar a caracterização topológica de uma rede semântica de representações sociais bem como instituir métricas, limites e
características definidoras dos elementos que compõem a estrutura de representações sociais. O AnCo-REDES é composto por
três níveis distintos (metanível, mesonível e micronível), mas que se complementam e possibilita ao analista desenvolver pesquisa
em representações sociais a partir de redes. O Metanível compõe a base teórico-epistemológica do modelo, e nesta pesquisa é
estruturada pela Teoria de Redes e pela Teoria das Representações Sociais, com ênfase na abordagem estrutural; o Mesonivel
compõe o nível de definições estruturais do modelo; e, finalmente, o Micronível, trata-se do nível de aplicação do modelo. Os
achados obtidos são consistentes com a abordagem estrutural da Teoria das Representações Sociais uma vez que possibilita a
identificação dos elementos que compõem a estrutura de uma representação (núcleo central, primeira periferia, elementos de
contraste e segunda periferia), e contribuem para a análise cognitiva do conteúdo da representação. Para tanto, utilizando-se do
modelo AnCo-REDES, foram desenvolvidos experimentos com dados reais para a identificação da estrutura e análise do conteúdo
das representações sociais sobre família, construídas por um grupo de idosos em estado de corresidência. Os resultados, obtidos
a partir de um olhar sobre os grupos de sentido identificados por meio da estrutura de redes, nos levam a uma percepção de que
as significações de família para o grupo social de idosos analisado passa pelas relações complexas que ocorrem entre as várias
gerações que vivem em estado de corresidência. Essas relações são marcadas pelo amor e união (núcleo central das
representações) que estruturam os sentidos diversos construídos com base no cuidado, fé, proteção, resultando em uma
convivência harmoniosa, porém muitas vezes marcada pelos conflitos de um cotidiano na relação entre pessoas de gerações
diferentes. Percebe-se ainda a importância para a população estudada de estar em família, de cuidar e ser cuidado, mesmo com
todas as dificuldades vivenciadas nas interações familiares. Dessa forma, com os achados obtidos por meio da aplicação do
modelo para análise cognitiva ora desenvolvido, pode-se concluir que o AnCo-REDES se constitui como um novo olhar sobre a
pesquisa em representações sociais, com base na abordagem estrutural, como também para o campo da Análise Cognitiva.
Entretanto, é importante ressaltar que se trata de “um dos caminhos possíveis”, entre tantos outros que existam ou possam vir a
existir, para o desenvolvimento de análise cognitiva, bem como a identificação da estrutura e conteúdo das representações
sociais.
Palavras-chave: Análise cognitiva. Teoria das representações sociais, Teoria de redes.
Autor(a) Proponente: ALBA BENEMÉRITA ALVES VILELA
Endereço: Trav. Maria Sá, 241. Condomínio Cantinho de Yayá Jequiezinho
Jequié BA CEP: 45206109 Email: [email protected]
1
- Universidade do Estado do Rio de Janeiro-UERJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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26
O USO DE DIFERENTES SOFTWARES NO AUXÍLIO DE PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS EM UM ESTUDO DE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Autor(es):
1
VICENTE SARUBBI JÚNIOR
ISABELLA TEIXEIRA BASTOS
CAMILA JUNQUEIRA MUYLAERT
CLÁUDIO LEONE
O uso de diferentes softwares para o auxílio na codificação, categorização, análises documentais e léxicas, tem oportunizado o
desenvolvimento de investigações de abordagens qualitativas e mistas, tornando o compartilhamento dos resultados, em diversas
áreas do conhecimento, possíveis de serem analisados e compreendidos nos mais diversos campos do conhecimento científico.
Este trabalho tem como objetivo apresentar o emprego de softwares no auxílio de processamento de dados e ampliar a discussão
dos resultados por diferentes perspectivas de análise. Para o aprofundamento metodológico foi escolhido um estudo transversal
misto com amostragem não aleatória, sobre as representações de pediatras acerca da alimentação na primeira infância. Foram
sorteados 57 pediatras inscritos na Sociedade de Pediatria atuantes em serviços públicos e privados na cidade de São Paulo. As
entrevistas individuais foram gravadas e transcritas. Foi empregado um roteiro semiestruturado contendo perguntas em campos
temáticos. No primeiro campo temático foram investigadas representações acerca de alimentos para o bebê, incluindo o uso do
leite integral e de fórmulas infantis em que foi utilizada a técnica de evocações livres de palavras com os termos indutores ‘leite
integral’ e ‘fórmulas para o bebê’. Os termos evocados foram processados pelo software EVOC2005 para análise das evocações
pelo quadro de quatro casas de Vergès. No segundo campo temático, com questões voltadas à prática dos pediatras, foi
perguntado aos profissionais que tipo de leite é utilizado habitualmente quando o desmame se torna inevitável. As categorias
temáticas constituídas pela análise de conteúdo foram processadas e analisadas no software NVIVO10 e, a matriz de codificação
das categorias, foi exportada e processada pelo software CHIC, que gerou a análise hierárquica de similaridade (índice de
similaridade simples 0,5 = 1) que salienta a força de associação entre as temáticas. Os termos obtidos nos quadros de quatro
casas de Vergès realçaram atributos inversamente proporcionais sobre a adequação de nutrientes provindos do leite integral e da
fórmula para bebês. O leite integral é evocado como o que tem maior risco da criança desenvolver alergia a proteína do leite vaca
por 35,08% dos pediatras, como inadequado por 31,57% e com uma inadequação de nutrientes por 22,8%. A fórmula infantil é
evocada como alimento com maior adequação de nutrientes por 38,60% dos pediatras e trazida como alimento prático por
28,07%. As categorias temáticas obtidas pela análise de conteúdo ressaltam que a fórmula é recomendada por 98,25% dos
pediatras em caso de desmame e referida como a substância que melhor atende às necessidades nutricionais da criança
(33,33%). Ainda assim, a renda familiar é relatada por 21.05% dos pediatras como um fator que interfere na decisão do pediatra
pela orientação do uso da fórmula infantil ou na escolha da família por manter a fórmula após os 6 meses de idade. A adoção do
uso do leite integral, a partir do segundo ano de vida, é mencionado por 31,58% dos pediatras. A análise de similaridade (cluster
multinível) gerado pelo software CHIC, ao relacionar os diferentes grupos de categorias temáticas associadas, permitiu verificar
que os relatos sobre a introdução do leite integral - e de outros alimentos – encontra-se associada à renda familiar (0,76). A
fórmula é trazida como substância mais próxima ao leite materno, que atende melhor às necessidades nutricionais da criança
(0,92). O uso da fórmula pelos pediatras está mais associado ao que está preconizado pelos estudos, inclusive sobre a diminuição
de alergias (0,66) que pela sua experiência clínica (0,51). A confrontação das evocações com as categorias temáticas permitiu a
verificação dos resultados encontrados pelo uso de diferentes métodos. Pelas análises temáticas e de similaridade foi possível
ampliar a compreensão da posição ocupada pelos termos evocados e, ressaltar como os sentidos constituídos pelos relatos, são
marcados por expressões-chaves similares – adequação nutricional, riscos, alergia, maternizado - que valorizam e justificam o uso
da fórmula pelo que é preconizado no meio científico e pela indústria alimentícia. Conclui-se que o emprego de diferentes
softwares para o auxílio na codificação, categorização e análise de dados, oportunizaram o compartilhamento e a confrontação
dos dados em diferentes níveis de análise. Ademais, o uso conjunto dessas ferramentas mostra-se oportuna para a discussão em
que os resultados possam ser relacionados, compreendidos e interpretados junto à ancoragem teórica nos estudos de
representações sociais.
Palavras chave: Representações sociais. Software. Análise de evocações. Análise de conteúdo. Método.
1
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
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A ABORDAGEM E A METODOLOGIA ADOTADA NOS ESTUDOS SOBRE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E SURDEZ NO
BRASIL: O ESTADO DO CONHECIMENTO
Autor(es):
1
ARLETE MARINHO GONÇALVES
Este artigo teve como objetivo mapear o Estado do Conhecimento que dizem respeito à abordagem e a metodologia aplicada nas
pesquisas relacionadas a Surdez e ao uso da Teoria das Representações sociais. Esta pesquisa se caracteriza como do tipo
Estado da Arte ou Estado do Conhecimento. Segundo Romanowski e Ens (2006), este tipo de estudo favorece compreender
determinadas áreas do conhecimento em teses, dissertações, artigos de periódicos e publicações. Além disso, com esta análise é
possível examinar as ênfases e os temas apontados nas pesquisas, assim como os referencias teóricos; a relação entre
pesquisador e prática pedagógica; as sugestões e propostas levantadas pelos pesquisadores; e, a contribuição que determinados
temas podem oferecer a outros pesquisadores, pois este tipo de estudo corrobora em apontar as restrições sobre o campo em que
se movimentam as pesquisas e as suas lacunas de disseminação. É também um estudo de cunho bibliográfico descritivo e
analítico. A abordagem selecionada para atender os objetivos propostos se caracteriza como quanti qualitativa pela necessidade
contínua de se utilizar dados numéricos em formas de tabelas e gráficos. Para a composição do corpus foi realizado levantamento,
no período correspondente a 20072012 em publicações de anais de eventos nacionais e internacionais, revistas indexadas dos
tipos Qualis A1 a B2, teses e dissertações no banco da CAPES e Biblioteca digital também de teses e dissertações, os quais
totalizaram 17 produções. Foram estabelecidas categorias de análises e se utilizou como descritores da pesquisa as palavras:
surdez, surdos e representações sociais, a partir das quais cada texto foi selecionado e analisado. A leitura do resumo foi a forma
mais usual para a análise dos textos, e em alguns casos foram também executadas leitura exaustiva dos capítulos que faziam
relação à abordagem e a metodologia da pesquisa. Esse segundo momento ocorria quando as informações a serem coletadas
não se encontravam de forma explícita no resumo. Para a definição das categorias de análise foi levado em consideração o lugar
das pesquisas; a abordagem recorrente na Teoria das Representações Sociais aplicadas nas pesquisas e a metodologia utilizada.
A análise foi de caráter descritivo e interpretativo e apresentado em forma de tabelas e gráficos. Os resultados apontam que e as
pesquisas relacionadas à Teoria das Representações Sociais e surdez se encontram em maior evidencia na região sudeste do
país. Os principais temas estão direcionadas ao campo profissional, subjetividades e discussões de alteridade relacionados a
inclusão de surdos, ao ser surdo ou sobre a surdez, como maiores evidencias. Quanto à abordagem 76% utilizam a processual
liderada por Serge Moscovici e Denise Jodelet, seguidas da estrutural de JeanClaude Abric e da Societal com 6% cada; 12% não
identificam a abordagem. No que diz respeito à metodologia adotada a maioria das pesquisas não identificam o tipo, e usam como
técnica principal a entrevista, observação e técnicas projetivas. As duas primeiras muito relacionadas a abordagem processual e a
ultima para a abordagem de cunho estrutural, no sentido de encontrar o Núcleo Central e Periférico das Representações Sociais
ou a similitude a partir de mapas conceituais. A análise de conteúdo foi a forma mais usual nas produções para fazer a aferição do
corpus. Esse tipo de análise se enquadra com o perfil da maioria das pesquisas que buscam através da abordagem processual a
ancoragem e a objetivação das Representações Sociais. O estudo revela que ainda há carências de pesquisas relacionadas à
surdez com a utilização da Teoria das Representações sociais na região norte e nordeste, assim como há necessidade de se fazer
mais pesquisas a partir das abordagens estrutural e societal no Brasil, pois ainda a processual apresentase em maior evidencia.
As Representações Sociais também apresentam um campo vasto de metodologias diferenciadas nas suas pesquisas, muito
característico dos estudos interdisciplinares, como é o caso dessa Teoria.
Palavras chave: Representações sociais. Surdez. Estado do conhecimento.
Autor(a) Proponente: ARLETE MARINHO GONÇALVES
Endereço: Av. Almirante Barroso/Gama Malcher, 4414, ap.109, Ed. Alexandre severino Souza
Belém PA CEP: 66613710 Email: [email protected]
1
Universidade Federal do Pará - UFPA
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28
O FORMATO DOS QUESTIONÁRIOS NAS PESQUISAS SOBRE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES
A PARTIR DE UM ESTUDO SOBRE O TRABALHO DA PROFESSORA DE EI
Autor(es):
1
ALBERTO MESAQUE MARTINS
ADRIANO ROBERTO AFONSO DO NASCIMENTO
Ainda hoje, o câncer, em suas múltiplas formas, vem sendo apontado como um importante problema de Saúde Coletiva,
desafiando gestores e formuladores de políticas públicas em todo o mundo. Embora apresente taxas de incidência semelhantes
entre homens e mulheres, constatase a maior mortalidade por câncer entre a população masculina brasileira, especialmente
relacionada às neoplasias da próstata, indicando assim, a maior vulnerabilidade dos homens a essa enfermidade. Apesar das
constantes transformações nas relações de gênero, ainda persiste a representação dos homens como fortes, corajosos,
agressivos e invulneráveis, abrindo pouco espaço para manifestação de limitações e para o engajamento em práticas de
autocuidado. Desse modo, a adesão aos exames de prevenção das neoplasias e ao tratamento oncológico, bem como o processo
de adoecimento, vêm sendo apontados como experiências marcantes,que se contrapõem ao modelo de masculinidade
hegemônica. Durante o tratamento oncológico é recorrente que os homens se deparem com uma série de transformações
corporais, que exigem a construção de novas formas de conceber e de utilizar os seus corpos cotidianamente. Na perspectiva da
Pesquisa Qualitativa e, ancorado nos pressupostos da Teoria das Representações Sociais e dos Estudos de Gênero, esse estudo
tem como objetivo identificar e analisar as Representações Sociais de corpo para homens após o adoecimento por câncer de
próstata. Foram realizadas entrevistas narrativas com 08 homens, com idade entre 50 e 70 anos, diagnosticados com essa
doença e que realizaram tratamento oncológico, há pelo menos um ano. As entrevistas procuraram explorar as narrativas dos
homens acerca do processo de adoecimento por câncer e tratamento oncológico, a percepção de mudanças corporais, as
implicações psicossociais da nova corporalidade, as representações sociais do corpo e, ainda, a maneira como estes sujeitos
constroem suas representações. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas por meio da Abordagem Fenomenológica
Interpretativa. Os resultados apontam que antes do adoecimento, os participantes representavam seus corpos como fortes,
resistentes e saudáveis, tendo no modelo de masculinidade hegemônica um importante ponto de ancoragem para estas
representações. A ausência de sintomas que provocassem desconfortos corporais contribuiu para a ideia de “não ter nada”. A
busca por serviços de saúde somente ocorreu após a manifestação e agravamentos dos primeiros sintomas, que limitaram suas
ações diárias e alteraram o seu cotidiano. O adoecimento por câncer da próstata e as propostas de tratamento oncológico, em
especial, a prostatectomia, foram destacados pelos participantes como uma experiência marcante e produtora de grande
desconforto físico e psicológico. Após o adoecimento, os homens passaram a representar os seus corpos como frágeis, doentes e
debilitados. Os entrevistados chamam a atenção para o impacto das transformações corporais, especialmente aquelas
relacionadas às disfunções sexuais e urológicas, nos modos de pensar, sentir e agir, em relação à própria masculinidade. Nesse
sentido, as limitações impostas pelo adoecimento e tratamento oncológico se contrapõem ao modelo de masculinidade
hegemônica, favorecendo o sentimento de ser menos homem do que antes do adoecimento. Apesar de se configurar como uma
experiência triste e difícil de ser suportada, o adoecimento por câncer e o tratamento oncológico também abriu espaço para que os
homens reelaborassem suas concepções acerca de seus corpos e, ao mesmo tempo, parece ter favorecido um espaço para
construção de novas formas de se pensar e exercitar a própria masculinidade.
Palavras chave: Corpo. Neoplasias. Masculinidade. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: ALBERTO MESAQUE MARTINS
Endereço: Av Augusto de Lima 1715 Barro Preto
Belo Horizonte MG CEP: 30190002 Email: [email protected]
1
Faculdade Pitágoras - UNIMINAS
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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29
USO DA ANÁLISE DE IMPLICAÇÃO (SOFTWARE CHIC) PARA A COMPREENSÃO DAS EVOCAÇÕES GERADAS PELO
QUADRO DE QUATRO CASAS DE VERGÈS (SOFTWARE EVOC2005)
Autor(es):
1
GUSTAVO GUIMARÃES MARCHISOTTI
VICENTE SARUBBI JÚNIOR
LUIZ ANTÔNIO JOIA
PAULO ROGÉRIO GALLO
A partir do século XX, o emprego das tecnologias computacionais para o processamento de dados em investigações científicas, se
estabeleceu como parte fundante da própria elaboração de metodologias capazes de analisar variáveis em grande escala e de
múltiplos fatores. Nos últimos vinte anos, diversos estudos qualitativos e mistos, vêm fazendo uso de ferramentas computacionais
para organizar e ampliar, por diferentes perspectivas teóricas, as análises e o compartilhamento dos resultados obtidos. No Brasil,
a adoção de softwares para o processamento e o auxílio na análise de dados, nos estudos das Representações Sociais, tem
ganhado um número cada vez maior de adeptos. O que assinala a importância da contínua reflexão sobre os alcances e as
limitações do uso dessas ferramentas, bem como o avanço nas discussões teóricas e metodológicas sobre os resultados obtidos.
Neste estudo, buscouse analisar como os dados produzidos pela análise de implicação (software CHIC), contribuem para a
compreensão das evocações geradas pelo quadro de quatro casas de Vergès (software EVOC2005). Tratase de um estudo
transversal misto, com amostragem não aleatória. Os dados foram coletados entre os meses de março e maio de 2014.
Participaram da pesquisa 221 profissionais da TI no Brasil, pertencentes a onze estados. Para a coleta de dados, foi aplicada a
técnica de evocação livre de palavras, frente ao termo indutor ‘Cloud Computing’. Os dados foram processados pelo software
EVOC2005. Para analisar as evocações encontradas no quadro de quatro casas de Vergès, foi empregada a análise de
implicação (índice de confiança 0.50 = 1) processada pelo software CHIC, de forma a estabelecer aproximações teóricometodológicas entre os resultados obtidos. Pela análise do grafo de implicação, que indica por meio de um grafo de vetores as
associações entre as evocações analisadas, foi possível verificar como as palavras evocadas estabelecem relações por posição,
força de associação, bem como o número de sujeitos que contribuíram para cada associação. Foram também identificados grupos
de termos interrelacionados: a) ‘escalabilidade, custo, disponibilidade, segurança e mobilidade’ (índice de confiança 0,74 = 0,85), e
b) ‘dados, armazenamento, nuvem e rede’ (0,74). O grafo de implicação permitiu contrastar os dados da análise de evocação, em
que se obteve pelas aproximações, três importantes resultados a serem considerados: 1) Três termos que aparecem no núcleo
central (EVOC) também aparecem conjuntamente associados pela análise de implicação (armazenamento, nuvem e internet); 2)
Obter uma releitura da importância do termo ‘segurança’, posicionado na primeira periferia do quadro de quatro casas de Vergès.
Pela análise de implicação o termo ‘segurança’ (primeira periferia, frequência = 67 e OME = 3,050) apresentou alta ocorrência
entre os termos evocados, forte associação (0,85) com o termo ‘disponibilidade’ (núcleo central, frequência = 47 e OME = 2,85) e,
como termo que estabeleceu o elo entre os grupos a e b. Concluise que ao submeter e contrastar os dados da análise de
evocações, à análise de implicação, tornase possível redimensionar e ampliar a discussão dos resultados obtidos. Os termos
evocados ganham novas perspectivas a partir do grafo de implicação, tanto pela importância da força associativa observada entre
os termos, quanto pelo conjunto de relações que reformulam o contexto interpretativo.
Palavras chave: Representação social. CHIC. EVOC.
Autor(a) Proponente: GUSTAVO GUIMARÃES MARCHISOTTI
Endereço: Rua Muniz Barreto 330/405 Botafogo
Rio de Janeiro RJ CEP: 22251090 Email: [email protected]
1
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
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30
APROFUNDAMENTOS PARA A ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS PELO QUADRO DE QUATRO
CASAS DE VERGÈS
Autor(es):
1
VICENTE SARUBBI JR
LETÍCIA DUTRA
PAULO AFRÂNIO SANT’ANNA
PAULO ROGÉRIO GALLO
A triangulação de dados pelo uso de diferentes instrumentos de coleta e análise tem emergido como conduta metodológica para
confrontar e validar os resultados obtidos. Nas últimas décadas, a utilização de análises matemáticas em programas
computacionais para a configuração, exploração, processamento e análise de dados qualitativos e mistos, vem auxiliando
pesquisadores a encontrar diferentes formas de mapear e compartilhar seus dados. Nesse contexto, o uso de ferramentas
computacionais que atinjam diferentes maneiras de analisar e avançar nas discussões teóricometodológicas tem sido um
importante avanço de forma a conferir maior objetividade, validação e originalidade na apresentação dos dados pesquisados. O
objetivo desse estudo é analisar como os resultados obtidos pelas análises de similaridade e de implicação, produzidos pelo
software CHIC, permitem ampliar a compreensão dos resultados pelos programas rangfrq e complex processados pelo software
EVOC2005. Para discussão e aprofundamento metodológico foi escolhido um estudo transversal misto com amostragem não
aleatória. Participaram do estudo, acadêmicos e egressos do curso de terapia ocupacional da UFMG (n=100). Os dados foram
coletados no mês de novembro de 2014. Para a coleta de dados foi aplicada a técnica de evocação livre de palavras, frente ao
termo indutor ‘pensar na profissão de terapia ocupacional’. Os dados foram processados pelo software EVOC2005. As evocações
geradas pelo quadro de quatro casas de Vergès (programa EVOCRANGFRQ) foram processadas pelo programa EVOCCOMPLEX para a identificação e comparação das evocações dos subgrupos presentes – acadêmicos dos períodos iniciais (GI),
finais (GF) e egressos (GE). Para ampliação e mapeamento das evocações encontradas no quadro de quatro casas de Vergès,
utilizouse a análise hierárquica por similaridade e a análise de implicação processadas pelo software CHIC. Explorar os resultados
pela análise de evocação dos subgrupos gerados pelo programa EVOCcomplex, possibilitou analisar com melhor distinção quais
termos podem vir a ocupar a centralidade no quadro de quatro casas, não apenas pela alta frequência ou posição em que foram
evocadas, mas pela forma como estão homogeneamente distribuídas entre todos os subgrupos analisados. Ainda, pelo
processamento do EVOCcomplex, foi possível salientar o termo ‘inclusão’, que aparece na zona de contraste, como expressão do
subgrupo de acadêmicos dos períodos iniciais, e que consideram esse termo a palavra mais representativa. Pela análise do grafo
de implicação gerado pelo software CHIC, foi possível identificar como as evocações estabelecem relações por posição e força de
associação, o que permitiu identificar como as evocações apareceram inter relacionadas nos três subgrupos analisados (índice de
confiança = GEF 0.71; GIE 0.61; GI 0.57) e, salientar, semelhanças e divergências quanto as posições dos termos encontrados na
centralidade e na primeira periferia do quando de quatro de Vergès. Concluise que ao explorar a redistribuição das evocações nos
subgrupos estudados pelo programa EVOCcomplex, bem como o posicionamento e a força das associações entre os termos
evocados, obtidos pela análise de implicação, abremse novas conjecturas para a interpretação dos resultados do quadro de
quatro casas de Vergès, em específico, a importância de se explorar por outros métodos de análise as evocações posicionadas na
centralidade e na primeira periferia do quadro. Isto sugere a importância da realização de investigações de cunho teóricometodológico para o desenvolvimento de novas perspectivas de análise, bem como o aprofundamento de discussões sobre os
resultados alcançados.
Palavras chave: Representações sociais. Software. Análise de evocações. Análise de implicação. Método.
Autor(a) Proponente: VICENTE SARUBBI JR
Endereço: Av. Lins de Vasconcelos, 3169 ap. 01 Vila Mariana
São Paulo SP CEP: 04112012 Email: [email protected]
1
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
31
METODOLOGIA(S) DE PESQUISA EM REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO DOS ARTIGOS
PRODUZIDOS ENTRE 2005 E 2014 DISPONÍVEIS NA PLATAFORMA SCIELO.BR®
Autor(es):
1
LUIZ PAULO RIBEIRO
MARIA ISABEL ANTUNESROCHA
Este trabalho teve como objetivo mapear bibliometricamente os estudos dos últimos dez anos (20052014) sobre as
representações sociais publicados pelas revistas indexadas na plataforma Scielo.br. Na pesquisa focalizouse o número de
publicações por períodicos, localização geográfica das instituições de vinculação dos autores, presença de temáticas, referências
às abordagens presentes da Teoria das Representações Sociais (TRS), instrumentos de coleta de dados, procedimentos para
análise de dados e o uso de ferramentas computacionais (softwares). Foram identificados 48 artigos, destes foram selecionados
44 que estavam dentro do intervalo de tempo 20052014 (n = 44), dos quais continham em seu título, resumo ou palavraschave a
delimitação “Representações Sociais”, “representaciones sociales” ou “social representations”, abarcando produções em três
línguas (português, espanhol e inglês). Os dados foram analisados por estatística descritiva básica. Sobre os resultados
encontrados, estes apontaram que: os periódicos que mais publicaram textos referentes às representações sociais foram:
Psicologia & Sociedade (18%); Psicologia: Ciência e Profissão (9%); Psicologia em Estudo (9%); Interface: comunicação, saúde e
educação (9%) e Ensaio: aval. pol. públ. educ. (9%). Esse resultado revela a presença do campo da Psicologia na divulgação dos
conhecimentos produzidos nas representações sociais. Ressaltase a publicação de um número temático sobre as representações
sociais pela Revista Psicologia & Sociedade vinculada à Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO). Dos autores
chama à atenção a expressividade das publicações com vinculação institucional no Nordeste (34%), em especial à Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB); em segundo lugar aparecem às instituições do
Sudeste brasileiro (31%) com destaque à Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Vale registrar que o índice de publicações de artigos com autoria de outros países é de 11%. Tal dado pode indicar certa
expansão das pesquisas sobre representações sociais no eixo SudesteNordeste do Brasil. Sobre os temas analisados nos artigos
observase que a área da educação e da saúde assumem posição de destaque entre as pesquisas, sendo que cada um deles
responde por 27% do total da produção. Temáticas relacionadas à categoria trabalho são da ordem de 13%. Sobre as abordagens
observouse que um número considerável de publicações 27% utilizou a Teoria das Representações Sociais (TRS) sem mencionar
o vínculo a uma das abordagens. Um total de 25% faz referência à abordagem processual, 18% mencionam a abordagem societal
e 30% a abordagem estrutural. Sobre os resultados metodológicos para a coleta de dados aparecem as entrevistas estruturadas e
semi estruturadas com 27% e o teste de associação livre de palavras 15%. Para análise de dados observase que 38% referemse
ao uso da análise de conteúdo, 15% utilizam análises léxicas e 20% utilizam da Teoria das Representações Sociais como
metodologia de análise de dados na contraposição com outras teorias. Com relação ao uso de programas computacionais para a
análise de dados cerca de 63% não utilizaram de software de análise. Do total de trabalhos que utilizam softwares temse cerca de
9% que utilizaram do EVOC, 9% utilizam o ALCESTE, 6% usam o TriDeuxMots, 4% com o SPSS e 6% com o NVivo. Os
resultados são indicativos da permanência das afirmações de Arruda (2002) sobre a ausência de estudos longitudinais, de largo
espaço de tempo, mas que mesmo assim tentam abarcar as mudanças e as vinculações dos indivíduos e grupos sociais. Da
mesma forma, vigorase a necessidade de articulação dos construtos da TRS à de outras áreas como as de Gênero, minorias
sociais, imaginário etc. Por outro lado reafirmamse os achados de Martins, Carvalho e AntunesRocha (2014) sobre
representatividade das áreas da Educação, Psicologia e Saúde na expansão do conhecimento e produtividade das
Representações Sociais. Assim, segue indispensável o desafio de criar metodologias e aprofundar laços com outras teorias.
Palavras chave: Representações sociais. Bibliometria. Metodologia de pesquisa. Scielo. Softwares.
Autor(a) Proponente: LUIZ PAULO RIBEIRO
Endereço: Rua Dimas de Oliveira, 282 Dom Bosco
Santo Antônio do Monte MG CEP: 35560000 Email: [email protected]
1
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
32
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA:
O USO DA RETÓRICA COMO INSTRUMENTAL DE ANÁLISE
Autor(es):
1
CINTIA SOUZA DANTAS DA SILVA
HELENICE MAIA GONÇALVES
As investigações em Representações Sociais (MOSCOVICI, 1978) estudam como se formam e funcionam os sistemas de
referência que os indivíduos utilizam para classificar pessoas e grupos e, também, para interpretar acontecimentos cotidianos.
Esses sistemas são formados por crenças, valores, modelos e símbolos presentes em todos os contextos, entre eles, nas práticas
do meio educacional. Essas práticas são criadas e mantidas em contextos conversacionais que se utilizam de argumentos visando
persuadir, podendo, desse modo, ser mais bem compreendidos por meio da análise retórica. Assim, outro dos nossos aportes
teóricos e também instrumental de análise dos dados é a Análise Retórica, pelo viés da Teoria da Argumentação, como proposto
por Perelman e OlbrechtsTyteca (2005) no movimento conhecido como Nova Retórica. Neste trabalho, propomos e justificamos o
uso da análise retórica na identificação das representações sociais que possam estar presentes em documentos orientadores da
educação profissional e tecnológica brasileira. Pensamos que a expansão da rede de educação profissional e a consolidação dos
Institutos Federais se encontram entre as tensões das políticas de formação de professores na medida em que devem reservar
vinte por cento das suas vagas para cursos de licenciatura e para programas especiais de formação pedagógica. Dessa forma,
cabe uma análise das contradições presentes nestas políticas educacionais que se relacionam à formação docente.
Palavras chave: Representações sociais. Análise retórica. Educação profissional e tecnológica. Formação de professores.
Autor(a) Proponente: CINTIA SOUZA DANTAS DA SILVA
Endereço: 406 NORTE ALAMEDA 10 LOTE 01 BLOCO A Apto 604 Plano Diretor Norte
Palmas TO CEP: 77006492 Email: [email protected]
1
Instituto Federal do Tocantins - IFTO
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
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O ESTUDO DAS METÁFORAS COMO FERRAMENTA DE ANÁLISE DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Autor(es):
1
ARTHUR VIANNA FERREIRA
O presente trabalho, parte da metodologia de investigação utilizada em uma tese de doutorado sobre identidade profissional de
educadores sociais e representações de educandopobre (2011) tem como objetivo ressaltar a importância do estudo das
metáforas existentes nos discursos epidíticos dos profissionais em educação como ferramenta de análise para a busca de
possíveis modelos figurativos de representações sociais no campo da educação. Assim sendo, se busca inferir a utilização da
filosofia retórica, segundo o corpus teórico aristotélico, dos discursos epidíticos produzidos socialmente pelos grupos de
educadores, a relevância do estudo das metáforas para a descoberta de campos figurativos vividos pelos grupos que constituem
ações educacionais e a possíveis organização de seus elementos para pesquisas de abordagem psicossocia a partir da Teoria
das Representações Sociais. Ao utilizarse o referencial teórico da argumentação filosófica, a partir de Aristóteles em seu livro ‘A
arte retórica’ e os seus conceitos de discurso epidictico articulados a teoria da argumentação de Olivier Reboul, Chaïm Perelman e
Lucie OlbrechtsTyteca buscamos entender que os grupos em seus relacionamentos sociais produzem, constituem e expressam as
suas ideias, valores, escolhas e ‘modus vivendi’ a partir de diversas figuras retóricas. Esta lógica aplicada a pesquisas realizadas a
partir da teoria das representações sociais auxilia na investigação de como estas representações são, não somente transmitidas,
mas também organizadas pelos sujeitos dos grupos sociais em suas relações de trocas simbólicas. Neste contexto, uma análise
retórica focada na busca de metáforas que constituam o sentido dos discursos dos sujeitos em seus grupos sociais, como propõe
Tarso Bonilla Mazzotti (2003; 2006; 2008), se torna pertinente para encontrarmos os campos figurativos das representações
sociais e como estes são constituídos e transmitidos pelos grupos, e seus indivíduos, no ambiente de troca simbólica social.
Assim, os discursos de gênero epidictico se tornam um campo fértil de investigação de pesquisas de abordagem psicossocial com
a teoria das representações sociais, pois a compreensão das suas diferentes articulações categoriais expressas nas diversas
figuras de sentidos metafóricos indicariam as possíveis justificativas para as práticas sociais organizadas pelos sujeitos e seus
pares, assim como a constituição de sua pertença grupal nas distintas situações da vivência destes mesmos sujeitos em
sociedade. A partir desta análise buscará mostrar a sua aplicação na investigação de representações sociais em um trabalho
específico sobre pobreza e educação nãoformal, organizado por Ferreira (2012), no qual a utilização desta forma de análise
auxiliou na constituição de um corpo teórico que identificou os campos simbólicos que constituem as representações de
educadores sociais em relação a pobreza vivida pelos seus educandos em ONGs caritativos em dois estados do sudeste do
Brasil.
Palavras chave: Representações sociais. Análise do discurso epidicticos metáforas. Campos figurativos.
Autor(a) Proponente: ARTHUR VIANNA FERREIRA
Endereço: Rua Capitão Rubens, 15 Marechal Hermes
Rio de Janeiro RJ CEP: 21610290 Email: [email protected]
1
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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A CONSTRUÇÃO DO SOCIAL NOVAS REPRESENTAÇÕES E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUSTIÇA E SEGURANÇA
Autor(es):
1
ISRAEL KUJAWA
PEDRINHO GUARESCHI
MAURO GAGLIETTI
O presente resumo é uma reconstrução de duas visões de representações que podem ser identificados nas bases
epistemológicas das políticas públicas de justiça e de segurança. Ao tratar das Representações Sociais Serge Moscovici inclui
relações entre as crenças que definem o pensamento como um agente e como um reagente da realidade. Independente da
dicotomia (agente/reagente), representações são referenciais que legitimam e dão sentido para o social, são meta teorias ou
componentes de bases epistemológicas. Uma representação, legitimada, cristalizada e naturalizada separa claramente o certo do
errado, o verdadeiro do falso. A mesma está apoiada em uma certeza que reduz a legitimidade de representações localizadas em
contextos sociais específicos. Esta forma de representar a realidade, legitimada pelo pensamento moderno passou a convier com
novas formas de representações que atribuem novos sentidos para o dualismo entre certo e errado verdadeiro e falso, moral e
imoral. Nesta segunda forma de representações, o sentido do social, do humano e do universo, representado por autores como
Friedrich Nietzsche e Michel Foucault, Serge Moscovici, Edgar Morin, Zygmunt Bauman e Boaventura de Sousa Santos, está
ampliando a força, a aceitação e a legitimidade do que definimos como novas representações. Desse modo, os referenciais do
certo e do errado estão cedendo espaço para os referencias que possibilitam maior expressão e manifestação das
individualidades. Nesta forma de pensar, a justiça e a segurança pública se apresentam na instabilidade em que o velho, apoiado
em regras universais advindas de uma certeza absoluta, se confronta com o novo que concede sentido à diversidade e ao flexível
advindo de contextos específicos, de particularidades e de individualidades. Objetivase, nesse trabalho, a identificação de
possíveis representações da Lei nº. 11.707, de 19 de junho de 2008, que instituem o Programa Nacional de Segurança Pública
com Cidadania (PRONASCI). Este programa pode ser compreendido sob a orientação conceitual que destina espaços para o
protagonismo dos cidadãos, propondo, uma atualização das instituições de segurança pública. As bases epistemológicas que
envolvem a segurança pública estão associado à múltiplos fatores, vinculados, preferencialmente, às diferentes formas de
intervenção social por intermédio de políticas públicas. Desse modo, percebese que o referencial classificatório que separa o
humano dos conflitos de interesse, bem como seres humanos em conflito dos seres humanos sem conflito, é substituído por outro
que aponta a necessidade de tratar os conflitos sob a ótica dos envolvidos no mesmo. Por decorrência, os sentimentos e os afetos
podem ser valorizados por meio do diálogo, da construção criativa e mútua de soluções e alternativas. Nesse sentido, O
PRONASCI visa disponibilizar ferramentas para que não se dependa de um agente externo para saciar as necessidades, mas se
desenvolva a capacidade autônoma para transformar a situação. A subjetivação, com ênfase na dimensão de uma nova jurisdição
comunitária, tem como busca prioritária alargar e promover a autonomia dos sujeitos ao romper com a tradição assistencialista
que engessa as comunidades em uma relação de dependência. Assinalase, ainda, que administrar o conflito gerador de
insegurança é aprender a lidar com o mesmo, de tal modo que a convivência entre as pessoas próximas não seja prejudicada,
possibilitando um ambiente de interação e troca no contexto em que vivem. Nesse processo de ser agente atuante e administrador
de seus conflitos, podem surgir soluções compartilhadas para transformar as próprias pessoas em agentes efetivos da cidadania.
Podese dizer, então, que nesta forma de conceber a segurança e a justiça, o PRONASCI se apoia em referenciais que buscam
respostas ao tema da mudança e da diversidade, propondo novas representações. Ao mesmo tempo, pode ser dito que está se
distanciando dos referenciais da formalidade e da estabilidade. Assim, o reconhecimento de novos comportamentos sociais pelos
quais as pessoas, independentemente da condição de gênero, classe social ou etnia, lutam para legitimar seus direitos é uma das
variáveis para a explicação do elevado número de situações de violência. Por fim, constatase que a estabilidade social e
institucional sofre também implicações de gênero, quando disciplinada por uma prescrição naturalizada do feminino e do
masculino, seguida e aceita pelo conjunto da sociedade, e passa por questionamentos, aceitação e contestação. Neste conflito,
entre os que aceitam e os que não aceitam estas mudanças, está um ponto importante para a compreensão da justiça e da
segurança.
Palavras chave: Representações. Justiça. Segurança. Políticas públicas.
Autor(a) Proponente: ISRAEL KUJAWA
Endereço: Rua Castro Alves Petrópulis
Passo Fundo RS CEP: 99050090 Email: [email protected]
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS e Faculdade Meridional - IMED
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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35
REPRESENTAÇÃO SOCIAL, RELAÇÃO COM O SABER E A FORMAÇÃO DOCENTE
Autor(es):
1
CARLINEIDE JUSTINA DA SILVA ALMEIDA
ELDA SILVA DO NASCIMENTO MELO
O cenário educacional brasileiro tem se constituído sobre novos paradigmas que envolvem reflexões de pesquisadores e
associações que não cessam de discutir os novos rumos do ensino no país. Dentre os principais pilares dessa política educacional
está a formação docente, revelandose um campo profícuo de pesquisa acadêmica e colaborativa. Como temáticas específicas no
campo da formação docente há o status social, as necessidades formativas, a valorização profissional e a própria identidade
docente. Entretanto, essa temática toca diretamente aos interesses pessoais, acadêmicos e profissionais do conjunto de
professores. Nessa direção, este trabalho objetiva demonstrar como a Teoria das Representações Sociais proposta por Moscovici
(1976), e a Teoria da Relação Com o Saber, elaborada por Charlot (2000) podem contribuir para fomentar o pensamento analítico
acerca da formação docente. Ou seja, evidenciar as contribuições dessas duas teorias para se perceber a formação docente do
ponto de vista dos sujeitos, valorizando um conhecimento que emana de suas crenças, experiências e valores, o conhecimento do
senso comum. Portanto, nesse trabalho, apresentamos uma pesquisa de cunho bibliográfico, fundamentada em: Garcia (1999);
Jodelet (2001); Charlot (2000) e Moscovici (1976, 2012), buscando compreender de forma holística o fenômeno da formação
docente. A Teoria das Representações Sociais, elaborada por Moscovici (1976), é compreendida como um conjunto de ideias,
informações, atitudes e imagens que contribuem para a formação da conduta dos grupos e de seus indivíduos em uma dada
sociedade. Já a Teoria da Relação com o Saber constituída por Charlot (2000), consubstanciase em um convite para a
concretização dessas informações, atitudes e imagens, pois age de forma contributiva aos sujeitos, revelando que para
representar as práticas sociais construídas em seu cotidiano, estes precisam estabelecer uma relação com o saber, envolvendo o
mundo, os outros e eles mesmos, ou seja, uma relação que envolve aprendizagens. O autor denomina essas aprendizagens
como: figuras do aprender, por meio das quais o homem se apropria do mundo e constrói suas representações. De posse dessas
reflexões, concordamos com Garcia (1999), que entende a formação docente como um campo investigativo que ao longo dos
anos foi construído perante os estudos basilares de uma concepção heterogênea de conhecimentos pedagógicos, teóricos e
práticos. Partindo desse pressuposto, Charlot e Moscovici, defendem que as práticas sociais realizadas no cotidiano dos sujeitos,
são essenciais e imprescindíveis para a construção de uma identidade do profissional docente. Primeiro porque, pensar na prática
pedagógica implica também pensar na conduta dos sujeitos. As teorias em debate possibilitam que o professor compreenda seu
campo de atuação, como espaço de formação, na qual necessitam estar em constate relação com o saber, Charlot (2000). Essa
relação se manifesta através dos elementos que os sujeitos elegem para si como elementos norteadores da representação de sua
prática e de suas ações. Assim, corroborando com Jodelet (2001), entendemos que esses elementos e/ou figuras do aprender são
um guia para a ação. Além disso, as teorias convidam os professores a pensarem sobre sua identidade docente, usando
subsídios voltados para a própria conduta. Moscovici (1976) e Charlot (2000) advogam que as conjecturas presentes na estrutura
de análise das duas teorias, permitem aos sujeitos refletirem sobre sua imagem e as funções por eles exercidas, consolidando na
sociedade não somente os reflexos de um indivíduo, sua conduta, suas opiniões e atitudes, mas, especialmente, a do grupo, uma
vez que, as representações sociais são construídas coletivamente. Além disso, as imagens representadas pelos os professores
servem para defender as funções identitárias e justificadoras do grupo. Essas funções conduzem os sujeitos a interpretarem, no
interior de seu grupo, imagens positivas e negativas sobre a prática educativa, bem como a compreensão das relações por eles
vivenciadas e partilhadas. Portanto, a dimensão identitária representa a relação com o saber, pois está sempre delineada pelo
aspecto social em que se encontra o sujeito. Assim, percebemos que ambas as teorias, servem ainda como amparo social que
fundamenta as razões lógicas das atitudes racionais ou cognitivas dos sujeitos, essas atitudes abrangem conceitos dinâmicos e
ajudam a compreender as dimensões da realidade, especialmente, a educativa. Ressaltamos, que há consonância entre as
teorias mencionadas e que ambas podem contribuir para verificar como os principais sujeitos implicados na formação docente se
percebem diante dos novos paradigmas, dos embates e das demandas postas no campo educacional.
Palavras chave: Representação social. Relação com saber. Formação docente.
Autor(a) Proponente: CARLINEIDE JUSTINA DA SILVA ALMEIDA
Endereço: Vereador José Alves Zelia Alves
Angicos RN CEP: 59515000 Email: [email protected]
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
36
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA DOCÊNCIA: INDICADORES INDISPENSÁVEIS PARA A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Autor(es):
1
ANAMERICA PRADO MARCONDES
SANDRA LÚCIA FERREIRA
MARIA CECÍLIA BONINI TRENCHE
definidas pela missão e objetivos institucionais. A literatura da área assinala que a docência demanda constitui um componente
importante, mas também complexo, por tratarse de um conceito multifacetado e de difícil definição. Isso traz a necessidade de
considerar uma abordagem psicossocial para a realização de um trabalho avaliativo possibilitando abranger a totalidade das
dimensões que ela comporta. O estudo das Representações Sociais de professores e estudantes sobre a docência inserese num
projeto mais amplo de Avaliação da Docência que não pode ser confundida com avaliação do Ensino, isso porque o Ensino na
universidade é uma dimensão muito mais abrangente, compondose de outros diferentes aspectos, tais como: imagem
organizacional, condições de infraestrutura das atividades educacionais (recursos, adequação de edifícios e instalações; dotações
e equipamentos necessários), características do corpo discente, o reconhecimento social dos conteúdos de ensino, entre outros. A
avaliação da docência compõe o todo dessa dimensão institucional, pois o campo do Ensino é, portanto, mais amplo do que a
docência, embora esta seja reconhecida como elemento essencial. Na perspectiva da instituição, é essa amplitude da dimensão
que possibilita a ruptura de um conceito de docência como único responsável pelos resultados dos estudantes e dos sistemas
educativos e que permite que a dimensão Ensino, associada especialmente à Pesquisa e Extensão, possa dar conta da
integração e da pluralidade de aspectos que possibilitam o delineamento da excelência escolar. Dentre os desafios da
implantação de ações avaliativas numa realidade, colocase o fato das mesmas estarem permeadas por uma diversidade de
valores e sentidos, por espaços de poder e conflitos de interesses, que interferem tanto na aceitação dos processos de avaliação,
como na utilização dos resultados dos mesmos. A avaliação traz em sua natureza o caráter de desvelamento da realidade e
perspectivas de mudanças associadas aos objetos avaliados, o que pode acarretar medos, inseguranças e por vezes resistências.
Instalase uma tensão gerada a partir do estabelecimento do conceito de avaliação como instrumento que possibilita informações.
A tensão, porém, fica amenizada quando se assegura a participação efetiva dos envolvidos nas diferentes etapas do processo
avaliativo, inclusive na construção dês seus instrumentos. Neste sentido, o estudo previu investimentos na criação de condições
para discutir e capturar, de forma ampliada, os sentidos que os envolvidos, professores e estudantes, atribuem à Docência. O
encaminhamento metodológico explorou informações coletadas por meio de um questionário – respondido por 427 estudantes e
114 professores dos diferentes programas de PósGraduação Stricto Sensu de uma instituição de educação superior – contendo
três itens dissertativos que tinham como objetivo coletar informações sobre concepções e imagens da Docência da Pósgraduação
dos professores e estudantes: Quais aspectos deveriam ser considerados para avaliação do desempenho do professor de pósgraduação em sala de aula?: Quais aspectos deveriam ser considerados para a avaliação do desempenho do orientados de
dissertação ou tese?; Registre aqui outros comentários que contribuam para a avaliação da docência na Pósgraduação. Para a
análise dos dados utilizouse a análise de conteúdo e o processamento pelo software Alceste. Foram reveladas categorias de
sentido associadas à docência na pósgraduação, na visão dos pesquisados, que compuseram uma matriz avaliativa constituída
por categorias de análise que constituem elementos constitutivos da Docência: Gestão da sala de aula (Conhecimento acadêmico,
questões didáticas, relações éticas e produção de conhecimento); Contribuição da disciplina para o estudante (Formação
Acadêmica e exercício Profissional). Essa matriz de categorias permitiu a orientação para a construção de um instrumento que
será aplicado futuramente a estudantes de pós graduação, o que possibilitará uma avaliação deste estudo realizado. Ao aceitar
um modelo participativo da avaliação na instituição, ouvindo os implicados sobre suas concepções da docência, incorporase a
subjetividade dos sujeitos envolvidos no processo, distanciandose de um enfoque predominantemente assentado em medidas
objetivas das variáveis. Como salienta Contera Ríos (2006), buscouse uma legitimidade técnica da prática avaliativa, associada a
um processo participativo e levando em conta o caráter axiológico e ético dessas práticas. Salienta a autora a importância de se
considerar que a instituição educacional tem princípios de ação e formas culturais próprias dos coletivos, que representam sua
concepção da atividade educativa
Palavras chave: Avaliação da docência na pós-graduação. Práticas avaliativas institucionalizadas. Construção de instrumento.
Autor(a) Proponente: ANAMERICA PRADO MARCONDES
Endereço: Rua Urano, 26, apto 151 Aclimação
São Paulo SP CEP: 01529010 Email: [email protected]
1
Pontificia Universidade Católica de São Paulo - PUC
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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37
IDENTIDADE E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ATLETAS MARATONISTAS AMADORES E PROFISSIONAIS NO
CONTEXTO ESPORTIVO
Autor(es):
1
ISABELA AMBLARD
FATIMA MARIA LEITE CRUZ
Este estudo apresenta articulações teóricas construídas para uma tese de Doutorado em Psicologia, a qual investiga as relações
da identidade e as representações sociais de atletas maratonistas amadores e profissionais no contexto esportivo. Compreendese
que há uma retratação explícita, em seus princípios básicos, do antagonismo entre o esporte amador e o profissional: no
amadorismo entendese a prática de modalidades com o objetivo de contribuir à integração dos praticantes no meio social, na
promoção da saúde e melhoria na qualidade de vida, com a finalidade de lazer; já o esporte profissional se configura como um
meio de provimento aos atletas e prediz a participação de competidores com o objetivo de busca por vitórias, recordes e sucesso.
Tornase evidente o aparente distanciamento, entre tais práticas, visto que a primeira não apresenta em seus fundamentos a
realização da atividade com fins de desempenho em competição, no entanto, em ambas há uma expectativa quanto a melhoria da
performance, otimização de habilidades e superação pessoal. Chamanos a atenção o fato de parte dos atletas amadores
dedicaremse arduamente a estas atividades físicas, através de treinos sistemáticos, alimentação balanceada e abdicação, em
parte, de uma vida social mais intensa, o que, de forma muito semelhante, ocorre com frequência no cotidiano dos atletas
profissionais. Procuramos, portanto, compreender os sentidos compartilhados pelos atletas amadores e profissionais sobre as
práticas esportivas e a sua relação com a construção de identidades. Para o desenvolvimento da temática, buscouse
embasamento na Teoria das Representações Sociais e na Teoria da Identidade Social. A compreensão de identidade está
fundamentada numa concepção de construção e reconstrução, em resposta às formas pelas quais as pessoas são representadas
nos sistemas culturais que as evolvem. As identificações sofrem impacto das condições históricas e sociais e, portanto, dos
sentidos compartilhados e atribuídos aos objetos sociais, conforme o entendimento da articulação proposta entre as duas teorias
apontadas nesse estudo. As representações sociais são elaboradas pelos membros dos grupos distintos que constituem esta
sociedade e podem apresentar sentidos diferentes sobre um mesmo objeto social, dada a possível diferenciação existente entre
os marcadores sociais e culturais. Desta feita, a escolha de uma abordagem psicossocial para teorizar esta pesquisa de doutorado
é pautada na ideia de que o entorno social não se resume a indivíduos e grupos sociais, pois este também é repleto por saberes,
objetos, práticas e fenômenos que estruturam a interação entre as pessoas e a mediatizam na medida em que há diferenciações
entre o “universo de opiniões” dos diversos grupos presentes em uma sociedade. Concluímos, assim, que a diversidade de
experiências individuais e coletivas vivenciadas pelos atletas amadores e profissionais, a partir do cotidiano de treinos e da
participação em eventos esportivos, dá sentido à realidade social, com a organização das comunicações, orientação de condutas
e produção de identidades. Sentirse pertencente a um grupo de referência, reconhecido por suas características, atribuições e
comportamentos parecenos significativo aos atletas e, portanto, pertinente na teorização sobre identidade, com vistas à
compreensão de como eles se veem, se reconhecem e julgam serem vistos pela sociedade.
Palavras chave: Identidade. Representações sociais. Atletas.
Autor(a) Proponente: ISABELA AMBLARD
Endereço: Rua da Hora, 625 apt 408 Espinheiro
Recife PE CEP: 52020010 Email: [email protected]
1
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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38
A NOÇÃO DE SISTEMA DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NAS TESES E DISSERTAÇÕES BRASILEIRAS: UMA PESQUISA
BIBLIOGRÁFICA
Autor(es):
1
DANYELLE ALMEIDA DE ANDRADE
CLARISSA CRISTINA GONÇALVES CORREIRA
FERNANDA SIQUEIRA RIBEIRO
LÍVIA BOTELHO FÉLIX
O presente estudo tem por objetivo apresentar uma revisão sobre o emprego da noção de sistema de representações sociais
(SRS). Mencionada por Serge Moscovici nos primórdios da construção da Teoria das Representações Sociais (TRS), não se
tratando assim de algo novo, SRS aparece originalmente associada ao processo de ancoragem. Nessa perspectiva, a noção é
apontada como relevante para a análise dos fenômenos sociais, embora ainda apresente contornos teóricos pouco delimitados.
Este trabalho foi realizado, mais especificamente, a partir das teses e dissertações brasileiras, tratandose, portanto, de uma
pesquisa bibliográfica, caracterizada como procedimento metodológico de suma importância na produção do conhecimento
científico, sobretudo no tocante a temas pouco explorados. Os dados foram coletados em março de 2015, no Portal de Teses e
Dissertações da CAPES. A partir das palavraschaves “sistema de representações sociais”, “sistema de representação social” e
“sistema representacional”, foram encontrados, a princípio, 441 trabalhos. De acordo com o mecanismo de busca do referido
portal, os elementos de tais termos foram procurados nos títulos, resumos e palavraschaves das pesquisas disponíveis no banco
de dados. Como critério de inclusão na análise, foram selecionados apenas os trabalhos que utilizassem o aporte teórico da TRS,
resultando em apenas 02 produções (01 tese e 01 dissertação). Além destes, foram acrescidos à pesquisa cinco outros trabalhos,
sendo um deles (tese) produzido pelo mesmo grupo de pesquisa das produções anteriormente encontradas e outros quatro
(dissertações) desenvolvidos pelo grupo de pesquisa do qual as autoras fazem parte. Estes últimos trabalhos inclusos, por se
tratar de publicações mais recentes, ainda não se encontram disponíveis no referido portal. No total foram analisadas 7 (sete)
produções publicadas entre 2009 e 2015. Realizouse análise temática de conteúdo desse corpus, buscandose averiguar de que
modo essa noção vem sendo utilizada a partir de três critérios analíticos principais: 1) definição do conceito; 2) articulação com
outros conceitos, temas e dados empíricos; 3) referências utilizadas para fundamentar a noção de SRS. No tocante às
dissertações e teses, essas foram realizadas em dois Programas de Pós Graduação em Psicologia: um situado na Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) e outro na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Das sete produções analisadas, seis
utilizam a noção de SRS se referindo a um conjunto de representações, objetos ou temas sociais. Nesses trabalhos, a noção de
SRS apresenta algumas variações a nível teórico, temático e metodológico. Apontase o uso da noção de SRS (ou sistema
representacional) como recurso para discutir e refletir sobre achados empíricos, contribuindo, assim, para a investigação sobre
objetos específicos e relevantes socialmente, como prática profissional do psicólogo, alcoolismo, saúde mental infantil e
aposentadoria compulsória. Em alguns trabalhos, além de considerar a existência de representações sociais articuladas, também
consideram e analisam a existência de relações hierárquicas entre essas. Em menor proporção, identificouse a articulação a
noção de SRS com outros conceitos, como o de práticas sociais. Todavia, também é notório o uso da noção de SRS sem
definição explícita, aproximandose, por vezes, da própria noção de representação social. Três dos trabalhos analisados não
apresentam conceituação ou discussão do termo, tampouco apresentam as referências teóricas consultadas para a pesquisa.
Nesses ainda, o termo surge apenas na parte referente à análise dos dados e não consta na fundamentação teórica como um
conceito de referência ao estudo. Em um destes estudos, o termo surge inclusive nos objetivos, mas também não é discutido no
decorrer do texto. Assim, a revisão realizada aponta para uma utilização recente do conceito de SRS e ainda fundamentada de
maneira incipiente, em parte pela escassez de produções sobre o mesmo. Vale ressaltar a repetição de algumas referências
bibliográficas dentre aqueles autores que discorrem de forma mais conceitual sobre o assunto. Isto pode ratificar a já mencionada
pouca quantidade de estudos que se debrucem sobre o tema. Contudo, é necessário estar atento para a sua diferenciação e
caracterização, uma vez que, quando presente, este termo por vezes não é apresentado com clareza e confundese com outros.
Reforçase a necessidade de mais estudos sobre o termo, necessidade esta explicitada pela própria maioria dos estudos
analisados, sobretudo no que se refere à compreensão sobre os processos de construção das representações sociais formuladas
pelos grupos acerca dos objetos sociais imbricados no sistema e suas relações.
Palavras chave: Teoria das representações sociais. Sistema de representações sociais. Sistema representacional.
Autor(a) Proponente: DANYELLE ALMEIDA DE ANDRADE
Endereço: R ALFREDO FARIAS PIMENTEL 68 Catolé
Campina Grande PB CEP: 58410675 Email: [email protected]
1
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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39
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E RETÓRICA COMO TEORIAS E INSTRUMENTOS DE ANÁLISE DA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Autor(es):
1
CINTIA SOUZA DANTAS DA SILVA
HELENICE MAIA GONÇALVES
O desenvolvimento da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no Brasil teve como fio condutor os processos produtivos do
país, delineadores da divisão social e técnica do trabalho. Em 2008, com a formação da Rede Federal de Educação Científica e
Tecnológica (RFECPT) e criação dos Institutos Federais, se deu um processo de adesão das instituições de ensino profissional ao
modelo dos Institutos. Cada instituição proponente deveria assinar um plano de metas, num acordo celebrado com o Estado,
composto, entre outros elementos, por 19 metas e compromissos. Dentre essas metas, constava a obrigatoriedade da oferta de,
ao menos, 20% de matrícula em cursos de licenciatura e/ou programas especiais de formação pedagógica. Desse modo, mesmo
tendo como referência e potencialidade a formação de trabalhadores, foi delegada aos Institutos Federais a missão da formação
de professores. A fim de procurar entender quais percepções, atitudes e expectativas são construídas e mantidas na constituição
dessa “nova” institucionalidade propomos recorrer aos sistemas de significação socialmente enraizados e partilhados que as
orientam e justificam. Buscamos assim o olhar psicossocial das Representações Sociais para que a pesquisa educacional possa
ter maior impacto sobre a prática educativa. Assim, propomos nesse trabalho demonstrar como as investigações utilizando a
Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 1978) podem contribuir para os estudos em Educação Profissional. As
investigações em Representações Sociais estudam como se formam e funcionam os sistemas de referência que os indivíduos
utilizam para classificar pessoas e grupos e, também, para interpretar acontecimentos cotidianos. Esses sistemas de referência
são formados por crenças, valores, modelos e símbolos presentes em todos os contextos, entre eles, nas práticas do meio
educacional. Essas práticas são criadas e mantidas em contextos conversacionais que se utilizam de argumentos visando
persuadir; podendo, desse modo, ser mais bem compreendidos se usarmos também a análise retórica em sua análise. Assim,
além da Teoria das Representações Sociais de Moscovici (1978), outro de nossos aportes teóricos e também instrumental de
análise é a Teoria da Argumentação como proposto por Perelmam e OlbrechtsTyteca (2005). O que vai caracterizar e ser original
nessa teoria é a integração da teoria da argumentação a uma filosofia do conhecimento e a uma filosofia da decisão e da ação
totalmente explícitas; além de expandir sua compreensão para textos escritos. Documentos escritos, de maneira explícita ou não,
além de registrarem as opiniões dos diversos oradores, condensam os objetos de acordo estabelecidos intersubjetivamente. As
estruturas argumentativas utilizadas pelos oradores autorizados expressam as representações dos grupos e revelam os
significados atribuídos aos objetos de debate, bem como as orientações de conduta. O corpus selecionado nesse trabalho é a
texto intitulado Lei 11.892/2008 com Comentários e Considerações a fim de analisar os sentidos que constituem discursivamente
documentos produzidos e disponibilizados pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação e
Cultura (SETEC/MEC) que trazem orientações para a implantação e a organização dos Institutos Federais. A metodologia utilizada
nessa investigação, de caráter descritivo e interpretativo, constitui em identificação de esquemas que sejam representativos dos
discursos, ou seja, técnicas discursivas utilizadas pelos sujeitos para persuasão. Então, partese para a interpretação e análise
desses esquemas, observando os significados que as argumentações fazem emergir – comparações ou analogias que revelem
ligação entre elementos, dissociação de noções e figuras de linguagem. Os resultados da análise apontam que o texto se
contradiz em alguns argumentos e busca reforçar a importância dos Institutos Federais para o desenvolvimento da educação
profissional brasileira e importante elemento de desenvolvimento regional. Indica que a criação dos Institutos Federais acarreta
uma cadeia de sucessões que se mostra como necessária à “renovação” do ensino profissional brasileiro; que seria: o modelo
pluricurricular de ensino (que atua em diversos níveis e modalidades) e que teria como efeito a verticalização do ensino. Outro
fator importante seria a interiorização do ensino com a expansão territorial dos Institutos. E, consequentemente, esse conjunto de
fatores levaria a inclusão social, atingindo a meta de “qualidade social”, recorrentemente sugerida no texto.
Palavras chave: Representações sociais. Análise retórica. Educação profissional. Tecnológica.
Autor(a) Proponente: CINTIA SOUZA DANTAS DA SILVA
Endereço: 406 NORTE ALAMEDA 10 LOTE 01 BLOCO A Apto 604 PLANO DIRETOR
Norte Palmas TO CEP: 77006492 Email: [email protected]
1
Instituto Federal do Tocantins - IFTO
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: ESTRUTURAS MEDIADORAS ENTRE INDIVÍDUO E SOCIEDADE
Autor(es):
1
FLÁVIO DE LIGÓRIO SILVA
Existe indivíduo sem sociedade e sociedade que não seja composta por indivíduos? Porque tamanha distinção, quiçá oposição,
entre aquilo que se concebe ser da ordem social e o que é de alçada individual? Tais questionamentos podem ser respondidos,
em parte, pela própria natureza das Ciências Sociais e das concepções iniciais traçadas por seus fundadores, sobretudo
Durkheim, o qual o efetuou uma cisão entre as esferas individual e social. Caberia, pois, à Sociologia o estudo dos fenômenos
ligados à ordem social e o indivíduo ficaria relegado a ser estudado por meio da Psicologia. Historicamente, a emergência do
indivíduo é fruto da modernidade. Considera-se que tal nascimento é um legado do pensamento de Descartes, o qual efetuou uma
cisão radical, antes inconcebível, entre o sujeito e o mundo, inaugurando o que ela denomina de “era das representações”.
Consideramos que a Teoria das Representações desenvolvida por Serge Moscovici lança novas luzes sobre esta questão
apresentando as Representações Sociais como as estruturas mediadoras entre o indivíduo e a sociedade. O objetivo, pois, deste
trabalho é tecer algumas considerações sobre o papel de mediação efetuado pelas representações, no contexto da análise
psicossocial. Nossa análise parte da noção de representação como um arcabouço de conhecimentos adquiridos, mobilizados,
transformados e compartilhados pelo indivíduo em sua experiência de vida. A experiência individual no meio social constrói as
representações sociais dos atores, sendo que elas regulamentam suas práticas por meio do habitus. Se as Representações
Sociais são a ligação entre o indivíduo e a sociedade, essa mediação se dá de que maneira? Ora, as Representações
comunicam. Geradas pela coletividade, elas são reelaboradas pelo indivíduo, de modo que eles possam partilhar ideias,
sentimentos, estabelecer normas e condutas. A comunicação se dá numa língua que é prévia ao indivíduo, posta que já falada
pela sociedade quando da emergência do sujeito, mas este, ao falá-la, o faz de forma a seguir ou transgredir as suas regras, de
um modo próprio. Podemos considerar que se trata de um mesmo idioma falado de uma maneira própria, particular, do sujeito,
constituindo uma língua que lhe é peculiar, visto que outros sujeitos poderiam comunicar os mesmos fatos, normas, ideias ou
valores de maneira diversa daquela. Moscovici considerou, pois, que a relação entre a ordem individual e o coletivo é dialéti ca.
Para ele, a sociedade existe apenas se existir um sujeito e que a emergência do sujeito só acontece se existir uma sociedade que
lhe dê suporte. Essa interação dialética entre ambas as instâncias é que foi tomada por Moscovici como ponto de partida para a
elaboração da Teoria das Representações Sociais. Assim, individualização e socialização são duas faces de uma mesma moeda,
processos indissociáveis que conduzem simultaneamente à emergência do sujeito a ocupar a vida social e à sociedade com sua
multiplicidade de membros, um não existindo sem o outro. A elaboração da Teoria das Representações Sociais constitui um
avanço em relação aos estudos essencialmente cognitivistas que atribuíam a supremacia ao indivíduo, retirando-o de seus
contexto social e aos estudos predominantemente sociologizantes, os quais anulavam a existência de um indivíduo que pudesse
ter desejos e atuar de maneira distinta sobre o mundo. Mais do que reconhecer a interação entre indivíduo e meio, interessava a
Moscovici compreender a dinâmica dessa relação, uma vez que a representação é uma construção do indivíduo, mas sua origem
é social, com destino também é social. Desse modo, não se tratava de dar outro sentido ou ligação entre o sujeito e meio social,
nem constatar que, nessa relação, o indivíduo vai ampliando suas capacidades cognitivas, motoras dentre outras. Importava, sim,
entender o dinamismo dessa relação, ou seja, como o social interfere na elaboração das representações sociais dos indivíduos e
como estas interferem na elaboração das representações sociais do grupo a que pertencem. Desse modo, chega-se à conclusão
de que a representação social não é nem o coletivo, nem o inconsciente, mas a ação, o movimento de interação entre as pessoas.
Tal movimento tem por finalidade maior não outra coisa, senão, tornar familiar, aquilo que não é familiar, função primordial das
Representações Sociais.
Palavras-chave: Representações sociais. Indivíduo. Sociedade. Estruturas mediadoras.
Autor(a) Proponente: FLÁVIO DE LIGÓRIO SILVA
Endereço: Rua Adolfo John Terry - Centro
Corrente - PI CEP: 64980-000 - E-mail: [email protected]
1
- Instituto Federal do Piauí – UFPI, Campus Corrente
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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41
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E PROFISSÃO DOCENTE: O QUE AS PESQUISAS REVELAM?
Autor(es):
1
ANTONIA MAÍRA EMELLY CABRAL DA SILVA VIEIRA
Estudos que envolvem representações sociais (RS) cada vez mais se alargam no meio acadêmico. Pesquisas, em específico, na
área da educação são enriquecidas a luz da teoria das representações sociais como meio consistente para compreender a
realidade e o construto simbólico que, muitas vezes, envolve a formação de professores. Nesse sentido, contribui para avanços
nos estudos sobre o ser docente. Pensando nessa possibilidade em expansão. Esta pesquisa pretende apresentar e analisar os
resumos publicados que tratam da profissão docente e representação social, pertencentes aos Grupos de Discussão Temática
(GDTs) da VII Jornada Internacional sobre Representações Sociais e V Conferência Brasileira sobre Representações Sociais, que
tem como tema Teoria das Representações Sociais: 50 anos, memórias, desafios contemporâneos e perspectivas, realizado no
ano de 2011. Essa investigação, metodologicamente, caracterizase por ser exploratória (GIL, 1991). O percurso metodológico
contempla a leitura dos resumos, identificação das temáticas e caracterização geral das pesquisas no que envolve: objeto de
estudo, metodologia e resultados. Através desse percurso esperamos identificar, as principais contribuições destes trabalhos para
o campo educacional e em específico para formação docente. Para análise, foram selecionados 83 resumos, que fazem menção a
pesquisas com professores e licenciandos acerca do trabalho docente e suas especificidades. Desses resumos 6 são
internacionais e no geral, 2 não fazem parte do GDT Educação, no entanto, de acordo com seu objeto de estudo deve ser
agregado a essa proposta de pesquisa. Destacamos que o evento compreende 42 GDTs, desses, 16 GDTs específicos sobre
educação, mas nem todos envolvem pesquisas com professores e licenciandos, se distanciando da nossa temática de análise,
formação de professores. Os trabalhos, não analisados, somam 16. Os resumos considerados ressaltam pesquisas com
professores e licenciandos de diversos cursos. As pesquisas cujos sujeitos são os professores, abordam assuntos inerentes à
formação, a profissão, inclusão de alunos com deficiências e patologias no contexto escolar, práticas pedagógicas, identidade
profissional, novas tecnologias e carreira docente. Os que têm os graduandos como sujeitos, compreendem temáticas como: a
avaliação da aprendizagem, a imagem do professor, a prática pedagógica, a violência escolar, o trabalho docente, os agentes
sociais que participam da escola e a formação docente. As metodologias mais empregadas nas pesquisas foram: Técnica de
Associação Livre de Palavras (TALP), questionários, entrevista, grupo focal, fotografias, gravação em áudio, relatos biográficos,
Procedimento de Classificações Múltiplas (PCM), pesquisas descritivas, observação, análise documental, e associação dirigida.
Para análise dos dados destacamos as estratégias mais mencionadas: análise de conteúdo (BARDIN, 2007, FRANCO, 2005),
softwares EVOC (2003,2000) e ALCESTE, software estatístico Trideux, software NVivo 8 e o Software SPHINX. No que se refere
à menção dos autores como aporte teórico e metodológico, ressaltamos que 26 não apontam esses dados, os demais todos
indicam a abordagem Moscoviciana como referência, em destaque para sua obra original “La psycanalise son image et son public”
apresentada nas edições de 1961 e 1978, além dele foram mencionados autores como Jodelet, Abric, Gilly, Domingos Sobrinho,
Flament, Sá, Wagner e Marková. Como contribuições, destacamos nos trabalhos, dados e resultados que apontam à pesquisa
científica enquanto elemento integrante da formação do professor; os obstáculos que permeiam a concretização de diversas
atividades pedagógicas; necessidades de melhoria na formação nas licenciaturas, avanços na relação professor aluno;
necessidade na melhoria na qualidade da formação docente. Assim, percebemos indícios sobre a caracterização das pesquisas a
luz das representações sociais, um número expressivo de pesquisas nas áreas ligadas a formação docente, mesmo percebendo
elementos limitadores nestas pesquisas. Ainda encontramos lacunas nos esclarecimentos dos resultados, que muitas vezes, são
meramente descritivos e substancialmente apresentam a representação social dos sujeitos. No entanto, percebemos a
consistência na apresentação dos dados e compreendemos a complexidade da teoria. Sentimos falta, ainda, de mais pesquisas
que ressaltem a construção da identidade docente e formação continuada, no entanto, destacamos abordagens como a inclusão e
novas tecnologias como temáticas necessárias à pesquisa sobre a formação docente encontradas nos resumos. Desse modo,
identificamos um aspecto de diversidade nos assuntos que permeiam a formação docente, mesmo que de forma tímida.
Palavras chave: Representação social. Educação. Pesquisas.
Autor(a) Proponente: ANTONIA MAÍRA EMELLY CABRAL DA SILVA VIEIRA
Endereço: R Marechal Hermes 1235 Bom Jardim
Mossoró RN CEP: 59618160 Email: [email protected]
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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42
POR UMA NECESSIDADE DE DIÁLOGO ENTRE MOSCOVICI E BAUMAN: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS HARDWARE E
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOFTWARE
Autor(es):
1
VALMARIA LEMOS DA COSTA SANTOS
ERIKA DOS REIS GUSMÃO ANDRADE
O objetivo deste trabalho é trazer para discussão e reflexão alguns elementos que envolvem a construção de Representações
Sociais no contexto que o sociólogo polonês Zygmund Bauman (2001) chama de Modernidade Líquida. Discutimos a relação
sempre processual e indissociável entre teoria e transcurso temporal. Tal inquietação surgiu em virtude de reflexões que envolvem
nossa pesquisa As representações sociais de licenciandos sobre a EaD: o caso da UFRN, que é parte da proposta de dissertação
de mestrado, em desenvolvimento no Programa de PósGraduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte. Assim, a partir de problematizações sobre o objeto de estudo e o atual momento que se constitui com a influência das
tecnologias interativas, da aprendizagem colaborativa e de relações virtuais, bem como ainda pelo fato de apreendermos que as
preocupações e contribuições de Moscovici foram embasadas em um contexto (início da segunda metade do século XX, onde as
tecnologias da informação e comunicação ainda não tinham impactos tão forte nas relações sociais como na atualidade, em que
flexibilização e rapidez imperam), notamos a importância de reflexão sobre as novas condições em que emergem as
Representações Sociais. Para tanto, enfocamos a necessidade do uso da Teoria das Representações Sociais proposta por
Moscovici (2012; 2003), enquanto aporte teórico, buscando relacionála às especificidades sóciotemporais apresentadas por
Bauman (1998; 2001; 2004), como forma de entender o atual cenário em que se constituem as Representações Sociais. Tal
proposta de articulação ou de entrelaçamento dos pensamentos entre esses dois autores é fundamental para entender o período
atual e suas implicações para a Teoria das Representações Sociais, no sentido de que através da influência, cada vez mais
intensa, das novas tecnologias de informação e comunicação em todos os âmbitos da vida social, modificações também nas
possibilidades explicativas da sociedade, como é o caso das teorias científicas. Notemos que, para isso, foi considerado a
realidade construída e em transformação, como algo que desafia e precisa ser pensada e considerada por parte de qualquer
pesquisador(a) de Representações Sociais. Assim, apresentamos possíveis questões que podem ser objeto de novas pesquisas:
a) as relações sociais são e estão sendo influenciadas pela instantaneidade, tornandose fluídas, líquidas, a partir da utilização
constante do espaço virtual, dentre outros fatores, logo as Representações Sociais estão se constituindo de forma diferenciada, o
que requer da teoria e do pesquisador(a), um outro olhar mais aberto e atento às mudanças sociais, assim como fez Moscovici
nas suas pesquisas? b) em virtude dos encontros breves, as representações estão se tornando transitórias e menos duráveis, ou
seja, antes na modernidade sólida tínhamos Representações Sociais que aqui ousamos chamar de Representações Sociais
Hardware, agora com a modernidade líquida temos Representações Sociais Software? c) os espaços físicos que estão sendo
construídos estão propiciando/impulsionando/estimulando a escolha pelo espaço virtual? De tal maneira, há uma desvalorização
dos espaços públicos, o que prejudica, conforme a pesquisadora Sandra Jovchelovitch (2008), a existência ou o surgimento de
Representações Sociais? d) vivemos em uma sociedade da incerteza em que a insegurança e o medo imperam, tais aspectos
levam os indivíduos a solidão? e) as novas relações seguem a lógica das novas tecnologias de informação e comunicação e dos
lugares de consumo, com a ideologia de serem locais de encontros, logo precisam ser pensados, pois geram a fragilidade dos
laços sociais? Tudo isso, são condições pelas quais a construção de Representações Sociais estão relacionadas, devendo ser
consideradas no âmbito da pesquisa. Nesse sentido, procuramos desenvolver possibilidades de discussões a partir das
implicações sóciotemporais que poderão vir ocorrer ou que já estão ocorrendo no campo das Representações Sociais, já que não
existe teoria desconexa dos processos e do contexto social.
Palavras chave: Representações sociais. Modernidade líquida. Fluidez. Instantaneidade. Fragilidade dos laços sociais.
Autor(a) Proponente: VALMARIA LEMOS DA COSTA SANTOS
Endereço: Rua Apolônio de Souza Lagoa Nova
Natal RN CEP: 59076440 Email: [email protected]
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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Teresina/Piauí/Brasil
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43
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: FAMILIARIZANDO-SE COM A ESTRANHEZA
Autor(es):
1
VALCEMIA GONÇALVES DE SOUSA NOVAES
HELENIDES MENDONÇA
A compreensão da teoria das representações sociais (TRS) é desafiadora. E por ser assim leva cada indivíduo a buscar na não
familiaridade o que é familiar. É uma teoria flexível e adaptável a diversas áreas e pesquisas, que permite o conhecimento da
realidade social e a indicação de caminhos para modificála. Foi criticada por ser elástica e complexa, por não ser experimental,
características pelas quais se fortaleceu ao romper paradigmas metodológicos e incentivar novos modelos de investigação. Este
estudo, com abordagem bibliométrica, fonte importantíssima para mapeamento da ciência, tem como unidade de análise o Banco
de Teses da Capes, nível de doutorado, na área de Psicologia, no período de 2010/2014. Com o objetivo de analisar os processos
metodológicos utilizados, objetos, sujeitos, contexto históricosocial, quadro de referência, softwares e análises de dados, foram
pesquisadas publicações que apresentassem em seu título o termo “representações sociais”. Após o levantamento feito no
período de cinco anos, das 2150 publicações encontradas inicialmente, após o processo de refinamento delineado acima, foram
destacadas 21 teses, cujos dados foram selecionados, tabulados e analisados. A análise do material encontrado demonstrou
estarem os objetos de estudo relacionados a domínios e questões que a sociedade brasileira vivencia atualmente, entre eles o
binômio saúde/doença, violência, educação, comunicação, vivência do idoso e qualidade de vida/trabalho. A maior quantidade de
estudos envolve fenômenos da área de saúde, relacionados ao atendimento especializado à saúde. A análise das teses
demonstrou ainda a importância do contexto sóciocultural para o esclarecimento e/ou manutenção da representação social.
Verificouse maior destaque aos conteúdos de mídia impressa e mídia eletrônica; normativas e práticas institucionais e específicas
de profissionais da saúde, educação, segurança e demais áreas de atuação. O estudo permitiu verificar o uso de métodos
qualitativos e quantitativo nas pesquisas de representação social, com a utilização de um grande número de técnicas de coleta de
dados, entre elas a pesquisa documental, questionários compostos por questões de evocação livre e questões abertas, pesquisa
bibliográfica em mídia eletrônica e escrita, entrevista semi estruturada, questionário socioeconômicos, técnica de evocação livre de
palavras hierarquizadas, entrevistas semiestruturadas com instrumento de HOQOLHIVBref, observação assistemática,
questionário demográfico, socioeconômico e clinico, observação participante, questionários com vinheta, linguagem mítica de
Roland Barthes, narrativas, entrevistas aprofundadas com questões de evocação, questionário on line com questões abertas e
fechadas associadas a evocações livres e temos indutores, formulário estruturado com dados sociográficos, associação livre de
palavras, entrevistas individuais com perguntas abertas, inventario sociodemográfico e desenho. Para a análise de dados, foram
utilizados softwares específicos como Evocation, Similitude, Spad7, Alceste, PSS, SPSS, EVOC, SIMI INCEV, TextSTAT e
IRAMUTEQ que permitem a realização de análises lexicográficas, de similitude, fatorial de correspondência com os dados da
evocação livre, descritiva analítica dos dados, de conteúdo, temática, lexical, estatística descritiva e inferencial, estrutural, temática
categorial; estatística descritiva pela distribuição de frequência, e estatística relacional para comparação entre duas variáveis, de
modelos de regressão linear simples, de variância de práticas discursivas, quantitativas, categoriais temáticas, de base, de
evocações, de similitude e de índice de centralidade. Este estudo permitiu verificar a vitalidade da TRS no Brasil, considerando a
quantidade de publicações, bem como, maior compreensão a respeito da teoria, peculiaridades, complexidade, possibilidades e
potencialidades metodológicas, mas, principalmente, que ainda há muito a caminhar, conhecer e compreender. O caminho a ser
percorrido para tornar familiar a não familiaridade ainda não se esgotou. A pesquisa permitiu, ainda, compreender que há mais
razões para continuar o estudo das representações sociais em virtude do grande poder explicativo das atitudes e comportamentos
sociais. Em todos os domínios sociais, se o conhecimento das representações sociais da sociedade permitir maior compreensão
de seus problemas, já terá demonstrado sua utilidade, sem mesmo apontar caminhos para sanálos.
Palavras chave: Bibliométrico. Metodológicos. Psicologia. Educação.
Autor(a) Proponente: VALCEMIA GONÇALVES DE SOUSA NOVAES
Endereço: Rua Padre Rosa, 261 Centro
Palmeiras de Goiás GO CEP: 76190000 Email: [email protected]
1
Universidade Estadual de Goiás - UEG
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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DISCUTINDO SOBRE O CONCEITO DE SISTEMA DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS A PARTIR DA TEMATIZAÇÃO DO
GÊNERO NA PROFISSÃO DE PSICOLOGIA
Autor(es):
1
RAIZA BARROS DE FIGUERÊDO
FATIMA MARIA LEITE CRUZ
Este trabalho se propõe a apresentar alguns resultados de uma dissertação de mestrado, que a partir da teoria das
representações sociais e de uma leitura de gênero problematizou a noção de profissão “feminina” presente na psicologia,
assentada no grande número de mulheres na profissão. Na sociedade brasileira, determinadas profissões foram construídas
culturalmente ligadas ao cuidado, a exemplo da enfermagem, serviço social, magistério/educação, incluindose, também, a
psicologia. Nessa sociedade, se vincula o cuidado às mulheres, que na psicologia são presença majoritária. Utilizamos a teoria
das representações sociais, buscando compreender como ocorre essa construção cultural que associa as noções de “masculino”
e “feminino” ao mundo profissional. A metodologia empregada foi pesquisa de campo e os instrumentos utilizados foram roda de
conversas e questionário. Foram realizadas três rodas de conversa, nas quais estiveram presentes dezoito participantes,
estudantes do primeiro e do penúltimo ano do curso de psicologia de uma universidade pública do estado de Pernambuco. Para
realizar a análise dos dados, utilizamos a análise de enunciação, que consiste em uma das técnicas de análise de conteúdo. Ao
nos debruçarmos sobre o entendimento dessa temática, pudemos constatar que essa é multifacetada, sendo passível de ser
analisada a partir da TRS. Um dos conceitos da teoria das representações sociais que foi bastante evidenciado a partir dos
resultados da pesquisa, foi o de sistema de representações sociais, um construto complexo que vem sendo estudado por
diferentes pesquisadores/as. Nikos Kalampalikis (2012) afirma que a complexidade de objetos sociais faz intervir um sistema
inteiro de representações em que os contornos são, por um lado, frágeis e, por outro, coloridos por tomadas de posição
conflituosas no espaço público. Wachelque e Contarello (2011) afirmam que um sistema de representações sociais está
relacionado a diferentes objetos sociais. A partir da polissemia, presente em nossos achados, vislumbramos que apenas um
objeto social não daria conta do entendimento da discussão em questão. Foi necessário um cuidadoso trabalho analítico,
buscando compreender quais os objetos sociais que emergiam, a partir dos sentidos trazidos pelos/as participantes. Foram
suscitadas representações sociais relacionadas ao gênero, sexualidade, sexo e corpo articuladas como um sistema de
representações sociais. Foi difícil classificar de forma separada quais seriam as representações de gênero, de sexo, de
sexualidade e/ou de corpo, visto que essas se apresentaram como amálgama, daí nossa opção teórica em trabalhálas como um
sistema. Porém, sabemos que na teorização feminista/gênero cada um desses elementos referidos anteriormente, possui
definições conceituais específicas. As características físicas dos corpos de mulheres e homens foram trazidas para atribuir sentido
ao “feminino” e ao “masculino”, isso ocorre a partir das construções de gênero inseridas na cultura. A discussão sobre as
identidades sexuais também se fez presente no trabalho em questão. Os/as participantes reproduziram e desconstruíram
determinados sentidos do gênero na profissão de psicologia. Isso pode ser compreendido, pois estamos vivenciando um período
de mudança social em que coexistem diferentes sentidos nas relações de gênero. A noção de sistema de representações sociais
possibilitou em entendimento mais complexo para nossa tematização. Esperamos com esse estudo, contribuir para a
desconstrução de noções de gênero naturalizantes, fomentando relações de gênero mais igualitárias, desde a formação inicial na
profissão.
Palavras chave: Sistema de representações sociais. Gênero. Profissão de psicologia.
Autor(a) Proponente: RAIZA BARROS DE FIGUERÊDO
Endereço: Rua Manoel Almeida, 139, ap 33 Graças
Recife PE CEP: 52011140 Email: [email protected]
1
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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EIXO 1 - APROFUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
SESSÃO INTERATIVA DE PÔSTER - SIP
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VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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DELIMITAÇÃO DA METODOLOGIA DE ESTUDOS EM REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: A CONSTRUÇÃO DO OBJETO DE
PESQUISA E A IMPORTÂNCIA DA HISTORICIDADE DO OBJETO REPRESENTACIONAL
Autor(es):
1
ANNA CAROLINA SALGADO JARDIM
MÁRCIA GOUVÊA LOUSADA
VANUSA COELHO RODRIGUES
CLARILZA PRADO DE SOUSA
A seleção de um método de pesquisa em representações sociais é um problema chave. A metodologia (o estudo dos métodos) se
apresentam de forma complexa e ainda não muito sedimentada. Basicamente duas grandes orientações definem os métodos de
pesquisa em representações sociais: um chamado estrutural que tem sua filiação em Jean Claude Abric, e outro processual cuja
maior representante tem sido Denise Jodelet. Produzir conhecimento em metodologia de pesquisa é um desafio, pois refere-se ao
detalhamento do processo de pesquisar, útil e relevante para pesquisadores novatos, mas que também contribui para o
desenvolvimento da sistematização e memória da produção de conhecimento em Educação, tão defendida por Charlot (2006).
Compartilhar os caminhos de discussão e prática percorridos por um grupo de pesquisa ajuda no desenvolvimento da visão crítica
do Grupo à medida que submete o trabalho aos olhares de outros pesquisadores. Com este resumo pretende-se relatar a
trajetória metodológica do Grupo de Pesquisa em Representações Sociais de Lideranças Estudantis, na disciplina-projeto
“Seminário Metodológico Qualitativo e Quantitativo para o Estudo de Fenômenos Psicossociais”, do Programa de Pós­Graduação
em Educação – Psicologia da Educação (PUC-SP). Especificamente, objetivou-se analisar as relações estabelecidas entre os
percursos implicados na construção do objeto de pesquisa, a busca pela historicidade do objeto representacional (liderança
estudantil) e a delimitação da metodologia. Foi realizada uma revisão de literatura sobre os dois grandes temas da pesquisa, a
saber: Representações Sociais e Liderança Estudantil. Registraram-se, por meio de fichamentos, resenhas críticas e reuniões, os
estudos realizados e as atividades desenvolvidas durante o segundo semestre do ano de 2014 para traçar a metodologia do
projeto de pesquisa, a partir do tema sobre liderança estudantil na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), sob o
aporte da Teoria das Representações Sociais desenvolvida por Moscovici (2013). Esta revisão teve grande importância no
desenvolvimento do grupo de pesquisa, pois permitiu o embasamento teórico e o incremento do nível de discussão para o preparo
da pesquisa desde a delimitação do objeto até a análise dos dados obtidos, bem como o próprio nivelamento dos pesquisadores
acerca dos temas e das possibilidades metodológicas mais adequadas. Ao longo dos encontros do Grupo de Pesquisas os
debates avançaram para a delimitação do objeto, do problema de pesquisa e da definição dos sujeitos a serem pesquisados.
Iniciou-se, assim, o delinemanento metodológico, que baseou-se em diversos autores, como Sá (1998) e Arruda (2014), que
abordam as diferentes etapas e esferas de aproximação entre pesquisador e objeto. Foram analisados o significado do universo
reificado da ciência, a importância da construção do objeto de pesquisa e a relevância da definição da historicidade do objeto
representacional. Conforme proposto por Villas Bôas e Sousa (2011) a historicidade permite, além da reapropriação dinâmica de
elementos do objeto presentes em outros períodos, analisar seus pontos de tensão, seus processos de generatividade e
estruturas, voltados à sua transformação ou manutenção e que, por essa razão, necessitam de procedimentos de coleta e análise
dos dados que sejam coerentes tanto com os propósitos do estudo, quanto com a própria Teoria das Representações Sociais.
Analisou-se a importância do registro detalhado das etapas de construção do objeto, desde a definição do fenômeno, fugidio e
caleidoscópico, até sua constituição como objeto possível de ser manejado conforme os critérios da pesquisa científica;
considerando sua historicidade, as condições utilizadas para a seleção dos procedimentos de coleta e análise dos dados. Este
relato de experiência faz parte do Centro de Estudos de Representações Sociais e Subjetividade – CIERS-Ed do Departamento de
Pesquisa da Fundação Carlos Chagas, que, em convênio com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, desvenda
possibilidades da educação na transformação de práticas a partir da reconstrução de representações sociais. Neste sentido,
procurou-se compartilhar a trajetória do grupo de pesquisa demonstrando a importância de cada etapa do delineamento do projeto
e, simultaneamente, incentivar que outros grupos de pesquisa relatem suas experiências como forma de aprimorar as pesquisas
metodológicas, no que se refere ao delineamento do objeto de pesquisa, mas também no que se refere à formação e
desenvolvimento crítico de métodos que deem conta da complexidade e da dinâmica os fenômenos humanos e sociais.
Palavras chave: Representações sociais. Fenômeno. Objeto de pesquisa.
Autor(a) Proponente: ANNA CAROLINA SALGADO JARDIM
Endereço: Rua Dr. Fércio de Lima 73 - Jardim Flórida
São Roque - SP CEP: 18133-060 - E-mail: [email protected]
1
- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC-SP
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VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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A OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE COMO FERRAMENTA PARA A PRODUÇÃO DE DADOS: O PROCESSO DE INSERÇÃO NO
CAMPO DE PESQUISA EM REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Autor(es):
ANA CAROLINA SANTOS DE SOUZA
DENIZE CRISTINA DE OLIVEIRA
A Observação Participante (OP) pode ser definida como a inserção do pesquisador no interior de um determinado grupo,
tornando-se parte dele, interagindo por longos períodos com os sujeitos, buscando partilhar do cotidiano. No campo de pesquisas
em Representações Sociais (RS), um marco importante de uso da OP é o trabalho de Denise Jodelet, que pesquisou sobre as RS
da loucura. Com metodologias etnográficas, a autora foi a campo em uma comunidade rural da França, onde havia um sistema de
albergamento para pacientes egressos de hospitais psiquiátricos. Jodelet realizou a OP da vida comunitária para apreender as
formas de contato que a comunidade estabelecia com os doentes mentais. Os estudos empíricos no campo das RS são marcos
fundantes da própria teoria que se desenvolveu, sedimentou e consolidou principalmente através de metodologias que privilegiam
o uso de material espontâneo, partindo do pressuposto que no cotidiano apreende-se o universo consensual que molda e anima
as RS. Este trabalho é parte de uma pesquisa que visa conhecer as RS que a rede de suporte social de um Serviço Residencial
Terapêutico (SRT) da cidade de São Paulo tem a respeito do mesmo. Os SRTs, parte da política de desinstitucionalização da
Reforma Psiquiátrica brasileira, são casas localizadas no espaço urbano que podem receber no máximo 8 moradores. Essas
casas devem contar com um suporte multidimensionado que responda às necessidades de saúde, de saúde mental e de
construção de redes sociais dos moradores, de acordo com suas singularidades. O suporte deve ser constituído pelos
equipamentos comunitários do território em que a residência está localizada. Para a produção dos dados da pesquisa foi realizada
a OP, com a construção cotidiana do diário de campo e entrevistas em aprofundamento com os sujeitos sociais que compõem a
rede de suporte social do SRT. O objetivo deste resumo é mostrar resultados preliminares da pesquisa, refletindo sobre o
processo de observação participante como método de inserção no campo de pesquisa e como ferramenta para a construção da
rede de suporte social do SRT, partindo dos registros realizados no diário de campo. Para conhecer as RS da rede de suporte
social do SRT era fundamental ter o mapeamento dos seus sujeitos sociais. No entanto, antes foi necessário inserir-se no
cotidiano da casa: construir relações e vínculos com as moradoras e os trabalhadores da mesma para, através da vivência,
conhecer os itinerários e os sujeitos que os compunham. Assim, a OP foi diferencial no processo de inserção em campo, através
do cotidiano dentro da casa: estando junto na hora de assistir televisão, arrumando o guarda-roupa, conversando durante o
cigarro, ajudando no preparo das refeições, enfim, vivências que constroem afeto e confiança. Isto viabilizou a participação da
pesquisadora na vida fora da casa. Desta forma, as idas à feira, ao supermercado, ao hortifruti, à padaria, dentre outros espaços
de sociabilidade, bem como as idas ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Unidade Básica de Saúde (UBS), equipamentos
destinados aos cuidados em saúde mental e saúde das moradoras, possibilitaram uma imersão que, assim como no clássico
estudo de Jodelet, permitiu conhecer os contatos estabelecidos entre as moradoras da casa e aqueles que compõem a sua rede
de suporte social. Através da OP foi possível estabelecer que atores sociais serão os informantes privilegiados da pesquisa, ou
seja, como resultado foi possível definir a população a ser entrevistada com vistas a conhecer suas Representações acerca do
SRT. Isto porque no processo de aproximação dentro da casa, através das conversas tanto com as pessoas que moram na casa
como com as pessoas que trabalham nela, a rede de suporte social relatada se restringiu a instituições sociais, como as relações
com o CAPS e com a UBS. Assim, interessa pontuar que a utilização unicamente das entrevistas não possibilitaria verificá-la em
sua completude, visto que foi estando junto e fazendo junto que outras pessoas mostraram-se parte desta rede, tais quais: o
gerente da padaria e do hortifruti, dois caixas destes estabelecimentos, um grupo de motoristas de um ponto de táxi nos arredores
da casa, dois vizinhos e a vendedora de pastéis da feira de rua. A OP demonstrou como a utilização apenas do discurso pode não
informar aspectos que apenas na ocorrência espontânea do fato são passíveis de captura.
Palavras chave: Representação social. Métodos de pesquisa. Observação participante. Saúde mental.
Autor(a) Proponente: ANA CAROLINA SANTOS DE SOUZA
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VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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EIXO 1 - APROFUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
SIMPÓSIOS
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DIFERENTES PERSPECTIVAS NOS ESTUDOS SOBRE AFETOS E PENSAMENTO SOCIAL: METÁFORAS, POLARIZAÇÕES E
CARACTERÍSTICAS DE OBJETO
Autor(es):
1
RAFAEL MOURA COELHO PECLY WOLTER
RENATA LIRA DOS SANTOS ALÉSSIO
ANA MARIA JUSTO
DENIS GIOVANI MONTEIRO NAIFF
RAFAEL PECLY WOLTER
THÉMIS APOSTOLIDIS
BRIGIDO VIZEU CAMARGO
RESUMO GERAL
O interesse pela questão do afeto nas representações sociais não é novo, muitos trabalhos foram realizados nos dois lados do
atlântico por várias abordagens. Este simpósio na medida tem como objetivo manter vivas as reflexões sobre este assunto para
um contínuo desenvolvimento teórico do nosso campo. Dentro do quadro conceitual do pensamento social o afeto e as emoções
são estudados sob diversos aspectos e perspectivas. Dentro de uma primeira visão, o afeto pode ser compreendido como inerente
a uma situação excepcional que marca o objeto, as pessoas não conseguem, em consequência ao caráter extraordinário, pensar
sem sentir. Uma segunda visão se interessa pelo afeto nas representações ao concebê-lo dentro dos processos de linguagem e
pensamento que ocorrem no dia-a-dia. Uma terceira forma de se estudar a relação entre afeto e pensamento social consiste em
conceber os objetos afetivos como pertencendo a uma classe peculiar do pensamento social com características próprias. Os
diferentes trabalhos deste simpósio não tratam simplesmente do afeto sob diversas perspectivas mas também focam em
diferentes aspectos do pensamento social como as metáforas, polarizações afetivas e cristalizações imagéticas. A primeira visão,
que leva em conta o contexto onde os afetos são fortemente mobilizados, é ilustrada pelo primeiro trabalho que tem como objeto o
atentado ao semanário Charlie Hebdo. As reações ao evento marcante, notadamente as imagens realizadas após o atentado,
expressam as relações entre as emoções e representações. Os 64 desenhos estudados, veiculados por jornais franceses no dia
do atentado, usam metáforas que são fontes para diversas emoções, tanto positivas quanto negativas. O afeto não aparece
simplesmente frente à excepcionalidade, todo objeto, em maior ou menor grau possui uma dimensão afetiva. Esta dimensão pode
se expressar, como apresentado no segundo estudo deste simpósio, na escolha e no uso de metáforas para lidar com o objeto (no
caso o sobrepeso corporal). Esta visão mostra como no quotidiano o afeto é parte dos processos representacionais o que
distingue, por exemplo, as metáforas deste trabalho comparativamente ao primeiro, que trata de desenhos frente à exceção. Em
1988 Michel-Louis Rouquette descreveu uma classe peculiar do pensamento social, os nexus, onde o afeto não deixa espaço ao
raciocínio. Estes objetos que geram posicionamentos extremos e polarizados, amor ou ódio, são frequentemente ativados em
situações de multidão. O terceiro trabalho trata justamente das multidões futebolísticas. Mais precisamente como os nexus podem
auxiliar na compreensão da violência observada no futebol. No senso comum geralmente o afeto é concebido como o oposto da
razão, no entanto, como ilustram os trabalhos dois primeiros trabalhos, ambos podem caminhar juntos. Por sua vez os nexus
tratam de objetos que geram pouca razão e muita emoção dentro de uma determinada população. Em suma os três trabalhos
precedentes apresentaram objetos onde conhecimento e afeto se mesclam (trabalho 1 e 2) ou onde o afeto e esconde o
conhecimento (trabalho 3) . Ao levar em conta estas duas dimensões, afeto e conhecimento, é possível pensar em dois outros
casos apresentados no quarto e último trabalho: objetos com pouco afeto e muito conhecimento e objetos com pouco afeto e
pouco conhecimento.
RESUMO 1
Poucos estudos têm se debruçado sobre a relação entre iconografia e representações sociais, apesar das profícuas reflexões que
podem ser elaboradas especialmente no tocante ao efeito patêmico das imagens. As imagens possuem a capacidade de abstrair
o contexto realístico imediato, enquanto conjunto de traços culturais e simbólicos. Podem ser consideradas como depositárias de
emoções coletivamente partilhadas, notadamente nos desenhos do tipo satíricos, que criam um jogo de polarização (real/irreal;
moral; imoral) com objetivo humorístico. O sentido da produção imagética escapa a uma determinação, a imagem é uma fonte de
comunicação equívoca podendo suscitar e concretizar fenômenos representacionais. O presente trabalho tem como objetivo
problematizar o papel das imagens na orientação dos modos de ver, de sentir e de re-(a)presentar a realidade. O atentado
ocorrido à sede do semanário Charlie Hedbo em janeiro de 2015 serviu como modo de ilustrar as reflexões propostas. Esta revista
tem uma longa história de sátiras através de caricaturas polêmicas. Desde que reproduziram caricaturas de Maomé, os
desenhistas da redação recebiam ameaças de morte. Em janeiro deste ano, alguns desenhistas dentre os mais importantes da
revista foram assassinados a tiros por dois homens ligados ao Estado Islâmico. Este atentado despertou uma comoção mundial,
especialmente nos jornais franceses que receberam durante toda a semana desenhos diversos que representavam aspectos
diferentes relacionados ao ocorrido. A sociedade de forma geral interroga os limites entre liberdade de expressão e respeito às
crenças religiosas diversas, o caso Charlie Hebdo encarnou de forma aguda estes conflitos. Questionar o mérito da produção
artística do semanário não é objetivo deste trabalho, mas explorar através das reações ao ataque sofrido, as possíveis relações
entre imagens, representações e emoções. Para esta pesquisa, foram analisados 64 desenhos veiculados por jornais franceses
no dia do atentado. As imagens foram analisadas através de dois elementos principais: expressão (cor, enquadramento, luz,
figura, fundo) e conteúdo representacional veiculado (vivências, intertextos, pessoas, objetos, contextos). Observamos que a
escolha de elementos da linguagem iconográfica pode engendrar emoções, produzindo e veiculando representações. As cores
dos desenhos (vermelho; jogo de sombras) possuem capacidade de motivar distintas emoções e forçam o expectador a se
apropriar do sentido que é construído (morte, horror; ambigüidade; incerteza). As imagens veiculam ainda conteúdos, pessoas,
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contextos de forma a traduzir uma visão de mundo calcada na tensão ocidente versus oriente. Esta tensão aparece objetivada
através da mobilização da memória social, numa associação com fatos históricos do passado que implicam em conflitos mundiais
(como o atentado do “11 de setembro”). Outra configuração de objetivação deste conflito são os desenhos que retratam de forma
satírica a chegada dos assassinos e dos assassinados ao “céu”. A questão da morte é ainda tratada sob ângulo da relação entre
humor e terror. Alguns desenhos têm no conteúdo o desejo manifesto de tratar da morte com irreverência. Um aspecto central
destes desenhos é despertar a atenção para discussão em torno da liberdade de expressão. Metáforas entre decapitação (prática
do Estado Islâmico contra prisioneiros) e apontadores de lápis, procuram retratar um “assassinato da cultura”. O poder metafórico
da imagem é fonte de emoções diversas, positivas e negativas. A tonalidade da emoção é função dos conteúdos
representacionais construídos e veiculados, o que contribui para noção de que as imagens podem ser consideradas como fonte,
meio e produto de representações.
RESUMO 2
Os processos de pensamento envolvidos nos fenômenos representacionais remetem à lógica natural, base das comunicações
cotidianas, nas quais todo discurso apresenta uma imagem verbal, uma esquematização. Tal esquematização é o alicerce da
lógica argumentativa do discurso, o qual é invariavelmente endereçado a um interlocutor inserido em uma cultura e, portanto,
dependente das representações partilhadas socialmente. Nesse processo, considera-se que a linguagem metafórica adquire
papel importante, que extrapola suas funções literárias. Uma metáfora, em sua essência, permite que se compreenda um objeto
(alvo) a partir de outro (fonte) em uma imagem verbal comumente formada a partir da analogia. As metáforas têm amplo poder
expressivo, sendo capazes de elucidar pensamentos e sentimentos em relação aos fenômenos sociais. Assim, elas fornecem
elementos que permitem compreender a sociogênese das representações sociais (RS), ilustrando os processos de objetivação e
de ancoragem. A escolha dos elementos que compõe uma metáfora não se dá ao acaso, mas revela seu poder de mobilização
afetiva, uma vez que a linguagem metafórica é dotada de teatralidade e evoca reações afetivas, causando impacto no interlocutor
ao mesmo tempo em que exprime a posição de quem fala a respeito do que diz, num sistema de normas e valores culturais. A
partir desses pressupostos, pretende-se discutir o papel das metáforas na construção e expressão de RS acerca do sobrepeso
corporal, que, além uma questão de saúde pública, trata-se de fenômeno psicossocial de forte conotação normativa. Constatouse volumosa produção metafórica nas 40 entrevistas realizadas com trabalhadores homens e mulheres na região sul do Brasil,
envolvendo as temáticas de sobrepeso e controle de peso, o que nos levou a buscar compreender a função das metáforas na
expressão de RS relativas ao fenômeno em questão. Foram identificadas 231 metáforas que expressavam conteúdos ligados
diretamente ao excesso de peso ou ao controle do peso. A partir da análise de conteúdo desenvolveu-se uma classificação para
as metáforas encontradas de acordo com a sua função e estas foram divididas entre: explicativas (34%), ilustrativas (25%),
icônicas (20%) e avaliativas (21%).
No que se refere ao sobrepeso, destacaram-se as metáforas avaliativas e icônicas. As
primeiras apareceram, sobretudo, ao fazer referência aos impactos à saúde e sobrepeso foi associado a elementos com alta carga
afetiva, ligados à ideia de morte ou destruição. As metáforas icônicas, por sua vez, associaram a gordura e a obesidade a
imagens exageradas e caricatas, muitas delas depreciativas, em que o julgamento não é expresso claramente, mas fica
subentendido a partir da escolha das imagens. As metáforas explicativas prevaleceram para o controle de peso e estas
exprimiram principalmente as explicações dos participantes para o descontrole alimentar, que se utilizavam da ideia de “catástrofe”
para referir os episódios de excesso ou apresentavam as causas desse descontrole a partir de metáforas que envolviam
elementos emocionais. Por fim, as metáforas ilustrativas apresentaram a analogia do controle de peso a uma luta, ou à obediência
à autoridade, por vezes fazendo alusão a experiências de guerra, na qual o ganho de peso é encarado como uma batalha perdida.
Verificou-se que, além de transmitir informações e atrair a atenção do interlocutor, a maior parte das metáforas trazem elementos
que são mobilizadores afetivos. A representação do sobrepeso tem a dimensão afetiva saliente e a sua objetificação revela
imagens caricatas e de destruição. A esquematização envolvida no processo de significação do sobrepeso se dá por meio de
uma exageração que o desvaloriza ao mesmo tempo em que o coloca a distância, sendo que a atitude negativa é frequentemente
presente, por meios diretos ou indiretos. As metáforas ligadas à representação do controle de peso também exprimem um
posicionamento, frequentemente implícito e predominantemente normativo. Reflexo de um processo de ancoragem, o controle de
peso é comparado ao controle militar, com normas de disciplina e submissão. Também esteve presente a metáfora do “combate”
ao inimigo (o peso) para evitar resultados “catastróficos”. A ampla produção metafórica sobre o fenômeno estudado revelou seu
forte caráter imagético, afetivo e normativo e a análise deste conteúdo explicitou processos de inferência e dedução,
característicos da lógica natural e expressos por metáforas, os quais puderam ilustrar dimensões que dificilmente seriam
expressas de forma literal e que se mostram de fundamental importância para a compreensão do fenômeno e dos processos
representacionais.
RESUMO 3
A psicologia social em sua breve história disciplinar tem buscado estudar e intervir em situações envolvendo problemas sociais
tentando encontrar qualidade de vida e bem estar psicossocial aplicado as populações presentes em diversos ambientes sociais.
Entre as principais áreas de aplicação presentes na atualidade no escopo da área podemos destacar o estudo do universo
organizacional/trabalho, da educação, da saúde, da jurídica, da ambiental, da política e da comunitária, entre outras. O objetivo
deste trabalho é olhar para um universo sociocultural mundial, o futebol, através de duas mazelas importantes na atualidade – o
racismo contra jogadores e a violência entre os torcedores – e procurar encontrar formas nas quais a psicologia social, em
especial a teoria das representações sociais principalmente em suas dimensões afetivas, poderia contribuir na busca de
entendimento e soluções ao problema. De um esporte originalmente segregacionista, elitista e racista em sua origem no Brasil, o
futebol alcançou uma massificação na sua prática e na assistência que levou paulatinamente aos clubes de elite a absorverem
jogadores oriundos das camadas mais desfavorecidas, especialmente negros e mulatos pobres. Entretanto, na atualidade, apesar
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de toda normatização contrária, práticas preconceituosas racistas tem sido cada vez mais testemunhadas nos estádios brasileiros
e mundiais, levando a busca de entendimentos e estratégias para mitigação do problema. Quanto às torcidas organizadas dos
clubes de futebol, elas foram originadas na década de 1940 no Brasil, baseadas inicialmente em uma sociabilidade carnavalizada
com bandas de musicas associadas, vindo a se “militarizarem” a partir do anos 1970, época política da ditadura militar brasileira,
institucionalizando a violência como prática legitima torcedora, levando o Brasil a ser nesta segunda década do século XXI
campeão mundial de mortes atreladas a conflitos entre torcedores de futebol. Desta forma, entendemos que a psicologia social
pode contribuir, entre outras formas, através da análise do pensamento social relacionado ao universo em tela, principalmente
pela observação de suas dimensões estruturais de caráter afetivos, entre elas ganhando destaque a análise dos nexus, formações
diretamente relacionadas aos comportamentos coletivos associados às multidões, através de dimensões afetivas-ideológicas
intensamente polarizadas no pensamento dos grupos sociais, dentro de um universo cuja dimensão estrutural é a identificação
social com um clube de futebol e a paixão muitas vezes decorrente dessa identificação. Os nexus, definidos por Rouquette como
nódulos afetivos e prelógicos são casos onde as pessoas, frente ao objeto se posicionam de forma extrema. No caso do futebol as
relações com o clube geram um afetos polarizados, amor pelo clube e ódio por membros de outros grupos. Conforme descrito por
Rouquette, nestes casos, principalmente quando se formam as multidões, a discussão se torna impossível e a reflexão deixa lugar
para a paixão. O sentimento em relação ao objeto se torna preponderante e o meio termo deixa de existir. O diálogo passa a ser
impossível e o mundo se divide entre o certo e o errado, o bom e o mal sem meio-termo possível e aceitável. Estas explicações
com o conceito de nexus foram usadas na análise de multidões criminosas do século XX e parece-nos que elas também serviriam
para a análise das violências futebolísticas do século XXI.
RESUMO 4
A teoria das representações sociais foi elaborada por Serge Moscovici para estudar o conhecimento elaborado por católicos e
comunistas franceses acerca da psicanálise. O autor demonstra que os diferentes grupos criam teorias sui generis sobre o objeto,
para tal é necessário que o grupo tenha um alto grau de conhecimento sobre o objeto em questão. Este trabalho de princeps abriu
um campo de pesquisa psicossocial sobre o conhecimento que diversos grupos sociais possuem sobre diferentes temas, assuntos
e questões. É possível afirma que a relação de conhecimento entre grupo e objeto varia. A abordagem estrutural, por exemplo,
distingue três tipos de conhecimentos acerca do objeto: avaliativo, funcional e descritivo. Outra distinção pode ser feita entre os
níveis de conhecimento, alguns grupos podem ter pouquíssimas ideias sobre um objeto enquanto outros possuem verdadeiras
teorias ingênuas, ou seja, um grande número de ideias organizadas e interligadas formando um todo. Por outro lado as
representações não são formas de pensamento frias onde as pessoas lidariam um objeto neutro e distante. Pelo contrário, o afeto
é parte integrante desta forma de pensamento social. Em alguns casos, no que Rouquette chamou de nexus, esta dimensão
afetiva toma tal proporção que o conhecimento acerca do objeto tende a desaparecer. Em outros casos, o nível de afeto pode ser
baixo para um determinado objeto em dado grupo. Por exemplo, ao pensar o regime político da China estudantes de psicologia
cariocas podem ter um grande número de ideias organizadas e estruturadas sem no entanto haver uma grande dimensão afetiva
presente. Podemos conceber o nível de conhecimento e o grau de afeto suscitados por um objeto como dois contínuos. Ou seja,
no primeiro contínuo, acerca do nível de conhecimento, teríamos um extremo onde o grupo não tem conhecimentos sobre o
objeto, no outro extremo o grupo possui uma verdadeira teoria de senso comum. Entre estes dois extremos de relação populaçãoobjeto haveria uma serie de casos intermediários. A mesma lógica poderia se aplicar ao segundo contínuo; de um lado teríamos
um objeto para o qual o grupo não possui afeto e no outro extremo o grupo sentiria amor ou ódio. Como no contínuo sobre
conhecimento teríamos aqui uma grande quantidade de casos intermediários. Ao cruzar os extremos dos dois contínuos temos
quatro casos prototípicos do pensamento social: objeto afetivo e de conhecimento; objeto não afetivo e de conhecimento; objeto
afetivo e de não conhecimento; objeto não afetivo e de não conhecimento. Cada caso prototípico possui características singulares
que possivelmente traduzem o fato de que estes quatro casos não podem ser tratados como um mesmo fenômeno e em
consequência por um mesmo conceito. Por exemplo, no caso de objetos afetivos e de não conhecimento existe o conceito de
nexus que não pode ser assimilado ou considerado equivalente ao objeto de representação social. Por outro lado o conhecimento
técnico frequentemente é elaborado com pouco afeto e forma um grande conjunto de conhecimento, como se situa no universo
reificado este caso prototípico também não é redutível à teoria das representações sociais. As questões aqui levantadas nos
levam a considerar o fenômeno de representação social como um caso não prototípico e nos faz relembrar de outros conceitos do
pensamento social mais adequados para dar conta destes objetos prototípicos.
Palavras chave: Afeto. Metáforas. Futebol. Pensamento social. Polarização.
Autor(a) Proponente: RAFAEL MOURA COELHO PECLY WOLTER
Endereço: 60 Rua Marechal Jofre, apt 102 - grajaú
Rio de Janeiro - RJ CEP: 22560-180 - E-mail: [email protected]
1
Universidade do Estado do Rio de Janeiro- UERJ /UNIVERSO
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REPENSANDO O "SOCIAL" DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: DIÁLOGOS COM PIERRE BOURDIEU
Autor(es):
1
PEDRO HUMBERTO FARIA CAMPOS
JORGE CORREIA JESUÍNO
MARIA DE FÁTIMA BARBOSA ABDALLA
MOISÉS DOMINGOS SOBRINHO
RITA DE CÁSSIA PEREIRA LIMA
THÉMISTOKLIS APOSTOLIDIS
RESUMO GERAL
O simpósio propõe aproximações entre a sociologia de Pierre Bourdieu e a Teoria das Representações Sociais (TRS) de Serge
Moscovici. Ambos se interessam pela relação entre agentes/grupos, contexto social e cultura, valorizando a dimensão simbólica
na construção da realidade social. Enquanto Bourdieu destaca o mundo social de lutas entre o agente socializado e a cultura;
Moscovici privilegia as interações envolvendo o sujeito coletivo que, em consenso ou em conflito, produz uma teoria do
conhecimento social reveladora da cultura. No pensamento do sociólogo francês, o campo é organizado por princípios como
capital econômico e capital cultural, supondo lutas no espaço social, conforme posições sociais, habitus e práticas culturais dos
agentes. Na teoria das representações sociais (TRS), os grupos, em suas comunicações, voltam-se para o campo de um objeto
que os mobiliza, supondo igualdade na relação de seus membros ao construírem um conhecimento do senso comum, consensual,
a respeito desse objeto. Os dois autores têm em comum o fato de privilegiarem a dimensão simbólica na construção da realidade
social. Têm também como desafio comum superar a dicotomia subjetividade x objetividade na relação indivíduo-sociedade. Uma
primeira aproximação mais estruturada foi proposta por W. Doise e a “Escola de Genebra”, com base no princípio da homologia
estrutural, baseado na correspondência entre estrutura social e sistemas simbólicos. Esta discussão conduz a outra: a
necessidade de compreender « consenso » e « conflito » nos grupos, em Moscovici e em Doise, relacionando-os à atuação das
forças no campo social de lutas abordada por Bourdieu. Porém, este enfoque não foi desenvolvido, em seguida, para consolidar
as interfaces conceituais mais amplas, entre “posições”, “campos”, “classes” e “grupos”. Note-se que a noção de “grupo”, embora
valorizada, é pouco discutida tanto na TRS, quanto na sociologia posicional. Os trabalhos aqui apresentados destacam a
necessidade de aprofundamento das interações grupais em articulação com as posições no campo social, valorizando-se as
representações e práticas grupais nos processos de negociação de significados. Propõe-se o estudo das representações sociais
como forma simbólica de condensação e mensuração do capital simbólico, com a integração da noção de posição social e da
mediação semiótica. Por meio dessa aproximação conceitual, o simpósio busca contribuir para a constituição de um olhar
psicossocial para a educação, particularmente a escola, sem adotar de antemão uma teoria (TRS) em detrimento da outra
(Bourdieu), mas problematizando-as reciprocamente.
RESUMO 1
JOSE CORREIA JESUINO
Um possível angulo de comparação e confronto entre Serge Moscovici e Pierre Bourdieu ou mesmo entre os modos da psicologia
social e da sociologia, ambas derivadas do holismo metodológico de Durkheim, passa pelo exame da forma como a noção de
campo foi tematizada por ambos os autores. Central em Bourdieu e aparentemente periférica em Moscovici, a noção de campo
enquanto constructo meta-teórico ou simples metáfora, constitui um analisador metodológico permitindo ilustrar a tendência
prevalecente em ciências sociais para a diferenciação paradigmática, o que em nada diminui a fertilidade heurística de qualquer
das perspectivas.
RESUMO 2
MARIA DE FÁTIMA BARBOSA ABDALLA
Partindo-se do pressuposto de que é necessário pensar a natureza da mudança, por meio da qual as representações sociais (RS)
se tornam capazes de influenciar o indivíduo e a estrutura social, este texto tem como objetivo compreender em que medida
Moscovici e Bourdieu encontram um espaço de diálogo frente a essa temática. Nesta perspectiva este estudo aborda dois eixos
de problematização:1º a relação entre representação e comunicação, que leva em conta que as representações são sempre um
produto de interação e comunicação, e tomam formas específicas a partir dos processos de influência social; 2º a compreensão do
efeito/influência social na condução da mudança, ao considerar que as RS são determinadas pela estrutura social (relações de
força), mas podem gerar novas formas de comunicação e de produção simbólica (relações de sentido).A fim de compreender o 1º
eixo, retomam-se alguns princípios da TRS: identificar a RS como elemento da dinâmica social,determinado pela estrutura social;
considerar que a estrutura social inclui clivagens, diferenciações, relações de dominação, que irão se refletir na construção de RS;
entender que as diferenciações no campo social se registram no nível das condições socioeconômicas e dos sistemas de
orientação; e considerar que os atos de comunicação constituem-se como atos de partilha consensuais e conflituais, gerando
novas representações.Levantam-se, também, alguns princípios bourdieusianos: identificar o espaço da interação como uma
situação de mercado linguístico, espaço pré-construído, em que a composição social do grupo está determinada; entender a
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formação do grupo: quem é excluído e quem se exclui, quem exerce uma relação de força simbólica; compreender os sistemas
simbólicos como instrumentos de conhecimento e de comunicação,e que exercem um poder estruturante porque são estruturados
(poder simbólico); e saber que os sistemas simbólicos determinam relações de força, quando impõem visões do mundo social, e
realizam o sentido e consenso sobre o sentido: relações de sentido.Quanto ao 2º eixo, Moscovici considera que a própria noção
de influência social é um fator genuíno da mudança, revelando que ela se exerce em duas direções (da maioria à minoria e da
minoria à maioria), e que é recíproca, porque implica ação e reação, tanto da fonte como do alvo. Para o autor, quando a
influência é exercida no sentido da mudança, o conflito, condição necessária da influência, é inevitável, indicando que o consenso
anterior será abalado. Moscovici faz também um estudo das modalidades de influência (conformidade, normatização e inovação),
explicitando que elas dependem da regulação, negação e criação do conflito, que ora reforça a conformidade e a normatização,
ora processos de inovação/mudança. Em Bourdieu, para se compreender os efeitos/influências das RS na condução da mudança,
é necessário repensar sua tríade conceitual- o campo, o capital e o habitus-, tendo como ponto central a relação (de “mão dupla”)
entre as estruturas objetivas (dos campos sociais) e as estruturas incorporadas (do habitus). Esta relação configura as
representações que os agentes incorporam quando são influenciados pelas instituições específicas e suas leis de funcionamento,
enquanto “força formadora de hábitos” (habitus cultivado), reforçando, assim, as produções simbólicas como instrumentos de
dominação (relações de força). Mas também os agentes podem produzir influências, desnaturalizando o cristalizado e construindo
o “espaço dos possíveis”, porque se tem “o sentido do jogo” (relações de sentido) a partir do capital que assumem e em proporção
ao reconhecimento do grupo a que pertencem (poder simbólico). Das ideias dos autores, indicam-se algumas conclusões: 1ª a
relação entre representação e comunicação se dá em processos de interação, que levam em conta a estrutura social e suas
relações de dominação e diferenciação, produzindo sistemas simbólicos, de orientação e condução das práticas, ora
conservando-as (relações de força), ora transformando-as (relações de sentido); 2ª os atos de comunicação se constituem em
atos de partilha consensuais ou conflituais, e remetem à gênese das representações (espaço dos possíveis); e 3ª a mudança das
RS se dá, principalmente, pelo conflito, que é a condição necessária da influência social na condução da mudança, desvelando,
assim, o poder de construção da realidade e de suas representações (poder simbólico).
RESUMO 3
MOISÉS DOMINGOS SOBRINHO
A imposição da definição legítima sobre as coisas pressupõe a existência de um poder que não atua pela coação, pela força
física, mas que se exerce sobre os corpos como que por magia, magia que somente se efetiva com o apoio de predisposições
colocadas, como molas propulsoras, na zona mais profunda dos corpos (BOURDIEU, 1999). É o acordo pré-reflexivo entre as
estruturas objetivas e as estruturadas incorporadas, e não a eficácia da propaganda deliberada dos aparelhos ou o
reconhecimento livre da legitimidade pelos cidadãos, que explica a facilidade, de resto algo espantosa, com a qual, ao longo da
história, e excetuando-se algumas situações de crise, os dominantes impõem sua dominação (BOURDIEU, 2001). Ao longo dos
últimos dezoito anos, tem-se procurado, a partir da realização de pesquisas envolvendo professores (as) do ensino fundamental e
médio, estudantes universitários, enfermeiros e enfermeiras, dentre outros segmentos sociais, compreender como os efeitos de
poder simbólico se fazem presentes na construção das representações sociais (na perspectiva moscoviciana) dos diferentes
objetos do mundo social construídos por esses segmentos. Um conjunto de resultados é apresentado, com base em estudos que
articulam a teoria das representações sociais e a praxiologia social de Pierre Bourdieu, tomando por foco os efeitos do poder
simbólico, de imposição de legitimidades e de naturalização do mundo, sugeridos por Bourdieu, perpassam a construção das
representações sociais do ser docente nas realidades pesquisadas. Este enfoque visa explorar as preocupações epistemológicas
levantadas por Moscovici e Denise Jodelet, em seus diferentes trabalhos, e as relações sociais que afetam o funcionamento das
representações sociais. Ou seja, a realidade material, social e ideativa sobre a qual elas têm de intervir, integrando-se, assim, na
análise desses processos, a pertença e a participação, sociais ou culturais, dos sujeitos. Com base nos dados empíricos procurase demonstrar como os efeitos de ‘imposição de legitimidade’ e de ‘naturalização do mundo’, decorrentes do poder simbólico,
perpassam a construção dos conteúdos representacionais relativos ao “ser docente” e ganham visibilidade por meio das
comunicações e condutas que ajudam a construir. O que é feito com o apoio da praxiologia bourdieusiana, para a qual, a cultura
não deve ser encarada apenas como um conjunto de obras materiais e imateriais, mas, como resultante da elaboração de
percepções sobre o mundo e das diferentes maneiras de descrevê-lo e compreendê-lo. Não deve ser vista apenas como
construção de sentidos, mas, em grande medida, como resultante das disputas pela imposição dos sentidos legítimos sobre o
mundo, o que pressupõe a existência de um poder que não atua pela coação ou pela força física, porquanto resultado do acordo
pré-reflexivo entre as estruturas objetivas e as estruturas incorporadas. No caso em foco, demonstra-se isto nas representações
sociais do ser professor (a) construídas por docentes do ensino fundamental e infantil de cidades nordestinas (Natal, Campina
Grande, João Pessoa e Maracanaú) e evidencia-se sua repercussão sobre certas práticas desenvolvidas no espaço escolar.
RESUMO 4
RITA DE CÁSSIA PEREIRA LIMA
O estudo pretende abordar a questão das “práticas” em Serge Moscovici e em Pierre Bourdieu, autores que, embora se
fundamentando em raízes epistemológicas diferentes, convergem ao teorizarem sobre problemas sociais de sua época. O ponto
de partida são as práticas co-construídas na interdependência entre as dimensões sociocultural e individual. Práticas que se
fazem na relação objetiva e subjetiva com objetos do campo social, voltadas para a ação apoiada em julgamentos sobre os outros
e sobre o mundo social, lugar de onde partem e para onde retornam as representações. Elas dependem da adesão interna, ou
seja, de normas internalizadas em que se baseiam as disposições. Tanto na Teoria das Representações Sociais (TRS) de
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Moscovici, quanto na teoria sociológica de Bourdieu, é possível compreender as práticas como instâncias que vão além do
subjetivismo e do objetivismo, supondo estruturas incorporadas que orientam princípios de classificação que atuam no campo
social. Na TRS, as representações são de natureza relacional, com caráter dinâmico, fundamentadas nas dimensões cognitiva,
social e histórico-cultural do pensamento dos grupos, articuladas às práticas sociais. Elas se configuram em sistemas de ideias,
valores e práticas que orientam os grupos em seu mundo, favorecendo a comunicação. O estudo de representações sociais
elaboradas por grupos homogêneos que compartilham crenças comuns permite a compreensão de suas práticas sociais,
fundadas na tradição, no contexto social e na cultura. No entanto, na TRS pouco se nota o papel político das instituições na
elaboração de representações sociais pelos grupos. Em Bourdieu, a relação entre representações e práticas se apresenta,
sobretudo, em suas teorizações sobre o conceito de “habitus”, constituído por esquemas de percepção, de pensamento, de
apreciação e de ação, os quais organizam as experiências que variam de acordo com o lugar e com o momento. O autor se refere
a sistemas de disposições a agir inconscientes, interiorizadas no decorrer das histórias dos indivíduos, que se manifestam pelo
sentido prático (aptidão para se orientar e agir de acordo com a posição ocupada no espaço social). Trata-se de esquemas
geradores colocados em ação, produzindo práticas caracterizadas por um estilo de vida associado ao lugar de classe ocupado
pelo indivíduo na estrutura social, com suas instituições. Para Bourdieu, o habitus é estruturado pelas condições sociais de
existência, produzindo subjetividades como representações, crenças, gostos, desejos. Ele pode se configurar em estratégia
relacionada à capacidade de inovação e de invenção, e não somente como reprodutor das instituições e da estrutura social.
Embora o autor se refira ao habitus dos indivíduos, ele ressalta a importância de se compreender como os habitus foram
produzidos historicamente. Porém, na ideia em que a lógica das práticas se define na relação entre habitus (individualidades
biológicas socialmente estruturadas) e estruturas objetivas herdadas da história, não é possível perceber como funcionam os
esquemas cognitivos dos agentes. Neste aspecto, o habitus se apresenta na forma de um conceito que não foi operacionalizado
diretamente enquanto estrutura mental. Além disso, o autor parece evitar o tema da formação dos grupos como instância
intermediária que permite estabelecer relações entre o indivíduo e a sociedade. Estas características mostram que o conceito de
habitus não se equipara ao de representações sociais. No entanto, as formulações de Bourdieu no que se refere às práticas que
constroem e/ou reproduzem as instituições são relevantes para a TRS. Nessa aproximação entre Bourdieu e Moscovici, é possível
compreender o espaço das práticas organizado por meio de relações sociais que envolvem tanto processos de socialização
quanto processos psicossociais, considerando as condições singulares que articulam indivíduos, grupos e instituições. Esta
perspectiva relacional permite estudar trajetórias sociais de grupos levando em conta processos sociais mais amplos e experiência
individual, o que pode ampliar os estudos de representação social.
RESUMO 5
THÉMISTOKLIS APOSTOLIDIS
Faire dialoguer la théorie des représentations sociales et la théorie de l’action chez Bourdieu n’est pas une entreprise nouvelle.
Plusieurs contributions ont déjà montré la fécondité de ce travail de métissage théorico-épistémique pour le développement d’une
psychosociologie des représentations et plus globalement d’une science sociale de la connaissance (e.g.. l’hypothèse de
l’homologie structurale qui pose le principe de correspondance entre système cognitif et méta-système social). Dans la lignée de
ces développements, nous poserons quelques pistes de réflexion à partir des propositions de P. Bourdieu sur l’économie des biens
symboliques dans le but d’avancer au niveau de la conceptualisation des aspects expressifs et normatifs des représentations
sociales et des logiques qui président les modes de connaissance et la praxéologie du sujet psychosocial.
Palavras chave: Espaço social. Bourdieu. Grupos. Interação social. Práticas sociais.
Autor(a) Proponente: PEDRO HUMBERTO FARIA CAMPOS
Endereço: AV LINEU DE PAULA MACHADO N.826 - Jardim Botânico
Rio de Janeiro - RJ CEP: 22470-040 - E-mail: [email protected]
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REPRESENTAÇÕES, SUJEITO E SUBJETIVIDADE SOCIAL: A CONTRIBUIÇÃO DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES
SOCIAIS PARA A TRANSFORMAÇÃO DE PRÁTICAS
Autor(es):
1
ADELINA DE OLIVEIRA NOVAES
PEDRINHO ARCIDES GUARESCHI
ARTHUR ARRUDA LEAL FERREIRA
SUSANA SEIDMANN
RESUMO GERAL
Motivados pelas potencialidades heurísticas que oferece a Psicologia Social no sentido da transformação de práticas em variados
âmbitos, os componentes deste Simpósio se dedicam a debater constructos que contribuam para a teorização em representações
sociais. Ao focar na singularidade do sujeito social, Pedrinho Guareschi problematiza as relações entre sujeito/subjetividade,
representações e práticas de transformação. Arthur Arruda Leal Ferreira, oferece possibilidades transdisciplinares quando busca a
compreensão dos saberes e práticas psi em um sentido performativo, sobretudo por meio de seus efeitos em nossos modos de
existência atuais. Ao abordar a interrelação entre o surgimento do sujeito e a construção da subjetividade social em um conte xto
de comunicação intersubjetiva, Susana Seidmann nos conduz à consideração do conhecimento de senso comum em que
plasmam as representações sociais. Por fim, Adelina Novaes apresenta esforços teóricos e empíricos no sentido de cercar o
constructo subjetividade social e contribuir com um elemento conceitual que favoreça a elaboração de políticas da subjetividade
no âmbito educacional. Sem a pretensão de encerrar o debate, o Simpósio traz à tona um instrumental teórico profícuo para o
favorecimento do conhecimento acerca das transformações de práticas.
RESUMO 1
A comunicação está dividida em duas partes: a primeira poblematiza a relação entre representações, sujeito e subjetividade; a
segunda mostra como se pode pensar a transformação das práticas sociais a partir do entendimento proposto na primeira parte.
Dentre os inúmeros enfoques que discutem o conceito de subjetividade, escolhemos o que entende subjetividade como resultado
da soma total das relações estabelecidas pelo ser humano, o sujeito, no decorrer de sua existência. Entendemos o ser humano,
não como um indivíduo - alguém singular, mas separado de todo o resto – mas como pessoa=relação, isto é, alguém que apesar
singular, só pode se construir e ser entendido a partir das inúmeras e infindáveis relações que o vão constituindo. Nessa sua
constituição como sujeito ele recorta diferentes relações, com diversos graus de intensidade, e vai construindo desse modo a
colcha de retalhos que constitui sua subjetividade (Guareschi, 2012). Absolutamente singular e diferente de qualquer outro, pois
os recortes de duas relações se diferenciam, tanto em qualidade como em intensidade, das de qualquer outro. Mas também
absolutamente “outro”, social=relacional, pois sua constituição é formada e implica o universo total daqueles com quem se
relaciona. Entendemos as representações sociais (RS) como um conjunto de universos simbólicos dentro e a partir das quais os
seres humanos vão construindo sua subjetividade, por um lado; e, por outro lado, esses conjuntos de saberes socialmente
construídos e socialmente partilhados são impensáveis sem que estejam ancoradas em sujeitos. A relação das representações
sociais com as práticas sociais e a dimensão da mudança pode ser pensada a partir do entendimento de prática social como um
estilo de comportamento. Toda atividade humana pode ser entendida como prática. Na verdade, é impossível não ter práticas,
ações. No mundo social em que vivemos, no “rio da história, não há contempladores do rio, nós somos o rio” (Löwy, 1985). Toda
postura no mundo é ação: fazer, impedir, permitir, se omitir (Israel, 1972). Há, consequentemente, práticas que levam à
transformação e outras que levam à manutenção. As RS entram na presente discussão a partir de sua compreensão como
práticas. Elas (as RS) “correspondem, por um lado, à substância simbólica que entra na sua elaboração, e, por outro lado, à
prática que produz tal substância” (Moscovici, 2012). O que produz a mudança não são reflexões e conceitos teóricos, mas uma
prática. E essa prática é uma apresentação que é uma representação das pessoas. Uma prática que é um comportamento, uma
ação, um estilo de comportamento (Moscovici, 2011). O estilo é um jeito, um método, uma maneira, isto é, uma prática. Os que
trabalham com RS são concordes em entendê-las como práticas. Como expresso por Moscovici (2001, p.21) “a representação que
‘está em lugar de’ pode também ‘agir para’, ou ‘agir em favor de’, ‘em lugar de’ aqueles ou aquilo que elas representam. ... O que
elas fazem não se pode comparar com o que elas são”. Essas ações-práticas são estilos não apenas para se comunicar, mas
também estilos para agir, atuar; estilos para se representar. Para que haja uma mudança não é necessário pegar em armas. Basta
a apresentação/representação de um novo estilo, uma nova prática, para que uma nova representação seja criada. Quer-se, com
essa comunicação, uma maneira de poder problematizar as relações entre sujeito/subjetividade, representações e práticas de
transformação. São dimensões novas que podem ser aprofundadas, tanto na teorização como na investigação empírica.
RESUMO 2
Este trabalho é a proposta de um programa para compreensão dos saberes e práticas psi em um sentido performativo,
especialmente por meio de seus efeitos em nossos modos de existência atuais. A tese central é que a nossa experiência de
possuirmos uma subjetividade é o efeito de um conjunto de práticas de subjetivação (ou de produção de subjetividades) e que
esta experiência (em sua diversidade) é uma das condições para o surgimento de saberes psicológicos, sendo estes saberes um
dos vetores mais poderosos na produção de subjetividade atuais. Para isso, inicialmente, levantarei um conjunto de definições
quanto à subjetividade e à produção de subjetividade. Aqui nossas subjetividades são consideradas como efeito de práticas,
agenciamentos, dobras, amálgamas de termos heterogêneos em composição (mas também em conflito e muitas vezes em atrito)
e através de dispositivos sócio-técnicos, discursos e práticas de governança de si e de outros, sem o qual a nossa experiência de
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subjetividade poderia ser totalmente outra, ou mesmo nem existir. Seu caráter sólido atual viria da contingência de acontecimentos
históricos raros. Em seguida, serão analisadas algumas das contribuições sobre o tema da produção de subjetividades, como os
trabalhos de Ignace Meyerson, Michel Foucault, Felix Guattari, Latour e Nikolas Rose. Estas abordagens foram escolhidas na
medida em que: 1) tomam os processos de produção de subjetividade em relação aos saberes e práticas psi, e 2) evitam colocar
na base da produção qualquer grande identidade explicativa: as relações de produção, a sociedade em seu aspecto global, a
cultura, a língua, as estruturas simbólicas ou traços culturais. É neste sentido que importantes abordagens para o tema da
produção de subjetividades como a sociologia de Weber, Mauss e Dumont, a história das mentalidade (de Duby e Le Goff), as
grandes linhas da antropologia cultural (como o funcionalismo, estruturalismo e a hermenêutica), os estudos lingüísticos
(pragmáticos ou estruturalistas), a etnolinguística de Sapir e Whorf, além de outras linhas menos conhecidas como estudos da
cultura e personalidade (de Ruth Bennedict e outros) ou a metablética de Van den Berg não serão aqui consideradas. Mais
adiante, tomarei algumas diretizes para possíveis estudos sobre modos de subjetivação engendrados pelos saberes e práticas psi,
notadamente em suas práticas de pesquisa correntes. Em vários destes autores citados, a produção de subjetividades não é algo
estranho para a produção de conhecimento, mas, principalmente, sua parte integrante. O problema não residiria na sua produção
ou nas relações de poder comuns nos processos de produção de conhecimento, mas no uso por meio da extorsão e de
dispositivos docilizantes em práticas de pesquisa correntes. É a partir deste ponto de vista, que é possível conceber os saberes e
as práticas psi: compreendidos dentro de um processo de construção de conhecimento e subjetividades, estes modos de
conhecimento podem atuar na expansão e (não na redução) do número de versões com que nos formamos. Assim, tais saberes e
práticas podem atuar não só padronizando e extorquindo modos de subjetivação, mas problematizando as formas mais comuns
da vida, e liberando outras possibilidades mais raras. Atuando assim na direção de modos de subjetivação e de produção de
conhecimento menos ordinários e mais plurais. Sem qualquer princípio naturalizador prévio que arbitre sobre os assuntos
cotidianos e os fundamentos transcendentais da nossa existência. Pois, qualquer princípio só pode se definir na articulação
diferencial e múltipla das nossas versões. Majoritárias e principalmente minoritárias.
RESUMO 3
Abordar la interrelación entre el surgimiento del sujeto, la construcción de la subjetividad social en el contexto de comunicación
intersubjetiva conduce a la consideración del conocimiento del sentido común en el que se plasman las representaciones
sociales. Existe una cocreación recíproca entre los significados que emergen en el contexto social y la construcción de un sujeto
social. Se indagará la estrecha relación entre la construcción de representaciones sociales y la construcción identitaria, tomando
como marcos referenciales la Teoría de las Representaciones Sociales de Serge Moscovici, y los desarrollos de la construcción
identitaria desde perspectivas centradas en el Interaccionismo Simbólico y tomando en consideración la estrecha vinculación en la
TRS entre representaciones y prácticas sociales. Se analizarán datos provenientes de investigaciones realizadas en el área de la
educación – en el Ciers-ed - y en el área comunitaria con operadores sociales y personas en situación de calle – en UBA -, desde
un abordaje cualitativo. Los resultados indican la estrecha relación entre representaciones y prácticas sociales, destacando los
aspectos formativos de influencia recíproca, y desarrollando los procesos dinámicos en la construcción de las representaciones
sociales a través de los que se producen cambios sociales.
Palavras chave: Sujeito social. Produção de subjetividade. Subjetividade. Subjetividade social. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: ADELINA DE OLIVEIRA NOVAES - FUNDACAO CARLOS CHAGAS
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato 1565 - Jd. Guedala
São Paulo - SP CEP: 05513-900 - E-mail: [email protected]
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VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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A RELAÇÃO ENTRE AS REPRESENTAÇÕES E AS PRÁTICAS NA SAÚDE: UMA ABORDAGEM DE DIFERENTES ESTUDOS
EM HIV/AIDSA
Autor(es):
1
ANTONIO MARCOS TOSOLI GOMES
DENIZE CRISTINA DE OLIVEIRA
SERGIO CORRÊA MARQUES
RESUMO GERAL
Os profissionais da saúde encontram, em seus cotidianos, diversos desafios no processo de cuidado em saúde. Neste sentido,
diferentes autores apontam a dificuldade existente na relação entre a aquisição de conhecimentos e a mudança de
comportamentos no contexto do sistema de saúde, o que provoca a reflexão de que esta relação apresenta-se mediada por redes
de representações sociais construídas em meio ao processo saúde-doença, ao tratamento adotado frente à patologia e à relação
estabelecida com os diferentes profissionais da saúde. O Grupo de Pesquisa Promoção da Saúde e Práticas de Cuidado de
Enfermagem e Saúde de Grupos Populacionais vem se debruçando sobre esta temática desde a sua constituição e propõe como
objetivo deste simpósio a análise das diferentes configurações assumidas pela relação entre representações e práticas no
contexto da epidemia do HIV/Aids. Pretende-se analisar a própria síndrome como objeto representacional e o modo com estas
representações participam e se expressam na adoção de práticas de cuidado em saúde e enfermagem e de proteção à aquisição
da infecção. Parte-se de diferentes pressuposto teóricos, por um lado concebendo a existência de uma circularidade entre as
representações e as práticas sociais, em conformidade com a proposição de Abric (1994); e por outro estabelecendo diferentes
graus de participação das representações sobre as práticas, concebendo as representações como condicionantes das práticas,
conforme desenvolvido por Rouquette (1998). Destaca-se que Abric (1994) propõe um modelo de compreensão dessa relação
que possui três pressupostos, quais sejam, o de que as representações sociais determinam as práticas, o de que as práticas
determinam as representações e aquele onde práticas e representações estabelecem uma co-determinação em situações
diferentes de constrangimento de umas e outras. Os laços existentes entre práticas e representações são determinados pela
natureza da situação a partir de duas características básicas: a existência de autonomia do sujeito social no contexto da situação
(o seu lugar e as relações que mantém com o sistema de poder e as obrigações que possui) e a presença em uma situação
determinada de elementos fortemente relacionados com os afetos e a memória coletiva. A partir deste contexto, já complexo em
suas primeiras descrições, o autor apresenta duas hipóteses: a primeira de que as representações determinam as práticas sociais
nas situações em que a carga afetiva é forte e onde a referência – explícita ou não – à memória coletiva é necessária para manter
ou justificar a identidade, a existência ou as práticas do grupo. A segunda hipótese é a de que, em situações de forte compromisso
social ou material, as práticas e as representações estão em forte interação e nestes contextos, o estabelecimento de certas
práticas é suscetível de ocasionar transformações das representações. Nessa situação a determinação das segundas a partir das
primeiras tem origem quando os atores sociais apresentam práticas que vão contra o seu sistema de normas e valores ou em
contradição com as anteriormente adotadas pelo grupo. Para a melhor compreensão teórica e empírica deste processo, pretendese apresentar os resultados de três pesquisas: a primeira referente às transformações das representações sociais e práticas de
cuidado relativas à aids ao longo da epidemia no Brasil; a segunda relativa a adoção de práticas de prevenção e a construção de
representações do HIV/aids entre mulheres; e a terceira referente à representação social da vulnerabilidade em saúde e sua
influência no contexto do cuidado de enfermagem às pessoas que vivem com HIV/Aids.
Palavras chave: Representações sociais. Práticas. HIV/Aids.
RESUMO 1
CONSTRUÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA AIDS E AS RELAÇÕES ESTABELECIDAS COM
OS CUIDADOS DE SAÚDE
Autor(es):
1
DENIZE CRISTINA DE OLIVEIRA
As representações da aids tiveram sua constituição simbólica inicial alicerçada em diferentes contextos sociais, culturais,
epidemiológicos e do desenvolvimento do conhecimento reificado sobre o vírus e a doença. Objetiva-se nesta exposição analisar
o processo de constituição e evolução das representações e das práticas sócio profissionais relativas à aids, a partir de estudos
desenvolvidos nos últimos onze anos, entre profissionais de saúde. Será apresentada uma comparação da configuração de
distintas estruturas representacionais da aids em diferentes décadas, acompanhada de um estudo de zona muda, envolvendo
profissionais de saúde. A coleta e análise de dados englobaram as técnicas de evocações livres, análise estrutural e de estudo da
zona muda. Observou-se a existência de um processo de mudança sendo operado nas representações sociais do aids, com a
introdução da possibilidade de convivência com a doença e a diminuição da importância da morte. Por outro lado, evidenciou-se a
existência de significativas permanências simbólicas, objetivando a aids na homossexualidade, no preconceito, no uso de drogas,
no medo e na morte, os quais consistiram os elementos da zona muda das representações sociais estudadas. Na última década
as representações passaram a determinar as práticas sociais e profissionais, já que os modos de cuidar em saúde foram se
moldando aos novos conteúdos psicossociais da aids. No que tange às práticas de saúde, as representações assumem dimensão
importante, pois possibilitam a apreensão dos processos e mecanismos pelos quais o sentido do objeto de trabalho é construído
pelos profissionais nas suas relações cotidianas. Configura-se, na atualidade, uma forte influência do processo implicado no
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tratamento farmacológico e das diretrizes do Programa Nacional de HIV/Aids do Brasil nas representações e nas práticas
profissionais. Em função disso, a positividade explícita pela alusão à vida e à esperança, encontra-se em paralelo com a
negatividade expressa pelo medo e pelo preconceito. Observa-se um processo de naturalização da síndrome no conjunto das
doenças crônicas, como resultado de sua ancoragem recente em doenças como diabetes mellitus e hipertensão arterial, em
substituição àquela inicial no câncer e na peste. Esse processo associa-se, por um lado, as características tecnológicas do
tratamento medicamentoso e a dependência constante dos serviços e profissionais de saúde, e por outro a mídia ao dar
visibilidade à sobrevida dos sujeitos no presente momento. Finalmente, a continuidade dos elementos de uma zona muda na
representação da aids pode ser considerada como um elemento que influencia as práticas atuais de cuidado. No cotidiano
profissional duas cognições centrais atuam tensionando as práticas: de um lado as classificações de vítimas e culpados, certo e
errado e, de outro, as noções de doença crônica e de igualdade de cuidados. Essas cognições são contraditórias e, enquanto tal
imprimem uma característica própria as práticas de cuidado, qual seja a de serem ambivalentes e determinadas, em grande
medida, por valores pessoais e pela necessidade percebida de autoproteção profissional. Constatou-se, ainda, a vital importância
das representações sociais para a abordagem profissional do HIV/aids, uma vez que esta possibilita a apreensão dos processos e
mecanismos pelos quais o significado social do objeto é construído pelos sujeitos nas suas relações cotidianas, formando a base
simbólica sobre a qual se assentam as práticas de cuidado.
RESUMO 2
AS REPRESENTAÇÕES E AS PRÁTICAS DE PREVENÇÃO NO CONTEXTO DA AIDS: UM ESTUDO COM MULHERES
ASSISTIDAS NA REDE BÁSICA DE SAÚDE NO RIO DE JANEIRO
Autor:
SERGIO CORRÊA MARQUES
No contexto da epidemia da Aids, todo o esforço para o desenvolvimento das práticas educativas, em especial para à prevenção
pelo uso do preservativo, se mostraram insuficientes em seu conteúdo ou na sua abordagem para promover mudanças de
comportamentos tanto nas mulheres como nos homens. Por outro lado, considerando que as representações sociais (RS) servem
de orientação para determinados modos de conduta, dentre os quais os comportamentos relacionados à prevenção da infecção
pelo HIV, levantou-se o seguinte questionamento: como as representações sociais da Aids influenciam as práticas de prevenção
da infecção pelo HIV? As relações entre representações e práticas têm sido objeto de discussão por parte de estudiosos do
campo das RS em relação às seguintes questões: se são as representações que determinam as práticas, o oposto, ou, ainda, se
ambas estão indissociavelmente ligadas e interdependentes. Desta forma este estudo tem como objetivos descrever e analisar a
influência das representações sociais da Aids sobre as práticas de prevenção entre mulheres assistidas na rede básica de saúde.
É um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, apoiado na Teoria das Representações Sociais, na perspectiva da Psicologia
social. Participaram do estudo 46 mulheres com idades a partir de 20 anos e que foram assistidas pelo menos duas vezes nos
serviços de atendimento à mulher em oito Centros Municipais de Saúde das quatro áreas geográficas do Município. A coleta de
dados foi realizada através de entrevista semiestruturada após o atendimento das participantes. A produção discursiva foi
analisada pela técnica de análise de conteúdo temática. Os resultados evidenciam vários aspectos relacionados às
representações. O primeiro aspecto diz respeito à concepção de irresponsabilidade do “outro” na transmissão do vírus revelada
pelo grupo de duas formas: relacionada a determinados comportamentos considerados de risco praticados por grupos de
indivíduos; e associada às atitudes irresponsáveis de profissionais de saúde, especialmente em relação à utilização de sangue e
derivados. Assim, na primeira situação, as práticas de prevenção não são necessárias ao próprio grupo; na segunda, as mulheres
ainda que identifiquem algumas medidas que podem ser adotadas, consideram-se vulneráveis, pela impossibilidade controlar a
situação. Constata-se nos discursos conhecimentos sobre a prevenção da Aids originários de várias fontes de informação. No que
tange à relação Aids-prevenção-camisinha observa-se que suscita diferentes representações evidenciando um campo
relacional/afetivo, do qual a sexualidade é um dos seus aspectos. No entanto, é nessa associação que reside a maior dificuldade
das práticas preventivas, especialmente entre as mulheres que mantêm uma relação monogâmica. Fica evidente no grupo
estudado que o fato de ter conhecimento não implica necessariamente em mudança de comportamento corroborando o que
alguns estudiosos da educação em saúde já constataram. As representações sociais acerca do preservativo estão demonstradas
em várias pesquisas e alguns de seus conteúdos também são observados neste estudo. Apesar de reconhecidamente tratar-se
de um dispositivo com dupla finalidade, sua função contraceptiva ainda define, de modo significativo o seu uso. Outro aspecto
para aboli-lo diz respeito a não gostarem do preservativo. No entanto, os motivos mais mencionados para esse tipo de conduta
estão vinculados à monogamia, ao relacionamento estável e à confiança no parceiro assumindo o estatuto de mecanismo de
prevenção do HIV. Verifica-se, ainda, que as representações acerca da sexualidade, da condição feminina e da natureza
masculina e demais situações que são assinaladas como questão de gênero e poder nas relações entre homem e mulher estão
permeadas nas formas de agir na relação conjugal/afetiva. A conjugação de todos estes fatores implica dificuldade para negociar
com os parceiros o uso do preservativo traduzindo-se em risco à segurança ou à saúde da mulher. Diante de tal realidade
observou-se a utilização de algumas estratégias de convencimento para que os companheiros adotem práticas preventivas no
âmbito da relação conjugal e extraconjugal, neste caso a oferta de preservativo para o homem. O que se conclui dos aspectos
analisados é que as condutas vinculadas à prevenção do HIV/Aids estão relacionadas a várias representações e não
exclusivamente a representação do fenômeno Aids. Assim, constata-se que a representação social de outros objetos ou situações
que foram abordados se engendram com as representações do HIV/Aids e, dentro desta conjuntura, influenciam os modos de
conduta das mulheres, sejam dirigidos à implementação ou não das ações preventivas, ressalvadas em cada caso as diferenças
individuais intragrupo.
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Palavras-chave. HIV/Aids. Prevenção. Camisinha. Representação social
Autor(a) Proponente: ANTONIO MARCOS TOSOLI GOMES
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro- UERJ
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SOBRE A TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Autor(es):
DENISE JODELET
École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) França
CELSO PEREIRA DE SÁ
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
ANGELA ARRUDA
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
BRIGIDO VIZEU CAMARGO
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
RESUMO GERAL
Este simpósio aborda reflexões sobre o paradigma teórico das representações sociais. É um privilégio coordenar contribuições
atuais de três pesquisadores que desempenharam e desempenham um papel central na difusão da Teoria das Representações
Sociais (TRS) no Brasil. A importância deste simpósio também se deve a ele contribuir para ultrapassarmos, no nosso país, esta
etapa de produção de estudos descritivos e aplicados, sem contribuir para avanços propriamente teóricos no âmbito da TRS. A
concepção desta teoria desempenhou um papel central no pensamento de Serge Moscovici, pensamento este que além de se
situar numa área do conhecimento por natureza interdisciplinar, a Psicologia Social, ocupa espaço na Sociologia e na Filosofia do
conhecimento. Este pesquisador, antes de tudo pensador, ofereceu uma perspectiva critica para a Psicologia Social, que vivia
uma crise de relevância. O olhar psicossocial ou ternário do seu objeto de estudo criticou consistentemente os reducionismos
psicológico e sociológico. A primeira contribuição deste simpósio envolve uma reflexão importante sobre uma característica
marcante do paradigma teórico das Representações Sociais: sua epistemologia interdisciplinar e transdisciplinar. Esta
epistemologia decorre da própria "epistemologia do pensamento natural e cotidiano", marcado pela sua complexidade e
interdisciplinaridade, pois é uma forma de saber prático de uma sociedade pensante. A segunda contribuição traz uma reflexão
que rompe com as barreiras da ortodoxia teórica, a interpenetração entre a Teoria das Representações Sociais e o Behaviorismo
Contemporâneo, no que diz respeito as relações entre o verbal e o contextual. Embora Moscovici criticou o Behaviorismo, a
evolução desta ultima tradição trouxe o conceito de metacontingências culturais, que incide sobre a relação entre comportamento
e a atividade verbal, de certa forma sobre a relação entre práticas e representações. Esta relação é pensada no desenvolvimento
teórico do paradigma das Representações Sociais. A terceira contribuição, complementa este simpósio com uma leitura de
trabalhos recentes no que diz respeito a aspectos conceituais, temáticos e metodológicos da Teoria das Representações Sociais.
Em nível conceitual a atenção se volta para a qualificação das RS como um sistema de idéias, para sua concepção de sujeito
(intersubjetividade) e para sua dimensão temporal. Quanto aos temas, destacam os traços da globalização em torno dos
fundamentalismos, das polarizações políticas e sociais, entre outros. E os aspectos metodológicos se dirigem a pluralidade de
métodos no estudo do fenômeno das representações sociais. As três contribuições deste simpósio indicam a abertura que envolve
a complexidade da noção das representações sociais. O traço comum a estas contribuições é o que podemos chamar de estilo
moscoviciano de pensar um fenômeno de interesse científico: a reflexão despida de ortodoxias disciplinares, teóricas e
metodológicas. Este estilo é decisivo para se deixar de lado as certezas, de forma a pesquisar autênticas questões ou dúvidas,
isto é o que separa a Ciência das Ideologias. Estas contribuições são mais algumas ações qualificadas destes três pesquisadores
que há mais de 30 anos apresentam uma atividade essencial para o campo de estudo das representações sociais no Brasil. Elas
surpreendem, na medida em que o convite para pensar "Sobre a Teoria das Representações Sociais" apresenta o novo no âmbito
de um desenvolvimento teórico que já tem 54 anos.
Palavras-Chave: Representações sociais. Epistemologia. Interdisciplinaridade.
RESUMO 1
LES REPRÉSENTATIONS SOCIALES COMME INSTRUMENT D’ARTICULATION DES PRODUCTIONS DE SAVOIR
DISCIPLINAIRE
Autora:
DENISE JODELET
École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) França
L’évolution du monde scientifique met sur le devant de la scène les questions de l’interdisciplinarité et de la transdisciplinarité. Le
propos de l’intervention est de dégager en quoi l’étude des représentations sociales implique et permet l’articulation entre
différentes disciplines. Dans un premier temps un examen portera, d’un point de vue historique, social et politique, sur : d’une part,
les conditions de l’émergence de formes de savoir interdisciplinaire et transdisciplinaire; d’autre part, les apports qui en sont
attendus d’un point de vue épistémologique et pratique. Dans un deuxième temps, tenant compte des exigences de
l’interdisciplinarité et de la transdisciplinarité, sera mise en évidence la contribution que peut apporter l’approche des
représentations sociales, basée sur un concept transversal dont l’application est orientée vers la compréhension de phénomènes
socialement sensibles. De la même manière sera considérée la nécessité pour une approche des représentations sociales qui soit
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socialement, culturellement et politiquement pertinente, de recourir aux différentes sciences humaines, dans un cadre inter ou
transdisciplinaire. Des exemples pris dans les champs d’application et d’intervention de l’éducation et de la santé et dans le champ
social viendront illustrer ces propositions.
Palavras-chave: Représentation. Transversalité. Interdisciplinarité. Transdisciplinarité. Intervention sociale.
RESUMO 2
A TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS EM RELAÇÃO AO COMPORTAMENTO
Autor:
CELSO PEREIRA DE SÁ
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Na sua perspectiva teórica inaugural, Moscovici atribuiu às representações sociais as funções de elaboração de comportamentos
e de comunicação entre indivíduos. Ao mesmo tempo, caracterizou sua teoria como uma alternativa oposta à interpretação
behaviorista das relações humanas. Ao prescindir de considerações de ordem behaviorista, o comportamento das pessoas é
assim tomado como consequência de processos de ordem cognitiva. O domínio da cognição social, de origem estadunidense, faz
a mesma coisa, ainda que se distancie das representações sociais em outros aspectos. Embora unidas por uma orientação
cognitivista comum, a primeira adere a uma versão autônoma, e até inatista, da percepção e da concepção intelectual, enquanto a
segunda entende a representação como um processo que relaciona ambas na produção social do conhecimento. Mais
recentemente, as duas perspectivas têm sido confrontadas pelas orientações pós-modernistas do construcionismo social e da
psicologia discursiva, através das quais os processos cognitivos perdem seu status explicativo e passam a ser desconstruídos,
quando não simplesmente negados. Mas o comportamento não passou, em função disso, a receber maior consideração, embora
o behaviorismo de Skinner tenha sido responsável pelas primeiras grandes desconstruções cognitivas e mentalistas. Nesses três
grupos de perspectivas psicossociais encontra-se um denominador fóbico comum: o behaviorismo, o que leva à omissão do
comportamento em seus esforços explicativos. Na cognição social, o comportamento é configurado apenas como variável
dependente. Em seu lugar os teóricos pós-modernos têm recorrido à noção de práticas sociais e socioculturais (mais exatamente
do tipo discursivo), das quais os estudiosos das representações sociais já vinham fazendo recurso como uma maneira de
complementar ou mesmo atenuar seus próprios vieses cognitivistas. Não obstante, as práticas socioculturais foram também
tratadas pelo behaviorismo radical, desde o advento dos conceitos de comportamento verbal e de comunidade verbal.
Esclarecendo os termos: o comportamento verbal é definido como aquele cujos efeitos se dão pela mediação de outras pessoas e
não diretamente pelas mudanças no ambiente, constituindo uma importante dimensão do comportamento social; e a comunidade
verbal é o conjunto social em que o comportamento verbal se desenvolve e é mantido, constituindo a instância conceitual pela
qual os princípios behavioristas podem ser estendidos às questões afetas às ciências sociais. Nesta extensão, Skinner privilegiou
de início a análise dos comportamentos individuais, considerando que, se as consequências destes para a preservação ou a
transformação da cultura fossem retardadas não os afetariam, o que exigiria suprir contingências imediatas que tornassem mais
provável a emissão de comportamentos que contribuíssem para aqueles objetivos. Sem contestar a consistência de tal esquema,
uma passagem do nível individual de análise do comportamento para o nível coletivo das práticas culturais tem sido proposta por
autores behavioristas contemporâneos. S. Glenn, por exemplo, propõe uma articulação entre a análise dos processos
comportamentais e a análise dos processos culturais, mediante a cunhagem do conceito de metacontingências culturais, a partir
do conceito de contingências de comportamento. O termo contingências designa as relações funcionais entre os comportamentos
dos indivíduos, o contexto ambiental em que eles ocorrem e as consequências que retroagem sobre eles. As metacontingências
são entendidas como relações contingentes entre práticas culturais e os resultados dessas práticas, que, embora derivem das
contingências comportamentais, não são equivalentes a elas. Concluindo, isto chama a atenção para o duplo papel que o
comportamento de cada pessoa desempenha nos processos sociais: o papel de ação e o papel de ambiente comportamental para
a ação de outros. Deixando as diferenças terminológicas de lado, é sobre tal processo básico que também repousa a produção e
a mobilização das representações sociais.
Palavras-chave: Representações sociais. Cognição social. Comportamento. Metacontingências.
RESUMO 3
NOTAS SOBRE DESENVOLVIMENTOS RECENTES DA REFLEXÃO NOS ESTUDOS DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Autora:
ANGELA ARRUDA
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Não é intenção desta proposta trazer um levantamento ou estado da arte sobre desenvolvimentos recentes da reflexão nos
estudos de representações sociais. Serão focalizados alguns tópicos de elaboração conceitual e eventuais repercussões
metodológicas, que foram observados pela autora na leitura de trabalhos de colegas, principalmente em sites de intercambio de
textos como Academia.edu, Research Gate, além de publicações em geral. Partindo da leitura habitual dos textos publicados por
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colegas, passou-se a uma pesquisa mais direcionada, intencional, orientada pela identificação de elementos de afinidade de
pensamento e de política de pesquisa. A escolha do formato de notas é indicativa deste ponto de partida interessado, sem
pretensão de apontar tendências ou linhas definidas. As notas também são aqui o resultado de um estagio inicial de registro
desse movimento e do amadurecimento deste material por mim hoje. Os desenvolvimentos identificados foram de ordens
diversas: relativos a conceitos, a temáticas e a metodologias. Quanto aos conceitos, pode-se falar em tipos de desenvolvimento.
Um, referente a formas de qualificar a representação social - como fenômeno em geral: sistemas e/ou redes, indicando uma
expansão do seu limite, o que pode acarretar ampliação da abordagem e provocar novas necessidades metodológicas. Em
particular no campo da abordagem estrutural, a idéia do Sistema de representações é expressiva deste desenvolvimento, embora
a perspectiva da representação como Sistema ou como rede estivesse presente no campo desde o seu nascimento. Ainda quanto
à qualificação, ela aparece ademais com especificações sobre como e quando o fenômeno se apresenta, quem o expressa, com
que finalidade, e origina novas denominações: representação premonitória (Philogene), alternativa (Gillespie), transversal (Arruda).
Parece tratar-se de um esforço de refinamento do estudo do fenômeno. Outros conceitos que são fonte permanente de
desenvolvimento constituem bases epistemológicas da proposta moscoviciana. Sujeito e objeto se encontram assim em
efervescente discussão, não apenas ao lidar com a intersubjetividade, mas na insistente volta a questão sobre quem pode ser
sujeito das representações sociais, por um lado, e mais recentemente, sob o peso das perspectivas pós modernas, nas
discussões sobre a inconstância do sujeito, como querem Mouffe, Spivak, Braidotti, e sobre a produção de subjetividade segundo
Foucault, Deleuze e Guattari. O objeto tem igualmente provocado novas angulações, seja no dialogo com autores pós
estruturalistas – ou pós humanistas, como Latour e sua teoria ator-rede – seja numa aceleração do objeto, ele também
inconstante numa realidade inquieta e surpreendente. A questão da relação sujeito/objeto e a da temporalidade, sistematizada
por Bauer na proposta do modelo do “ toblerone” volta com outro apelo, que obriga a ver a representação em movimento ao longo
do tempo já na curta duração, como no caso da “primavera” tunisina estudado por Ben Alaya. Com relação a temáticas, a
realidade pressiona para o aprofundamento de temáticas de atualidade que incluem o fundamentalismo, o essencialismo, o
racismo, a polarização política/social e cultural que permeia a globalização hoje, em diversos quadrantes. O estudo destas
temáticas pode recorrer a conceitos outros, como alteridade, memória, imaginário, entre outros, que, como a representação social,
também tem interfaces interdisciplinares. Por fim, o mesmo movimento que leva a focalizar questões de atualidade, debates
conceituais contemporâneos, colocando-nos em dialogo com outras áreas, com outras escolas de pensamento, traz ventos de
necessidades metodológicas diversificadas para lidar com os problemas trazidos pelos novos tempos, e para aproximar-nos deles
como pesquisadores implicados na contribuição que o olhar psicossocial pode trazer para compreende-los e buscar soluções. Não
será possível abordar todos estes tópicos nesta ocasião, mesmo porque eles ainda não foram suficientemente trabalhados para
uma apresentação. As notas tentarão colocar na mesa elementos para uma discussão sobre eles, o que eles indicam, e partilhar
com o publico o interesse por desenvolvimentos dos estudos de representações sociais relevantes para o momento presente em
nossas sociedades que permitam um aprofundamento desta perspectiva no quadro do contemporâneo.
Palavras-chave: Representações sociais. Conceitos. Temáticas. Metodologias.
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EIXO 1 - APROFUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
MESA REDONDA
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A RELAÇÃO REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E IDENTIDADE: CONSTRUTOS E TENSIONAMENTOS
Autor(es):
1
FATIMA MARIA LEITE CRUZ
ETIANE VALENTIM DA SILVA
ISABELA AMBLARD
FLAVIA PEREIRA
RESUMO GERAL
Esta mesa-redonda se propõe a fazer algumas articulações teóricas entre duas teorias psicossociais: a Teoria das
Representações Sociais e a Teoria da Identidade Social, adotadas como referencial teórico de teses em andamento no Programa
de Pós-Graduação em Psicologia na UFPE. Estas teorias dão especial ênfase ao fato de que o conhecimento, a ação, e o “eu” do
sujeito são tecidos na trama de relações que eles e elas constituem e se reconhecem em determinado grupo social de convívio,
social e/ou profissional. A identificação de semelhanças e diferenças, fundamentais nos processos de construção da identidade
social, pode ser compreendida como uma parcela na construção do autoconceito e relacionada ao conhecimento de pertença a
um grupo ou grupos, e associada ao significado emocional e valorativo de tal pertença. A identidade é também um fenômeno
psicossocial que se produz e se apresenta marcadamente afetado pela cultura, modulado pelas tensões cotidianas e entretecido
pela inserção social e política dos atores que a assumem. No que se refere às representações sociais é importante destacar que
essas circulam e se entrecruzam no universo cotidiano e nas práticas sociais. Esta interação entre as duas teorias é visceral
considerando-se que as representações sociais desempenham o papel de marcador identitário, suscitando tomadas de posição
comuns ou divergentes a propósito de um objeto que tem valor de aposta. Inversamente, elas podem ser determinadas por
identidades e nessas condições elas podem desempenhar o papel de afirmação que distingue um grupo de outros. Entendemos,
então, que a identificação de semelhanças e diferenças, fundamentais nos processos de construção da identidade social e
compreendida como uma parcela do autoconceito de um indivíduo relacionada ao conhecimento de sua pertença a um grupo ou
grupos é associada ao significado emocional e valorativo de tal pertença. No trabalho 1 que trata da relação entre Identidade e
Representações Sociais no contexto esportivo, a autora apresenta as práticas esportivas compreendidas enquanto fenômenos
socioculturais que trazem repercussões à construção de identidades dos atletas na medida em que cultuam valores, tais como
dedicação, autonomia, disciplina e comprometimento aos treinamentos e rotina diária, atributos que garantiriam a vitória,
compreendida como um lugar de reconhecimento social e objetivo final no cenário competitivo atual. No trabalho 2, a autora
analisa a relação entre Representações Sociais e Identidade na constituição da profissionalidade docente considerando que o
professor se constitui por saberes muito diversos que vão da dimensão humana e relacional à dimensão cognitiva e prática. Sendo
assim, existe um saber-fazer, isto é, saberes específicos da docência, os quais são partilhados e construídos em seu grupo
profissional de convívio. No trabalho 3, a autora investiga a relação entre os processos identitários na velhice e as representações
sociais analisando o processo de atribuição de sentidos ao corpo e a construção das identidades na velhice, a partir da premissa
de que o corpo dá concretude e define a fronteira entre, quem nós somos e quem nós não somos, prestando-se assim, a ser
fundamento para a identidade.
RESUMO 1
A compreensão de identidade está pautada numa concepção de construção e reconstrução, em resposta às formas pelas quais as
pessoas são representadas nos sistemas culturais que as circundam.As identificações sofrem impacto das condições históricas e
sociais e, portanto, dos sentidos compartilhados e atribuídos aos objetos sociais, conforme compreensão da articulação entre a
Teoria das Representações Sociais e a Teoria da Identidade Social. A questão da identidade como uma tematização de
investigação no campo da Psicologia surge a partir da gama de possibilidades de ideias e princípios a que as pessoas são
expostas nesse mundo policultural e de diversidade, desta feita, o objetivo deste estudo é tecer articulações teóricas entre
identidade e representações sociais no contexto esportivo. A escolha de uma abordagem psicossocial para teorizar esta temática
é justificada na ideia de que o entorno social não se resume a indivíduos e grupos sociais, pois este também é repleto por
saberes, objetos, práticas e fenômenos que estruturam a interação entre as pessoas e a mediatizam na medida em que há
diferenciações entre o “universo de opiniões” dos diversos grupos presentes emuma sociedade. As representações sociais são
elaboradas pelos membros dos grupos distintos que constituem esta sociedade e podem apresentar sentidos diferentes sobre um
mesmo objeto social, dada a possível diferenciação existente entre os marcadores sociais e culturais. Não há como conceber,
portanto, os objetos sociais sem que tal interação seja considerada, uma vez que os sujeitos estão inseridos em diferentes
contextos socioculturais, o que tem relação com as suas experiências individuais e coletivas, suas crenças, saberes e com os
seus lugares de pertencimento e sentimentos compartilhados por seus grupos de pares. Pertencer a um grupo implica na inclusão
de um a três componentes, quais sejam: um componente cognitivo, no sentido de ter ciência quanto ao pertencimento a um grupo;
um componente avaliativo, na medida em que a noção de grupo e/ou pertença a ele pode apresentar uma valoração positiva ou
negativa; e um componente emocional, pois os fatores cognitivo e avaliativo do grupo e da pertença a ele podem ser
acompanhados por emoções ao próprio grupo e a outros. Deste modo, a partir de tais informações tornou-se possível as
comparações entre os indivíduos e, consequentemente, a identificação de semelhanças e diferenças, fundamentais nos processos
de construção da identidade social, compreendida como uma parcela do autoconceito de um indivíduo relacionada ao
conhecimento de sua pertença a um grupo (ou grupos), e associada ao significado emocional e valorativo de tal pertença. No
esporte de alto rendimento, o pensamento social compartilhado no grupo de atletas é classificatório, meritocrático, competitivo, e
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corrobora a ideia disseminada no senso comum de que sucesso significa ser o melhor, vencer. As práticas esportivas são
compreendidas como fenômenos socioculturais que trazemrepercussões na construção de identidades dos atletas, na medida em
que cultuam valores como dedicação, autonomia, disciplina e comprometimento aos treinamentos e rotina diária, como se estes
fossem atributos que garantissem a vitória, compreendida como um lugar de reconhecimento social e objetivo final no cenário
competitivo atual.
RESUMO 2
Este trabalho se propõe a fazer algumas articulações teóricas da constituição da profissionalidade docente, considerando os
aspectos psicossociais envolvidos nessa construção. Nesse sentido, nos apoiamos na Teoria das Representações Sociais e na
Teoria da Identidade Social, as quais dão especial ênfase ao fato de que o conhecimento, a ação e o “eu” do sujeito são tecid os
na trama das relações que estes constituem e se reconhecem em determinado grupo social de convívio. No que se refere às
representações sociais é importante destacar que essas circulam, cruzam e se cristalizam incessantemente através de uma fala,
um gesto, um encontro, em nosso universo cotidiano. Nesse sentido, as representações são formas de conhecimento social,
prático e situado no senso comum, considerada como um conhecimento verdadeiro e não uma disfunção do conhecimento
científico. A representação social é, assim, uma forma de conhecimento que é socialmente elaborado e partilhado, tem uma
orientação prática de organização e de orientação das condutas e da comunicação e participa do estabelecimento de uma visão
de realidade comum a um dado conjunto social ou cultural. Sobre esse aspecto, a Teoria das Representações Sociais busca
privilegiar a relação entre o sujeito e o contexto social. Dessa forma, as representações sociais se caracterizam por uma
perspectiva de estudo que articula áreas de conhecimento e as entende como contribuições complementares, e não excludentes,
para desvelar uma realidade ou fenômeno em sua totalidade/complexidade. No que se refere à Teoria da Identidade Social, essa
destaca que a constituição da identidade do sujeito se fundamenta em aspectos sociológicos e psicológicos, permitindo a
elaboração de uma identidade tanto social quanto pessoal, pois marcadas, justamente, pelo sentimento de semelhança e
diferença em relação aos outros, o que confere à identidade um caráter subjetivo e dinâmico, resultante dessa dupla constatação
de semelhanças e de diferenças entre si mesmo e os outros. Em relação ao princípio de complementariedade entre a identidade
pessoal e a social, destacamos que os processos identitários atuam de forma integrada e bem consistente e intervêm na
elaboração de conhecimentos e crenças sobre si mesmo, sobre os outros, bem como sobre os grupos de pertença e de não
pertença dos indivíduos. No campo da profissionalidade docente, vários autores destacam que o professor se constitui por
saberes muito diversos, que vão do humano e relacional ao cognitivo e prático. Sendo assim, é imprescindível considerar que
existe um saber-fazer, isto é, saberes específicos da docência, os quais são partilhados e construídos em seu grupo profissional
de convívio. Nesse sentido, o processo formativo do professor se encontra em sua prática profissional, cujo contexto é
mediatizado por um mundo de crenças próprias e singulares a partir da realidade escolar. Entendemos que a formação de um
professor se regista num processo metacognitivo, isto é, um processo de articulação da teoria com a prática em que a atividade de
conhecimento se torna objeto de reflexão contínua. Nesse contexto, parece-nos imprescindível discutir acerca da constituição da
profissionalidade docente, considerando os processos identitários e representacionais envolvidos nessa construção. A Teoria das
Representações Sociais contribui pela capacidade de nos aproximar do entendimento e da constituição dos saberes da docência,
analisando o seu conteúdo e sua organização.
RESUMO 3
Admitindo-se a identidade como um fenômeno psicossocial, que se produz e se apresenta marcadamente afetado pela cultura,
modulado pelas tensões cotidianas e entretecido pela inserção social e política dos atores que a assumem, é que se propõe
refletir sobre as implicações nos processos identitários a partir dos sentidos de velhice compartilhados por idosos. O conceito de
identidade norteador deste estudo será o proposto por Henri Tajfel, que diz ser a identidade o reconhecimento da filiação do
sujeito a um ou a vários grupos, acrescido de um significado emocional e de valoração que estão envolvidos na organização
singular do sujeito em interação com o ambiente social.Na perspectiva da psicologia histórico-cultural os papeis que o indivíduo vai
assumindo ao longo de sua vida participam do processo de constituição de sua identidade, a partir de uma identidade
pressuposta, que pode ser entendida como o que o outro ou a própria pessoa idealizava em relação ao desempenho de
determinado papel. Deste modo, a identidade é significada e ressignificada continuamente, pois o indivíduo vivencia ao mesmo
tempo vários papeis, o que o torna um personagem da vida, que sempre se metamorfoseia de acordo com as condições históricas
e sociais a que esteja submetido. A reflexão sobre a identidade levanta o problema mais geral da integração das pessoas num
espaço coletivo (o reconhecimento de uma pertença) e, simultaneamente, o problema ligado ao fato de que essas pessoas
buscam um lugar específico neste mesmo espaço coletivo (elas buscam diferenciar-se, singularizar-se). As representações sociais
desempenham o papel de marcador identitário, suscitando tomadas de posição comuns ou divergentes a propósito de um objeto
que tem valor de aposta. Inversamente, elas podem ser determinadas por identidades: nessas condições elas podem
desempenhar o papel de afirmação da distintividade de um grupo. Na produção das representações sociais os processos de
tematização objetivam a estabilização dos sentidos na forma de relações características do tema, no nosso caso os adjetivos novo
e velho atribuídos à velhice, induzindo imagens de situações ou maneiras de ser das coisas e do mundo. Em síntese, são
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processos que associam constantemente nosso conhecimento comum com nosso conhecimento discursivo e o construto de
nossas maneiras de ancoragem cognitiva e cultural. Finalmente, a discussão que se pretende empreender recai sobre o processo
de atribuição de sentidos ao corpo e suas relações com a construção das identidades na velhice, a partir da premissa de que o
corpo dá concretude e define a fronteira entre quem nós somos e quem nós não somos, prestando-se assim, a ser fundamento
para a identidade.
Palavras chave: Representações sociais. Identidade. Grupos de pertença social.
Autor(a) Proponente: FATIMA MARIA LEITE CRUZ
Endereço: AVENIDA BEIRA RIO 1091 AP. 502 - MADALENA
Recife - PE CEP: 50610-100 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Pernambuco- UFPE
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EIXO 1 - APROFUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
OFICINA RS - ORAL
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REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA INFECÇÃO HOSPITALAR PELOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE
Autor(es):
1
LORENA KAREN DE MORAIS MOURA
ANAÍTA DE SOUSA ROCHA NETA
KAREN FORMIGA
CARLOS HENRIQUE RIBEIRO LIMA
Introdução:Infecção hospitalar é aquela adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta quando essa
infecção estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar.A grande quantidade de profissionais que
manuseiam o recém-nascido, e os procedimentos invasivos fazem com que eles sejam expostos à infecções
hospitalares.Objetivo:analisar a estrutura da representação social a atuação dos profissionais da área de saúde no setor de
neonatologia com relação ao emprego correto das normas de biossegurança indispensáveis para o exercício da função a que são
designados.Método:Foram selecionados 65 profissionais da área de saúde que atuam em equipe multidisciplinar em unidades
neonatais de alto e médio risco de uma maternidade pública na cidade de Teresina-PI, no período de fevereiro à abril.A coleta de
dados constituiu-se na aplicação de um questionário semi-estruturado fechado de 8 (oito) questões relacionadas a aplicação das
normas
de
biossegurança.
Os
dados
foram
analisados
através
da
estatística
descritiva
simples
e
tabulados.Resultados:Teoricamente, um dos papéis desempenhados pelos elementos de uma representação social é
contextualizar, na prática,o objeto que está sendo representado,uma maneira de pensar e interpretar a realidade cotidiana,uma
forma de conhecimento da atividade mental desenvolvida pelos indivíduos e pelos grupos.A equipe fixa de profissionais da saúde
é composta por 10 fisioterapeutas (16%), 10 médicos (16%), 25 técnicos de enfermagem (38%), 18 enfermeiros (28%), 1
psicólogo (1%), 1 fonoaudiólogo (1%), sendo a sua maioria do gênero feminino (74%) e masculino (24%), com média de idade de
42 anos e tempo de formação de 13 anos. O tempo de atuação profissional na UTIN e UCIN apresentou uma média de 12 anos,
levando-se em consideração as duas unidades estudadas. A maioria da equipe realiza trabalho em escalas de horários
pré-determinados desempenhando a sua profissão nos horários diurnos, noturnos e em plantões de 12 h e 24 h. Notou-se que os
profissionais tinham conhecimento dos riscos da problemática da infecção hospitalar, mas não utilizavam todos os equipamentos
de proteção individual, havendo resistência quanto à retirada das jóias, anéis, relógios, pulseiras e entre outros, sendo estes
vetores e disseminadores de microrganismos. Expondo assim, os profissionais e o recém-nascido ao risco de
contaminações.Conclusão:Após análise dos dados, notou-se que os profissionais da área de saúde, engajados no cuidar do RN,
possuem um bom conhecimento das medidas de prevenção e controle das infecções hospitalares, apesar da grande maioria não
ter cursos de aperfeiçoamento sobre a problemática da infecção hospitalar, necessitando um investimento nessa área e melhoria
na qualidade do atendimento e manuseio seguro do RN.Quanto à utilização dos EPI´s é necessário um trabalho de constante
vigilância e esclarecimento quanto à importância da utilização desses equipamentos, como forma de evitar infecção hospitalar.
Tendo em vista que houveram casos, como: uso de luvas estéreis, máscara, touca; Alguns profissionais responderam que os
utilizavam, quando na prática não o faziam, como observado.Diante do presente estudo, é importante enfatizar que alguns
profissionais demonstravam, ao responder o questionário, saber dos riscos da contaminação, mas não colocavam em prática na
sua rotina. Sendo necessário um trabalho de educação permanente, capacitação da equipe de saúde aliada a uma vigilância
epidemiológica, para que possa cada vez mais minimizar os riscos de infecção hospitalar.
Palavras chave: Infecção hospitalar. Prevenção. Neonatologia.
Autor(a) Proponente: LORENA KAREN DE MORAIS MOURA
Endereço: Rua Miosótis,205.Condomínio Fontana di Trevi - Joquei
Teresina - PI CEP: 64048-130 - E-mail: [email protected]
1
- Centro Universitário Uninovafapi
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GRUPO ADOLESCER: DA LAGARTA A BORBOLETA RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO EM PSICOLOGIA
COMUNITÁRIA
Autor(es):
1
GUILHERME PACHÊCO DE MELO
CARLOS ANTÔNIO SANTOS
FLORA FERNANDES LIMA
LILIANE CAMPOS SOUSA
A psicologia comunitária é uma área da psicologia social que estuda a atividade do psiquismo decorrente do modo de vida do
lugar/comunidade; estuda o sistema de relações e representações, identidade, níveis de consciência, identificação e pertinência
dos indivíduos ao lugar/comunidade e aos grupos comunitários (GÓIS, 1993). As Representações Sociais apresentam-se como
uma maneira de interpretar e pensar a realidade cotidiana, uma forma de conhecimento da atividade mental desenvolvida pelos
indivíduos e pelos grupos para fixar suas posições em relação a situações, eventos, objetos e comunicações que lhes concernem.
Percebe-se nas Representações a relação entre o abuso sexual, o poder e a subordinação. O abuso sexual aparece como uma
forma específica de violência contra a criança e adolescente, que diz respeito ao envolvimento em atividades sexuais que as
vítimas não têm condições de compreender totalmente, e que em função de seu desenvolvimento não estão preparadas, sendo
incapazes de consentir ou que viola as leis ou tabus da sociedade. A violência sexual representa um sério problema de saúde
pública, que implica em grande impacto físico e emocional para aqueles que a ela são expostos. O Centro de Referência
Especializados de Assistência Social (CREAS) configura-se como uma unidade pública e estatal, que oferta serviços
especializados e continuados a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, buscando a construção de
um espaço de acolhida e escuta qualificada, fortalecendo vínculos familiares e comunitários, priorizando a reconstrução de suas
relações familiares. Dentro de seu contexto social, deve focar no fortalecimento dos recursos para a superação da situação
apresentada. Tem como objetivo trabalhar características para que as vitimas possam reconstruir seus valores e projetar seu
futuro. O atendimento psicossocial realizado no Creas é um instrumento fundamental para a garantia dos direitos de crianças e
adolescentes, que tem como referência básica os princípios de prioridade absoluta, por ser sujeitos de direitos e em condição
peculiar de desenvolvimento. Configura conjuntos de atividades e ações psicossocioeducativas de apoio desenvolvidas
individualmente e em pequenos grupos (prioritariamente). O abuso pode ser subdividido quanto ao contexto de ocorrência em
duas categorias : extrafamiliar, é aquele que ocorre fora do contexto doméstico, no qual o agressor é uma pessoa desconhecida
ou não pertencente ao círculo familiar da vítima, e intrafamiliar, acontece no contexto familiar por pessoas próximas, que podem
apresentar ou não laços de consanguinidade com a vítima e o perpetrador desempenha um papel de cuidador, tendo com a vítima
uma relação de confiança. (Habigzang; Caminha, 2004). Objetivo: Esta intervenção teve como objetivo promover o atendimento
psicossocial através de grupo de apoio a adolescentes vítimas de violência sexual, visto que o grupo de apoio é um espaço
privilegiado de escuta no qual a ação ou discurso do outro proporcionam uma modificação na forma de agir e pensar de cada
participante, além de favorecer o desenvolvimento de habilidades preventivas, resultando na superação da violência. Método: O
levantamento da demanda para inserção no atendimento em grupo foi realizado através da análise de prontuários, foi considerado
como critério para inclusão a violação sofrida - vítimas de abuso sexual intra e/ou extrafamiliar - e a faixa etária. As dez
adolescentes que estavam no perfil eram acompanhadas individualmente no CREAS pelas profissionais de psicologia. A
intervenção em grupo foi realizada por duas psicólogas, três estagiários de psicologia e uma estagiária de serviço social. Foram
realizados oito encontros semanais nos quais foram abordadas temáticas sobre a definição dos diversos conceitos de violência, o
reconhecimento dos sinais e sintomas decorrentes da violência sexual, a autoestima e a construção do projeto de vida. Utilizou-se
como recursos: dinâmicas, exposição dialogada, vídeos e oficinas temáticas. Resultados: O atendimento em grupo possibilitou um
espaço de escuta, diálogo e trocas que favoreceram o autoconhecimento, uma reflexão crítica sobre a realidade vivida, bem como
a construção de novas possibilidades de enfrentamento e ressignificação da violência sofrida. Conclusões: O trabalho em grupo
constitui-se como uma importante ferramenta para o atendimento psicossocial, pois coloca o sujeito como protagonista no seu
processo de desenvolvimento através da interação e da troca de experiências que resultam na construção de um novo saber.
Observou-se no Grupo Adolescer o processo de Ancoragem e de Objetivação, no primeiro, percebeu-se o nascimento de novos
conceitos como a autoestima e subjetividade, no segundo, percebeu-se através do grupo a transformação de ideias abstratas em
ideias concretas.
Palavras chave: Representações sociais. Psicologia comunitária. Abuso sexual. CREAS. Grupo.
Autor(a) Proponente: GUILHERME PACHÊCO DE MELO
Endereço: Avenida Joquei Clube - Joquei
Teresina - PI CEP: 64049-240 - E-mail: [email protected]
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EIXO 2 - EDUCAÇÃO, INSTITUIÇÃO E PROCESSOS EDUCATIVOS
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
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REPRESENTAÇÕES DE DOCENTES SOBRE AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Autor(es):
1
ANA PAULA ABDALLA
ANDREIA OSTI
Esse trabalho, através da perspectiva de Serge Moscovici, se dedicou a conhecer e analisar as representações de professores do
ensino fundamental sobre a dificuldade de aprendizagem de seus alunos, considerando o que pensam a respeito dessa temática,
como eles a percebem no cotidiano da sala de aula, a que atribuem sua causa, quais características compreendem no aluno que
apresenta essa queixa e em que momento decidem encaminhar essa criança para atendimento específico. O tema chama a
atenção em decorrência do crescente número de alunos do ensino fundamental encaminhados para atendimento especializado
com queixas de dificuldades de aprendizagem e porque consideramos que essa temática envolve uma realidade enfrentada por
muitos professores na rede pública, que implica num conjunto de opiniões e comportamentos que direcionam as ações desses
docentes em relação à seus alunos. Em se tratando das esferas de pertença da representação, nessa pesquisa trabalhou-se com
a subjetividade e com a intersubjetividade uma vez que buscou-se conhecer os elementos representacionais partilhados por um
mesmo grupo de profissionais (docentes em exercício) e as situações que contribuíram para o estabelecimento de representações
elaboradas na interação desses profissionais num mesmo contexto (a escola). Participaram da pesquisa trinta professores
efetivos da rede pública da cidade de Valinhos, interior de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista semiestruturada realizada na própria escola e sua análise foi realizada tendo como referencial a análise de conteúdo. As entrevistas
foram categorias em palavras-chave que foram classificadas num conjunto, por diferenciação, e reagrupadas. Para este trabalho
usamos a categoria léxica, pois as palavras-chave foram reunidas, enumeradas e classificadas segundo seu sentido. Os
resultados indicaram que para a maioria dos entrevistados a dificuldade de aprendizagem é sinônimo de lentidão ou incapacidade
para assimilar informações e isso implica em o aluno não atingir o mínimo esperado para a série e não avançar na aprendizagem.
Essas representações são compartilhadas por muitos docentes, o que nos remete que eles estão ancorando, ou seja, estão
classificando e dando um nome ao aluno, isso faz com que uma característica que o aluno apresenta (ser lento, por exemplo)
torne-se uma incorporação dele enquanto sujeito, ou seja, ele se torna a própria representação do professor. A análise indica que
a necessidade de encaminhar um aluno para atendimento específico encontra-se ligada ao desempenho do mesmo,
principalmente quando este não atinge os resultados esperados e não avança em sua escolarização, tendo sido esgotados as
possibilidades de trabalho em sala de aula. Ao relacionarmos esses dados com a teoria das Representações Sociais, podemos
afirmar que a representação de aprendizagem foi convencionalizada no momento em que o desempenho acadêmico, traduz de
certa maneira, quem é esse estudante. Ter boas notas e um boletim repleto de conceitos dentro da média ou acima dela,
correspondem à imagem do bom aluno, enquanto não atingir média ou estar em defasagem conferem um status de mau aluno.
Ela também é prescritiva, pois, avaliar os alunos e conferir um conceito ao seu desempenho é uma prática educacional mantida
desde os primórdios da história da educação. A avaliação é uma maneira de classificar e a nota ainda é a forma mais comum de
representar o histórico acadêmico. De maneira geral, foi possível verificar que todos os docentes entrevistados não consideram
uma rede de fatores que envolvem a temática das dificuldades de aprendizagem, depositando a maior responsabilidade à família
e ao próprio aluno, não considerando a correspondência entre a metodologia, a relação do professor e sua prática com a possível
dificuldade do aluno. Acreditamos que tanto professores quanto alunos adotam uma concepção de ensino e aprendizagem,
mesmo de forma inconsciente, e essa representação vai determinar sua compreensão sobre a função do aprender. Nesse sentido,
quando professores e alunos destacam a família ou a escola como referência para a aprendizagem, eles estão
convencionalizando, ou seja, a representação se legitima, torna-se concreta a correspondência dela com vinculação da
aprendizagem. Essa pesquisa contribui para compreendermos as representações desses professores e a repercussão das
mesmas, o que implica em maiores pesquisas que vinculem as representações de professores e alunos, buscando assim um
maior entendimento das relações construídas em sala de aula e suas inferências sobre o processo de ensino e aprendizagem.
Palavras chave: Representação. Ensino fundamental. Dificuldade de aprendizagem.
Autor(a) Proponente: ANA PAULA ABDALLA
Endereço: AV 4 A, 1355 - BELA VISTA
Rio Claro - SP CEP: 13506-770 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Estadual Paulista- UNESP
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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DO PROFESSOR DA ESCOLA PÚBLICA
Autor(es):
1
JULIANA GOMES DA SILVA SOARES
LUÍS CARLOS SALES
Esta pesquisa refere-se a uma dissertação de mestrado em educação, tendo como objetivo geral conhecer as representações
sociais que os licenciandos partilham sobre as condições de trabalho do professor da escola pública e, como objetivos específicos,
identificar aspectos das condições de trabalho do professor, considerados importantes pelos licenciandos, para melhorar a
qualidade da educação e analisar as possíveis relações, consideradas pelos sujeitos, entre as condições de trabalho e a atuação
do professor em sala de aula. Para atingir tais objetivos, partiu-se de um estudo qualitativo do tipo exploratório. A teoria que
embasou o estudo foi a Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici. Outros autores que contribuíram com o estudo,
no campo das representações sociais, foram Durveen (2007), Jovchelovitch (2001), Wagner (2000) e Sá (1998). Alguns estudos
sobre condições de trabalho do professor contribuíram com esta pesquisa, podendo ser citados Fontineles (2008), Rebolo e
Carmo (2010), Bastos e Mafra (2010), Lemos (2010), Oliveira e Araújo (2005), entre outros. A pesquisa foi realizada em 2011 e
dissertação defendida em 2012. Foram utilizados o teste de evocação livre de palavras e a entrevista estruturada para coletar os
dados. O primeiro como forma de aproximação do universo semântico envolvido na temática e o segundo como meio para
encontrar as representações sociais. Para analisar os dados, utilizou-se a análise de conteúdo, por meio da técnica de análise
categorial de Bardin (1991). Participaram do estudo vinte e quatro estudantes de licenciaturas diversas da Universidade Federal
do Piauí-UFPI. Essa quantidade baseou-se no conceito de saturação existente no campo das representações sociais. Os sujeitos
participantes da pesquisa eram estudantes de licenciaturas diversas que não possuem experiência docente. Ou seja, todas as
informações que eles tinham eram fruto de relatos de seus professores, dos noticiários da televisão, das discussões acadêmicas
em torno da temática, etc. É importante ressaltar, no entanto, que esses sujeitos não recebem essas informações totalmente
desprovidos de um conhecimento prévio. Ao entrar em contato com um objeto ou fenômeno, eles já possuem um repertório
anterior, ao qual somam as novas informações, modificando-as de forma a tornar familiar o não familiar, através dos processos
cognitivos de objetivação ancoragem. Percebeu-se que os sujeitos da pesquisa objetivaram as condições de trabalho do
professor, ou seja, tornaram-nas concretas para que pudessem pensar e falar sobre elas ao longo da entrevista. Os principais
fatores que, para eles, estão relacionados com as condições de trabalho do professor são, em primeiro plano, o salário, seguido
da estrutura física da escola, do reconhecimento social do professor e de fatores didático-pedagógicos. Com isso, os sujeitos
afirmaram que ter boas condições de trabalho é ter um bom salário, dispor de uma estrutura física adequada, com salas
iluminadas, ventiladas, espaços específicos para atividades extraclasses e materiais didáticos apropriados às diversas atividades,
e receber da sociedade o reconhecimento da importância do papel do professor. Outros fatores também estão incluídos nas
condições de trabalho, segundo os sujeitos: a segurança, a formação docente, a motivação do aluno e quantidade de atribuições
do professor. No que se refere à relação entre as condições de trabalho do professor e a qualidade da educação, foi visível que os
sujeitos estabeleceram uma relação diretamente proporcional. Assim, para eles, quanto melhor as condições de trabalho, mais
qualidade na educação. Essa representação social sofre bastante influência dos meios de comunicação, que transmitem
frequentemente essa ideia de aproximação entre as condições de trabalho e a qualidade da educação. Como resultados, portanto,
observaram-se representações sociais negativas das condições de trabalho do professor da escola pública. Contraditoriamente, a
maioria dos sujeitos demonstrou o desejo de atuar nas escolas públicas, com o objetivo de contribuir com a sociedade. Os sujeitos
ainda traçaram uma relação direta entre as condições de trabalho e qualidade da educação, afirmando que esta última pode ser
melhorada com boas condições de trabalho. E, por fim, percebeu-se uma forte representação sobre a influência diretamente
proporcional das condições de trabalho na atuação do professor em sala de aula, isto é, o bom desempenho da função docente
está condicionado à oferta governamental de condições de trabalho satisfatórias.
Palavras chave: Educação. Representações sociais. Condições de trabalho. Professor. Escola pública.
Autor(a) Proponente: JULIANA GOMES DA SILVA SOARES
Endereço: Rua Padre Jose Rego, 2232 - São João
Teresina - PI CEP: 64045-410 - E-mail: [email protected]
1
- Faculdade Santo Agostinho- FSA
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A ESTRUTURA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES SOBRE O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: O
USO DOS PROGRAMAS EVOC E TRI-DEUX MOT
Autor(es):
1
ARLETE MARINHO GONÇALVES
MARIA JOSEFA DE SOUZA TÁVORA
A pesquisa se insere no campo da educação, objetivando apreender a estrutura das Representações Sociais elaboradas pelos
docentes do Ensino Fundamental acerca do Projeto Político–Pedagógico. O lócus da pesquisa foi constituído de quatro escolas do
Ensino Fundamental que possuíam Projeto Político–Pedagógico implementado, situadas no município de Oriximiná, região Oeste
do Pará. Fizeram parte deste estudo 77 (setenta e sete) professores do ensino regular, e, que direta e indiretamente fizeram parte
do processo de construção e efetivação deste instrumento nas escolas onde estavam vinculados. A pesquisa utilizou-se da
abordagem quantitativa-qualitativa, com o suporte da concepção teórica das representações sociais de Moscovici (2003) e pela
abordagem estrutural de Abric (1994; 2000; 2005). Como instrumentos e técnicas foram utilizados o questionário
sócio-demográfico e a técnica de associação livre de palavras. O conteúdo do questionário foi analisado através do Microsoft
Office Excell 2003. As evocações livres foram agrupadas em um banco de dados construído também no Office Excell 2003 e salvo
na versão *.csv,. Em seguida foram processadas e analisadas pelo Software EVOC 2000 (VERGES, 2000) e Análise Fatorial por
correspondência – AFC do programa Tri-deux mots (CIBOIS, 1998) e seus conjuntos de programas, respectivamente. Os
resultados apontam que os professores que fizeram parte deste estudo são em sua maioria do sexo feminino (83%), com uma
faixa etária de 31 a 40 anos (52%), com tempo de experiência de 7 a 25 anos (78%) e envolvidos no Projeto Político-Pedagógico
(68%). O Núcleo Central destaca as categorias gestão democrática acompanhada do currículo e da avaliação, evidenciadas pelos
estímulos de opinião “planejamento”, “aprendizagem” e “responsabilidade” que justificam as inovações que o Projeto Político–
Pedagógico provoca nas escolas que o adotam de forma participativa. Dessa forma, identificamos que o Projeto Político–
Pedagógico assinala indícios de que vem se consolidando como prática positiva na escola pública, evidenciada pelas categorias
que emergiram. A gestão democrática aparece como importante objetivação nas evocações dos docentes, e, singular componente
na organização do trabalho escolar a partir do Projeto Político–Pedagógico na Escola pública. É possível visualizar as ancoragens
com os estímulos de opinião mais frequentes destacados pelas palavras “participação”, “coletividade”, “ação” e “organização”. A
gestão democrática também foi evidenciada no programa tri­deux mots dimensionado com as palavras “participação”, “meta”,
“norte”, “planejamento”, “elaboração”, “conhecimento” e “desenvolvimento” elaborados por docentes em início e final de carreira,
envolvidos e não-envolvidos na implementação do Projeto Político-Pedagógico. Revelou-se também que as Representações
Sociais dos docentes acerca do Projeto Político- Pedagógico ancoram-se no currículo e na avaliação. Como currículo
preocupam-se com a “transformação social”, “construção permanente” e a “compreensão de homem”. Enquanto avaliação
preocupa­se com o “sucesso escolar” e com o “compromisso social”. O professor passa a ter ciência que com o Projeto Político–
Pedagógico na escola a sua responsabilidade não se fecha nas quatro paredes de sua sala de aula, pois, amplia-se para a
comunidade. Essas características demonstram que a nova escola lança voos mais altos rumo às suas metas e organização da
escola pública de forma eficaz. A estrutura das Representações Sociais reveladas a partir softwares EVOC e tri-deux mots
evidenciaram que a escola pública que utiliza como direcionamento de sua ação educativa o Projeto Político–Pedagógico,
torna-se a cada dia, mais participativa, organizada, referência, e principalmente pode proporcionar aos professores a
aprendizagem em serviço, num formato de formação continuada. Essas características de inovação, sucesso e democracia que as
escolas-lócus passaram e ainda passam, demonstram que a gestão democrática em suas dimensões técnica, pedagógica e
política se concretizam a cada dia na escola quando esta tem como foco a organização do trabalho escolar. Apesar de aparecer
nas evocações docentes a falta de recursos, tempo e flexibilização nas atividades, sendo estas os maiores problemas que ainda
persistem nessa implementação, as Representações Sociais dos docentes ancora o Projeto Político-Pedagógico como um
instrumento democrático e participativo.
Palavras chave: Projeto político-pedagógico. Representações sociais. Abordagem estrutural. Educação.
Autor(a) Proponente: ARLETE MARINHO GONÇALVES
Endereço: Av. Almirante Barroso/Gama Malcher, 4414, ap.109, Ed. Alexandre severino - Souza
Belém - PA CEP: 66613-710 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal o Pará- UFPA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
74
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS PRÁTICAS ARTÍSTICAS DOS ESTUDANTES DO CURSO DE LICENCIATURA EM
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Autor(es):
1
CRISTIENE ADRIANA DA SILVA CARVALHO
MARIA ISABEL ANTUNES-ROCHA
Neste trabalho apresentamos o resultado de uma pesquisa de mestrado que teve como propósito estudar as práticas artísticas
dos estudantes do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas
Gerais. Compreendemos as práticas artísticas como um conjunto de linguagens de Arte, concebidas e fruídas pelos sujeitos, cujo
entendimento abarca as relações da arte na sociedade. Notamos que a construção histórica das práticas artísticas incorporou
tensões e dicotomias devido às formas de apropriação destas práticas, dentre estas tensões as relações entre o erudito, o
popular, a arte didatizada e como técnica, a arte engajada e neutra e a arte como entretenimento e produção de conhecimento.
Neste trabalho discutimos especificamente a dicotomia existente entre o erudito e o popular, compreendendo-se a presença
fundamental desta nas discussões de formação dos professores do campo. Diante deste quadro, apresentamos neste estudo uma
análise do processo de construção das representações sociais dos estudantes do curso de Licenciatura em Educação do Campo,
tomando o percurso formativo da graduação como recorte de tempo para a reelaboração de suas representações sociais. Nossa
hipótese inicial era a de que os sujeitos do campo chegavam à graduação com as práticas artísticas ancoradas em referências
populares e, ao terem contato com conhecimentos eruditos pertencentes à grade curricular do curso, vivenciavam a dicotomia
entre o erudito e o popular, causando tomadas de posição nas referências de suas práticas artísticas. Para construir a análise
teórico-metodológica deste panorama, que se encontra permeado de tensões, embasamos este estudo na Teoria das
Representações Sociais, TRS, proposta por Moscovici (1978). Percebemos que a TRS possibilita a análise dos processos que
unem a dimensão cognitiva do indivíduo e também as suas ações e sentimentos, trazendo a possibilidade de análise dos
processos de pensar, sentir e agir dos sujeitos. A fim de se analisar a construção das representações sociais referenciamos nosso
estudo a partir da Abordagem Processual das Representações Sociais proposta por Jodelet (2001). A proposta metodológica
dessa pesquisa insere-se em uma abordagem qualitativa do tipo exploratório. Para tanto foram aplicados questionários
semiestruturados e realizadas vinte e duas entrevistas narrativas, a fim de compreender as experiências com as práticas artísticas
e suas repercussões nas reelaborações das suas representações sociais. Também realizamos consultas ao Projeto Político
Pedagógico do Curso de Licenciatura em Educação do Campo a fim de percebermos a organização teórica e metodológica desta
formação. Os resultados gerados nestes procedimentos nos permitiram elaborar três categorias analíticas: I- Conhecimentos
prévios; II- práticas artísticas da formação; III- Práticas artísticas desenvolvidas no estágio de artes. Para análise destas
categorias partimos do Modelo Espiral proposto por Antunes-Rocha (2012, 2015) a fim de se organizar os movimentos de
mudança que possibilitam a construção das representações sociais dos sujeitos. A análise deste modelo em espiral a partir das
três categorias nos permitiu destacar dois movimentos que tomaram como ponto inicial a análise as informações sobre a inserção
dos alunos no curso e como ponto de chegada as práticas dos entrevistados no estágio obrigatório de artes. O primeiro
movimento denominado “Manutenção” das representações sociais foi constituído por sujeitos que mantiveram suas formas de
pensar, sentir e agir sobre as práticas artísticas. O segundo movimento denominado “Modificação” foi marcado por modificações
nas representações sociais das práticas artísticas após as experiências na universidade. Pode-se perceber que cada um desses
movimentos evidenciou as diversas tomadas de decisão fomentando a discussão sobre os processos geradores de mudança nas
experiências formativas desenvolvidas na Licenciatura em Educação do Campo. A partir de tais movimentos também foi possível
compreendermos que a construção das representações sociais dos sujeitos durante o aprendizado no curso foi marcada pelo
aprendizado enquanto elemento fomentador de mudança. Percebemos que a informação, elemento apontado por Moscovici
(1978) enquanto fundamental para a construção das representações sociais, destacou-se como elemento principal na condução
de mudanças dos sujeitos pesquisados.
Palavras chave: Representações sociais. Práticas artísticas. Educação do campo. Formação de professores.
______________________________
1. Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: SENTIDOS DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA NA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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75
EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA
Autor(es):
1
ETIANE VALENTIM DA SILVA
FATIMA MARIA LEITE CRUZ
A prática docente tem sido objeto de diversos estudos, os quais indicam a necessidade constante de análise de sua configuração
e prática, especialmente na sociedade em que vivemos, na qual imperam as tecnologias digitais e a inovação. Assim, já não é
mais novidade o fato de que vivemos em um mundo marcado pela forte presença da tecnologia, a qual influencia e reconfigura o
modo de vida das pessoas e a dinâmica dos grupos sociais, dentre estes o educacional. Nessa perspectiva, a docência no ensino
superior, assim como outros contextos educacionais, passa a demandar uma reconfiguração de sua dinâmica, tendo em vista o
alcance dos objetivos educacionais, considerando o contexto social da atualidade. É nesse sentido que o presente estudo se situa
no campo de investigação da prática docente universitária, a qual é tecida por diversos paradoxos e que são estimulados pelas
novas ferramentas pedagógicas demandadas para o professor na atualidade frente aos apelos para inovações pedagógicas na
educação superior. Numa perspectiva psicossocial, e com o aporte da Teoria das Representações Sociais, defendemos que
existem crenças compartilhadas pelos grupos sociais sobre o ensinar e o aprender e tais crenças influenciam na prática
profissional dos sujeitos docentes em universidades brasileiras. Vale ressaltar que as representações sociais, através da dinâmica
comunicacional, permitem a permanente reconstrução e reorganização da realidade do sujeito, não havendo espaço para
dicotomia, mas considerando o universo exterior e o universo interno do sujeito ou do grupo social. Para a Teoria das
Representações Sociais é possível resgatar a dimensão social do conhecimento, o que rompe com a forma de pensamento que
privilegia a dimensão cognitiva do sujeito e desconsidera o contexto social do qual ele faz parte. Dessa forma, a teoria busca
recuperar a dimensão individual do ser social. Nesse sentido, a compreensão dos sentidos e significados da inovação pedagógica
na docência da educação superior, construídas e compartilhadas por professores de universidades brasileiras possibilita o
entendimento do pensamento social e sua relação com as condutas humanas, em seus contextos de convívio, articulando o social
e o psicológico como um processo dinâmico e multifacetado. A abordagem qualitativa e as estratégias metodológicas no estudo
das representações sociais demandam a abordagem plurimetodológica da pesquisa, no sentido de captar todo o processo
representacional. Num refinamento progressivo dos dados e em coautoria com os informantes, a análise documental, a aplicação
dos questionários de associação livre de palavras, a hierarquização do campo semântico da inovação pedagógica e o grupo focal
online, permitem tanto um mapeamento quanto uma contínua interação com os dados construídos no sentido de aprofundar a
compreensão dos sentidos que envolvem as representações de docentes universitários acerca da inovação pedagógica. No
tratamento dos dados do questionário de associação livre de palavras, da hierarquização do campo semântico e das entrevistas
semiestruturadas o uso dos softwares EVOC e ALCESTE contribuem para uma análise temática dos dados construídos. A análise
da práxis pedagógica da docência universitária situa a inovação pedagógica em diferentes contextos, trazendo novos elementos à
discussão sobre a docência universitária, bem como subsídios para a construção de propostas alternativas e viáveis para a
melhoria da educação superior na sociedade atual.
Palavras chave: Representações sociais. Docência no ensino superior. Educação universitária. Inovação pedagógica.
Autor(a) Proponente: ETIANE VALENTIM DA SILVA
Endereço: RUA E, 105 - TIMBÓ
Abreu e Lima - PE CEP: 53520-315 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Pernambuco- UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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76
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA E IMPLICAÇÕES NA IDENTIDADE PROFISSIONAL
Autor(es):
1
FATIMA MARIA LEITE CRUZ
MARIA DA CONCEIÇÃO CARRILHO DE AGUIAR
Apresentamos resultados da pesquisa que buscou compreender os sentidos compartilhados de docência universitária segundo
professores de uma instituição pública federal de ensino e suas implicações na identidade profissional. Partimos do pressuposto
de que essa identidade se relaciona aos significados socialmente compartilhados nas representações da profissão e que estas
orientam as condutas e as práticas que são tradicionalmente legitimadas pela cultura. Investigamos as fontes de reconhecimento
que professores universitários constroem para se constituir e se reconhecer na identidade profissional docente. Adotamos a
definição de identidade como um processo flexível de construção continuada, eivada pela dimensão da mudança, entretanto, com
aparente fixidez que mascara o movimento de transformação que abrange elementos subjetivos, oportunidades sociais, e acesso
aos bens culturais. A profissão docente é historicamente situada e datada com requerimentos sintonizados com a realidade social.
Assim, as múltiplas relações entre identidade profissional e as representações sociais da docência sugerem um sentido de
mobilidade psicológica, com mudanças e permanências. A construção identitária social, pessoal e profissional é analisada em uma
perspectiva interdisciplinar porque envolve aspectos relacionados às bases sociológicas e psicológicas, que abrangem o
sentimento de pertencimento/não pertencimento e o reconhecimento de semelhanças e diferenças em relação a outros sujeitos e
grupos. A Teoria das Representações Sociais tem a base psicossocial, compreende uma relação imbricada entre sujeito e
realidade social, como uma construção de mão dupla. Entendemos, assim, que as representações sociais têm o estatuto dinâmico
de um processo de reciprocidade que de forma ativa intercambia o sujeito, em suas relações com os objetos da realidade social ,
lhes atribui sentidos, e garante ao sujeito ou aos grupos, através dos processos comunicativos, a estabilidade necessária para as
suas ações, comportamentos e interações. Ou seja, as representações se constituem envolvendo sistemas simbólicos e atitudes
sociais que orientam as práticas sociais e diversidades grupais, e impregnam as relações sociais de sentidos pré-estabelecidos. O
senso comum é um conhecimento que explica essa realidade para o sujeito, dando-lhe segurança, velocidade e sentido de
inclusão no seu agir. Em decorrência da dinâmica social e das influências externas, o senso comum não é um universo
consensual, como poderia parecer à primeira vista, ao contrário, faz distintas modulações nos grupos para que se torne
conhecido. Nesse sentido, a circulação das representações sociais funciona como um processo de difusão que é permeado pelos
códigos culturais adotados para interpretar as experiências dos indivíduos na sociedade, expressarem os valores e os modelos
que definem o status e prestígio social, assim como ordenarem a realidade e os respectivos lugares sociais. Essa dinâmica não
tem um percurso linear, muitas vezes é ambígua, contraditória e pode provocar conflitos nas interações, ora porque as
representações influenciam as condutas por mais rigidez, ora por mais flexibilidade, na partilha de conteúdos que se movimentam
na construção coletiva e interativa das práticas sociais. Na partilha da comunicação que ocorre entre as ideias dos grupos que são
afiliados, o lugar social dos sujeitos e as funções que estes exercem no interior de um grupo, determinam o conteúdo
representacional e os arranjos de sua organização. Ao mesmo tempo, tais referenciais expressam a sua posição diante do sistema
macrossocial, devido à ligação ideológica com o mundo social e às normas institucionais. Ivestigamos os construtos do núcleo
central que se relacionam à natureza do objeto e é mais resistente às mudanças e do sistema periférico cujos elementos são
protetores do núcleo central e menos resistentes, passíveis às influências externas. No método, aplicamos questionários de
associação livre a 187 professores universitários e realizamos 19 entrevistas analisadas segundo a análise temática de conteúdo
segundo Bardin. Nos resultados encontramos que os eixos temáticos dialogam entre si, e embora haja distintos aspectos que
enfocam, há um nítido entrelaçamento das questões interativas da sala de aula, a relação professor-aluno, e a construção
identitária. Apresentaremos os resultados que sugerem o fortalecimento da identidade docente, a partir da ancoragem da
representação da docência como aprendizado na relação professor-aluno. Este sentido apresenta a docência como mediação do
conhecimento e, sobretudo, como prática interativa, simbólica, e promotora de permanente desenvolvimento pessoal.
Palavras chave: Representações sociais da docência. Identidade profissional. Educação superior.
Autor(a) Proponente: FATIMA MARIA LEITE CRUZ
Endereço: AVENIDA BEIRA RIO 1091 AP. 502 - MADALENA
Recife - PE CEP: 50610-100 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Pernambuco- UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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77
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFESSORES DE UNIDADES DE EDUCAÇÃO INFANTIL DAS UNIVERSIDADES
FEDERAIS DA PARAIBA SOBRE A ARTE.
Autor(es):
1
NORMA MARIA DE LIMA
ADELAIDE ALVES DIAS
A presente pesquisa tem como foco as representações sociais dos professores sobre a Arte na Educação Infantil. Teve como
sujeitos professores de Educação Infantil das Unidades de Educação Infantil da Universidade Federal da Paraiba. Participaram da
pesquisa onze (11) professores das duas instituições, sendo dez (10) professores do sexo feminino e um (1) do sexo masculino.
Para coleta dos dados usamos a entrevista semi-estruturada. O objetivo geral da pesquisa foi conhecer as representações sociais
dos professores sobre a Arte na Educação Infantil. Tal objetivo desdobrou-se em outros dois específicos: identificar práticas e
habilidades artísticas desenvolvidas nas instituições educativas investigadas e refletir sobre as contribuições da Arte para a
formação integral da criança. A partir dos objetivos citados o estudo foi traçando caminhos sobre como as representações sociais
sobre a Arte funcionam enquanto referências para o fazer pedagógico, como mecanismo que interferem na eficácia do processo
de educação, como imaginário social e na orientação de condutas e práticas educativas no contexto da educação infantil. O
estudo apoia-se na abordagem processual das Representações Sociais, caracterizando-se, principalmente, como um estudo de
natureza qualitativa que lida com situações sociais e suas complexidades, garantindo o acesso às condições de produção. As
pesquisas de natureza qualitativa possuem um número significativo de informações sobre a vida dos grupos pesquisados e as RS
configuram um modelo de compreensão da realidade a partir de interações dinâmicas e determinadas historicamente, onde cada
grupo social se organiza e constrói seus significados. Para a análise dos dados, utilizamos a Análise de Conteúdo onde o objeto
de estudo é o registro em si, presente em um texto, um documento, uma fala ou um vídeo. A análise fixasse apenas no conteúdo
do texto, sem fazer relações além deste, esperando compreender o pensamento do sujeito através do conteúdo expresso no
texto, numa concepção transparente de linguagem. Segundo nossa pesquisa, os professores entrevistados, em sua maioria, usam
a Arte como recurso e não como elemento contribuinte do processo formativo do ser humano e utilizam suas diversas linguagens
em atividades educativas sem a devida importância com as bases teóricas da área. Abordamos, ainda, a importância da Arte no
processo de desenvolvimento humano desde a mais tenra idade, destacando que esta contempla todas as dimensões do
processo de aprender, possibilitando um desenvolvimento global do ser humano, por ampliar as experiências cognitivas ao mesmo
tempo em que propicia vivências e interações únicas na dimensão afetiva, emocional, psicomotora e de valores. Nesse contexto,
destacamos o desenvolvimento estético-expressivo na formação global do sujeito, as concepções e práticas educacionais que
permeiam o trabalho docente na Educação Infantil; enfatizando a importância e a necessidade da supervisão específica do
professor de Arte para orientar o trabalho do professor de educação infantil com as múltiplas linguagens artísticas, dada às
particularidades do conhecimento na área específica exigido para o trabalho educacional voltado à infância. No trabalho em geral,
constatamos que os entrevistados possuem curso superior em áreas diversificadas e nenhum tem formação específica em Arte e
que as unidades de educação infantil não dispõem de profissionais na área para dar suporte aos professores nas atividades com
as linguagens artísticas. Os resultados obtidos apontam para as representações sociais dos professores da educação infantil das
duas Universidades no que se refere ao trabalho com arte na educação das crianças pequenas e suas contribuições para o
desenvolvimento expressivo, evidenciando suas formas de pensar e de agir no fazer educativo junto as mesmas, considerando a
arte como linguagem, comunicação e expressão, e como conteúdo curricular. Destacando, ainda, as contribuições da Arte na
formação integral da criança e o processo de mediação para melhoria de suas práticas. Para nós, a Arte na educação infantil
auxilia na superação das dificuldades de aprendizagem, bem como estimula a criatividade, o desenvolvimento da mente e o
reconhecimento das inteligências nos indivíduos. Com isso, a Arte justifica-se como uma das atividades primordiais na formação
humana desde o início da educação escolar. Por fim, entendemos que a utilização consciente e contextualizada da Arte no
processo formativo proporciona, de forma significativa, o desenvolvimento criativo, emocional e racional das crianças.
Palavras chave: Representações sociais. Educação infantil. Arte. Desenvolvimento estético-expressivo.
Autor(a) Proponente: NORMA MARIA DE LIMA
Endereço: RUA CASSIMIRO DE ABREU 300 - Brisamar
Joao Pessoa - PA CEP: 58033-330 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal da Paraiba - UFPB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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78
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE DIRETORES ESCOLARES ACERCA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Autor(es):
1
LUIZ CARLOS CARVALHO DE OLIVEIRA
LUIS CARLOS SALES
A temática deste artigo trata da formação de professores. Seu objetivo é analisar as representações sociais de diretores escolares
dos anos iniciais do Ensino Fundamental sobre formação de professores. Em específico, identificar as políticas de formação de
professores existentes nas escolas da rede pública municipal de Teresina.A coleta de dados da pesquisa que originou este artigo
deu-se por meio de entrevistas semi-estruturadas, realizadas, individualmente, com 30 diretores escolares. A análise de dados foi
realizada a partir de procedimento qualiquantitativos. Segundo os entrevistados, a formação de professores efetiva-se com a
formação continuada. Os diretores quando sugeridos a falar sobre a Formação Continuada, afirmam que colaboram com o
processo de Formação Continuada e a nomearam como Momento de Atualização. A característica principal do bom professor é o
Compromisso e que o professor deve, na docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, ter Afetuosidade, Identidade com a
Profissão e Habilidade para Planejar, desafios específicos da docência nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A característica
principal das respostas é a de que os diretores valorizam mais o Compromisso do professor que sua titulação. Ou seja, eles
valorizam pouco o fato de o professor possuir pós-graduação. Do ponto de vista da gestão escolar, ter um professor corresponde
a ter um professor que cumpre o planejamento acordado para sua escola. E ainda, os sujeitos afirmam uma conexão entre a
promoção de uma formação de professores através do processo de Formação Continuada e a qualidade na Educação,
notadamente de uma educação pública de qualidade.
Palavras chave: Educação. Formação continuada. Qualidade na educação. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: LUIZ CARLOS CARVALHO DE OLIVEIRA
Endereço: Rua Tomas Area Leao - Ininga
Teresina - PI CEP: 64049-630 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Estadual do PiauÍ- UESPI
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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79
RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS LICENCIADOS PELO PROEB/UFMA
Autor(es):
1
EDILENE FREITAS SILVA DE ALMEIDA
MARIA NÚBIA BARBOSA BONFIM
O trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida no Mestrado em Educação, da Universidade Federal do
Maranhão, tendo por objeto de estudo a relação professor-aluno na formação inicial dos licenciados em Letras, do Programa
Especial de Formação de Professores da Educação Básica (PROEB/UFMA). Fenômeno este passível de ser compreendido
psicossocialmente, apontando para a necessidade de um referencial teórico que possibilite a identificação de conhecimentos
interiorizados, como visões de mundo, crenças, valores, etc. Nessa perspectiva, foi escolhida a Teoria das Representações
Sociais (TRS) como marco teórico, visto coadunar-se com a natureza deste estudo caracterizado pela dinamicidade das
interações humanas desenvolvidas, no caso, no espaço das instituições educativas, produtoras de um cotidiano complexo, o
ambiente da sala de aula. Espaço no qual professores e alunos convivem, envolvendo-se ativamente no processo de ensinoaprendizagem por meio das relações/interações sociais, a partir das quais as representações sociais se formam. A TRS traz
expressiva contribuição para o campo da educação, oferecendo novas possibilidades de leitura para interpretar/analisar a
complexidade dos conflitos produzidos no cotidiano do contexto escolar, entendendo que este tem origem na história, na cultura
da sociedade. A discussão buscou responder às questões: que representações construíram os licenciados da relação vivenciada
entre professor e aluno? Em que medida essas representações têm repercutido na percepção dos licenciados sobre as práticas
pedagógicas no exercício da docência? A partir dessas questões foi definido o seguinte objetivo: analisar a influência da relação
professor-aluno na formação inicial docente e em sua prática profissional a partir dos elementos constituintes das representações
sociais dos licenciados em Letras, do PROEB/UFMA. Para tanto, foram delimitados objetivos mais específicos, como: investigar
até que ponto a relação professor-aluno influencia na formação inicial de professores; captar os elementos constituintes das
representações sociais advindos da concepção dos licenciados sobre a relação professor-aluno; identificar em que medida essas
representações têm repercutido na percepção das práticas pedagógicas desses docentes. No desenvolvimento do estudo, foram
realizadas pesquisas bibliográficas e de campo. Para o estudo bibliográfico das representações sociais, alguns autores
estabeleceram a direção da análise: Moscovici (2012); Jodelet (1993; 2009); Guareschi (2008; 2012); Bonfim (2007); Alves-Mazotti
(2008); Farr (2012); Menin, Shimizu e Lima (2009); Spink (2012); Villas Bôas e Sousa (2011) dentre outros. Para compreender
como a relação professor-aluno se estabeleceu na formação inicial, realizou-se uma recuperação histórica da formação da
universidade no Brasil, entendendo que essa relação é condicionada por concepções adotadas pelo projeto universitário, gerando
representações sobre educação, docência, inter-relação professor-aluno, ancoradas na pedagogia tradicional de ensino.
Concomitantemente, enfoucou-se os autores: Anísio Teixeira (1989), Freire (1996, 2005), Pimenta e Anastasiou (2002), Soares et
al (2002), Fávero (2006), Passos (2004), Cunha (2010), dentre outros. Como instrumento de coleta de dados, foram utilizados a
entrevista e o questionário de perfil. A entrevista por permitir a consideração das perspectivas dos atores e o questionário de perfil,
elemento essencial nas pesquisas de representações sociais, para conhecer aspectos relacionados à vida desses sujeitos. O
tratamento dos dados foi realizado por meio da técnica de Análise de Conteúdo que permite a descrição, sistematização,
inferência e interpretação de estudos qualitativos e quantitativos (BARDIN, 1977). A análise do conteúdo consubstanciou as
interpretações e permitiu inferir como elementos das representações dos participantes sobre a relação professor-aluno a
concepção de que professores e alunos desempenham papel expressivo no processo educativo. Os resultados apontam que as
representações sociais vivenciadas e/ou construídas no cotidiano escolar ou em fase anterior exercem influência na aprendizagem
do licenciando, bem como repercutem na prática profissional docente. O que aponta para uma das funções das representações
sociais na orientação do comportamento das pessoas e na interação dos grupos, pois os professores declararam que, no exercício
da docência, procuram estabelecer essas bases na relação com seus alunos, demonstrando a existência de uma causalidade
recíproca em que a representação exerce influência na interação ao mesmo tempo em que é influenciada por esta. Assim, por ser
essa relação, essencialmente, interativa, requer um espaço dialógico em que representações, formadas ou em formação,
respaldam-se no respeito e confiança, criando um clima favorável para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
Palavras chave: Relação professor-aluno. Ensino-aprendizagem. Representações sociais
Autor(a) Proponente: EDILENE FREITAS SILVA DE ALMEIDA
¹ Universidade Federal do Maranhão- UFMA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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80
FORMAÇÃO CONTINUADA EM SERVIÇO NAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS
Autor(es):
1
MARCIELE STIEGLER RIBAS MKRTCHIAN
SIMONE WEINHARDT WITHERS
JOSÉ LUIS DE OLIVEIRA
O estudo apresenta uma reflexão sobre a formação de professores para atuar na Educação de Jovens e Adultos (EJA), sobretudo,
em relação à formação continuada em serviço. Tendo em vista que, os cursos de licenciatura, em sua maioria, não contemplam
uma formação voltada para esta modalidade de ensino, questionamos se o modelo de formação continuada em serviço poderia
suprir as lacunas provenientes da formação inicial, a fim de atender as necessidades vivenciadas na prática pedagógica dos
docentes que atuam na EJA? Esse processo de formação ocorre com a efetiva participação dos professores? Essas inquietações
são parte de uma pesquisa maior realizada com 79 professores da EJA de uma Rede Municipal de Ensino do Estado do Paraná,
da qual apresentamos um recorte buscando desvelar a seguinte questão: Quais as representações sociais de professores que
atuam na Educação de Jovens e Adultos em um Município do Estado do Paraná/Brasil, sobre o programa de formação continuada
em serviço ofertado pela Rede de Ensino? A partir do problema, traçamos como objetivo: analisar as representações sociais
desses professores sobre a formação continuada em serviço que receberam da respectiva Rede de Ensino. Para tanto, optamos
pela abordagem qualitativa, tendo como aporte teórico-metodológico a Teoria das Representações Sociais elaborada por
Moscovici (1961). Para apreender essas representações, aplicamos um questionário com perguntas fechadas e abertas aos
docentes da EJA, relativas ao perfil e ao processo de formação continuada. Os depoimentos foram tratados com base na análise
de conteúdo proposta por Bardin (2011), a qual permitiu-nos delinear as seguintes categorias: necessidades formativas;
conteúdos e atividades de formação. Na primeira categoria os professores ressaltam a necessidade de uma formação que
considere as peculiaridades presentes na EJA, como a diversidade em relação à idade, os alunos de inclusão, as turmas
multisseriadas. Concernente à segunda categoria demandam conteúdos de formação, dentre os quais se destacam: alfabetização
de adultos; inclusão de alunos portadores de necessidades especiais; metodologias direcionadas para o público da EJA. Além dos
conteúdos, reivindicam atividades de formação, dentre elas acentuam: troca de experiências entre os professores da EJA; cursos
específicos para essa modalidade; cursos para a elaboração de materiais didáticos para a EJA. Os resultados da pesquisa
indicam que as representações sociais dos participantes em relação à formação continuada em serviço, estão ancoradas em
denúncias e reivindicações. Fica evidente que esse processo de formação também é precário, pois ocorre sem a efetiva
participação dos docentes. Geralmente, assistem a cursos que não vão ao encontro dos seus reais anseios e necessidades, o
motivo é compreensível: ninguém lhes pergunta sobre suas carências, ou mesmo, premências formativas. Essas representações
reforçam a precarização da formação do professor para atender a demanda do campo de atuação da EJA, a qual também é
refletida no processo de formação continuada em serviço. Diante desse contexto, além da reconfiguração desse processo de
formação continuada, seria necessário um maior investimento por parte das políticas públicas no sentido de contemplar a questão
da formação específica do professor para atuar nessa modalidade de ensino, a qual implica o respeito às peculiaridades do seu
público.
Palavras-chaves: Educação de jovens e adultos. Formação continuada em serviço. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: MARCIELE STIEGLER RIBAS MKRTCHIAN
Endereço:
1
- Pontifícia Universidade Católica do Paraná- PUCPR
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
81
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DO VALE DO PARAÍBA – SP SOBRE
TECNOLOGIAS & EDUCAÇÃO
Autor(es):
1
LETICIA MARIA PINTO DA COSTA
EDNA MARIA QUERIDO DE OLIVEIRA CHAMON
MARCIA MARIA DIAS REIS PACHECO
PATRICIA ORTIZ MONTEIRO
As Representações Sociais possibilitam o entendimento da apropriação da realidade pelo indivíduo e de que forma seu processo
de elaboração de significado se desenvolve coletivamente. Esta investigação buscou identificar as Representações Sociais sobre
as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) de um grupo de mestrandos, que atuam como profissionais de educação
(professores, coordenadores, diretores e supervisores) na rede pública de educação básica, em diferentes cidades do Vale do
Paraíba Paulista, São Paulo. Entende-se que essas representações sociais podem influenciar as práticas sociais desses
mestrandos em sua atuação profissional. Ao mesmo tempo, buscou-se identificar a evolução dessas representaçõe sociais ao
longo do tempo, em decorrência da formação acadêmica da qual participam – o Mestrado Profissional em Educação, da
Universidade de Taubaté (UNITAU), localizada em Taubaté, SP, particularmente a influência dos aportes teóricos e práticos da
área de Recursos Didáticos e Tecnológicos (REDITEC) do curso. Existem muitas discussões sobre as relações entre as
representações e as práticas sociais de um grupo. Esta pesquisa parte do pressuposto de que as representações sociais
efetivamente influenciam a prática social de um grupo, na condição de existir, ainda que de forma parcial, autonomia desse grupo
em relação a suas práticas. No caso dos profissionais da educação, objeto desta pesquisa, isso se verifica, em função da
autonomia relativa de que eles desfrutam com relação à condução das aulas ou da gestão escolar. Nesse caso, embora as
representações sociais não determinem as práticas, elas limitam o universo de possibilidades em função da influência que
exercem sobre essas práticas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva, da qual participaram 13 sujeitos. A pesquisa
utilizou como instrumentos de coleta de dados um questionário estruturado com oito questões fechadas, visando obter dados
sócio-demográficos dos participantes, e 11 questões abertas, para caracterizar suas Representações Sociais. Os dados foram
organizados e categorizados segundo a técnica de Análise de Conteúdo. Os resultados indicam que os sujeitos da pesquisa
organizam suas representações sociais em torno de uma categoria central identificada com as novas formas de ensinar. Dentro
dessa categoria, os sujeitos destacam as tecnologias assistidas – que contribuem para a utilização das tecnologias de recursos
didáticos para a educação inclusiva e/ou educação especial. Esse destaque já aponta para a influência da formação nas
representações dos sujeitos. Além disso, verificou-se que as práticas sociais dos sujeitos se desenvolveram, com a intensificação
do uso pedagógico das tecnologias nas atividades profissionais na rede pública de educação, com a aplicação desses recursos
tecnológicos no contexto de ensino e em cursos de formação de professores em que atuam como mediadores (este último, no
caso dos mestrandos que atuam como coordenadores e como supervisores de ensino). Essas mudanças identificadas sinalizam
autonomia do uso, ampliação e diversificação dos recursos tecnológicos pelos pesquisados. Conclui-se, a partir disso, que
confronto entre os saberes do senso comum e os saberes proporcionados no desenvolvimento da formação permitiu a
incorporação de novos conceitos e imagens relativos às TICs, fazendo evoluir as representações do grupo. Infere-se, portanto,
que as Representações Sociais dos sujeitos ampliaram-se de forma a permitir novas práticas pedagógicas com a utilização dos
recursos tecnológicos.
Palavras chave: Representações sociais. TICs. Educação. Tecnologia.
Autor(a) Proponente: LETICIA MARIA PINTO DA COSTA
Endereço: Avenida Garcílio da Costa Ferreira, 250 apto 222A - Barranco
Taubaté - SP CEP: 12040-785 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade de Taubaté- UNITAU
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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82
PROFISSÃO DOCENTE PARA PROFESSORES INICIANTES: CONSENSOS DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Autor(es):
1
LAEDA BEZERRA MACHADO
Na atualidade, a Teoria das Representações Sociais pode ser compreendida como um quadro conceitual, que possibilita grande
diversidade metodológica capaz de auxiliar pesquisadores a explorar diversos objetos em diferentes contextos. No campo
educacional, sua utilização tem sido comum. O presente trabalho procura identificar os elementos de consenso das
representações sociais do ser professor construídos pelos docentes iniciantes de educação infantil e de ensino fundamental. A
investigação se baseia nos fundamentos da abordagem societal, protagonizada por Willem Doise. Essa abordagem procura
articular o sujeito ao coletivo, busca interligar explicações de ordem individual com explicações de ordem societal e, sobretudo,
explicita que os processos usados pelos indivíduos para viver em sociedade são orientados por dinâmicas interacionais, valores e
crenças. Nessa abordagem, as representações sociais são princípios geradores de tomadas de posição e esses princípios estão
direta e simbolicamente vinculados à posição que o sujeito ocupa no grupo. Este trabalho refere-se à fase exploratória de uma
pesquisa e abrangeu professores vinculados a escolas municipais e estaduais da região metropolitana do Recife-PE (RMR). Os
dados foram recolhidos através de um questionário na forma de protocolo escrito, contendo 10 perguntas abertas. Participaram da
pesquisa 70 (setenta) professores de educação infantil e ensino fundamental com até 5 (cinco) de carreira, vinculados a escolas
municipais e estaduais de diferentes municípios da RMR. Para identificar os consensos das representações sociais do ser
professor transcrevemos as respostas dos questionários, fizemos agrupamentos em eixos que, em virtude sua vinculação com as
perguntas, são conforme Bardin (2004), categorias a priori. Esses eixos foram os seguintes: aspectos marcantes no ingresso na
carreira; contribuição da formação para o trabalho docente e consensos em torno do ser professor. De acordo com os resultados,
os principais desafios enfrentados pelos professores em inicio da carreira são: pouca aproximação com a gestão, ausência de
planejamento coletivo e apoio pedagógico, inexperiência para lidar com as turmas, falta de apoio das famílias dos alunos,
desvalorização social do docente, desorganização dos sistemas de ensino, distanciamento teoria/prática e falta de preparo deles
próprios e das escolas para lidar com crianças com deficiência. Referiram- se ainda e, de maneira contundente, aos problemas de
violência e indisciplina vivenciados no cotidiano das escolas. Detectamos no grupo pesquisado um consenso em torno da não
contribuição da formação inicial para gerir situações e relações interpessoais em sala de aula. Os docentes também ressaltaram
que o apoio dos colegas mais experientes é quase inexistente. Para esses professores, a profissionalidade se faz e refaz na
prática. As respostas dos professores sinalizam para uma representação social da profissão docente associada a fatores
negativos. O ser professor está centrado na luta diária e estressante, na sobrecarga de trabalho, falta de interesse dos alunos e
ausência de apoio famíliar. Os desafios e lutas foram relacionados às dificuldades para lidar com os alunos, sobretudo, os
adolescentes que, constantemente, os põe a teste. Foi consensual no grupo o desinteresse por permanecer na docência. Alguns
docentes responderam ter como horizonte ser professor de educação superior, ou assumir funções gestoras, contudo a maioria
dos docentes iniciantes investigados sinalizou que não pretende continuar no exercício da docência, pois considera, como quase
certa, a probabilidade de adquirir problemas na voz, cansaço e problemas psicológicos frente ao cenário de frustrações
vivenciado. Os diferentes elementos de precarização do trabalho docente são propícios à debilitação e ao pessimismo desses
profissionais. O consenso está centrado no mal-estar docente. Esteve (1999) designa como mal-estar docente o desconforto e as
dificuldades, que os professores vivenciam no campo de atuação profissional. Fatores como baixo prestígio social da profissão,
má remuneração, exigências constantes, indisciplina, violência escolar são desencadeantes do problema. Podemos admitir que o
consenso representacional da profissão articula-se ao pessimismo, à indisposição e a um sentimento de mal-estar. Situações que
trazem satisfação foram pontuais e discretas nas respostas dos professores em início da carreira. A pesquisa dá indicativos da
necessidade de políticas públicas publicas que acolham e ofereçam maior suporte ao trabalho do professor em início de carreira
estimulando-o a permanecer na profissão.
Palavras chave: Profissão docente. Representações sociais. Consenso. Professores iniciantes.
Autor(a) Proponente: LAEDA BEZERRA MACHADO
Endereço: RUA EDSON ÁLVARES 115 - CASA FORTE
Recife - PE CEP: 52061-450 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Pernambuco- UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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83
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO “SER PROFESSOR DO CAMPO”: O QUE AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS REVELAM?
Autor(es):
1
GILMAR LOPES DIAS
EDNA MARIA QUERIDO DE OLIVEIRA CHAMON,
ROZEMARA CABRAL MENDES DE CARVALHO
ALESANDRA CABREIRA DIAS
Em meio às lutas políticas por melhoria das condições educacionais das populações do campo, aprofundam-se os debates
teóricos sobre a necessidade de um modelo diferenciado de educação para essas populações. Tais lutas visam o atendimento
das necessidades particulares, legalmente garantidas no texto constitucional, assim como na lei máxima que rege a educação
nacional: a Lei 9.394/96. Diversas são as conquistas educacionais adquiridas a partir da luta empreendidas pelos movimentos
sociais como, por exemplo, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, sendo que uma dessas conquistas se concretizou
com a criação do Programa em Educação do Campo (Procampo). Nesse contexto, o presente estudo objetivou analisar as
construções psicossociais dos licenciandos em educação do campo, no Estado o Pará, sobre o objeto “ser professor do campo”.
Considerando-se que a atitude se constitui como uma das três dimensões formadoras das representações sociais dos sujeitos
sobre o objeto investigado, realizou-se uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem quantitativa e qualitativa do
problema, a partir de uma coleta de dados numéricos e verbais. Participaram do estudo 182 licenciandos em educação do campo,
matriculados em cinco municípios no Estado do Pará, sendo eles: Castanhal, Marabá, Santarém, Tomé- Açu e Tucuruí. A coleta
dos dados inerentes à dimensão atitudinal dos sujeitos, frente ao objeto de interesse do presente estudo, foi feita por meio de um
questionário contendo nove questões fechadas e uma questão aberta. Nas questões fechadas foram apresentados nove
enunciados acerca do objeto a ser pesquisado, sendo solicitado um posicionamento dos sujeitos, utilizando uma escala de valores
que variava de um a cinco (Escala Likert). Os valores da escala indicavam o grau de concordância ou discordância dos sujeitos
em relação a cada um dos enunciados apresentados, segundo uma estrutura que variava de 1 a 5 pontos. A tabulação dos dados
foi realizada com o auxílio do software Sphinx, possibilitando o estabelecimento da direção e da intensidade das atitudes dos
licenciandos, frente ao objeto de pesquisa. Os dados verbais foram analisados com o auxílio do conjunto de técnicas,
denominadas Análise de Conteúdo e, após essa análise, foi possível aprofundar o estudo das atitudes dos sujeitos, assim como
interpretar as representações sociais sobre o “ser professor do campo”. Mediante a apresentação aos sujeitos dos nove
enunciados sobre o objeto de estudo, verificou-se o estabelecimento das condições necessárias para a emergência das
representações sociais, quais sejam: a dispersão da informação, a pressão à inferência e a focalização. Verificou-se que os
sujeitos apresentam atitudes discordantes sobre o objeto pesquisado, uma vez que o consideram como algo extremamente útil
socialmente, que é dotado de certa beleza e requer criatividade por parte daqueles que optam em seguir esse ofício. No entanto,
reconhecem que a docência é um ofício socialmente desvalorizado, carecendo de um melhor reconhecimento o papel
desempenhado pelo professor. Essas atitudes discordantes revelam cognições conflituosas para os sujeitos pesquisados,
configurando-se um estado psicológico, teoricamente conhecido por dissonância cognitiva. A dissonância cognitiva propicia o
estabelecimento de um estado de desconforto para os sujeitos, devido à incoerência entre as informações que lhes estão
disponíveis sobre o objeto. Verifica-se, dessa maneira, que os sujeitos pesquisados ingressam na docência de uma maneira
contraditória, uma vez que o ofício de professor se apresenta como algo socialmente útil, mas devido às informações negativas
que recebem do meio social, inerentes à falta de valorização e de reconhecimento, esta deixa de ser uma profissão vislumbrada
pela maioria deles. Para reduzirem esse desconforto, e incorporarem o objeto ao universo consensual do grupo, os licenciandos
constroem representações sociais sobre o “ser professor do campo”. Por meio da análise dos dados verbais foi possível verificar
que a imagem representacional do professor do campo, construída pelos sujeitos pesquisados, o aproxima de um super-herói que,
embora possua capacidades extraordinárias, não recebe o devido reconhecimento. Trata-se de representações sociais que
ancoram psicossocialmente essa imagem, nos elementos relacionados à importância e utilidade social desse ofício, assim como
nas capacidades e habilidades, julgadas necessárias ao desempenho satisfatório para a condução das atividades educacionais,
sobretudo com crianças. Verifica-se a necessidade de um aprofundamento nos estudos dessa natureza, uma vez que os
resultados encontrados nesse estudo, corroborados por outras pesquisas, indicam que os cursos de formação de professores não
reconstroem essa imagem romântica de professor, histórica e socialmente construída.
Palavras chave: Representações sociais. Procampo. Licenciandos. Docência. Ser professor do campo.
Autor(a) Proponente: GILMAR LOPES DIAS
Endereço: José Ávila, 75 - Santana
Pindamonhangaba - SP CEP: 12403-160 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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84
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: A VISÃO DO ALUNO
Autor(es):
1
FLÁVIO DE LIGÓRIO SILVA
Considerando a experiência porque passam professores e estudantes, como estes últimos conceituam o docente enquanto sujeito
que exerce inúmeras atividades e desempenha diversificados papeis? Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa
qualitativa sobre representações sociais de estudantes do último ano do ensino fundamental sobre seus professores de
matemática. Representações sociais são teorias, saberes de senso comum que balizam gestos, atitudes, circunscrevem
pensamentos e emoções sobre a vida comum. Elas regem as condutas, estabelecendo como os sujeitos se comportarão perante
outrem e não são menos importantes que as teorias científicas produzidas na contemporaneidade. Investigou-se como os
professores figuram no imaginário dos estudantes, constituindo ideias, pensamentos, ou mesmo teorias. Em primeiro lugar,
percebe-se uma vinculação da imagem do professor ao conteúdo/disciplina que ele ensina. Desta forma, um professor de
matemática diferencia-se de um docente de outa disciplina, assumindo, nas representações, características do conteúdo que
ensina. Professores de matemática seriam mais rígidos, racionais, duros, exatos, características também inerentes à própria
matemática. Em segundo lugar, nota-se no senso comum o professor como único responsável pela realização do trabalho de
ensino, concepção esta denominada pedagogia centrada no professor. É como se professores e alunos fizessem parte de um jogo
com regras estabelecidas em que caberia ao professor transmitir todo o conteúdo e aos alunos apenas assimilar e reproduzir tudo
que ele fala e explica. As representações dos alunos mostram que, não somente eles não questionam a pedagogia empirista,
como esperam que ela aconteça. Quando uma aula não se dá por estes protocolos previamente estabelecidos, frustram-se as
expectativas dos alunos. É como se não fosse aula, como se o trabalho pedagógico não tivesse sido desenvolvido e o ensino não
houvesse ocorrido. A metodologia aqui adotada foi a realização de associação livre de palavras e entrevistas semiestruturadas,
com uso de análise de conteúdo para interpretação dos dados. Tal análise evidenciou que a representação que os alunos têm do
professor de matemática se assenta sobre três pilares: 1) O professor é aquele que explica. 2) O professor é aquele que responde
às dúvidas. 3) O professor é aquele que dá exercícios. Dadas as delimitações da própria pesquisa, podemos considerar que nos
discursos que estes alunos produzem e reproduzem sobre os seus professores, tudo aquilo que ele é, o é na tentativa de
satisfazer a essas características, ou ainda por faltar no cumprimento delas. Em sala de aula, o professor deve fornecer aos
alunos ideias, informações sobre um determinado assunto e isso é feito por meio da explicação da matéria. Os alunos concebem o
processo de ensino-aprendizagem centrado no professor, de modo que a pedagogia tradicional parece ser a única forma possível
de existir nas salas de aula. Os alunos atribuem importância à manutenção da ordem e da disciplina em sala de aula, não como
fim em si mesmo, mas como forma de otimizar a explicação. Quando um professor não estabelece padrões rígidos de
comportamento e disciplina, comete falta grave na visão dos alunos, pois eles não conseguirão “aprender direito”, conforme as
suas falas, o que pode ser traduzido como não apropriação de todas as informações sobre um determinado assunto. Durante as
explicações, ou mesmo na realização das atividades propostas pelo professor, os alunos vão apresentando dúvidas, e o segundo
papel que tem o professor é sanar tais dúvidas. O bom professor é aquele que sempre “tira dúvidas”. Seus alunos têm todas as
suas indagações e questionamentos respondidos por ele. Por fim, para verificar se a explicação fora suficiente e para exercer a
fixação dos conteúdos ministrados, o professor “dá exercícios”. Estes colocam os alunos à prova e verificam se eles não têm mais
dúvidas, ou ainda, servem para que “tirem as últimas dúvidas”, contribuindo para a assimilação do conteúdo a ser aprendido de
forma passiva. Pedagogicamente, tais representações sobre o professor de matemática e seu trabalho têm sérias consequências.
Cabe considerar que ao oferecer todas as explicações possíveis sobre um determinado assunto, o professor tende a eliminar o
processo de descoberta e produção do conhecimento científico do qual seus alunos deveriam participar. Antes de simples leitores
do conhecimento matemático, seria desejável que os alunos fossem também produtores de tais conhecimentos, chegando por si
próprios em considerações e generalizações sobre a matemática com o auxílio do professor.
Palavras chave: Representações sociais. Professor. Aluno.
Autor(a) Proponente: FLÁVIO DE LIGÓRIO SILVA
Endereço: Rua Adolfo John Terry - Centro
Corrente - PI CEP: 64980-000 - E-mail: [email protected]
1
- Instituto Federal do Piauí – UFPI, Campus Corrente
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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85
UMA PESQUISA COM DISCENTES DA LICENCIATURA DE HISTÓRIA/UFRN: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE
DOCÊNCIA
Autor(es):
1
MARIA DAS DORES DUTRA XAVIER
SILVIA REGINA PEREIRA DE MENDONÇA
A formação inicial se apresenta como etapa crucial para proporcionar ao licenciando, de qualquer área, o conhecimento de
saberes que fomentam e norteiam a docência. E nesse universo formativo, pressupõe-se, que o discente deixará de se vê
enquanto aluno e passará a ver-se como professor (PIMENTA, 2012). Dessa feita, a formação inicial se coloca como força motriz
na construção e fortalecimento da identidade do professor de história, à medida que lhe propicia o encontro com os diversos
saberes ligados à docência e atividades que geram reflexão e análise crítica das várias representações histórico- sociais
construídas e exercidas ao longo dos tempos sobre sua profissão. Todavia, o que se vê ainda, é que o professor recém- formado
nesta área sai ao mercado de trabalho sem uma identidade da profissão por ele definida, na verdade, sem perspectiva de saber
como exercer sua docência. Esse fato se justifica, talvez, pela forma como as licenciaturas foram sendo tecidas no Brasil, com
base no modelo 3 + 1, que ora privilegiava a categoria de bacharel, ora a de licenciado, o pesquisador ou professor,
respectivamente. Atualmente, no contexto do nosso estudo, apesar de se apresentar bastante claro os objetivos, determinações e
funções de cada modalidade ofertada na área de História, alguns dos discursos e relatos de discentes, partícipes da disciplina de
“Didática”, demonstram­nos que há uma indefinição sobre o que é ser professor, sobre docência, quando colocam que: “não serão
professores e sim, pesquisadores; sala de aula jamais”, “um grupo de pesquisa ou um laboratório, com certeza”. É no cerne
dessas questões e discussões em torno da formação inicial voltada a habilitar o professor de história que o trabalho em tela busca
enveredar-se, perspectivando compreender suas visões acerca da formação que lhes é ofertada, bem como, se esta tem
propiciado conhecimentos e competências que os levam a se ver como professor. Dessa forma, o presente trabalho tem como
objetivo: compreender as representações sociais sobre docência que licenciandos do Curso de História têm e partilham, da
modalidade presencial, do turno noturno, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Para respaldar o trabalho,
utilizamos como aporte teórico a Teoria das Representações Sociais de MOSCOVICI (2012; 2003) e referências que tratam de
identidade docente, elemento que compõem o fazer do professor, sua docência, como: TARDIF (2013), FREIRE (2006), PIMENTA
(2012). Já como aporte metodológico, empregamos a Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP) com a palavra estímulo
“Docência é” para um universo amostral de doze licenciandos, e para o seu tratamento foi utilizado Análise de Conteúdo de
(BARDIN,2011). A pesquisa tecida até aqui, se apresenta sob um viés qualitativo que permite reduzir a distância entre teoria e
dados, entre contexto e ação. Com base nos achados, identificamos que os participantes do universo amostral, apesar de
demonstrarem não querer desenvolver a docência, nos discursos enunciados, apresentam indícios e aproximações de uma
representação social de “docência” focada na imagem do próprio exercício da profissão, no ato de ensinar mesmo, cujo fazer está
ancorado numa perspectiva inatista, de vocação. Inferimos, ainda, que a representação social está alicerçada no viés tradicional
de conceber a docência, a qual não dá conta de responder a realidade atual que engloba essa profissão, onde só o ensino em
sala de aula se apresenta insuficiente. Na realidade, exercer a docência hoje, requer-se muito mais do que um saber fazer que se
limita apenas a um punhado de técnicas, ao contexto de sala de aula ou ao amor à profissão; isso é relevante, mas não o
suficiente. De fato, requer-se um profissional orientado desde a formação inicial para exercer uma postura crítica, reflexiva e
política para com a evolução e definição da profissão. Assim sendo, a pesquisa pretende, mesmo que inicialmente, motivar
discussões e pesquisas vindouras em torno das licenciaturas e em políticas formativas que se voltam a pautar e instituir formações
aos professores de história para se repensar e formular esta modalidade de ensino, na qual o licenciando possa constituir-se
professor, melhor preparado ao exercício da docência já na formação inicial.
Palavras chave: Representações sociais. Formação inicial. Docência. Licenciatura de história.
Autor(a) Proponente: MARIA DAS DORES DUTRA XAVIER
Endereço: Rua das Embarcações, nº 50, Ap. 305, Cond. Residencial Jangadas, Bloco 01 - Nova
Parnamirim - RN CEP: 59152-822 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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86
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E PRÁTICAS EDUCATIVAS EM ÁREAS RURAIS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
– PR
Autor(es):
1
MARIA CRISTINA BORGES DA SILVA
O artigo traz algumas reflexões e resultados que norteiam a pesquisa sobre Educação Ambiental nas escolas localizadas no
campo, em dez municípios da Região Metropolitana de Curitiba – Pr., a saber: Almirante Tamandaré, Adrianópolis, Bocaiuva do
Sul, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Dr. Ulisses, Rio Branco do Sul, Tunas do Paraná. É um subprojeto de
pesquisa que se insere num projeto maior, intitulado "Educação do Campo na Região Metropolitana de Curitiba - RMC:
Diagnóstico, Diretrizes Curriculares e Reestruturação dos Projetos Político Pedagógicos”, do Programa de Pós­Graduação em
Educação, da Universidade Tuiuti do Paraná- UTP, e vem sendo desenvolvido por uma equipe de pesquisadores que incluem
professores pesquisadores, mestrandos e doutorandos, assim como alunos da graduação em Pedagogia da UTP. O referido
projeto é financiado pela CAPES, e é coordenado pela Professora Doutora Maria Antônia de Souza, juntamente com Secretarias
Municipais de Educação da Região Metropolitana de Curitiba. Vem sendo desenvolvido desde março de 2013, com término em
dezembro de 2016. O subprojeto de pesquisa visa contribuir, com os aspectos centrais do projeto maior, a partir de uma Educação
Socioespacial, como proposto por Silva (2012), na qual busca tanto na educação formal, como na educação não formal, para
educandos e educadores, a interpretação do espaço vivido. O delineamento teórico e metodológico se dá por meio da Teoria da
Representações Sociais elaborada por Serge Moscovici e seus seguidores. A referida Teoria vem sendo utilizada e discutida por
inúmeros pesquisadores em diversos países e nas mais variadas áreas do conhecimento, nos possibilitando o contato com
pesquisas, que apontam resultados importantes que desvelam representações sociais, e nos orientam para construção de novos
conhecimentos. Na educação, resultados de pesquisas apontam as relações entre representações e práticas sociais, como
movimento e circulação que estão na vida e são para vida dos diferentes grupos sociais, justificando posicionamentos e
comportamentos. Por conseguinte, é necessário compreender que a prática social parece operar como uma engrenagem, que
desencadeia a dinâmica das RS, e que por vezes, faz evoluir as representações à medida que determinadas práticas sociais se
desenvolvem. Mesmo considerando, que a apreensão de uma representação é produzida e reproduzida, como também pode ser
construída historicamente, e ser variável no tempo e no espaço e por isso estão em constante mutação. Sendo assim, a Teoria
das Representações Sociais podem contribuir para reflexões das práticas educativas e da formação docente, uma vez que se
preocupa em como o conhecimento banal circula na comunicação e propaga à cultura e à identidade de um grupo. Algumas
discussões educacionais são cada vez mais suscitadas, devido à emergência de suas abordagens. Como é o caso da Educação
Ambiental e da Educação do Campo. Embora as Políticas Públicas voltadas a estas temáticas já estejam sendo debatidas há
vários anos no Brasil, ainda o assunto não está esgotado, principalmente, por entendermos que ainda há muito para avançarmos,
notadamente se considerarmos o espaço vivido, em municípios caracterizados por intensa ruralidade e vulnerabilidades
econômicas, sociais, ambientais e espaciais, como é o caso dos municípios estudados. As discussões procuram problematizar
representações sociais que foram historicamente construídas e que estão presentes até os dias de hoje e se reflete em práticas e
processos educativos. Essas questões mencionadas, pioram significativamente, quando a Educação Ambiental é aliada as
discussões relacionadas a Educação do Campo, sem considerar os documentos oficiais que lhes dão suporte. Especialmente
quando consideramos a Região Metropolitana de Curitiba, que passa a exigir, na década de 70, junto com as demais áreas
metropolitanas no país, e que visava naquele momento, reorganizar a expansão urbana, que apontava para o desenvolvimento
urbano, via integração econômica e urbana, metropolitana e regional, sem considerar as tradições, a cultura e as identidades
locais. Os resultados obtidos apontam que as representações sociais em relação ao campo, ao Movimento de Trabalhadores
Rurais sem Terras, vêm se orientando a partir da visão negativa historicamente construída no Brasil, e que as questões
socioambientais, se orientam ainda por uma visão conservadora/naturalista/pragmática, sem considerar as tramas da vida, no
espaço vivido. Sendo assim, é necessário construir novos conhecimentos sobre as questões socioambientais, sobre o campo,
considerando o lugar vivido como territórios de pertencimento, e que estes provoquem novas indagações e reflitam em novas
práticas pedagógicas e cotidianas.
Palavras chave: Educação socioespacial. Educaçãoambiental. Educação do campo.
Autor(a) Proponente: MARIA CRISTINA BORGES DA SILVA
Endereço: Rua Virgínio Arcie, 476 - Capivari
Colombo - PR CEP: 83415-140 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Tuiuti do Paraná- UTP
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
87
RECREIO E SALA DE AULA: QUAIS AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS FUTUROS PEDAGOGOS SOBRE ESSES
ESPAÇOS?
Autor(es):
1
ALINE REJANE CAXITO BRAGA
Esta pesquisa buscou identificar e compreender os conteúdos e a estrutura das representações sociais dos licenciandos de
Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso sobre a salade aula e o recreio. Como aporte teórico utilizou-se a Teoria das
Representações Sociais de Serge Moscovici (1978; 2003) na sua articulação com a noção de representação sócio­espacial de
Jodelet (2002), e a Teoria do Núcleo Central de Abric (1998). Do ponto de vista metodológico o estudo utilizou-se de
questionários, referente aos dados sócio demográficos e da técnica de Associação Livre de Palavras a partir de expressões
indutoras Estar na sala de aula e Estar no recreio. Participaram da pesquisa 205 discentes do primeiro ao quarto ano. Os dados
sócio demográficos foram organizados a partir da variável ano, de acordo com a frequência. A análise dos dados considerou duas
etapas de processamento articuladas entre si: análise de conteúdo das evocações com formação de categorias semânticas e
análise do quadro de elementos estruturais a partir do Ensemble de programmes permettant l’analyse des evocations (EVOC), na
qual os dados foram organizados segundo o critério de Ordem Médiade Evocação e Ordem Média de Importância, o que propiciou
a avaliação do impacto da racionalização na configuração dos elementos estruturais. Ainda nesta etapa foi realizado o cruzamento
da variável ano, permitindo a análise de aspectos associados ao fenômeno da focalização. Os dados configuram que o grupo
pesquisado é formado por pessoas jovens. Praticamente, a metade deles trabalha. Os acadêmicos do primeiro ano estão mais
engajados nos movimentos religiosos, enquanto os do segundo e terceiro se dedicam às atividades acadêmicas. Os licenciandos
do segundo e quarto ano trabalham na área de Educação. Assim, pode-se perceber que os anos formam subgrupos distintos, com
práticas, e níveis de envolvimentos sobre o curso diferentes. Os resultados evidenciaram que, para os licenciandos, enquanto a
sala de aula é o espaço com ênfase na Dimensão Intelectual, com o foco em aprender e estudar, o recreio é Bem-estar, isto é,
descanso e diversão. Desse modo, percebe-se funções bem estabelecidas para os espaços escolares que remetem à análise da
contradição entre obrigação e prazer. Apesar da sala de aula ser compreendida como o lugar da obrigação, a categoria Bem-estar
também está presente na sala de aula e refere-se a uma dimensão simbólica do significado de estar na sala de aula da UFMT que
possibilita, no presente, a formação profissional e, no futuro, trabalho. Já a categoria Mal-estar refere-se às dificuldades
vivenciadas no local que aludem aos aspectos da obrigação como o aspecto cansativo visto a focalização do quarto ano nesses
atributos. O cansativo para os acadêmicos refere- se às questões voltadas à organização curricular e metodológica do curso de
Pedagogia. O recreio foi representado como lugar composto por cenários tais como o lanche, a conversa, a brincadeira, o
descanso. Os significados desses denunciaram os rituais de disciplinarização que se encontram no interior da sala de aula e
apresentaram a função utilitarista do recreio. Na representação do recreio, pode-se perceber uma subtração do Mal-estar,
anunciada inicialmente apenas pelo terceiro ano, compreendida, pelos acadêmicos, como a possibilidade de os alunos se
machucarem e causarem doenças nos professores. Tanto na sala de aula, quanto no recreio, os licenciandos buscaram, por meio
do exercício de racionalização, amenizar significados referentes ao Mal-estar em um movimento de preservar os aspectos
associados ao Bem-estar, evidenciando a função justificadora e identitária da representação social. Os licenciandos ao
representarem esses dois objetos, ora assumiam o papel de aluno, ora de professor. Então, pode-se pressupor que essa cisão
apresentada trata-se de uma identidade transitória que aos poucos vai se definindo como identidade docente. De forma geral, a
análise de dados explicita a dicotomia entre trabalho e diversão presentes nos espaços escolares. Entretanto essa diversão
presente no recreio deve favorecer a produção entendida como busca de conhecimento que ocorre na sala de aula.
Palavras chave: Representações sociais. Licenciandos de pedagogia. Sala de aula. Recreio.
Autor(a) Proponente: ALINE REJANE CAXITO BRAGA
Endereço: Rua Santo Antonio - Cavalhada
Cáceres - MT CEP: 78200-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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88
O ENSINO DA GEOMETRIA E SUA HISTORICIDADE
Autor(es):
1
KARINA ALVES BIASOLI STANICH
CLARILZA PRADO DE SOUSA
A partir do estudo dos principais marcos históricos que envolveram a apropriação da Geometria pela escola e sua transformação
de disciplina escolar em conteúdo/ramo da Matemática foi possível compreender que ao longo do tempo a Geometria e o seu
ensino passaram por períodos que se alternaram entre a extrema valorização, impulsionados por razões de ordem econômica,
social e política, sobretudo a partir do desenvolvimento industrial que exigia mão de obra qualificada para a produção de novas
máquinas, e outros marcados pelo seu desprestígio e consequente abandono, acarretando, inclusive, diferenciações na
estruturação curricular entre as escolas da rede pública e privada. Considerando que o objeto representacional possui sua própria
história, o presente estudo, desenvolvido sob o aporte teórico da Teoria das Representações Sociais, teve por objetivo trazer uma
maior compreensão sobre a estrutura e os movimentos de manutenção e transformação das representações sociais que os
professores do 5º ano possuíam sobre a Geometria e seu ensino. O ensino da Geometria, aqui considerado como objeto de
representação social, permitiu um mergulho nos contextos de produção e circulação das informações veiculadas pelas reformas
educacionais brasileiras, e por meio do estudo da temática presente nas políticas públicas de educação, implementadas desde a
Reforma Pombalina, em 1772, até os dias atuais. Por meio de entrevistas semi-estruturaras realizadas junto a vinte quatro
professores do 5º ano do Ensino Fundamental, foi possível tomar o objeto representacional como produto cultural, remontando
suas origens e desnaturalizando sua maneira atual de concebê-lo. Costurando o tecido que sustentava os elementos constituintes
das representações sociais que os professores participantes possuíam acerca da Geometria e seu processo de ensino e
aprendizagem, foi possível identificar uma preponderância dos elementos que decorriam das políticas públicas de orientação
curricular e de formação inicial, que não contemplavam diretrizes claras sobre o currículo que deveria ser desenvolvido, bem como
os conhecimentos específicos sobre os conteúdos que necessitavam ser ensinados, e que foram localizados em momentos
históricos distintos e não lineares de apropriação da Geometria pela escola. Das falas dos professores entrevistados foi possível
identificar elementos que remetiam aos anos de: 1931, com a reforma Francisco Campos que propôs a unificação do ensino da
Álgebra, da Aritmética e da Geometria, dando origem a uma nova disciplina denominada “Matemática” e que para os anos iniciais
defendia um ensino propedêutico e de caráter experimental; 1980, com Movimento da Matemática Moderna, que tinha por objetivo
aproximar o ensino da ciência, tornando a Matemática útil ao desenvolvimento da ciência, da técnica e da economia moderna,
mas que resultou no completo abandono dos conteúdos teóricos em nome de uma maior significação para os alunos; 1961, com a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei 4.024/1961), que reduziu e limitou o número de matérias a serem
trabalhadas no Ensino Fundamental, resultando no desenvolvimento de um trabalho superficial com os conteúdos tanto da
Geometria quanto do Desenho, além de exacerbar ainda mais o distanciamento entre ambos; 1971, com a Lei de Diretrizes e
Bases (Lei 5.692/1971) que, entre outras determinações, reduziu a disciplina denominada Desenho à qualidade de conteúdo a ser
trabalhado dentro da “atividade educativa” (de caráter não obrigatório) denominada Educação Artística, que deveria englobar as
áreas da expressão corporal, expressão musical e plástica, e o retirou dos exames vestibulares; 1996, com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996), que propõe nova tentativa de retorno do ensino da Geometria nas séries iniciais da
Educação Básica, mas cuja ênfase recaiu sobre os aspectos empíricos da Geometria, acabando por não levar em consideração a
parcela referente ao raciocínio dedutivo. Considerando as representações sociais, a partir de sua complexidade, sempre inscritas
dentro de um referencial de pensamento preexistente, decorrente de sistemas de crenças, ancorados em valores, tradições e
imagens do mundo e da existência, os resultados demonstraram que há a manutenção de elementos históricos de uma
representação que se reflete na presença de um ensino essencialmente prático e cindido dos conceitos geométricos e sua teoria,
e que resultou na redução e deslocamento dos objetivos de ensino e dificultaram, aos alunos, a apropriação de porções gradativas
do pensamento geométrico.
Palavras chave: Representações sociais. Historicidade. Geometria.
Autor(a) Proponente: KARINA ALVES BIASOLI STANICH
Endereço: Rua victor Brecheret, 520, t. 6, apto. 8-b. - Vila Yara
Osasco - SP CEP: 06026-000 - E-mail: [email protected]
1
- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUCSP/ Fundação Carlos Chagas- FCC
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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89
O ENSINO DA GEOMETRIA: ANÁLISE DA PRODUÇÃO ACADÊMICA ENTRE 2000 A 2012
Autor(es):
1
KARINA ALVES BIASOLI STANICH
CLARILZA PRADO DE SOUSA
O ensino da Geometria, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, é um tema ainda pouco explorado e embora exista consenso
entre os educadores sobre a importância do ensino da Geometria desde as séries iniciais, o mesmo não se verifica em relação à
metodologia e aos conteúdos que devem ser contemplados em cada etapa de ensino. Reduzida, relegada ao final do ano letivo,
praticamente abolida da grade curricular das escolas públicas e privadas, e hierarquizada dentre os demais conteúdos
matemáticos, a Geometria constituiu-se, historicamente, por meio das políticas educacionais nacionais, como conteúdo de
segunda categoria que resultou dentre outros aspectos, no ensino de caráter propedêutico para os anos iniciais do Ensino
Fundamental que desconectado dos conceitos e teorias que fundamentam seu ensino tem se revelado, negativa e fortemente, por
meio do baixo desempenho dos alunos. Como parte de um estudo mais amplo, o recorte ora apresentado parte do levantamento
bibliográfico realizado em 2012, quando verificou-se um reduzido número de livros e artigos científicos publicados sobre o tema no
Brasil, sobretudo em relação ao ensino da Geometria nos anos iniciais do Ensino Fundamental, e que, dentre as obras
localizadas, apresentavam um caráter prescritivo que não comportava um detalhamento acerca das relações que deveriam ser
estabelecidas entre os conteúdos e os conceitos geométricos, os objetivos do seu ensino, a historicidade própria do objeto, as
atividades propostas e a aprendizagem dos alunos. Considerando que a Geometria foi um dos ramos da matemática que mais
sofreu cortes e reduções ao longo de sua apropriação como conteúdo escolar, ensejando representações específicas sobre seus
conteúdos, o presente estudo teve por objetivo analisar a produção acadêmica desenvolvida entre os anos de 2000 a 2012, a
partir da temática Representações Sociais de professores do Ensino Fundamental sobre o ensino da Geometria, a fim de trazer
uma melhor compreensão sobre os estudos, que desenvolvidos sob o aporte teórico das Representações Sociais, abordaram a
temática; e iluminar os campos que ainda necessitam ser explorados. Desenvolvido a partir de busca realizada no portal da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes, foram quantificadas as dissertações e teses localizadas
a cada ano. Contando com a leitura na íntegra dos trabalhos localizados; com a análise dos títulos, as palavras chave de cada
trabalho, bem como os resumos disponibilizados, procedeu-se à análise de conteúdo dos materiais que mantinham relação com
os anos iniciais do Ensino Fundamental. Os resultados demonstraram que há ainda uma pequena produção sobre a Geometria
nos anos iniciais do Ensino Fundamental e até o ano de 2012 nenhuma tese ou dissertação havia tomado as representações
sociais de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental sobre o processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos
geométricos, por objeto de investigação. Tal estudo permitiu vislumbrar que embora tenha havido um crescimento significativo das
pesquisas desenvolvidas sob o aporte teórico das Representações Sociais há ainda, na área da Matemática, um amplo espaço de
investigação que necessita ser explorado, sobretudo em relação aos anos iniciais do Ensino Fundamental e ao processo de
ensino e aprendizagem dos conteúdos geométricos.
Palavras chave: Representações sociais. Geometria. Ensino fundamental.
Autor(a) Proponente: KARINA ALVES BIASOLI STANICH
Endereço: Rua victor Brecheret, 520, t. 6, apto. 8-b. - Vila Yara
Osasco - SP CEP: 06026-000 - E-mail: [email protected]
1
- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUCSP/ Fundação Carlos Chagas- FCC
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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Teresina/Piauí/Brasil
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90
REFLETINDO SOBRE O ATO DE ENSINAR: A CONTRIBUIÇÃO DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Autor(es):
1
CAMILA RODRIGUES DOS SANTOS
ELDA SILVA DO NASCIMENTO MELO
O ato de ensinar está presente na vida do ser humano desde o seu nascimento. Em nossa sociedade essa função foi atribuída
institucionalmente aos professores, que para tanto precisam desenvolver diversas competências de diferentes ordens, com vistas
ao alcance do objetivo maior do ensino que é a aprendizagem. Ao ensinar o professor necessita agregar à sua prática demandas
de ordem política, legal, social, econômica, pessoal e profissional. Assim, identificamos o ato de ensinar como uma tarefa
complexa e que suscita grandes desafios. Com o surgimento da Pedagogia enquanto ciência da educação, além das
contribuições de outras ciências, as experiências e as vivências do ser professor passam a ser valorizadas, possibilitando
organizar o pensamento das práticas docentes e da formação de professores. Em meio a essa formação docente e, a partir do
estudo de diversos métodos e técnicas historicamente produzidas, a tônica passa a ser como ensinar. Assim, o professor em seu
processo de formação e diante das propostas pedagógicas da instituição de ensino em que leciona deve definir um modelo que
considera adequado e capaz de concretizar a aprendizagem por meio do processo de ensino. A partir de um resgate histórico
sobre a formação docente em nosso país, analisamos a atuação do professor em sala de aula, embasados na literatura posta e na
teoria das representações sociais (MOSCOVICI, 1978). De acordo com Nóbrega (2001) uma representação social é uma instância
intermediária entre conceito e percepção, onde se situa sobre as dimensões de atitude, informações e de imagens, contribuindo
para formação das condutas e orientação da comunicação social, pelo qual se conduz a processos de objetivação, de
classificação e de ancoragem. Portanto, pretendemos desvelar como está ancorada a ação docente no fazer do professor. Estaria
este fazer caracterizado por um ensino tradicional? Há por parte destes professores uma preocupação com a aprendizagem, como
pressupõe os novos paradigmas educacionais? Há uma representação social construída sobre o que é ensinar? Para responder
tais indagações, esse trabalho buscou apontar indícios de representações sociais sobre o que é ensinar para professores da rede
municipal de Natal/RN. A partir de uma breve trajetória sociohistórica do ser professor e da função de ensinar no Brasil, que
propomos a Teoria das Representações Sociais como contribuição para a reflexão sobre o ato de ensinar, essência da prática
docente na escola. O lastro teórico deste estudo se deu pautado em revisão bibliográfica e documental, envolvendo os autores
Tardif (2000), Perrenoud (2000), Anastasiou (2003), Morin (2000) entre outros, os quais contribuem para se (re)pensar o ato de
ensinar e sua evolução, historicamente construída em nosso país. Analisamos ainda, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDB n. 9394/1996 no tocante a temática. Utilizamos a Teoria das Representações Sociais a partir dos estudos de
Moscovici (1978, 2012) e Jodelet (2001) entre outros. Partindo dessas teorizações, empregamos a abordagem estrutural das
representações sociais (ABRIC, 1998) como princípio teórico- metodológico. Para tanto, lançamos mão da Técnica de Associação
Livre de Palavras – TALP, tendo em vista captar as representações sociais dos professores do município de Natal sobre ensinar.
Esta técnica se constituiu como instrumento de coleta de dados, tendo por termo indutor a frase “ensinar é...”. Para tratamento
desses dados, realizamos a análise de conteúdo, procedendo a categorização das palavras evocadas, por campo semântico
(BARDIN, 2004). Este trabalho se mostra relevante, na medida em que permite refletir sobre o ato de ensinar, em sua
complexidade, e não como uma ação isolada, a cargo de cada professor, mas estabelecendo diálogos com a pesquisa e com os
novos paradigmas (im)postos aos professores na atualidade. A Teoria das Representações Sociais auxiliou na percepção acerca
de como os sujeitos constroem os sentidos sobre sua ação na sala de aula, bem como as implicações desta ação na
aprendizagem e melhoria da qualidade da educação.
Palavras chave: Ensino. Representações sociais. Formação de professor.
Autor(a) Proponente: CAMILA RODRIGUES DOS SANTOS
Endereço: rua Pantanal, 150 - Res. Vila Verde, Torre Lírio, apto 701 - Nova Parnamirim
Parnamirim - RN CEP: 59150-010 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
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91
POLICIAIS MILITARES FORMADOS NA PMDF E SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ACERCA DO ENSINO E FORMAÇÃO
POLICIAL
Autor(es):
1
DANIELE ALCÂNTARA NASCIMENTO
TERESA CRISTINA SIQUEIRA CERQUEIRA
THIAGO GOMES NASCIMENTO
A presente pesquisa tem origem em estudos exploratórios de cunho qualitativo realizados com policiais militares formados a partir
de 2009 na Polícia Militar do Distrito Federal e visa perceber as representações sociais que os mesmos têm do ensino e formação
policial. Considera-se como sujeitos para esta pesquisa policiais que entraram na PMDF após 2009 tendo como marco a exigência
de nível superior para ingresso na Corporação a partir da graduação de soldado e possíveis mudanças do ensino com a entrada
de policiais que já possuíam alguma especialidade. Para tanto, temos como referencial a teoria das representações sociais (TRS),
originada dos estudos de Serge Moscovici (1961), sendo uma teoria que estuda e constrói um saber sobre aqueles fenômenos
sociais que se tornaram sujeitos de interesse público. As representações sociais acabam por funcionar como um sistema de
interpretação da realidade nas relações dos indivíduos com o seu meio físico e social, determinado comportamentos e práticas,
guiando ações e pré-codificando a realidade num conjunto de antecipações e expectativas. Para descobrir as representações
sociais que policiais militares têm da formação e ensino na PMDF foram realizadas 16 entrevistas semiestruturadas. Por meio da
análise de conteúdo das entrevistas de acordo com Bardin (2010) identificou-se categorias temáticas para melhor compreensão
dos dados. Os resultados apontaram que, nas representações sociais destes policiais, o ensino é satisfatório e proporciona o
sentimento de união do grupo. No entanto, os policiais afirmam terem recebido, em alguns momentos, um tratamento muito rígido
e desnecessário para os objetivos da formação. Na formação, a hierarquia se estabelece em sala no contato professor-aluno,
havendo uma consciência do sistema disciplinar e das possíveis punições advindas de transgressões. Os policiais ressaltam que
no período do curso de formação possuem desafios que incluem a pressão psicológica e uma autonomia limitada. As
representações sociais dos sujeitos atribuem ao ensino uma diversificação de matérias entre questões teóricas e práticas.
Relacionado a isto, os policiais ressaltam que desde a formação trabalham na atividade de rua visando o ensino prático da
atividade operacional, além de outras atividades que desempenham. Os policiais representam o ensino policial como aquele que
exige do aluno um bom desempenho e dedicação exclusiva aos cursos. A capacidade técnica é valorizada durante as aulas, a
qual inclui, segundo os mesmos, treinamento constante vinculado à prática policial. Percebe-se que as representações sociais dos
sujeitos da pesquisa estão relacionadas diretamente às práticas pedagógicas e ao conhecimento do que os sujeitos consideram
como “importante” para o exercício da profissão após a formação, ou seja, há uma representação social do ensino policial em
torno da ideia do que é útil ou não para ser um policial, no sentido de que aquilo que os policiais aprenderam no curso e usaram
após a formatura, já como profissionais, os mesmos consideram como “bom e útil” e aquilo que serviu apenas como fonte de
sofrimento e angústia, mas que os mesmos não reconhecem uma real aquisição de conhecimento por meio das atividades que
proporcionaram estes sentimentos, eles consideram “dispensáveis”. Conclui­se que as representações sociais de policiais
militares formados após 2009 na PMDF se formam relacionadas às crenças, valores e imagens da PMDF, abrindo caminho para
discussões acerca de diferentes demandas em relação ao ensino e formação. Este pensamento coloca em debate a necessidade
da profissionalização da polícia e da melhoria da formação e aperfeiçoamento profissional dos policiais.
Palavras chave: Representações sociais. Policial militar. Formação. Ensino. PMDF.
Autor(a) Proponente: DANIELE ALCÂNTARA NASCIMENTO
Endereço: Rua 18 Norte Lote 07 Apt 102 Ed. Riviera - Águas Claras
Brasília - DF CEP: 71910-720 - E-mail: [email protected]
1
- Instituto Superior de Ciências Policiais-PMDF
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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92
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A SOCIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO
Autor(es):
1
SHEYLA CHARLYSE RODRIGUES DE OLIVEIRA
ELDA SILVA DO NASCIMENTO MELO
Os campos de estudos que envolvem a Teoria das Representações Sociais crescem significativamente, principalmente no cenário
brasileiro. Nesse contexto, ascendem também o número de pesquisas que fazem uso desse arcabouço teórico para compreensão
de fenômenos relacionados ao campo educacional. Tal crescimento justifica-se, pois as representações sociais constituem-se a
partir de explicações, valores, conceitos que são construídos socialmente, no cotidiano dos sujeitos, no curso de suas
comunicações dentro de seus grupos (JODELET, 2000), o que atende, portanto, a pluralidade das insígnias nos estudos na área
educacional. Dito isto, chamamos a atenção para a Teoria das Representações Sociais como um dos possíveis mecanismos de
leitura da realidade, nesse caso, buscando compreender e fundamentar as discussões a respeito da Sociologia no Ensino Médio
brasileiro. Com uma trajetória particular e intermitente, o ensino da Sociologia no Brasil, que atualmente é obrigatório no Ensino
Médio, apresenta-se como um campo fecundo de estudos, considerando a representação social da Sociologia no Ensino Médio, a
partir da sua (re)inserção no currículo. Propomos, neste trabalho, uma análise de duas produções que fazem uma reflexão sobre o
ensino de Sociologia, por intermédio da teoria fundada por Serge Moscovici, mas que partem de duas perspectivas diferentes: um
discorre sobre o que pensam professores e o outro, o que estudantes ponderam sobre a presença da Sociologia na Educação
Básica. Para esta investigação foram contempladas as dissertações, respectivamente, de Santos (2002) e Reses (2004), ambas
realizadas em Brasília. Nesta pesquisa de caráter exploratório, foram analisados os objetos de estudo, as metodologias utilizadas
e os resultados obtidos. Por intermédio desse percurso, pretendemos discutir a relevância dos estudos e as principais
contribuições envolvendo as discussões acerca do ensino de Sociologia no Brasil. Destacamos que os dois trabalhos foram
realizados antes da obrigatoriedade da Sociologia no Ensino Médio e, estiveram na vanguarda das discussões que articulam o
ensino dessa disciplina e as representações sociais. No trabalho de Santos (2002) foram pesquisados 24 professores da rede
pública do Distrito Federal, divididos entre aqueles que possuíam e os que não possuíam formação na área, e suas
representações sobre a Sociologia no Ensino Médio. Além dos teóricos da Sociologia, o autor pautou-se, efetivamente, em Serge
Moscovici (1961) e Willen Doise (1992, 1994, 2002) para encaminhar suas análises acerca das representações que os
professores têm sobre a referida disciplina no Ensino Médio. Para operacionalizar seu trabalho, fez entrevistas na modalidade de
grupo focal buscando reproduzir situações de conversas cotidianas, onde as representações sociais são veiculadas. Os dados
foram analisados em três etapas, em consonância com a proposta teórico-metodológica de Doise (2002), em que no primeiro
momento foram feitas as aproximações do conteúdo das representações e, em seguida, buscou-se as possíveis diferenciações
entre os dois grupos de professores. Por último, realizou- se uma análise de fatores sociológicos que pudessem fundamentar
estas diferenciações. Para tal, Santos (2002) fez uso do software ALCESTE, que se dá por sucessivas divisões do texto
identificando as oposições mais evidentes entre as palavras do texto e, em seguida, extrai as classes de enunciados
representativos. Já na dissertação de Reses (2004) foram pesquisados 79 alunos, de diversos contextos e suas representações
sociais sobre a Sociologia. Este trabalho tem um percurso teórico- metodológico muito próximo ao anterior, fundamentando-se nos
estudos de Moscovici (1977, 1981, 2001) e Doise (1992, 1994, 2001), também fazendo uso das entrevistas em grupo focal,
analisando os dados em três etapas e utilizando o ALCESTE para esta análise. As representações sociais, conforme Moscovici
(2000), ajudam na construção da identidade de um grupo e, dessa forma, é um elemento a ser considerado na (re)inserção da
Sociologia no currículo do ensino médio. Para compreender os sentidos atribuídos a esta disciplina buscamos verificar sua
construção identitária, seja por intermédio das representações dos professores, seja pela representação dos estudantes.
Percebeu-se, a partir dos estudos, que a representação social dos referidos sujeitos referenciaram a Sociologia como uma forma
de exercício da cidadania. Assim, consideramos que estes estudos estreiam um campo de pesquisa relevante quando pensam, a
partir da Teoria das Representações Sociais, o que significa a Sociologia no Ensino Médio no Brasil. Portanto, possibilitaram
suscitar reflexões que incitaram a construção de debates envolvendo esta temática, com rebatimentos nos estudos desenvolvidos
ao longo dos anos posteriores.
Palavras chave: Representação socia. Sociologia no ensino médio. Educação.
Autor(a) Proponente: SHEYLA CHARLYSE RODRIGUES DE OLIVEIRA
Endereço: Avenina Maria Lacerda Montenegro, 515, Condomínio Panamericano - Nova Parnamirim
Parnamirim - RN CEP: 59152-600 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
93
AS EXPERIÊNCIAS DOS LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA ATUANTES NO PIBID E SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
SOBRE O ENSINO DE MATEMÁTICA
Autor(es):
1
SILVIA REGINA PEREIRA DE MENDONÇA
MARIA DAS DORES DUTRA XAVIER
ERIKA DOS REIS GUSMÃO ANDRADE
O trabalho em tela objetiva entender as representações sociais dos licenciandos sobre o ensino de Matemática e elencar os
benefícios do PIBID para sua formação. Os futuros docentes têm a oportunidade de desenvolver suas práticas de ensino de
acordo com a necessidade da era contemporânea e da realidade escolar. Sob essa meta, a pesquisa contou com a participação
de quinze licenciandos de Matemática do IFRN, campus Santa Cruz - RN, todos bolsistas do PIBID atuantes no Ensino Médio, em
três escolas Estaduais. Esse trabalho foi fecundado com base na Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 2009; 2012 e
JODELET, 2001), tendo como aporte metodológico a técnica dos grupos focais (GATTI, 2005 e BARBOUR, 2009), entrevista
semiestruturada (MANZINI, 2003) e o processo hermenêutico-dialético (OLIVEIRA, 2010). Nosso pressuposto é de que os
confrontos entre o aprendido no contexto universitário e as práticas desenvolvidas na escola interferem fortemente no campo
representacional sobre o ensinar e sobre a docência para esses discentes. Essa interferência ocorreria através dos processos de
ancoragem e objetivação reificados a partir da dinâmica reflexão-ação. Para analisarmos os discursos dos partícipes utilizamos a
Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011) como via de tratamento dos dados de acordo com as etapas propostas: categorização,
descrição e interpretação. A abordagem metodológica foi organizada através de reuniões de diálogo e entrevistas
semiestruturadas em um processo interativo. Os resultados evidenciam a importância que o programa proporciona para a
formação dos licenciandos e para o desenvolvimento das suas práticas de ensino. Em análises iniciais, verificamos a dificuldade
dos licenciandos em se apropriar do conteúdo do curso, função de resistência (BAUER, 1994) da RS, tendo em vista as
representações construídas sobre o objeto de aprendizagem, pois consideram excessivamente complexo, e acham desnecessário
ao ensino na realidade escolar da Educação Básica. Essa análise inicial levanta a hipótese de que seja esse o motivo primordi al
da elevada evasão desses estudantes no referido curso e consequentemente a ausência de profissionais formados na área.
Dessa forma, se apresenta numa configuração de uma Representação Social de Matemática e não de Ensino de Matemática. Isso
fica explícito quando os participantes ao se reportarem ao Ensino de Matemática se referem a disciplina Matemática como algo
difícil, confuso e desinteressante, evidenciando as marcas da ancoragem desse objeto (MOSCOVICI, 2009). Reiteramos, portanto,
que a representação dos sujeitos tem como matriz produtora de sentidos a dificuldade de aprender a matemática e não de
ensiná-la. De acordo com os relatos apresentados pelos bolsistas, o PIBID é um programa que propicia aos graduandos a
oportunidade de aproximação da realidade vivida no exercício da docência, pois, por intermédio da observação e convivência
desenvolvem suas próprias metodologias de ensino, conhecendo o real ofício de ser professor, tendo em vista, que o PIBID
possibilita um embasamento teórico e prático para as experiências que permeiam o contexto escolar, além de aproximar os
licenciandos dos conteúdos trabalhados na Educação Básica, através de novas práticas, o que nos permite reconhecer indícios de
construções/transformações no campo representacional sobre o referido objeto. Sendo assim, verificamos a possibilidade dos
licenciandos chegarem ao desprendimento de modelos padronizados e modificarem sua atuação, o que denota mudanças nos
processos de ancoramento do objeto representado. Através da articulação entre teoria e prática, eles aprendem a lidar com as
dificuldades diárias da profissão e a desenvolverem metodologias que facilitem o processo de ensino-aprendizagem. Os bolsistas
de iniciação à docência afirmam que as atividades do PIBID, no que tange a articulação entre a teoria e a prática, auxiliam no
combate à desmotivação de alunos e professores, apresentam inúmeras metodologias que ajudam a mostrar aos alunos a
importância da aprendizagem em Matemática para a vivência diária. Assim, destacamos a importância de vivenciar, refletir e
reconstruir as práticas pedagógicas através das experiências exitosas proporcionadas pelo programa, possibilitando aos
envolvidos o partilhar de vantagens, de estratégias, de desafios e de dificuldades referentes ao Ensino da Matemática. Esse
processo desencadeado na formação inicial, de certa forma, contribui à promoção de um ensino inovador, significativo e
democrático aos discentes, buscando a superação dos desafios postos ao professor do século XXI, mais ainda, permite, no
processo formativo, o confronto com as representações sociais sobre o ensinar e o objeto de ensino estabelecido, provocando
conflitos cognitivos que podem contribuir para transformações representacionais (Wagner, 1998).
Palavras chave: Educação matemática. Representações sociais. Formação de professores. PIBID.
Autor(a) Proponente: SILVIA REGINA PEREIRA DE MENDONÇA
Endereço: Rua Monte Rei, 511 casa 08 - Condomínio Base Forte - Planalto
Natal - RN CEP: 59073-150 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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94
ENSINO DE ARTE E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: A REALIDADE DE JATAÍ
Autor(es):
1
MELINA COUTINHO FERREIRA
ROSELY RIBEIRO LIMA
Resumo Este trabalho compõe nossa pesquisa de mestrado em educação que trata das representações sociais de professores
sobre o ensino da arte e suas implicações na prática docente. A pesquisa foca a questão da compreensão docente sobre o ensino
de arte no contexto de sua atuação profissional e as representações sociais que lhes são constitutivas. Dessa maneira, nosso
objetivo é compreender o ensino de arte da rede pública de Jataí, município do interior de Goiás, a partir da identificação de
representações sociais de professores atuantes na disciplina de arte. O levantamento inicial realizado em 2014 junto à Secretaria
Municipal de Educação e a Subsecretaria Estadual de Educação mostrou, como dados iniciais da pesquisa, que apenas 1 do total
de 27 professores atuantes na disciplina de Arte, possuía formação específica. Ao contatarmos as 13 escolas estaduais e as 6
escolas municipais que oferecem o ensino fundamental II, no ano vigente, totalizamos 29 professores atuando na disciplina de
Arte. Destes, 1 possui formação em Arte Educação, 1 é licenciado em Artes Visuais, 10 são pedagogos, 7 são Licenciados em
Letras, 4 são formados em História, 3 possuem licenciatura em Educação Física, 1 em biologia, outro possui Ensino Médio e cursa
Artes Visuais (Ead), e, com um deles não conseguimos contato. Percorremos dois caminhos, um que buscou mapear a realidade
do município perante essa área do conhecimento, buscando os dados referentes aos professores que atuam nessa disciplina junto
à Secretaria Municipal de Educação e à Subsecretária Estadual de Educação. O outro caminho diz respeito à teoria, as construtos
teóricos e legais que balizam nossos estudos: o ensino de arte, com autores como Barbosa (1991, 1996, 1999, 2001, 2002),
Ferraz e Fusari (2001), Niskier (1996); as políticas públicas educacionais, Freitas (2012), Leis de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN 5692/71, e LDBEN 9394/96) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN- Arte , PCN – Ação); a formação de
professores, Garcia (1999) e Nóvoa (1992); a Teoria das Representações Sociais com Moscovici (2002, 2003, 2007), Jodelet
(2001). Sobre a Abordagem Estrutural, buscaram-se os norteamentos de Abric (1998, 2003) e Sá (1998), na Teoria do Núcleo
Central nos apoiamos em Abric (1998, 2003) e Campos (2014). Para a coleta dos dados utilizamos o Teste de Associação Livre
de Palavras (TALP) tendo por indutor “o que é Ensino de Arte” e entrevista semiestruturada. Para o processamento dos dados do
TALP foi usado o software o EVOC, ferramenta que permite ao pesquisador examinar a estrutura e organização das respostas
apresentadas em situações como as propostas neste estudo. Para análise das entrevistas primeiramente realizou-se as
transcrições e posteriormente seguiu-se com a análise de conteúdo (Bardin), que por ser um instrumento de análise das
comunicações, se mostra adequado para a análise das representações sociais. A observação dos dados revelou, de forma geral,
que a imagem do ensino de arte construída pelos sujeitos divide-se em duas dimensões. Uma que indica uma representação
idealizada, de um espaço onde o aprender e o ser feliz devem estar presentes. Outra, em que a arte é representada por uma
realidade mais difícil, mas sem perder a esperança da transformação, sendo a arte uma via para a condução de um processo
educativo mais significativo. Constatamos ainda que os sujeitos acreditam ser função do ensino de arte o desenvolvimento da
criatividade e da possibilidade de expressão dos alunos. Isso revela uma ligação da arte com o ensino centrada em momentos de
criação e expressão, entendendo a expressão como um elo entre sentimentos e emoções. Tal concepção é importante dentro dos
aspectos da arte/educação, porém, merecem atenção, pois podem evidenciar uma atividade espontaneísta, um laisse faire. As
possíveis representações sociais que o grupo de professores pesquisados tem de ensino de arte, revela-se num conjunto entre o
simbólico e o afetivo, que permeia a relação com o cotidiano, a experiência vivida e a realidade representada por esse ensino. O
desejo de um ensino de arte é determinado pela ausência, discorrem do que não tem para revelar algo que gostariam de
encontrar, de ter como realidade.
Palavras chave: Ensino de arte. Representações sociais. Formação de professores. Políticas públicas educacionais.
Autor(a) Proponente: MELINA COUTINHO FERREIRA
Endereço: Rua 42, n18 - residencial das Brisas
Jataí - GO CEP: 75803-535 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Goiás- UFG
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS TECIDAS NO COTIDIANO DO ESPAÇO ESCOLAR: A RELAÇÃO PEDAGÓGICA NAS
VOZES DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Autor(es):
1
DOURIVAN CAMARA SILVA DE JESUS
MARIA NÚBIA BARBOSA BONFIM
O estudo sobre o cotidiano do espaço escolar deixa transparecer a complexidade das relações que ali se processam e em
particular a relação pedagógica. Nosso interesse pela relação pedagógica distancia-se do discurso idealizado que a apresenta
como fonte de solução dos problemas educacionais, pois reconhecemos a complexidade inerente à relação pedagógica que se
estabelece nas instituições educativas forjada pela influência da diversidade cultural; das inter­relações entre Escola/Sociedade;
dos modelos de professor e aluno decorrentes das mutantes demandas sociais; da prevalência de valores que privilegiam a lógica
do mercado, a supremacia do utilitário e do consumo; do fascínio das imagens televisivas e dos textos fast food onde prevalece a
ótica do mercado. Influências geradoras das marcas que conformam a sociedade na qual nos inserimos e que nos impõe a
responsabilidade em perpetuar, ignorar e criar outras marcas, outra realidade, se nos consideramos sujeitos históricos. A escolha
desse objeto de estudo, portanto, decorreu das experiências vividas no cotidiano da docência, na condição de professores e
estudantes, bem como pela literatura da área. Inicialmente, priorizamos a escuta do professor a respeito da relação pedagógica
que estabelece nas instituições educativas, para entendermos os meandros dessa relação que é lócus da construção dos
processos identitários e de subjetividades. Concordando com o pensamento de Sousa e Novaes (2013), situamos a subjetividade
do professor, nosso primeiro foco, numa perspectiva psicossocial, que abarca além dos aspectos ligados à sua profissionalidade,
aí incluídos saberes e valores, o outro/outros, no caso, alunos e demais envolvidos no circuito escolar que dele emergem ao
serem reconhecidos. Para Guareschi (1998), nesse tipo de relação, o outro há de ser reconhecido e tratado como tal, para não
correr o risco de ser explorado e/ou dominado, como se não fosse portador de individualidade permeada de subjetividades a
serem consideradas. Assim, esta pesquisa em andamento se encaminha para uma vertente de conotação psicossocial vinculada
ao Projeto CIERS-ed, tendo por campo empírico instituições e professores do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, da rede
pública e privada de uma cidade nordestina. É uma investigação de natureza qualitativa e adotou como estratégia de coleta de
dados a Técnica Q. Por ser um estudo que adquire substância no cotidiano, na vivência, no comportamento, em conexão com as
significações dadas a esses fenômenos impregnados de subjetividade, o aporte teórico escolhido incluiu prioritariamente a Teoria
das Representações Sociais de Moscovici, na medida em que ela investiga como funcionam os sistemas de referências utilizados
pelos seres humanos para interpretar o cotidiano. Com Heller (1972) compreendemos o cotidiano como espaço dialético onde
convive a dominação e a rebeldia, lugar onde se concretiza a existência da sociedade, lugar onde se dão as transformações
sociais. Quanto à relação pedagógica optamos pelos estudos que a compreendem como um dos fatores intervenientes no
processo de ensinar e aprender, mas, ao mesmo tempo, um tipo específico de relação, cuja finalidade está ligada à apropriação
do legado cultural, aspecto que abarca um conjunto de interações envolvendo professor, aluno e conhecimento, num contínuo
confronto com o entorno físico e virtual (POSTIC, 1990); (ZUIN, 2008); (SILVA, 2009); (CORDEIRO, 2011); (MAGALHÃES, 2011);
(SANTOS e SOARES, 2011). O principal resultado obtido na análise dos dados preliminares diz respeito à constatação de que as
representações dos professores sobre a relação pedagógica tendem à recusa das ‘fórmulas mágicas’, soluções fáceis, modelos
configurados por outros em condições ideais que desconsideram a diversidade e a singularidade, a complexidade e a
dinamicidade de cada situação. Entre as conclusões provisórias destacamos que o estudo iniciado indica confrontos e pontos
críticos inerentes a relação pedagógica e enfatiza a necessidade de compreendê-la como condição para ressignificá-la, de forma a
potencializar as possibilidades de ensinar e aprender. A especificidade da relação pedagógica aqui tratada, mesmo que de forma
breve, expressa quão complexa e dinâmica é sua natureza, e quão necessário se faz desnaturalizá-la para transformá-la em
conteúdo concreto dos processos formativos, haja vista que é na existência de contradições que se forjam as necessidades e
também as possibilidades de superá-las.
Palavras chave: Representações sociais. Cotidiano. Espaço escolar. Relação pedagógica.
Autor(a) Proponente: DOURIVAN CAMARA SILVA DE JESUS
Endereço: Rua Calisto n. 13, - Recanto dos Vinhais
São Luís - MA CEP: 65070-140 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Maranhão-UFMA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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A CONSTRUÇÃO DA FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA EM CRIANÇAS DO 2º AO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Autor(es):
1
TELMA JANNUZZI DA SILVA LOPES
O estudo e pesquisa em questão foram centrados na apreensão da representação da função social da escola, onde através da
montagem de seus elementos constitutivos (carteiras, mesas bolas, livros, cadernos, mochila, salas avulsas) se analisou a
frequência e a hierarquia das representações da escola e sua funcionalidade. O jogo filmado composto por duas maquetes e
personagens de biscuit durou 20 minutos e foi aplicado individualmente e em duplas. Fundamentou-se na Teoria das
Representações Sociais de Moscovici que apresentam as representações como imagens que condensam um conjunto de
significações, referências e categorias que servem para classificar objetos sociais e interpretar a realidade cotidiana; e em Gerard
Duveen quanto à ontogênese das Representações Sociais. As interpretações sociais oriundas das interações sociais criam
universos consensuais, teorias do senso comum, construções esquemáticas que visam dar conta da complexidade do objeto.
Moscovici sistematiza tais fundamentos em dois processos: a objetivação (o que dá corpo a esquemas conceituais) e a
ancoragem que dá sentido ao objeto que se apresenta à compreensão em uma integração cognitiva em um sistema de
pensamento pré-existente. O que se pode registrar foi que a frequência dos elementos do pátio e da quadra de esportes aponta
para a importância das atividades recreativas como momento de socialização e integração. A colocação de salas aponta a
estrutura escolar vivida pelas crianças e quanto este espaço já não os atrai. As aulas especializadas denunciam uma divisão de
responsabilidade quanto ao aprendizado dos alunos. Os alunos possuem muitos professores: esportes, música, literatura, artes,
informática e isto enfraquece a figura do professor da sala de aula. Sua atuação fica fragmentada e sua autoridade diluída. Os
meninos destacaram o pátio e a quadra como espaços masculinos e as meninas reforçaram os espaços femininos como a sala de
aula. As meninas vão percebendo a escola como uma organização com outras funcionalidades. Pode-se observar que os meninos
colocaram mais meninos no pátio, as meninas usaram mais adultos que os meninos, Elas utilizaram mais cadernos e livros, o que
indica que assimilam mais a função de estudar e aprender proposta pela escola. Os meninos ocuparam o espaço de sala de aula
com carteiras e cadeiras, as meninas com a mesa da professora, carteiras e material escolar. As meninas são a figura da
professora. As meninas destacaram suas salas, pátio, outras salas, salas de aula especializadas e foram diferenciando as funções
da escola à medida que foram ficando mais velhas e as meninas mais velhas foram diferenciando mais as funções administrativas.
Os meninos em duplas percebem mais o espaço administrativo do que jogando individualmente. As duplas femininas tendem a
reforçar os espaços femininos de conversas como corredor e a sala de aula. A função estudar só foi colocada quando indagados
objetivamente para que servia a escola. Os alunos veem o professor como aquele que ensina matérias que precisam saber sem,
contudo determinarem para quê. Todos colocaram que é preciso ir a escola para aprender. Alguns alunos nomearam professores,
sempre associados ao fato de gostarem muito deles ou serem professoras de suas salas. Com a idade as crianças evoluem na
percepção da estrutura de poder na escola registrando que o Diretor (aquele que pune), a Supervisão (aquela que encaminha ao
Diretor), Secretaria (espaço formal da escola). Também se percebeu com a idade um declínio da recreação a favor de atividades
mais elaboradas e intelectualizadas. Alguns pontos relacionados ao desenvolvimento do estágio operatório foram observados:
houve uma evolução da visão egocêntrica centrada nas necessidades e interesses da criança para uma visão mais descentrada
onde o outro aparece com direitos como os seus, revelados nas construções minha sala/sala do outro, principalmente com a
evolução das idades nas meninas. O que se registra é que a escola tem cumprido seu papel de interação social, mas tem se
distanciado da vida da criança, que se tornou muito mais rica e dinâmica. O uso da TRS enriqueceu a percepção deste fenômeno
social, pois contribuiu para compreensão dos processos cognitivos em uma visão integrada onde os atores sociais não recortam o
objeto, não o retiram da realidade social, mas o percebem como um todo integrado articulando-o aos elementos que os compõem.
Palavras chave: Representações. Representações sociais. Escola. Desenvolvimento. Meninos. Meninas.
Autor(a) Proponente: TELMA JANNUZZI DA SILVA LOPES
Endereço: Rua Dr. Ormindo Maia, 351 - Bosque do Imperador
Juiz de Fora - MG CEP: 26037-640 - E-mail: [email protected]
1
- Instituto Superior de Educação "Dona Itália Franco"
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ACERCA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO OFERTADA PELAS FACULDADES
PARTICULARES PARTILHADAS POR ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO
Autor(es):
1
JANNA ERICA PAZ LINHARES OLIVEIRA
LUIS CARLOS SALES
As faculdades particulares são instituições relativamente recentes no âmbito do ensino superior piauiense – se comparadas ao
ensino superior público – e suscitam elaboração e compartilhamento de representações sociais sobre o ensino que ofertam. O
modelo de educação das faculdades particulares faz parte de um sistema de ensino superior diverso, de modo que as IES
possuem especificidades quanto à organização institucional e atendimento de demandas do público que as acessa, fato que pode
repercutir no processo de elaboração de representações sociais também diversas – pelos estudantes – sobre a qualidade do
ensino destas IES. As informações sobre as IES, e no caso deste estudo, sobre as faculdades particulares, circulam no meio
social a partir da troca de dados entre os sujeitos, que para interpretar a realidade e se posicionar diante dela, constroem teorias
com as quais reorganizam novos conhecimentos sobre esta realidade, na medida em que novas informações são compartilhadas.
Esta dinâmica torna familiar o não familiar e respalda as ações dos sujeitos. Este estudo se constitui como pesquisa de Mestrado
em Educação e teve como objetivo geral investigar as representações sociais acerca da qualidade da educação ofertada pelas
faculdades particulares, elaboradas por estudantes de Ensino Médio de Teresina – PI. Mais especificamente, se buscou conhecer
quais os direcionamentos relativos à escolha profissional (cursos e instituições) realizada por estudantes de Ensino Médio, através
do valor simbólico atribuído às instituições de Ensino Superior, principalmente às faculdades particulares de Teresina.
Intencionou-se ainda conhecer as expectativas dos pais quanto ao ingresso nas IES, através da perspectiva dos filhos ou sujeitos
da pesquisa, que por meio de suas representações sociais puderam elencar os indicadores de qualidade necessários para
fundamentar a avaliação destas instituições de ensino. Estes elementos deram suporte para identificar a atitude de escolha ou não
escolha pelas faculdades particulares. Como referenciais teóricos foram utilizados autores como Moscovici (1978; 2006), Jodelet
(2001), Jovchelovitch (2001), Madeira (2005), Marková (2006) e Nóbrega (2003) para a compreensão sobre a Teoria das
Representações Sociais. Para discutir sobre o contexto do ensino superior, contribuíram Martins (2009), Azevedo (1976), Fávero
(2000) e Feitosa, Sales e Cruz (2006) e para discutir sobre qualidade foram utilizados autores como Santana (2007) e Bertolin
(2007). Foram entrevistados 30 estudantes do 3º ano do Ensino Médio de duas escolas particulares, uma de orientação
confessional e a outra de orientação laica, uma vez que estes estavam mais próximos de ingressar no ensino superior. Esta
quantidade se baseia no princípio de saturação, uma vez que o acesso a mais sujeitos apenas promoveria repetição dos
conteúdos representacionais partilhados. Para acessar as representações sociais destes sujeitos a partir dos dados sobre a
realidade estudada, realizou-se uma pesquisa de campo, qualitativa, de cunho exploratório e descritivo. Os dados foram
levantados a partir de entrevista semi-estruturada. Os resultados foram apresentados a partir da utilização de duas técnicas de
análise: Análise Categorial e Análise de Discurso, que se complementam para dar suporte ao entendimento da realidade
estudada. Assim, emergiram da análise quatro eixos categoriais, totalizando, vinte e quatro categorias, que são: Faculdades
Particulares no repertório de escolha; Valor social das faculdades particulares; Perspectiva dos pais sobre a qualidade das
faculdades particulares, a partir das falas dos alunos e Indicadores de qualidade na perspectiva dos estudantes. De modo geral,
as faculdades aparecem no repertório de escolha como plano alternativo, caso não se consiga passar no vestibular das públicas,
uma vez que são consideradas como IES de menor prestígio social e menor qualidade. Ainda que algumas falas remetam-se à
preferência pelas particulares, sobretudo, devido às greves das IES públicas, ou ainda que as faculdades apareçam nas falas
como instituições de qualidade, existem contradições marcantes quanto a estes posicionamentos que são elucidadas na Análise
de Discurso. Contudo, a diversidade de interpretações sobre a realidade e, portanto de elaboração de várias representações
sociais no mesmo grupo é explicada pela polifasia cognitiva, que sustenta a coexistência entre várias racionalidades, sem que
uma se sobreponha à outra. A influência dos pais quanto à escolha do curso e instituição também se constituiu como elemento
marcante na elaboração de representações sociais pelos estudantes.
Palavras chave: Educação. Representações sociais. Ensino superior. Qualidade da educação.
Autor(a) Proponente: JANNA ERICA PAZ LINHARES OLIVEIRA
Endereço: QUADRA 230 CASA 14 - DIRCEU II
Teresina - PI CEP: 64000-000 - E-mail: [email protected]
1
- Faculdade Santo Agostinho- FSA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
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A ESCOLA E SUAS POSSIBILIDADES: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PEDAGOGIA DIFERENCIADA.
Autor(es):
1
ANA PAULA SIMÕES DA MOTA
MONICA RABELLO DE CASTRO
Nos últimos anos as políticas públicas educacionais do município do Rio de Janeiro têm sido desenvolvidas a partir da visão de
gestão por resultados, propondo um modelo artificial e padronizador do currículo para o alcance de metas indicadas nas
avaliações externas de desempenho. Em contrapartida propor a construção de uma escola como espaço significativo para
adolescentes e jovens que tem a rua como referência ainda é um desafio. A escolarização de milhares e meninos e meninas em
situação de rua, para os quais a escola apresenta-se como ponto de afastamento e exclusão social, necessita ser repensada para
que sejam formuladas metodologias que contemplem suas necessidades. A Escola Tia Ciata constitui um modelo necessário e
atual no atendimento desses meninos e meninas por ter sido uma experiência bem sucedida. Essa pesquisa teve por objetivo
analisar os indícios de representações sociais de ex-alunos da Escola Tia Ciata, ex-meninos e meninas de rua, quanto à
pedagogia diferenciada desenvolvida no período de 1984 a 1989, período em que a escola atendeu prioritariamente meninos e
meninas em situação de rua, sendo reconhecida por órgãos oficiais da época. Esse estudo faz parte do conjunto de pesquisas
que visa resgatar a História da proposta pedagógica da Escola Tia Ciata, uma parceria da UFRJ, UFF e UNESA. No quadro
teórico, foi utilizada a Teoria das Representações Sociais elaborada por Serge Moscovici e Denise Jodelet, suporte para
compreendermos o processo social, cultural e histórico presentes na produção de significado construído coletivamente e suas
formas simbólicas presentes nas relações. Foram trabalhados, sobretudo os conceitos de ancoragem e objetivação. Também
foram articulados o conceito de habitus e campo de Pierre Bourdieu proposto por Rita Lima e Pedro Humberto Campos, para a
compreensão das relações sociais que se desenvolvem no interior da escola, através dos processos simbólicos. Essa articulação
acontece na aproximação entre o processo que ocorre na teoria de campos e o campo do objeto de representação. Tendo em
vista que o objeto da pesquisa se situa em um dado momento histórico, a metodologia elegida foi o método de História Oral com
entrevistas semiestruturadas. O Modelo de Estratégia Argumentativa (MEA), proposto por Monica Rabello de Castro e Janete
Bolite-Frant e que tem como base a Teoria da Argumentação, foi utilizado na análise dos dados e na identificação dos argumentos
implícitos na fala, recriando o contexto em que foram ditas e considerando os aspectos que caracterizam a cultura do locutor. Os
resultados da pesquisa indicaram que os ex-alunos representam a pedagogia da Escola Tia Ciata através da forma como vêem a
própria Escola Tia Ciata, apoiados sobre dois pilares: o do trabalho e o das relações familiares. O trabalho diz respeito à
sobrevivência e à preparação que tiveram para o futuro; e a relações familiares ao suprimento de uma lacuna relacionada à família
e à forma como eram tratados pela escola. No processo de objetivação, aparecem como elementos centrais os termos
OPORTUNIDADE e FAMÍLIA para concretizar as características da pedagogia diferenciada. A ancoragem tem base nos
relacionamentos interpessoais construídos na escola, lugar onde se sentiam acolhidos, compreendidos e protegidos, alicerçada
pelas metáforas conceituais PONTO DE APOIO e PONTO DE REFERÊNCIA. Ressaltaram a solidariedade com outros meninos
em situação de rua que compartilhavam suas histórias de vida. A aproximação entre seus habitus e o campo escolar foi seu
grande diferencial. Assim, já não viam a escola como uma instituição não acolhedora de seus saberes, podiam compartilhar suas
experiências e vivências. Sentiam-se respeitados na escola, um lugar de referência e apoio em suas vidas. Os indícios das
representações sociais da pedagogia diferenciada da Escola Tia Ciata por seus ex-alunos possibilita refletir sobre a importância de
uma escola que vá além da transmissão de meros conteúdos e nos encoraja a pensar em uma escola diferenciada para o
atendimento das distintas realidades, através da autonomia pedagógica e dos ideais de participação coletiva, acolhendo os
saberes e representações das crianças e adolescentes moradores de rua.
Palavras chave: Escola tia ciata. Meninos e meninas em situação de rua. Representações sociais. Pedagogia diferenciada.
Escolarização.
Autor(a) Proponente: ANA PAULA SIMÕES DA MOTA
Endereço: Rua Damas Batista - Califórnia
Nova Iguaçu - RJ CEP: 26220-180 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Estácio de Sá- UNESA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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Teresina/Piauí/Brasil
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E SE EU FOSSE VOCÊ? (DES)ENCONTROS E POSSIBILIDADES DE REENCONTROS ENTRE AS CULTURAS ESCOLARES
E COMUNITÁRIAS
Autor(es):
1
LINCOLN TAVARES SILVA
Este trabalho centrou-se em conhecer melhor, a partir do princípio que caracteriza a representação como uma forma de saber
prático, ligando um sujeito a um objeto, o que/como pensam estudantes do Ensino Médio, de escolas públicas estaduais situadas
no Estado do Rio de Janeiro, sobre a prática relacional entre escola e comunidade. Respaldamos nossa pesquisa na Teoria das
Representações Sociais, conforme proposto por Moscovici, Jodelet, Madeira e Jovchelovitch, assim como na abordagem
complementar à teoria proposta por Abric. Não consideramos apenas as comunidades locais como possibilidades de integração,
convívio ou troca participativa. Pensamos no recorte comunitário sob a coexistência entre formas que ora privilegiam o contato
direto e ora abrem mão dele, ora nos fazem membros de uma única comunidade, ora nos fazem pertencer, por meios diferentes,
há várias ao mesmo tempo. Isso agrega e responsabiliza a contextura social maior e seus atores, pelos processos de formação
que todos os cidadãos preocupados com o trabalho social realizado pelas escolas devem ter em relação aos que para ela afluem
e dela efluem cotidianamente. A pesquisa, efetivada entre os anos de 2008 e 2012, utilizou-se de questionários e entrevistas.
Obtivemos informações sobre os processos que influenciam os convívios, as concepções comunitárias e as relações com a
escola. As quatro escolas (duas metropolitanas e duas extrametropolitanas) investigadas foram escolhidas por possuírem, no
entendimento obtido por meio das leituras de relatórios institucionais, visitas de campo e entrevistas realizadas, situações de
transformações em seus perfis e de suas imagens junto às comunidades atendidas. Três das escolas foram criadas como fruto de
uma política implementada após a redemocratização do país, no início da década de 1990, com base na concepção de escola de
tempo integral, voltada primordialmente ao atendimento da população das periferias urbanas e das camadas populares. A outra
escola pesquisada, que já existia antes mesmo da configuração do sistema escolar fluminense pós-fusão, embora pública,
destinava seu atendimento à classe média da Zona Sul carioca. Com a mudança do cenário sócio-político-econômico, em meio ao
contexto de desvalorização da carreira do magistério, ocorreu a redução dos investimentos na educação pública da rede estadual,
que passou a receber públicos oriundos das camadas populares desfavorecidas socialmente. Os atores pesquisados apontaram
que a expansão da oferta de educação pública e a forma como se deu a sua destinação foram corroboradas negativamente pela
descontinuidade das políticas e investimentos nas condições de melhoria da oferta educacional e pela manutenção do
desprestígio das carreiras docentes e dos demais profissionais da educação, por décadas. Na pesquisa, nos deparamos com
contribuições que, em nosso entendimento, demonstram como as relações entre as culturas escolares e comunitárias são
complexas, ora se aproximando, ora se afastando. Isso fica demarcado inclusive em falas sobre a própria história de construção
da relação escolacomunidade, em cada uma das instituições. Em todos os casos foi identificado como elemento fundamental para
a transformação positiva da escola, a abertura e ampliação do diálogo com as comunidades. Os posicionamentos aventados
refletem os processos de gestão implementados pelas escolas, mais do que pelo sistema. As análises permitiram compreender
que as representações e práticas estabelecidas amoldam-se às dinâmicas socioculturais que ora seguem, modificam, ou
transgridem as regras estabelecidas Fora de seus cotidianos. Há centralidade de representações em torno da educação. Ela
conforma sua importância para o grupo como base, salvação, elo, fonte, meta, boa escolha, esforço, emancipação e direito. Seja
de forma idealizada ou buscada como fundamental, é uma referência que parece estar articulada à ajuda, à comunicação, aos
alunos, ao professor e ao respeito, como esteio para a representação da relação escolacomunidade. Ao valorizarem a educação,
os atores pesquisados abrem caminhos para repensarmos as relações educativas entre as qualificações dos indivíduos e a
qualificação das comunidades, nas quais se inserem. A centralidade da educação, de forma ampliada, incita-nos a pensar na
constituição de territórios educativos e não meramente escolares, como processo que reconstrua e se dê sentido ao trabalho
escolar, na medida em que se permite que os diferentes atores que afluem e habitam nestes territórios integrem e relacionem a
experiência escolar com todas as experiências de vida.
Palavras chave: Representações sociais. Escola. Comunidade. Educação de jovens.
Autor(a) Proponente: LINCOLN TAVARES SILVA
Endereço: Rua Candido Mendes, 279 ap 606 - Glória
Rio de Janeiro - RJ CEP: 20241-220 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado do Rio de Janeiro- UERJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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100
SENTIDOS ATRIBUÍDOS À ESCOLA PÚBLICA: OLHARES DAS JUVENTUDES
Autor(es):
1
ANDREA DA PAIXãO FERNANDES
Apresentamos os sentidos atribuídos por jovens entre 15 e 29 anos sobre a escola pública, considerando os motivos
provocadores dos movimentos de saída e de retorno desses jovens do espaço escolar. A pesquisa foi desenvolvida junto a
escolas que oferecem o Programa de Educação de Jovens e Adultos da Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Os
estudantes pesquisados frequentaram a escola, saíram em algum momento da vida e retornaram à escola na modalidade
Educação de Jovens e Adultos (EJA). Utilizamos a triangulação teórica considerando a Teoria das Representações Sociais (TRS),
os estudos do campo da memória e da EJA. A complexidade que envolve este movimento de idas e vindas ao espaço escolar,
demarcado por momentos de vida diferenciados pode ser melhor compreendido por meio da TRS, pois tal constructo se adequa à
interpretação de uma sociedade complexa, em transformação, em vias de se fazer (MOSCOVICI, 2001). Seja no seu sentido
estático, seja na sua face dinâmica (MOCOSVICI, 1988), as representações sociais aparecem como uma rede de ideias,
metáforas e imagens, articuladas de forma fluida, possibilitando agir e avaliar. Os conteúdos das representações são, em si, uma
forma de buscarmos o entendimento desta ação e da avaliação que os sujeitos consideram quando relacionados a um fenômeno.
Os instrumentos de pesquisa contemplaram a evocação livre de palavras, além de perguntas abertas e fechadas. Para efeito
deste artigo, consideraremos a análise das perguntas abertas por meio da Análise de Conteúdo, conforme Bardin (2011) e Franco
(2008). Outro referencial teórico que se conjuga é o das memórias (SÁ, 2005 e BOSI, 1994), com ênfase nas memórias de escolas
e nos sentidos atribuídos pelos sujeitos às suas trajetórias escolares. Consideraremos as repostas de 48 participantes da
pesquisa, que se incluíam na faixa etária compreendida entre 15 e 29 anos, categorizados como jovens. Adotaremos o conceito
de juventudes (DAYRELL, 2010) por entender que as formas de ser jovem são diversas e diferenciadas. Reportar-nos-emos às
vozes dos estudantes para captar os sentidos que atribuem à escola pública por meio das ligações entre passado-presente-futuro.
A análise considera os contextos de vivência dos sujeitos participantes nos aspectos sociais, culturais, históricos, econômicos e
políticos em que as RS se produziram. A partir da leitura flutuante das respostas às questões que versam sobre motivos de saída
e de retorno à escola, foram construídas categorias temáticas que melhor se aproximassem das ideias expressas nas respostas.
Observamos que a categoria temática trabalho se constitui como elemento marcante dos motivos de saída entre a população
jovem pesquisada, indicando que esses estudantes confirmam ser esta uma categoria temática predominante e significativa para o
grupo pesquisado, permitindo refletir sobre os motivos de saída da escola. Por outro lado, a busca por emprego melhor ou a
possibilidade de atualização constituem motivos de estímulo para o retorno, o que interessa, sobretudo, para analisar o quão
significativa é a referência à instituição escolar que se destaca como necessária para assegurar perspectivas de manutenção ou
de melhoria no emprego. Marcas de negatividade focadas na escola também se apresentam nos motivos de saída quando
indicam o desinteresse como um desses motivos, sendo esta uma subcategoria da categoria temática escola. Outra categoria que
emerge como importante é questões familiares, por ser reveladora do quanto as intercorrências da vida provocam o afastamento
da escola. Em relação mais especificamente aos motivos de retorno, a necessidade de ser alguém na vida e a de concluir os
estudos se manifestam como subcategorias de maior frequência compreendidas nas categorias projeção no futuro e aprender,
respectivamente, entre o grupo e nos levam a inferir a existência de mais um polo de positividade que justifique as motivações do
retorno para o espaço escolar. As vozes reveladas pelos jovens também nos permitem reconhecer quais expectativas depositam
na escola da EJA que, agora, os acolhe para continuarem a construir suas caminhadas. Também podem se apresentar como
possíveis indicadores positivos para escolas e sistemas nas suas atuações frente aos estudantes que chegam cotidianamente às
salas de aula da EJA, possibilitando retomarem a vida escolar. Igualmente, podem buscar dirimir impactos das situações que
motivam a parcelas significativas de nossa população abandonarem a escola antes da conclusão de suas trajetórias regulares na
Educação Básica.
Palavras chave: Educação de jovens e adultos. Juventudes. Escola pública. Representações sociais. Memórias
Autor(a) Proponente: ANDREA DA PAIXÃO FERNANDES
Endereço: Rua do Catete, 44 aptº 903 - Catete
Rio de Janeiro - RJ CEP: 22220-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado do Rio de Janeiro- UERJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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101
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ÍNDIO EM LIVROS DIDÁTICOS ADOTADOS NAS ALDEIAS DO POVO
TENETEHARA/GUAJAJARA DO SUL DO MARANHÃO: UM ESTUDO DE CASO
Autor(es):
1
ELIANE DE JESUS ARAUJO SILVA
MARIA NÚBIA BARBOSA BONFIM
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ÍNDIO EM LIVROS DIDÁTICOS ADOTADOS NAS ALDEIAS DO POVO
TENETEHARA/GUAJAJARA DO SUL DO MARANHÃO: um estudo de caso Este estudo procura analisar as representações do
índio em livros didáticos utilizados nas escolas do ensino básico, do 4º e 5º ano, no período de 1991 a 2010, das comunidades
indígenas do povo Tenetehara/Guajajara do sul do Maranhão e decorre de pesquisa realizada no Mestrado em Educação, da
Universidade Federal do Maranhão. Analisa como a temática é tratada em livros para escolas não-indígenas utilizados nas
escolas indígenas e livros produzidos em 2010, no contexto do Curso de Formação de Professores para o Magistério Indígena,
sendo esses últimos os principais recursos paradidáticos disponibilizados aos professores indígenas que atuam nessas escolas.
Destaca que grande parte dos professores indígenas se ressentem de conhecimentos mais aprofundados sobre a temática e os
livros didáticos colocados à disposição desses professores, refletem, muitas vezes, uma representação que não corresponde à
realidade atual, apresentando o indígena no sentido genérico, como selvagem, rústico, primitivo e preguiçoso. Essas
representações vão sendo assimiladas pela sociedade não indígena e também pelos próprios indígenas, e vão sendo repassadas
pelos livros didáticos, gerando o preconceito que se enraíza e que é reproduzido de geração a geração. Sobreleva observar que a
temática ainda é relegada a um segundo plano e nesse contexto, as pesquisas sobre os livros didáticos para as sociedades
indígenas ainda se encontram incipientes. Este estudo considera, também, a experiência da autora, enquanto profissional
não-indígena que tem atuado no âmbito da educação escolar indígena durante mais de 26 anos com o povo Guajajara/Tenetehara
na região, percebendo as dificuldades que os professores indígenas enfrentam, principalmente, a falta do livro didático voltado
para a sua realidade escolar. O estudo é iluminado pela Teoria das Representações Sociais, inaugurada em 1961, por Serge
Moscovici e ancora a construção teórico-metodológica, privilegiando aspectos que, emanados dos textos didáticos, adquirem
consistência no modo de serem percebidos em determinado contexto social. Para a realização da análise dos livros didáticos e
paradidáticos utilizados no estudo, nos reportamos aos seguintes questionamentos: Qual é a imagem do indígena que os livros
didáticos mostram? Como é tratada a temática indígena em livros didáticos usados nas escolas do povo Tenetehara/Guajajara do
sul do Maranhão? O estudo mostra que nos conteúdos veiculados no livro didático, o índio, muitas vezes, é representado de forma
romanceada, idealizada, impessoal, distanciado do dia-a-dia, descrevendo-o como pertencente a um povo do passado, sem
história e em acelerado processo de extinção. Dessa forma, o estudo busca, através da Análise de Conteúdo, amparada pela
Teoria das Representações Sociais, utilizando a técnica de codificação, eleger como classe temática - O índio no Livro Didático,
desdobrada nas categorias: Modo de vida do índio, Mitos e Religião, Criança Indígena, Trabalho Indígena e Visão do Colonizador,
cuja análise permeou os conteúdos dos livros didáticos e paradidáticos. A análise da categoria Modo de Vida do índio, por sua
vez, se desdobra nas subcategorias – Alimentação, Habitação, Hábitos e Família. Dessa forma, o estudo busca descobrir novos
olhares sobre o índio brasileiro a partir dos livros didáticos, considerados no espaço escolar como um dos influentes instrumentos
no processo ensino-aprendizagem.
Palavras chave: Índios. Livro didático. Representações sociais
Autor(a) Proponente: ELIANE DE JESUS ARAUJO SILVA
Endereço: RUA HENRIQUE DIAS 1951 - São José do Egito
Imperatriz - MA CEP: 65901-140 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Maranhão-UFMA
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102
ENERGIA NUCLEAR: REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE FAMÍLIAS DE ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE ANGRA DOS
REIS/RJ
Autor(es):
1
SALETE LEONE FERREIRA
RITA DE CÁSSIA PEREIRA LIMA
O primeiro reator nuclear do mundo entrou em funcionamento em dezembro de 1942 na Universidade de Chicago, nos Estados
Unidos da América. Com o avanço desta tecnologia, a partir de 1956 começam a ser construídas usinas nucleares. Desde então,
ampliou-se o número de reatores espalhados pelo planeta, como alternativa para o aumento do fornecimento de energia. Na
atualidade, os maiores consumidores mundiais de energia nuclear são: Estados Unidos 30,9%; França 16%; Japão 10,1%; Rússia
5,8%; Coréia do Sul 5,2%; Alemanha 5,1%; Canadá 3,4%; Ucrânia 3,4%; Suécia 2,5%; China 2,3% e Brasil 0,4%. Esta produção
de energia corresponde a 16% da demanda mundial de eletricidade. Nesse ranking, a participação brasileira refere-se à 23ª
posição, com duas usinas nucleares, conjunto denominado Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, situado na cidade de Angra
dos Reis/RJ, no distrito de Mambucaba. Essas usinas são responsáveis por 3% da energia consumida no país e 30% da que é
utilizada no estado do Rio de Janeiro, produzida por dois reatores conhecidos como Angra I e Angra II. Angra I começou a
funcionar em 1986, Angra II, em 2001, e Angra III encontra-se em construção. Nos arredores das usinas nucleares de Angra dos
Reis vivem nativos e habitantes que, há 30 anos, convivem em suas atividades diárias com a produção da energia nuclear.
Embora este convívio pareça tranquilo, trata-se de uma situação atípica envolvendo sujeitos constantemente confrontados com o
sentimento de risco, o que justifica um estudo sobre a realidade desse enfrentamento. Assim, quais seriam os benefícios e os
riscos desta proximidade entre o cotidiano de vida dos habitantes e a energia nuclear produzida pela usina? O estudo trata de um
objeto, energia nuclear, que pode ser estudado com base na abordagem moscoviciana das representações sociais, visto que a
mesma privilegia o modo como um objeto da ciência penetra no pensamento comum, este essencial para compreender a
construção da realidade social. Considerando o contexto de Angra dos Reis, a presente pesquisa tem como objetivo investigar as
representações sociais que famílias de alunos de duas escolas públicas de Mambucaba constroem a respeito da energia nuclear.
Um questionário com perguntas abertas (aspectos gerais sobre energia nuclear) e fechadas (características de perfil sócio
econômico) foi respondido por 43 famílias, um membro da cada uma: 34 mães, sete pais e dois avôs. As questões abertas foram
analisadas com apoio da análise de conteúdo temática, sendo encontrados dois temas­chave: “usina” e “risco”. Para “usina” foram
inferidas as categorias: “emprego”; “dependência econômica dos habitantes”; “aspectos favoráveis” (fornecimento de luz, de
“energia limpa”, trouxe melhorias para a população); “aspectos desfavoráveis” (“bomba”). Em relação ao tema “risco”, as seguintes
categorias foram inferidas: “área de risco” (perigo de radiação, de possíveis doenças); “medo” (de explosão, de contaminação do
ambiente). Em seu conjunto, o material analisado mostra que o “risco”, o “medo”, são acompanhados pela necessidade de
“sobrevivência” e por “melhorias socioeconômicas” trazidas pela usina. Uma primeira aproximação feita pelos sujeitos pode ser
proposta por meio da metonímia: energia nuclear = usina. No contexto investigado, para abordarem o objeto “energia nuclear”, os
sujeitos se referem à “usina”. Desta maneira, a “usina” é representada ora como “sobrevivência” decorrente dos empregos
oferecidos, ora como “risco” constante devido à possibilidade de explosão de uma “bomba”. Esses resultados mostram a
familiarização de famílias de estudantes de escolas públicas de Angra dos Reis com a energia nuclear produzida no local, por
meio da usina. Possíveis representações sociais elaboradas nesse contexto podem interferir no universo escolar, que envolve
tanto o processo de ensino-aprendizagem dos alunos quanto as atividades didático- pedagógicas propostas pela escola.
Palavras chave: Representações sociais. Energia nuclear. Famílias. Escolas públicas. Angra dos Reis.
Autor(a) Proponente: SALETE LEONE FERREIRA
Endereço: Rua Vicente de Paulo, 230 - Santa Clara
Barra Mansa - RJ CEP: 27340-500 - E-mail: [email protected]
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- Universidade Estácio de Sá- UNESA
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SENTINELAS DOS MARES: A CARREIRA MILITAR NAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ASPIRANTES E OFICIAIS DA
MARINHA DO BRASIL
Autor(es):
1
ROSANE PINTO RODRIGUES
DENIS GIOVANI MONTEIRO NAIFF
A característica fundamental do sistema militar é a sua estruturação numa hierarquia de obediência e a sua mentalidade
compreende valores, atitudes e perspectivas inerentes ao desempenho da função militar diferenciando sua formação daquela
destinada a quadros civis e que em muito contribui para a constituição de uma identidade social bem coesa. Os valores cultuados
e compartilhados pelos militares não são apenas impostos, mas também construídos socialmente podendo gerar representações
com distintos significados, algumas mais estáveis e outras passíveis de mudanças de acordo com o contexto em que ocorrem as
práticas sociais. Este trabalho teve como objetivo principal identificar a provável estrutura existente nas representações sociais
entre Aspirantes matriculados no Curso de Graduação de Oficiais da Escola Naval e Oficiais da Marinha do Brasil acerca da
“carreira militar”. Participaram da pesquisa 210 militares, do sexo masculino, sendo 105 Aspirantes da Escola Naval e 105 Oficiais
Subalternos. Os participantes foram submetidos a um questionário associado a uma tarefa de evocação livre na qual lhes foram
solicitados que expressassem espontaneamente cinco palavras ou expressões que lhes viessem imediatamente à lembrança, e
posteriormente as hierarquizassem, quando apresentado o termo indutor “carreira militar”. Assim que as evocações foram
enunciadas e organizadas por ordem de importância, pediu-se que os participantes avaliassem a incondicionalidade de cada
resposta para uma melhor caracterização das representações em termos de centralidade. Os dados coletados na evocação livre
foram processados pelo software EVOC®, cuja lógica procura combinar a frequência com que as palavras e expressões são
emitidas pelos sujeitos com a ordem em que cada sujeito as evoca, permitindo apreender quais elementos da estrutura das
representações sociais são presentes de forma mais saliente nos cognemas evocados e a prova centralidade dos elementos foi
avaliada a partir de uma técnica de questionamento para a obtenção do Índice de Centralidade de Representações Sociais a partir
de Evocações (INCEV). Obtém-se o valor do INCEV tomando-se as ocorrências de cada elemento em que as condições de alto
valor simbólico são respeitadas e dividindo-as pelo universo da pesquisa. Os resultados apontaram para representações sociais
semelhantes entre os grupos estudados, porém, com organização diferente de seus elementos. Os cognemas estabilidade e
disciplina aparecem como prováveis elementos centrais partilhados pelos subgrupos. Encontramos como elementos periféricos
compartilhados as dimensões de abnegação, dedicação, honra e patriotismo, estruturantes da ideologia militar. Concluímos que
as representações sociais acerca da carreira militar auxiliam na definição da identidade social dos aspirantes e oficiais da Marinha
brasileira bem como orientam suas práticas. A prática profissional modifica o pensamento social na direção de uma maior
estruturação dos elementos ligados às representações hegemônicas da instituição militar como a hierarquia e a disciplina. O
elemento estabilidade encontra-se mais ativado entre os aspirantes sendo considerado um fator de relevo na escolha da
profissão. Uma análise de todo o corpus representacional com os índices de diversidade, raridade e de comunidade das
evocações indica maior consenso nas evocações dos oficiais, grupo que está há mais tempo na carreira. Verifica-se assim que o
tempo de formação somado à experiência profissional aumenta a importância de valores normativos.
Palavras chave: Representações sociais. Carreira militar. Marinha do Brasil. Identidade social.
Autor(a) Proponente: ROSANE PINTO RODRIGUES
Endereço: Rua Neópolis, 737 - Campo Grande
Rio de Janeiro - RJ CEP: 23015-160 - E-mail: [email protected]
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- Universidade do Estado do Rio de Janeiro- UERJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE UNIVERSITÁRIOS SOBRE LIDERANÇA ESTUDANTIL NA PUC-SP
Autor(es):
1
MARCO ANTONIO VELA CUADROS
DENISE MARQUES ALEXANDRE
ANNA CAROLINA SALGADO JARDIM
CLARILZA PRADO DE SOUSA
Durante as décadas de sessenta, setenta e oitenta as lideranças universitárias assumiram um papel importante de resistência à
ditadura militar e de força propulsora no processo de redemocratização nacional. Nesse cenário, a Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo assumiu um papel de destaque tanto na formação de lideranças estudantis e políticas quanto no desenvolvimento
de ações de resistência à figura autoritária do modelo ditatorial vigente, bem como na articulação política a partir da construção de
bases estudantis democráticas. Após 50 anos do fim do regime militar como se configura o movimento estudantil na PUC? Será
que nos dias de hoje os estudantes são tão engajados como em décadas anteriores? Se são engajados, lutam por quais direitos?
Com esse estudo objetivou-se, numa primeira etapa, analisar o modo como os universitários participantes de diferentes centros
acadêmicos da PUC/SP, no ano e 2014, representavam a liderança estudantil. Adotou-se um enfoque psicossocial do conceito de
liderança, buscando analisá-la sob o aporte teórico da Teoria das Representações Sociais. Foram selecionados e entrevistados,
seis universitários que desempenhavam, em 2014, a função de gestores em diferentes centros acadêmicos. Os dados coletados,
por meio de entrevistas semiestruturadas, foram transcritos e processados com o auxílio do software ALCESTE (Analyse lexical
par Contexte d um Ensemble de Segments de Texte). Os resultados demonstram que embora os estudantes apresentassem uma
representação de liderança que se aproxima de uma versão democrática. No entanto a estruturação democrática da gestão dos
centros acadêmicos em processos coletivos ou autogestionais não tem conseguido um impacto maior junto aos estudantes do
curso que representam. Outro aspecto observado, referia-se a participação sazonal dos estudantes em movimentos estudantis e
políticos mais amplos, tais como as manifestações de junho de 2014, a defesa de grupos feministas ente outros. Os
coordenadores dos centros acadêmicos pesquisados se dedicam às demandas que ultrapassam os limites da Universidade, ao
mesmo tempo em que não foram ressaltadas, nas entrevistas realizadas, preocupações com aspectos pertinentes aos cursos dos
quais fazem parte e outras demandas estudantis relacionadas aos aspectos internos da Universidade. Notou-se que questões
envolvendo os problemas cotidianos dos estudantes da própria universidade, tais como a distribuição de cotas, a discriminação de
alunos bolsistas dentro de uma universidade privada, o racismo, os sistemas de avaliação da universidade, pareciam não fazer
parte da pauta das discussões dos gestores entrevistados. O próprio locus de discussão mostrou-se pulverizado em redes sociais
e dependente de movimentos políticos externos ao espaço físico da Universidade, apresentando-se com uma maior incidência
uma militância estudantil ligada a coletivos externos à universidade, estruturados por partidos políticos ou Organizações
Não-Governamentais. Na medida em que a opção dos entrevistados, por modelos mais flexíveis de gestão mostrava-se como
possibilidade de maior atuação estudantil por parte dos demais alunos, tal proposta parecia não ser suficiente para atrair novos
jovens, ensejando um campo de tensão entre uma gestão que se mostrava aberta às novas influências, reflexões e discussões e
o esvaziamento dos espaços físicos destinados para esse fim. A ausência de financiamento por parte da Universidade, na
manutenção do espaço físico dos centros acadêmicos também foi apontada pelos entrevistados, indicando novos desafios aos
gestores no que dizia respeito à sobrevivência e à manutenção dos espaços físicos destinados aos centros acadêmicos, que
passaram a atuar de forma independente da universidade. Repensar a atuação das lideranças estudantis na Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, no ano de 2014, mostrou-se relevante, haja vista que permitiu compreender como esses
universitários se identificavam como líderes estudantis, mas, sobretudo, compreender os desafios implicados nesses novos
modelos de gestão, a partir das suas relações com contextos macroestruturais da sociedade, com os demais estudantes e com a
própria universidade, que nos dois últimos casos, parecem marcadas por tensões e distanciamentos.
Palavras chave: Centros acadêmicos. Liderança estudantil. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: MARCO ANTONIO VELA CUADROS
Endereço: Rua Bartolomeu Feio 66 - Vila Cordeiro
São Paulo - SP CEP: 04580-000 - E-mail: [email protected]
1
- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC/SP
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105
ESPAÇO DE (NÃO) SAÚDE: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE SAÚDE E DOENÇA DE TRABALHADORES DA EQUIPE DE
ENFERMAGEM DO NOTURNO
Autor(es):
1
BELONÍ GABE LEAL
SANDRA MARIA CEZAR LEAL
Este estudo aborda as Representações Sociais (RS) de saúde e doença na perspectiva de travalhadores da enfermagem do turno
da noite. Moscovici descreve as RS como entidades quase tangíveis. Elas circulam, cruzam-se e cristalizam-se incessantemente
seja por meio de uma fala, de um gesto, ou mesmo de um encontro em nosso universo cotidiano. As RS refletem o modo como
indivíduos, grupos e sujeitos sociais constroem seu conhecimento a partir de sua inscrição social e cultural, entre outras.
(MOSCOVICI, 1978). O objetivo deste estudo é conhecer as Representações Sociais de saúde e doença dos profissionais da
enfermagem que trabalham no turno da noite. Realizado à luz das RS, com a abordagem estrutural, baseou-se na teoria do núcleo
central, proposta por Abric (2003). O campo de estudo foi uma instituição hospitalar privada, localizada na cidade de Porto
Alegre/RS. Participaram 29 enfermeiras(os) e 69 técnicos de enfermagem que exercem suas atividades no turno da noite. A coleta
foi por meio de questionário com as seguintes questões estímulo: a) escreva cinco palavras que lhe vêm à mente quando pensa
em plantão noturno e sua saúde; b) escreva cinco palavras que lhe vêm à mente quando pensa em plantão noturno e doença.
Para análise das evocações, utilizou-se o software Ensemble de Programmes Permettant I’Analyse des Evocations. Seguiu-se as
questões éticas da Resolução nº. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. (BRASIL, 2013). Nas RS do plantão noturno
,relacionadas à saúde, os vocábulos que constituiram o possível núcleo central foram: alimentação, dores, insônia, obesidade,
sedentarismo e sono. Indicando que as representações, apontam o plantão noturno como espaço de “não saúde”. É uma
evidência de que, para manter-se acordado, os integrantes da equipe de enfermagem necessitam ingerir alimentos calóricos
durante o turno de trabalho, contribuindo para aumento de peso e alimentação inadequada. O sedentarismo, por sua vez, pode
ser consequência do desânimo, de sentir dores, cansaço e fadiga crônica, o que na maioria das vezes, fazendo com que este
profissional, na maioria das vezes, fique desestimulado para a prática de exercícios. Os vocábulos dores, sono e insônia também
podem, igualmente, representar a longa jornada noturna, período com a inversão do ciclo circadiano. Os elementos periféricos,
representados por ansiedade, depressão, exercícios e varizes indicam que o plantão noturno pode comprometer a saúde do
trabalhador, principalmente, quando associado aos elementos intermediários cansaço, envelhecimento, irritabilidade e stress;
cefaleia, medo e má-alimentação. Destaca-se que, quando relacionado plantão noturno com doença, o possível núcleo central é
constituído pelas evocações dores, ansiedade, depressão, insônia, hipertensão, obesidade e varizes ao passo que as evocações
ansiedade, depressão e insônia, representam o risco de adoecimento mental. Ressalta-se que o vocábulo dores é o mais
evocado, tendo já sido representado como possível núcleo central, na questão estímulo que relacionou o plantão noturno à saúde.
Outra indicação a de que dor representa, também, o “desconforto do corpo” quando é necessário manter-se acordado e lutar
contra o sono. Os elementos periféricos representam a preocupação de prevenir doenças e suas causas. Além disso, evocam
complicações que podem ser adquiridas, como o colesterol, problemas de coluna, diabetes, edema, envelhecimento e sono. Nos
elementos intermediários, as evocações cansaço, cefaleia e stress associados à irritabilidade, imunidade, sedentarismo, atenção,
cuidados, má alimentação interagem com o núcleo central, reforçando os elementos da representação de risco de adoecimento e
desconforto do corpo. Os resultados deste estudo revelaram que as RS dos trabalhadores da enfermagem do noturno, acerca de
saúde e doença, indicam que o trabalho à noite pode ser um espaço de “não saúde". Nessa perspectiva, a representação do
“desconforto do corpo” revela o esforço para superar o sono e dar conta das exigências relacionadas às atividades do cuidado,
que envolvem o plantão noturno. Considera-se que conhecer as representações sociais, acerca do tema, pode contribuir para a
promoção de ações voltadas a qualificação da saúde dos trabalhadores da enfermagem, que atuam no turno da noite.
Palavras chave: Representações sociais. Enfermagem. Trabalho noturno.
Autor(a) Proponente: BELONÍ GABE LEAL
Endereço: Av. Ipiranga, nº8400 apto 203 bloco 06 - Jardim Botânico
Porto Alegre - RS CEP: 91530-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Vale do Rio dos Sinos- UNISINOS
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
106
AS RELAÇÕES DE ENCAIXE ENTRE AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE AUTONOMIA E AUTONOMIA DOCENTE
Autor(es):
1
VIVIANE DE BONA
LICIA DE SOUZA LEÃO MAIA
Resgatando alguns dos sentidos que o termo autonomia assumiu nas discussões do campo educacional, o trabalho traz
elementos do conhecimento científico a partir das abordagens de Piaget, Freire e Contreras, que contribuem para a formação das
representações sociais dos professores, entendendo que há um intercâmbio entre o conhecimento de senso comum e o
conhecimento científico. Tomando como referência teórico-metodológica a abordagem estrutural, tivemos por objetivo analisar as
representações sociais de autonomia e autonomia docente compartilhadas por professores do estado de Pernambuco. Coletamos
os dados por meio de teste de associação livre de palavras aplicado junto a 421 professores. Passamos por distintos momentos,
análise do conteúdo e da estrutura das representações apreendidas. Iniciamos categorizando os dados e posteriormente, com
auxílio do software Evoc, encontramos os elementos nucleares, bem como comparamos a estrutura das referidas representações.
A categorização do campo semântico de autonomia e autonomia docente nos mostrou que o conteúdo dessas representações
sociais é composto por elementos provenientes da moral, do social, do intelectual, do afetivo e do profissional. Os professores
atribuem como elementos centrais da autonomia: liberdade, responsabilidade, independência, conhecimento, decisão, segurança,
capacidade e liderança. Na representação social de autonomia docente foram evidenciados além desses elementos, aspectos de
uma dimensão profissional-pedagógica relacionada ao planejamento e ao compromisso. A partir da composição dos quadrantes
gerados pelo Evoc, realizamos uma comparação estrutural entre as associações aos dois termos indutores para compreender as
relações existentes. Foi evidenciado que algumas palavras mudam de lugar na estrutura da representação e esses ajustes
justamente ocorrem em função da dimensão pedagógica atribuída à função docente. No sistema central de autonomia docente
acontece um aumento de elementos ligados ao intelectual, caracterizando a formação necessária para a consolidação desta
profissão. A análise dessas estruturas parece trazer aquilo que Abric (2003) chama de representações encaixadas (enclosed
representations), que mantém entre elas uma relação de encaixe. Para tanto, elas mantêm entre si uma relação particular, de
hierarquia e de dependência. Com efeito, a representação social de autonomia docente é dependente da representação social de
autonomia. Os elementos novos que aparecem no sistema central do objeto encaixado são de natureza funcional – que estão
relacionados à realização da tarefa - (planejamento, escolha, competência e compromisso) e determina a especificidade da
autonomia docente, privilegiando na sua representação os elementos diretamente percebidos como pertinentes para a eficácia da
ação do professor, possuindo uma finalidade operatória (ABRIC, 1987, 2003). Além disso, estes elementos já existiam na
representação social de autonomia como elementos periféricos. Afirma Abric (2003) que as representações encaixadas têm a
característica de se referir ao mesmo tipo de valor (aquele que encontramos como elementos normativos – liberdade e
responsabilidade) presentes nas duas representações. As palavras independência e segurança que pertencem ao sistema central
de autonomia, passam a pertencer à primeira periferia de autonomia docente. Podemos inferir que na autonomia docente a
independência do sujeito deixa de ser evidente porque sua ação transcorre em uma instituição e sofre múltiplas interferências
exteriores (SACRISTÁN, 2000), bem como há objetivos educativos comuns a cumprir e normas coletivas institucionalizadas
(CONTRERAS, 2002). Portanto, o trabalho do professor se mantém em um equilíbrio entre a independência de juízo e a
responsabilidade social assumida, e é evidenciada pelo compromisso sublinhado no sistema central da representação. Entra
nesse meio o implicativo das relações que são estabelecidas, sejam elas institucionais, com outros professores ou com os alunos.
A especificidade da profissão fomenta algumas diferenças na estrutura da representação social de autonomia docente, mas a
mesma reflete a representação social de autonomia que influencia na prática também como um fim pedagógico. Nesta
perspectiva, vemos o papel atribuído ao professor na construção da autonomia de seus alunos pela sua função de orientador e
mediador. Mas para isso é necessário que se estabeleça uma relação de comunhão entre alunos e professores (FREIRE, 2002) e
entre alunos e alunos (PIAGET, 1998). Confirmamos assim, que há uma relação dialética entre como o professor representa a
autonomia e a autonomia docente, ou seja entre o que pensa sobre a sua autonomia na profissão e a autonomia enquanto um
ideal pedagógico a ser construído por seus alunos.
Palavras chave: Autonomia. Autonomia docente. Representações encaixadas.
Autor(a) Proponente: VIVIANE DE BONA
Endereço: Rua Dona Magina Pontual, 331/1001 - Boa Viagem
Recife - PE CEP: 51021-510 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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107
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS PRÁTICAS ARTÍSTICAS DOS ESTUDANTES DO CURSO DE LICENCIATURA EM
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Autor(es):
1
CRISTIENE ADRIANA DA SILVA CARVALHO
MARIA ISABEL ANTUNES-ROCHA
Neste trabalho apresentamos o resultado de uma pesquisa de mestrado que teve como propósito estudar as práticas artísticas
dos estudantes do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas
Gerais. Compreendemos as práticas artísticas como um conjunto de linguagens de Arte, concebidas e fruídas pelos sujeitos, cujo
entendimento abarca as relações da arte na sociedade. Notamos que a construção histórica das práticas artísticas incorporou
tensões e dicotomias devido às formas de apropriação destas práticas, dentre estas tensões as relações entre o erudito, o
popular, a arte didatizada e como técnica, a arte engajada e neutra e a arte como entretenimento e produção de conhecimento.
Neste trabalho discutimos especificamente a dicotomia existente entre o erudito e o popular, compreendendo-se a presença
fundamental desta nas discussões de formação dos professores do campo. Diante deste quadro, apresentamos neste estudo uma
análise do processo de construção das representações sociais dos estudantes do curso de Licenciatura em Educação do Campo,
tomando o percurso formativo da graduação como recorte de tempo para a reelaboração de suas representações sociais. Nossa
hipótese inicial era a de que os sujeitos do campo chegavam à graduação com as práticas artísticas ancoradas em referências
populares e, ao terem contato com conhecimentos eruditos pertencentes à grade curricular do curso, vivenciavam a dicotomia
entre o erudito e o popular, causando tomadas de posição nas referências de suas práticas artísticas. Para construir a análise
teórico-metodológica deste panorama, que se encontra permeado de tensões, embasamos este estudo na Teoria das
Representações Sociais, TRS, proposta por Moscovici (1978). Percebemos que a TRS possibilita a análise dos processos que
unem a dimensão cognitiva do indivíduo e também as suas ações e sentimentos, trazendo a possibilidade de análise dos
processos de pensar, sentir e agir dos sujeitos. A fim de se analisar a construção das representações sociais referenciamos nosso
estudo a partir da Abordagem Processual das Representações Sociais proposta por Jodelet (2001). A proposta metodológica
dessa pesquisa insere-se em uma abordagem qualitativa do tipo exploratório. Para tanto foram aplicados questionários
semiestruturados e realizadas vinte e duas entrevistas narrativas, a fim de compreender as experiências com as práticas artísticas
e suas repercussões nas reelaborações das suas representações sociais. Também realizamos consultas ao Projeto Político
Pedagógico do Curso de Licenciatura em Educação do Campo a fim de percebermos a organização teórica e metodológica desta
formação. Os resultados gerados nestes procedimentos nos permitiram elaborar três categorias analíticas: I- Conhecimentos
prévios; II­ práticas artísticas da formação; III­ Práticas artísticas desenvolvidas no estágio de artes. Para análise destas categorias
partimos do Modelo Espiral proposto por Antunes-Rocha (2012, 2015) a fim de se organizar os movimentos de mudança que
possibilitam a construção das representações sociais dos sujeitos. A análise deste modelo em espiral a partir das três categorias
nos permitiu destacar dois movimentos que tomaram como ponto inicial a análise as informações sobre a inserção dos alunos no
curso e como ponto de chegada as práticas dos entrevistados no estágio obrigatório de artes. O primeiro movimento denominado
“Manutenção” das representações sociais foi constituído por sujeitos que mantiveram suas formas de pensar, sentir e agir sobre
as práticas artísticas. O segundo movimento denominado “Modificação” foi marcado por modificações nas representações sociais
das práticas artísticas após as experiências na universidade. Pode-se perceber que cada um desses movimentos evidenciou as
diversas tomadas de decisão fomentando a discussão sobre os processos geradores de mudança nas experiências formativas
desenvolvidas na Licenciatura em Educação do Campo. A partir de tais movimentos também foi possível compreendermos que a
construção das representações sociais dos sujeitos durante o aprendizado no curso foi marcada pelo aprendizado enquanto
elemento fomentador de mudança. Percebemos que a informação, elemento apontado por Moscovici (1978) enquanto
fundamental para a construção das representações sociais, destacou-se como elemento principal na condução de mudanças dos
sujeitos pesquisados.
Palavras chave: Representações sociais. Práticas artísticas. Educação do campo. Formação de professores.
Autor(a) Proponente: CRISTIENE ADRIANA DA SILVA CARVALHO
Endereço: Rua Marcelino Ferreira nº 257 apto 302 - Santa Inês
Belo Horizonte - MG CEP: 31080-420 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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108
NO CAMINHO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA: O QUE DIZEM OS
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO.
Autor(es):
1
HADRYAN LIMA RODRIGUES
MARIA NUBIA BARBOSA BONFIM
Este estudo decorre da pesquisa desenvolvida no Mestrado em Educação, da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, e tem
por objetivo analisar as principais representações sociais de professores do Ensino Médio, da rede estadual de ensino, sobre
Educação Ambiental. Pretende, ainda, fornecer subsídios que possibilitem a compreensão sobre a forma como é trabalhada a
Educação Ambiental nas escolas de São Luís, através das representações desses sujeitos sobre a referida temática. A partir de
Reigota (2010), leva em consideração a transversalidade da Educação Ambiental no desenvolvimento curricular, conforme
recomendação prevista em lei. Elege como campo de investigação um Centro de Ensino Médio da rede pública, sendo que o
universo amostral é constituído pelos professores do referido Centro. Optou-se por trabalhar com o grupo de professores de uma
única escola e de um único turno de ensino, envolvendo todas as áreas trabalhadas no Ensino Médio (Português, Matemática,
Química, Física, Biologia, História, Geografia, Sociologia, Filosofia e Língua Estrangeira). Partimos da compreensão de que um
pensamento compartilhado por um grupo de professores se expressa em suas ações e que estes pensamentos, e ações,
alcançam não somente outros professores, como também os educandos e demais membros que desfrutam de um mesmo
convívio social. Apoia-se na Teoria das Representações Sociais, inaugurada por Moscovici em 1961, por entender haver muitos
pontos de convergência entre os princípios teóricos dessa teoria e o objeto de estudo. A pesquisa orienta-se nas questões: O que
pensam e o que dizem os professores sobre Educação Ambiental? Como os professores são influenciados pelas representações
sociais que possuem sobre Educação Ambiental? Como procedimento metodológico, recorre à abordagem qualitativa, além de
pesquisa bibliográfica e documental. Utiliza a técnica de análise de conteúdo, proposta por Bardin (1977) para a sistematização
dos dados coletados nas entrevistas e questionários de perfil aplicados junto aos professores. A pesquisa propicia perceber
algumas representações dos professores em análise, destacando-se, entre elas, o modo de situarem a Educação Ambiental no
contexto curricular desenvolvido no cotidiano da sala de aula e como dizem conceber a interdisciplinaridade apontada nos PCNs.
Procura, ainda, descobrir as relações existentes entre as representações desses sujeitos e os conteúdos disciplinares ministrados
em sala de aula, a partir de suas interlocuções, bem como do senso comum que expressam no cotidiano escolar. Os estudos
conduzem, ainda, para a percepção de que ainda exista uma tendência conservadora nas representações desses sujeitos, tendo
em vista que alguns expressam ideias pautadas nos avanços proporcionados pelos debates em torno das questões ambientais,
mas, a maioria parece não concretizar as ações que dizem ser adequadas ao tratamento da Educação Ambiental na escola.
Percebemos a necessidade de se conquistar novos espaços para reflexões mais aprofundadas sobre as demandas oriundas do
ambiente, do mercado e da vida. Dessa forma, emergiram alguns questionamentos, tais como: Será que a escola e os professores
estão preparados para suplantar essas necessidades? Como modificar o cenário atual? Por isso, entendemos que, ao
investigarmos as representações sociais dos professores, mesmo sem resolver os grandes problemas relacionados à Educação
Ambiental, poderemos restringi-los, e contribuir com ações que repercutam no desenvolvimento da Educação Ambiental para a
formação de cidadãos críticos e ambientalmente responsáveis.
Palavras chave: Educação ambiental. Representações sociais. Ensino médio. Professores.
Autor(a) Proponente: HADRYAN LIMA RODRIGUES
Endereço: RUA PROF. RIMATEIA CISNE, Nº 242 - MONTE CASTELO
São Luís - MA CEP: 65035-800 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Maranhão-UFMA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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109
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NO COTIDIANO DA SALA DE AULA
Autor(es):
1
GABRIELLA ALVES FERREIRA
SUELY SOUSA LIMA
FÁBIA ELINA DOS SANTOS ARAUJO
DOURIVAN CAMARA SILVA DE JESUS
Este trabalho analisa como se constrói a relação professor/aluno no cotidiano da sala de aula, o que é feito a partir das
representações sociais dos atores envolvidos diretamente no processo ensino-aprendizagem. Discute sobre a importância dessa
relação para o referido processo, procurando responder às questões: que representações sociais são captadas na relação
vivenciada entre professor e aluno? Até que ponto essas representações interferem no processo ensino-aprendizagem? Na busca
das respostas, realizamos pesquisa bibliográfica e de campo. O estudo bibliográfico desta relação foi feito tendo como aporte
básico os autores: Freire (1996), Gadotti (1999) e Zuin (2008); já para o estudo das representações sociais, utiliza o aporte teórico
inaugurado por Moscovici (1978, 2003) e seguido por Jodelet (2001), uma vez que a teoria supracitada é uma porta aberta para a
busca de respostas a questionamentos inerentes às práticas sociais de diversas temáticas. Esse saber prático (JODELET, 2001)
reflete ações e opiniões dos sujeitos referentes ao objeto representado. Nessa perspectiva, alguns elementos, sujeitos e relações
são investigados na busca pela descoberta das impressões dos agentes sobre determinado objeto, explicados através de suas
representações, numa perspectiva coletiva, sem ignorar os indivíduos. É um conhecimento que procura demonstrar a realidade
das ações. Assim, se apresenta como uma forma de mostrar a realidade cotidiana dos agentes, demonstrando o contexto no qual
os grupos se inserem, bem como suas percepções práticas partilhadas sobre determinado objeto, assumindo características
voltadas ao senso comum (MOSCOVICI, 1981). Portanto, as representações sociais são criadas e difundidas por meio da
linguagem e interação social. Assim o processo educacional constitui-se um campo propício para a análise das interferências da
comunicação social e dos valores atribuídos pelos indivíduos aos processos educacionais, bem como sobre suas interferências e
suas contribuições para os alunos. De modo geral, a Teoria das Representações Sociais é, resumidamente, uma forma de
conhecimento prático, gerado pelas pessoas no cotidiano para compreender e significar o mundo, conhecer melhor as pessoas,
ideias, comportamentos que fazem parte de seu contexto; por isso, são comunicadas e têm uma validade para tal grupo social.
Sendo assim, apresentam um caráter dinâmico e são reconhecidas como conhecimento do senso comum, são criadas como
forma de agir e compreender o real, influenciam comportamentos e permitem a comunicação entre os sujeitos. Para a realização
da coleta dos dados, foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: observação participante em sala de aula com
professores e alunos de um Curso de Licenciatura numa universidade pública, campo da pesquisa; aplicação de questionário com
perguntas abertas aos alunos, permitindo-lhes maior liberdade de expressão, elemento indispensável para a revelação das suas
representações e levantamento do perfil dos sujeitos pesquisados. Com os professores, foram realizadas entrevistas
semiestruturadas, de modo a permitir que os tópicos de maior interesse fossem abordados, tornando-se fonte importante de dados
para que os elementos constituintes das representações sociais fossem captados. O tratamento dos dados foi feito utilizando a
técnica de Análise de Conteúdo que permite a descrição, sistematização, inferência e interpretação de estudos qualitativos
(BARDIN, 1977). Os resultados apontam que as representações sociais vivenciadas e/ou construídas no cotidiano da sala de aula
ou em fase anterior, exercem influência na aprendizagem do aluno, visto que essa relação é, por natureza, essencialmente,
interativa, requerendo, por isso, um espaço dialógico em que representações formadas ou em formação respaldem-se no respeito
e confiança, criando um clima favorável para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
Palavras chave: Relação professor/aluno. Ensino-aprendizagem. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: GABRIELLA ALVES FERREIRA
Endereço: AVENIDA 12 QUADRA 119 N 08 - MAIOBÃO
Paço do Lumiar - MA CEP: 65130-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Maranhao- UFMA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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110
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO CONCEITO DE INFÂNCIA: RECORTES E RETRATOS PRESENTES NA FAMÍLIA E NA
ESCOLA.
Autor(es):
1
RITA DE CÁSSIA BRAZ CONCEIÇÃO MELO
MARIA APARECIDA BRAZ CONCEIÇÃO
Este trabalho é resultante de um estudo sobre as representações sociais de infância em duas instituições: escola e família.
Salientamos o espaço significativo que essas instituições têm na construção da identidade da criança, uma vez que são norteadas
por princípios éticos que necessitam atuar para orientar as vivências dos infantes, bem como influenciar diretamente em sua vida
adulta. Vale lembrar que a criança se encontra em processo de desenvolvimento articulado com as diferentes instituições em que
a infância está inserida e a fim de ampliar os debates em torno dessa fase, julgamos necessário identificar representações sociais
de infância presentes nos referidas espaços, considerando que o modo de ser e estar no mundo da criança é resultado da
interpenetração entre o universo infantil, os signos e a cultura do adulto e das instituições que elas fazem parte. Através de
procedimentos verbais (questionário aberto) e não-verbais (desenhos), com 35 professoras de Educação Infantil e 35 pais de
crianças com idades entre 0-5 anos da cidade de Senhor do Bonfim, situada no semiárido do Estado da Bahia, buscamos
identificar e analisar as representações sociais desses sujeitos em relação a infância, em dois momentos. Para tanto, utilizamos a
abordagem da teoria da Representação Social de Moscovici para identificarmos e analisarmos as representações sociais
presentes nos discursos e imagens produzidas pelos sujeitos pesquisados. No questionário aberto, identificamos representações
de conflito entre a infancia obediente e a infância indisciplinada, em que as professoras deixam transparecer que essas mudanças
são resultados de transformações sociais, mas culpabilizam os pais por acreditarem que a permissividade e a superproteção dos
filhos têm influenciado nessa indisciplina; nesse sentido, justificam que existem tensões nas relações entre a escola e as famílias e
constroem uma representação de educação infantil como a salvadora da infância, acreditando que os ambientes frequentados
pelas crianças antes do acesso a escola não as oportunizam experienciar relações com outros sujeitos e construir suas
aprendizagens. Já na fala dos país identificamos representações sociais de apoio, de aconselhamento, de diálogo e de
reconhecimento das limitações para brincar devido as mudanças sociais e aos perigos. Mesmo se tratando de uma cidade do
interior, fazem opção de que seus filhos se restrinjam a atividades dentro de casa como uma forma de protegê-los. Em relação as
representações sociais nas imagens produzidas através dos desenhos pelas professoras, identificamos, assim como os pais,
representações que mostram crianças em movimento de brincadeira e criação, evidenciando a curiosidade, a fantasia, o amor, o
cuidado e a proteção, corporificadas nos desenhos, unindo os significados de brincadeira com os significados de afetos. Os
resultados demonstram que as instituições pesquisadas, através de professores e pais, apresentam representações estabelecidas
por um coletivo sendo que, ao mesmo tempo, concorre para transformar esses significados, construindo representações que são
comuns para os dois grupos, como também representações que diferem em relação a infância. É possível entender que a
existência de diferentes representações que circulam nas duas instituições criam momentaneamente alguns conflitos e de alguma
maneira podem afetar o desenvolvimento da criança. As professoras reconhecem que a família é o pilar da infância, mesmo com a
permissividade por parte dos pais, pois acreditam que a atenção diferenciada para com seus filhos podem refletir no
desenvolvimento da criança. Os pais, por sua vez, evidenciaram a consciência do poder desta fase da vida, embora limitando as
atividades dos infantes em nome da proteção e do amparo. Esses resultados nos permitem concluir que as representações sociais
da infância compartilhadas por esses grupos estão ainda embasados na concepção de que a infância é a perspectiva e a
preparação para o futuro. Nesse contexto, caso não haja entre as duas instituições o dialogo e o compartilhamento como condição
sine qua non para as práticas e vivências nessa etapa da vida, poderão essas crianças terem problemas tanto de aprendizagem,
quanto de convívio social. Palavras­chave: Infância; Instituições; Representação Social.
Palavras chave: Infância. Instituições. Representação social.
Autor(a) Proponente: RITA DE CÁSSIA BRAZ CONCEIÇÃO MELO
Endereço: Rua Dom Antonio Monteiro, 185 - Maristas
Senhor do Bonfim - BA CEP: 48970-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado da Bahia- UNEB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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111
INFÂNCIA E CIDADE: AS REPRESENTAÇÕES SÓCIOESPACIAIS DA CIDADE DE CUIABÁ POR CRIANÇAS
Autor(es):
1
SANDRA REGINA GEISS LORENSINI
PAULA FIGUEIREDO POUBEL
NAIANA MARINHO GONÇALVES
JEYSSON RICARDO FERNANDES DA CUNHA
O presente estudo intenta compreender as representações sociais de crianças estudantes de escolas particulares sobre a cidade
de Cuiabá. A fundamentação teórica direciona-se pelas questões: 1. O desenvolvimento da criança e a construção do
conhecimento social (MOSCOVICI, 1978; DUVEEN, 1995; CASTORINA, 2010, 2013); 2. A construção da mentalidade judaico­
cristã ocidental sobre a cidade e suas representações (JODELET, 2002; SENNET, 1988, 1943, 2003). Sennett (1943) ajuda a
compreender possíveis pontos de ancoragem identificados nos dados, anunciando na contemporaneidade, a vida pública
representada como uma obrigação, em transações políticas e no relacionamento com pessoas fora do circulo familiar e amigos.
Isso caracteriza, segundo Sennett (1988), a decadência da vida pública e de seus fóruns, como a cidade. Na divisão entre os
espaços públicos e privados, os espaços se fragmentam, assim como as atividades da vida. O estudo ora proposto reaplicou a
metodologia utilizada em Silva (2014), buscando estabelecer um diálogo entre possíveis diferenças e semelhanças das
significações dos alunos da escola pública e privada. Os dados foram coletados com 30 crianças, com idade entre nove e 11
anos, subdivididas em grupo de 10, cada um pertencente a uma escola privada em um ponto da cidade (Leste, Oeste e Sul).
Foram colhidos desenhos da cidade, inspirado na proposta de mapas cognitivos (ALBA, 2011). Esses foram analisados através da
Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977). A análise foi realizada em três momentos: 1. Frequência dos lugares; 2.Categorização dos
mapas; 3. Análise compreensiva dos desenhos. Nos 30 mapas coletados, foram representados 171 lugares. Identificou­se que
aproximadamente 60% são espaços privados. A diferença identificada parece apontar que ao representar a cidade de Cuiabá, as
crianças pesquisadas ancoram sua representação no paradigma do privado, conforme indica Sennett (1943). A categorização dos
mapas e análise das frequências possibilitou compreender a forma do desenho escolhida pelas crianças – em sua maioria
contendo a fachada dos espaços – e o lugar que essas ocuparam na cena ao desenhar. Sugere a hipótese de uma postura de
afastamento dos espaços da cidade. Em relação ao acesso à cidade, nesta amostra, identificou-se que as crianças não se
encontram restritas aos lugares em que moram e as escolas por uma questão de possibilidade de acesso, pois os lugares
representados nos desenhos pertenciam, muitas vezes, à polos extremos da cidade. Entretanto, os dados suscitaram a hipótese
de uma restrição no perfil dos lugares, visto que grande maioria dos desenhos destacou espaços privados e voltados para o
consumo. Em adição ao ponto de vista dos espaços públicos, a rua é representada enquanto passagem, movimento (SENNETT,
1988) que liga prioritariamente lugares privados. As referências sobre o centro da cidade aparecem em número reduzido, em sua
maioria retratando as igrejas ou as lojas, o que focaliza o potencial de comércio do lugar. Não aparecem registros de estátuas ou
prédios históricos. Os monumentos são fachadas de estabelecimentos privados, o que levanta a hipótese do centro ser significado
como espaço destituído do seu caráter histórico. Neste sentido, não houve menção ao Porto, que é a região mais antiga da
cidade. O Rio Cuiabá é representado em um mapa de forma bastante abstrata e os referenciais culturais tradicionalmente
cuiabanos não aparecem nos desenhos, como os animais símbolos da cidade ou artefatos culturais. A cidade, segundo as
representações sociais das crianças retratadas nos desenhos, aparece como lugares fragmentados, visto que o trajeto é
desconhecido ou mesmo empobrecido na representação através do desenho. Na comparação com estudo de Silva (2014) a
cidade violenta é representada diretamente pelos alunos de escola pública, indicando a vivência de episódios violentos. As
crianças de escola particular anunciam o medo da violência e o seu afastamento das vias públicas em atitude de evitação e
proteção. Tais dados corroboram com os apontamentos de Sennett (1943) ao indicar o declínio do homem público. A ausência
dos elementos históricos da cidade sugerem uma postura de distanciamento em relação à um enraizamento cultural. Então, se
não há representação de uma cidade histórica e a parte mais ligada à tradição não é retratada em sua maioria, temos a
apresentação de uma cidade moderna, com viadutos, shoppings, avenidas, franquias. Essa cidade moderna é também
homogênea, sem marcações que a diferenciem de outras, mas preenchida de estabelecimentos padronizados pelo privado e pela
ordem do consumo.
Palavras chave: Abordagem ontogenética. Cidade. Criança.
Autor(a) Proponente: SANDRA REGINA GEISS LORENSINI
Endereço: Rua Esmeralda - Bosque da Saúde
Cuiabá - MT CEP: 78050-050 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Mato Grosso- UFMT
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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112
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO SER PROFESSOR NA CONCEPÇÃO DE LICENCIANDOS DE PEDAGOGIA
Autor(es):
1
ROZEMARA CABRAL MENDES DE CARVALHO
EDNA MARIA QUERIDO DE OLIVEIRA CHAMON
GILMAR LOPES DIAS
PATRICIA DIANA EDITH BELFORT DE SOUZA E CAMARGO ORTIZ MONTEIRO
Muito se tem discutido sobre a importância da formação docente para a melhoria da qualidade da educação. Não se afirma, com
isso, que o professor seja o único ou o mais importante elemento no que se refere à qualidade da educação. Essa questão
perpassa muitas outras variáveis, que necessitam ser devidamente tratadas. Esse artigo tem como objetivo relatar as percepções
e resultados de uma pesquisa cujo eixo norteador foi investigar a formação de licenciados, no intuito de compreender suas
implicações dentro da Representação Social do ser professor. Na realidade, a formação docente é um processo complexo que
envolve considerável número de aspectos, de ordem, tanto prática, quanto subjetiva, sendo ambas importantes na construção
identitária do professor. Ao ensinar, o professor coloca­se, não apenas como profissional, mas também como pessoa; por isso,
preocupar-se apenas com os saberes teóricos dos docentes não é o suficiente. – é necessário conhecer as crenças, os valores,
as opiniões que permeiam o grupo de regentes do processo de ensino. Daí a importância da teoria das Representações Sociais,
uma vez que “[...] se interessa ao conhecimento do senso comum que circula na comunicação de um grupo; aos valores e às
opiniões desse grupo; à cultura e à identidade desse grupo” (CHAMON, 2014, p. 108­109). A pesquisa trata­se de um estudo
transversal, de natureza exploratória e descritiva, realizada junto a uma população de 202 licenciandos do curso de Pedagogia de
uma Instituição de Ensino Superior do estado de Minas Gerais. A amostra foi composta por 165 sujeitos, sendo utilizado como
instrumento de coleta de dados um questionário contendo 97 questões. A referida ferramenta de coleta de dados comportou 96
questões fechadas, cuja intenção era captar os aspectos numéricos inerentes ao fenômeno analisado, bem como uma questão
aberta, por meio da qual se ensejou aprofundar as análises, investigando-se os aspectos verbais. O tratamento dos dados
numéricos foi feito por meio do Software SPHINX, sendo que os dados verbais foram analisados com o auxílio do Software
ATLAS.ti. Foi possível verificar a existência de elementos representativos na formação da identidade profissional do professor. A
análise do eixo da prática, que apresenta as intenções dos licenciados quando do exercício da atividade docente, traz indícios de
representações de um modelo de professor construído antes do ingresso no curso de formação, o que significa a idealização
dessa prática e corrobora as considerações já elaboradas sobre como se dá a construção da identidade profissional. Quanto à
escolha da profissão, a principal razão expressa pelos sujeitos da pesquisa foi o sonho com a docência, semelhante aos achados
de Gatti e Barreto (2009), mesmo considerando que a profissão de professor não apresenta boas oportunidades no mercado de
trabalho, muito menos perspectivas de um futuro promissor. Foi possível observar uma tendência à idealização da profissão, que é
representada como um sacerdócio pelo grupo de licenciandos. Essa idealização pode ser fruto de um processo histórico que se
torna constituinte do processo da construção da identidade profissional do professor e pode impactar no exercício da profissão,
uma vez que existe uma distância entre ideal e a realidade profissional. Além disso, é possível que os significados oriundos dessa
representação sacerdotal, que passam a incorporar a imagem docente, resultem em rupturas ou fragmentações identitárias, pois
os professores passam a não ter uma segurança quanto ao conhecimento que possuem, tampouco veem valorizado o papel que
desempenham na sociedade, estendendo-se essa desvalorização para a instituição escolar. Percebe-se, ainda, que muitas das
concepções acerca do “ser professor” são trazidas de outros contextos, construídas ao longo do percurso de vida dos sujeitos.
Essas representações parecem estar de tal forma arraigada, que o ingresso em um curso de formação e a vivência acadêmica
não conseguem se sobrepor a elas. Ao que tudo indica, investigar as concepções dos licenciandos sobre o “ser professor”, sua
formação acadêmica e sua construção identitária é uma forma de conhecer e compreender os aspectos que interferem nesse
processo, criando possibilidades de intervenção eficientes que colaborem na melhoria da qualidade da formação docente.
Palavras chave: Representação social. Professor. Pedagogia.
Autor(a) Proponente: ROZEMARA CABRAL MENDES DE CARVALHO
Endereço: Rua Vinte e Oito, 328 - Itamambuca
Ubatuba - SP CEP: 11680-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade de Taubaté - UNITAU
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
113
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E PRÁTICAS EDUCATIVAS EM ÁREAS RURAIS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
– PR
Autor(es):
1
MARIA CRISTINA BORGES DA SILVA
O artigo traz algumas reflexões e resultados que norteiam a pesquisa sobre Educação Ambiental nas escolas localizadas no
campo, em dez municípios da Região Metropolitana de Curitiba – Pr., a saber: Almirante Tamandaré, Adrianópolis, Bocaiuva do
Sul, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Dr. Ulisses, Rio Branco do Sul, Tunas do Paraná. É um subprojeto de
pesquisa que se insere num projeto maior, intitulado "Educação do Campo na Região Metropolitana de Curitiba - RMC:
Diagnóstico, Diretrizes Curriculares e Reestruturação dos Projetos Político Pedagógicos”, do Programa de Pós-Graduação em
Educação, da Universidade Tuiuti do Paraná- UTP, e vem sendo desenvolvido por uma equipe de pesquisadores que incluem
professores pesquisadores, mestrandos e doutorandos, assim como alunos da graduação em Pedagogia da UTP. O referido
projeto é financiado pela CAPES, e é coordenado pela Professora Doutora Maria Antônia de Souza, juntamente com Secretarias
Municipais de Educação da Região Metropolitana de Curitiba. Vem sendo desenvolvido desde março de 2013, com término em
dezembro de 2016. O subprojeto de pesquisa visa contribuir, com os aspectos centrais do projeto maior, a partir de uma Educação
Socioespacial, como proposto por Silva (2012), na qual busca tanto na educação formal, como na educação não formal, para
educandos e educadores, a interpretação do espaço vivido. O delineamento teórico e metodológico se dá por meio da Teoria da
Representações Sociais elaborada por Serge Moscovici e seus seguidores. A referida Teoria vem sendo utilizada e discutida por
inúmeros pesquisadores em diversos países e nas mais variadas áreas do conhecimento, nos possibilitando o contato com
pesquisas, que apontam resultados importantes que desvelam representações sociais, e nos orientam para construção de novos
conhecimentos. Na educação, resultados de pesquisas apontam as relações entre representações e práticas sociais, como
movimento e circulação que estão na vida e são para vida dos diferentes grupos sociais, justificando posicionamentos e
comportamentos. Por conseguinte, é necessário compreender que a prática social parece operar como uma engrenagem, que
desencadeia a dinâmica das RS, e que por vezes, faz evoluir as representações à medida que determinadas práticas sociais se
desenvolvem. Mesmo considerando, que a apreensão de uma representação é produzida e reproduzida, como também pode ser
construída historicamente, e ser variável no tempo e no espaço e por isso estão em constante mutação. Sendo assim, a Teoria
das Representações Sociais podem contribuir para reflexões das práticas educativas e da formação docente, uma vez que se
preocupa em como o conhecimento banal circula na comunicação e propaga à cultura e à identidade de um grupo. Algumas
discussões educacionais são cada vez mais suscitadas, devido à emergência de suas abordagens. Como é o caso da Educação
Ambiental e da Educação do Campo. Embora as Políticas Públicas voltadas a estas temáticas já estejam sendo debatidas há
vários anos no Brasil, ainda o assunto não está esgotado, principalmente, por entendermos que ainda há muito para avançarmos,
notadamente se considerarmos o espaço vivido, em municípios caracterizados por intensa ruralidade e vulnerabilidades
econômicas, sociais, ambientais e espaciais, como é o caso dos municípios estudados. As discussões procuram problematizar
representações sociais que foram historicamente construídas e que estão presentes até os dias de hoje e se reflete em práticas e
processos educativos. Essas questões mencionadas, pioram significativamente, quando a Educação Ambiental é aliada as
discussões relacionadas a Educação do Campo, sem considerar os documentos oficiais que lhes dão suporte. Especialmente
quando consideramos a Região Metropolitana de Curitiba, que passa a exigir, na década de 70, junto com as demais áreas
metropolitanas no país, e que visava naquele momento, reorganizar a expansão urbana, que apontava para o desenvolvimento
urbano, via integração econômica e urbana, metropolitana e regional, sem considerar as tradições, a cultura e as identidades
locais. Os resultados obtidos apontam que as representações sociais em relação ao campo, ao Movimento de Trabalhadores
Rurais sem Terras, vêm se orientando a partir da visão negativa historicamente construída no Brasil, e que as questões
socioambientais, se orientam ainda por uma visão conservadora/naturalista/pragmática, sem considerar as tramas da vida, no
espaço vivido. Sendo assim, é necessário construir novos conhecimentos sobre as questões socioambientais, sobre o campo,
considerando o lugar vivido como territórios de pertencimento, e que estes provoquem novas indagações e reflitam em novas
práticas pedagógicas e cotidianas.
Palavras chave: Educação socioespacial. Educação ambiental. Educação do campo.
1
Universidade Tuiuti do Paraná- UTP
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
114
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFESSORES DE UNIDADES DE EDUCAÇÃO INFANTIL DAS UNIVERSIDADES
FEDERAIS DA PARAIBA SOBRE A ARTE
Autor(es):
1
NORMA MARIA DE LIMA
ADELAIDE ALVES DIAS
A presente pesquisa tem como foco as representações sociais dos professores sobre a Arte na Educação Infantil. Teve como
sujeitos professores de Educação Infantil das Unidades de Educação Infantil da Universidade Federal da Paraiba. Participaram da
pesquisa onze (11) professores das duas instituições, sendo dez (10) professores do sexo feminino e um (1) do sexo masculino.
Para coleta dos dados usamos a entrevista semi-estruturada. O objetivo geral da pesquisa foi conhecer as representações sociais
dos professores sobre a Arte na Educação Infantil. Tal objetivo desdobrou-se em outros dois específicos: identificar práticas e
habilidades artísticas desenvolvidas nas instituições educativas investigadas e refletir sobre as contribuições da Arte para a
formação integral da criança. A partir dos objetivos citados o estudo foi traçando caminhos sobre como as representações sociais
sobre a Arte funcionam enquanto referências para o fazer pedagógico, como mecanismo que interferem na eficácia do processo
de educação, como imaginário social e na orientação de condutas e práticas educativas no contexto da educação infantil. O
estudo apoia-se na abordagem processual das Representações Sociais, caracterizando-se, principalmente, como um estudo de
natureza qualitativa que lida com situações sociais e suas complexidades, garantindo o acesso às condições de produção. As
pesquisas de natureza qualitativa possuem um número significativo de informações sobre a vida dos grupos pesquisados e as RS
configuram um modelo de compreensão da realidade a partir de interações dinâmicas e determinadas historicamente, onde cada
grupo social se organiza e constrói seus significados. Para a análise dos dados, utilizamos a Análise de Conteúdo onde o objeto
de estudo é o registro em si, presente em um texto, um documento, uma fala ou um vídeo. A análise fixasse apenas no conteúdo
do texto, sem fazer relações além deste, esperando compreender o pensamento do sujeito através do conteúdo expresso no
texto, numa concepção transparente de linguagem. Segundo nossa pesquisa, os professores entrevistados, em sua maioria, usam
a Arte como recurso e não como elemento contribuinte do processo formativo do ser humano e utilizam suas diversas linguagens
em atividades educativas sem a devida importância com as bases teóricas da área. Abordamos, ainda, a importância da Arte no
processo de desenvolvimento humano desde a mais tenra idade, destacando que esta contempla todas as dimensões do
processo de aprender, possibilitando um desenvolvimento global do ser humano, por ampliar as experiências cognitivas ao mesmo
tempo em que propicia vivências e interações únicas na dimensão afetiva, emocional, psicomotora e de valores. Nesse contexto,
destacamos o desenvolvimento estético-expressivo na formação global do sujeito, as concepções e práticas educacionais que
permeiam o trabalho docente na Educação Infantil; enfatizando a importância e a necessidade da supervisão específica do
professor de Arte para orientar o trabalho do professor de educação infantil com as múltiplas linguagens artísticas, dada às
particularidades do conhecimento na área específica exigido para o trabalho educacional voltado à infância. No trabalho em geral,
constatamos que os entrevistados possuem curso superior em áreas diversificadas e nenhum tem formação específica em Arte e
que as unidades de educação infantil não dispõem de profissionais na área para dar suporte aos professores nas atividades com
as linguagens artísticas. Os resultados obtidos apontam para as representações sociais dos professores da educação infantil das
duas Universidades no que se refere ao trabalho com arte na educação das crianças pequenas e suas contribuições para o
desenvolvimento expressivo, evidenciando suas formas de pensar e de agir no fazer educativo junto as mesmas, considerando a
arte como linguagem, comunicação e expressão, e como conteúdo curricular. Destacando, ainda, as contribuições da Arte na
formação integral da criança e o processo de mediação para melhoria de suas práticas. Para nós, a Arte na educação infantil
auxilia na superação das dificuldades de aprendizagem, bem como estimula a criatividade, o desenvolvimento da mente e o
reconhecimento das inteligências nos indivíduos. Com isso, a Arte justifica-se como uma das atividades primordiais na formação
humana desde o início da educação escolar. Por fim, entendemos que a utilização consciente e contextualizada da Arte no
processo formativo proporciona, de forma significativa, o desenvolvimento criativo, emocional e racional das crianças.
Palavras-chave: Representações sociais. Educação infantil. Arte. Desenvolvimento estético-expressivo.
1
Universidade Federal da Paraiba - UFPB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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Teresina/Piauí/Brasil
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115
VALORES COMO REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: TIPOLOGIAS DE RESPOSTAS EM VALORES DE SOLIDARIEDADE E
CONVIVÊNCIA DEMOCRÁTICA.
Autor(es):
1
MARIA SUZANA DE STEFANO MENIN
MARIALVA ROSSI TAVARES
PATRICIA PATRICIA UNGER RAPHAEL BATAGLIA
LUCIENE REGINA PAULINO TOGNETTA
Realizamos uma pesquisa com o objetivo de desenvolver um instrumento para mensurar a presença e o modo de adesão aos
valores de justiça, respeito, solidariedade e convivência democrática em alunos do Ensino Fundamental (segundo ciclo), do
Ensino Médio, e professores da Educação Básica. Foram construídos itens na forma de histórias como situações-problema, com
questões sobre o que se deveria fazer e foi aplicado um questionário de forma aberta, num estudo piloto, e de forma fechada, em
cerca de dez mil participantes, entre estudantes e professores de escolas públicas e particulares do estado de São Paulo. A
perspectiva teórica para a construção do instrumento baseou-se, principalmente, em autores da psicologia do desenvolvimento
moral, tais como, Piaget (1977), Kohlberg (1992) e Selman (1980) e foi usado o conceito de perspectiva social para propor três
modos de adesão aos valores: perspectiva social egocêntrica, sociocêntrica, e moral. Entendeu-se por perspectiva social o modo
como pessoas se posicionam em relação a outras, interpretam seus pensamentos e sentimentos e consideram seu papel e lugar
na sociedade (Kohlberg, 1992). A escala foi desenvolvida de acordo com a Teoria da Resposta ao Item (TRI), no modelo
Samejima (Araújo, Andrade, Bortoloti, 2009). Neste texto, com base no conceito de polifasia cognitiva de Moscovici (1978) e de
representações sociais normativas de Doise (2002), discutimos como as respostas ao questionário, tanto abertas, no estudo piloto,
como na escolha de alternativas, na aplicação final do questionário, podem apresentar tipologias de respostas que podem revelar
representações sociais normativas, isto é, relativas a tomadas de posição em valores (DOISE; 2002; FLAMENT; 2001; MENIN;
2007). Desse modo, respostas em diferentes perspectivas sociais podem revelar tipos de posicionamentos em valor que podem
convivem num mesmo grupo de pessoas, ou em grupos diferentes, e não apenas estágios fixos de desenvolvimento em sucessão
obrigatória. Assim, um mesmo grupo de indivíduos pode mostrar uma tipologia de respostas, ou uma forma de posicionamento na
adoção de um valor, e outra tipologia, ou posicionamento para outro valor, conforme pressões do meio social, propagação maior
de certos modos de pensamento ou divulgação de ideias. Para essa discussão, comparamos os resultados de dois valores que se
mostraram mais diferentes: solidariedade e convivência democrática. No valor de solidariedade obtivemos um modo de adesão ao
valor mais relacionado a convenções sociais (71% e 84% para crianças e jovens respectivamente) e também a princípios morais
(71% para professores); isto é, respostas tipificadas pela exposição de regras, normas e, ainda, de princípios morais propriamente
ditos. No valor de convivência democrática predominou um modo de adesão em perspectiva social egocêntrica (87% e 78% para
crianças e jovens respectivamente) com respostas tipificadas por exposições de necessidades individuais e proteção do próprio
sujeito e, para professores, respostas convencionais (100%). Discutimos a expressão de valores como representações sociais
(MENIN, 2014) e buscamos explicar porque solidariedade e convivência democrática aparecem de forma tão diferente em nossa
população refletindo, provavelmente, certas características culturais brasileiras. Exemplificamos como a solidariedade faz parte do
ideário considerado “politicamente correto” relacionado ao “brasileiro afetivo e solidário” (DaMatta, 2004; Tamayo, 2007) e como o
uso do diálogo com a participação de um coletivo na busca de um bem comum é raro e até estranho em nossas práticas de
resolução de problemas coletivos; daí a pouca adesão, ou adesão egocêntrica, ao valor de convivência democrática.
Palavras chave: Valores. Representações sociais normativas. Valores como representações.
Autor(a) Proponente: MARIA SUZANA DE STEFANO MENIN
Endereço: Rua Artur Prado 479 apto 61 - Bela Vista
São Paulo - SP CEP: 01322-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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116
ESCOLA PAIDOCENTRISTA OU PEDAGOGISTA? REPRESENTAÇÕES SOCIAIS A CERCA DE ESCOLA POR
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
Autor(es):
1
ANDREA VELLOSO
LUCIANO LUZ
Resumo: O Ensino Médio no Brasil tem sido alvo de estudo cada vez mais frequente, contando com as mais diversas abordagens,
desde a História à Sociologia, bem como da Política Educacional à Prática Pedagógica. No entanto, escassas são as pesquisas
que aprofundam sobre as distintas identidades `ensino médio diurno e `ensino médio noturno´, assim como a forma que os
professores, que atuam nestas identidades, compartilham, interagem, estabelecem ideias, crenças e expectativas acerca da
escola. Portanto, o presente trabalho tem como principal finalidade, a partir de um estudo de caso em uma escola pública da
região da periferia do Estado do Rio de Janeiro - RJ/ Brasil, compreender como as Representações Sociais e os discursos desses
professores, pertencentes a uma mesma modalidade de ensino, porém de diferentes turnos, foram sendo estabelecidos e, com
isso, somar aos esforços da pesquisa no sentido de contribuir para práticas efetivas que interfiram na realidade escolar com o
intuito de amenizar as distorções entre as distintas identidades: `ensino médio diurno´ e `ensino médio noturno´. Para a
identificação das Representações Sociais de 55 professores que atuam somente no Ensino Médio (30 do diurno e 25 do noturno)
acerca do tema indutor `escola´ nos apropriamos da Teoria do Núcleo Central (ABRIC, 2008), ao qual utilizamos o Teste de
Associação Livre de Palavras. A análise e o tratamento dos dados foram realizados com o auxílio do software EVOCATION 2000
(VERGÉS et al, 2002) que identifica os possíveis elementos do Núcleo Central da Representação Social, considerando, para tal, a
frequência (f) e a prevalência das palavras (ordem média de evocação - OME). Para analisar os discursos dos professores sobre a
questão ` o que você busca na escola?´ foi utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo - DSC (LEFEVRE; LEFEVRE, 2000).
Os resultados demonstraram que, para os professores do diurno, a Representação Social acerca de escola está restrita aos
aspectos cognitivos racionais, sem a figura do professor. Surgindo no Núcleo Central os vocábulos `aprendizagem´ (f=8; OME=
2,66), `alunos´ (f= 5; OME= 2,60) e `conhecimento´ (f= 5; OME= 2,60). Portanto, o que emerge das evocações desses professores
parece ser uma representação ligada ao discurso normativo relativo à escola, ou seja, espera-se que na escola, os alunos devam
ser ativos no processo ensino-aprendizagem, configurando, assim, uma visão paidocentrista da educação. Diferentemente, no
Núcleo Central da Representações Sociais dos professores que lecionam no noturno aparecem: ` educação´ (f= 8; OME= 2,12),
`aluno´ (f= 7; OME= 1,00), `conhecimento´ (f= 6; OME= 2,66), `compromisso´ (f= 5; OME= 2,20) e a figura do `professor´ (f= 5;
OME= 2,40). Dessa forma, merece destacamos que no Núcleo Central desses professores, o termo `conhecimento´ aparece como
aspecto cognitivo, bem como o elemento `compromisso´, o que possivelmente, reflete e/ou reforça o maior grau de envolvimento
desses professores para com um turno de alunos trabalhadores, sugerindo, portanto, uma visão pedagogista da educação por
esses professores. No que tange às expectativas sobre o que esses professores `buscam na escola´, verificamos que os
professores do diurno anseiam por uma escola que transmita conhecimento (Ideia Central: transmissão de conhecimento - 58%),
enquanto que os professores do noturno não apresentaram expectativas coletivas. De uma forma geral, embora os professores
lecionem na mesma modalidade de ensino - Ensino Médio - apresentam crenças e expectativas distintas acerca da escola quando
lecionam em diferentes turnos. O que nos sugere propor que respeitem as distintas identidades e não as tratem como uma
identidade única, tal qual fazem as leis que regem a educação nesse país.
Palavras-chave: Identidade escolar. Ensino médio diurno e noturno. Expectativas de professores.
Autor(a) Proponente: ANDREA VELLOSO
Ensino das Ciências na Educação Básica- PPGEC
Universidade UNIGRANRIO (55 21) 2672 7763
1
- Universidade do Grande Rio- UNIGRANRIO
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
117
PROCESSO IDENTITÁRIO DE GESTORES EDUCACIONAIS DE ESCOLAS DE ALTO E BAIXO IDEB, REVELADO PELA
TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS.
Autor(es):
1
ANDREA VELLOSO
LUCIANO LUZ
Resumo: As escolas que compõem o sistema de ensino básico apresentam resultados bastante diferentes quanto ao desempenho
escolar. Mesmo ignorando as instituições privadas e observando as escolas públicas, são marcantes as diferenças entre as
inúmeras Unidades espalhadas pelo país, notadamente quando se analisa a avaliação apresentada pelo Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica- IDEB. As explicações plausíveis para explicar essas diferenças tão marcantes e
aparentemente óbvias para a qualidade da educação vão desde escolas bem equipadas, com professores qualificados, com uma
prática pedagógica inovadora, até a qualidade dos gestores. No entanto, há que ter certo cuidado, pois o que, em educação,
muitas vezes parece óbvio, perde a evidência diante de contextos sociais tão adversos. Uma preocupação bastante recorrente
nas pesquisas educacionais encontra-se na questão do fortalecimento das lideranças dos gestores educacionais desse país. Visto
que, existe uma premissa, suportada por um senso comum, mas ainda muito discutida no mundo acadêmico, em que declara que
a qualidade da escola está diretamente relacionada à qualidade da gestão escolar. Para Boccia (2011), a ação do gestor escolar
pode proporcionar o sucesso quanto ao fracasso dentro do espaço educativo. Sendo assim, se considerarmos que o
comportamento das pessoas é mediado pelas Representações Sociais que se tem às reações das pessoas frente a outras
pessoas e aos objetos sociais (MOSCOVICI, 2003) e que, portanto, muito têm a contribuir para a análise e busca de soluções para
os problemas sociais (ABRIC, 1998). O presente trabalho utiliza-se desse aporte teórico para identificar o conteúdo e a estrutura
das Representações Sociais de gestores educacionais de escolas de diferentes índices de desempenho acerca do papel que
exercem. Dessa forma, mesmo que seja um estudo de caso no âmbito da periferia do Estado do Rio de Janeiro/Brasil,
acreditamos que analisar a representação acerca de `ser diretor (a) de escola´ aos quais gestores explicitam o seu conteúdo, as
suas dimensões e o seu processo de formação; significa oferecer informações de especial relevância para a compreensão do
processo identitário desses gestores que atuam em escolas de alto e baixo IDEB e, por conseguinte, o papel que realizam na
contemporaneidade, contribuindo, assim, para que o conhecimento dessas representações tenha importantes implicações para
uma possível intervenção nos cursos de formação de gestores educacionais. Participaram desta pesquisa 36 gestores de escolas
municipais da Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguaçu - SEMED/NI. Foram escolhidas escolas de alto (4 a 5,5) e baixo
IDEB (0 a 2,9). Para a coleta de dados foi utilizado um formulário para o registro de evocações, a partir da Técnica de Assoc iação
Livre de Palavras - ALP, que teve como expressão indutora `ser diretor (a) de escola´. As evocações dos sujeitos da pesquisa
foram tratadas a partir do software Ensemble de Programmes Permettant L´analyse des Évocations - EVOC (VÈRGES, 2000),
para obtenção do quadro de quatro casas. Nossos resultados demonstraram que para `ser diretor (a) de escola´,
independentemente do índice de desempenho das escolas, é preciso abdicar-se afetivamente ao cargo em prol de uma imposição
talvez oriunda da função ou de normas superiores. O Núcleo Central dos gestores de escolas de alto IDEB é mais conciso,
formado por: `dedicação´ (f=8; OME= 3,75) e `compromisso´ (f= 7; OME= 3,00). O que nos sugere que, para esse grupo, `ser
diretor (a) de escola´ é "sacrificar-se" em prol do cumprimento da função. Enquanto que para os gestores de escolas de baixo
IDEB, `ser diretor (a) de escola´ é algo mais abrangente, incidindo em: `responsabilidade´ (f= 10; OME= 2,90), `compromisso´ (f=6;
OME= 3,17), `democracia´ (f= 6; OME= 2,33) e `paciência´ (f=5; OME= 3,00). Sugerindo-nos que, além do "sacrifício" inerente ao
ofício, é preciso agir com responsabilidade pelos seus atos ou pelos de outrem, ter paciência para exercer a função e em tentar
compor uma gestão participativa. Em linhas gerais, o nosso trabalho demonstra certa angústia que gestores escolares possuem
para cumprirem o seu papel no interior das escolas, talvez essa angústia seja fruto de contextos diversos as quais os gestores não
estão preparados ou não têm autonomia para resolverem, talvez possa ser a falta de cursos de formação de gestores que
debrucem para o fortalecimento das relações interpessoais, ou quiçá pela desvalorização do profissional professor-gestor, ao qual
é o grande "maestro" de uma grande orquestra denominada escola.
Palavras-chave: Gestão escolar. Identidade profissional. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: ANDREA VELLOSO
Ensino das Ciências na Educação Básica- PPGEC
Universidade UNIGRANRIO (55 21) 2672 7763
1
- Universidade do Grande Rio- UNIGRANRIO
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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118
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS ACADÊMICOS E EGRESSOS DA PROFISSÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL
Autor(es):
1
LETÍCIA ROCHA DUTRA
VICENTE SARUBBI JÚNIOR
PAULO ROGÉRIO GALLO
PAULO AFRÂNIO SANT’ANNA
Introdução: A terapia ocupacional é uma das profissões da área da saúde que existe a mais de um século. Entretanto, seja por
leigos ou profissionais da saúde, a terapia ocupacional ainda é representada como uma mera ocupação, como uma profissão que
necessita de outro profissional para prescrever suas condutas, ou desconhecida. Diante desse contexto torna-se relevante
compreender no campo da formação como acadêmicos, que cursam terapia ocupacional, e egressos, representam sua profissão.
Objetivo: Esse estudo teve como objetivo analisar as representações sociais dos acadêmicos e egressos do curso de terapia
ocupacional acerca da sua profissão. Método: Trata-se de um estudo misto com delineamento transversal e amostragem não
aleatória, com dados coletados no mês de novembro de 2014. Participaram do estudo, acadêmicos e egressos do curso de
terapia ocupacional da UFMG (n=100). Para a coleta de dados foi aplicada a técnica de evocação livre de palavras, frente ao
termo indutor ‘pensar na profissão de terapia ocupacional’. Os dados foram processados pelo software EVOC2005. As evocações
geradas pelo quadro de quatro casas de Vergès foram processadas pelo programa EVOC- COMPLEX para a identificação e
comparação das evocações dos subgrupos presentes – acadêmicos dos períodos iniciais, finais e egressos. Para ampliação e
mapeamento das evocações encontradas no quadro de quatro casas de Vergés, utilizou-se a análise hierárquica por similaridade
e a análise de implicação processadas pelo software CHIC. Resultados: Foi possível encontrar duas evocações com significativa
presença, independência e autonomia, evidenciadas por sua alta frequência e baixa OME (software EVOC2005), e pela forte
associação de similaridade = 0.99 e índice de confiança = 0.98 (software CHIC). Ainda, como possível presença no núcleo central,
foram encontradas as evocações reabilitação, ocupação, funcionalidade e cuidado. O grafo de implicação processado processo
pelo software CHIC permitiu identificar como as evocações aparecem associadas e inter-relacionadas nos três subgrupos
analisados - índice de confiança = GEF 0.71; GIE 0.61; GI 0.57. A verificação das palavras presentes na zona de contraste
possibilitou identificar a evocação inclusão presente no subgrupo dos acadêmicos dos períodos iniciais, como uma importante
representação emergente para esse subgrupo, referida como a mais importante palavra evocada, no total das vezes em que foi
citada. Conclusão: Os acadêmicos e egressos do curso de terapia ocupacional expressam a autonomia e a independência como
valores a serem adquiridos da formação do profissional. O desejo de garantir o máximo de autonomia e independência possíveis
aos seus clientes, durante suas intervenções, reaparece nas justificativas em que são referidas como os termos mais importantes
quando evocados. Este posicionamento emblemático salienta como os grupos estudados expressam a profissão, mediados por
representações que definem um caráter mais ideológico para as práticas voltadas ao cuidado, e pouco crítico a respeito da
profissão. A inclusão social, que é trazida com grande importância para o grupo dos acadêmicos dos primeiros períodos e,
ausente nos grupos de acadêmicos dos períodos finais e egressos, indica quão importante se torna a escolha de disciplinas na
estrutura curricular, seja por temática ou período ministrado, ao contribuírem para a objetivação das representações acerca da
profissão.
Palavras chave: Terapia ocupacional. Educação. Ocupação.
Autor(a) Proponente: LETÍCIA ROCHA DUTRA
Endereço: rua pedro seabra 151 a - jardim
Diamantina - MG CEP: 39100-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri- UFVJM
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
119
DOCÊNCIA NA PÓS-GRADUAÇÃO: CONCEPÇÕES E IMAGENS DE PROFESSORES E ESTUDANTES
Autor(es):
1
ANAMERICA PRADO MARCONDES
SANDRA LÚCIA FERREIRA
O estudo tem como foco a avaliação da docência, no âmbito da autoavaliação institucional e objetiva explorar as concepções e as
imagens que professores e estudantes da pós-graduação têm do docente na sala de aula e no processo de orientação. A
docência se constitui como um conceito multifacetado e de difícil definição, trazendo entraves a uma avaliação que considere a
totalidade das dimensões que ela comporta. Outro desafio é o fato da avaliação da docência estar permeada por valores e
sentidos, espaços de poder e conflitos de interesses, que interferem tanto na aceitação dos processos avaliativos, como na
utilização de seus resultados. Além disso, a avaliação está associada a representações sociais de controle e regulação, traz
também, em sua natureza, o caráter de desvelamento da realidade e perspectivas de mudanças associadas aos objetos
avaliados, o que acarreta medos, inseguranças, por vezes, resistências. Considerando estes elementos, investigar a avaliação da
docência demanda estudos considerando uma abordagem psicossocial necessária à compreensão de sua complexidade,
reconhecendo as subjetividades e as interações entre o individual e o social na produção da realidade. Assim, o estudo alicerçouse na Teoria das Representações Sociais, por sua possibilidade de compreensão dos sistemas de saberes de um grupo,
considerando, simultaneamente, diferentes dimensões representacionais – subjetiva, intersubjetiva e objetiva(imagem). Explorou
informações de um questionário on line contendo três itens dissertativos. Ele foi respondido por 427 estudantes e 114 professores
dos diferentes programas de pós-graduação stricto sensu de uma instituição de educação superior. Para tratamento e
interpretação dos dados utilizou-se a Análise de Conteúdo e o processamento pelo software Alceste. Este gerou, a partir do corpo
textual, um aproveitamento de 80% das Unidades de Contexto Elementar (UCE) das respostas dos professores e um
aproveitamento de 84% das respostas dos estudantes, revelando discursos homogêneos passíveis de análises e conclusões,
conforme critérios do programa. Tais unidades foram organizadas em classes, que compõem categorias, com suas relações. A
análise das respostas dos professores esboçou quatro classes ou blocos de sentidos, envolvendo a docência: 1) Especificidades
do profissional professor de pós-graduação (44% das UCE); 2) Produção de conhecimento: sujeito e orientador (14%); 3)
Docência e orientação: responsabilidades (30%) e 4) Relação com o estudante e compromisso (12%). Para as respostas dos
estudantes também foram gerados quatro classes ou blocos de sentido: 1) orientação: acompanhamento, auxílio e controle (30%);
2) docência na sala de aula: conhecimento, avaliação, didática e disponibilidade (35%); 3) Especificidades da avaliação do
docente da pós-graduação (21% das UCE); e 4) Produção de conhecimento: professor incentivador e parceiro (14%). Esses oito
blocos de sentido compuseram uma matriz avaliativa de indicadores que se constituiu a base para a construção de um
instrumento de avaliação. A realização do estudo permitiu considerar que, ao aceitar um modelo participativo da avaliação na
instituição, ouvindo os implicados sobre suas concepções da docência, incorpora-se a subjetividade dos sujeitos envolvidos no
processo, distanciando-se de um enfoque predominantemente assentado em medidas objetivas de variáveis. Os dados
evidenciaram que os professores apresentam uma imagem da docência em que prevalece a condição do especialista na área,
produtor de conhecimento expressando uma representação bastante consolidada de um professor de pós-graduação. Pelo grau
de importância, há destaque aos aspectos normativos do exercício da docência quer seja nas aulas ou no processo de orientação.
Além disso, os docentes pesquisados salientam a necessidade de investimentos na autonomia dos estudantes resultante de um
processo relacional. Os dados coletados juntos aos estudantes compõem a imagem da docência com elementos voltados para o,
acompanhamento, disponibilidade, auxílio, e controle da produção dos estudantes. Complementam com aspectos ligados ao
domínio e atualização do conhecimento bem como de processos didáticos. Têm expectativas de um docente incentivador da
produção e divulgação do conhecimento em parceria com o estudante. Uma análise comparativa entre os elementos constitutivos
da imagem da docência apresentada pelos dois grupos, dentre outros aspectos, mostra um afastamento entre a expectativa do
processo relacional na relação pedagógica; por um lado os docentes revelam uma preocupação com a autonomia do estudante e
este, por outro lado revelam uma demanda de maior dependência. Os resultados parciais da pesquisa também apontam que
processos avaliativos nesse modelo produzem conhecimentos valiosos para a compreensão da docência em sua complexidade,
inserida na dinâmica e no contexto dos programas e da instituição.
Palavras-chaves: Docência na pós-graduação. Práticas avaliativas institucionalizadas. Construção de instrumento.
1
-Pontificia Universidade Católica de São Paulo-PUC SP
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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120
PROPOSTA PEDAGÓGICA E PROJETO REPRESENTACIONAL: APROXIMAÇÕES POSSÍVEIS
Autor(es):
1
SANDRA REGINA GEISS LORENSINI
IURY LARA ALVES
CAMILA CRISTINA FERREIRA RAMOS
A presente proposição busca estabelecer pontos de aproximação entre duas noções: projeto representacional (GASKELL, 1999
apud TEIBEL, 2014) e adesão representacional (CAMARGO; BOUSFIELD, 2014). Para tanto destaca a análise, ainda em caráter
exploratório, do caso da Proposta Pedagógica para a Educação Infantil de Cuiabá-MT (PPEdInf/Cuiabá) e o projeto Bugrinho pra
gente miúda (ALVES, 2014) tomado como exercício de negociação e compartilhamento de significados anunciados pelo projeto
representacional subjacente a PPEdInf/Cuiabá. No que se refere ao primeiro aspecto da proposição, objetiva-se delinear os
significados subjacentes ao projeto representacional inscrito na PPEdInf/Cuiabá destacando algumas de suas categorias
temáticas a saber: representação de criança e professor na Educação Infantil, educação da criança pequena, cuidar e educar na
infância, tempos e espaços de infância, metodologia de projetos. A noção de projeto representacional é entendida nesta pesquisa
a partir dos estudos de Bauer e Gaskell (1999), apresentada por Teibel (2014), que demonstra que um objeto social está sempre
permeado pela presença da experiência social que possui, assim como por uma questão temporal onde se respeita o passado do
mesmo e se pressupõe um futuro, considerando este como um projeto a se executar, integrando ambos os sujeitos na relação que
possuem com o objeto. A autora ainda afirma que “A ideia de projeto atrelada às representações sociais está associada com o
fato que as representações de um grupo fornecem as razões que guiam os sujeitos a agir e a planejar em direção a um futuro”
(2014, p. 6). Deste modo, parte-se do pressuposto que a teoria das Representações Sociais, por meio da expressão projeto
representacional contribui para a compreensão das explicitações apresentadas nas orientações políticas-pedagógicas do referido
documento, permeado por significados que anunciam necessidade de mudanças do campo simbólico e pragmático da Educação
Infantil. Tal documento, inspirado nas discussões acadêmicas iniciadas ainda no final do século XX e no campo das políticas
públicas para a infância, requer das instituições, comunidades e atores sociais movimentos de participação e adesão ao projeto
representacional que anuncia a criança como sujeito de direito e de cultura cuja interlocução passa pelo seu caráter reprodutivo
mas também criativo ao alcance de metodologias que valorizam a horizontalidade da relação adulto-criança. O segundo aspecto
do estudo dedica-se a análise dos processos de negociação dos significados anunciados pela proposta em atenção às condições
de emergência das representações sociais em uma comunidade escolar. Neste exercício, destaca-se a noção de adesão
representacional como o grau de adoção das idéias pertencentes a determinadas representações sociais e práticas a elas
vinculadas, envolvendo intenções e níveis de engajamento do sujeito (CAMARGO; BOUSFIELD, 2014). Deste modo analisa­se o
projeto Bugrinho pra gente miúda (ALVES, 2014) considerando-o caso singular que possibilita a compreensão dos processos de
negociação e compartilhamento de significados presentes na comunidade escolar no diálogo com a PPEdInf/Cuiabá. Os dados
analisados destacam a narrativa como noção orientadora da prática docente vinculada aos processos identitários das crianças, da
docente envolvida no processo e da própria instituição aliada ao conceito de vivência (VIGOTSKI, 2010). Por meio da ênfase na
linguagem, mais especificamente na narrativa, foram levadas em consideração categorias tais como alteridade (diálogo com a
história de vida do patrono da escola, poeta Silva Freire - o Bugrinho), processo identitário, autoria infantil e pertencimento
institucional. Frente tais categorias, tem sido recorrente a problematização acerca da identidade institucional como elemento para
se promover o sentimento de pertencimento grupal das crianças e dos profissionais dessa unidade de ensino anunciando
possibilidade de maior debate entre os professores da instituição em estudo. Estudos sobre os efeitos da focalização e distorção
das representações sociais são indicados no escopo do trabalho.
Palavras chave: Projeto representacional. Adesão representacional. Proposta pedagógica para a educação infantil.
Autor(a) Proponente: SANDRA REGINA GEISS LORENSINI
Endereço: Rua Esmeralda - Bosque da Saúde
Cuiabá - MT CEP: 78050-050 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Mato Grosso- UFMT
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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121
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE OS ADOLESCENTES NO ESPAÇO ESCOLAR
Autor(es):
1
ADRIANA OLíVIA DA SILVA
DIONÉIA MOURA DE SOUZA
RENALDO FERREIRA DA SILVA
SUZZANA ALICE LIMA ALMEIDA
Os últimos anos têm sido marcados por uma rigorosa reflexão crítica e pela busca de caminhos para a promoção de ações
educativas que primem pela erradicação do esvaziamento e da repetência escolar. Convivendo com os discursos, programas e
projetos em prol da qualidade educacional, a marginalização de seres humanos na escola pública do Ensino Fundamental
continua a assumir proporções inaceitáveis de exclusão em pleno século XXI. Com foco nesta problemática a presente pesquisa
assumiu como objeto de estudo as Representações Sociais sobre o que é ser adolescente, compartilhadas pelos sujeitos
envolvidos com a educação do referido público. O conceito de representação social foi proposto por Moscovici (1961) na década
de 60 e refere­se a “um conjunto de conceitos, proposições e explicações criados na vida quotidiana no decurso da comunicação
interindividual” (p.181). Neste prisma, a pesquisa realizada objetivou identificar as Representações Sociais elaboradas sobre o que
é ser adolescente, dentro do espaço escolar. Para possibilitá-la foram escolhidas duas escolas públicas da rede municipal como
locus desta investigação: Escola Municipal José Antônio dos Santos e Escola Municipal Marcelino Crisóstomo, situadas, nas
comunidades rurais de Jacunã e Gameleira, no município de Jaguarari-Ba a 11 e 13 km da sede do município, respectivamente. A
escolha do locus teve por elemento motivador a angústia cotidiana vivenciada pelos professores/pesquisadores que atuavam nas
referidas escolas e muitas vezes sentiam-se impossibilitados de encontrarem soluções para as demandas e problemas como o
alto índice de reprovação e evasão existentes nestas escolas, especificamente no ano letivo de 2006, em que estas escolas
apresentaram dados acadêmicos que ilustram a realidade do fracasso escolar, uma vez que dos 175 discentes matriculados no
Ensino Fundamental II, na Escola Municipal José Antônio dos Santos, apenas 57% obteve aprovação e dos 338 matriculados na
Escola Municipal Marcelino Crisóstomo, somente 62% foi aprovado para a série seguinte. Na busca de respostas a pesquisa foi
pautada na psicologia social, na perspectiva da abordagem qualitativa com enfoque fenomenológico e partiu da seguinte pergunta:
Quais as representações sociais sobre o que é ser adolescente que transitam nas escolas que os atendem? Com base nesta
questão realizou-se uma entrevista e dinâmicas de grupo para visualização de mapas mentais, com 15 (quinze) adolescentes de
5ª à 8ª série, 15 (quinze) professores, 06 (seis) membros do colegiado escolar; 05 (cinco) auxiliares de serviços gerais e 05 (cinco)
membros da equipe gestora, na tentativa identificar as representações sociais compartilhadas pelo coletivo escolar. Por
conseguinte procedeu-se com a análise dos dados e a organização das informações por categorias. As representações sociais
identificadas para caracterizar os adolescentes, por parte do corpo docente, pelos gestores e demais funcionários das escolas
estudadas demonstram que as características atribuídas circulam nos discursos como temáticas norteadoras do grupo. Os
adolescentes são percebidos através de representações sociais que, em sua maioria, os estigmatizam como incapazes de
conviver em sociedade, por serem apáticos aos aspectos sociais e por não serem tolerantes com os demais sujeitos sociais,
apresentando características rebeldes ou agressivas. Ao conviver com estes estigmas produzidos e divulgados coletivamente os
adolescentes tendem a comportarem-se segundo a visão social do seu grupo de convivência. Neste prisma, a visão repleta de
estereotipia também é compartilhada pelos próprios adolescentes envolvidos na pesquisa. Assim, foi possível dar visibilidade à
relação entre a visão, discurso e a ação dos atores do processo educativo que o público adolescente é estigmatizado pela
comunidade escolar como desinteressado, rebelde agressivo e alienado, sendo apontados assim, como principais culpados pelo
fracasso escolar. Esta visão tem promovido o distanciamento entre o adolescente e a escola. Na pesquisa realizada, a partir da
amostra analisada, podemos concluir que se não considerarmos os aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos envolvidos
no processo educativo, os distanciamentos com os problemas que exigem intervenção imediata são cada vez mais ampliados.
Urge a necessidade de compreendermos que as representações sociais elaboradas são frutos de uma subjetividade proveniente
do reconhecimento das produções imaginárias das pessoas as quais atribuem sentidos e significados para as coisas do mundo e
daí processam suas escolhas e comportamentos e por isso mesmo carecem de reflexões e análises.
Palavras chave: Educação. Representação social. Adolescente.
Autor(a) Proponente: ADRIANA OLÍVIA DA SILVA
Endereço: Rua do Engenho 452 - Centro
Jaguarari - BA CEP: 48960-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado da Bahia- UNEB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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122
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DE ENSINO MÉDIO SOBRE O ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
Autor(es):
1
KÁTIA ROSA AZEVEDO
TERESA CRISTINA SIQUEIRA CERQUEIRA
RESUMO A escolarização do aluno com deficiência intelectual em escolas regulares de ensino médio é uma conquista irrevogável
e necessária para o desenvolvimento psicossocial e cognitivo desses educandos, além de representar os anseios nacionais e
globais pela construção de uma sociedade mais justa e consciente dos direitos fundamentais. Contudo, a efetivação factual dessa
proposta exige dos professores novos posicionamentos que implicam representações sociais favoráveis à mudança das condições
atuais, rumo à adequação das ações pedagógicas à diversidade dos aprendizes. Movidos por essa preocupação, a presente
pesquisa teve como objetivo investigar as representações sociais dos professores de ensino médio das escolas públicas de
Brasília sobre a inclusão de alunos com deficiência intelectual e relacionar essas representações com a experiência e formação
desses professores. Trata-se de uma pesquisa que teve como lente teórica a Teoria das Representações Sociais e a literatura
referente à inclusão. As análises dos dados foram estruturadas a partir de dois momentos. No primeiro momento, fizemos a
aplicação do questionário da TALP aos 115 professores de 11 escolas públicas e procedemos às análises desses dados com
auxílio do software EVOC. Essa análise foi realizada inicialmente com os 115 professores e, posteriormente, apenas com aqueles
que declararam ter formação em educação inclusiva. No segundo momento, realizamos entrevistas semiestruturadas com nove
professores com experiência pedagógica com aluno com deficiência intelectual no segmento de ensino médio. Para analisar as
entrevistas, utilizamos de uma adaptação da análise de conteúdo, proposta por Bardin (2002). Concluímos que as representações
sociais de professores estão objetivadas no binômio legítimo, porém, difícil. Assim, o aluno com DI é representado como especial,
porém, imperceptível, discriminado e gera desafio e dificuldade para o professor que se sente despreparado e não valorizado,
portanto, desmotivado para realizar mudanças. O elemento dificuldade em destaque nas representações dos professores deixa
entrever que sob influência do paradigma social, a dificuldade que antes era considerada própria da pessoa com deficiência se
desloca agora para a escola, que também precisa rever sua atuação, e se traduz em dificuldade para o professor. O aluno com
deficiência intelectual, em turmas regulares de ensino médio, consiste em desafio porque desequilibra o ambiente escolar e
provoca um momento de revisão das práticas pedagógicas convencionais e conservadoras. A inclusão desse grupo de alunos é
para os professores de ensino médio uma situação não familiar que os instiga a realizarem o que a princípio parece estar além de
suas competências ou habilidades. Essa representação contrasta, entretanto, com a representação social específica de um
subgrupo de professores que apresenta formação continuada em educação inclusiva. Para esse subgrupo, o aluno com DI é
constituído de necessidades, mas também de potencialidades. Ele é representado como capaz e dificuldade. Essa cognição
conduz ao entendimento de que os professores com formação continuada em educação inclusiva reconhecem que os alunos com
DI têm capacidade de desenvolvimento e aprendizagem, revelando uma transição do foco na deficiência para uma representação
na qual o aluno e suas possibilidades ganham destaque. Constatamos ainda que a experiência de escolarização com o aluno com
DI vem impactando os professores de ensino médio, mas essa experiência é compartilhada, principalmente, por meio da prática
de lamentação, que promove o alívio do mal-estar, mas não permite ampliar as crenças dos professores na capacidade de
desenvolvimento desses alunos, visto que não contam com a existência de momentos reflexivos que construam uma mentalidade
inclusiva prospectiva e envolvam a articulação entre conhecimento pedagógico e saber prático capaz de ampliar as crenças dos
professores nas capacidades dos alunos. Isso acaba por perpetuar uma representação social centrada exclusivamente na ideia de
dificuldade e imutabilidade da deficiência. Os resultados indicam que a informação advinda do curso de formação, bem como da
experiência com a escolarização do aluno com deficiência intelectual, no segmento de ensino médio, é valorizada na
representação social, contudo, ela adquire sentido não só em função dos elementos cognitivos, mas também dos elementos
afetivos. Acreditamos que a presente pesquisa contribui na medida em que socializa indicadores de sucesso, bem como de
obstáculos em relação à formação e à experiência dos professores com jovens com DI em classes regulares de ensino médio.
Palavras chave: Representação social. Inclusão. Deficiência intelectual. Ensino médio.
Autor(a) Proponente: KÁTIA ROSA AZEVEDO
Endereço: COLÔNIA AGRÍCOLA ÁGUAS CLARAS, CHÁCARA 42 CASA 19 - GUARÁ
Brasília - DF CEP: 71090-495 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade de Brasília- UNB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
123
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE EDUCADORAS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ACERCA DA
INCLUSÃO E DA DEFICIÊNCIA
Autor(es):
1
SANDRA CRISTINA MORAIS DE SOUZA
A sociedade contemporânea busca discutir sobre novas formas de aceitar as diferenças. Esse tem sido um tema recorrente na
mídia, nos ambientes de trabalho e nas escolas, o que gerou a necessidade de regulamentações que primem pelo discurso da
igualdade, utilizando, no caso do sistema educacional, o slogan de que “Todos precisam estar na escola”. Assim, o tema “inclusão
escolar” é apresentado como uma palavra de ordem, sobretudo para os alunos com necessidades especiais, ou alunos com
deficiência. Diante dessa questão, nosso objetivo foi de investigar, por meio da Teoria das Representações Sociais, de Moscovici
(1978, 2003) e Jodelet (2001), como as professoras que atuam na Educação de Jovens e Adultos – EJA - representam a inclusão
de alunos com deficiência em suas salas de aula. Escolhemos essa abordagem por acreditar que as representações sociais são
constituídas a partir de um sistema de referência (valores, crenças, afetividade, símbolos, convicções, contradições), como
produtos sociais referidos nas condições de sua produção, ou seja, no espaço social, neste caso, a escola. Assim, entendemos
que as representações sociais se caracterizam como um estilo de pensamento de membros de determinado grupo social que
incorporam códigos e símbolos ao seu modo de pensar e de agir. O presente estudo é uma pesquisa de abordagem qualitativa, de
caráter exploratório. A pesquisa foi realizada na cidade do João Pessoa/PB, em escolas da rede municipal de ensino, tendo como
modalidade a Educação de Jovens e Adultos - EJA. Como critério para selecionar as instituições, consideramos o número de
alunos e a diversidade da deficiência presente em sala de aula. Para a coleta dos dados, aplicamos uma entrevista com duas
perguntas estimuladoras: O que você entende por inclusão? e O que é deficiência? Em seguida, procedemos à análise dessas
questões sob a orientação dos pressupostos de Bardin (1977) e de Franco (2003), tendo como aporte a Teoria das
Representações Sociais de Moscovici. Os resultados obtidos permitem-nos afirmar que as representações das professoras sobre
inclusão e deficiência representam o significado que elas atribuem ao processo inclusivo e aos alunos deficientes. Através da
análise da palavra inclusão, percebemos que, para o grupo das professoras pesquisadas, esse elemento sugere uma integração,
uma aceitação, uma socialização, uma conquista e que esses aspectos contemplam a rede de significados e de símbolos envoltos
nos discursos oficiais inclusivos. Também constatamos representações conflitantes no que diz respeito à inclusão e à formação
docente e que a formação é um elemento primordial para realizarem seu trabalho. Quanto à deficiência, as professoras a
representaram como algo presente na vida de todos, quando dizem que “somos iguais, só somos diferentes em alguma coisa”,
emergindo representações ancoradas no ideal de igualdade. Com base nesses aspectos podemos compreender que a
representação social das professoras em relação a inclusão e deficiência ainda estão sendo construídas no espaço educacional.
Em suma, acreditamos que o discurso das professoras revelam representações ancoradas na ideia de direitos e deveres,
aceitação e integração, sugerindo uma forma de pensar e agir voltada aos ideais da educação inclusiva. Embora outros dados
pudessem ser acrescentados e explorados, consideramos que essas breves indagações são significativas para compreendermos
a complexidade do binômio inclusão/exclusão.
Palavras chave: Representação social. Inclusão. Deficiência.
Autor(a) Proponente: SANDRA CRISTINA MORAIS DE SOUZA
Endereço: AV. MARECHAL HERMES DA FONSECA, 355 - BESSA
João Pessoa - PB CEP: 58035-190 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal Fluminense - UFF
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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124
DOCÊNCIA NA PÓS-GRADUAÇÃO:CONCEPÇÕES E IMAGENS DE PROFESSORES E ESTUDANTES
Autor(es):
1
ANAMERICA PRADO MARCONDES
SANDRA LÚCIA FERREIRA
O estudo tem como foco a avaliação da docência, no âmbito da autoavaliação institucional e objetiva explorar as concepções e as
imagens que professores e estudantes da pós-graduação têm do docente na sala de aula e no processo de orientação. A
docência se constitui como um conceito multifacetado e de difícil definição, trazendo entraves a uma avaliação que considere a
totalidade das dimensões que ela comporta. Outro desafio é o fato da avaliação da docência estar permeada por valores e
sentidos, espaços de poder e conflitos de interesses, que interferem tanto na aceitação dos processos avaliativos, como na
utilização de seus resultados. Além disso, a avaliação está associada a representações sociais de controle e regulação, traz
também, em sua natureza, o caráter de desvelamento da realidade e perspectivas de mudanças associadas aos objetos
avaliados, o que acarreta medos, inseguranças, por vezes, resistências. Considerando estes elementos, investigar a avaliação da
docência demanda estudos considerando uma abordagem psicossocial necessária à compreensão de sua complexidade,
reconhecendo as subjetividades e as interações entre o individual e o social na produção da realidade. Assim, o estudo
alicerçou-se na Teoria das Representações Sociais, por sua possibilidade de compreensão dos sistemas de saberes de um grupo,
considerando, simultaneamente, diferentes dimensões representacionais – subjetiva, intersubjetiva e objetiva(imagem). Explorou
informações de um questionário on line contendo três itens dissertativos. Ele foi respondido por 427 estudantes e 114 professores
dos diferentes programas de pós-graduação stricto sensu de uma instituição de educação superior. Para tratamento e
interpretação dos dados utilizou-se a Análise de Conteúdo e o processamento pelo software Alceste. Este gerou, a partir do corpo
textual, um aproveitamento de 80% das Unidades de Contexto Elementar (UCE) das respostas dos professores e um
aproveitamento de 84% das respostas dos estudantes, revelando discursos homogêneos passíveis de análises e conclusões,
conforme critérios do programa. Tais unidades foram organizadas em classes, que compõem categorias, com suas relações. A
análise das respostas dos professores esboçou quatro classes ou blocos de sentidos, envolvendo a docência: 1) Especificidades
do profissional professor de pós­graduação (44% das UCE); 2) Produção de conhecimento: sujeito e orientador (14%); 3)
Docência e orientação: responsabilidades (30%) e 4) Relação com o estudante e compromisso (12%). Para as respostas dos
estudantes também foram gerados quatro classes ou blocos de sentido: 1) orientação: acompanhamento, auxílio e controle (30%);
2) docência na sala de aula: conhecimento, avaliação, didática e disponibilidade (35%); 3) Especificidades da avaliação do
docente da pós­graduação (21% das UCE); e 4) Produção de conhecimento: professor incentivador e parceiro (14%). Esses oito
blocos de sentido compuseram uma matriz avaliativa de indicadores que se constituiu a base para a construção de um
instrumento de avaliação. A realização do estudo permitiu considerar que, ao aceitar um modelo participativo da avaliação na
instituição, ouvindo os implicados sobre suas concepções da docência, incorpora-se a subjetividade dos sujeitos envolvidos no
processo, distanciando-se de um enfoque predominantemente assentado em medidas objetivas de variáveis. Os dados
evidenciaram que os professores apresentam uma imagem da docência em que prevalece a condição do especialista na área,
produtor de conhecimento expressando uma representação bastante consolidada de um professor de pós- graduação. Pelo grau
de importância, há destaque aos aspectos normativos do exercício da docência quer seja nas aulas ou no processo de orientação.
Além disso, os docentes pesquisados salientam a necessidade de investimentos na autonomia dos estudantes resultante de um
processo relacional. Os dados coletados juntos aos estudantes compõem a imagem da docência com elementos voltados para o,
acompanhamento, disponibilidade, auxílio, e controle da produção dos estudantes. Complementam com aspectos ligados ao
domínio e atualização do conhecimento bem como de processos didáticos. Têm expectativas de um docente incentivador da
produção e divulgação do conhecimento em parceria com o estudante. Uma análise comparativa entre os elementos constitutivos
da imagem da docência apresentada pelos dois grupos, dentre outros aspectos, mostra um afastamento entre a expectativa do
processo relacional na relação pedagógica; por um lado os docentes revelam uma preocupação com a autonomia do estudante e
este, por outro lado revelam uma demanda de maior dependência. Os resultados parciais da pesquisa também apontam que
processos avaliativos nesse modelo produzem conhecimentos valiosos para a compreensão da docência em sua complexidade,
inserida na dinâmica e no contexto dos programas e da instituição.
Palavras chave: Docência na pós-graduação. Práticas avaliativas institucionalizadas. Construção de instrumento.
Autor(a) Proponente: ANAMERICA PRADO MARCONDES
Endereço: Rua Urano, 26, apto 151 - Aclimação
São Paulo - SP CEP: 01529-010 - E-mail: [email protected]
1
- Pontificia Universidade Católica de São Paulo- PUC SP
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
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AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES SOBRE ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM
TEMPOS DE INCLUSÃO EDUCACIONAL
Autor(es):
1
SABRINA ARAUJO DE ALMEIDA
PEDRO HUMBERTO FARIA CAMPOS
JUDITH DOS SANTOS PEREZ
A Inclusão é um dos assuntos discutidos com certa frequência no cenário educacional, onde são levantadas questões relativas às
possibilidades e principais dificuldades de alunos com necessidades específicas na rede regular de ensino. Neste sentido, o
presente trabalho trata da inclusão educacional de crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) na rede regular de
ensino, mais especificamente, na Educação Infantil, a partir da investigação das representações sociais de professores sobre tal
objeto. Desta forma, o proposto tem como objetivo analisar, a partir das representações sociais, as práticas contidas no contexto
educacional tendo como base a dualidade existente entre a inclusão e a exclusão, considerando a exclusão como prática inerent e
ao sujeito, a partir do momento em que torna o outro diferente, classificando–o em grupos distintos, além das propostas no campo
da inclusão educacional que sugerem um conceito de educação para todos, apresentando uma visão distante das realidades
vivenciadas. Deste modo, a escolha pela Teoria das Representações Sociais justifica-se pelo fato de a mesma identificar no
imaginário social, determinadas impressões sobre objetos, orientando e justificando práticas, a partir da investigação do discurso
dos sujeitos. Assim, a questão que conduz a presente investigação, vem indagar sobre até que ponto existe um professor
considerado inclusivo, especializado e que estaria preparado para a diversidade no contexto escolar, além de propor a existência
de práticas que reforcem a exclusão ainda latente neste espaço social. Percebe-se então a necessidade em pesquisar sobre o
conceito de exclusão e sua relação com a inclusão, a partir do papel da exclusão no processo de aceitação do outro,
principalmente no que tange à inclusão de alunos considerados diferentes, além de recorrer ao trabalho do professor e ao papel
deste no presente processo. Assim, é possível investigar, de acordo com o discurso de professores da Educação Infantil, as
representações sociais sobre o aluno com TEA e seus desdobramentos no cenário educacional. A hipótese é que ainda seja
encontrado um discurso romantizado, mascarando práticas excludentes ainda presentes no contexto escolar, além de existir no
imaginário dos professores da Educação Infantil, o perfil de um professor inclusivo, diferente dos professores que existem
atualmente na escola, especializado e preparado para as adversidades presentes no processo de inclusão. Quanto à metodologia
utilizada na presente pesquisa, o instrumento de coleta de dados foi um grupo focal, que prevê a participação de um grupo
composto por um número máximo 10 sujeitos, com o objetivo de analisar as impressões sobre determinado objeto, no caso do
presente trabalho a inclusão educacional de alunos com TEA. Assim, o grupo focal foi desenvolvido com 6 profissionais da
Educação Infantil, do município de Piraí/RJ, que vivenciam o processo de inclusão educacional de alunos com TEA, com idades
entre 37 e 50 anos, com formação em diferentes níveis de ensino: ensino médio (curso normal), graduação e pós-graduação. As
questões que alicerçam a investigação giram em torno da prática docente em tempos de inclusão, os entraves enfrentados no
processo, principalmente nos casos de alunos com Transtorno do Espectro Autista na Educação Infantil. Quanto aos resultados é
possível descrever palavras colhidas no discurso dos professores que sugerem dificuldades no processo de inclusão, a questão
do cuidado em relação ao tratamento dos alunos com TEA em contraponto ao desenvolvimento das atividades pedagógicas, além
da sensação de impotência quanto ao atendimento deste aluno na rede regular por admitirem a possibilidade de existir um
professor “inclusivo”. A partir da análise dos dados obtidos é possível concluir que estão presentes no discurso dos professores
fatores que identificam estratégias criadas no contexto escolar para alcançar sucesso no processo de inclusão de alunos com tal
transtorno, muitas vezes confundidas com atitudes permeadas pelo cuidado, sem levar em conta o sentido pedagógico das
propostas no referido segmento da Educação Básica. Outra questão levantada é a possibilidade de existir um professor que
assume um papel diferente, especializado, responsável por criar estratégias diferenciadas para obter êxito no processo educativo,
com “receitas prontas”, sem reconhecer as práticas cotidianas sugeridas como válidas para a construção do processo de inclusão,
mostrando a fragilidade do processo no que diz respeito à exclusão ainda presente neste contexto.
Palavras chave: Representações sociais. Iinclusão educacional. Exclusão. Transtorno do espectro autista.
Autor(a) Proponente: SABRINA ARAUJO DE ALMEIDA
Endereço: Rua Pedro Travassos, 84 - Santanésia
Piraí - RI CEP: 27195-000 - E-mail: [email protected]
1
Universidade Estácio de Sá- UNESA
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GESTORES EDUCACIONAIS: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A ESCOLA
Autor(es):
1
TERESA CRISTINA SIQUEIRA CERQUEIRA
FERNANDA PLENTZ DE ANDRADE
As tentativas de explicação do mundo pelas ações e falas dos indivíduos e dos objetos sociais, advindas da realidade do senso
comum, conferem um novo valor ao pensamento social e constituem-se em representações sociais. A teoria das representações
sociais traz uma superação da dicotomia sujeito e objeto, em que o objeto não existe por si mesmo, mas apenas em relação ao
sujeito (indivíduo ou grupo). As representações sociais são modalidades de pensamento prático, orientadas para a compreensão e
o domínio do ambiente social, material e ideal. Enquanto tal, elas apresentam características específicas no plano da organização
dos conteúdos, das operações mentais e da lógica. Alguns autores destacam a importância de identificar as representações
sociais no campo educativo, pois se trata de um local privilegiado para se perceber como as representações sociais se constroem,
evoluem e se transformam no interior dos grupos sociais, por exemplo, a escola. A escola consiste em uma instituição forjadora de
seres sociais, a sua importância histórica na formação das gerações mais novas, na integração dos sujeitos e na socialização das
informações e ideologias. Ainda, é vista como a instituição responsável pela transmissão de saberes produzidos e acumulados
historicamente pela sociedade e, principalmente, como produto da ação humana. Gestão, segundo Ferreira (2001), por sua vez, é
administração, tomada de decisão, é organização, é direção. Relaciona-se com a atividade de impulsionar uma organização a
atingir seus objetivos, cumprir sua função, desempenhar seu papel. É um termo que, historicamente vem se afirmando no âmbito
da administração da educação e no estudo das instituições e organizações, incluindo as educacionais, como sinônimo de
administração e que se “insta a” no mundo pensante com um sentido mais dinâmico, traduzindo movimento, ação, mobilização,
articulação. Portanto, a gestão escolar vem a ser um processo através do qual se busca planejar, organizar, dirigir e controlar os
recursos materiais e humanos, visando objetivos e metas dentro da instituição escolar. Mais especificadamente, envolve todo o
trabalho pedagógico e planejamento de atividades, distribuição e atribuição de funções e tomada de decisões. Assim, a gestão
escolar é essencial para promover a organização, o funcionamento da escola como um todo, com foco na qualidade dos
processos socioeducativos. Este estudo objetiva conhecer as representações sociais de gestores educacionais do Distrito Federal
sobre a escola. Baseado na Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici e pautado em um método quanti-qualitativo,
de abordagem exploratória. Para a coleta de dados da pesquisa foi utilizado o seguinte instrumento: um questionário com uma
questão indutora que visou conhecer a opinião dos gestores a respeito do tema escola. Assim, foi solicitado ao gestor escrever
seis palavras ou expressões que lhe viesse à mente e completasse a seguinte questão: Para você a Escola é... Em seguida,
dentre as seis palavras, foi solicitado ao participante para hierarquizar três delas pelo grau de importância; participaram deste
estudo 52 gestores de vinte e três escolas públicas e doze escolas particulares de ensino fundamental, da cidade de Brasília e
regiões do Distrito Federal. Para a análise dos resultados utilizou-se o software EVOC e, ainda, uma adaptação da técnica de
análise de conteúdo de Bardin. Os resultados obtidos apontam que os gestores pesquisados representam a escola como um local
de Aprendizagem (27%), priorizando o Conhecimento (23%), objetivando a Transformação (27%) e que resulte na Educação
(23%) dos sujeitos envolvidos, constituindo o núcleo central das representações sociais. Outro dado relevante consiste em que os
gestores possuem somente percepções positivas acerca da sua gestão. Conclui-se que tais representações refletem de forma
bastante consensual a visão dos gestores sobre a escola, enquanto agentes políticos que anseiam a transformação e a garantia
de um local que promova a integração, a aprendizagem e o conhecimento necessários para o desenvolvimento dos alunos.
Palavras chave: Representações sociais. Escola. Gestores. Transformação.
Autor(a) Proponente: TERESA CRISTINA SIQUEIRA CERQUEIRA
Endereço: SQN 315 Bloco H Apto. 304 - Asa Norte
Brasília - DF CEP: 70774-080 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade de Brasília- UNB
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A QUESTÃO DAS DIFERENÇAS: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Autor(es):
1
NEIDE MARIA FERNANDES RODRIGUES DE SOUSA
IVANY PINTO NASCIMENTO
Esse estudo tem o objetivo de analisar as representações sociais de alunos universitários sobre as diferenças no contexto escolar.
A pesquisa de cunho qualitativo teve como suporte a Teoria das Representações Sociais de abordagem processual com base em
Moscovici (2009) e Jodelet (2005). Na discussão sobre a diferença utilizamos autores como Moreira (2010), Hall (2005) e Corazza
(2002). A partir do multiculturalismo crítico a diferença é compreendida como princípios organizadores que selecionam, incluem e
excluem e que informam como as pessoas marginalizadas são posicionadas e transformadas em teorias sociais dominantes,
políticas sociais e agendas políticas. Essa diferença está relacionada à distribuição desigual de grupos e pessoas, em
consequência de aspectos que centralmente as distinguem. Pensar a diferença a partir de oposições binarias pode levar a
construção negativa, a exclusão e marginalização daqueles que são definidas como outros, os forasteiros. As representações
sociais (RS) são modalidades de conhecimento prático, caracterizado por conceitos, explicações e afirmações formadas no
cotidiano dos sujeitos no curso das comunicações interindividuais, dependentes de um sistema de crenças, ancorados em valores,
tradições e imagens. As representações sociais podem ser percebidas como universos de opiniões com três dimensões:
informação, atitude e campo. A informação refere-se aos conhecimentos de um grupo sobre um objeto social. As atitudes
caracterizam-se pela orientação global em relação ao objeto da representação. O campo está relacionado a imagem, ao modelo
social. Participaram da pesquisa seis (6) alunos de uma turma do curso de ciências sociais de uma instituição publica de ensino
superior. Essa amostra correspondeu a 50% da turma. Os dados foram levantadas por meio de entrevista semi-estruturada, com
um roteiro pré-definido. Para interpretação dos dados utilizou-se a analise de conteúdo proposto por Bardin, se recortou a unidade
de registro e de contexto. Os resultados foram organizados nas categorias informação, campo e atitude. Na categoria informação
percebemos que o grupo tem um conhecimento pautado na conscientização das diferenças, nas falas emergiram as temáticas:
construção social, tipos de diferença, o que foge do normal, particularidades de contextos específicos, tipos de diferença (gênero,
etnia, religião, de habilidades), diversidade, heterogeneidade e cultura. Na categoria atitude os depoimentos na sua totalidade se
encaminharam para uma atitude positiva em relação a diferença, os entrevistados em sua maioria ao serem indagados sobre as
atitudes revelaram a necessidade de tomadas de decisões, as narrativas expressaram atitudes e comportamentos como: postura
de alteridade, olhar o outro, balizar pelo outro, ser diferente, trabalhar com novas realidades sociais, discutir temas como gênero,
etnia, diversidades, preconceito, respeitar as particularidades, tratar com igualdade de condições. Na categoria campo surgiu o
conjunto do representado como imagens de pessoas com cadeira de rodas, pessoas vestidas com roupas diferentes, uma pessoa
sozinha e contextos socioculturais variados. Em conclusão, nesse estudo tratamos as representações sociais como conhecimento
pratico, com linguagens próprias, os participantes em seus discursos constituíram uma rede de significados, imagens e atitudes
sobre as diferenças sociais no cotidiano escolar; apresentaram representações favorável sobre a diferença, com uma relação
clara entre a informação e atitude, suscitando reflexões relacionadas a desigualdade, preconceito, negação do outro, relações de
poder e cultura.
Palavras chave: Diferença. Representações sociais. Informações. Campo. Atitude.
Autor(a) Proponente: NEIDE MARIA FERNANDES RODRIGUES DE SOUSA
Endereço: Rua Antonio Barreto 1722 apto 702 - Fatima
Belém - PA CEP: 66020-660 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Pará- UFPA
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EIXO 2 - EDUCAÇÃO, INSTITUIÇÃO E PROCESSOS EDUCATIVOS
SESSÃO INTERATIVA DE POSTER - SIP
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RITOS DE PASSAGEM REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU E SUA IMPLICAÇÃO NA
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO DOCENTE
Autor(es):
1
POLIANA MARINA MASCARENHAS DE SANTANA MAGALHÃES
A formação docente parece ser fonte inesgotável de investigação quando vista sob a perspectiva teórico-metodológica das
representações sociais, pois permite escutar as complexidades envolvidas na escola, os processos de ensinar e aprender, a
constituição do professor e a sua formação enredada na produção teórico-prática. Este projeto de pesquisa versa sobre a pósgraduação lato sensu e a produção do conhecimento docente. Portanto, objetiva apreender as representações sociais de alunosprofessores sobre a pós-graduação lato sensu e suas implicações no fazer docente; perceber em que elementos estão
objetivadas e ancoradas as representações socais da pós-graduação lato sensu para a produção do conhecimento docente e
desenvolvimento profissional; e, identificar, a partir da apreensão das representações sociais evocadas se há mudanças no
manejo do fazer docente na escola. Nesse sentido, a problematização vincula-se à articulação entre o estranho e o familiar que
perpassa o conhecimento produzido durante esta modalidade de formação, a favor de atribuir-lhe sentidos e significados que
venham a orientar e justificar o fazer no cotidiano do exercício da docência. Portanto, algumas questões aqui são presentificadas
para contemplar o objeto da pesquisa: Quais as representações sociais dos alunos professores sobre a pós-graduação lato
sensu? Estas representações sociais suscitam a produção do conhecimento e promovem a comunicação destes, orientando o
fazer docente? Quais os sentidos os significados da pós-graduação lato sensu para a produção do conhecimento docente?
Existem reverberações no fazer docente, decorrentes dessa modalidade de formação e das representações sociais construídas na
pós-graduação lato sensu? Na intenção de atender aos objetivos estabelecidos neste estudo e de responder às questões
elencadas, alguns suportes teóricos são imprescindíveis na discussão do objeto de investigação ora apresentado. Como é um
estudo assentado na Teoria das Representações Sociais, buscarei embasamento teórico nos escritos de Moscovici (1978, 2001,
2007, 2012), Jodelet (1998, 2001), Sá (1998), Jovchelovich (2008, 2011), Sousa (2005, 2009, 2011), Spink (1995) entre outros
autores, ressaltando que, embora a abordagem que sustenta a pesquisa seja a processual, nada impede que outras abordagens
sejam recorridas para enriquecer o presente estudo, uma vez que, as outras abordagens derivam da processual e, de certa forma,
buscam complementá-la. No que concerne ao estudo sobre a produção de conhecimento, o embasamento estará ancorado nas
concepções de Santos (2005), Foucault (1999, 2000) e Charlot (1996; 2006). A formação virá pensada sobre os aportes da
Filosofia da Formatividade de Pareyson (1993), e das concepções de Honore (1980), Ferry (2008) e Correia e Matos (1996).
Por se tratar do cotidiano escolar e das subjetividades que permeiam este lugar, a realização deste estudo, está apoiada nas
bases da pesquisa qualitativa. No que se refere à coleta de dados, buscará subsídios nas seguintes fontes de pesquisa para
escutar os sujeitos que darão forma e conteúdo ao estudo teórico: TALP – Técnica de Associação Livre de Palavras, rodas de
conversa e o desenho. Para a construção da pesquisa, pretende-se escutar oito professores licenciados (diversas áreas do
conhecimento), que estejam iniciando a especialização em diversas subáreas da educação e que trabalham em escolas públicas
e privadas, no âmbito da Educação Básica, da região denominada Território Portal do Sertão. Após coleta, os dados serão
categorizados e analisados à luz da análise do discurso, permitindo assim, que questões subjacentes sejam levadas em
consideração. Jovchelovitch (2011, p. 29) cita que “a tarefa da teoria não é apenas compreender a realidade, mas também, e
principalmente transformá-la”. Nessa lógica, espera-se que a temática abordada, aponte trincheiras a respeito da formação
continuada em nível de pós-graduação lato sensu, sem deixar de pensar sobre as subjetividades que cercam o processo de
ensinar e aprender do professor, e que podem corroborar para a constituição deste enquanto sujeito que tem desejo de enodar o
teórico-prático nos cursos lato sensu, se autorizando a fazer o rito de passagem engendrado pela formação que implica o docente
para produzir o conhecimento.
Palavras chave: Representações sociais. Pós-graduação lato sensu. Produção de conhecimento.
Autor(a) Proponente: POLIANA MARINA MASCARENHAS DE SANTANA MAGALHÃES
1
- Universidade Estadual de Feira de Santana- UEFS
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ESTUDANTES DE BAIXA RENDA NO ENSINO SUPERIOR: REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES DO CURSO DE
SERVIÇO SOCIAL DE UMA FACULDADE PRIVADA NO CENTRO DE SÃO PAULO SOBRE ESTUDANTES DE BAIXA RENDA
Autor(es):
1
CLÁUDIA TERRA
ADELINA DE OLIVEIRA NOVAES
Este trabalho busca indícios de representações que professores de um curso de serviço social de uma faculdade privada do
centro de São Paulo constroem sobre o aluno de baixa renda, população que historicamente esteve distante dos bancos
universitários. Ao adotar a perspectiva psicossocial da teoria das representações sociais, a investigação contará com a estratégia
metodológica das entrevistas narrativas e do apoio computacional do software NVivo para a sistematização das informações e
análise dos resultados.Nesse sentido, considera-se pertinente discorrer brevemente sobre as diretrizes para o ensino superior no
Brasil, a partir da década de 90, e para isso serão relacionados alguns aspectos da Constituição Federal de 1988, para então
deter o foco na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 e os Planos Nacionais de Educação (PNE) de
2001 e 2014. Isto porque o interesse está na compreensão das simbolizações dos professores sobre o alunado de baixa renda do
ensino superior e como tais simbolizações orientam as ações dos docentes em sua prática profissional. A partir dessas
inquietações acredita-se que o indício das representações de professores poderá trazer elementos para a reflexão das práticas
educativas no contexto de cursos universitários, a fim de se obter informações que contribuam para a proposição de estratégias de
formação docente para o ensino superior, bem como contextualizar a Instituição de Ensino Superior (IES) no escopo das políticas
educacionais para o ensino superior. Nesta pesquisa, a relação que o professor tem com os alunos e a dinâmica que estabelece
com os demais grupos da faculdade pesquisada, bem como as orientações das diretrizes políticas (e econômicas) para a
educação superior privada, serão consideradas para o estudo das representações que os professores constroem sobre seus
alunos em um contexto de educação superior onde os estudantes são, em sua grande maioria, os primeiros de sua família a
ingressar na faculdade. A pesquisa será realizada em uma faculdade particular localizada no centro da cidade de São Paulo. A
escolha da instituição deu-se devido à característica de que mais da metade de seu alunado é beneficiado por programas sociais
de financiamento estudantil que contribuem para seu ingresso e permanência no ensino superior. Serão sujeitos da pesquisa 8
professores do curso de Serviço Social e os alunos matriculados no semestre letivo, nos períodos matutino e noturno, totalizando
500 alunos. A escolha dos sujeitos foi feita considerando-se como hipótese que o campo de conhecimento do Serviço Social
promove a problematização de questões sociais e que este fator pode ter influência nas representações dos docentes. Ao
considerar a abrangência do objeto, bem como a dificuldade de reunir o grupo de professores, a entrevista narrativa foi
considerada um instrumento satisfatório, tendo em vista sua efetividade comprovada em permitir a exploração de relatos verbais
de fatos cotidianos. Tendo em vista o contexto da pesquisa, a dinâmica dos sujeitos e a expectativa de coleta de representações a
respeito do objeto, pretende-se ainda fazer uso de questionário com o intuito de identificar o perfil socioeconômico dos professores
e dos alunos. A investigação contará com o apoio computacional do software NVivo para a sistematização das informações e
análise dos resultados, que tomará como sustentação a bibliografia consultada na revisão de literatura. Após a coleta e
sistematização dos dados, procederá ao tratamento estatístico dos resultados de perfil e à análise de conteúdo dos discursos dos
professores. Acredita-se que a pesquisa oferecerá informações preciosas dos elementos constituintes das representações de
professores e contribuirá para a reflexão das práticas educativas no contexto de cursos universitários, bem como para a
proposição de estratégias de formação docente para o ensino superior.
Palavras chave: Representação social. Ensino superior. Formação docente.
Autor(a) Proponente: CLÁUDIA TERRA
1
- Universidade Cidade de São Paulo- UNICID
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
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EVASÃO E POBREZA EM OFICINAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL: ANTES E DEPOIS DE UM ESTUDO DE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS.
Autor(es):
1
ARTHUR VIANNA FERREIRA
Esta comunicação oral tem como objetivo apresentar a aplicação do resultado de uma investigação sobre representações sociais
de evasão em oficinas de capacitação profissional em uma instituição não governamental confessional católica no Rio de Janeiro,
oriunda de uma dissertação de mestrado em educação feita na UNESA – RJ. As oficinas de capacitação profissional e geração de
renda da distinta instituição estudada apresentavam uma evasão acima de 70% dos educandos, e, embora os números se
apresentavam nos relatórios anuais, o mesmo era tratado de forma naturalizada pelos educadores sociais e coordenadores do
projeto, como parte da rotina de trabalho socioeducacional com esta população empobrecida. Desta forma, a pesquisa de
mestrado buscou as possíveis representações sociais de evasão existente no campo educacional e organizado pelos diferentes
sujeitos envolvidos nesta prática educacional com as camadas empobrecidas da Zona Norte do Rio de Janeiro. A fundamentação
teórica utilizada na pesquisa foi a teoria das representações sociais de Serge Moscovici, em uma abordagem processual de
Denise Jodelet (2002; 2005) com o intuito de descobrir como se constitui estas representações e como elas condicionam as
práticas entre os seus sujeitos. O material foi recolhido a partir de 04 grupos focais realizados com os educadores sociais
responsáveis pelas oficinas, os capacitandos ativos, os capacitandos evadidos e os gestores da instituição. Também foram
realizadas entrevistas semidirigidas com três sujeitos de cada um destes quatros grupos envolvidos com esta capacitação. O
material foi analisado a partir da retórica do discurso tendo como principais teóricos Aristóteles (1998), Olivier Reboul (2004) e
Chaïm Perelman(2003). A partir desta análise foram estudadas as figuras de sentido como parte da constituição de modelos ou
núcleos figurativos das representações segundo a teoria de Tarso Bonilla Mazzotti (2003; 2006). As conclusões finais desta
pesquisa apontaram para a existência de uma representação social de evasão ancorada no modelo/núcleo figurativo de ‘pobre’
que naturaliza a evasão como parte do trabalho sócio educacional com estas camadas empobrecidas. Assim, o problema da
evasão não precisava ser questionado ou não aparecia como problema para os educadores sociais, uma vez que a condição de
‘ser e estar pobre’, presente como núcleo da representação de evasão dos sujeitos propunha a desistência dos cursos como algo
‘natural’ das camadas empobrecidas. Após a apresentação dos resultados da pesquisa, foram organizados diálogos com os
gestores da instituição e oficinas de formação continuada dos educadores sociais. Desta forma, se reorganizou os projetos de
capacitação existentes na instituição a partir dos interesses da população empobrecida provocando, assim, uma diminuição da
evasão para menos de 25% dos grupos de capacitação profissional no período de quatro anos após a investigação realizada
sobre evasão e pobreza neste campo socioeducacional. Desta forma, esta comunicação cumpre seu objetivo de apontar os
estudos das representações sociais na área da educação social como possibilidade de contribuição para identificação de
situações limites nas práticas sócios educacionais e de probabilidade de mudanças na formação dos educadores sociais e suas
vivências e/ou ações socioeducacionais com as camadas empobrecidas.
Palavras chave: Evasão. Representações sociais. Educadores sociais. Pobres. Capacitação profissional.
Autor(a) Proponente: ARTHUR VIANNA FERREIRA
Endereço: Rua Capitão Rubens, 15 - Marechal Hermes
Rio de Janeiro - RJ CEP: 21610-290 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado do Rio de Janeiro- UERJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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REPRESENTAÇÕES QUE MARCAM O TRABALHO DO GESTOR ESCOLAR
Autor(es):
1
RICARDO ALEXANDRE MARANGONI
LÚCIA PINTOR SANTISO VILLAS BÔAS
Este estudo, oriundo de uma pesquisa de doutorado ainda em desenvolvimento, tem como objetivo investigar as representações
sociais dos gestores escolares sobre o seu trabalho, mais especificamente, sobre os saberes considerados necessários ao
exercício da profissão. O interesse pela temática dos saberes docentes ganha força no início dos anos 1980 e atinge certo
prestígio na década de 1990, principalmente nos Estados Unidos. Essa produção teórica cresceu, entre outros motivos, pela
constatação da dificuldade da escola em lidar com as novas exigências socioculturais. Muitas pesquisas sobre os saberes
docentes surgem vinculadas à necessidade de profissionalizar o magistério (Tardif; Lessard; Lahaye, 1991; Gauthier; Martineau;
Desbien, 1998 dentre outros). A investigação das práticas de ensino em diferentes contextos de trabalho apresenta-se como uma
das preocupações na identificação das particularidades do conhecimento que demarcaria a especificidade do ofício docente.
Nesse âmbito, as pesquisas brasileiras têm focado, sobretudo, o trabalho docente, mas poucos são os estudos que abordam o
gestor escolar. Dessa forma, juntamo-nos a pesquisadores, especialmente os associados ao Centro Internacional de Estudos em
Representações Sociais e Subjetividade – Educação (CIERS-ed) / Fundação Carlos Chagas (FCC), que utilizam o referencial
teórico-metodológico das representações sociais, para investigarmos o trabalho do gestor. A realização deste estudo abrange dois
momentos: no primeiro, a formulação do corpus teórico, cujas abordagens estão relacionadas aos estudos de Moscovici,
Jovchelovitch, Villas Bôas entre outros, cujas obras focam a articulação entre as representações sociais e a educação. Nesta
perspectiva, o nosso enfoque está relacionado à representação enquanto produto e enquanto processo. No momento posterior e
atual, a coleta dos dados nutre-se de questões como: O que sabem os gestores? Quais os saberes que estão na base da
profissão do gestor? Quais os saberes necessários para gerir uma escola? O que esses saberes têm de original? Há diferença
entre eles e os conhecimentos provenientes da formação inicial? Caso haja, em que ponto eles são diferentes? Como esses
saberes são construídos? Qual a relação entre a edificação desses saberes com a experiência profissional? Para composição do
perfil dos gestores que participariam da pesquisa, aplicamos um questionário aos gestores das escolas pertencentes à Diretoria de
Ensino de Osasco (SP), objetivando trabalhar com sujeitos representativos, com vasta cultura profissional no campo da gestão e
que apresentassem as condições de serem parceiros no processo de compreensão dos saberes que estão na base da profissão
do gestor. Nossa pesquisa está sendo realizada com gestores vinculados a duas escolas públicas estaduais, localizadas em
Osasco-SP e que atendem os ensinos fundamental e médio. A entrevista e a observação apresentam-se como ferramentas
metodológicas centrais para nossa investigação. Considerando que os saberes do gestor são construídos na relação com outros
atores da escola e, em diferentes contextos, servimo-nos da abordagem dialógica de Marková (2006) e Jovchelovitch (2011) para
realizar a análise do seu trabalho. Partimos da recuperação da visão dialógica da representação para reafirmar seu caráter
simbólico e social, na tentativa de ligar sua dinâmica a diferentes formas de conhecimento. Para tanto, concordamos com a
procedência da orientação das autoras, de que a compreensão dos processos de formação dos saberes, se faz a partir do
entendimento da gênese da representação e das inter-relações Eu-Outro-Objeto, que se realizam na vida social. Diante do
exposto, advogamos a ideia de que uma teoria consistente sobre os saberes deve relacionar as diferentes modalidades de
representação e as diferentes formas de saber. É nesse amálgama, que pretendemos extrair as representações que originam os
saberes e orientam o trabalho dos gestores escolares. Acompanhando a natureza e os objetivos do estudo, as categorias de
análise estão sendo construídas no decorrer do processo, bem como do aprofundamento dos referenciais teóricos. O
levantamento bibliográfico indica que poucos são os estudos realizados com os gestores e suas representações, o que justifica
empreender esforços na pesquisa iniciada.
Autor(a) Proponente: RICARDO ALEXANDRE MARANGONI
1
- Universidade Metodista de São Paulo- UMESP
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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133
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE LICENCIANDOS EM PEDAGOGIA ACERCA DO TRABALHO DOCENTE.
Autor(es):
1
ANTONIA MAíRA EMELLY CABRAL DA SILVA VIEIRA
ELDA SILVA DO NASCIMENTO MELO
As representações sociais contribuem para orientar comportamentos (ABRIC, 1998). Resultam de um pensamento construtivo do
sujeito, tendo como base suas experiências, crenças, cultura e troca de informações. Essas construções mentais, surgem da
necessidade de mediação da conduta diária nas práticas sociais. Quando partilhadas e compartilhadas pelo grupo possibilita o
aparecimento de uma visão mais ou menos consensual sobre o real (JODELET, 2001). Nesse construto, os sujeitos representam
de acordo com sua subjetividade, ancorando ao seu mundo o que antes tinha como desconhecido. Portanto, o indivíduo
representa uma realidade balizada pelo senso comum, inerente às suas vivências. Essa compreensão acerca de como os sujeitos
constroem suas representações, são elementos importantes para se (re) pensar o exercício docente, o qual, atualmente,
constitui-se numa gênese ampla que perpassa esse ofício. As transformações da sociedade contemporânea, implicam em um
processo de mudança e (re) construção também dos significados e do papel pedagógico e social atribuídos ao professor. Assim,
essa temática necessita ser recorrentemente investigada, posto que, a própria profissão docente esteja constantemente sendo (re)
significada. Assim, buscamos investigar, apresentar e discutir a representação social de licenciandos do curso de Pedagogia da
Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN, acerca do trabalho docente. Tal estudo apresenta relevância, na medida
em que os cursos de formação de professores, como os cursos de Pedagogia, têm se proliferado e buscado formar, em grande
escala, profissionais habilitados para atuar em espaços escolares e não escolares, tendo como eixo a docência. Porém, há uma
insatisfação quanto ao metiê específico da sala de aula. Historicamente, faz-se alusão à dicotomia teoria-prática e ao fosso
existente entre o que é ensinado na academia e o que é exigido na prática pedagógica professoral. No entanto, algumas
iniciativas têm sido implementadas para aproximar estas dimensões, ainda na formação inicial, como exemplo a ampliação da
carga horária prática nas disciplinas e no Estágio Supervisionado, assim como a implementação do Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID. Tais iniciativas têm obtido êxito? Para responder a essa indagação desenvolvemos essa
pesquisa, utilizando a Teoria das Representações Sociais apoiada nos estudos, fundamentalmente, de Moscovici (1976, 2012),
Jodelet (2001) e Abric (1994,1998). Sobre o trabalho docente, realizamos um estudo bibliográfico pautado nas ideias de Tardif e
Lessard (2013) e Freire (1996) e, como marco legal, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em
Pedagogia – DCN (2006). A investigação seguiu uma abordagem qualitativa, fundamentada nos métodos prescritos, por
entendermos que são adequados à análise do fenômeno das representações sociais. Aplicamos, com um grupo de 18 discentes
que cursam o 4º período do curso de Pedagogia na UERN, a Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), que permite
conhecer o universo semântico, a partir das palavras evocadas e partilhadas pelos participantes. Esse grupo foi escolhido por
estar cursando a disciplina de Didática, considerada basilar para o trabalho docente. A escolha da TALP se deu pela sua
capacidade em coletar elementos constitutivos de uma representação (ABRIC, 1994). Para tratamento dos dados, lançamos mão
da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011), cujas etapas são a categorização, descrição e interpretação, estabelecendo uma
relação entre os dados coletados e o referencial teórico. Para apresentação dos resultados, categorizamos as palavras evocadas
em quatro campos semânticos: atributos que caracterizam o trabalho docente, atributos essenciais ao professor, atributos
formativos do trabalho docente e atributos negativos do trabalho docente. Evidenciamos indícios de que, para o grupo de
estudantes, a representação social de trabalho docente está ancorada a uma imagem de exercício profissional que para ser
realizado, carece de dedicação e amor, posto que foram as palavras com maior frequência de evocações. Paralelamente, o grupo
entende o exercício docente como desvalorizado, cansativo e corajoso. Contudo, deve ser permeado pelo amor à profissão para
assim, superar as barreiras, principalmente, quanto à desvalorização. Esses resultados demonstram a necessidade de
aprofundamento teórico sobre as interfaces do trabalho docente, para que se perceba que esse exercício pressupõe, além do
professor missionário, um profissional ciente de suas possibilidades de atuação política, filosófica, social e pedagógica. Essa
atuação precisa ser fomentada nos cursos de formação, cujo lastro deve ser pautado pelas necessidades formativas dos
professores em formação, enfatizando-se os fundamentos da atuação frente aos saberes necessários à docência e ao exercício
profissional.
Palavras chave: Representação social. Trabalho docente. Pedagogia.
Autor(a) Proponente: ANTONIA MAÍRA EMELLY CABRAL DA SILVA VIEIRA
Endereço: R Marechal Hermes 1235 - Bom Jardim
Mossoró - RN CEP: 59618-160 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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134
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E GESTÃO NO INSTITUTO FEDERAL – POLÍTICAS PÚBLICAS, SABERES DOS
EDUCADORES E CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Autor(es):
1
ANNA CAROLINA SALGADO JARDIM
Desde o fomento dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) como política pública, observaram-se
mudanças significativas na educação profissional e tecnológica, como a ênfase no ensino, pesquisa e extensão voltados para o
desenvolvimento local e regional. Chama a atenção também a organização curricular diferenciada e os desafios enfrentados pelos
docentes, que têm a possibilidade de atuar em diferentes níveis de ensino, desde o médio técnico à pós-graduação. Observa-se a
necessidade de delimitação do propósito de criação dessas instituições e como devem se colocar para a sociedade e na sua
relação com as universidades e órgãos de fomento à pesquisa. É importante levar em conta as políticas públicas voltadas para a
educação profissional e tecnológica, bem como o fato de que os Institutos Federais originam­se da “reformulação” e fusão de
escolas técnicas e agrotécnicas, muitas delas, centenárias. As representações sociais construídas neste processo de mudança da
cultura organizacional que a política de criação dos Institutos Federais impôs, têm consequências na orientação de sua gestão, na
condução de sua proposta pedagógica, nas relações que se estabelecem no interior da Instituição e dela com a sociedade. Com
este estudo, pretende-se analisar as representações sociais dos servidores ativos que passaram pelo período de reformulação e
que hoje se deparam com o que as políticas públicas trouxeram de novo, buscando investigar como elas alteram as suas práticas
de trabalho cotidianas, construídas ao longo dos anos. Reconhece-se a importância de se identificar e analisar as representações
sociais que circulam na Instituição como fundamentais para aperfeiçoar a gestão e promover mudanças de práticas educativas. A
análise das representações sociais da gestão e a atuação dos servidores do Instituto Federal estão inseridas nos estudos
desenvolvidos no Centro de Estudos de Representações Sociais e Subjetividade – CIERS-Ed do Departamento de Pesquisa da
Fundação Carlos Chagas, que busca, em convênio com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, as possibilidades da
educação na transformação de práticas a partir da reconstrução de representações sociais. As representações sociais estão
relacionadas com um modo particular de compreender e de se comunicar, e criam realidades, caracterizando as interações
humanas. Assim, analisando as representações sociais dos servidores sobre o Instituto Federal, pretende-se oferecer subsídios
para o desenvolvimento da gestão institucional que considere a trajetória histórica vivida pelos servidores. Os sujeitos do estudo
serão os servidores que tem função de gestão e docentes de vários Campi, selecionados considerando-se o tempo de serviço. Os
dados serão coletados por meio de análise documental, entrevistas semiestruturadas, observação participante e grupo focal. A
análise será baseada na revisão da literatura pertinente, utilizando-se a abordagem do ciclo de políticas públicas proposta por Ball
e Bowe (1992), que oferece instrumentos analíticos para a interpretação de impactos de políticas públicas de sistema no nível das
unidades de ensino. Os discursos serão analisados com o apoio do Software ALCESTE (Analyse lexical par Contexte d. um
Ensemble de Segments de Texte), além do uso de análise de conteúdos proposta por Franco (2008). Espera-se analisar as
representações sociais dos servidores de modo a utilizá-las para a sugestão de estratégias de gestão para o Instituto Federal
pesquisado no cumprimento de sua missão organizacional.
Palavras chave: Instituto federal. Modelos de gestão. Políticas públicas. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: ANNA CAROLINA SALGADO JARDIM
Endereço: Rua Dr. Fércio de Lima 73 - Jardim Flórida
São Roque - SP CEP: 18133-060 - E-mail: [email protected]
1
- Instituto Federal de São Paulo- IFSP
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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135
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PSICÓLOGO: EXPLORAÇÕES INICIAIS DE SEU CAMPO SEMÂNTICO
Autor(es):
1
DANIELLE OLIVEIRA DA NóBREGA
O trabalho em tela insere-se na discussão acerca da formação do psicólogo, partindo de observações e leituras que indicam que,
cotidianamente, a imagem do psicólogo é de um profissional de ajuda, que visa resolver problemas e que atua especialmente no
âmbito da clínica individual. Tal imagem ressalta aspectos de um fazer tradicional do psicólogo, entretanto, eclipsa outros fazeres
pertinentes à psicologia como o trabalho em comunidades e instituições diversas, com foco em trabalhos preventivos. Estas
circunstâncias são comumente debatidas nas formações em Psicologia, nas quais se reflete sobre esse contexto de formação
profissional e seus papéis na realidade social. Diante disso, este trabalho visa comunicar os primeiros resultados de uma pesquisa
de campo cujo objetivo maior é analisar as representações sociais de psicólogo para os estudantes do curso de Psicologia da
Unidade Educacional de Palmeira dos Índios/Universidade Federal de Alagoas. Com aporte teórico- metodológico da Teoria das
Representações Sociais (MOSCOVICI, 2005; JODELET, 2001; WAGNER, 2000), a pesquisa abarcará a Técnica de Associação
Livre de Palavras, o Grupo Focal, além da análise de documentos, como o Projeto Pedagógico do Curso. Em específico, neste
texto, exercita-se uma primeira aproximação no estudo dessas representações sociais a partir da apresentação do campo
semântico de “psicólogo” constituído pelos referidos estudantes a partir da Técnica de Associação Livre de Palavras. Tal
procedimento foi realizado com 169 estudantes das cinco turmas do curso de Psicologia de Palmeira dos Índios/AL. Com as
turmas do 1º ao 4º ano, a técnica foi realizada coletivamente, com visitas às salas de aula de cada turma. Já com o 5º ano, o
procedimento foi realizado individualmente ou em pequenos grupos, uma vez que estes graduandos apenas desenvolvem
estágios e o Trabalho de Conclusão de Curso. Solicitou-se que escrevessem em um formulário a três primeiras palavras que
viessem à mente quando ouviam o termo “psicólogo” e, posteriormente, justificassem a escolha. A análise das evocações,
realizada conforme a técnica de Análise de Conteúdo, permite mapear o campo semântico em 6 núcleos: 1 – Perfil: desenha quem
é o psicólogo, indicando os traços que o psicólogo deve possuir em seu trabalho. O que se ressalta nesse perfil são os termos
amor, compreensão e responsabilidade. 2 – Função: explicita para que serve o psicólogo. Neste campo, as principais evocações
são: ajudar, cuidar e autoconhecimento. 3 – Trabalho: identifica elementos que fazem parte do trabalho do psicólogo, suas ações,
ferramentas, referências, destacando-se as palavras escuta, clínica e terapia. 4 – Objeto de estudo: trata do objeto de estudo da
psicologia, cujos termos em relevo são mente, comportamento e subjetividade. 5– Processo formativo: refere-se aos aspectos
presentes em sua formação, como estudos, luta e formação. 6 – Futuro: corresponde àquilo que os estudantes almejam, refletindo
seus desejos após a graduação. Aqui, sublinha-se os termos profissão, sonho e futuro. Os resultados iniciais sugerem uma
semelhança com outros estudos e observações relacionadas às representações sociais de psicólogo ou psicologia. De fato, a
exploração do campo semântico sinaliza que é forte a associação da Psicologia enquanto uma profissão de ajuda, do cuidado,
com ênfase ao âmbito clínico da profissão. Contudo, é preciso aprofundar o que as características evocadas denotam e como elas
se articulam na constituição de representações sociais, bem como prosseguir com os estudos do campo semântico visando
comparações entre os diferentes períodos do curso. Finalmente, consideramos que esses primeiros dados são importantes
norteadores dos próximos passos da pesquisa no que tange à identificação e exploração do processo de constituição das
representações sociais em foco.
Palavras chave: Formação do psicólogo. Representações sociais. Ensino superior.
Autor(a) Proponente: DANIELLE OLIVEIRA DA NÓBREGA
Endereço: Av. Vieira de Brito, 265, Ed. Ascon - São Cristóvão
Palmeira dos Índios - AL CEP: 57601-100 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Alagoas- UFAL /Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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136
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O CORPO
Autor(es):
1
FELIPE DA SILVA TRIANI
CRISTINA NOVIKOFF
A Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici (1978) vem conquistando espaço no universo científico e isto acontece
por sua aplicabilidade consistir em um processo de dualidade dinâmica, ou seja, o duplo papel da pesquisa, a saber: compreender
e intervir na realidade. Além disso, autores como Morin (2004) e Santos (2003) reforçam a afirmação discutindo a ideia de que já
não basta que sejam desenvolvidas pesquisas básicas e de interesses cognitivos somente, é necessário que os estudos estejam
articulados a resolução de problemas práticos. Distante de acaso, Gibbons e seus colaboradores (1994) concordam firmando a
discussão da necessidade da ciência trabalhar em um contexto de aplicabilidade da construção do conhecimento. Isso implica em
uma produção de conhecimento interdisciplinar (POMBO, 2005) que em movimento relacional entre disciplinas se complementam
na busca de soluções pragmáticas. A partir deste universo, o Laboratório do Grupo de Estudos e Pesquisas em Representações
Sociais na/para Formação de Professores (LAGERES – Unigranrio), vem desenvolvendo estudos a partir da linha de pesquisa de
Educação, Linguagem e Cultura, onde inicialmente desenvolveu­se o projeto de pesquisa denominado “As Representações
Sociais sobre Formação de Professores (inicial) para os professores de Pedagogia e Licenciaturas” e a partir deste foi construída
uma pesquisa de caráter transversal intitulada “As Representações Sociais sobre Formação de Professores para estudantes de
Educação Física” e uma das considerações desta pesquisa foi de que a apropriação da Teoria das Representações Sociais pela
produção científica da área de Educação Física brasileira ainda é tímida. Esta afirmação surge através de uma pesquisa na
plataforma da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), onde não foram encontrados estudos
que articulassem as Representações Sociais, Formação de Professores e Educação Física (TRIANI; NOVIKOFF, 2013),
carecendo assim de estudos que venham promover o desenvolvimento científico nesta área. Diante desses entendimentos, a
resumo aqui apresentado faz referência à uma pesquisa de mestrado que se ancora na Teoria das Representações Sociais
enquanto referencial teórico-metodológico, a fim de investigar as representações sociais que os estudantes de um curso de
licenciatura em Educação Física de uma universidade privada da baixada fluminense tem sobre o corpo, uma vez que o mesmo é
objeto de estudo na formação de professores desta área. A pesquisa pressupõe que as representações sociais sobre o corpo
instituídas no imaginário social (CASTORIADIS, 1982) dos estudantes na graduação implicará em sua prática pedagógica futura
no e sobre ele, uma vez que, estudos recentes da área (DAOLIO, 2013) vêm demonstrando que a prática pedagógica de
professores em atuação são norteadas por um conjunto de representações que definem e orienta a atividade profissional. Neste
sentido, o objetivo da pesquisa é de identificar possíveis indícios de representações sociais sobre o corpo instituídas no imaginário
social (CASTORIADIS, 1982) dos estudantes do curso de Educação Física para compreender quais são as representações sobre
o corpo que circulam no âmbito de sua formação. Para atingir o objetivo proposto, pretende-se adotar as dimensões da pesquisa
científica proposta por Novikoff (2010), que desenvolve a investigação em cinco etapas dialéticas, sendo elas: epistemológica,
teórica, metodológica, morfológica e analítico-conclusiva. Neste percurso, os instrumentos utilizados serão o teste de associação
livre de palavras e a técnica projetiva do desenho, para triangulação dos dados. Os sujeitos que farão parte da amostra serão
estudantes universitários de curso de graduação em licenciatura em Educação Física. Espera-se assim, que indícios de
representações sociais sobre o corpo possam ser identificadas e analisadas de acordo com as representações instituídas no
projeto pedagógico do curso e os conteúdos teóricos da áreas, para que a triangulação dos dados possa ser desenvolvida por
meio de análise exaustiva dos fenômenos.
Palavras chave: Representações sociais. Corpo. Formação de professores. Educação física.
Autor(a) Proponente: FELIPE DA SILVA TRIANI
Endereço: Rua Itamaracá, 420 - Vila Itamarati
Duque de Caxias - RJ CEP: 25070-200 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Grande Rio- UNIGRANRIO
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MOBILIDADE DE JOVENS UNIVERSITÁRIOS: NOVOS FLUXOS, IDENTIDADES E
FORMAÇÃO PROFISSIONAL.
Autor(es):
1
POLIANA DIAS DA SILVA
FATIMA MARIA LEITE CRUZ
Este trabalho tem como objetivo compreender os sentidos da migração compartilhados por jovens da capital que migraram para
estudar no interior do estado de Pernambuco. À luz da Teoria das Representações Sociais, intenta-se compreender as
representações sociais da mobilidade por jovens universitários, bem como analisar seus reflexos psicossociais e formativos na
identidade profissional. A utilização desta abordagem psicossocial se justifica por compreender as representações como
moduladoras do pensamento e da dinâmica social, uma vez que estas orientam a comunicação e as práticas sociais. As
representações sociais se referem a uma dada realidade e sociedade, tendo como principal característica e finalidade a de tornar
familiar algo que não está familiarizado para determinado grupo, qual visa minimizar a tensão gerada entre aquilo que é incomum
e desconhecido, ao que é confortavelmente aceito e incorporado em uma imagem, ideia ou valor já conhecido. Para isso, são
utilizados dois conceitos nesse processo: a ancoragem e a objetivação. A ancoragem coloca o estranho em termos de categorias
comuns, em que se particulariza e compara ao universo de significados já conhecidos e familiarizados. Já a objetivação é o ato de
tornar uma representação na realidade de fato, é ligar o inominável a um equivalente figurativo, dentro dos referenciais familiares
existentes, tendo em vista que, quanto mais o uso de uma representação se populariza, mais torna- se independente e corriqueira,
sendo aceita como uma realidade natural. Sendo a mobilidade/migração um objeto social composto de múltiplos sentidos sobre o
qual estão implicados interações de aspectos histórico-sociais, econômicos e psicológicos, se mostra como um objeto de
representação social, tema relevante para o estudo de mestrado que se encontra em andamento. O conceito de juventude integra
o estudo, não apenas como recorte etário dos participantes da pesquisa, mas também como categoria analítica, visto que há uma
gama complexa e plural de conceitos que transcendem a compreensão biologicista e maturacional. Na atualidade, a
empregabilidade é contingencial e o jovem é solicitado, desde cedo, quanto à escolha profissional, cuja decisão envolve na
maioria das vezes, a formação acadêmica e qualificação profissional, sobre as quais estão imersos diversos aspectos, sejam de
ordem econômica, social e/ou pessoal. Neste contexto a escolarização tem se mostrado um dos motivos que levam o jovem a
migrar na tentativa de acesso à Educação Superior, já que a universidade é o lócus que possibilitará o alcance de conhecimentos
e práticas necessárias para uma futura profissão. Cabe apontar o aumento no número de vagas e matrículas para este nível ter
crescido consideravelmente no Brasil, nas últimas décadas, não apenas em grandes centros urbanos, mas também em cidades do
interior, tendo em vista os investimentos em democratização e interiorização do ensino superior no país. Destaca-se, o Programa
de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) que visa implementar e executar políticas
públicas de interiorização da educação superior, profissional e tecnológica a fim de possibilitar avanços no desenvolvimento de
regiões desprivilegiadas, tendo o intento de reduzir as disparidades sociais e territoriais, possibilitando o desenvolvimento regional.
Este fluxo migratório é novo na realidade nordestina e carece de estudos que possam visibilizar esse âmbito da mobilidade e suas
relações com os processos identitários. Tal pesquisa tem cunho qualitativo e terá como procedimentos metodológicos: a)
questionário sócio econômico e cultural, para levantar o perfil destes ingressantes; b) Questionário de Associação Livre (QAL); e c)
entrevista semiestruturada com jovens de 18 a 24 anos que migraram com o objetivo de cursar uma graduação em instituições de
ensino superior localizadas na mesorregião do agreste de Pernambuco. A análise dos dados será feita pela Análise de Conteúdo
de Bardin e software EVOC.
Palavras chave: Juventude. Representação social. Migração.
Autor(a) Proponente: POLIANA DIAS DA SILVA
Endereço: Rua Augusto Gomes do Amaral, 279 - Francisco S. S. Figueira
Garanhuns - PE CEP: 55291-635 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Pernambuco -UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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138
EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS PARA ALUNOS E PROFESSORES
Autor(es):
1
FELIPE DA SILVA FREITAS TRIANI
WILLIAN COSTA DE FREITAS
CRISTINA NOVIKOFF
Trata-se de um projeto de iniciação científica em desenvolvimento no CIEP 098 – Profa Hilda do Carmo Siqueira, que segue a
proposta de Darcy Ribeiro e surgiu com o intuito de levar a educação de qualidade para todas as camadas sociais. O Laboratório
do Grupo de Estudos e Pesquisas em Representações Sociais na/para Formação de professores - LAGERES realiza desde 2010
neste CIEP, atividades em conjunto com professores, dirigentes, alunos e pais, para pensar a escola e a formação continuada.
Enfatizando a Educação Física escolar no Ensino Médio, pôde-se observar que há dificuldades de relacionamento entre a
atividade docente e o interesse dos alunos em aprender. Ademais, verificamos uma problemática que permeia o ambiente
educacional: a redução do número de alunos a cada progressão da fase do Ensino Médio. Consequentemente, o quantitativo dos
alunos nas aulas práticas de Educação Física, vem se tornando cada vez mais evasivo. Poucos demonstram interesse pela
prática da Educação Física escolar. A promoção de conhecimentos e práticas para a manutenção da saúde, desenvolvimento da
aptidão física e maior compreensão dos conteúdos das outras disciplinas, parecem não ser do conhecimento dos alunos. Ao
observarmos o andamento das aulas desta disciplina no CIEP 098, surgiram diversas ponderações no que diz respeito à forma do
docente ministrar as aulas, criando interesse nestes alunos, que, por conseguinte, seria importante para inseri-los na cultura
corporal do movimento, possibilitando a promoção de saúde e o desenvolvimento cognitivo, heurístico e social. Neste cenário,
questiona-se: o que deve/pode ser feito para que os professores mantenham a atenção dos alunos e reduzam a evasão? Quais
seriam os fatores etiológicos que fomentam o desinteresse dos alunos pela prática das aulas de educação física? Será que todos
os professores de Educação Física conhecem e compreendem a importância do desenvolvimento motor na vida dos alunos, e que
para se alcançar esse desenvolvimento é necessário que esses alunos experimentem situações motoras? Além das dimensões do
conteúdo aprendidas no curso de formação, existe algo que orienta à conduta dos professores diante da necessidade de educar
esses alunos por intermédio do movimento? Quais as representações sociais instituídas nos agentes sociais abordados, que
norteiam a prática da disciplina dentro da escola? Os agentes em destaque conhecem os benefícios oriundos da prática das
aulas? Os alunos sabem o que é saúde? Diante do exposto, por intermédio de uma investigação aplicada em campo e de revisão
bibliográfica, buscando responder essas inquietações, será utilizada a Teoria das Representações Sociais como referencial teórico
para compreender como os grupos sociais organizam suas ações, com o objetivo de identificar quais são as representações
sociais instituídas nos alunos e professores do Ensino Médio do CIEP 098 acerca da Educação Física na escola. Para atingir esse
objetivo, será aplicada a metodologia de pesquisa proposta por Novikoff, que é clivada em cinco dimensões para o
desenvolvimento do estudo, sendo elas: epistemológica, teórica, metodológica, morfológica e analítico-conclusiva. Pretende-se
adotar a técnica do curtograma para obter resultados qualitativos sobre as representações sociais dos alunos e professores
acerca desta disciplina, interpretados pela análise de conteúdo e discurso.
Palavras chave: Representações sociais. Educação física. Educação física na escola.
Autor(a) Proponente: FELIPE DA SILVA TRIANI
Endereço: Rua Itamaracá, 420 Vila Itamarati
DUQUE DE CAXIAS RJ CEP: 25070200 Email: [email protected]
1
- Universidade do Grande Rio- UNIGRANRIO
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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DIMENSÕES DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM DE TUTORES EM UM CURSO DE
PEDAGOGIA, NO NORDESTE BRASILEIRO
Autor(es):
1
MARIA DE FÁTIMA SERRA RIOS
Este resumo é um recorte da pesquisa de mestrado da autora, orientada pelo Prof. Dr. Marcos Roberto Furlan, no Programa de
Pós-Graduação em Desenvolvimento Humano, na Universidade de Taubaté (UNITAU/SP), em 2013. Trata de um estudo de caso
realizado no Curso de Pedagogia, a distância, em uma instituição pública de ensino superior, no Nordeste brasileiro, vinculada ao
Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), do Ministério de Educação (MEC). Teve como problema compreender como se
constituía a representação social (RS) da avaliação da aprendizagem virtual de tutores, cujo uso de ambiente virtual de
aprendizagem era recente. Para tanto, definiu o objetivo de configurar as dimensões das representações sociais da avaliação da
aprendizagem virtual de tutores. A coleta de dados foi mediante análise documental, entrevista semidirigida e questionário. Os
sujeitos informantes da pesquisa foram vinte tutores a distância, todos pedagogos, metade deles tinha até cinco anos de
experiência no magistério e experiência em tutoria, entre 1 ano e meio a 3 anos. O estudo considerou: a definição clássica de RS,
apresentada por Jodelet (2001, p.22), i.e., “uma forma de conhecimento, socialmente elaborada e partilhada, com um objetivo
prático, e que contribui para construção de uma realidade comum a um conjunto social”; e a compreensão de Moscovici (1978;
2012), que enfatiza que é no grupo social que se constituem as RS sobre algum objeto por meio de conversações e
argumentações. Desse modo, as falas dos tutores foram organizadas em classes, cuja análise ofereceu indicadores
representacionais e configuraram as dimensões cognitiva, imagética e atitudinal. Na dimensão cognitiva, relativa à organização
dos conhecimentos que o grupo tem sobre o objeto da representação, percebeu-se uma concepção ambígua da avaliação da
aprendizagem, uma vez que oscila entre a ideia de “processo” e a ideia de “momento”. Mas, em ambos os casos, há a consciência
de que o objeto pode atender a formação, intervenção, devendo estar a serviço da construção de conhecimentos, mediante o
movimento de ação, reflexão e ação, conceitos ancorados no universo reificado que permeia o grupo. Na dimensão imagética, o
conteúdo propriamente dito da RS, o grupo apresentou um campo de representação composto por imagens positivas e negativas.
As primeiras estão relacionadas: i) à condição do avaliador - o tutor - devolver ao estudante o parecer, os comentários ou novas
orientações, dadas as respostas dos estudantes às atividades, o que o grupo retratou como “devolutiva”; ii) e ao processo, pois
veem uma “evolução” a partir da avaliação da aprendizagem. Já as imagens negativas estão ligadas ao prazo, ao plágio, à nota,
visualizando algo complicado, delicado e controvertido. Na dimensão atitudinal, que destaca a orientação global em relação ao
objeto da RS, a forma encontrada para se dar visibilidade à variedade de atitudes percebidas no grupo diante do objeto,
relacionadas aos sentimentos, interesses e elementos práticos, foi categorizando-a quanto à: i) afetividade, abarcando o que
sentem em relação aos estudantes e ao processo em si; ii) conformidade diante das dificuldades e limitações do processo e dos
estudantes; iii) criticidade em relação às condições de trabalho e de estudo dos acadêmicos, bem como às fragilidades do
processo avaliativo; iv) dialogicidade com os estudantes no processo de avaliação virtual diante das suas manifestações nas
atividades apresentadas no AVA. A título de consideração final, pode se dizer que estudar a avaliação da aprendizagem na
modalidade a distância na perspectiva das RS foi desafiador devido à complexidade tanto da teoria, quanto do objeto que envolve
fundamentos legais, teóricos, metodológicos, tecnologias, individualidades dos sujeitos, comunicação, tudo isso em movimento e
ligado entre si e colocado em uma realidade nova – o ambiente virtual. O estudo de caso configurou uma representação social que
está sendo construída pelo grupo e que revela o anseio da tutoria por uma prática avaliativa efetivamente processual, mais
humanizadora, mais interativa e mais inclusiva, fazendo frente à prática, ainda marcada pela pedagogia do exame.
Palavras chave: Representações sociais. Educação a distância. Avaliação da aprendizagem online.
Autor(a) Proponente: MARIA DE FÁTIMA SERRA RIOS
Endereço: Rua Boturoca, 220 - Vila Indiana
São Paulo - SP CEP: 05586-010 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade de São Paulo- USP
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
140
REPRESENTAÇÕES SOCAIS DO ENSINO DA MATEMÁTICA: UM DIÁLOGO COM PROFESSORES QUE ATUAM NA SALA DE
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (SAEE) NO ESTADO DE PERNAMBUCO.
Autor(es):
1
JULIANA DE CÁSSIA GOMES DA SILVA
FATIMA MARIA LEITE CRUZ
O interesse pela temática surgiu dos estudos prévios de conteúdos relacionados aos alunos com deficiência e das experiências
pessoais da autora como professora de alunos com deficiência na Escola Especial Ulisses Pernambucano da rede estadual de
Pernambuco. Nesta experiência ao observar as atividades desempenhadas na sala de atendimento, a pesquisadora deparava- se
com conflitos pedagógicos nas ações deliberadas entre professor e aluno e os reais objetivos do Atendimento Educacional
Especializado. As tarefas aplicadas na SAEE estavam mais relacionadas ao reforço escolar da língua portuguesa e atividades
lúdicas não direcionadas. Em se tratando das atividades matemáticas, ocorriam contagens sem sentidos numéricos, apresentação
de objetos geométricos como forma de decorar a forma, entre outras situações não planejadas didaticamente, ou executadas sem
que houvesse a clareza conceitual da proposta vivenciada. O estudo em pauta objetiva entender e analisar os sentidos da
inclusão/exclusão no ensino da matemática construídos por professores na Sala de Atendimento Educacional Especializado
(SAEE) O Trabalho pauta-se na reflexão do problema que nos inquieta desde a experiência relatada: Os docentes mediadores
das SAEE conseguem encontrar sentidos de inclusão no ensino da matemática para alunos com deficiência? Especificamente
pretende­se compreender os sentidos do ensino da matemática para os professores que atuam na SAEE; identificar os
significados inclusivos/excludentes nos processos de ensino da matemática; Relacionar os sentidos compartilhados do ensino da
matemática e a prática docente no ensino da matemática. A partir da Teoria das Representações Sociais (TRS) de Moscovici,
busca-se apreender os fatores de natureza psicossocial que repercutem no ensino de matemática, pois acredita-se que o
fenômeno da inclusão permeia o senso comum, nas práticas comunicativas e atitudinais, e os sentidos compartilhados por um
grupo de professores podem nos esclarecer acerca desses aspectos das ações interativas que trazem repercussões para ensino
da matemática na SAEE, pois, a cultura, o senso comum são elementos construídos a partir de conhecimentos científicos, aos
quais expressos e compartilhados coletivamente, geram teorias que representam o social e o simbólico dos sujeitos, considerando
que a TRS orientam as práticas entre os sujeitos e objeto em estudo. Ou seja, Os sentidos são atribuídos individualmente pelos
sujeitos que compartilham um mesmo contexto, de maneira que o objeto comum a eles, carregam um significado que delineia a
prática docente do grupo. A TRS ajudará a compreender esta relação tríade entre o sujeitos, o outro e o objeto. A pesquisa em
andamento se apoia ainda na análise da política da inclusão no Brasil com recortes para o estado de Pernambuco; a TRS desde
os seus pressupostos epistemológicos e estruturais destacando a teoria do núcleo central. O núcleo central é um componente
reativante que vivifica o significado da representação, pode possuir vários elementos que sustentam a representação, caso sejam
retirados, desestruturam sua significação ou a conota para um lado diferente. Ou seja, O núcleo é a essência da representação e
não pode ser modificado, pois garante a consistência representacional. Na metodologia aplicamos questionários de associação
livre, com a participação de 70 sujeitos de diversas cidades do estado de Pernambuco, o que permitirá na análise a definição do
núcleo central com ajuda do software EVOC; realizaremos ainda 2 sessões de grupo focal com professores, sendo uma presencial
e outra on line e os registros serão analisados na perspectiva temática de Bardin.
Palavras chave: Representação social. Ensino da matemática. Inclusão.
Autor(a) Proponente: JULIANA DE CÁSSIA GOMES DA SILVA
Endereço: RUA ROLÂNDIA, Nº25 APTº 301 - CORDEIRO
Recife - PE CEP: 50721-340 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Pernambuco- UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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141
O ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS DE FORMAÇÃO
PROFISSIONAL
Autor(es):
1
VANUSA DOS REIS COELHO
CLARILZA PRADO SOUSA
O estudo de Representações Sociais para o desenvolvimento de processos de formação profissional O estudo das
representações sociais de um objeto por um grupo possibilita revelar o significado que esse objeto evoca no grupo, ou seja, no
caso especifico deste estudo, compreender como os profissionais de vendas representam a sua profissão nos fornecerá
informações a respeito da formação necessária à profissão de vendedor e irá permitir analisar como esta profissão vem sendo
constituída entre o seu grupo. Assim, o objetivo deste estudo foi o de analisar as representações sociais dos profissionais de
vendas sobre sua profissão o que nos forneceu informações a respeito da formação necessária à essa profissão. Para buscar a
identificação dessas representações sociais, foi efetuada pesquisa com oito sujeitos, de dentro e fora do estado de São Paulo, que
constituíram um grupo diversificado de vendedores cuja área de atuação envolvia desde tiradores de pedido, passando por
vendedores que trabalham em lojas e prestadores de serviços, ou seja, um grupo de profissionais com atuações e produtos
distintos operando diretamente com o cliente. Para análise dos dados obtidos nas entrevistas utilizou-se o software ALCESTE
(Analyse Lexicale par Contexte d.um Ensemble de Segments de Texte). Após o processamento do corpus, que teve um
aproveitamento de 84% de todas as palavras analisadas (o que caracteriza um ótimo aproveitamento), alguns resultados
percebidos foram que os melhores vendedores são os que falam pouco, ouvem mais e priorizam a satisfação, assim como, o
estabelecimento de um relacionamento de confiança com o cliente. O sucesso parece ser medido pela retenção e pelo
desenvolvimento do relacionamento com os clientes e não somente pelo total de “cotas” de venda atingidas ou pela quantidade e
valor de produtos ou serviços comercializados. Os entrevistados parecem valorizar o desenvolvimento de habilidades e
competências através do aprendizado contínuo, almejando seu aprimoramento tanto pessoal quanto profissional que refletirá em
benefício próprio e dos clientes. Há uma valorização do aprendizado contínuo, assim como, da rápida aplicação desse novo
conhecimento, pois, na sociedade atual, o conhecimento é gerado continuamente e esse profissional deve tirar proveito deste
conhecimento para estar sempre atualizado e à frente da concorrência. Verificamos também que o vendedor detém um posto
importante na estrutura econômica e social mundial, no entanto, essa importância não costuma ser devidamente valorizada, pois,
o vendedor não costuma ser visto “com bons olhos” pela sociedade, pois, há um conceito ou preconceito de que o profissional das
vendas é “malandro”. Sobre esse aspecto podemos entender na fala dos entrevistados que a falta de ética é um traço que
compromete a imagem do vendedor, causando danos a relação de confiança entre esse profissional e seu cliente. Em
contrapartida o uso do comportamento ético demonstrará uma postura honesta e justa de quem busca atender à necessidade real
do comprador, principal função do profissional de vendas. Evidenciou-se que, durante sua evolução histórica, ocorreram
mudanças no perfil dos profissionais de vendas, surgindo a visão de um homem/trabalhador inovador, criativo, autônomo,
qualificado, atualizado e que busca acompanhar as mudanças ocorridas na sociedade, assim como, as necessidades e desejos
dos consumidores em custos e qualidade. Diante disso, esses profissionais buscam compreender e tornar familiar as
transformações ocorridas na profissão e em sua prática para que, deste modo, possa ocorrer uma nova conduta. Ao buscar
entender o novo, o não-familiar, esses profissionais conversam com seus conhecimentos e experiências já existentes e, assim,
enquadram esse novo saber aos seus saberes (valores, cognições, afetividade) já vivenciados. Deste modo, podemos dizer que
há um contínuo processo dialético de construção de conhecimento em que são aderidos, inteiramente ou não, às novas
exigências profissionais, de acordo com o conhecimento e valores que esses profissionais já possuíam anteriormente e a esse
processo Moscovici chama Ancoragem. Portanto, neste processo de formação das representações sociais, observamos que os
profissionais de vendas incorporam imagens dessa profissão frente à sociedade, assim como, na troca de informações e saberes
profissionais e pessoais. Essa observação confirma o pensamento de Jovchelovitch de que a teoria das representações sociais
não é apenas uma psicologia social dos saberes, mas também, uma teoria sobre como novos saberes são produzidos e
acomodados no tecido social. Palavras chave: Representações Sociais. Profissional de Vendas. Aprendizagem
Palavras chave: Representações sociais. Profissional de vendas. Aprendizagem.
Autor(a) Proponente: VANUSA DOS REIS COELHO
Endereço: Rua Matias Roxo, 300 aptº 243 A - Vila leopoldina
São Paulo - SP CEP: 05089-040 - E-mail: [email protected]
1
- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC SP
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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142
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA IMAGEM DO FEMININO, O MERCADO DE TRABALHO DA MULHER E A PROFISSÃO DE
RECURSOS HUMANOS PARA ALUNAS DO CURSO TECNOLÓGICO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS DE UM
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SANTOS
Autor(es):
1
DENISE MARQUES ALEXANDRE
ANNA CAROLINA SALGADO JARDIM
Na atualidade, a mulher vem desenvolvendo um papel importante nas transformações sociais, econômicas, políticas, culturais e
principalmente no mundo do trabalho. A busca por um emprego qualificado partiu de uma longa luta das mulheres pela educação
significando um avanço em suas vidas o que possibilitou sua participação na cultura e em outros aspectos da sociedade. O
mercado de trabalho em crescente avanço preconiza-se a qualificação profissional como uma ferramenta de desenvolvimento
para a carreira. A área de recursos humanos vem se preocupando cada vez mais com o desenvolvimento de aspectos como a
comunicação, motivação, liderança e as relações de trabalho. Observa-se a necessidade, e em particular desta pesquisa, pensar
acerca da formação de mulheres gestoras na tentativa de delinear como se percebem gerindo a carreira do outro e se o fato de
ser mulher acarreta em um estilo próprio do feminino. A conceituação de imagem do feminino parte da ideia de três indicadores :
abertura para o outro, espera ativa, rebeldia do imaginário fecundo. que norteiam e apontam posturas possibilitando identificar se
são representadas na gestão de pessoas. O presente trabalho tem como objetivo analisar as representações sociais da imagem
do feminino de alunas no curso tecnológico em recursos humanos de um Centro Universitário particular de Santos. As
representações sociais são processos coletivos de criação, elaboração, propagação e transformação do conhecimento partilhado
pelo sujeito através da comunicação em suas ações cotidianas. A partir deste foco inicial, delinear como as alunas compreendem
a profissão de recursos humanos, suas expectativas e limitações em relação ao mercado de trabalho, bem como se constituem e
articulam as representações sociais da imagem do feminino neste campo de atuação. Busca-se entender a imagem do feminino
na concepção de quais características e posturas femininas construídas historicamente a partir de suas representações enquanto
mulher solidificando ou modificando o seu modo de lidar as representações existentes. Para contemplar tais questões, foram
realizados inicialmente estudos teóricos sobre as representações sociais que permitem entender a consciência coletiva dentro dos
grupos sociais, como se processam as interpretações do senso comum que tentam dar significado à vida cotidiana, ou seja, à
realidade social. Nesta abordagem, consideram-se como elementos desse fenômeno, o conhecimento compartilhado socialmente,
as atitudes que dela decorrem e o processo de elaboração e construção do pensamento social sobre a imagem do feminino, suas
implicações tanto em sua carreira como na profissão de recursos humanos. A pesquisa de caráter qualitativo, será realizada por
meio de entrevistas individuais semiestruturadas envolvendo alunas do primeiro e último semestre do curso Tecnológico de
Recursos Humanos. Esta será baseada na revisão da literatura, analise do discurso e utilizará o software ALCESTE (Analyse
lexical par Contexte d. um Ensemble de Segments de Texte). Através dos dados coletados espera-se analisar as representações
sociais de mulheres em formação em recursos humanos, identificar como as alunas descrevem a profissão, compreender as
expectativas das mesmas em relação ao mercado de trabalho e por fim demonstrar a imagem do feminino das alunas do curso de
Recursos Humanos, as possibilidades e limitações da profissão.
Palavras chave: Representações sociais. Feminino. Mercado de trabalho. Recursos humanos.
Autor(a) Proponente: DENISE MARQUES ALEXANDRE
Endereço: Rua Republica do Peru, 06 apt 51 - Ponta da Praia
Santos - SP CEP: 11030-290 - E-mail: [email protected]
1
- Pontifícia Universidade de São Paulo- PUC SP
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
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143
ALTERNÂNCIAS EDUCATIVAS: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS DOCENTES DA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO
CAMPO DA UFV
Autor(es):
1
LOURDES HELENA DA SILVA
STHEFANI LOTI PAIVA LIMA
WILLER ARAÚJO BARBOSA
JOSIANE DAS GRAÇAS CARVALHO
O Movimento da Educação do Campo é um movimento nacional construído pelos sujeitos coletivos do campo - organizações e
movimentos sociais, em parcerias com pessoas de instituições públicas, através de diversas articulações e mobilizações. Trata- se
de um movimento de conteúdo político, gnosiológico e pedagógico que, buscando reagir ao processo histórico de exclusão social
dos camponeses, reivindica e luta por novas políticas públicas que garantam não apenas o acesso à educação, mas,
fundamentalmente, a construção de uma escola e de uma Educação do Campo. Nas duas ultimas décadas esse movimento tem
conquistado amplo espaço no meio acadêmico e na agenda política brasileira. Uma dessas conquistas foi a criação dos cursos de
Licenciaturas em Educação do Campo que, através do Edital MEC/SESU/SETEC/SECADI Nº 02/2012, foram recentemente
implementados em 42 universidades públicas brasileiras. Como um fenômeno novo e emergente em nossa sociedade, esses
cursos de Licenciaturas em Educação do Campo tem suscitado um conjunto de questões que, articuladas, compõem o Programa
de Estudos intitulado Trajetórias, Representações Sociais e Práticas Pedagógicas da Licenciatura em Educação do Campo LICENA na Universidade Federal de Viçosa. Integrante desse Programa de Estudos, a presente pesquisa “Representações
Sociais dos Docentes: um olhar para a Alternância na LICENA” tem como objetivo analisar a história de vida dos docentes do
curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFV e suas representações sobre a Alternância. Na origem dessa pesquisa, a
identificação de um conjunto de investigações anteriores com e sobre o professor que revelam as influências de suas histórias de
vida, experiências e representações no processo educativo, principalmente na orientação de suas práticas e interações sociais. É
nesse contexto de reconhecimento das representações como orientadoras de práticas e interações sociais que recorremos à
teoria das representações sociais (MOSCOVICI, 1978) como referencial teórico e metodológico para compreender alternância em
construção no Curso LICENA na UFV. A relativa novidade dos cursos de Licenciaturas em Educação do Campo e da utilização da
Pedagogia da Alternância no ensino superior em nossa sociedade, assim como a ausência de estudos e análises sobre estas
experiências educativas, levaram-nos a favorecer um contexto de descoberta, no qual a pesquisa qualitativa apresentou-se como
a mais apropriada para atender as particularidades da presente pesquisa. Assim, para a coleta de dados os procedimentos
técnicos utilizados estaremos conjugando a aplicação de questionários e a realização de entrevistas semiestruturadas com os
objetivos de caracterização sócio profissional dos docentes da LICENA/UFV, identificação de suas histórias de vida e de suas
representações sociais sobre o curso e sobre a alternância. Na interpretação dos dados, utilizaremos o método de análise de
conteúdo, apoiando-nos nas proposições desenvolvidas por Bardin (1977). No presente trabalho, submetido para apresentação no
JIRS na modalidade Simpósio, utilizando de dados parciais e preliminares da pesquisa bibliográfica realizada junto ao Banco de
Teses da CAPES, buscamos analisar o conjunto das produções teóricas dos últimos cinco anos que abordam a temática de
representações sociais construídas por docentes sobre a alternância. Especificamente nossos propósitos são identificar as
metodologias privilegiadas no delineamento dos estudos, analisar as representações sociais capturadas sobre alternância, além
de compreender suas contribuições para a compreensão sobre os processos e práticas educativas em alternância presentes em
nossa sociedade. Nossas análises, mesmo que preliminares, revelam que, a despeito das diferentes abordagens de pesquisas e
da diversidade de procedimentos de coleta e análise de dados, a abordagem das representações sociais apresentam
contribuições importantes para uma melhor compreensão sobre os sentidos e as práticas construídas nos processos de formação
por alternância.
Palavras chave: Licenciaturas educação do campo. Representações sociais. Alternância.
Autor(a) Proponente: LOURDES HELENA DA SILVA
Endereço: Rua José Valentino da Cruz, 54 Bloco D, Apto 302 - Centro
Viçosa - MG CEP: 36570-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Viçosa- UFV
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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144
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E ESCOLHA PROFISSIONAL NOS CONTEXTOS URBANO E DO CAMPO
Autor(es):
1
LEONOR SANTANA
EDNA MARIA QUERIDO DE OLIVEIRA CHAMON
A atividade profissional ocupa uma parcela significativa da vida das pessoas, visto que por meio desta é possível desenvolver
habilidades, tomar decisões, apontar soluções para os problemas, construir projetos, atingir objetivos. O trabalho integra a pessoa
ao meio em que vive, ajuda a dignificar o ser humano, pois sua capacidade laborativa passa a fazer parte do bem comum.
Relacionando a atividade laboral ao desenvolvimento humano, pode-se citar o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2014,
que destaca os aspectos relacionados a vulnerabilidade e a resiliência, e a necessidade de empoderamento das pessoas no
sentido de fornecer ferramentas que as possibilitem fazer escolhas condizentes com suas necessidades e desejos. Dentre
algumas medidas centrais, destacadas no referido relatório, o item “acesso a um emprego digno”, considera o trabalho como um
meio de subsistência, na medida em que propicia relações sociais, promove segurança e desenvolvimento, não somente aos
indivíduos e suas famílias, mas a toda uma comunidade. Desta forma entende-se que as escolhas relacionadas às atividades
laborais influenciam o desenvolvimento de uma comunidade/região/país, ao mesmo tempo que são influenciadas por este, numa
relação dinâmica e interdependente. Essa temática deu origem a um problema de pesquisa, que encontra-se em andamento,
desenvolvido no âmbito do Curso de Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais, da
Universidade de Taubaté (UNITAU), que tem como objetivo investigar as representações sociais da escolha profissional em
estudantes do ensino médio, de escolas publicas urbana e do campo, em duas cidades localizadas no Vale do Paraíba/SP. A
abordagem desta temática demanda uma base teórica que permita compreender a construção de conhecimentos, crenças,
comportamentos, considerando a relação interdependente dos aspectos individuais e sociais, haja vista que as escolhas
individuais sofrem influência do meio ao mesmo tempo em que o meio a influencia. Sendo assim, o referido estudo tem como base
a Teoria das Representações Sociais, que possibilita discutir a relação do sujeito e do social. O objetivo é apresentar
levantamento de estudos que abordam a escolha profissional, considerando contextos urbanos e do campo. Para tanto utilizou-se
como metodologia o mapeamento de artigos, teses e dissertações, no período de abril a junho/15, nas bases de dados: Banco de
teses e dissertações da UNICAMP, Banco de dissertações MDH da UNITAU, Banco de teses e dissertações da USP, Biblioteca
Virtual em Saúde – BVS, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – banco de teses e periódicos,
Domínio Publico, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT e Scielo. Foram considerados trabalhos que
continham no titulo do trabalho os descritores “Escolha Profissional”, “Representações sociais” e “escolha profissional”,
“Representações sociais” e “Educação do campo”, “Representações sociais” e “Escolha profissional” e “Educação do campo”, sem
delimitação de ano. Realizou-se pré-análise dos resultados obtidos inicialmente, sendo consideras os que continham, no titulo
e/ou no resumo, o tema de interesse para este estudo. Observa-se quantidade significativa de estudos relacionados ao próprio
exercício da atividade de orientação profissional; trabalhos com foco nas representações sociais de docentes inseridos na
educação do campo, e nas representações sociais do trabalho para jovens. A partir destes resultados iniciais, optou-se por
destacar somente os trabalhos cujo conteúdo abordasse o tema de representações sociais relacionadas à escolha de profissão
em estudantes de contextos urbano e do campo. Sendo assim, foram localizados, com o descritor “Escolha profissional” 19
trabalhos; “Representações sociais” e “escolha profissional” – 11 trabalhos; “Representações sociais” e “Educação do campo”, 04
trabalhos; e “Representações sociais” e “Escolha profissional”, e “Educação do campo” não foram localizados artigos. Realizou­se
a técnica de leitura flutuante, para análise do conteúdo dos documentos, que permitiu identificar as seguintes categorias
relacionadas a escolha da profissão: projetos de vida, processo dinâmico e interdependente dos aspectos individuais, sociais,
culturais e econômicos.
Palavras chave: Representações sociais. Escolha profissional. Educação do campo.
Autor(a) Proponente: LEONOR SANTANA
Endereço: avenida nove de julho, 441 - Centro
Taubaté - SP CEP: 12020-200 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade de Taubaté- UNITAU
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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145
O CAP-UERJ NO CENÁRIO DAS POLÍTICAS AFIRMATIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA: QUE SENTIDOS PARA AS COTAS?
Autor(es):
1
LINCOLN TAVARES SILVA
ANDREA DA PAIXÃO FERNANDES
Neste trabalho, abordamos as representações sociais sobre a adoção da política afirmativa de cotas no acesso e permanência
estudantil ao Instituto de Aplicação da UERJ. Tratamos de relações nas quais os interesses dos grupos encontram-se eivadas de
conteúdos valorativos. O tratamento empírico do senso comum acarreta que as análises sobre estas relações necessitem que
interroguemos os sentidos, os valores e as crenças que estruturam e presidem a introdução desta novidade no ambiente escolar.
Investigaremos os sentidos atribuídos às cotas por diferentes atores institucionais. Em âmbito da análise educacional tais sentidos
empíricos são permeados por julgamentos de valor e possíveis hierarquizações. A existência de grupos diretamente beneficiados
não exclui posicionamentos de outros supostamente prejudicados pela adoção da política de afirmativa no âmbito dessa escola de
formação docente. Igualmente, trataremos das possíveis confluências entre representações e identidades, no intuito de
compreender a importância da ação afirmativa na formação da(s) identidade(s), dos diferentes atores do processo educacional.
Questionários e entrevistas são instrumentos importantes em nossa ação, assim como a observação do ambiente escolar e das
estratégias adotadas para lidar com a novidade das cotas, permitindo indiciar o peso que as representações podem ter nas
relações dos atores sociais e institucionais e nas expectativas que idealizam ou concretizam para seus processos de vida durante
e após a estada na Instituição. Articularemos nossas investigações com arcabouços teóricos e instrumentos metodológicos
diferenciados, adaptados aos grupos a serem investigados (responsáveis e estudantes da Educação Básica, graduandos,
servidores docentes e técnico-administrativos). Trabalhamos com a teoria das Representações Sociais (com base em Serge
Moscovici ­ viés de minorias ativas; Denise Jodelet ­ constituição de identidades e estereótipos; Margot Madeira ­ tessitura de
objetivações e ancoragens na escola e Sandra Jovchelovitch - pensar a escola como esfera pública). Associamos tais enfoques à
proposta de Jean-Claude Abric, com base em teste de evocações sobre o termo cota. Com a Teoria do Reconhecimento (Axel
Honneth) analisaremos representações relacionadas às esferas do amor, do direito e da solidariedade, em contraposição a maus
tratos, negações de direitos e de estilo de vida, gerando degradações morais e freios sociais aos indivíduos ou grupos sociais.
Também nos fundamentamos nas discussões sobre a adoção das políticas afirmativas, com ênfase nas ações de empoderamento
e da política afirmativa de cotas em si (Paulo Freire, Angela Paiva, Joaquim Barbosa e João feres Jr.). Aplicamos junto aos
responsáveis, que concorrem para entrada de seus filhos na instituição, questionário com questões abertas e um teste de
evocação livre. Tal perspectiva visa que captemos os sentidos atribuídos à adoção da política de cotas, por público mais amplo,
antes mesmo da entrada das crianças no CAp-UERJ. O presente projeto pretende-se como estudo a ser desenvolvido nos sete
primeiros anos da implantação da política de cotas. Ao longo dos anos buscaremos contatos investigativos com os grupos
ingressantes e com aqueles que se tornarão os egressos iniciais do processo. Outros atores cujas implicações incidem sobre o
desenvolvimento da política afirmativa também serão investigados (políticos e atores governamentais). Também entendemos que
as narrativas dos participantes da comunidade escolar e de outras organizações que se envolvem com o estabelecimento das
cotas, assim como os documentos produzidos por instituições públicas e pela mídia, são mananciais necessários à investigação
dos sistemas de saberes que dão substância à discussão dos diferentes atores e grupos, em suas variadas formas de
comunicação e conhecimento, compondo as fontes para o caminho metodológico que elegemos. Interessa-nos indiciar até que
ponto tais ações ou políticas são realmente constitutivas, de transformações na esfera pública escolar, voltadas ao
empoderamento das comunidades e, por que não dizer, da própria escola. Ou seja, até que ponto as estratégias realizadas na
política de cotas constituem-se em promotoras de autonomia/heteronomia para as instituições e atores escolares e suas
comunidades. Também avocamos o compromisso em dar retorno ao CAp-UERJ, permitindo a utilização deste trabalho em
estudos, fóruns, debates e outras atividades que se fizerem necessárias conforme solicitado pela Instituição. Nos encontramos
processando e analisando as respostas advindas dos 361 questionários aplicados aos responsáveis no momento do processo
seletivo ao ingresso à Educação Básica no CAp-UERJ. Os primeiros levantamentos revelam extremas polarizações sobre o
estabelecimento das cotas, demonstrando resistência ao reconhecimento da incorporação desta novidade e simultaneamente
defesas sobre sua adoção.
Palavras chave: Política de cotas. Representações sociais. Educação básica. Empoderamento. Reconhecimento. CAp-UERJ.
Autor(a) Proponente: LINCOLN TAVARES SILVA
Endereço: Rua Candido Mendes, 279 ap 606 - Glória
Rio de Janeiro - RJ CEP: 20241-220 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado do Rio de Janeiro- UERJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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146
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA EDUCAÇÃO PERMANENTE ELABORADAS POR AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Autor(es):
1
SUZIANE MARTINS CARVALHO
MARIA ELIETE BATISTA MOURA
FELISMINA ROSA PARREIRA MENDES
JOSEFA NILZA FERNANDES NETA
No Brasil, a saúde pública funciona em um contexto de alta complexidade, com intervenções intersetoriais em todos os níveis, o
que requer dos profissionais uma formação contínua. A Educação Permanente na Saúde é uma estratégia voltada para a reflexão
dos profissionais acerca dos problemas surgidos no ambiente de trabalho com a finalidade de propor mudanças na realidade e
convergir com o novo modelo de assistência à saúde proposto pelo Sistema Único de Saúde. Contudo, demonstra uma
contraposição ao modelo educacional definido na educação continuada aplicados no século XX, a qual se alicerça no tecnicismo,
em práticas institucionalizadas e pré-estabelecidas, sem reflexão crítica por parte dos profissionais de saúde. Com a implantação
da Estratégia Saúde da Família, surgiu um novo profissional, o agente comunitário de saúde, que trabalha como articulador entre
a comunidade e a Unidade Básica de Saúde. As Representações Sociais tem como ponto de partida a diversidade dos indivíduos
e são constituídas a partir das interpretações da realidade, procuram reconhecer como os grupos constroem um mundo estável e
previsível a partir das diferenças. O estudo tem como objetivos: apreender as representações sociais da educação permanente
elaboradas por agentes comunitários de saúde e analisar como as representações sociais da educação permanente elaboradas
por agentes comunitários de saúde interferem na assistência prestada na Estratégia Saúde da Família. O presente estudo trata-se
de uma pesquisa de campo, exploratória e descritiva, de abordagem qualitativa, realizada com 86 agentes comunitários de saúde
pertencentes a Estratégia Saúde da Família da cidade de Barras - Piauí. A produção de dados foi realizada por meio de entrevista
semiestruturada nos meses de abril e maio de 2015. Os dados foram processados no software IRAMUTEQ e analisados com base
na Classificação Hierárquica Descendente. Os resultados foram apresentados em cinco classes, a saber: Classe 2- Atualização
profissional para a Estratégia Saúde da Família, com destaque para a importância do profissional está sempre atualizado com a
política nacional de atenção primária; Classe 3- Estratégias para educação permanente, por meio de cursos de atualização,
treinamentos e outras informações por meio de televisão, internet; Classe 5­ A gestão da educação permanente, no sentido de
otimizar as capacitações e treinamentos visando melhorar o conhecimento dos agentes comunitários de saúde para trabalharem
com mais segurança na assistência; Classe 4­ Qualidade da assistência prestada pelo agente comunitário de saúde, com base na
promoção da saúde e prevenção de agravos; Classe 1­ Inovação tecnológica no serviço pelo agente comunitário de saúde, com a
aplicações de novos conceitos e tecnologias em saúde articulados à prática da Estratégia Saúde da Família. Considera-se que a
educação permanente dos agentes comunitários de saúde ancora-se na noção da educação tradicional por meio dos cursos de
atualização e treinamentos e não como uma forma de incorporação do conhecimento por meio da educação problematizadora
para resolução de problemas e estratégias transformadoras do processo de trabalho, fazendo com que esses profissionais atuem
de forma superficial, não se tornando de fato protagonista do processo. Acredita-se que o estudo pode contribuir para melhor
conhecer a realidade da Educação Permanente em Saúde dos profissionais agentes comunitários de saúde no município
estudado e pode ser utilizado como norteador na implementação de estratégias para Educação Permanente em Saúde.
Palavras chave: Psicologia social, Agentes comunitários de saúde, Educação permanente
Autor(a) Proponente: SUZIANE MARTINS CARVALHO
Endereço: RUA LISANDRO NOGUEIRA 1992 - CENTRO
Teresina - PI CEP: 64000-200 - E-mail: [email protected]
1
- Centro Universitário UNINOVAFAPI
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
147
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL SOBRE O TDAH
Autor(es):
1
JÉSSICA VERAS MARIANO
MARINALVA VERAS MEDEIROS
As primeiras experiências infantis que a criança vivencia marcam decisivamente a sua vida ao longo desse processo. No entanto,
certas crianças já nascem com algumas dificuldades de aprendizagem, entre estas dificuldades estão algumas síndromes
genéticas, como Síndrome de Down e Síndrome do X Frágil, entre outras, transtornos do espectro autista, transtornos
psiquiátricos, deficiência intelectual, patologias neurológicas diversas e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH). Nesse estudo queremos colocar em evidencia uma delas, ou seja, o Transtorno de Déficit de Atenção e HiperatividadeTDAH por entendermos que essa dificuldade de aprendizagem é um dos mais relevantes transtornos relacionados ao
desenvolvimento humano, sem desmerecer a atenção às demais. Ressaltamos que o TDAH é um transtorno neurobiológico que
surge na infância e que na maioria dos casos acompanha o indivíduo por toda a vida. As características mais marcantes do TDAH
são a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. Dessa forma o individuo com TDAH apresenta alterações no
comportamento que impossibilitam o de permanecer quieto por algum tempo, por menor que seja esse tempo, e de executar
determinadas atividades da vida diária, afetando especialmente a atenção.Levando em consideração que as Representações
Sociais são formas de conhecimento que visam orientar e organizar, tanto as condutas, como também as formas de
comunicações sociais, sendo o ser humano quem as produz e comunica, realizamos esta pesquisa, a qual objetivou elucidar qual
a representação social do professor de educação infantil que trabalha em salas com alunos com o Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade (TDAH); Assim procuramos identificar as características dos professores na sala de aula perante seus
alunos com TDAH e verificar as representações sociais dos professores sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH).O referencial teórico que fundamentou esse estudo foi baseado nas ideias de Jodelet (1990), Moscovisi (1978), Alves
(2008), Silva (2003) e também da CID-10 (1997). Desse modo foi desenvolvido com base em discussão sobre as representação
social, educação infantil e o TDAH . Com isso o presente trabalho visa esclarecer conceitos fundamentais e abrir novos horizontes
sobre a representação social do professor da educação infantil sobre o TDAH. Desse modo optamos pela observação e o
questionário como instrumento de coleta dos dados da pesquisa. Para Severino (2007) a observação é uma etapa indispensável
em uma pesquisa, pois permite ao pesquisador o acesso direto aos fenômenos estudados. Esse mesmo autor aponta ainda a
importância do questionário como um método de coletar dados para esse tipo de pesquisa, porque possibilita informações escritas
pelos próprios sujeitos da pesquisa, objetivado ao pesquisador conhecer o que pensam sobre os fatos investigados. A pesquisa
será desenvolvida com professores de uma instituição pública na cidade de Teresina-PI. Sendo assim a pesquisa está em fase de
revisão de literatura, dessa forma o trabalho relatado não tem dados ainda para serem analisados porque se encontra na primeira
fase da pesquisa..
Palavras chave: Representações sociais. Educação infantil. TDAH.
Autor(a) Proponente: JÉSSICA VERAS MARIANO
Endereço: Rua 31 de março - Ininga
Teresina - PI CEP: 64049-700 - E-mail: [email protected]
1
- Faculdade Integral Diferencial
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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148
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O ENSINO DE ARTE: A VISÃO DOS PROFESSORES ATUANTES NA DISCIPLINA DE
ARTE
Autor(es):
1
MELINA COUTINHO FERREIRA
ROSELY RIBEIRO LIMA
O presente trabalho mostra dados de uma pesquisa que visa compreender o ensino de arte da rede pública de Jataí - GO, a parti r
da identificação de representações sociais de professores atuantes na disciplina de arte. O problema da pesquisa está relacionado
ao contexto que envolve o ensino de arte, desde sua obrigatoriedade através da Lei nº5962/71 até os dias atuais. Observa-se ao
longo da história deste ensino no Brasil, uma desvalorização e uma falta de compromisso com este ensino. Desde a Lei
nº9394/96, que traz significativa alteração em sua redação, no tocante ao ensino de arte, pois deixa de percebê-la como atividade
(como tínhamos na Lei nº5962/71) e passa a compreendê-la como uma disciplina, os direcionamentos curriculares buscam pensar
este ensino para o desenvolvimento cultural dos alunos. Dessa forma, questionamos: quais são as imagens, as informações e os
valores que cercam este ensino? Como são compreendidos o ensino de arte e a Arte pelos professores que atuam nessa área do
saber? Os sujeitos desta pesquisa são os professores que atuam na disciplina de arte (na rede pública de ensino – municipal e
estadual) e os graduandos do curso de pedagogia da UFG – Regional Jataí. A metodologia da pesquisa apresenta abordagem
quanti-qualitativa, utilizando-se da Abordagem Estrutural das Representações Sociais, com o uso do referencial da Teoria do
Núcleo Central de Abric (1998,2003). Para conhecer as possíveis representações realizamos o Teste de Associação Livre de
Palavras (TALP) e entrevista semi-estruturada. Para o processamento dos dados do TALP foi usado o software EVOC e para as
entrevistas procedeu-se com a análise de conteúdo. Para a compreensão do fenômeno representacional foi utilizada a Teoria das
Representações Sociais de Moscovici (2003, 2013), com as colaborações de Jodelet (2001), sobre a Abordagem Estrutural,
buscou­se os norteamentos de Abric (1998, 2003), Sá (1998) e Campos (2014); e para o campo da Arte/Educação a pesquisa é
subsidiada por teóricos como Barbosa (1991, 1996, 1999, 2001, 2002), Ferraz e Fusari (2009), Niskier (1996). O estudo
encontra-se em desenvolvimento, mas já levanta algumas problemáticas que estão sendo apresentadas como resultados e
discussões parciais da pesquisa. Foi identificada a falta de professores especialistas em exercício. Somados os professores que
atuam na disciplina de Arte, foi contabilizado um total de 29 professores, dos quais apenas 2 possuem formação específica em
Arte. Os demais apresentam formação em outras licenciaturas e em pedagogia. Os resultados indicaram que as representações
sobre o ensino de arte circulam em torno de um saber comum, reducionista. Revelam que a imagem do ensino de arte construída
pelos sujeitos divide- se em duas dimensões: (I) uma representação idealizada, de um espaço onde o aprender e o ser feliz devem
estar presentes; (II) em que a arte é representada por uma realidade mais difícil, mas sem perder a esperança da transformação,
sendo a arte uma via para a condução de um processo educativo mais significativo. Na perspectiva de explicar e problematizar
algumas das contradições apontamos para os sentidos atribuídos à Arte e ao ensino de arte. Entre as contradições presentes nas
falas dos sujeitos participantes está o reconhecimento praticamente unânime da importância dessa área, porém, apresentam
dificuldades metodológicas e conceituais. Com o intuito de buscarmos compreender o porquê da permanência dos obstáculos do
ensino de arte, a sua área curricular e o papel atribuído pelas políticas públicas educacionais, buscamos a ‘leitura‘ da memória, as
vivencias, os sentidos, o conhecimento e as imagens das práticas escolares (com) partilhadas e representadas como arte e ensino
de arte diante da teoria das RS. Podemos dizer que, quanto ao objeto – Arte e Ensino de Arte -, são atribuídos encaminhamentos
de juízo estético e explicações que expressam o ato de fruir e praticar a arte na escola. Também apontam para a importância do
ensino centrado em desenvolver capacidades, habilidades, criatividade, imaginação, socialização e senso crítico. Além da função
no sentido do deleite, da fruição e consumo do belo. Percebemos que as experiências escolares passadas produzem na
constituição das RS informações que refletem e refratam o desenvolvimento histórico e o sentido da arte na escola. Está conforme
com as indicações. Bem interessante.
Palavras chave: Ensino de arte. Representações sociais. Formação de professores. Políticas públicas educacionais.
Autor(a) Proponente: MELINA COUTINHO FERREIRA
Endereço: Rua 42, n18 - residencial das Brisas
Jataí - GO CEP: 75803-535 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Goiás- UFG - Regional Jataí
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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149
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE OS SABERES NA PERSPECTIVA DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Autor(es):
1
ELISVÂNIA AMARO DA SILVA
TERESA CRISTINA SIQUEIRA DE CERQUEIRA
A sociedade atual constitui-se em um espaço onde o pensamento estático dá lugar à circulação de informações e conhecimentos
que se constroem de maneira dinâmica a partir da interação que ocorre entre os sujeitos a ela pertencentes. Nesse contexto,
pensar a relação que as pessoas estabelecem com essas informações e, no caso deste estudo, com os saberes presentes na
academia, sejam eles pertencentes aos universos reificados ou aos consensuais, é pensar como o conhecimento se manifesta e é
por elas compreendido nos espaços educativos. O presente estudo foi realizado pelo grupo de Pesquisa em Psicologia da
Educação – GRUPPE – Universidade de Brasília. O aporte teórico utilizado foi o da Teoria das Representações Sociais,
postulada, inicialmente, por Sérge Moscovici e continuada por seguidores como Jodelet, Abric e Doise. Segundo Alves-Mazzoti
(1994) a teoria das representações sociais visa compreender a produção de conhecimento acerca de questões, cujos conceitos
deixam de ser uma simples opinião para tornarem­se “teoria” do senso comum. Moscovici (2003) apresenta uma abordagem tanto
em termos de produto quanto em termos de processo, por assumir uma atividade mental na qual o sujeito pode reconstituir ou
criar o real ao atribuir uma significação para o objeto. Logo, mais do que aceitar opiniões sobre determinados objetos, o sujeito
deve considerar um conjunto comum de códigos para classificar e valorar o objeto em análise. Com o objetivo de analisar quais as
representações sociais sobre os saberes veiculados no contexto universitário têm seus estudantes, foram realizadas entrevistas
individuais e diretivas com 20 alunos de instituição de ensino superior público do Distrito Federal, cursando entre o 2º e o 9º
semestre de Pedagogia e idade média de 23 anos. O tratamento dos dados foi realizado a partir da técnica de análise de
conteúdo conforme pressupostos de Laurence Bardin (2011), importante recurso metodológico nos estudos em representações
sociais. A divisão e classificação das categorias foram realizadas com base nas seis perguntas que compuseram as entrevistas.
Neste trabalho, os saberes considerados são tanto aqueles reconhecidos como formais quanto os informais. Os relatos proferidos
pelos estudantes nos possibilitaram inferir que a representação do saber está objetivada simultaneamente na ideia de saber
científico e popular, considerando o valor que cada um possui, distinguindo-os apenas em sua origem, uma vez que relacionam o
saber científico à empiricidade, ao academicismo, ao conhecimento adquirido dentro do contexto institucional, e o saber popular
aos conhecimentos de origem informal (na família, igreja, etc.), desprovidos de comprovação científica. Assim, emerge no discurso
dos estudantes a possibilidade de que um saber, enquanto pertencente a um universo reificado, pode vir a fazer parte do universo
consensual sem, com isso, perder o status de saber. Ainda que esse não tenha sido um questionamento feito aos pesquisados,
constata-se, a partir do exposto, um reconhecimento de que a elaboração de representações sociais são consideradas pelo grupo
pesquisado como uma forma de saber. Segundo os entrevistados, há pouca valorização dos saberes informais, do senso comum
(inferindo-se que é possível acrescentar as representações sociais) dentro do contexto educacional universitário e, quando há,
ocorre de maneira informal, como em conversas com o professor. O que predomina na universidade é o saber acadêmico, o que é
compreensível do ponto de vista de que essa instituição é, por natureza, um local de produção de conhecimento científico.
Pode-se concluir que as representações sociais desses estudantes sobre o saber parecem estar ancoradas em condicionantes
históricos que remontam a um período marcado pela dicotomia entre o saber formal e informal nos espaços acadêmicos. Refletir
sobre essa questão pode contribuir na atuação de docentes em formação, ajudando-os a reconhecer seus saberes prévios e a
(re)conhecer outros tipos de saberes, além de valorizar aqueles que são adquiridos em suas práticas. Investigar o que um
graduando de Pedagogia entende por saber é muito relevante, pois eles serão os profissionais atuantes no processo de
ensino-aprendizagem e de desenvolvimento humano. Pesquisar a representação social do saber de um sujeito, futuro professor, é
uma busca curiosa por prever quais serão suas futuras práticas.
Palavras chave: Representações sociais. Saberes. Estudantes universitários.
Autor(a) Proponente: ELISVÂNIA AMARO DA SILVA
Endereço: SQN 115 bloco c apt 302 - Asa Norte
Brasília - DI CEP: 70772-030 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade de Brasília- UNB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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150
ENTRE O CONTEXTO E O DESCONTEXTO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS QUE OS ALUNOS DE PEDAGOGIA TÊM
SOBRE EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA COM O SEMIÁRIDO
Autor(es):
1
VIVIANE BRáS DOS SANTOS
JOSENILTON NUNES VIEIRA
Temos percebido na contemporaneidade a predominância de uma hierarquia educacional e cultural que subsidiam os processos
formativos dos professores e consequentemente suas práticas educativas. As concepções europeia, branca, cristã, hetero e
sulista tem forte predomínio na estruturação dos currículos e na preparação dos professores do Nordeste impactando diretamente
na formulação de suas representações sociais. Esta hegemonia tem uma tendência que desencadeia para a firmação de posturas
discriminatórias e excludentes em sala de aula. Portanto, não nos é estranho que as questões relacionadas ao semiárido,
estivessem sempre à margem das reais preocupações daqueles que controlavam e manipulavam a rede de saberes e a vida de
cada sujeito. Diante dessa problemática propomos uma pesquisa no Curso de Mestrado do Programa de Pós Graduação
Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos – PPGESA/UNEB, cujo objetivo princial é: analisar as representações
sociais que os alunos de pedagogia têm sobre educação contextualizada com o semiárido. Buscamos subsídios na teoria das
representações sociais elaborada por Moscovicci que em 1978, a partir de reflexões aprofundadas nos estudos de representações
coletivas desenvolvidas por Durkheim, estabeleceu esta nova teoria. A pesquisa com enfoque nas representações sociais podem
ser consideradas elementos indispensáveis para melhor compreender nossa sociedade e consequentemente o processo
formativo. É também dentro desse contexto, que surge a necessidade de fazermos pesquisas teorizando e conhecendo as
representações sociais na área educacional, pois irão contribuir profundamente com a reflexão da postura de nossos professores
e professoras diante das questões relacionadas à educação contextualiza com o semiárido, a construção de suas representações
sobre formação, bem como, sua atuação em sala de aula. Uma representação genérica cotidianamente gerenciada pelos meios
midiáticos em relação ao semiárido é a associação deste à seca. Nesta abordagem são criadas estéticas da seca conduzindo
nossa imaginação à construção de significados embutidos de uma carga emocional que comove as pessoas diante das situações
flageladas. Sabe-se que a formação do professor ainda caracteriza-se como elemento norteador que estará dando sentido para
toda a problemática da educação e consequentemente para as práticas pedagógicas as quais serão desenvolvidas a partir das
representações sociais que os alunos de pedagogia têm em relação aos processos de ensino e educação contextualizada com o
semiárido. Desta maneira, percebemos que as políticas que impulsionam o processo escolar, descaracterizam a pluralidade dos
sujeitos nela envolvidos, pois muitos professores desenvolvem um trabalho homogeneizador, desvalorizando a riqueza territorial,
étnica e cultural presentes nas salas de aula, supervalorizando espaços alheios aos seus em virtude de representações obsoletas,
arraigadas em estereótipos que desfiguram a imagem do semiárido. Precisamos de uma educação que valorize a cultura local e
dê visibilidade aos sujeitos sociais dos nossos territórios que ao longo da história foram ocultados e silenciados. Sabemos que as
representações sociais são elaboradas socialmente, ou seja, é um produto coletivo que interiorizamos de forma individual em
nossa consciência ao longo da formação humana. Faz parte da personalidade das pessoas, ou melhor, daquilo que condiciona e
potencializa a vida. Serve como referência para nos orientar. Por isso, as representações sociais sobre semiárido influenciam
diretamente na prática educativa e nas concepções que são propagadas nas escolas, universidade e demais espaços de
formação. Para atingirmos o objetivo proposto adotaremos o paradigma da pesquisa qualitativa a qual possui características
peculiares aos fatores sociais por entronizar estudos da diversidade, cultura, educação. Sendo que tais fatores representam o elo
entre nossa proposta de estudo sobre representações sociais e a opção por esta abordagem metodológica. Ademais utilizaremos
a entrevista semiestruturada e os mapas mentais como instrumentos de coleta de dados. A pesquisa será realizada na
Universidade do Estado da Bahia/Campus VII, Senhor do Bonfim, sendo que os alunos do curso de Pedagogia serão os nossos
sujeitos.
Palavras chave: Representações sociais. Alunos. Curso de pedagogia. Educação contextualizada. Semiárido.
Autor(a) Proponente: VIVIANE BRÁS DOS SANTOS
Endereço: Rua Castro Alves,98 - Casas Populares
Senhor do Bonfim - BA CEP: 48970-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado da Bahia- UNEB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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151
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE JOVENS SOBRE O BAIRRO DA ENGOMADEIRA
Autor(es):
1
THAíS SOUZA DOS SANTOS
NATANAEL REIS BOMFIM
O presente resumo faz parte do projeto de dissertação em realização no Programa de Pós-Graduação em Educação e
Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, campus I, Salvador. A Linha de Pesquisa “Educação, Gestão e
Desenvolvimento Local Sustentável”, na qual se desenvolve este trabalho, aliada às discussões promovidas pelo Grupo
Interdisciplinar de Pesquisa: Representações e Educação (GIPRE) abriram espaço de leituras, pesquisas e sistematização do
conhecimento sobre a Teoria e Método das Representações Sociais aplicados à educação sob a égide da interdisciplinaridade.
Enquanto professora da rede estadual de ensino na periferia da Cidade do Salvador, sempre me preocupei em como potencializar
o contexto em que os jovens estão inseridos como espaços não estigmatizados por eles e sim como territórios portadores de
identidade e de pertença social, onde a vida cotidiana, o vivido e a experiência são capazes de sustentar o desenvolvimento l ocal.
Assim, surgiu o interesse em identificar o conteúdo das Representações Sociais de jovens sobre o Bairro da Engomadeira a fim de
ancorar estratégias de Desenvolvimento Sustentável no Local através da educação, aliando o conteúdo dessas Representações à
formação integral dos estudantes onde vivem. Saberes são construídos e firmados no bairro da Engomadeira, situado na periferia
da capital baiana, como formas de resistência aos valores etnocêntricos que não têm tido visibilidade no campo das políticas de
educação, bem como junto aos governos e instituições sociais locais. Dessa forma, ao considerar os saberes marginalizados do
senso comum, fortaleceremos propostas de atividades socioeducativas sustentáveis que possibilitem, numa perspectiva
processual, a reflexão sobre o pensamento social desses jovens articulada ao desenvolvimento da comunidade local. A aplicação
dos conceitos de Território e Desenvolvimento Local Sustentável (DLS) consiste na ampliação de iniciativas que surgem de uma
inquietação da coletividade, articuladas às potencialidades locais. Nesse pensar, compreendemos que o conceito de DLS
perpassa pela ideia de competência de auto- gestão dos territórios, assim consideramos que é no território que as representações
dos indivíduos são vivenciadas, portanto essa competência precisa desenvolver-se em cada cidadão ali inserido. A participação
dos indivíduos neste processo nasce e se qualifica na subjetividade e no contexto de sua comunidade, e é nessa participação e
em sua qualificação que incide a educação, visando melhorar a qualidade de vida do local. Essa ideia reforça que a ‘qualidade’
não pode ser imposta e deve dialogar com símbolos, costumes e representações das diferentes populações em questão. Essas
reflexões colocam acento num conceito de território que busca a relação afetiva que o sujeito tem com o seu espaço vivido,
percebido e concebido. Os jovens participantes serão estudantes da Escola Municipal Álvaro da França Rocha, única escola
pública do bairro da Engomadeira. Participarão desta pesquisa aqueles estudantes que expressem desejo espontaneamente e
com a concessão dos responsáveis. Quanto aos objetivos, esta pesquisa é exploratória, pois privilegia metodologias de tradição
hermenêutica e interpretativa (entrevistas, desenhos, questionários, grupo focal, observação participante e análise qualitativa) em
que pretendemos compreender o que o bairro da Engomadeira representa na vida dos jovens que nele vivem. Caracteriza-se,
quanto à abordagem, uma pesquisa qualitativa/interpretativa baseada na análise do conteúdo do discurso e, quanto ao
procedimento, participativa, pois pretende considerar os saberes dos indivíduos construídos no cotidiano da vida comunitária como
parte importante no processo de construção do conhecimento. Diante dos pensamentos aqui expostos, para realizar esta
pesquisa, utilizaremos a Teoria das Representações Sociais como teoria e método nas abordagens Processual (modelo
sociogenético) e Societal (modelo sociodinâmico). Ao considerarmos que os jovens estão em busca de autonomia e
pertencimento, as Representações Sociais são fundamentais para elaboração de práticas socioeducativas que almejem atingir
esse público por serem um sistema de ideias, valores e práticas pelas quais os sujeitos e grupos sociais orientam suas ações e se
comunicam. Dessa forma, com base nas Representações Sociais e de forma participativa, serão promovidas estratégias de
práticas socioeducativas com os jovens que potencializem o desenvolvimento humano sustentável no local onde vivem.
Palavras chave: Representações sociais. Educação. Desenvolvimento local sustentável.
Autor(a) Proponente: THAÍS SOUZA DOS SANTOS
Endereço: Rua Alberto Vita, Lote 11, Quadra C, nº 103. Condomínio Colina da Fonte. - Itapuã
Salvador - BA CEP: 41640-660 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado da Bahia - UNEB - Campus I
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
152
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DO CURSO DE LETRAS
Autor(es):
1
CLARA CORRÊA DA COSTA
HELENICE MAIA GONÇALVES
A formação pedagógica é uma temática que vem sendo amplamente discutida pela comunidade científica a partir da década de
1980. No contexto brasileiro, o debate toma fôlego a partir da década de 1990. Neste período, inicia-se o desenvolvimento de
pesquisas que buscam resgatar o papel do professor, pensando a formação numa abordagem que vai além da acadêmica.
Historicamente, em cursos de licenciatura, os conteúdos específicos da área de atuação dos professores são priorizados em
detrimento daqueles da formação pedagógica. Essa negligência em relação à formação pedagógica tem sua origem nos anos
1930, quando surgiram, no Brasil, os primeiros cursos de licenciatura. Embora venham emergindo novas discussões acerca do
assunto, ainda hoje, os cursos de licenciatura permanecem sem alterações significativas em seu modelo. Considerando esses
aspectos, a pesquisa teve como objetivo buscar indícios de representações sociais de professores que atuam no Curso de
Licenciatura em Letras com habilitação em Língua Inglesa a respeito de formação pedagógica. Fundamentou-se na Teoria das
Representações Sociais, desenvolvida por Serge Moscovici, baseando-se na abordagem processual, em que se busca identificar
as representações sociais por meio de seus processos formadores: objetivação e ancoragem. Essa abordagem traz à tona
elementos que possibilitam compreender como o funcionamento do sistema cognitivo dos envolvidos interfere nas interações que
mantém como os outros e em suas práticas sociais e como estas interferem na elaboração cognitiva. A pesquisa, de abordagem
qualitativa, teve como lócus de investigação quatro universidades do Rio de Janeiro, sendo duas públicas (uma federal e uma
estadual) e duas particulares, tendo sido definidos como sujeitos 30 professores que atuam no Curso de Licenciatura em Letras
com habilitação em Língua Inglesa dessas universidades. Foram utilizadas como técnicas de investigação análise documental, em
que foram analisados os documentos de regulam o ensino, especificamente, a LDBEN e as DCN, e as propostas curriculares dos
cursos, além de entrevistas conversacionais com os professores, acerca do atual modelo de formação dos Cursos de Letras. O
material coletado foi tratado com base na Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin. Pôde-se concluir que, embora os
professores reconheçam a necessidade de se oferecer uma formação articulada ao licenciando do Curso de Letras, ainda há
diversos fatores que dificultam sua efetivação, tais como o apego à tradição e a disputa entre os Departamentos de Letras e
Educação. A partir das falas dos professores, foi possível perceber, também, que suas experiências profissionais anteriores têm
contribuído para que desenvolvam práticas que promovam maior articulação, mesmo que ainda não estejam formalizadas nos
currículos dos cursos. Além disso, foi apontado por eles a disponibilidade do aluno para construir determinados conhecimentos, de
acordo com os interesses que possuem, como um elemento dificultador de tal prática. Em relação ao processo de ancoragem, os
professores parecem ancorar as representações sociais de formação pedagógica em um modelo tradicional de formação, uma vez
que o conhecimento compartilhando pelo grupo mostra que a tradição compõe uma rede de significações a respeito de formação
pedagógica, relacionadas a práticas e valores sociais. Quanto ao processo de objetivação, percebe-se nas conversas diárias dos
professores, na busca de tomada de decisões, que ocorre a suplementação, a subtração e a distorção de alguns elementos
relacionados ao atual modelo de formação. Os professores parecem distorcer a formação pedagógica, conferindo-lhe um sentido
negativo ao identificá-la como elemento de disputa entre departamentos e a relacioná-la a práticas ultrapassadas. Parecem
subtrair de si mesmos a responsabilidade sobre a forma como a formação pedagógica se encontra estruturada no atual modelo de
formação, quando afirmam ser uma questão relacionada à forma como os concursos de professores são organizados,
mantendo-se a cisão entre departamentos, no caso das universidades públicas, e à necessidade de se atender os interesses
administrativos, no caso das particulares. E, ainda, parecem suplementar os interesses do licenciando, caracterizando-o como
autor de sua própria formação, quando atribuem a ele uma parcela de responsabilidade pela forma como o ensino é direcionado.
Entendemos que se faz necessário romper com práticas tradicionais, pensando-se uma nova proposta para os cursos, de forma
que os conhecimentos teóricos da Língua Inglesa sejam desenvolvidos com foco na docência dessa língua, caracterizando-se,
assim, conteúdos pedagógicos específicos para a docência da Língua Inglesa.
Palavras chave: Representações sociais. Formação pedagógica. Curso de letras
Autor(a) Proponente: CLARA CORRÊA DA COSTA
Endereço: Av. Dom Hélder Câmara, 9098 - bl 03 - ap 203 - Quintino Bocaiúva
Rio de Janeiro - RJ CEP: 21380-007 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Estácio de Sá- UNESA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
153
A DESISTÊNCIA NO ENSINO MÉDIO – EJA: UM ESTUDO À LUZ DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E DA
PRAXIOLOGIA DE PIERRE BOURDIEU
Autor(es):
1
CÍCERA ROMANA CARDOSO
MOISÉS DOMINGOS SOBRINHO
Em estudo realizado, durante o curso de mestrado, investigamos as razões que motivavam alunos da Educação de Jovens e
Adultos (EJA), em processo inicial de aprendizagem da língua escrita, a desistirem de estudar. A partir do aporte teóricometodológico da Teoria das Representações Sociais identificamos como sentidos da desistência: as dificuldades de
aprendizagem; a exposição do não saber, evidenciada através de sentimentos como vergonha, humilhação, tristeza,
constrangimentos, culpa; e o trabalho/cansaço e doenças. Esses achados nos impulsionaram a investigar sobre obstáculos
materiais e simbólicos que estão na base da produção da desistência no Programa Nacional de Integração da Educação
Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), no Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). Nossa proposta de estudo reside, portanto, na tentativa de
conhecer as razões de ordem econômica e social que poderão mobilizar a desistência, bem como as razões de ordem do
simbólico, isto é, sejam os sentidos decorrentes das particularidades dos sistemas culturais aos quais pertencem os indivíduos,
sejam as imposições do poder simbólico. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2012) o ensino médio
permanece com uma taxa de frequência líquida abaixo da desejada, apesar do aumento significativo desta nos últimos dez anos,
embora os indicadores de desigualdade educacional apontem para uma ampliação relevante das oportunidades de se possuir um
diploma de ensino médio. Desde o ano de 2006, o IFRN vem oportunizando a jovens e adultos se profissionalizarem e concluírem
a última etapa da educação básica através do PROEJA, o qual possibilita a formação profissional técnica em nível médio.
Contudo, mesmo com toda a infraestrutura - material e humana - que essa instituição dispõe, presenciamos, na atuação como
pedagoga, uma forte desistência nessa modalidade de ensino. As concepções e princípios estabelecidos no documento base do
PROEJA/MEC/SETEC, orientam que é na perspectiva de inclusão social e do direito de todos à educação que deve ser pautado o
compromisso de entidades públicas para garantir não apenas o acesso, mas acima de tudo a permanência e o sucesso desses
jovens e adultos na escola. Entretanto, alguns dados preliminares veem nos mostrando índices bastante elevados de desistência.
Por exemplo, tem sido comum, uma turma iniciar o ano letivo com 36 (trinta e seis) alunos e chegar ao final do 2º semestre com
apenas 10 (dez). Isso significa, em termos percentuais, uma desistência de mais de 70%, em relação à matrícula inicial. Do ponto
de vista teórico, a pesquisa está sendo orientada pela teoria das Representações Sociais e a Praxiologia Social de Pierre
Bourdieu, por compreendermos que ambas permitem articular as dimensões material e simbólica da vida social. No tocante às
Representações Sociais, a perspectiva é, em particular, pesquisar os sentidos/significados enquanto produções coletivas que têm,
entre outras funções, a de atuar como um “guia para a ação”. Quanto à praxiologia bourdieusiana, essa nos permite apreender as
produções simbólicas na sua relação com as condições materiais de sua produção e identificar as relações de poder que as
perpassam, com foco para os efeitos de imposição de legitimidade e naturalização do mundo social. No que diz respeito aos
aspectos metodológicos, no intuito de desvelar, portanto, o que está na base da produção da desistência dos alunos do
PROEJA/IFRN utilizaremos as seguintes estratégias, que serão desenvolvidas junto aos alunos e alunas da EJA, dos quatro
campus do IFRN, situados na região metropolitana de Natal: análise de conteúdo temática dos documentos oficiais que orientam
o PROEJA para os Institutos Federais; aplicação de um questionário socioeconômico; aplicação de um questionário construído
com base na técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), com termos indutores a serem definidos no percurso da
investigação; análise de conteúdo temática das justificativas dadas por ocasião da aplicação da TALP; entrevistas aprofundadas
visando explorar mais amplamente as questões e temas não suficientemente esclarecidas/compreendidas.
Palavras chave: Educação de jovens e adultos. Representações sociais. Praxiologia social de Pierre Bourdieu. PROEJA.
Autor(a) Proponente
1
- Instituto Federal do Rio Grande do Norte-IFRN
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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154
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE ESPORTES DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE ESCOLAS RURAIS
NO MUNICÍPIO DE CUNHA-SP
Autor(es):
1
SHIRLEY ROSANE APARECIDA FERNANDES MONTEIRO
EDNA MARIA QUERIDO DE OLIVEIRA CHAMON
A Educação Física, no contexto da educação geral, tem um importante papel no processo de formação e emancipação dos
sujeitos, sobretudo àqueles a quem lhes tem sido negado, historicamente, o direito à formação, como os camponeses. Cabe a
esta disciplina, dentro dos princípios da Educação do/no Campo questionar a cultura corporal e os modos de produção dos
saberes de forma articulada aos projetos políticos pedagógicos das escolas, qualificando seu compromisso político com os
moradores do campo. Considerando a importância da Educação Física no currículo de educação básica, sua obrigatoriedade, e a
construção dos saberes pelos sujeitos dentro de uma perspectiva que procura enfatizar o sujeito do saber em sua cultura, este
estudo se propôs a investigar as Representações Sociais sobre esportes dos professores de Educação Física que atuam em
escolas rurais no município de Cunha - SP. O estudo das representações sociais dos professores se apresenta como uma via
promissora para a investigação de como se formam e funcionam os sistemas de referência que os professores utilizam para se
orientarem na realidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e quantitativa realizada no município de Cunha - SP, por meio de
entrevista semiestruturada, registro fotográfico dos locais onde as aulas práticas de Educação Física são desenvolvidas e
questionário desenvolvido por CHAMON (2003) com as devidas adaptações. Os sujeitos da pesquisa foram cinco professores de
Educação Física que ministram aulas em escolas rurais no município de Cunha - SP, totalizando 57 escolas. Os dados
quantitativos coletados foram tratados com auxílio dos softwares Sphinx® e os dados qualitativos com auxílio do software
Alceste®. A pesquisa revelou que dentre os professores licenciados em Educação Física 40% são mulheres e 60% são homens,
contrariando o fenômeno da “feminização” presente no magistério (GATTI e BARRETTO 2009, GATTI, BARRETTO e ANDRÉ,
2011). Estas mesmas proporções foram encontradas no município e na Diretoria de Ensino da Região. A análise de conteúdo
(BARDIN, 2011) realizada aponta que os professores de Educação Física referenciam sua prática pedagógica em suas vivencias
enquanto esportistas/atletas. Apontam ainda que as mulheres referenciam-se em esportes tidos como mais femininos como a
dança e o voleibol, enquanto os homens referenciam-se em esportes mais masculinos como capoeira, futebol e atletismo. Trata-se
de questões de gênero construídas socialmente. São Representações Sociais que perduram após a formação e que estruturam
suas práticas no fazer cotidiano. A pesquisa aponta ainda, que as adaptações curriculares que os professores realizam, tanto em
função da ausência de espaço na maioria das escolas rurais (quadra / campo / pista), quanto em razão do desenvolvimento e dos
ajustes naturais que são realizados de acordo com o ritmo de aprendizagem dos alunos e do plano de ensino no curso das aulas
se dão de acordo com a natureza de suas experiências, preferências esportivas e das suas práticas sociais.
Palavras chave: Representações sociais. Educação física. Esporte.
Autor(a) Proponente: SHIRLEY ROSANE APARECIDA FERNANDES MONTEIRO
Endereço: Rua Acácio José de Oliveira 205 - Várzea do Gouveia
Cunha - SP CEP: 12530-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade de Taubaté- UNITAU
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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BERGMAN E MOSCOVICI: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA DOENÇA NO CINEMA NA VISÃO DE ACADÊMICOS DE
SAÚDE
Autor(es):
1
VICTOR HUGO ALVES MASCARENHAS
FRANCISCO DE OLIVEIRA BARROS JÚNIOR
Com Émile Durkheim iniciou-se uma preocupação em haver diálogo entre as formas humanas de pensar em relação à
representação. Esta poderia manifestar-se através da relação entre indivíduo/sociedade ou na noção criada pela psicologia social.
O cinema desenvolve a representação de uma forma subjetiva e simbólica, através dele, pode-se revelar os mecanismos sociais
que estão por trás da visualização da realidade, assim como defendido por Moscovici. Em relação à estrutura, as Representaçõ es
Sociais possuem três dimensões: informação, campo de representação ou imagem e atitude. A informação está relacionada com a
sistematização dos conhecimentos que determinado grupo tem sobre um objeto social. Esta informação condiciona o tipo de
representação que determinado grupo terá sobre um objeto social. O campo de representação ou imagem centra-se na imagem
de modelo social, ao conteúdo concreto e limitado das proporções sobre um aspecto preciso do objeto da representação. E a
atitude focaliza a orientação global acerca do objeto da representação social, se tornando a mais freqüente das três dimensões.
Quando Michel Foucalt aborda a ideia de uma episteme, tenta demonstrar condições históricas e as percepções visuais (ver) e
auditivas (ouvir) da época. Há um hiato nessas percepções até o momento, dificuldades em alcançar a multidimensionalidade.
Nessa perspectiva, pode-se aproximar as ideias de Foucalt às Representações Sociais e ao papel do cinema, ao construir um
sujeito que se sente representado na tela, de forma biopsicossocial. As interpretações feitas através de acadêmicos da área da
Saúde sobre a abordagem dos filmes em relação às doenças são densas de significado. Demonstram e relatam o imaginário
antes da leitura fílmica, após a leitura e a linguagem intrínseca da mesma. Desta forma, há uma abordagem multidimensional
sobre as variadas representações sociais do cinema, para além dos sentidos de ver e ouvir. A pesquisa objetiva acessar a doença
e suas representações sociais através da linguagem cinematográfica, a partir das visões de acadêmicos da área da saúde. Ao
todo o grupo amostral da pesquisa é composto por alunos do curso de enfermagem em seu primeiro semestre do ano de 2015,
com idades entre 18 a 21 anos, todos em concordância com o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram realizadas
entrevistas com as seguintes perguntas: 1) Quais os temas que podem ser debatidos a partir da leitura do filme?; 2) Estabeleça
uma ponte entre a realidade retratada no filme e a que você observa no seu cotidiano; 3) Que sentimentos e emoções foram
despertados em você a partir da leitura do filme indicado; 4) Justifique a indicação do filme proposto para os alunos da área da
saúde; 5) Quais as mensagens transmitidas pela obra vista? Além disso, houve uma entrevista livre, sem perguntas, para que os
discentes possam dizer as percepções depreendidas sobre a doença através do filme. O material textual das entrevistas será
analisado pelo software IRAMUTEQ. A pesquisa buscará extrair os pensamentos viscerais e reais que estão no imaginário dos
entrevistados. Os resultados da pesquisa são ainda parciais, uma vez que o grupo amostral ainda não foi completamente
entrevistado. Mas o que se pode perceber nas falas dos entrevistados discute sobre a reavaliação da importância das obras, estão
presentes expressões como: “ Eu nunca tinha assistido a um filme dessa forma”, “existem muitas questões que a doença levanta
na vida de seus pacientes” e “o filme humaniza quem o assiste”. Sobre as percepções individuais das doenças pesquisadas,
observou-se uma aproximação grande em relação ao Câncer, a doença de Alzheimer e à Aids, as palavras citadas que mais
predominaram foram Medo, Morte e Dor. Além disso, já se pode ressaltar que as obras cumprem com a literatura descrita no
referencial teórico, fez parte da fala da maioria a retrospectiva histórica na visão e no diálogo diante do filme, grande parte dos
estudantes pode se sentir na situação dos protagonistas e em relação as suas imagens criadas. Grande parte dos resultados
obtidos adiantam para a atenção quanto a construção social, a sensibilização das pessoas e a reversão na atual representação
social negativa de algumas as doenças citadas. As Representações Sociais da doença no cinema elaboradas pelos acadêmicos
possibilitará a apreensão de processos e mecanismos através dos quais os sujeitos constroem o sentido das doenças em suas
realidades cotidianas.
Palavras chave: Doença. Cinema. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: VICTOR HUGO ALVES MASCARENHAS
Endereço: Residencial Francisco Marreiros - Novo Horizonte
Teresina - PI CEP: 64080-010 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Piauí-UFPI
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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REPRESENTAÇÃO SOCIAL SOBRE O PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: A CONCEPÇÃO DOS PROFESSORES DA REDE
PÚBLICA DE ENSINO
Autor(es):
1
KÁTIA SOUZA REZENDE
PAULO AFRÂNIO SANT’ANNA
O Programa Saúde na Escola (PSE) é o resultado de uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação e tem como
objetivos promover a saúde e a cultura da paz, enfatizando a prevenção de agravos à saúde; articular ações do setor da saúde e
da educação, aproveitando espaço escolar e seus recursos; fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades desta clientela; e
incentivar a participação comunitária contribuindo para a formação integral dos estudantes da rede básica de ensino (BRASIL,
2007). Neste sentido, o PSE se coloca de forma estratégica, em nível nacional, convertendo o equipamento escolar em espaço
privilegiado para práticas de promoção de saúde e prevenção de agravos à saúde e de doenças, por meio da articulação entre
equipe escolar e equipes de saúde. Ao assumir uma visão ampliada para além da tradicional transmissão de conhecimentos, a
escola torna-se o local de excelência para o desenvolvimento de atividades no âmbito da promoção da saúde, uma vez que as
crianças despendem ali muitos anos de seu período de desenvolvimento. Diante dessa perspectiva, o professor pode exercer uma
forte influência sobre os conceitos de saúde e doença dos seus alunos e pode estimulá-los à compreensão e adoção de hábitos
saudáveis. Sendo assim, é preciso identificar quais são as representações sociais que os professores têm em relação a
concepção do PSE, de modo a considerar a importância do seu papel de agente promotor da saúde. Ou seja, conhecer as
representações sociais que os professores têm sobre o PSE é, de certa forma, conhecer a concepção de saúde presente no
espaço escolar. O presente trabalho pretende identificar as representações sociais dos professores sobre o Programa Saúde na
Escola e compreender como essas representações sociais permeiam os conhecimentos e as práticas de saúde e de promoção da
saúde no ambiente escolar. Optou-se como percurso metodológico, a pesquisa qualitativa a partir de um estudo de caso e os
dados serão coletados por meio da técnica do grupo focal com a participação dos professores de uma escola onde o PSE foi
implementado e está sendo executado. Os resultados serão analisados por meio da análise de conteúdo seguindo os
pressupostos teóricos de Bardin (2002). Espera-se que o presente estudo contribua nos campos das políticas públicas,
fortalecendo a interação entre os equipamentos públicos da saúde e da educação. Em relação à pesquisa, o estudo fornecerá
subsídios para proporcionar aos professores a possibilidade de revisar seus conceitos sobre saúde, educação em saúde, bem
como refletir sobre seu papel de agente promotor da saúde. O estudo poderá também ser útil no ensino de educação continuada
tanto para profissionais da área da saúde como da área da educação, a fim de contribuir com o desenvolvimento das ações de
promoção, prevenção e atenção à saúde realizadas no âmbito escolar. Finalizando, destaca-se que este estudo ao caracterizar
quais são as representações sociais dos professores com relação a temas ligados a saúde, como educação em saúde, promoção
de saúde e a importância da educação em saúde na escola, através do conhecimento e vivência sobre o Programa Saúde na
Escola, poderá fornecer subsídios para o desenvolvimento deste e de outros programas de promoção da saúde. As informações
obtidas nesse estudo serão para fins exclusivos da pesquisa e apresentará como produto trabalhos acadêmicos e científicos.
Idealiza-se no final do estudo a realização de um encontro com os professores que participaram do grupo focal a fim de
disponibilizar os dados apurados na pesquisa. O estudo está em andamento, no momento aguardando parecer do Comitê de Ética
e Pesquisa da UFVJM.
Palavras chave: Representação social. Programa saúde na escola. Promoção de saúde.
Autor(a) Proponente: KÁTIA SOUZA REZENDE
Endereço: Rua Navajos, 91 - apto 103 - Santa Mônica
Belo Horizonte - MG CEP: 31530-100 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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157
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O PSICÓLOGO ESCOLAR
Autor(es):
1
ALINE REJANE CAXITO BRAGA
O Brasil é um país em que a desigualdade social ainda é muito grande. Infelizmente, conforme Guzzo (2007), o nosso sistema
educacional tem favorecido a permanência desse cenário visto que as escolas estão distantes de serem lugar de emancipação e
libertação. Nesse contexto, a Psicologia ganha espaço tornando importante a ação do psicólogo na transformação das condições
vigentes, favorecendo no processo de conscientização de papeis e funções, na responsabilidade compartilhada dos problemas e
na compreensão de como as politicas sociais e a ideologia dominante afetam a escola. Para tanto o psicólogo que atua nesse
contexto deve ter uma boa formação. Todavia Guzzo (2010) aponta que ainda há desafios nessa formação, visto as dificuldades
nas estruturações curriculares dos cursos de graduação e despolitização dos acadêmicos e professores. Desse modo, deve-se
rever a formação voltada para atuação profissional politicamente mais comprometida com a realidade educacional brasileira.
Desde que a Psicologia foi reconhecida e regulamentada pela Lei Federal no 4119 de 27 de agosto de 1962 o número de
profissionais tem aumentado consideravelmente e dentre os âmbitos de atuação do psicólogo, o educacional é um dos mais
tradicionais. Desse modo o presente estudo visa investigar as representações sociais dos psicólogos sobre os psicólogos
escolares. Pretende-se refletir e pesquisar a respeito das representações do eu procurando identificar até que ponto o psicólogo
escolar é marcado pelo grupo em que está inserido. Compreende-se que o impacto da Psicologia Escolar depende da maneira
que o profissional se vê pois ele corre o risco de ficar aprisionado nas demandas dos professores e alunos. Buscará investigar
também a formação desse profissional por meio das ênfases curriculares adotadas pelos cursos de graduação de Psicologia que
vão culminar na realização dos Estágios Específicos. Segundo a Resolução CNE/CES nº 8, de 7 de maio de 2004, cada curso
deve adotar no mínimo duas ênfases e defini-las no projeto do curso. Assim, questiona-se quantas e quais instituições no Brasil
adotam a ênfase de Psicologia e processos educativos? Quais são os efeitos da formação na escolha da área de atuação? As
atividades acadêmicas têm fornecido elementos para a aquisição das competências, habilidades e conhecimentos básicos
necessários ao exercício profissional? Nessa direção o estudo traz a possibilidade de delinear a rede de significados subjacentes
às representações sociais acerca da atuação dos psicólogos escolares que se traduz em comportamentos e discursos
orientadores da prática profissional; também proporciona a reflexão sobre as implicações dessas representações para a profissão
e para a Psicologia escolar e, ainda, discutir políticas públicas. O referencial teórico norteador será a Teoria das Representações
Sociais proposta pelo psicólogo social Serge Moscovici (1978; 2003) na sua articulação com os estudos da Psicologia Escolar. Os
procedimentos metodológicos ocorrerão em duas fases. A primeira com o levantamento das ênfases curriculares dos cursos de
Psicologia através dos sites das faculdades. Caso a mesma não divulgue enviar-se-á e- mail para os coordenadores. A segunda
fase de coleta de dados ocorrerá de forma eletrônica, através de questionário online. As questões contemplam sobre os aspectos
sócio demográficos; a formação, a inserção profissional, a demandas e motivos que determinam a sua atuação e concepções
sobre a pratica. Os participantes serão os psicólogos cadastrados nos Conselhos Regionais de Psicologia – CRP. No total serão
230 participantes divididos em 10 de cada CRP. Será desenvolvida uma página na internet com o instrumento. O link de acesso
será divulgado e enviado para os profissionais pelo CRP por meio de e-mail e via mala direta. O tempo previsto para
preenchimento é de aproximadamente vinte minutos. Os dados obtidos serão submetidos a tratamento estatístico através do
software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Para análise das questões abertas será utilizada a técnica de análise
de conteúdo (BARDIN, 1995), que possibilita a classificação de elementos que constituirão um conjunto que objetiva fornecer, por
concentração, uma representação simplificada dos dados. Os dados levantados possivelmente irão possibilitar a compreensão da
atuação e da função desse profissional com as questões educacionais e suas implicações na subjetividade e na constituição do
sujeito. É também nosso intento que os resultados da pesquisa possam verificar a visibilidade da atuação; repensar a formação
inicial e continuada e a identidade profissional.
Palavras chave: Educação. Representações Sociais. Psicólogo. Psicólogo Escolar.
Autor(a) Proponente: ALINE REJANE CAXITO BRAGA
Endereço: Rua Santo Antonio - Cavalhada
Cáceres - MT CEP: 78200-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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158
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES SOBRE MATERIAIS PEDAGÓGICOS POSTADOS EM AMBIENTE
VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
Autor(es):
1
NATANAEL REIS BOMFIM
THAIS DE SOUZA DOS SANTOS
A preocupação com a escolha dos recursos tecnológicos, bem como os materiais e mídias utilizadas na escola têm servido de
base para que professores e estudantes apreendam as informações que estão sendo produzidas na nossa sociedade. Kenski
(2003) considera que a evolução tecnológica não se restringe aos novos usos de equipamentos e/ou produtos, mas aos
comportamentos dos indivíduos que interferem/repercutem nas sociedades, intermediados, ou não, pelos equipamentos. Nesta
perspectiva, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) propõem uma revisão dos currículos e reafirmam as tecnologias da
comunicação como veículos de informações que possibilitam novas formas de ordenação da experiência humana, particularmente
na cognição e na atuação humana sobre o meio e sobre si mesmo”(BRASIL, 1998). Diante deste contexto surge o interesse dessa
investigação. Segundo Moscovici (1990), para que a pesquisa educacional possa ter maior impacto sobre a prática educativa, ela
precisa adotar um olhar psicossocial. Mazzotti (2008, pg.21) complementa dizendo que as Representações Sociais (RS)
constituem elementos essenciais à análise dos mecanismos que interferem na eficácia do processo educativo devido às suas
relações com a linguagem, a ideologia e o imaginário social. Logo, as RS como produto cognitivo são imagens mentais do mundo
que podem se apresentar em várias dimensões quanto ao seu conteúdo e seu uso. Esta premissa nos leva a formular a seguinte
questão de pesquisa: quais as representações sociais de professores sobre os materiais pedagógicos disponibilizados pelo MEC,
no portal do professor? Para respondê-la, elaboramos os objetivos: geral e especifico. Compreender a RS que professores
constroem sobre materiais pedagógicos disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC), no Portal do Professor, visando
identificar e analisar o conteúdo das RS dos professores sobre materiais pedagógicos e o seu uso, disponibilizados pelo Ministério
da Educação (MEC), no Portal do Professor. Esta pesquisa, de cunho bibliográfico e documental, analisa o discurso de 25
professores de escolas publicas, do Estado da Bahia, que participaram do Curso de Aperfeiçoamento em Tecnologias
Educacionais, na modalidade à distância, e proporcionou um Fórum de Discussão e Avaliação sobre o uso das tecnologias a
como material disponibilizado pelo Portal do Professor do MEC. Dessa forma, escolhemos o método de análise do conteúdo do
discurso (BARDIN, 1977), pois se insere num tipo de analise aberta, que se estrutura a partir de universos semânticos
relacionados a determinado objeto. Para tal, procedemos à decodificação dos discursos postados, tendo como referenciais a
questão, objetivos e categorias teóricas da pesquisa. Em seguida, pela desconstrução dos discursos dos documentos contidos no
fórum de professores, procedemos a analise e interpretação dos mesmos para a apreensão do conteúdo das RS. Os resultados
apontam que os textos e atividades postados deveriam apresentar novas formas e estratégias para uso em suas aulas, de modo a
possibilitar uma melhor aprendizagem dos conteúdos trabalhados. No que se refere à interação e transversalidade, os professores
dizem que os materiais pedagógicos proporcionam atividades que potencializam a integração entre professor e aluno, ajudam a
suprir uma carência existente quanto ao uso de imagens para auxiliar na aprendizagem, mas apontam que os mesmos provocam
mais o professor a adequar seus conteúdos ao contexto do aluno e menos ao desenvolvimento da criticidade nesse contexto.
Portanto, nas considerações finais, entendemos que diversos recursos podem ser transformados em materiais pedagógicos para a
condução dos trabalhos escolares, mas é desejável que lhe seja oportunizado diversas experiências para que sua apropriação
sirva para aproximá-lo mais das tecnologias
Palavras chave: Representações sociais. Materiais pedagógicos. Ambiente virtual.
Autor(a) Proponente: NATANAEL REIS BOMFIM
Endereço: Estrada das Barreiras 460 Bloco 143 A Ap 01 - Barreiras
Salvador - BA CEP: 41195-001 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado da Bahia- UNEB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
159
DIZERES DE PROFESSORES BILÍNGUES SOBRE O PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DE EDUCANDOS SURDOS
Autor(es):
1
WALDMA MAIRA MENEZES DE OLIVEIRA
O presente trabalho tem como objetivo analisar as Representações Sociais de professores bilíngues acerca do processo de
inclusão escolar do educando surdo. Os objetivos específicos são: analisar as imagens e os sentidos atribuídos pelo profissional
bilíngue ao educando surdo em relação à prática escolar inclusiva e identificar nas representações sobre os professores bilíngues,
pelos educandos surdos, as dificuldades de aprendizagem e do processo de inclusão escolar deste aluno. Destacamos a
importância deste estudo, pois representa um trabalho de pesquisa inovador em três âmbitos: acadêmico em virtude da carência
de material escrito e publicado sob esta temática, deixando uma lacuna imensurável nos estudos relacionados a inclusão escolar
do educando surdo. Em relação às teses e dissertações disponíveis no Portal da CAPES sob a temática de Representações
Socais na Educação de Surdos encontramos 11 trabalhos entre os anos de 2008 a 2012; Pedagógico já que é fundamental que os
professores bilíngues estejam diretamente presentes no espaço escolar, em sala de aula, problematizando o processo de inclusão
e o ganho social, para suscitar discussão acerca da representação social que os professores bilíngues têm sobre este processo de
inclusão. Desta forma, compreender as Representações Sociais de professores sobre a inclusão escolar de aluno surdo
possibilitará entender a materialidade destas representações em práticas de inclusão ou exclusão. Este estudo fundamenta-se em
alguns pressupostos teóricos como: Lacerda (2009), Campello (2007), Dorziat (2009), assim como, nas Representações Sociais
de Moscovici (2009) e Jodelet (2001). Os sujeitos são dois professores responsáveis pelo atendimento educacional especializado
dos educandos surdos da Rede Municipal de Belém. A pesquisa apresenta enfoque qualitativo, com o uso nos seus
procedimentos, de um roteiro de entrevista semiestruturada e da técnica do desenho, para que os professores representassem o
processo de inclusão dos educandos surdos, buscando-se identificar a imagem e os sentidos dessas representações a ser
aplicada a dois professores bilíngues. A abordagem no campo das Representações Sociais é a processual de Moscovici (2009),
por tratar sobre a gênese das Representações Sociais, analisando os processos de sua formação, considerando a historicidade e
o contexto de produção, formando assim dois processos de representações: a objetivação e a ancoragem, que têm uma relação
dialética entre si e permitem a construção de um núcleo figurativo que se apresenta com uma estrutura simbólica. Os resultados
alcançados foram sistematizados em eixos temáticos que serão apresentados no decorrer do trabalho. A pesquisa revela que as
Representações Sociais de professores bilíngues sobre o processo de inclusão do educando surdo expressam o aluno surdo
como o diferente da turma, isolado e com dificuldades de aprendizagem dos conteúdos escolares. O educando não está incluso e
a preocupação dos docentes ainda é com o modelo padrão da normalidade e não com a diferença. Dessa forma, as atribuições
dos sentidos e imagens presentes nesse processo são de dificuldades de comunicação; negação da Libras; ausência de material
pedagógico e metodológico voltado para especificidade do alunado surdo e, principalmente, o processo de exclusão dos alunos
surdos. Esse estudo aponta que o processo de inclusão escolar do educando surdo necessita de mudanças nas representações
negativas para positivas dos educandos, porque essas representações se materializam em práticas de exclusão; por isso faz­se
necessário um currículo flexível e de estratégias metodológicas, que estejam de acordo com as necessidades psíquicas, sociais,
afetivas, linguísticas e cognitivas dos alunos surdos.
Palavras chave: Representações sociais. Professores bilíngues. Inclusão escolar.
Autor(a) Proponente: WALDMA MAIRA MENEZES DE OLIVEIRA
Endereço: Av. Doutor Freitas Pas Maria Cunha 12 - Pedreira
Belém - PA CEP: 66080-635 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado do Pará- UEPA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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160
EIXO 2 - EDUCAÇÃO, INSTITUIÇÃO E PROCESSOS EDUCATIVOS
SIMPÓSIO
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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INTERVENÇÃO E MUDANÇA NA EDUCAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES PARA A TRS
Autor(es):
CLARILZA PRADO DE SOUSA
ADELAIDE ALVES DIAS
EDNA MARIA QUERIDO DE OLIVEIRA CHAMON
JORGELINA DI IORIO
RESUMO 1
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DOS ALUNOS DE PEDAGOGIA SOBRE DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA
ABORDAGEM PROCESSUAL
SUELY SOARES DA NÓBREGA – IFRN
[email protected]
ADELAIDE ALVES DIAS – UFPB
[email protected]
Núcleo de Pesquisas e Estudos sobre a Criança - NUPEC
Agência Financiadora: CAPES/PROCAD
Esta pesquisa teve como objetivo comparar as representações sociais sobre a docência na educação infantil dos alunos que estão
iniciando e concluindo o curso, analisando, portanto, a contribuição da formação inicial docente na construção de suas
representações. A partir da Teoria das Representações Sociais de Moscovici (1978), investigamos a importância dos processos de
formação nas RS dos futuros pedagogos. Dentre os 118 alunos que participaram da primeira etapa da pesquisa, selecionamos
para realizar a entrevista semiestruturada os que cursavam o 1º e 9º períodos, além de atuarem na educação infantil com
experiência de 1 a 5 anos. Corresponderam, a esses critérios, três alunos de cada período. Os dados foram coletados, a partir dos
aspectos sobre os motivos da escolha do curso de Pedagogia, as expectativas em relação ao curso, e os elementos considerados
mais importantes para a formação do professor de educação infantil. Os resultados das entrevistas foram submetidos ao programa
Alceste (Análise Lexical por Contexto de um Conjunto de Segmentos de Texto) que tem como base um único arquivo e indica o
que Reinert apud Camargo (2005) chama de unidades de contexto iniciais (UCIs). Este software foi utilizado porque permite
analisar os dados provenientes de entrevistas que se apresentam com grande quantidade de material textual. Nesse estudo, a
análise é aplicada a um corpus, intitulado “educação” construído por seis entrevistas que correspondem às UCIs e a partir dessas,
o programa faz a segmentação em unidades de contexto elementar (UCEs), classificadas em função do tamanho do corpus, com
base nas palavras e frequência. As implicações para a formação inicial docente que aparecem nas RS dos alunos de Pedagogia
consistem na possibilidade de elaborar e implementar políticas públicas que assumam compromissos com a formação da criança
cidadã, reconhecendo as suas especificidades; valorizando o lúdico como ciência, compreendendo suas interfaces para o
desenvolvimento da criança e estabelecendo o trabalho docente como profissão. Os futuros professores assumem o compromisso
e a responsabilidade com a educação das crianças. Reconhecem também a necessidade de articular o brincar, o cuidar e o
educar, embora entre os formandos não tenha sido evidenciado o reconhecimento da teoria na prática educativa. Propomos para
as políticas públicas de formação docente a parceria universidade e instituições de educação infantil, oportunizando aos futuros
professores a participação no projeto político pedagógico do curso de pedagogia. Por fim, esperamos que esse estudo possa
contribuir para a construção do conhecimento e reflexão da formação docente, em especial da Educação Infantil, que tem o
cuidado e a educação das crianças como funções essenciais para o seu desenvolvimento integral. Este trabalho fomentou novas
pesquisas concernentes à docência na educação infantil e o seu papel no processo de ensino e aprendizagem, proporcionando o
desenvolvimento integral da criança no pleno sentido da infância.
Palavras chave: Representação social. Docência. Educação infantil.
RESUMO 2
INFANCIA, PRÁCTICAS Y REPRESENTACIONES SOCIALES: LA VIDA COTIDIANA EN INSTITUCIONES ASISTENCIALES
JORGELINA DI IORIO
Dra. en Psicología
Prof. Adj. Psicología Social, Facultad de Psicología, Universidad de Buenos Aires
E-mail: [email protected]
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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Institución: Instituto de Investigaciones, Facultad de Psicología, Universidad de Buenos Aires.
La internación y el consecuente proceso de institucionalización por causas asistenciales de niños y niñas en situación de
vulnerabilidad social, irrumpe en su vida cotidiana configurándose un nuevo ordenamiento que tiene efectos en las definiciones
que realizan del mundo social y de sí mismos. La familiarización que los niños y las niñas realizan sobre su nueva vida dentro de
la institución convivencial y sobre los nuevos papeles que deben ocupar en la vida social, son producto de la circulación de ciertas
ideas o teorías compartidas. Lo desconocido se hace conocido y se incorpora a marcos interpretativos compartidos. Los procesos
de interpretación que los niños y niñas hacen de sus experiencias están mediados por creencias, valores, actitudes, ideas,
emociones y acciones, nucleados en el concepto de representación social. Es decir, se organizan bajo la forma de un saber del
sentido común, que en tanto definición socialmente elaborada y compartida, se convierte en una herramienta para el intercambio
social. La experiencia interviene como mediadora en la construcción de esos conocimientos. Constituye el espacio donde los
determinantes sociales y la subjetividad del actor toman forma. Se trata de un fenómeno complejo que involucra dos dimensiones,
la del conocimiento y la de la implicancia psicológica de la persona, es decir, de la experiencia vivida en un marco socio-cultural
específico (Jodelet, 2006). En este sentido, dar cuenta de la vida cotidiana al interior de los hogares convivenciales, en tanto
realidad interpretada intersubjetivamente, requirió de un trabajo de investigación que permitió describir el proceso de construcción
de aquellas representaciones sociales que les brindan a esos niños y niñas los esquemas interpretativos para orientarse en ese
mundo, para construir versiones sobre el deber ser y sobre lo deseable para sí mismos y para su vida en sociedad. Para esto, en
el marco de la tesis doctoral en psicología, se realizó una investigación cualitativa en la que se combinó una etapa etnográfica y
otra psicosociológica, para describir las representaciones sociales que los niños y las niñas construyen sobre la situación de
encierro en instituciones convivenciales en la Ciudad de Buenos Aires (Argentina). Con un muestreo intencional por criterios
(Patton, 1990) y desde una perspectiva plurimetodológica que incluyó entrevistas en profundidad, grupos focales, técnicas
gráficas, técnicas lúdicas y observaciones, niños y niñas de entre 6 y 12 años de edad, dieron cuenta de las explicaciones
colectivas que construyen sobre vivir en un hogar y no poder vivir con sus familias.
Palabras claves: Representaciones sociales. Infancia. Institucionalización.
RESUMO 3
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E TRANSFORMAÇÕES DE PRÁTICAS : O PAPEL DA EDUCAÇÃO
Autor(es):
1
EDNA MARIA QUERIDO DE OLIVEIRA CHAMON
O presente Simpósio pretende analisar as transformações das representações sociais em diferentes situações e as possibilidades
da educação neste processo. A prof Edna M.Q. Chamon da Universidade de Taubaté analisa como as representações sociais da
educação do campo se transformam ao longo da formação de profissionais que trabalham com escolas rurais. Na pesquisa
orientada pela Prof Dra Adelaide Alves Dias da Universidade Federal da Paraíba ,de Suely Soares da Nóbrega foi observado
como na construção do conhecimento do docente de Educação Infantil vai modificando as representações sociais sobre a sua
função, sobre o brincar, o cuidar e o educar a medida que desenvolve sua formação . A Teoria das Representações Sociais
proposta por Serge Moscovici também orientaram o trabalho da Prof Dra Jorgelina di Iori professora da Universidade de Buenos
Aires quando analisa as prática sociais no processo de institucionalização de crianças de 6 a 12 anos em instituições
assistenciais em convênio com organismos governamentais. A Prof Lucia Santiso Vilas Boas relata a experiência adquirida pelas
pesquisas sobre docência desenvolvida CIERS-ed- Centro Internacional de Estudo sobre Representações Sociais e Subjetividade
– Educação, evidenciando como a cultura profissional não se limita à aquisição de um corpo de saberes específicos mas que
repousa, igualmente, sobre o conhecimento de práticas dos quais esses saberes também são oriundos. Nesse sentido, procurará
analisar como as práticas e suas transformações supõe uma relação particular com a História enquanto postura epistemológica.
Articulando todos estes estudos a Prof Dra Clarilza Prado de Sousa irá salientar o papel da educação na transformação de
representações sociais de professores sobre processos, objetos que definem os pontos nodais da profissão de professor.
Palavras chaves: Educação. Representações sociais. Educação do campo.
Autor(a) Proponente: EDNA MARIA QUERIDO DE OLIVEIRA CHAMON
1
- Universidade de Taubaté- UNITAU
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EIXO 2 - EDUCAÇÃO, INSTITUIÇÃO E PROCESSOS EDUCATIVOS
MESA REDONDA
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A FECUNDIDADE DA PESQUISA EM EDUCAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: INTERFACES SOBRE A FORMAÇÃO E
PRÁTICA DOCENTE
Autor(es):
1
SUZZANA ALICE LIMA ALMEIDA
MARIA DE LOURDES SOARES ORNELLAS
POLIANA MARINA MASCARENHAS DE SANTANA MAGALHÃES
MÁRCIA SIMÃO CARNEIRO
IVANY PINTO NASCIMENTO
RESUMO GERAL
Tomando como referência a fecundidade das pesquisas em representações sociais com enfoque na educação, mais
especificamente aquelas que elegem a formação e a prática docente como campo de investigação, a discussão proposta tem
como objetivo expressar a visibilidade e interfaces entre os campos temáticos eleitos a partir deste viés, assim como a diversidade
dos espaços e áreas do conhecimento onde estes saberes e conhecimentos são produzidos. A partir desse cenário é que
ressaltamos, a título de composição da mesa instituída, um esboço de pesquisa nomeada de Representações sociais de docentes
sobre a escuta da permanência na profissão. Trata-se de um recorte sobre a permanência docente da pesquisa longitudinal
acerca dos Processos Psicossociais da Formação e do Trabalho Docente, orientada pelo Centro Internacional de Estudos em
Representações Sociais e Subjetividade – Educação – CIERS – Ed em parceria com a Fundação Carlos Chagas – FCC. A
pesquisa tem como objetivo analisar de que maneira os sujeitos classificam seus prazeres e desprazeres e como estes constituem
a manutenção na profissão. Outra pesquisa eleita para ilustrar este cenário, agora realizada em espaços micros no estado da
Bahia, versa sobre: “A boa professora”: identidade, formação docente e representações sociais de coordenadoras pedagógicas, a
qual teve como objetivo apreender as representações sociais de coordenadoras pedagógicas sobre o seu saber fazer, a fim de
perceber como essas representações orientam e justificam o seu trabalho junto ao professor, ou seja, em que estilo buscam
mecanismos de transformações das práticas de formação docente. Somando-se a estas investigações destacamos também a
pesquisa intitulada As práticas obstétricas e suas contribuições para a formação docente em enfermagem: revisão integrativa a
partir da teoria das representações sociais. Realizada no estado do Pará, o objetivo foi identificar as tendências das pesquisas na
área da saúde da mulher que abordam as práticas obstétricas a partir da teoria das representações sociais, com vistas a promover
contribuições para a Formação Docente em Enfermagem. Nesse contexto, para enlaçar o novo e o fecundo da pesquisa em
educação e representações sociais articulada com a formação e prática docente, temos também a investigação: Representações
sociais sobre os resultados do IDEB no semiárido baiano: desafios na luta por uma educação contextualizada. A pesquisa se
sustentou nas notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB dos anos 2009 e 2011. Este estudo teve como
objetivos identificar as representações sociais que os professores e professoras têm sobre os resultados apresentados pelo
INEP/MEC da escola onde atuam e, posteriormente, analisar as aproximações e ou distanciamentos das representações sociais
identificadas com os princípios de uma proposta curricular voltada para subsidiar os sistemas de educação nas regiões sertanejas,
intitulada como Educação Contextualizada. O principal marco teórico- metodológico norteador das investigações apresentadas se
assentou na abordagem qualitativa, pois há o entendimento coletivo de que as possibilidades de se trabalhar com a complexidade
e com os elementos subjetivos que também estão presentes nas pesquisas no campo das Ciências Humanas não comportam
paradigmas racionalistas como norteadores da trajetória e do percurso metodológico da investigação. Assim, a abordagem
processual moscoviciana ao qual se assenta a teoria das representações sociais sustentou teoricamente os andaimes dessas
construções. Os resultados apontam para a necessidade de escutar o que os sujeitos têm a dizer, seus sentidos, significados e
significantes atribuídos para a prática e formação docente a partir das representações sociais. Estas se mostraram ancoradas em
novos operadores de trocas teóricas e empíricas. Assim, apostamos na possibilidade de que novas tensões e desafios possam
emergir no sentido de insistir na fecundidade da pesquisa em representações sociais com enfoque na temática eleita.
Palavras chave: Interfaces. Formação docente. Prática docente. Representações sociais.
RESUMO 1
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE DOCENTES SOBRE A ESCUTA DA PERMANÊNCIA NA PROFISSÃO
Trata-se de um recorte sobre a permanência docente da pesquisa longitudinal acerca dos Processos Psicossociais da Formação e
do Trabalho Docente, orientada pelo Centro Internacional de Estudos em Representações Sociais e Subjetividade – Educação –
CIERS – Ed em parceria com a Fundação Carlos Chagas – FCC, que teve o objetivo analisar de que maneira os sujeitos
classificam seus prazeres e desprazeres e como eles constituem a manutenção na profissão. Os sujeitos foram 25 (vinte e cinco)
professores do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental de instituições públicas e privadas da cidade de Salvador-Bahia, cujo tempo
de atividade varia entre 5 a 10 anos. Para a obtenção dos resultados, foi aplicada a técnica Q, objeto fundante, no sentido de
reconhecer algumas fronteiras possíveis entre o dado quantitativo e o qualitativo e coube ao pesquisador escutar os significantes
atribuídos pelos sujeitos às condições da docência, suas satisfações e insatisfações e, como consequência, a permanência na
carreira. O manejo da técnica Q é uma metodologia que se utiliza de uma abordagem estatística específica e se constitui de
grande relevância para as ciências humanas. Assim, adotou-se como base uma “régua” na qual os escores são dispostos
ordenadamente de 0 a 10, nos quais, os sujeitos atribuíram classificação a 71 itens contendo frases referentes às categorias
satisfação e insatisfação com o ofício. O fato de nos extremos da “régua” os sujeitos terem a possibilidade de classificar menos
itens permitiu equiparar e/ou distanciar os resultados. Dessa forma, foi possível dividir os sujeitos em dois grupos: o G1, que
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apresentou classificações semelhantes, e, o G2, que se distanciou nas respostas atribuídas. O perfil dos sujeitos também se
apresenta como relevante nos resultados obtidos, a maioria (52%) revela idade entre 31 e 40 anos, 72% são do sexo feminino (G
1 – 86% e G2 – 55%), 92% pretendem continuar na profissão (G1 – 100% e G2 – 80%) e 56% sentem-se realizados como
professor (G1 – 71% e G2 – 32%). Esses dados expressam que mesmo não se sentindo realizados, alguns sujeitos ainda insistem
em continuar na profissão. As atribuições dos sujeitos do G1 aos itens apresentados estão ancoradas em representações sociais
de realização profissional, orgulho da profissão, autonomia, criatividade, aprendizado do aluno etc. Em relação às insatisfações,
as classificações mais altas do G1 se relacionaram com o excesso de alunos na sala de aula e a falta de respeito dos próprios
colegas, além da pressão provocada por esses entraves. Já o G2, ancorou suas insatisfações no risco imposto pela carreira. Não
desejam morrer na ocupação, embora 80% tenham respondido no questionário de perfil que pretendem continuar na profissão. As
notas mais altas atribuídas pelo G2 também se referem à falta de condições mínimas de trabalho, ao arrependimento pela escolha
e ao desgaste perante o tempo de atividade. Assim, lugar e a posição dos resultados ora apresentados, ainda que parcialmente,
já nos permitem evidenciar que mostram uma certa ambivalência quando configuram a permanência na profissão docente pelo
sistema simbólico dos processos constitutivos das representações sociais.
RESUMO 2
“A BOA PROFESSORA”: IDENTIDADE, FORMAÇÃO DOCENTE E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE COORDENADORAS
PEDAGÓGICAS
Este escrito intitulado “‘A boa professora’: Identidade, formação docente e representações sociais de coordenadoras pedagógicas”
discute o lugar das representações sociais sobre a constituição do saber-fazer de coordenadoras pedagógicas no âmbito da
formação docente em serviço, e é fruto de um processo de investigação-formação que objetivou apreender as representações
sociais de coordenadoras pedagógicas sobre o seu saber fazer, a fim de perceber como essas representações orientam e
justificam o seu trabalho junto ao professor, bem como, buscar mecanismos de transformações das práticas de formação docente.
Diante desse objetivo, questões emergiram: De que lugar as coordenadoras pedagógicas falam do seu saber-fazer? Como isso
reverbera na sua prática? O marco teórico se assenta é a teoria das representações sociais de abordagem processual. Contudo,
por se constituir como uma investigação-formação, a abordagem (auto)biográfica foi convidada para compor o cenário
metodológico, uma vez que, para Duran (2011), as representações sociais são historicamente construídas, dependem da
memória, estão estreitamente vinculadas aos diferentes grupos e práticas sociais. Portanto, entender como vão sendo construídas
tais representações significa compreender a própria constituição. Nesse sentido, o método trilha os caminhos a pesquisa
qualitativa. Os dados foram coletados a partir de um projeto de investigação-formação proposto para seis coordenadoras
pedagógicas de uma escola de grande porte, da rede privada, do município de Feira de Santana-BA, que tinha como objetivo
socializar as práticas e (re)construir as concepções sobre suas funções, rotinas e fazeres, no que se referia principalmente ao
trabalho junto aos professores. Esse objetivo não poderia ser alcançado sem que fossem levantadas as representações do grupo
sobre a profissão que exerciam e as funções demandadas por ela. Os procedimentos de coleta de informações foram o memorial
de vida, formação e profissão e o Baú de Formação. Posteriormente as informações coletadas foram categorizadas e organizadas
em cinco dimensões interpretativas, que foram analisadas à luz da Análise do Discurso. Os resultados mostram que as
representações sociais das coordenadoras pedagógicas sobre a constituição do seu saber-fazer estão ancoradas na profissão
docente, no amor pelas crianças, nos modelos de coordenação, o estereótipo da “excelente professora” e na não escolha
profissional. No que se refere à dimensão profissão docente, as coordenadoras vêem seu saber-fazer mais vinculado às
especificidades da profissão docente, do que às necessidades emanadas da coordenação pedagógica; as representações
ancoradas na dimensão o amor pelas crianças revela uma afinidade maior com os alunos do que com os professores, sujeitos que
deveriam ser o centro do trabalho da coordenação. Essa representação parece revelar um certo distanciamento entre o par
coordenador-professor e consequentemente tem implicações nos atos de formação docente; com relação aos modelos de
coordenação, percebe-se que a função vai sendo delineada a partir dos modelos que as coordenadoras tiveram enquanto alunas
e professoras, e não a partir das necessidades emergentes do chão da escola e/ou da base teórica sobre a constituição/função da
coordenação pedagógica. A ancoragem no estereótipo da “excelente professora” revela que essas profissionais geralmente são
escolhidas por terem boas práticas docentes e não competências relacionadas ao saber-fazer da coordenação pedagógica; por
fim, a não escolha profissional, publica que a maioria delas foi escolhida ou indicada por sua competência docente e não porque
desejaram se formar para exercer a profissão de coordenadora pedagógica. Os resultados mostram o quanto falta à estas
coordenadoras uma consolidação identitária, visto que, a identidade da profissão docente funda-se de maneira latente em suas
práticas cotidiana, o que gera um entrave no que se refere à formação docente em serviço, pois, embora possuam muita
experiência docente, falta-lhes a percepção e o conhecimento das relações coordenador-professor, dos processos de ensinar e
aprender do adulto, que se difere dos das crianças, e da própria construção de uma rotina de trabalho de coordenação
pedagógica que atenda com excelência às necessidades dos professores, do projeto da escola, enlaçadas com os desejos e as
necessidades da coordenação pedagógica. Nesse sentido, nem sempre ser “boa professora” significa ser boa “coordenadora
pedagógica”, é preciso reaver os modelos, repensar as práticas, criar novas formas de aproximação, formar-se para o exercício de
um outro lugar que busque alcançar os objetivos da educação a partir da formação docente.
RESUMO 3
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE OS RESULTADOS DO IDEB NO SEMIÁRIDO BAIANO: DESAFIOS NA LUTA POR UMA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
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EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA
Tendo como referência as notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB dos anos 2009 e 2011, esta pesquisa
teve como objetivos identificar as representações sociais que os professores e professoras têm sobre os resultados apresentados
pelo INEP/MEC da escola onde atuam e, posteriormente, analisar as aproximações e ou distanciamentos das representações
sociais identificadas com os princípios de uma proposta curricular voltada para subsidiar os sistemas de educação nas regiões
sertanejas, intitulada como Educação Contextualizada. Sua proposta visa atingir os elementos históricos culturais depreciativos
que (de) marcam a região nordestina, e, portanto, também a organização escolar, influenciando na produção das representações
sociais que os diferentes sujeitos envolvidos elaboram sobre o seu lugar de pertença. O lócus escolhido foram escolas municipais
da microrregião de Senhor do Bonfim – Bahia, no território do Piemonte Norte do Itapicuru, ao norte do estado; os critérios para a
escolha do lócus foram estabelecidos em torno do próprio viés quantitativo que dá sustentação aos resultados do IDEB, ou seja, a
escola com menor nota, em Senhor do Bonfim, e a escola de maior nota, na cidade de Antônio Gonçalves. Os sujeitos foram
professores e professoras do ensino fundamental I. Buscamos aportes teóricos em Moscovici (2007); Jodelet (1984); Sacristán
(2000) Martins (2002); Freire (2000); dentre outros. Utilizamos como paradigma de pesquisa a abordagem qualitativa, já que
entendemos que as possibilidades de se trabalhar com a complexidade e com os elementos subjetivos que também estão
presentes nas pesquisas no campo das Ciências Humanas não comportam paradigmas simplistas como norteadores da trajetória
e do percurso metodológico da investigação. Assim, a primeira grande categoria identificada foi: representações sociais dos
resultados do IDEB aproximadas dos princípios da educação contextualizada. As subcategorias que emergiram foram: os
resultados do IDEB representados socialmente como testes padronizados; resultados do IDEB representados socialmente como
resultados quantitativos; resultados do IDEB representados socialmente como consequência do fluxo escolar; resultados do IDEB
representados socialmente como legitimador da exclusão dos alunos portadores de necessidades especiais. A segunda grande
categoria identificada foi: representações sociais dos resultados do IDEB distanciadas dos princípios da educação
contextualizada. As subcategoriais foram as seguintes: resultados do IDEB representados socialmente como referência à ser
perseguida pelas escolas exemplares; resultados do IDEB representados socialmente como diagnóstico; resultados do IDEB
representados socialmente como estímulo para escola; resultados do IDEB representados socialmente como resultado de trabalho
“contextualizado”. Os resultados evidenciaram que as formas de dar sentidos e significados à avaliação externa da escola,
caracterizada pelo IDEB, estão diretamente atreladas às notas recebidas: quando as notas são maiores, o IDEB é representado
socialmente como uma avaliação justa, importante e norteadora dos trabalhos desenvolvidos internamente. Por outro lado, os
professores e professoras das escolas com menores notas representam socialmente as notas do IDEB como um sistema de
avaliação falho, verticalizado, de vertente meramente quantitativa e distante dos saberes que dão sentido à dinâmica de vida do
povo nordestino. São as escolas de menores notas que mais se aproximam das emergentes discussões teóricas metodológicas
pautadas em um projeto de educação contextualizada, voltada para a afirmação da região semiárida sertaneja.
RESUMO 4
AS PRÁTICAS OBSTÉTRICAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DOCENTE EM ENFERMAGEM: REVISÃO
INTEGRATIVA À PARTIR DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
As práticas obstétricas vêm sendo transformadas de maneira progressiva ao longo da história através dos modelos de atenção
prestados a mulher durante a gestação, parto e pós-parto. Apesar de todos os movimentos do modelo em prol do protagonismo
da mulher; do cuidado qualificado e da redução das morbidades e mortalidade materna e neonatal, percebe-se que ainda são
muitos os desafios a serem vencidos. No Brasil, a elevada morbimortalidade materna e perinatal e o número excessivo de
cesarianas oneram o sistema do ponto de vista financeiro e social e produzem uma crise na assistência obstétrica (BRASIL,
2011). Entendemos que o tema deste estudo perpassa pelas questões de gênero, ideológicas, políticas, culturais e educacionais.
Dessa forma, optamos pelos estudos pautados na Teoria das Representações Sociais considerando que para Moscovici (2010),
as representações sociais influenciam o comportamento do participante de uma coletividade e como sistemas de entendimento
compartilhado do mundo, oferecem padrões de conhecimento, orientações e conduta que transformam ambientes sociais em lares
para os atores individuais. Então, objetivamos identificar as tendências das pesquisas na área da saúde da mulher que abordam
as práticas obstétricas à partir da Teoria das Representações Sociais, com vistas a promover contribuições para a Formação
Docente em Enfermagem. Realizamos Revisão Integrativa de Literatura seguindo OS seis passos metodológicos propostos por
Ganong ( 2004). O primeiro consistiu na seleção do tema e da questão de pesquisa. No segundo, foram definidos os critérios de
inclusão: pesquisas em forma de artigo, que abordassem as práticas obstétricas no contexto da saúde materna, no período de
2003 a 2012, na perspectiva das representações sociais, tanto na abordagem estrutural quanto processual; em língua portuguesa
ou espanhola; com título e resumo disponíveis e indexados nas bases de dados; publicados em periódicos nacionais e
internacionais. Após a definição dos critérios de inclusão, desenvolveu-se a busca na nas bases de dados: Literatura da América
Latina e Caribe (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Scientific Eletronic Library on Line (SCIELO), utilizando-se
cinco descritores em ciências da saúde (DeCS): trabalho de parto, cuidado pré-natal, saúde da mulher, saúde da família e
aleitamento materno. Para delimitar a busca, foram utilizadas quatro palavras-chave, que não se encontram no vocabulário do
Decs: representação social, representações sociais, comportamento social, psicologia social. Evidenciou-se 342 produções
perfazendo um total de 1.384 estudos. Ao utilizarmos as palavras-chave em cada bloco de produções, evidenciou-se apenas 16
produções. No terceiro passo, as referências selecionadas foram catalogadas segundo o perfil da produção. O quarto consistiu na
analise temática dos estudos, observados os aspectos metodológicos, a familiaridade entre os assuntos, e os resultados
encontrados. No quinto, selecionamos os resultados por temática e os agrupamos em evidências, desvelando-se duas categorias
1- Representacional: representações sociais das mulheres sobre gestação; pré-natal; parto normal, cesárea; amamentação;
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alojamento conjunto; 2- Cuidativa: representações sociais das mulheres sobre cuidado em saúde no pré-natal e na consulta de
enfermagem; cuidado em enfermagem no puerpério; cuidado no ciclo gravídico-puerperal; representações sociais das mulheres e
profissionais sobre assistência ao parto; cuidado em saúde na Estratégia Saúde da Família ( ESF); integralidade e trabalho em
equipe. No sexto, foram elaboradas considerações e recomendações para a Formação Docente em Enfermagem. Os resultados
revelaram as seguintes necessidades: explorar o senso comum das mulheres e integrá-los ao científico para que estas
desenvolvam com autonomia o cuidado de si e do bebê; implantar a educação em saúde tanto na atenção primaria quanto na
hospitalar. As evidências demonstraram a necessidade de ampliar a visão da equipe multiprofissional e dos docentes em
enfermagem para além da biomédica e técnico científica, com vistas a incorporar a visão biosóciohumanista nos discentes a fim
de no futuro próximo reconstruir um novo paradigma de atenção à mulher durante a gestação, parto e pós-parto.
Autor(a) Proponente: SUZZANA ALICE LIMA ALMEIDA
Endereço: RUA DR HOSANAH OLIVEIRA, N. 72, AP 1401 NORTE, EDF MANSÃO PARADISE HILL - TAIGARA
Salvador - BA CEP: 41815-215 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado da Bahia- UNEB
A VISIBILIDADE CIENTÍFICA DAS CRIANÇAS NA CONDIÇÃO DE ALUNOS: LEITURAS EM REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Autor(es):
1
DANIELA BARROS DA SILVA FREIRE ANDRADE
ROMILDA TEODORA ENS
ELIZABETH DANTAS DE AMORIM FAVORETO
ARIANE FRANCO LOPES DA SILVA
NAIARA DOS SANTOS NIENOW
A presente proposição orienta-se pela expressão visibilidade cientifica das crianças e as destaca como atores sociais em
interlocução com espaços, instituições e agentes sociais que interagem com redes de significados construídas historicamente,
elaborando hipóteses a partir dos conhecimentos sociais que lhes são apresentados podendo aderir, resistir às representações
sociais ou propor novos significados. Pretende-se contribuir para o debate sobre a imagem de criança presente no interior do
discurso das teorias da Representação Social e da teoria Genética e da Inovação buscando articulação com os estudos da
Sociologia da Infância, a Teoria Histórico-Cultural e a abordagem ontogenética das representações sociais. Os argumentos
baseiam-se nos seguintes pressupostos: 1. cada membro do grupo, independentemente de sua posição, é uma fonte e um
receptor potencial de influência; 2. o processo de influência é determinado pelas normas de objetividade, normas de preferência e
normas de originalidade; 3.a originalidade como norma encontra-se nos domínios da Arte, da ciência, da tecnologia e da cultura,
contextos em que a aparição de uma visão ou de uma atividade que era única e até certo ponto isolada durante algum tempo se
descola de seu ambiente e passa a ser reforçada pelo grupo. Neste processo a realidade privada, através da interação social, se
transforma em realidade pública e viável para os demais anunciando a singularidade de uma ideia, de um estilo muito próximo do
fenômeno da reinterpretação criativa presente na construção de sentidos pelas crianças. Três estudos serão apresentados: o
primeiro apresenta reflexão sobre a articulação entre os estudos referente às crianças e infância no contexto da formação de
professores na Educação Infantil; o segundo estudo discute resultados de pesquisa com crianças sobre escola e professor e o
terceiro estudo busca identificar os objetos de representação social que despertam a curiosidade de um grupo de crianças, alunas
de uma escola pública em Cuiabá-MT, destacando as hipóteses que elas elaboram fruto do exercício de apreensão dos
conhecimentos que fazem parte do meio social ao qual estão inseridas. O primeiro estudo caracteriza-se como pesquisa
bibliográfica, o segundo estudo orienta-se pela coleta de dados de entrevista com 20 crianças, alunos do quinto ano do Ensino
Fundamental de uma escola pública no município de São Paulo e o terceiro estudo utiliza-se de observação participante e da
análise de registro realizados no “caderno das crianças” por 27 alunos do terceiro ano do ciclo de alfabetização de uma escola
pública de Cuiabá-MT. Nos dois últimos estudos foram utilizadas análise de conteúdo semântica e análise compreensiva. Os
resultados destacam a importância de se considerar as crianças como sujeitos de representações sociais que interagem com
conhecimentos sociais, dentre os quais, representações sociais sobre diferentes objetos, tais como a escola, o professor, a
cidade, o dinheiro, e as relações estabelecidas pelas crianças com outros atores sociais. Indicadores revelam a riqueza do mundo
subjetivo de crianças cuja condição de aluno merece ser examinada na perspectiva da criança como sujeito de múltiplas
inscrições sociais que participa dos processos escolares tornando-os mais complexo, extrapolando a linearidade da transmissão
de conteúdos e práticas disciplinares.
Palavras chave: Crianças-alunos. Visibilidade científica. Abordagem ontogenética em representações sociais.
Autor(a) Proponente: DANIELA BARROS DA SILVA FREIRE ANDRADE
Endereço: Av Miguel Sutil 9990 apto 601 - Jardim Mariana
Cuiabá - MT CEP: 78040-365 - E-mail: [email protected]
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- Universidade Federal de Mato Grosso- UFMT
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REPRESENTAÇOES SOCIAS DAS JUNVENTUDES AMAZONIDAS: SENTIDOS E SIGNIFICADOS QUE ENTRELAÇAM OS
PROCESSOS FORMATIVOS ESCOLARES DOS JOVENS NO ESTADO DO PARÁ
Autor(es):
1
JOANA D'ARC DE VASCONCELOS NEVES
DEGIANE DA SILVA FARIAS
ANTENOR CARLOS PANTOJA TRINDADE
O Estado do Pará possui uma população de 7.581,051, sendo 2.243.780 na faixa etária de 15 a 29 anos. Ao definir, a população
jovem, quanto ao sexo - 15 a 29 anos identificamos que ela é composta de 1.125.354 homens e 1.118.426 mulheres. Ainda sobre
esta população de 15 a 29 anos, 1.566,371 (61%) são residentes de áreas urbanas e 677.409 (31%) residem em áreas do campo
(IBGE 2012). Entretanto, mesmo considerando esta classificação censitária o perfil do jovem amazônida paraense não pode ser
homogeneizado num quadro eminentemente urbano-cêntrico, uma vez que a multiplicidade de elementos que caracterizam os
processos de ocupação como os ciclos de desenvolvimento do território paraense, a diversidade ambiental e geográfica
provocaram diferentes e complexas formas de adaptação e resistência que se constituíram em cenários históricos, sociais e
culturais constituidores de várias juventudes do campo neste território. Neste sentido, no mosaico contrastante da diversidade dos
jovens amazônidas em relação a sua forma de ser e de se fazer jovens do campo ou da cidade podemos inferir que analisar a
juventude no território paraense trata-se em focar nossos olhares de pesquisadores nas diversas juventudes marcadas por
peculiaridades e nuances distintas e pouco conhecidas. Assim, ao destacarmos a importância da diversidade da juventude
amazônida paraense, assumidas pelas três temáticas desta mesa, nos propomos à explicar a juventude paraense a partir dos
processos psicossociais produzidos em torno da formação escolar dos jovens em diferentes níveis de ensino (fundamental
(PROJOVEM Campo Saberes da Terra , médio e superior), na Região do Baixo Tocantins e na Região Bragantina, ou seja,
analisar em contextos sociais de produção e circulação de conhecimentos que funcionam como orientadores de condutas. Dito de
outra forma, analisar nos contextos sociais de produção e circulação de conhecimentos que funcionam como mecanismos de
manutenção ou ressiginificação de representações sociais do que é ser jovem neste território. A fundamentação teóricometodológica no campo das Representações Sociais se justifica pelo propósito de elucidar as vozes dos próprios jovens, de
evidenciar os sentidos e significados constituídos e constituidores nos processos históricos, sociais e culturais das juventudes
deste território. Para tanto, partimos do principio que o ritmo e as intensidades das mudanças nas instituições e no mundo do
trabalho, exigem dos processos formativos a reunião de esforços interdisciplinares e interinstitucionais para além dos sistemas
escolares formais. Como argumenta Abromovay (2003) é preciso compreender a juventude de acordo com os espaços por onde
transitam e de acordo com as posições sociais que ocupam. Desta forma a primeira temática “Ressignificações da Condição
Juvenil dos Jovens do Campo” se propõe analisar a partir do Programa PROJOVEM Campo Saberes da Terra as relações pelas
quais os jovens se apropriam e (re)apropriam de seu universo vivido na construção dos elos de pertencimento no campo Município
de Bragança-Pa ampliando suas redes de sociabilidades, diluindo desta forma as fronteiras do campo e da cidade. Na segunda
temática “Representações sociais dos jovens alunos do ensino médio sobre a escola, escolarização e trabalho” tem como objetivo
trazer à tona as elaborações dos próprios jovens do ensino médio de uma Escola Estadual do Município de Bragança-Pa
referente as significações que atribuem a escola e suas perspectivas de trabalho colocando-o no confronto e em diálogo com a
instituição escolar. Na terceira temática “Representações dos jovens concluintes do curso de Licenciatura em Educação do Campo
do Baixo Tocantins sobre a formação docente” nos remete a reflexão sobre o que pensam os sujeitos envolvidos no processo de
formação; aos desafios e possibilidades de atuação desses egressos na perspectiva contra hegemônica, pois segundo Caldart
(2011, p.153), não há como educar verdadeiramente o povo do campo sem transformar as condições de sua desumanização e na
luta por estas transformações é que se dá a humanização. Desse modo, a relação juventude amazônida e os processos
formativos escolares proposta nas três temáticas acima se mostram como um campo de discussão capaz de
pensar a
educação vinculada aos processos sociais de formação da juventude mostrando como propõe Arroyo (2011, p. 367) não apenas
os processos que os negam como cidadão, mas, sobretudo, as fronteiras de afirmação de seus pertencimentos e o peso da escola
nessas fronteiras.
Palavras chave: Representações sociais. Juventudes. Escolarização. Processos formativos.
RESUMO 1
RESSIGNIFICAÇÕES DA CONDIÇÃO JUVENIL DOS JOVENS DO CAMPO
O objetivo central deste trabalho é apresentar algumas particularidades da juventude amazônida no intuito de trazer à tona
elementos da construção histórica e cultural, inscrita numa cartografia social mais ampla, superando a definição cronológica de
ordem biológica, no intuito de compreender o que singulariza esta juventude nas diferentes realidades do campo (espaço de
produções materiais e imateriais) da região amazônica. Partimos da ideia que ressignificar a condição de vida dos jovens do
campo significa a tentativa de estabelecer a relação na qual os jovens se apropriam e re-apropriam de seu universo vivido, ao
mesmo tempo constituindo elos de pertencimento no campo e ampliando suas redes de sociabilidade, de modo a se diluírem
continuamente as fronteiras entre o campo e o urbano (GAVIRIA e MENASCHE, 2006), sem que necessariamente se percam
seus vínculos familiares e/ou de vizinhança e o pertencimento ao campo. Neste sentido, ao considerarmos a importância da
diversidade da Amazônia paraense, propomos o nosso recorte na juventude do campo na região bragantina, nordeste paraense,
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como expressão de uma das realidades paraense e amazônida, no intuito de analisarmos os sentidos e significados da
escolarização e do trabalho na ressignificação da condição de vida dos jovens do campo. Assim identificamos a partir do campo
teórico das Representações Sociais que a relação que se estabelece entre a ressignificação da condição juvenil destes jovens e o
discurso da Inclusão Social implementado pela vivencia do Programa PROJOVEM Campo Saberes da Terra no Município de
Bragança, pode nos oferecer os sentidos e significados construídos pelos próprios jovens sobre os limites e possibilidades desta
proposta inclusiva quais sejam: 1) a ênfase da formação agrícola; 2) Juventude transformadora da realidade do campo. Fazendo
analogia aos estudos de Sousa Santos (2007), podemos dizer que a luta pela terra no campo, que para os jovens representa a
luta pelo pertencimento na vida de agricultor, tem sido marcada por movimentos que orientam as resoluções dos conflitos do
passado, na perspectiva de substituírem a imagem que constroem de vazio do futuro, seja pela falta de referência positiva do
modo de vida do campo, na dinâmica do modelo agrário do sistema capitalista - latifúndio e agronegócio), seja pela ausência da
perspectiva de trabalho, ou ainda pelas desistências e reprovações escolares, por uma imagem de um futuro de possibilidades
plurais e concretas, simultaneamente utópicas e realistas, construídas no tempo presente pelo Estado brasileiro, por meio de
formulação de políticas, programas e ações voltados à inclusão social de jovens do campo e de resistências dos movimentos
populares do campo pelas lutas que vão além da conquista da terra e pelo direito ao trabalho. Como nos diz Melucci (2001) a
cultura juvenil exige da sociedade o valor do presente como única condição da mudança; aquilo em que vale se firmar no aqui e
no agora. Ela reivindica o direito à provisoriedade, à reversibilidade das escolhas, à pluralidade e ao policentrismo das biografias
individuais e orientações coletivas produzem uma existência pautada em relações conflituosas em busca de seus direitos. Neste
cenário, partimos da compreensão de que as ressignificações da condição juvenil desses jovens são transitórias e que para
avançar, no sentido de fortalecê-las, faz-se necessário que o Estado brasileiro articule melhor as políticas publicas para a
juventude do campo. Os resultados desta pesquisa nos mostram que, se pesquisas anteriores apontaram que os saberes
Tradicionais não são suficientes para o enfrentamento dos problemas da produção agrícola, a educação, implementada pela
institucionalização do Programa PROJOVEM SABERES DA TERRA no município de Bragança-Pa, por si só não é suficiente para
garantir a permanência da ressignificação da condição juvenil do campo.
Palavras chave: Juventude do campo. Condições juvenis. Projovem campo.
RESUMO 2
O presente trabalho apresenta considerações sobre a pesquisa acadêmica que investiga a formação docente na perspectiva das
representações sociais de jovens concluintes do Curso de Licenciatura em Educação do Campo na Universidade Federal do Pará
tendo como lócus de investigação O Campus Universitário de Abaetetuba através de egressos da turma de educação do Campo
de 2011. De maneira mais especifica a pesquisa busca Identificar as objetivações e ancoragens constitutivas das Representações
sociais dos Jovens egressos da Licenciatura em educação do Campo no Baixo Tocantins sobre a formação docente. Caracterizar
o perfil sócio cultural dos jovens egressos do Curso de Licenciatura em educação do Campo no Baixo Tocantins / Perceber como
os sujeitos pesquisados compreendem seus processos de formação e suas expectativas para atuar nas escolas do Campo. Deste
modo a pesquisa tem a pretensão de perceber os avanços e os desafios nas vozes dos sujeitos egressos da referente licenciatura
sobre a formação docente. Os fenômenos sobre Representações Sociais segundo Sá (1998) encontram-se espalhados por ai
seja na cultura, nas instituições e, sobretudo nas práticas sociais dos sujeitos pesquisados. Trata-se também de fenômeno que se
dá nas manifestações discursivas e comportamentais ao qual requer uma profunda análise de conteúdo e contexto. Deste modo, a
presente pesquisa apresenta dupla contribuição e relevância. A primeira aponta para a reflexão sobre o que pensam os sujeitos
envolvidos no processo de formação; dos desafios e possibilidades de atuação desses egressos na perspectiva contra
hegemônica ou seja, pensar uma educação que vise, sobretudo discutir a educação vinculada aos processos sociais de formação
dos sujeitos do campo, pois segundo Caldart, (2011,p. 153) não há como educar verdadeiramente o povo do campo sem
transformar as condições de sua desumanização e na luta por estas transformações é que se dá a humanização. A segunda
aponta para a contribuição da pesquisa sobre o tema já em andamento pelo OBEDUC/UNIVÉRSITAS em rede e parceria com
outras universidades. As discussões sobre a importância de um curso de Licenciatura em Educação do Campo (Procampo) na
região do Baixo Tocantins surgem a partir de um conjunto de reflexões iniciadas no ano de 2007com a criação do Grupo de
Estudo, Pesquisa, Extensão e Sociedade, Estado e Educação: ênfase nos governos Municipais e Educação do Campo
(GEPESEED/UFPA) ao qual se intensificaram no Interior do Fórum Regional de Educação do Campo da Região Tocantina II –
FORECAT articuladas com os debates regionais do Fórum Paraense de Educação do Campo (FPEC) Para esses Movimentos
sociais o profissional formado a partir das Licenciaturas em educação do Campo contribui significativamente para a formação
docente contextualizada com a realidade da região, pois entre outros problemas, a rotatividade de professores prejudica o
aprendizado dos alunos assim como a falta de professores interessados em sair da cidade para longos percursos ou caminhadas
nas estradas, ramais e ilhas da região Tocantina .
Por conseguinte a Licenciatura em educação do Campo representou e
representa para muitos jovens filhos de trabalhadores rurais a possibilidade de ingresso na universidade e concomitante aos
debates acadêmicos a possibilidade de construção de representações sociais afirmativas tanto do homem quanto da mulher do
campo. Diante do exposto o presente trabalho percorre contribuições interessantes sobre essa provocativa caminhada e reflexão
no campo das representações sociais a partir do olhar epistêmico na complexa relação das construções simbólicas com a
realidade social dos jovens egressos da Licenciatura em educação do Campo no Baixo Tocantins sobre formação docente
RESUMO 3
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS JOVENS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO SOBRE A ESCOLA, ESCOLARIZAÇÃO E
TRABALHO
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Em tempos atuais é cada vez mais perceptível o quanto os jovens têm buscado alargar seu processo de formação com o intuito de
alcançar a valorização e o reconhecimento dado pela certificação oriunda da escola formal. No contraponto disso, como muito
bem atenta Abramo (2007), no contexto das políticas públicas para a juventude, bem como, nos discursos que circulam a
sociedade contemporânea, ainda permanece uma gigantesca e arraigada dificuldade em se quebrar os estereótipos construídos
sobre os jovens, estes quase sempre, vistos como um perene problema social, o que não favorece um aberto e sólido diálogo com
eles. Ainda quando se tenta, é notória a falta de tato e de capacidade em percebê-los na ótica de atores sociais ativos, com
possibilidades de serem incorporados em seus contextos. Com isso, criam-se muitas imagens do ser jovem sem a devida
preocupação em perceber quem de fato são esses sujeitos, o que pensam, quais suas perspectivas, seus desejos, suas
compreensões sobre a vida, a educação, a sociedade. Nesse sentido, este trabalho traz para discussão os resultados de uma
pesquisa sobre as representações sociais que alunos/as do ensino médio de uma escola pública do município de Bragança-Pará
constroem e reconstroem sobre a escola, escolarização e trabalho. Como primeiro passo, buscou-se fundamentação em análises
históricas e sociológicas para um entendimento sobre a categoria juventude e jovens, pois, é certo que uma compreensão mais
aprofundada dessas terminologias perpassa o entendimento de sujeitos heterogêneos, plurais e que são construídos em
contextos sociais, políticos e econômicos diferenciados, logo, não se permite discutir tal questão de forma linear, homogênea e
desvinculada de outros fatores como, por exemplo, as políticas públicas educacionais. A fundamentação teórico-metodológica foi
consolidada em torno da teoria das representações sociais. A aposta na escolha dessa teoria que foi desenvolvida por Serge
Moscovici, se justifica pelo propósito maior, que é a tentativa de elucidar as vozes dos próprios jovens, de evidenciar as
compreensões deles e por eles mesmos, de maneira que se possibilite um olhar sobre essa faixa etária para além do que, na
maioria das vezes, é relatada na literatura clássica, de um ser em formação ou incompleto, mas, sobretudo, que se perceba que
são indivíduos atuantes em seus saberes e fazeres. A grande proposição aqui é trazer as elaborações dos jovens referentes à
significação da educação partindo de suas falas e experiências, o que pode desencadear uma maior e melhor aproximação com
eles. O processo de construção da pesquisa se concretizou em três movimentos: um levantamento de aspectos sociais e
econômicos dos jovens por meio de questionários; a análise dos conteúdos e organização da representação social, a partir da
aplicação da técnica de livre associação de palavras; e, por meio de entrevistas, obtivemos dimensões práticas da representação
social em questão. A análise dos resultados caminha para o fato de que esses jovens colocam na escola formal a esperança
maior em se adquirir um status mais reconhecido socialmente e consequentemente a possibilidade de adentrar, com maior
facilidade, o mercado de trabalho, desejando quase sempre dar continuidade em seus estudos. As representações sociais sobre o
trabalho mostram-se bastante idealizadas, indicando em certa medida, um desconhecimento para o fato de que existem outros
determinantes conjunturais nas relações entre educação e trabalho. Outrossim, cabe ressaltar que a importância em se pensar a
educação, a escolarização e o trabalho como objetos socialmente representados pelos jovens reside no fato de proporcionar uma
compreensão real e próxima das suas elaborações, suas formas de interação, valores e outros; o que pode, em algum momento,
contribuir para a construção de melhores políticas de educação e juventude.
Autor(a) Proponente: Joana D'arc de Vasconcelos Neves
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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O AFETO, FORMAÇÃO E O TRABALHO DOCENTE
Autor(es):
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SÔNIA ELI CABRAL RODRIGUES
MARIA DE LOURDES SOARES ORNELLAS
IVANY PINTO NASCIMENTO
CARLA VERÔNICA ALBUQUERQUE ALMEIDA
RESUMO GERAL
Esta mesa objetiva discutir a interface de temas que tratam dos afetos, da formação e o trabalho docente articulado as
representações sociais e a educação. Os trabalhos apresentados resultam de estudos e pesquisas que versam sobre: as
“Representações sociais do aluno sobre o afeto e seu enlace na construção do conhecimento”; “As Representações Sociais no
campo das polifonias entre Afetividade e a Educação”; “Afetividade e trabalho docente na pós-graduação em educação” e; a
“Prática pedagógica afetada entre grades”. A tônica central de partilha entre essas três temáticas investigadas é a abordagem
processual da Teoria das Representações Sociais inaugurada por Moscovici (1961), e as perspectivas de autores como Freud
(1976) e Lacan (1978); Maturana (1977), Rene Kaes (2001); Wallon (1995) e; Foucault, Nóvoa, Tardif e Lessard. São obras que
tratam sobre a ambivalência dos afetos, que conferem a emoção e a afetividade um importante papel na estrutura do sujeito e,
portanto no seu processo de desenvolvimento e aprendizagem. O primeiro estudo trata das Representações Sociais do aluno
sobre o afeto e seu enlace na construção do conhecimento e objetivou apreender as representações sociais do aluno sobre o
afeto na perspectivada da interferência dos processos afetivos na produção do conhecimento. Este estudo utilizou a trilha
metodológica da pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico e os instrumentos de coleta de dados foram: entrevistas, desenho e
imagem, utilizou-se da entrevista em profundidade que privilegia a fala e a escuta dos informantes. Após as entrevistas, procedeuse a leitura das respostas quando a construção das categorias de análise se presentificou: professor afetivo, professor escutante,
professor sujeito, professor sizudo, professor autoritário e professor distante. Diante dessas falas a Análise do Discurso pela via de
Dominique Mainguenau (2001) a autora desvelou o dito e o dizer, o conteúdo manifesto e latente, que se encontrava oculto,
aparente, no ato falho, escondido nas entranhas do não-dito. O segundo estudo, As Representações Sociais no campo das
polifonias entre Afetividade e a Educação, objetiva a interlocução entre a afetividade, as representações sociais e a educação na
perspectiva de autores como Maturana (1977) e Banchs (1995). O estudo evidenciou o papel das emoções na construção das
representações sociais é limitado. Para a autora, a pesquisa sobre a dimensão afetiva como mediadora das praticas educativas na
escola necessita de investigação, uma vez que a importância da afetividade para o ensino-aprendizagem e para o
estabelecimento de um clima positivo na dinâmica daqueles que fazem a escola é crucial. Além disto, enfatiza a importância de
centralizar discussões sobre a afetividade, sobretudo o seu entrelaçamento com o campo das representações sociais para que
suscite avanços e aprofundamentos necessários à compreensão da afetividade nos processos de objetivação e ancoragem que
dão corpo as representações sociais que orientam práticas educativas. O terceiro estudo analisou os processos constitutivos das
representações sociais dos docentes de pós-graduação em educação sobre a afetividade, de modo a elucidar as implicações
destas no trabalho que desenvolvem. Os instrumentos de coleta das informações foram: um formulário online e a entrevista de
aprofundamento. Os resultados indicam que a dinâmica que envolve a dimensão afetiva nas relações entre docentes dos
programas de pós-graduação em educação contribui para a manutenção e/ou renovação das representações sociais partilhadas e
comunicadas nestes contextos acadêmicos. O último estudo dessa proposição de mesa, investigou o contexto de uma escola
prisional, para apreender as práticas pedagógicas, o ensinar e aprender, saberes e a formação. Nas falas das oito professoras
informantes há uma constante preocupação do como fazer para atingir o aluno do cárcere com tamanhas dificuldades de
relacionamento e de aprendizagem. Apontam ainda o afeto como princípio fundamental para a atuação no ambiente do cárcere. É
neste cenário que se pretende uma interlocução teórica desses estudos que contribua para a compreensão que a emoção, os
afetos e afetividade e a educação são dimensões importantes e presentes no campo das representações sociais.
Palavras chave: Teoria das representações sociais. Afeto. Formação docente. Trabalho docente.
RESUMO 1
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ALUNO SOBRE O AFETO E S ENLACE NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
MARIA DE LOURDES ORNELLAS – UNEB/PPGEDUC
É um estudo que se justifica pela minha construção fundante na teoria das representações sociais na primazia da abordagem
processual moscoviciana a qual trata-se de um conhecimento do senso comum e constituída em razão do cotidiano do sujeito. É
uma abordagem que se encontra hoje no centro de um debate interdisciplinar, na medida em que se tenta nomear, fazer relações
entre as construções simbólicas com a realidade social e dirige seu olhar epistêmico para entender como esta realidade constrói a
leitura dos símbolos presentes no nosso cotidiano. Observa-se nessa construção teórica que as representações sociais estão
associadas as experiências subjetivas do sujeito, enredadas simultâneamente como um produto e um processo: (...) a atividade
representativa constitui, portanto um processo psíquico que permite tornar familiar e presente em nosso universo interior; um
objeto que está distante e, de certo modo, ausente, (...) (Moscovici, 1978, p. 28) Na condição de pesquisadora indago: não seria
essa capacidade de dar uma nova forma às coisas pela atividade psíquica que constitui uma representação social? René Kaes
(2001), ao pensar sobre representação social numa vertente psicanalítica, elabora a hipótese de que a representação é um
trabalho de lembranças daquilo que está ausente, que está em falta. Pode-se dizer que a representação social, ao estudar o
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sujeito em processo de interação com outros sujeitos, expressa uma espécie de saber prático de como os sujeitos sentem,
pensam, aprendem e interpretam. Os teóricos sobre o afeto os quais me apoio para dialogar são Freud (1976) e Lacan (1978) os
quais discorrem sobre a ambivalência dos afetos. Faz-se preciso descortinar uma escuta em que o aluno possa se colocar no
lugar daquele que investiga, daquele que semiotiza o conhecimento transmitido no desejo de deixar suas marcas e inscrições no
processo do seu savoir-faire. O método trilha pela pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico. Faz-se pertinente lembrar a
proposição teórica de que uma representação social é sempre de alguém (sujeito) e de alguma coisa (objeto). Durante a disciplina
em 2013 nomeada de Educação, Representação Social a qual ministro no Programa de Pós-Graduação em Educação e
Contemporaneidade, doze sujeitos na faixa etária de 20 a 25 anos do sexo feminino foram selecionados pelo critério do desejo
que após agendar dia, horário e local deu-se início a entrevista em profundidade a qual privilegiou a fala e a escuta. O Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido foi apresentado aos sujeitos os quais assinaram. As entrevistas foram agendadas quando
foram informados data, hora e local da realização das mesmas. De posse da coleta dos dados procedeu-se a leitura do material e
a construção das categorias de análise foram presentificadas e assim nomeadas: professor afetivo, professor escutante, professor
sujeito, professor sizudo, professor autoritário e professor distante. Diante dessas falas, a Análise do Discurso pela via de
Dominique Mainguenau (2001) foi convidada para desvelar o dito e o dizer, o conteúdo manifesto e latente, que se encontra
oculto, latente, no ato falho, escondido nas entranhas do não-dito. Após a aplicação dessa modalidade de análise, os resultados
da pesquisa revelaram que as representações sociais dos sujeitos entrevistados sobre a importância do afeto na construção do
conhecimento estão ancoradas nos estilos do professor, afetivo, escutante e sujeito. Nesse sentido os alunos expressam que o
afeto, a escuta e a constituição de sujeito são dispositivos fundantes para o professor no sentido de contribuir com o aluno na
construção processual do saber e conhecimento. São representações sociais presentes e ausentes no cotidiano da sala de aula e
que se tornaram familiar ao expressar um saber prático e subjetivo de como o aluno sente, aprende e investiga a sua produção
intelectual.
Palavras chave: Representações sociais. Afeto. Construção do conhecimento.
RESUMO 2
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NO CAMPO DAS POLIFONIAS ENTRE AFETIVIDADE E A EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA
DO PRAZER E DESPRAZER DOCENTE
IVANY PINTO NASCIMENTO – UFPA/ICED/PPG
Este estudo investigou as Representações Sociais de professores de séries iniciais sobre o envolvimento da afetividade na sua
profissão na perspectiva do prazer e desprazer. Os objetivos traçados foram: a) Identificar e destacar aspectos centrais
prazerosos e desprazerosos de professores sobre a profissão docente; b) Ressaltar as objetivações e as ancoragens que
constituem as RS de professores de séries iniciais sobre o prazer e desprazer no trabalho que realizam. A Teoria das
Representações Sociais serviu de referência para caracterizar e destacar os aspectos prazerosos e desprazerosos que se
vinculam ao envolvimento afetivo. O instrumento de coleta de dados foi a escrita individual de um texto sobre os prazeres e os
desprazeres da profissão docente. Sujeitos do estudo foram trinta e cinco professores. Para a análise qualitativa das informações,
utilizamos o texto elaborado pelas professoras, agrupados em unidades de significados, seguido da classificação das seguintes
unidades em temáticas e respectivas atribuições sobre o que dá prazer e e/ou desprazer na profissão de professor:
reconhecimento do vínculo; reflexões sobre o trabalho que realizam; a distribuição do tempo/ trabalho; aprendizado do Aluno/
Desinteresse das famílias; desafios e, os aspectos a serem superados na profissão. Os resultados indicam que os vínculos
afetivos se representam no exercício da profissão muito mais pelo desprazer do que pelo prazer. As informações que as
professoras, alvo da pesquisa forneceram, nos remetem a uma trama de relações de poder e hegemonias determinadas pela
história do trabalho do professor. As formas de pensar, de agir e de sentir que partilham com outros sujeitos da mesma profissão,
sobretudo os do ensino fundamental, compõem as representações sociais que orientam as suas atividades profissionais. Cumpre
observar que as tênues, e quase imperceptíveis, diferenças entre as professoras, ouvidas quanto às representações sociais que
possuem sobre o prazer e desprazer no trabalho que fazem, circulam na esfera das contradições sendo que na
contemporaneidade o desprazer com que essas professoras vivem em seu trabalho é maior. Não resta dúvida que estas
representações sobre o envolvimento da afetividade no trabalho que essas professoras possuem compõem uma cadeia de
significantes que se vinculam ainda a cultura escolar responsável pelas negociações e pela hegemonia de ideias sobre o que é
ser um bom professor em seu trabalho além de idealizar o que é uma boa escola. Muito embora seja consenso entre as
professoras que deve existir mudanças no trabalho que realizam elas ainda resistem em promovê-las por suas orientações se
encontrarem impregnadas de ideias hegemônicas que transitam entre a sua reificação e o submetimento daquele (s) que integram
tanto a profissão de professor quanto ao seu trabalho. Consideramos que estas professoras se encontram imersas em uma rede
de significados que as orienta no seu trabalho e respectivos vínculos afetivos de prazer e desprazer, sem, contudo, articularem
mudanças necessárias e significativas para trabalharem com um prazer maior. Para além do trabalho que elas realizam a resposta
aproximada sobre a pergunta: o que quer um professor com o seu trabalho ainda está por vir. Existem sentidos sobre o trabalho
do professor a serem preenchidos permanentemente, por essas professoras do ensino fundamental, nas brechas dos dizeres da
contemporaneidade. Isto não se trata somente de uma constatação no que se refere às professoras entrevistadas, mas podemos
encarar como um desafio a todos os professores que atuam em outros níveis da educação no Brasil. As representações sociais
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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destas professoras sobre o envolvimento da afetividade no trabalho ancoram seus sentidos nas suas subjetividades ao mesmo
tempo em que elas são construídas e recontextualizadas juntamente com o que realizam na profissão de professor.
Palavras chave: Professoras. Afetividade. Representações. Profissão.
RESUMO 3
PRÁTICA PEDAGÓGICA AFETADA ENTRE GRADES
CARLA VERÔNICA ALBUQUERQUE ALMEIDA – UCSAL
Na perspectiva de refletir sobre de que maneira o afeto se presentifica na relação entre alunos e professoras que atuam em uma
escola para privados de liberdade, este texto emerge de uma pesquisa doutoral que discorre sobre as representações sociais de
formação docente e suas práticas pedagógicas. O objeto deste estudo se delineia no contexto de uma escola prisional, das suas
ambiências e do seu entorno, das representações dos sujeitos que vivenciam o cárcere, especialmente de professoras, suas
interações e relações, na busca de escutar as práticas pedagógicas, o ensinar e aprender, saberes e formação, a partir das
representações presentes em suas narrativas e formações discussivas. Através dos relatos e das narrativas de oito professoras
entrevistadas, analisou-se a formação docente nesse contexto, seus discursos não-formulados, os sentidos, as astúcias
vivenciadas, experienciadas, e as relações afetadas pelo pânico, conflitos, desejos, afetos prazerosos e desprazerosos, em um
espaço onde a tortura sempre esteve presentificada, por meio de imposições do próprio sistema e da sociedade, uma vez que
somos dotados de cognição e afeto. O referencial teórico estudado busca, inicialmente, apresentar um breve contexto da
educação formal em um ambiente prisional, a formação de professores para atuarem neste espaço, seus saberes e fazeres, as
representações sociais de suas práticas pedagógicas e está alicerçado nos estudos de Foucault, Moscovici, Ornellas, Nóvoa,
Tardif e Lessard, sobre a prisão, as representações sociais, a formação de professor, o saber da experiência, as interações no
espaço escolar e a prática docente. A atividade docente encontra no afeto um importante instrumento para sua construção, posto
que não se trata de uma ação dicotomizada ou vinculada apenas aos aspectos cognitivos; manifesta-se pela constituição do
sujeito, pela relação que se estabelece com o outro, pela leitura que se tem da conjuntura, suas idiossincrasias. A tessitura
metodológica se fundamenta numa abordagem qualitativa, com enfoque no método das representações sociais de abordagem
processual. Procuramos, entre outras questões, perceber as ações desenvolvidas pelas professoras, as atividades que realizam
diante das imprevisibilidades do meio, em uma escola situada no cárcere. O trabalho docente é complexo, interativo, prático e se
concretiza nas relações que se estabelecem de forma dialógica e comunicativa entre sujeitos – professor e aluno –; e a sala de
aula constitui-se em um cenário no qual os saberes e aprendizados são tecidos, no contexto de vivências, de tempos e de
movimentos que se constroem na troca de experiências, de confrontos e reciprocidades. A pesquisa utiliza como instrumento de
analise de dados a observação e a entrevista narrativa em profundidade. Os dados são categorizados e analisados pela vertente
da análise do discurso tomando como base Eni Orlandi. Os resultados revelam que, embora a prática docente se dê em ambiente
insalubre e inconstante, junto a um grupo de alunos, por vezes, emocionalmente comprometido, os professores exercem sua
função com satisfação, mesmo apontando as lacunas da formação específica para atuarem em uma escola prisional. Sinalizam a
necessidade de visibilidade da educação desenvolvida neste espaço para a sociedade, por meio das instâncias superiores
responsáveis pela educação carcerária. Nas falas das professoras há uma constante preocupação do como fazer para atingir o
aluno do cárcere com tamanhas dificuldades de relacionamento e de aprendizagem. Apontam ainda o afeto como princípio
fundamental para a atuação no ambiente do cárcere. O afeto de um lugar da responsabilidade de ser professora; do compromisso
de estar com sujeitos que perderam a noção de identidade e também de dignidade de sujeito; emerge também da (in)certeza
destes alunos, não serem tratados como bichos, sem direito e sem voz, de que após o término das penas, tornarem-se sujeitos
respeitadas e reconhecidas na sociedade. Emerge nas práticas pedagógicas em que se abre para os desabafos, o afeto de
revolta e para muitos na retomada do àgalma quando for possível escutarem a palavra de pulsão de vida da professora!.
Palavras chave: Formação docente. Prática pedagógica. Representações sociais. Afeto.
Autor(a) Proponente: SÔNIA ELI CABRAL RODRIGUES
Endereço: EST CEASA N 2207 - CURIÓ-UTINGA
Belem - PA CEP: 66610-840 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Pará-UFPA
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FORMAÇÃO DOCENTE E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: OS LUGARES DE ATUAÇÃO
Autor(es):
1
CARLA VERÔNICA ALBUQUERQUE ALMEIDA
JOANA D’ARC DE VASCONCELOS NEVES
JOSILDA BATISTA LIMA
Comumente quando é discutida a formação e a atuação docente, isso se dá a partir dos lugares comuns demarcados pelo
currículo para o que é eleito como base da formação humana. Contudo, tanto a atuação na Educação de Jovens e Adultos – EJA
e a Educação no Cárcere que se constituem como ambientes de escolarização diferenciados, quanto ao ensino de ciência e
biologia, enquanto campo disciplinar no interior da Educação Básica produzem outras reflexões em torno do fazer docente a partir
de lugares que, por muito tempo, estiveram negligenciados, tanto no percurso da formação do professor, quanto da sua atuação.
São lugares constituídos de especificidades que produzem realidades que, de modo geral, sucumbem ao que o sistema mantem
no campo da generalidade. As três temáticas aqui assumidas são constitutivas de campos temáticos capazes de explicar
consensualidades produzidas psicossocialmente em relação ao lugar que a educação no cárcere, a educação de jovens e adultos
e o ensino de ciência e biologia ocupam nas políticas curriculares, seja pela via da universidade ou da escola, ou seja, em
contextos sociais de produção e circulação de conhecimento que funcionam como mecanismos de manutenção ou ressignificação
de representações sociais. Assim, é objetivo desta mesa, a partir de três pesquisas, ampliar as reflexões sobre a formação e a
atuação docente por meio das representações sociais de professores, a partir de lugares, como é o caso das reflexões em torno
da educação no cárcere e da Educação de Jovens e Adultos, e lugar, do ensino de ciência e biologia na educação básica e
superior, como mecanismo de produção de contra discursos em relação as diferenciações que se articulam em relação a lugares e
campos disciplinares que são desfavorecidos a partir da ideia que se mantém de educação, de público alvo da educação, de lugar
em que se faz educação, procurando estabelecer a relação das produções desses lugares com a formação recebida pelos
professores. Em se tratando da discussão sobre a educação no cárcere a proposta analisa as Representações Sociais de
professoras de uma escola prisional sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas no cárcere, bem como seus processos
formativos, delineado a partir do contexto de uma escola prisional, das suas ambiências e do seu entorno, das representações dos
sujeitos que vivenciam o cárcere, especialmente de professoras, suas interações e relações, na busca de escutar as práticas
pedagógicas, o ensinar e aprender, saberes e formação, a partir das representações presentes em suas narrativas e formações
discursivas. Essa discussão traz indícios de que, embora a prática docente se dê em ambiente insalubre e inconstante, junto a um
grupo de alunos, por vezes, emocionalmente comprometido, os professores exercem sua função com satisfação, mesmo
apontando as lacunas da formação específica para atuarem em uma escola prisional. Apontam ainda a necessidade de
visibilidade da educação desenvolvida neste espaço para a sociedade, por meio das instâncias superiores responsáveis pela
educação carcerária. Com relação a Educação de Jovens e Adultos o foco se dá no modo como se constitui a docência na
Educação de Jovens e Adultos a partir das Representações Sociais construídas por professores a esta modalidade e as
expectativas em torno de sua formação em relação ao fazer-se professor da EJA, já indicando questões referente as ausências na
formação e superações pela própria modalidade de ensino para se chegar à profissão docente. Os indicativos de análise
destacam nessa discussão atitudes altruístas em relação à docência na EJA. Associam-se a esse debate duas estruturas de
sentidos e significados produzidas a partir das representações sociais dos professores. Uma que marcam uma EJA que existe
reafirmando suas limitações e reconhecendo-a com um campo de possibilidades; e outro sentido no qual a EJA ainda precisa ser
construída como um espaço educativo de formação da cidadania e modificadora de trajetórias de vida. Portanto, as
representações sociais de professores da EJA, evidenciam partilhamentos de ordem pessoal de suas trajetórias de vida com os
alunos da EJA, aspecto que influência positivamente no modo como os professores se dedicam a sua formação na perspectiva de
melhorar sua prática e trazer maiores contribuições para esta modalidade de ensino. Por fim, no que tange a discussão do ensino
de ciências e biologia o desafio de mapear e de discutir a produção acadêmica no campo das Ciências Biológicas sob a luz da
teoria das representações sociais, na tentativa de identificar no espaço temporal de dez anos, de que formas e em que condições
têm sido produzidas as publicações em periódicos e comunicações em anais de congressos e de seminários no período entre
2004 – 2014, quais as representações que professores e estudantes de cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas têm em
relação ao ensino de Ciências e Biologia no contexto da educação básica e superior. O argumento teórico pautou-se nos
conceitos que discutem a concepção de escola enquanto lócus de difusão do conhecimento, bem como da universidade serem
espaços em que esse conhecimento é (re)elaborado, na importância da aproximação entre o universo do saber popular
(consensual) e do conhecimento científico, e as representações que estudantes e professores de Ciência e Biologia trazem sobre
a relação ensino-aprendizagem. Desse modo, a educação no cárcere, a educação de jovens e adultos e o ensino de ciências e
biologia na educação básica e no ensino superior se mostram como campos de discussão capazes de desvelar o modo como os
lugares de formação e de atuação dos professores vêm se construindo e se mantendo a partir das representações sociais que
circulam em torno de cada uma dessas temáticas apresentada nesta mesa de discussão e as implicações dessas manutenções
para o exercício docente desses profissionais.
Palavras-chave: Formação docente. Representações sociais. Lugares de atuação.
Autor(a) Proponente: CARLA VERÔNICA ALBUQUERQUE ALMEIDA
Endereço: rua São Paulo 34/101 - Pituba - Pituba
Salvador - BA CEP: 41830-181 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Católica do Salvador- UCSAL
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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: ESTUDOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
INTERDISCIPLINARES
Autor(es):
EDITH MARIA MARQUES MAGALHÃES¹
HELENICE MAIA GONÇALVES
ARTHUR VIANNA FERREIRA
CRISTINA NOVIKOFF
RESUMO GERAL
As pesquisas que compõem essa Mesa têm como foco a formação de professores e como aporte teórico-metodológico a Teoria
das Representações Sociais, com proposta de promover debate sobre os saberes e fazeres de docentes que atuam nos anos
iniciais do Ensino Fundamental de rede pública e intensificar a discussão sobre a formação inicial e continuada nas Licenciaturas.
Neste contexto, o nosso olhar está voltado para os processos de formação inicial e a contribuição das licenciaturas com vista à
atuação dos professores desenvolvidos por um preparo na operacionalização da sua profissão. O primeiro trabalho é oriundo de
projeto do Programa Institucional de Iniciação Científica e Tecnológica da UCB, tendo como objetivo investigar as representações
das práticas de ensino de História de professores de uma escola, zona oeste(RJ), e averiguar se estas representações são
efetivamente sociais. Para isso, foram realizadas entrevistas semidirigidas, analisados planos de aula e conteúdos expostos pelos
materiais didáticos. A análise dos dados coletados foi feita segundo a retórica do discurso para buscar e compreender os campos
simbólicos da representação desse ensino. Os resultados mostram que essas representações são sociais e organizadas a partir
de um campo metafórico do “contar história”, pois os docentes organizam os conteúdos e suas práticas a partir de datas
específicas do calendário sem a preocupação de utilizar conteúdos específicos da metodologia do ensino de História aprendida
tanto nos cursos de Pedagogia, quanto nos de História. O segundo está inserido no projeto “Formação do professor das séries
iniciais e trabalho docente” desenvolvido por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Educação da UNESA. Seu ponto
de partida foi o nível de formação do professor dos anos iniciais e o objetivo era investigar e comparar as representações sociais
de formação docente elaboradas por 106 professores com formação em nível médio e em superior. A coleta de dados foi realizada
por meio da aplicação de um teste de livre evocação de palavras com justificativas tendo como expressão indutora formação para
o magistério. As palavras evocadas foram submetidas ao software EVOC que permite identificar os possíveis elementos do
sistema central e periférico que compõe a estrutura de uma representação. Verificou-se que para os professores com formação
em nível médio, essa representação estava organizada pelo elemento vocação, fortemente vinculado à maternidade e a
qualidades inatas, e para os com formação superior pelo elemento prática, vinculada a amor, atualização e responsabilidade. A
centralidade desses elementos foi testada por meio de entrevistas e individuais realizadas com professores que tinham formação
ou em nível médio, superior e em ambos, sendo ratificada a centralidade daqueles dois elementos: vocação, caracterizada pelo
amor à profissão e gostar de criança, sendo qualidade indispensável à docência;prática, que se refere à sua falta na formação
inicial. O último foi desenvolvido pelo Laboratório do Grupo de Estudos e Pesquisas em Representações Sociais na/para
Formação de Professores da UNIGRANRIO e integra o projeto “Autoformação:a autoimagem na superação de representações
sociais esvaziantes da atividade docente e da cultura profissional docente”. Seu objetivo era discutir a formação continuada à luz
da autoformação docente a partir da análise de dados realizada entre 2013-15. A dimensão metodológica utilizada foram as
possíveis inter-relações epistemológicas entre as esferas de pertença da TRS e a perspectiva da abordagem da autoformação,
analisadas como estes aparentam à mente, e como os seus sujeitos os interpretam. Assim, o resultado contrastado aos dados do
contexto, a partir da dialética que se orienta para a diferença, o contraste, o dissenso e a crítica, visou discutir a autoformação
como política pública a ser feita é provocadora de desafios para implementação futura. Identificamos que as representações no
primeiro trabalho passam ser orientadoras de práticas e relacionamentos sociais que não valorizam o reconhecimento dos alunos
em suas próprias culturas, na ciência das gêneses de suas realidades sociais e individuais. Nos resultados encontrados pela
UNESA, a formação inicial não tem dado conta de formar o profissional docente para exercer sua profissão, porém, a inutilidade
da formação recebida foi mais enfatizada pelas egressas de Pedagogia. No terceiro visou discutir a autoformação como política
pública a ser feita é provocadora de desafios novos para sua implementação futura. Conclui-se da importância de compreender
como os saberes da experiência se articulam com os saberes acadêmicos para o fortalecimento da prática pedagógica.
Palavras chave: Formação de professores. Representações sociais. Saberes docentes.
RESUMO 1
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE FORMAÇÃO DOCENTE DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL COM FORMAÇÃO EM NÍVEL MÉDIO E SUPERIOR
Autora:
HELENICE MAIA GONÇALVES
EDITH MARIA MARQUES MAGALHÃES
A qualidade do trabalho do professor que atua nos anos iniciais do ensino fundamental tem sido foco de constante preocupação.
O entendimento de que a posse de um conjunto de conhecimentos validados por instituições de ensino superior, historicamente
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mais prestigiadas, bastaria para melhorar o nível de profissionalização desses professores, originou um retrocesso na formação
docente, que pode ser percebido por uma certa despreocupação com a prática docente e um descaso pelas questões
relacionadas a métodos de ensino. As discussões sobre o nível de formação mais adequado ao professor dos anos iniciais foi o
ponto de partida dessa pesquisa que está inserida no projeto “Formação do professor das séries iniciais e trabalho docente”
desenvolvido por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Educação da UNESA, que buscou investigar e comparar as
representações sociais de formação docente elaboradas por 106 professores com formação em nível médio (DEF-N) e superior
(DEF-S) que atuavam na rede pública de ensino do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um
teste de livre evocação de palavras com justificativa tendo como expressão indutora formação para o magistério. O tratamento do
teste foi realizado com o auxílio do software EVOC que permite identificar os possíveis elementos do sistema central (SC) e do
sistema periférico (SP) que compõe a estrutura de uma representação social, o que possibilitou levantar as primeiras hipóteses
sobre essa possível representação. Verificou-se que, para os DEF-N a representação de formação para o magistério é organizada
pelo elemento vocação, fortemente vinculado à maternidade e a qualidades inatas; para os DEF-S, esta representação é
organizada pelo elemento prática, vinculada a amor, atualização e responsabilidade. Para testar a centralidade desses elementos
e melhor compreender os sentidos a eles agregados, assim como suas relações com os demais elementos, foram realizadas
entrevistas em profundidade com 15 docentes de Ensino Fundamental com formação em curso Normal, cinco com formação em
Pedagogia e 10 que tinham formação em nível médio e superior (DEF-NS). A análise de conteúdo do material coletado mostrou
que a centralidade atribuída à vocação pelas DEF-N foi ratificada, pois consideram que a vocação se caracteriza pelo amor à
profissão e o gostar de criança, sendo isto um talento natural; sem ela é impossível enfrentar o cotidiano escolar. Para as DEF-S
entrevistadas, prática se refere à sua falta na formação inicial, expondo o distanciamento entre o que é aprendido e a realidade da
sala de aula e a dicotomia teoria-prática. As DEF-NS ratificaram a centralidade da vocação na representação de formação para o
magistério e explicaram que é uma qualidade indispensável às professoras que atuam nos anos iniciais, estando associada à
paciência, a gostar de crianças e à capacidade de se fazer entender por elas. Com relação à centralidade de prática concordam
que foi enfatizada a falta de prática na graduação. Ao falarem sobre qual tipo de formação mais contribuiu para sua profissão,
afirmaram que foi o Normal, porque articulou melhor teoria e prática, disciplinas de conteúdo específico e pedagógicas; cuidando
para que os estágios propiciassem a atuação dos futuros professores em situações de sala de aula. Consideram que o curso de
Pedagogia foi muito importante, ensinou teorias, as ajudou a saber onde buscar informações, deu mais status ou apenas
complementou a formação em nível médio. É possível concluir, a partir dos resultados encontrados, que para os participantes
dessa pesquisa a formação inicial não tem dado conta de formar o profissional docente para exercer sua profissão na realidade
atual das escolas, porém, a inutilidade da formação recebida foi mais enfatizada pelas professoras egressas do curso de
licenciatura em Pedagogia. O distanciamento entre teoria e prática e uma visão da docência muito distante da realidade do
exercício profissional apontado pelos professores vem sendo denunciado há muito tempo na literatura da área, o que nos leva a
questionar se as reformas propostas para os cursos de formação têm contribuído para a profissionalização dos professores.
Palavras-chave: Curso normal médio. Curso de pedagogia.
fundamental. Representações sociais.
Formação inicial. Professores dos anos iniciais do ensino
RESUMO 2
REPRESENTAÇÕES DO ENSINO DE HISTÓRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL I: APROFUNDANDO AS PRÁTICAS EM
ESCOLAS PÚBLICAS NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO
Autor:
ARTHUR VIANNA FERREIRA
Esta pesquisa oriunda de um projeto PIBICT da Universidade Castelo Branco tem como objetivo investigar as representações das
práticas de ensino de história dos professores do ciclo básico do ensino fundamental I de uma escola pública na zona oeste do
Rio de Janeiro. Para este trabalho será necessário os seguintes objetivos específicos: identificar as representações das práticas
escolares sobre o ensino de história, averiguar se estas representações são sociais, comparar as representações encontradas na
segunda metade do ensino fundamental I com as da primeira metade e analisar a construção lógica do programa curricular
organizado pelo grupo de professores do ensino fundamental I e as possíveis consequências para uma futura vivência dos alunos
no ensino fundamental II. Para a realização desta pesquisa científica utilizou-se a teoria das representações sociais de Serge
Moscovici, em uma abordagem societal de Willem Doise (2001). O material discursivo foi recolhido através de entrevistas
semidirigidas, realizado com os professores responsáveis pelo ensino de história, seus planos de aula e os conteúdos expostos
pelos materiais didáticos utilizado em sala com os alunos dos referidos períodos escolares. A análise foi a da retórica do discurso
segundo Olivier Reboul (2004) e Tarso Bonilha Mazzotti (2003) na tentativa de buscar os campos simbólicos de representação
deste ensino de história no ensino fundamental I. Os resultados mostram que as representações dos professores sobre o ensino
de história estão organizadas a partir de um campo simbólico metafórico do ‘contar história’, no qual o professor organiza os seus
conteúdos e suas práticas a partir de datas específicas do calendário e de um conteúdo oriundo do senso comum sem nenhuma
preocupação com a utilização dos conteúdos específico da metodologia da história aprendida tanto nos cursos de pedagogia,
quanto nas licenciaturas de história. A não preocupação com o uso da didática específica da disciplina pelos professores vai
caracterizando o ensino de história como um relato do passado sem uma conexão mais pertinente com o presente das crianças,
colocando a sua prática como a continuação das estórias de contos infantis oriundas da educação infantil, etapa educacional
anterior vivenciada pelos alunos. A falta de obrigatoriedade do ensino nesta etapa escolar, a utilização e escolha do material, a
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organização dos horários e a formação inicial docente para o exercício desta disciplina se apresentam como categorias
aglutinadoras de metáforas que reforçam o campo simbólico das representações do ensino de história que levam os professores a
considerar esta disciplina como um anexo da prática escolar na primeira parte do ensino fundamental. Ou seja, o ensino de
história pode ser preterido por outras disciplinas que possuem uma cobrança mais sistemática da Secretaria Municipal de
Educação do Rio de Janeiro como português e matemática. As representações sociais dos professores justificam esta função
suplementar da disciplina de história nas classes iniciais do ensino fundamental, a não relevância da utilização de um material
didático escritos por especialistas no campo de história na escola e uma prática do ensino de história como secundária diante da
realidade – e da importante função das séries iniciais – de alfabetização e letramento dos indivíduos. Assim sendo, as
representações sociais que não valorizam a pertinência – e a importância – do emprego das metodologias de ensino de história
desde o começa do ensino fundamental não auxiliam na formação de alunos que possam exercitar o olhar crítico e participativo
frente à cultura da sua realidade. Da mesma forma, as suas práticas não auxiliam na inserção da criança no contexto, exigido pela
LDB de 1996, de cidadania e participação efetiva de direitos e deveres na qual o processo educacional deveria promover desde os
primeiros anos de escolarização. Além disto, as representações sociais passam a ser orientadoras de práticas e relacionamentos
sociais que não valorizam o reconhecimento dos alunos do ensino fundamental em suas próprias culturas, na ciência das gêneses
de suas realidades sociais e individuais, assim como na participação da diversidade de grupos sociais historicamente construídos
na sociedade brasileira.
Palavras-chave: Ensino fundamental I. Ensino de história. Práticas escolares. Representações sociais.
RESUMO 3
AUTOFORMAÇÃO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: PROPOSTA DA HERMENÊUTICA DIALÉTICA
Autora:
CRISTINA NOVIKOFF
A inquietante busca pela análise sobre formação humana, em especial, a formação de professores proposta no Laboratório do
Grupo de Estudos e Pesquisas em Representações Sociais – Lageres / UNIGRANRIO tem possibilitado a compreensão e a
vivência de novos caminhos no relacionamento estabelecido entre o pesquisador universitário e o professor da escola pública. O
trabalho que ora se apresenta versa sobre esta história com a discussão sobre autoformação (PINEAU, 1991; GALVANI, 2001) e
as esferas de pertença das representações sociais (JODELE, 2009). A origem do trabalho se deu no campo da educação
preocupada com a compreensão das produções mentais, no campo socioprofissional, com ênfase na epistemologia acerca de
representações sociais. O artigo é parte do projeto rizomático intitulado “Autoformação: a autoimagem na superação de
representações sociais esvaziantes da atividade docente e da cultura profissional docente. ” Neste texto, a discussão teórica é
sobre os processos psicossociais e pedagógicos que se desenvolvem na autoformação em prol do ensino consciente, crítico e
criativo. Assim, o objetivo deste trabalho é discutir a formação continuada pela autoformação docente mediada pela discussão da
Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 2003), para apresentar o estudo das aproximações teórico-epistemológicas
supracitadas, a partir da análise de dados da pesquisa realizada no período de 2013 a 2015. O estudo tem acento no Programa
de Pós Graduação em Letras e Ciências Humanas junto ao Laboratório do Grupo de Estudos e Pesquisas em Representações
Sociais – Lageres / UNIGRANRIO que tem a colaboração recíproca do Colégio Estadual Hilda do Carmo – CIEP / 098, situado no
município de Duque de Caxias, na baixada fluminense. A pergunta inicial da dimensão metodológica da pesquisa geradora deste
artigo foi sobre quais são as possíveis inter-relações epistemológicas entre as esferas de pertença da Teoria das Representações
Sociais e a perspectiva da abordagem da autoformação? Quais estratégias metodológicas de análise de dados possibilitam uma
superação do reducionismo cognitivo ou da abordagem estrutural para avançarmos na análise da investigação subjetiva e rigorosa
do fenômeno de delineamento das representações sociais, como estes aparentam à mente, e como os seus sujeitos os
interpretam? Daí adotarmos a hermenêutica dialética para uma revisão da estratégia de análise de dados. O pressuposto teórico é
de que a ênfase de consenso, mediação o acordo proposto na hermenêutica deveria ser contrastado aos dados do contexto, a
partir da dialética que se orienta para a diferença, o contraste, o dissenso e a crítica (HABERMAS, 1987; ASSIS, JORGE, 2010).
Vale destacar que o projeto originário do presente texto percorreu sete etapas, a saber: 1) Contrato de pesquisa, com assinatura
“Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE e autorização de uso de imagens; 2) Treinamento com tecnologia; 3)
Capacitação para elaboração de narrativas escrita e oral; 4) IVA; 5) Autoanálise; 6) Círculo de discussão individual; 7) Círculo de
discussão grupal. A escolha por um traço na pesquisa que visa discutir a autoformação como política pública a ser feita é
provocadora de desafios novos para sua implementação futura, inclusive, na rede pública de ensino no Estado do Rio de Janeiro,
como proposto nesta pesquisa.
Palavras-chave: Autoformação. Hermenêutica dialética. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: EDITH MARIA MARQUES MAGALHÃES
Endereço:
1
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A TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E OS PROCESSOS EDUCATIVOS EVIDENCIADOS EM PESQUISAS SOBRE
PESSOAS SURDAS E COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
Autor(es):
1
NEIDE MARIA FERNANDES RODRIGUES DE SOUSA
ANDRÉA PEREIRA SILVEIRA
ARLETE MARINHO GONÇALVES
RESUMO GERAL
Esta mesa tem como objetivo discutir os processos educativos em pesquisas realizadas sobre surdos e pessoas com deficiência
física a partir da Teoria das Representações Sociais. O primeiro artigo traz como título “Representações sociais de professores
sobre o aluno surdo”, tem o objetivo de analisar as representações sociais de professores do Ensino Fundamental sobre o aluno
surdo e a influência destas nos processos educativos inclusivos em uma escola regular da Rede Municipal de Ensino de
Ananindeua – Pará; os sujeitos foram dez (10) docentes que atuam com discentes surdos; o levantamento de dados consta de
entrevistas com roteiro semi-estruturado; observação; diário de campo; e a técnica de elaboração de desenhos; para a análise
dos dados coletados. A pesquisa foi ancorada na Teoria das Representações Sociais de abordagem processual com base em
Moscovici (2009), Jodelet (2005), bem como na discussão de Oliveira (2004), Perlin (1998; 2000), Lacerda (2000) e Botelho
(2010) da Educação Inclusiva e Educação de Surdos. Os resultados sugerem que os docentes enfrentam barreiras no processo
de inclusão escolar do aluno surdo, pois ainda atribuem imagens e sentidos excludentes que necessitam ser problematizados, tais
como: a polarização entre o aluno surdo oralizado e o não oralizado; a exclusão no espaço físico da sala regular e a prática
inclusiva considerada contraditória. O segundo artigo denomina-se “Estudos sobre a relação surdez e representações sociais: o
estado do conhecimento”; tem como objetivo mapear o Estado do Conhecimento relacionadas a surdez, a partir do uso da Teoria
das Representações Sociais. Foi realizado levantamento, no período correspondente a 2007-2012 em publicações de anais de
eventos nacionais e internacionais, revistas indexadas, teses e dissertações, que totalizaram 17 produções; foram estabelecidas
categorias de análise a partir do uso dos descritores: surdez, surdos e representações sociais. Para a definição das categorias, foi
considerado o lugar; a abordagem e a metodologia utilizada nas pesquisas. A análise foi de caráter descritivo e interpretativo; os
resultados apontam que e as pesquisas relacionadas à temática encontram-se em maior evidencia na região sudeste do país, e
direcionadas aos temas ligados à inclusão de surdos, ao ser surdo ou sobre a surdez, a abordagem processual evidenciou-se
como a mais utilizada e usam como técnica principal a entrevista, observação e técnicas projetivas, a análise de conteúdo foi a
forma mais usual nas produções. O estudo revela que ainda há carências de pesquisas relacionadas à surdez com a utilização da
Teoria das Representações Sociais na região Amazônica, além da necessidade de se fazer mais pesquisas a partir das
abordagens estrutural e societal. O último artigo traz como título: Representações de professores sobre alunos com deficiência
física; tem o objetivo de verificar as representações sociais de professores do ensino fundamental sobre alunos com deficiência
física. Participaram da pesquisa oito (08) professores de Escolas do Ensino Fundamental; as informações foram levantadas por
meio de questionário padronizado e entrevista, o questionário referia-se a caracterização dos participantes; nos resultados as
ideias significantes que mais apareceram foram: normalidade, desrespeito e preconceito, políticas públicas ineficiente e falta de
apoio. Esses resultados indicam que os alunos-professores constituem uma rede de significados acerca da pessoa com
deficiência física, esses significados estão ancorados na experiência cotidiana, nos valores e um modelo social da deficiência;
para os professores para efetivar a permanência e inclusão escolar do aluno com deficiência física é necessário modificações na
política educacional, mais apoio e condições de trabalho pedagógico. As pesquisas apontam que os processos educativos
evidenciados sobre pessoas surdas e com deficiência física, ainda se apresentam como práticas educativas excludentes, assim
como demanda de mais formação dos professores para atender essa clientela, seja na educação básica, seja no ensino superior.
As Representações sociais advindas dos docentes reflete que ainda há necessidade de maior apropriação e aprofundamento do
tema inclusão escolar, apesar de se apresentarem em maior evidencia nas pesquisas do Brasil relacionadas a esses sujeitos.
Palavras chave: Representações sociais. Alunos com a deficiência física. Alunos surdos. Alunos com a deficiência física.
Processos educativos.
RESUMO 1
REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES SOBRE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
Neide Maria Fernandes Rodrigues de Sousa
Universidade Federal do Pará
Essa pesquisa teve o objetivo de verificar as representações sociais de professores do ensino fundamental sobre alunos com
deficiência física. A pesquisa de cunho qualitativo teve como suporte a Teoria das Representações Sociais de abordagem
processual. As representações sociais (RS) são modalidades de conhecimento prático, formadas no cotidiano dos sujeitos,
inscritas dentro de um referencial e de um pensamento pré-existente, dependentes de um sistema de crenças, ancorados em
valores, tradições e imagens do mundo e da existência e se apresentam dinamicamente com uma rede de ideias, metáforas,
valores, experiências práticas e imagens mais ou menos interligadas. Participaram da pesquisa oito (08) professores de Escolas
do Ensino Fundamental. As informações foram levantadas por meio de questionário padronizado e entrevista, o questionário foi
utilizado para caracterização dos participantes. Nos resultados as ideias significantes que mais apareceram foram: normalidade,
desrespeito e preconceito, políticas públicas ineficientes e falta de apoio. Esses resultados indicam que professores constituem
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VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
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ISBN: 978-85-60395-14-9
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uma rede de significados acerca da pessoa com deficiência física, esses significados estão ancorados na experiência cotidiana,
nos valores e em um modelo social da deficiência; para os professores para efetivar a permanência e inclusão escolar do aluno
com deficiência física é necessário modificações na política educacional, mais apoio e condições de trabalho pedagógico.
RESUMO 2
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES SOBRE O ALUNO SURDO
Andréa Pereira Silveira
Universidade Federal do Pará
Este estudo buscou como objetivo geral analisar as representações sociais de professores do Ensino Fundamental sobre o aluno
surdo e a influência destas na prática pedagógica inclusiva em uma escola regular da Rede Municipal de Ensino de Ananindeua –
Pará. E de modo específico: (a) identificar as imagens e os sentidos atribuídos pelos professores ao aluno surdo; (b) reconhecer
como os professores compreendem a Libras e se a relacionam à sua prática pedagógica; e (c) verificar as especificidades da
prática pedagógica na inclusão escolar do aluno surdo. Os sujeitos compreendem docentes que atuam com discentes surdos. O
levantamento de dados consta de: entrevistas com roteiro semi-estruturado; observação; diário de campo; e a técnica de
elaboração de desenhos. Para a análise dos dados coletados ancorei-me nas Representações Sociais em abordagem processual,
bem como na Educação Inclusiva e Educação de Surdos com base em Moscovici (2009), Jodelet (2005), Oliveira (2004), Perlin
(1998; 2000), Lacerda (2000) e Botelho (2010), dentre outros. Como resultados aponto que os docentes enfrentam barreiras no
processo de inclusão escolar do aluno surdo, pois ainda atribuem imagens e sentidos excludentes que necessitam ser
problematizados, tais como: a polarização entre o aluno surdo oralizado é o não oralizado; a exclusão no espaço físico da sala
regular e a prática inclusiva considerada contraditória.
RESUMO 3
ESTUDOS SOBRE A RELAÇÃO SURDEZ E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: O ESTADO DO CONHECIMENTO
Arlete Marinho Gonçalves
O objetivo deste estudo foi mapear o Estado do Conhecimento relacionadas a surdez, a partir do uso da Teoria das
Representações Sociais. A pesquisa se caracterizou como bibliográfica do tipo quanti-qualitativa. Para a composição do corpus
foi realizado levantamento, no período correspondente a 2007-2012 em publicações de anais de eventos nacionais e
internacionais, revistas indexadas, teses e dissertações, que totalizaram 17 produções. Foram estabelecidas categorias de análise
a partir do uso dos descritores: surdez, surdos e representações sociais. Para a definição das categorias, foi considerado o lugar;
a abordagem e a metodologia utilizada nas pesquisas. A análise foi de caráter descritivo e interpretativo. Os resultados apontam
que e as pesquisas relacionadas à temática encontram-se em maior evidencia na região sudeste do país, e direcionadas aos
temas ligados à inclusão de surdos, ao ser surdo ou sobre a surdez. A abordagem processual evidenciou-se como a mais
utilizada. Na metodologia, a maioria não identifica o tipo, e, usam como técnica principal a entrevista, observação e técnicas
projetivas. A análise de conteúdo foi a forma mais usual nas produções. O estudo revela que ainda há carências de pesquisas
relacionadas à surdez com a utilização da Teoria das Representações Sociais na região Amazônica, além da necessidade de se
fazer mais pesquisas a partir das abordagens estrutural e societal.
Palavras-chave: Representações sociais. Alunos com deficiência física. Inclusão.
Autor(a) Proponente: NEIDE MARIA FERNANDES RODRIGUES DE SOUSA
Endereço: Rua Antonio Barreto 1722 apto 702 Fatima
Belem PA CEP: 66020660 Email: [email protected]
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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE FORMAÇÃO INICIAL E SABERES DOCENTES
Autor(es):
1
ALDA JUDITH ALVES MAZZOTTI
HELENICE MAIA GONÇALVES
TARSO BONILHA MAZZOTTI
FÁTIMA MARIA LEITE CRUZ
RESUMO GERAL
A formação do professor nas instituições de ensino superior, os saberes que veicula e os sentidos simbólicos que carrega é a
preocupação que perpassa os trabalhos desta mesa. O primeiro trabalho parte da constatação de que pesquisas têm
consistentemente indicado que professores que atuam nas primeiras séries ensino fundamental consideram os cursos de
formação excessivamente teóricos, pouco contribuindo para a orientação das práticas escolares. Buscando compreender como os
saberes aprendidos na formação são apropriados e como novos saberes são produzidos no cotidiano, este estudo investigou as
representações sociais de saberes da docência de 111 professores do primeiro segmento do ensino fundamental. A pesquisa
adotou a abordagem estrutural das representações utilizando três técnicas: teste de associação livre de palavras com
justificativas; análise de similitude e grupos focais. Os resultados indicaram, como elementos do núcleo central, conhecimento
(N=35) e prática (N=18). Conhecimento se refere, principalmente, aos conteúdos que o professor deve “transmitir” aos alunos e
também ao conhecimento do contexto (os alunos e sua realidade). Prática corresponde ao saber produzido no cotidiano escolar
por meio da experiência pessoal e da troca com alunos e colegas. No sistema periférico se encontram compromisso e formação
continuada (primeira periferia) e amor, dedicação e respeito (segunda periferia), os quais operacionalizam o núcleo central
conforme prevê a teoria e ratificam as justificativas dadas pelos professores . O segundo trabalho emerge das discussões sobre a
formação de professores nas diversas licenciaturas que têm colocado em evidência os saberes construídos pelos alunos desses
cursos e, mais especificamente, os de Pedagogia. Com o objetivo de identificar e analisar as representações sociais de saberes
da docência elaboradas por alunos desse curso, foi aplicado um teste de associação livre de palavras com justificativas, e um
questionário a 202 alunos do último ano de licenciatura em Pedagogia em instituições públicas e privadas localizadas em 10
diferentes municípios brasileiros. No que se refere à estrutura da representação, verificouse que o núcleo central é formado pelos
elementos conhecimento, pesquisa e formação continuada e no sistema periférico se encontram os elementos formação inicial,
flexibilidade, responsabilidade e amor. Quanto à gênese dessa representação, os resultados indicaram que os alunos parecem
objetivála no modelo da racionalidade prática e ancorála ora no modelo de professor reflexivo, ora no modelo do professor
mediador. O terceiro trabalho parte da observação de que os slogans "na prática a teoria não funciona" e "menos teoria, mais
prática” frequentemente encontrados em pesquisas sobre representações sociais de formação inicial e de trabalho docente, são
apresentados em oposição ao prescrito pelos teóricos da educação. Ao considerarem que o discurso dos teóricos não é utilizável
em suas práticas, os professores costumam recorrer à atitude pragmática, que busca resolver os problemas quando aparecem, e
é sobre ela que constroem as representações sociais que coordenam as ações dos grupos. Este estudo consiste em uma
contribuição metodológica que propõe uma análise daquelas representações para identificar os seus significados postos na
relação social, expondo o esquema argumentativo que sustenta o slogan “na prática a teoria não funciona” estreitamente
vinculado à demanda de “menos teoria, mais prática”. Para alcançar este objetivo realizouse uma análise retórica de corpora de
entrevistas de professores no âmbito das pesquisas acerca de representações sociais de formação de professores. Os
instrumentos analíticos foram os que se encontram sistematizados no Tratado da Argumentação de Chaïm Perelman e Lucie
OlbrechtsTyteca. Finalmente, o quarto trabalho investigou as relações entre Representações Sociais da docência universitária e
identidade profissional segundo professores de uma universidade pública. Entendemos que na identidade profissional docente
universitária as instituições de Educação Superior constituemse enquanto espaço de produção de saberes, de experiências, de
interrelações, de comunicações, de intenções e de operações simbólicas de sentido. A pesquisa buscou compreender os sentidos
compartilhados dessa construção e trajetórias, cuja polissemia influencia a escolha de novas gerações profissionais e traz
subsídios às condutas e às práticas sociais docentes. Participaram da pesquisa 187 professores de uma instituição pública e os
instrumentos adotados foram questionários de associação livre e entrevistas. Os resultados revelaram que a representação da
docência universitária como trabalho intelectual configura a identidade de intelectual ao professor que se reconhece pesquisador
pela complexidade do conhecimento que ensina, a qual requer formação continuada na área disciplinar, pedagógica, e
interlocução com seus pares.
Palavras chave: Representações sociais. Formação docente. Saberes docentes.
RESUMO 1
FORMAÇÃO E SABERES DA DOCÊNCIA:
REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES DO PRIMEIRO SEGMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL
ALDA JUDITH ALVES MAZZOTTI - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
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A preocupação com a precariedade da formação do professor, em especial a do que atua nas primeiras séries ensino
fundamental, vem de longa data. Pesquisas têm indicado que eles consideram os cursos de formação excessivamente teóricos,
pouco contribuindo para a orientação das práticas escolares. Inseguros diante da precariedade dessa formação,
responsabilizados pelo baixo desempenho dos alunos e desprestigiados socialmente, muitos professores passam a supervalorizar
a afetividade e a vocação em detrimento do que constitui o cerne da função docente, a saber, ajudar alguém a aprender algo,
orientado por conhecimentos confiáveis que confiram profissionalidade à docência e valorização ao magistério. Tardif, introdutor
da temática dos saberes docentes no Brasil, destaca a importância de se investigar os saberes efetivamente mobilizados pelos
professores em suas práticas, buscando compreender como aqueles aprendidos na formação são aplicados e transformados em
função dos limites e recursos disponíveis no cotidiano escolar e como são produzidos para atender às demandas desse cotidiano.
Buscando contribuir para essa discussão, este estudo investigou as representações sociais de saberes da docência de 111
professores do primeiro segmento do ensino fundamental de escolas públicas e privadas. A pesquisa adotou a abordagem
estrutural das representações proposta por Jean Claude Abric e foi realizada em três etapas. Na primeira foi aplicado um teste de
associação livre de palavras com justificativas; o tratamento desse teste utilizou o software EVOC e as justificativas às palavras
evocadas foram submetidas à análise categorial temática. Numa segunda fase foi realizada a análise de similitude utilizando o
software SIMI. Na última etapa, foram realizadas três grupos focais com 21 professoras (com oito, seis e sete sujeitos) e as falas
também foram submetidas à análise categorial temática. Os resultados do teste de associação livre indicaram os elementos que
provavelmente compõem o núcleo central da representação de saberes da docência, isto é, aqueles que apresentaram maior
frequência e foram mais prontamente evocados, foram conhecimento (N=35) e prática (N=18). Segundo as justificativas dos
professores, o termo conhecimento se refere, principalmente, aos conteúdos que o professor deve dominar para ensinar,
“transmitir”, “passar ” para os alunos, correspondendo aos saberes disciplinares na terminologia de Tardif. Além do conhecimento
do conteúdo, os professores destacam o do contexto (os alunos e sua realidade). O termo prática, também localizado no núcleo
central, corresponde ao saber produzido no cotidiano escolar por meio da experiência pessoal e da troca com alunos e colegas .
Mas para que o funcionamento do núcleo central possa ser melhor compreendido, é necessário relacioná-lo ao sistema periférico.
Assim, vemos que compromisso e formação continuada, que se encontram na primeira periferia, são coerentes com os elementos
conhecimento e prática e os operacionalizam, ou seja, o compromisso que os professores assumem com a formação de seus
alunos implica atualização constante de seus próprios conhecimentos, levando-os a valorizar a formação continuada com vistas à
obtenção de melhores resultados na prática. Note-se que o elemento compromisso apresenta frequência significativa (N=31)
revelando forte tendência à centralidade. Na segunda periferia se encontram, estreitamente relacionados, amor, dedicação e
respeito, os quais são coerentes com os elementos do núcleo central conforme indicam os sentidos veiculados nas justificativas:
amar o que se faz, respeitar o outro e dedicar-se ao trabalho são essenciais à prática docente e integram o compromisso
assumido pelos professores com a formação de seus alunos, o que requer conhecimentos que são adquiridos ao longo da
carreira. Para a segunda etapa do trabalho, a análise de similitude, as palavras mais evocadas no teste de associação livre foram
agrupadas em 11 categorias: conhecimento, prática, didática, compromisso, relacionamento, contexto, aprendizagem,
planejamento, formação continuada, formação inicial e pesquisa. Essas categorias foram submetidas ao software Similitude,
gerando a árvore máxima que expressa graficamente a centralidade e a conexidade dos elementos. A árvore indicou que a
categoria conhecimento parece ser a que organiza a representação, pois apresenta a maior conexidade com as demais. São oito
arestas, sendo sete delas muito significativas: quatro conexões muito fortes com prática, didática, compromisso e relacionamento;
duas conexões medianas com contexto e aprendizagem; e uma mais fraca com formação continuada. Os grupos focais, última
etapa da pesquisa, ratificaram e aprofundaram os resultados aqui relatados, permitindo concluir que conhecimento é o elemento
funcional da representação social de saberes da docência.
Palavras-chave: Representações sociais. Saberes da docência. Formação de professores.
RESUMO 2
“NA PRÁTICA A TEORIA NÃO FUNCIONA”: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE FORMAÇÃO INICIAL E TRABALHO DOCENTE
TARSO BONILHA MAZZOTTI - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Em pesquisas acerca de representações sociais de objetos próprios do trabalho docente a afirmação "na prática a teoria não
funciona" e "é preciso menos teoria e mais prática", referente aos cursos de formação inicial. Estas proposições têm sido objeto de
discussões entre os pesquisadores, principalmente geradas pelo fato de que não se sabe quais são os significados do que se diz
ser "teoria" e do que se lhe opõe, a "prática". O que aqui se apresenta é uma proposta de análise daquelas proposições que
permitirá identificar os seus significados postos na relação social. Assim, o objetivo desta comunicação é expor o esquema
argumentativo que sustenta o slogan “na prática a teoria não funciona” estreitamente vinculada à demanda de “menos teoria, mais
prática”. Para alcançar este objetivo foi realizada uma análise retórica de corpora constituídos por respostas de entrevistas com
professores no âmbito das pesquisas acerca de representações sociais de formação de professores, que justificam as tomadas de
posição ou atitudes dos entrevistados. Os instrumentos analíticos utilizados se encontra sistematizados no Tratado da
Argumentação de Chaïm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca. Verificou-se que os enunciados “na prática a teoria não funciona” e
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“menos teoria, mais prática” explicitam uma tomada de posição ou atitude pragmática acerca do fazer docente, a qual se opõe à
atitude “lógica” própria do discurso dito teórico. Este discurso acerca do fazer sustenta-se na atitude que busca estabelecer de
uma vez para sempre o modo de fazer, o que é incompatível com o caráter contingente das práticas, razão pela qual os práticos,
no caso os professores, adotam a atitude pragmática: resolver os problemas conforme apareçam. Estes, eventualmente, adotam a
atitude diplomática, a que adia a decisão na esperança de que as circunstâncias indiquem o que seria melhor fazer. A atitude
pragmática é o operador implícito dos slogans “na prática a teoria não funciona” e “mais prática, menos teoria”, que se opõem às
propostas de modificações do que fazem ou do que pretendem fazer. O slogan caracteriza-se por ser anônimo, muito conciso,
polissêmico e polêmico. O seu anonimato induz a supor que o afirmado é compartilhado por todos; a concisão torna-o de fácil
memorização e elocução; a polissemia permite que cada um o interprete segundo seus quadros conceituais e afetivos; por fim,
opõe-se a alguma proposta sem que seja necessário justificar-se. Os slogans no âmbito da Educação defendem alguma causa, o
que os diferencias dos lemas publicitários e propagandístico. Assim, os slogans "na prática a teoria não funciona" e "menos
teoria, mais prática" têm por referente os argumentos que estabelecem o desejável na educação escolar, que são muito amplos e
precisam ser adaptados às circunstâncias, requerendo a produção de suas representações sociais. Para isto os membros dos
grupos atualizam as regras de condutas gerais, ditas teóricas, reconstituindo-as para atenderem as necessidades e interesses
contingentes. Assim, a oposição não é entre a teoria e a prática indeterminadas, mas entre o idealmente prescrito, expressão da
atitude lógica, e o que se pode fazer nas circunstâncias. Os professores procuram resolver a incompatibilidade entre ambas as
atitudes afirmando que “na prática a teoria não funciona”; ou que a distância entre o sustentado na "teoria" e o que poderão fazer,
por meio do slogan "menos teoria, mais prática". Em ambos os casos se recorre à atitude pragmática, sobre a qual são
constituídas as representações sociais de escolarização, que permitem coordenar as ações dos grupos que precisam decidir o
que fazer na situação. A distância entre as atitudes lógica (teórica) e pragmática decorre do que que é desejável fazer em cada
situação e condiciona as dificuldades de comunicações entre os grupos do ditos teóricos e dos professores.
Palavras-chave: Representações sociais. Ideologia da escolarização. Atitudes diante de incompatibilidades.
RESUMO 3
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE SABERES DA DOCÊNCIA:
SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS POR ALUNOS DE CURSO DE PEDAGOGIA
HELENICE MAIA - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Discussões sobre a formação de professores nas diversas licenciaturas têm colocado em evidência os saberes construídos pelos
alunos desses cursos e, mais especificamente, os de Pedagogia. Estudos sobre o que eles sabem e/ou que devem saber são
relevantes por representar a possibilidade de compreender os elementos que irão estruturar seu trabalho como docentes, visto
que este requer do professor um fazer que atenda a diversidade de situações que ocorrem no cotidiano escolar articulada e
simultaneamente, não se reduzindo a uma função de transmissão dos conhecimentos já constituídos. Partindo desse
entendimento, essa pesquisa buscou identificar e analisar as representações sociais de saberes do professor elaboradas por 121
alunos que cursavam o último ano de licenciatura em Pedagogia em instituições públicas e privadas localizadas em 10 diferentes
municípios brasileiros (Duque de Caxias, Juiz de Fora, Maricá, Maceió, Mossoró, Natal, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, São João de
Meriti e São Paulo). A pesquisa foi desenvolvida em três etapas. Na primeira, foi aplicado um teste de associação livre de palavras
com justificativas, tendo como expressão indutora saberes da docência. O tratamento do teste foi realizado com o auxílio do
software EVOC, que permite identificar os possíveis elementos do núcleo central considerando a frequência e a ordem média de
evocação da palavra e levantar as primeiras hipóteses sobre a configuração da representação social, e do software SIMI, que
fornece uma organização sob a forma de gráfico – árvore máxima de similitude - que sintetiza o conjunto de conexões existentes
entre categorias estabelecidas a partir das palavras evocadas. Na segunda etapa, os mesmos alunos responderam a um
questionário contendo 15 perguntas abertas para que pudessem dar informações acerca de suas ideias, sentimentos, crenças,
interesses e opiniões a respeito de temas relacionados aos saberes construídos na formação inicial. Para verificar os resultados
encontrados, na última etapa, foi aplicado um questionário de perguntas abertas a 81 alunos de uma universidade particular
localizada na região dos lagos no Rio de Janeiro, referentes à Didática, disciplina apontada como a mais importante na formação e
para o trabalho do professor. Tanto as justificativas às palavras evocadas quanto as respostas dadas aos questionários foram
submetidas à análise de conteúdo. No que se refere à estrutura da representação de saberes da docência, verificou-se que o
núcleo central é formado pelos elementos conhecimento, pesquisa e formação continuada e no sistema periférico se encontra o
elemento formação inicial, flexibilidade, responsabilidade e amor. As palavras que estão na zona de contraste são variações
semânticas daquelas que compõem o núcleo central. Conforme a análise das justificativas para a associação dessas palavras à
expressão indutora, conhecimento está associado a domínio dos conteúdos que devem ser transmitidos aos alunos e que serão
aprendidos tanto na formação inicial quanto continuada, sendo grande a responsabilidade do professor para adaptar os
conteúdos, o que exige pesquisa, flexibilidade e amar o que faz, este último identificado como elemento da mediação da
aprendizagem. O teste de centralidade confirmou que conhecimento é o elemento que organiza a representação social de saberes
da docência, pois apresentou o maior número de conexões, sendo muito forte a conexão com relacionamento, prática, pesquisa e
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formação continuada. A prática está sendo construída na formação inicial e os alunos fazem referências a planejamento,
metodologia e relacionamento como fatores que norteiam uma prática eficaz, pois conduzem à aprendizagem dos alunos. Os dois
significados atribuídos pelos alunos a conhecimento ─ domínio de conteúdo e mediação ─ estão relacionados a conhecimento
teórico-científico e conhecimento técnico-prático que integram a Didática, constituindo uma ponte que liga prática e teoria. Com
relação à gênese da representação, os alunos parecem objetivá-la no modelo da racionalidade prática no qual o professor é
considerado um profissional que reflete sobre sua prática, entendida como um espaço de ação e reflexão, onde novos
conhecimentos são gerados e modificados, e ancorá-la ora no modelo de professor reflexivo, ora no modelo do professor
mediador, aquele que propicia a aprendizagem do aluno e promove a apropriação dos conteúdos ensinados.
Palavras-chave: Representações sociais. Saberes do professor. Alunos de curso de pedagogia.
RESUMO 4
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: AUTORECONHECIMENTO COMO INTELECTUAL DE
ATUALIZAÇÃO PERMANENTE
FÁTIMA MARIA LEITE CRUZ - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Apresentamos resultados da pesquisa que investigou as relações entre identidade profissional e Representações Sociais da
docência universitária segundo professores de uma universidade pública. Entendemos que a noção e o sentimento de identidade
se expressam em interseção com vários tipos de compartilhamento social, pessoal, educacional, profissional, político, sexual, de
gênero, cujos aspectos são engendrados enquanto construção social e sentidos simbólicos. Na identidade profissional docente
universitária as instituições de Educação Superior constituem-se enquanto espaço de produção de saberes, de experiências, de
interrelações, de comunicações, de intenções e de operações simbólicas de sentido. Buscamos na pesquisa compreender o
sentido compartilhado dessa construção e trajetórias, cuja polissemia influencia a escolha de novas gerações profissionais e traz
subsídios às condutas e às práticas sociais docentes. No que tange à identidade profissional, o conceito é híbrido e em interface
com várias áreas do conhecimento que o tangenciam e transversalizam seus construtos; constrói-se ancorada no significado
social que é atribuído às profissões em dada sociedade, e na reafirmação de práticas consagradas como uma herança delegada
às novas gerações. A pertença a um grupo se efetiva pelo compartilhamento do sistema de crenças, expressões e relações
permeadas de valores que referenciam a vinculação do sujeito a este grupo ou categoria profissional e tem implicações, tanto na
perspectiva da prática, quanto na dimensão simbólica que diferenciada o grupo, em relação aos demais. Por sua vez, a
representação social é também formulada socialmente e compartilhada se constituindo como uma realidade comum a um grupo
que se identifica e se diferencia de outros, a partir de sua afiliação e reconhecimento de pertença. Na pesquisa, os participantes
foram 187 professores que atuam em 3 campi e diferentes cursos de uma instituição pública e os instrumentos adotados,
questionários de associação livre e entrevistas. No perfil dos professores a maioria tem menos de 10 anos de atuação e a
profissionalização foi iniciada em faculdades privadas e na Educação Básica, o que consolida o sentido de carreira docente. Na
análise temática de conteúdo das entrevistas encontramos 3 eixos de sentidos. O eixo como o professor se reconhece na
profissão revelou relações das representações da docência e a construção da identidade profissional. Ao discorrerem sobre a
trajetória docente, a escolha pela profissão foi atribuída aos professores-formadores na graduação, que referenciam e inspiram,
através do exemplo. Ou seja, a identidade profissional é espelhada no outro, como eco que multiplica as práticas exitosas de seus
“mestres”. Nesta escolha validaram a convivência com o professor-formador, para além da sala de aula, e anunciaram a história
de vida entrelaçada à formação acadêmica e ao saber da área. A identidade profissional se mesclou à representação da docência
universitária no autoreconhecimento enquanto intelectual com necessidade de atualização permanente. Este sentido simbólico
hierarquiza a docência universitária em relação à docência na Educação Básica e, também, a universidade pública em relação às
faculdades privadas. A representação da docência universitária como trabalho intelectual configura a identidade de intelectual ao
professor que se reconhece pesquisador pela complexidade do conhecimento que ensina e, requer formação continuada na área
disciplinar, pedagógica, e interlocução com seus pares.
Palavras-chave: Identidade profissional docente. Docência universitária. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: ALDA JUDITH ALVES MAZZOTTI
Endereço: Rua Jardim Botânico, 742, apt 605 Jardim Botânico
Rio de Janeiro RJ CEP: 22640000 Email: [email protected]
1
- Universidade Estácio de Sá- UNESA
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PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE PELAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES
Autor(es):
1
ROMILDA TEODORA ENS
GISELE RIETOW BERTOTTI
JOCIANE EMÌDIA SILVA GERONASSO
MARIA DE FÁTIMA BARBOSA ABDALLA
RITA DE CÁSSIA PEREIRA LIMA
INÊS FERREIRA DE SOUZA BRAGANÇA
SUELY FERNANDES COELHO LEMOS
Para discutir “Profissionalização docente pelas representações sociais de professores”, reuniram­se três trabalhos que integram
três projetos de pesquisas alinhados com estudos sobre representações sociais e profissionalização docente. Pesquisas que
procuram compreender os processos políticos educacionais, históricos e sociais, que constituem a profissionalização docente, no
intuito de verificar como as representações sociais, articuladas a outros referencias teóricos, podem ser um instrumento de análise
significativo para a compreensão das construções sociais situando-as em contextos históricos. Estas investigações descrevem
pesquisas que se desenvolveram na PUCPR, UNISANTOS, UNESA/RJ, UERJ, IFF/Campos dos Goytacazes e CIERS-ed da
Fundação Carlos Chagas. A realização dessas pesquisas, pela unidade de análise comum, possibilitou investigar aspectos
específicos que permitiram a cada estudo ampliar seu escopo. Tais projetos, em suas investigações, tiveram por suporte teórico a
Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 1978, 1985, 2003, 2005, 2011a, 2011b, JODELET, 2001; SÁ, 1996) para a
análise da profissionalização docente. No trabalho intitulado “As representações profissionais de professores em formação: um
estudo sob a ótica da TRS”, a autora procura identificar elementos representacionais de professores em formação quanto às suas
representações profissionais. Destaca que as representações sociais, enquanto representações profissionais, assumem funções
como: articular com outras cognições, definir as identidades profissionais e orientar as condutas e guiar as práticas profissionais.
Constata que o processo de profissionalização ultrapassa a formação e a atuação docente, pois se trata de uma construção social
a respeito do sentido de ser professor e da própria profissão, e que está relacionada à identidade desse grupo social e de suas
relações, de modo a que se possa estimular uma cultura profissional no interior de uma cultura organizacional, seja ela da
Universidade e/ou da Escola. No trabalho “Teoria das representações sociais e abordagem (auto) biográfica: uma perspectiva
psicossocial para discutir profissionalização docente”, as autoras destacam, com base em dados empíricos obtidos, que a noção
de profissionalização docente fundamentou-se mais nos saberes da experiência do que nos saberes da formação acadêmica,
indicando cenários de significativas experiências na construção cotidiana do trabalho pedagógico e mostrando efetiva relação de
ensino-aprendizagem que caracteriza a prática do trabalho docente, mesmo que não profissionalizado em sentido estrito. O
enfoque psicossocial do estudo mostra a relevância de uma aproximação entre o campo da abordagem (auto)biográfica e o da
TRS para se pensar em trajetórias de vida, formação e trabalho docente, constituindo-se em potencial para avançar pesquisas em
ambas as áreas. No trabalho “Políticas docentes e profissionalização nas representações de professores egressos do PDE­PR”,
as autoras destacam que a “profissionalização docente” está ancorada aos dilemas, que postulam a formação inicial e continuada
como deficitária e que as definem como uma forma de atender às novas atribuições imputadas aos docentes. Elas apontam que
as representações sociais dos professores PDE-PR apoiam-se no discurso das políticas docentes brasileiras, que atendem aos
organismos multilaterais e adentram os anos 2000, tendo como discurso “profissionalizar o professor”, “políticas permanente de
estímulo à profissionalização”, “formação continuada como componente essencial da profissionalização docente”, aspectos que
conduzem à valorização profissional, aqui compreendida como alvo de luta e alcance individual. As pesquisas ao adentrarem a
processos políticos educacionais, históricos e sociais que constituem a profissionalização docente, verificando as representações
sociais de professores articulando-se a diferentes referenciais teóricos e pelo uso de diferentes instrumentos/procedimentos de
coleta de dados, apontaram serem as RS um instrumento de análise significativo para a compreensão das construções sociais
situando-as em contextos históricos.
Palavras chave: Representações sociais. Profissionalização docente. Abordagem auto(biográfica. Parfor/Gestão da
escola/PDE-PR.
Autor(a) Proponente: ROMILDA TEODORA ENS
Endereço: Rua Pará, 1479, ap 34 - Água Verde
Curitiba - PR CEP: 80610-020 - E-mail: [email protected]
1
- Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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EDUCAÇÃO FÍSICA, REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E A ESCOLA
Autor(es):
1
KADYDJA KARLA NASCIMENTO CHAGAS
PEDRO HUMBERTO FARIA CAMPOS
MARIA DE FÁTIMA F. DE VASCONCELOS
LUIZ TADEU PAES
MARIA DE LOURDES MORAIS FAGUNDES
RESUMO GERAL
A presente proposta apresenta a Mesa Redonda “Educação Física, Representações Sociais e Escola”, com o objetivo de
promover um espaço de debate acerca das práticas pedagógicas em Educação Física escolar, na perspectiva de respondermos
nossas inquietações em relação às representações sociais presentes no imaginário dos professores acerca do tema proposto.
Para tanto apresentamos quatro estudos que vêm contribuir com nosso diálogo: 1. Análise da ancoragem da representação social
da educação física escolar elaborada por professores desta disciplina nas teorias metodológicas da educação física: Este estudo
investigou a prática da Educação Física nas escolas segundo os princípios da Teoria das Representações Sociais na busca de
compreender esta disciplina por meio da identificação da ancoragem das representações sociais da prática da Educação Física
Escolar, identificadas em estudo anterior, nas abordagens teóricas desta disciplina; 2. A representação social de dar aula entre
docentes de educação física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte: O estudo investigou
professores de educação física do IFRN (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte) em torno
das representações sociais envolvidas com o objeto de estudo trabalho docente, partir de sua prática educativa no ensino médio e
superior sobre Dar Aula. Participaram desta pesquisa 50 professores de da área de Educação. O objetivo central é identificar a
representação social dos professores sobre Trabalho Docente a partir do termo indutor Dar aula; 3. Identificação da estrutura da
representação social da educação física escolar elaborada por professores de educação física: Neste estudo foi realizada uma
investigação da prática da Educação Física nas escolas sob a ótica da Teoria das Representações Sociais na busca de
compreender esta disciplina, em sua especificidade: “teoria-prática” por meio da identificação das representações sociais que os
professores de Educação Física elaboram de sua prática; 4. A representação social do lúdico na aula entre docentes do Instituto
Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Norte: O objetivo deste estudo foi analisar a representação social
do lúdico em sala de aula: entre docentes do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Norte,
buscando identificar seus elementos constituintes e compreender a dinâmica que dá funcionalidade à sua organização. Dessa
forma, a relevância da mesa redonda reside na necessidade de abertura de espaços de discussão e divulgação de estudos e
pesquisas que atravessem as relações entre educação física e a escola. Como desdobramentos, espera-se, com este evento, a
formação de uma cultura de pesquisas e reflexões, através do compartilhamento de investigações teóricas e práticas dentro dos
temas propostos, além da promoção de espaços de pesquisa e extensão ligados às práticas de ensino e aos processos de
formação.
Palavras-chave: Educação física. Representações sociais. Escola.
RESUMO 1
ANÁLISE DA ANCORAGEM DA REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ELABORADA POR
PROFESSORES DESTA DISCIPLINA NAS TEORIAS METODOLÓGICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Ms. MARIA DE FÁTIMA F. DE VASCONCELOS
Mestre Em Educação pela UNESA
Dr. PEDRO HUMBERTO CAMPOS
Prof. Dr. Titular da UNESA e PUC- Goiás
Este estudo investigou a prática da Educação Física nas escolas segundo os princípios da Teoria das Representações Sociais na
busca de compreender esta disciplina por meio da identificação da ancoragem das representações sociais da prática da Educação
Física Escolar, identificadas em estudo anterior, nas abordagens teóricas desta disciplina. Em estudo realizado nas produções
bibliográficas existentes constata-se um distanciamento entre o que é proposto em seu campo de conhecimento, na legislação
que orienta a esta prática e a realidade existente nas instituições de ensino. Além disso, estudos de Representações Sociais
mostram que esta é vista como uma disciplina de menor valor pedagógico em comparação com as demais disciplinas. Esta
pesquisa foi composta por etapas específicas com objetivo de análise da ancoragem da representação social da prática da
educação física escolar por professores de educação física identificada em estudo anterior, nas teorias metodológicas da
educação física. A ancoragem, diz respeito ao enraizamento social da representação à integração cognitiva do objeto
representado no sistema de pensamento preexistente e às transformações que, em consequência, ocorrem num e noutro. Não se
trata mais, como na objetivação, da construção formal de um conhecimento, mas de sua inserção orgânica em um pensamento
constituído. A representação sempre se constrói sobre um “já pensado”, manifesto ou latente. A “familiarização com o estranho”
pode, com a ancoragem, fazer prevalecer quadros de pensamento antigos, posições preestabelecidas, utilizando mecanismos
como a classificação, a categorização e a rotulação. Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram aplicados questionários a
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
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professores de Educação Física, atuantes em escolas públicas e privadas e os dados coletados foram tratados por métodos de
análise segundo a abordagem estrutural: análise de similitude. Os resultados obtidos em estudo anterior indicaram que a
Representação Social identificada está supostamente organizada com os elementos LÚDICO e DESENVOLVIMENTO como
centrais e ESPORTE, MOVIMENTO, CORPO e JOGOS como elementos situados no sistema periférico. Os dados obtidos no
estudo atual demonstram que a representação social identificada está ancorada nas abordagens metodológicas da Educação
Física DESENVOLVIMENTISTA e PSICOMOTORA, no entanto os professores entrevistados expressaram com ênfase elementos
relacionados à abordagem ESPORTIVISTA. Pôde ser percebida uma aparente contradição e inconsistência entre o discurso dos
professores e o que estes apresentam como elementos inerentes à sua prática, o que pode ser justificado pela adoção de um
discurso normativo por parte destes professores. A análise realizada por meio do método de similitude nos permite concluir que a
Educação Física escolar, para este grupo de professores está organizada em torno de uma prática que está a serviço do
DESENVOLVIMENTO, portanto da organização PSICOMOTORA do aluno e este desenvolvimento é promovido por meio de
estratégias LÚDICAS e ESPORTIVAS. Os conteúdos CRÍTICOS se fazem presentes no discurso dos professores como um ideal
de prática a ser concretizado, contudo estes conceitos não se encontram inseridos aos conceitos referentes às demais
abordagens e não são expressos em sua prática.
Palavras chave: Representações sociais. Educação física escolar. Educação.
RESUMO 2
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE DAR AULA ENTRE DOCENTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE
KADYDJA KARLA NASCIMENTO CHAGAS
Dra. em Educação pela UFRN
MARIA DE LOURDES MORAIS FAGUNDES
Especialista em Educação pela FADIRE
O estudo investiga professores de educação física do IFRN (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande
do Norte) em torno das representações sociais envolvidas com o objeto de estudo trabalho docente, partir de sua prática
educativa no ensino médio e superior sobre Dar Aula. Participaram desta pesquisa 50 professores de da área de Educação. O
objetivo central é identificar a representação social dos professores sobre Trabalho Docente a partir do termo indutor Dar aula. O
estudo é importante e significativo se considerarmos que as condutas profissionais não podem ser delineadas em toda a
complexidade sem se desvendar as representações sociais que os, próprios, professores têm do seu ser e fazer profissional. Para
a compreensão da complexidade que compõe o trabalho docente em nossos dias recorremos à breve revisão de autores pontuais
que analisam profundamente questões como formação e profissionalização docentes. A referência teórico-metodológica da
pesquisa é a teoria do núcleo central, na perspectiva de ABRIC (1998). O procedimento para coletar os dados foi a TALP (técnica
de associação livre de palavras) as evocações foram analisadas com o software EVOC 2000. Nesta comunicação são discutidos
resultados sobre a palavra estímulo Dar aula, cuja centralidade gira em torno do elemento conhecimento, significativo para os
docentes articulando-se às seguintes habilidades: o domínio, a produção, a troca e a transmissão de conhecimento em sala de
aula, para assumir com propriedade o caminho educativo a percorrer. Segue-se o elemento aluno, como centro da atenção, fonte
de inspiração, foco da atividade didática e agente de interação e participação. Na posição mais periférica encontram-se os
elementos conteúdo, ensinar e escola. Constata-se que a palavra professor não está presente em nenhum dos quadrantes do
gráfico do EVOC sobre a palavra estímulo Dar Aula, levando à indagação: Por que estes professores não se incluem na
centralidade da ação de dar aula? Com as análises constatamos que, através do termo indutor Dar aula, a centralidade da
representação social se organiza em torno do elemento aluno, o que equivale a afirmar que o núcleo central desta representação
social é o aluno. O gráfico obtido com o software EVOC indica ainda a ausência do elemento professor nas evocações dos
participantes da pesquisa, o que nos incita a questionar: por que os professores não se incluem na centralidade da ação de dar
aula? E mais: como elucidar o paradoxo entre o discurso circulante, e o cerne das evocações, visto que o pressuposto fundante
da literatura pedagógica se baseia na díade professor/aluno, dita indivisível na perspectiva interacionista de docência. Estando o
elemento aluno como núcleo central da representação social, e sendo este núcleo possuidor da função geradora e organizadora
da representação social, sugerimos que para estes professores, a cena da aula nos cursos profissionalizantes dispensa a
necessidade de uma assistência tão marcante, pois os alunos são jovens e adultos com relativa autonomia em suas escolhas e na
construção dos seus saberes discentes.
Palavras-chave: Trabalho docente. Representações sociais. Dar aula.
RESUMO 3
IDENTIFICAÇÃO DA ESTRUTURA DA REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ELABORADA POR
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
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Ms. MARIA DE FÁTIMA F. DE VASCONCELOS
Mestre Em Educação pela UNESA
LUIZ TADEU PAES
Prof.Adjunto da UFF
Neste estudo foi realizada uma investigação da prática da Educação Física nas escolas sob a ótica da Teoria das Representações
Sociais na busca de compreender esta disciplina, em sua especificidade: “teoria-prática” por meio da identificação das
representações sociais que os professores de Educação Física elaboram de sua prática. O estudo expôs a trajetória da Educação
Física nas escolas, trajetória essa marcada por contribuições diversificadas decorrentes de mudanças na legislação específica,
bem como nos avanços no campo de conhecimento desta disciplina desde o início de sua existência em instituições educacionais.
No entanto, estas mudanças não foram acompanhadas por alterações equivalentes em sua prática. Desta forma constata-se um
distanciamento entre o que é proposto em seu campo de conhecimento, na legislação que orienta esta disciplina e a realidade
pedagógica existente nas instituições de ensino. Além disso, estudos no campo da Teoria das Representações Sociais mostram
que esta é vista como uma disciplina de menor valor pedagógico em comparação com as demais disciplinas curriculares. A
hipótese formulada, portanto está organizada no princípio de que a identificação das representações sociais existentes desta
prática pode promover respostas em direção a uma prática cuja identidade possa estar mais definida. Para o desenvolvimento
desta pesquisa foram aplicados questionários a professores de Educação Física atuantes em escolas públicas e privadas, e os
dados coletados nestes questionários foram tratados por métodos de análise segundo a abordagem estrutural: análise das
evocações e similitude. Por meio da análise inicial a representação social identificada da prática da Educação Física encontrada
está supostamente fundamentada em elementos em torno do DESENVOLVIMENTO e do LÚDICO como elementos centrais e o
ESPORTE, CORPO, MOVIMENTO e JOGOS como elementos relacionados ao sistema periférico desta representação. Em uma
análise subsequente pudemos concluir professores demonstraram, por meio de um discurso elaborado, que estes identificam a
importância pedagógica da Educação Física escolar vinculada ao desenvolvimento humano que é propiciada por meio da prática
dos elementos esportivos inseridos em um ambiente lúdico. Os professores reconhecem ainda a importância das abordagens
críticas como um referencial de ideal, no entanto por meio de um discurso espontâneo estes demonstram claramente que a sua
prática é regida por referenciais desenvolvimentistas, psicomotores. Também foi identificado que o conjunto dos princípios
esportivistas ainda se apresenta com forte expressão nas práticas escolares. O que foi justificado pelos professores como uma
característica fundamental para a prática escolar, pois estes entendem que o esporte aplicado de forma lúdica favorece o
desenvolvimento do aluno. Os recursos lúdicos correspondem naturalmente a uma satisfação idiossincrática, pois o ser humano
apresenta uma tendência lúdica, desde criança até a idade adulta. Como as atividades lúdicas integram e acionam as esferas
motora, cognitiva e afetiva dos seres humanos, elas, ao trabalharem o lado emocional do aluno, influenciam diretamente o
processo de ensino e aprendizagem. Por meio deste estudo entendemos que é necessário que os professores de educação física
envolvidos no processo educativo, compreendam um ambiente lúdico que permita elucubrações, fantasias e uso da criatividade,
contribuindo para o desenvolvimento humano.
Palavras-chave: Representações sociais. Educação física escolar. Lúdico. Desenvolvimento humano.
RESUMO 4
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO LÚDICO NA AULA ENTRE DOCENTES DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,
CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE
KADYDJA KARLA NASCIMENTO CHAGAS
Dra. em Educação pela UFRN
MARIA DE LOURDES MORAIS FAGUNDES
Especialista em Educação pela FADIRE
O objetivo deste estudo foi analisar a representação social do lúdico em sala de aula entre docentes do Instituto Federal de
Educação, Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Norte, buscando identificar seus elementos constituintes e compreender a
dinâmica que dá funcionalidade à sua organização. O estudo é significativo se considerarmos que as condutas profissionais não
podem ser delineadas em sua complexidade sem se desvendar as representações sociais que os próprios professores têm do seu
ser e fazer profissional. A referência teórico-metodológica da pesquisa é a teoria das representações sociais. Participaram 107
professores de diversas áreas de conhecimento. Para a coleta dos dados foram utilizados como instrumentos: um questionário
perfil, que subsidia a caracterização dos sujeitos; a TALP- técnica de associação livre de palavras (ABRIC, 1994); o PCMProcedimento de Classificações Múltiplas (ROAZZI, 1995); questionário de resgate das memórias sensíveis dos sujeitos nas suas
vivências escolares da infância, adolescência, juventude e prática docente. Os dados do PCM, no qual a palavra de ordem na
classificação dirigida foi Dar aula, foram submetidos a análises estatísticas multidimensionais. Já a TALP foi analisada pelo
software EVOC 2000; o questionário perfil recebeu análises estatísticas descritivas e o questionário de memórias recebeu a
análise de conteúdo do tipo temática, segundo Bardin (2004). Em seu conjunto, os resultados apontam para uma representação
social de brincar (a brincadeira, a diversão, o tocar, o sorrir, a descontração) não é inerente à sala de aula. O lúdico puro ainda
cabe na escola, mas só no pátio, no recreio, nos intervalos, ou seja, fora do espaço-tempo da aula, pois a ludicidade que mora em
cada um de nós é totalmente estranho a esse mundo de sala de aula. Após fazermos a aproximação das ideias, percebemos três
discursos evidentes nos relatos dos docentes: o discurso da Dormência, no qual percebemos o distanciamento do docente em
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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relação ao lúdico, como componente facilitador no processo de aprendizagem; o discurso do Sentir, no qual conseguimos
perceber uma pequena aproximação com o sensível dialogado e proposto neste estudo; o Discurso da Reflexão, no qual os
docentes analisam, avaliam e estabelecem um discurso sobre a importância do lúdico na educação para o ensino médio, mas não
o efetivam em sua prática docente. Diante dos achados argumentados e defendidos nesta pesquisa, quais seriam as implicações
para a formação docente, na dinâmica da sala de aula? Os resultados da pesquisa demandam por uma mudança de cultura, não
só de formação, porque a escola assim está estruturada, nos seus espaço e tempos, bem como está a sociedade mais ampla na
dicotomia característica da nossa civilização ocidental. Este é o modelo de funcionamento da sociedade, mas existem movimentos
na tentativa de superação dessa dicotomia, com teorias e metodologias que propõe a visão do todo, da complexidade, aí
incluindo-se Moscovici (2003) e a Teoria das Representações Sociais. Essas dicotomias não existem no humano, elas são
construídas socialmente por conveniências várias, ao longo da história. Nesta perspectiva denota-se a necessidade de uma
educação que possibilite espaços e tempos de aprendizagem que ultrapassem à concepção restrita de transmissão de conteúdo
sistematizado, ao promover articulação entre os conhecimentos construídos na escola com os conhecimentos de mundo do aluno,
favorecendo assim, a construção de sujeito crítico e criativo, que aprende a analisar informações, questionando-as e procurando
constantemente realizar novas aprendizagens, bem como ter consciência de suas responsabilidades sociais.
Palavras-chave: Lúdico. Representação Social. Docência.
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EIXO 2 - EDUCAÇÃO, INSTITUIÇÃO E PROCESSOS EDUCATIVOS
OFICINA RS - ORAL
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TRAJETÓRIAS SÓCIO ESCOLARES E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE EDUCANDOS SOBRE A LICENCIATURA EM
EDUCAÇÃO DO CAMPO NA UFV
Autor(es):
1
LOURDES HELENA DA SILVA
JOSIANE DAS GRAÇAS CARVALHO
STHEFANI LOTI PAIVA LIMA
O Movimento da Educação do Campo é um movimento nacional que, construído pelos sujeitos coletivos do campo - organizações
e movimentos sociais, em parcerias com pessoas de instituições públicas, através de diversas articulações e mobilizações, tem
conquistado nas duas últimas décadas amplo espaço no meio acadêmico e na agenda política brasileira. Trata-se de um
movimento de conteúdo político e pedagógico que, buscando reagir ao processo histórico de exclusão social dos camponeses,
reivindica e luta por novas políticas públicas que garantam não apenas o acesso à educação, mas, fundamentalmente, a
construção de uma escola e de uma Educação do Campo. Uma das conquistas recentes do movimento foi a criação dos cursos
de Licenciaturas em Educação do Campo que, através do Edital MEC/SESU/SETEC/SECADI Nº 02/2012, foram implementados
em 42 universidades públicas brasileiras. Como um fenômeno novo e emergente em nossa sociedade, esses cursos de
Licenciaturas em Educação do Campo tem suscitado um conjunto de questões que, articuladas, compõem o Programa de Estudos
intitulado Sujeitos, Representações e Práticas Pedagógicas da Licenciatura em Educação do Campo - LICENA na Universidade
Federal de Viçosa. Integrante desse Programa de Estudos, a presente pesquisa Trajetórias e Representações sociais de
licenciandos em Educação do Campo sobre o LICENA/UFV, tem como objetivo analisar as trajetórias sócio escolares dos
educandos e suas representações sobre o curso, com destaque para a compreensão sobre a formação por alternância. Em
relação aos aportes teóricos utilizados, a noção de representação social (MOSCOVICI, 1978), assumiu uma centralidade na
pesquisa, pela sua contribuição para análise sobre os processos de construção de saberes do senso comum. Essa noção, por sua
vez, será explorada em articulação com a noção de trajetórias (BOURDIEU,1994) que, utilizada na análise das trajetórias sócio
escolares dos educandos, apresentam contribuições para a compreensão acerca dos percursos traçados pelos sujeitos que influi
em seus modos de sentir, pensar e agir, sendo também esclarecedoras das condições do contexto social e cultural nos quais as
representações sociais se constituem. Em termos a Alternância, enquanto uma dinâmica pedagógica, que objetiva desenvolver um
processo de formação dos educandos que integra tempos e espaços dos territórios da comunidade e da escola, nossas análises
serão orientadas pelo reconhecimento de diferentes práticas e modalidades de alternância existentes em nossa sociedade
(SILVA, 2003). Metodologicamente, a relativa novidade dos cursos de Licenciaturas em Educação do Campo no Brasil, e a
ausência de estudos e análises sobre essas experiências educativas, levaram-nos a favorecer um contexto de descoberta. Assim,
a pesquisa qualitativa apresentou-se como a mais apropriada para sondar e apreender este "objeto novo" ao permitir, mais que
medir a sua amplitude e confirmar sua universalidade, revelar suas singularidades. Sob esta perspectiva, os procedimentos
técnicos utilizados para a coleta de dados irão conjugar a pesquisa documental, a aplicação de questionários e a realização de
entrevistas semi-estruturadas. Enquanto a utilização do questionário tem como objetivo a caracterização sócio profissional dos
educandos da LICENA/UFV e a compreensão de suas trajetórias; a realização das entrevistas tem como objetivo a identificação
de suas representações sociais sobre o curso e a dinâmica do processo de formação por alternância. Na escolha dos
entrevistados, utilizaremos a representatividade dos grupos investigados, usualmente designada como amostra intencional
(THIOLLENT, 1986). Na interpretação dos dados obtidos, utilizaremos o método de análise de conteúdo, apoiando-nos nas
proposições desenvolvidas por Bardin (1977). No presente trabalho, submetido na modalidade Simpósio na IX Jornada
Internacional de Representações Sociais/JIRS e XII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais/CBRS, utilizaremos
dados parciais e preliminares da pesquisa bibliográfica realizada junto ao Banco de Teses da CAPES, cujo proposito foi identificar
e analisar as produções teóricas nacionais, particularmente do período de 2010 a 2014, que investigam as representações de
estudantes de cursos de licenciaturas. Os resultados dessa etapa da pesquisa nos revelaram, entre outros aspectos, um conjunto
de representações sociais que contribuíram não apenas para a construção da identidade dos profissionais que atuam com a
Educação do Campo, mas também que revelam indícios sobre novos processos educativos na formação dos licenciandos em
Educação do Campo.
Palavras chave: Licenciatura em educação do campo. Representações sociais. Trajetórias sócio escolares. Alternância.
Autor(a) Proponente: LOURDES HELENA DA SILVA
Endereço: Rua José Valentino da Cruz, 54 Bloco D, Apto 302 - Centro
Viçosa - MG CEP: 36570-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Viçosa- UFV
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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA AIDS ELABORADAS POR ADOLESCENTES ESCOLARES
Autor(es):
1
OLÍVIA DIAS DE ARAÚJO
VICTOR HUGO ALVES MASCARENHAS
DANIELLA LEAL DE CARVALHO
INEZ SAMPAIO NERY
Para estudar uma doença e suas implicações quanto a saúde pública, deve-se lançar mão de aspectos psicossocioculturais, ao
possibilitar o entendimento quanto ao comportamento da sociedade diante da enfermidade. Os estudantes de Ensino Médio
tornam-se um grupo importante em meio à pesquisa, devido ao fato de estarem em sua maioria na adolescência, faixa de idade
em que há o início da vida sexual. Por isso, é importante que tenham consciência sobre a doença e suas implicações, para agir
em sua prevenção, reformular a visão e promover o cuidado. Uma representação social elabora-se de acordo com dois processos:
ancoragem e objetivação. Esses processos são importantes para tornar-se um fenômeno, ou seja, uma representação social,
como um conhecimento que é transformado e partilhado pelo senso comum. O primeiro processo, o da ancoragem, se caracteriza
por tentar ancorar ideias estranhas e colocá-las em um contexto familiar. Já o processo de objetivação une a ideia do não-familiar
com a realidade, reproduzindo um conceito em imagem, porém nem todas as palavras podem ser ligadas a imagens, seja porque
são insuficientes ou são tabus. Inserir as Representações Sociais no contexto da Aids significa construir formas de pensar e
explicar a doença como objeto social, uma vez que as representações buscam apreender como os grupos sociais entendem
determinados fenômenos. Nessa perspectiva, a Teoria das Representações Sociais facilitará a compreensão, no contexto da Aids,
como os diferentes grupos elaboram estas representações a partir de sua visão de mundo. E são exatamente essas explicações
que vão dar sentido às ações preventivas no cotidiano. Este estudo objetivou conhecer as representações sociais da Aids sobre
um grupo de estudantes do ensino médio em Teresina. Participaram do estudo 70 estudantes de um colégio público, com idades
entre 15 e 19 anos, independente do estado sorológico, todas concordaram em participar do estudo e assinaram ao Termo de
Assentimento Livre e Esclarecido. O cenário constitui-se de duas escolas públicas da Zona Norte da cidade de Teresina – PI. Os
dados foram obtidos por meio de entrevistas diretivas e por um instrumento que direcionava as repostas e registrava os dados. O
material textual sobre o significado do tratamento foi analisado pelo software IRAMUTEQ. O estudo recebeu aprovação do Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí, conforme parecer nº 06884612.0.0000.5214. A pesquisa em si,
extrai da mente dos sujeitos os verdadeiros pensamentos que advém da enfermidade, resultados muitas vezes das vivências,
expõe posicionamentos, descrições, crenças, conhecimentos e traumas. A análise das respostas criou uma associação das
palavras, separadamente em grupos dos estímulos indutores. Relacionado à prevenção da doença as palavras com maior
destaque foram preservativo e atenção. Quanto ao tópico de transmissão, observou-se a associação positiva entre as palavras
sexo, sangue e secreção. De forma significativa, alguns pensamentos errôneos foram obtidos pela associação de beijo e tosse em
relação à doença. Como a maioria das outras pesquisas, as palavras medo e morte também foram muito encontradas, por
fazerem parte do imaginário social, caracterizam os pensamentos subjetivos trazidos pelo tema, uma imagem muito negativa em
relação à expectativa de vida pessoal. Concluiu­se que ainda estão ligados à Aids as ideias de “doença dos outros” e “viagem sem
volta”. A iniciação da vida sexual é algo que torna a classe mais suscetível à doença, a educação sexual e as características
intrínsecas da adolescência dificultam a preocupação do público-alvo em relação à doença. As Representações Sociais da Aids
elaboradas por escolares possibilitaram a apreensão de processos e mecanismos através dos quais os sujeitos constroem o
sentido da epidemia em suas realidades cotidianas. Deste modo, espera-se que os resultados dessa pesquisa sirvam como base
para programas de prevenção da Aids não apenas para as escolas, mas também a saúde dos diversos setores da sociedade,
uma vez que a doença se tornou uma realidade nos dias de hoje.
Palavras chave: Aids. Representações sociais. Escolares.
Autor(a) Proponente: OLÍVIA DIAS DE ARAÚJO
Endereço: Bloco Mocambinho - Setor A, 17 - Mocambinho I
Teresina - PI CEP: 64010-060 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Piauí- UFPI
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
192
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA INFECÇÃO HOSPITALAR PELOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE
Autor(es):
1
LORENA KAREN DE MORAIS MOURA
ANAÍTA DE SOUSA ROCHA NETA
KAREN FORMIGA
CARLOS HENRIQUE RIBEIRO LIMA
Introdução:Infecção hospitalar é aquela adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta quando essa
infecção estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar.A grande quantidade de profissionais que
manuseiam o recém-nascido, e os procedimentos invasivos fazem com que eles sejam expostos à infecções
hospitalares.Objetivo:analisar a estrutura da representação social a atuação dos profissionais da área de saúde no setor de
neonatologia com relação ao emprego correto das normas de biossegurança indispensáveis para o exercício da função a que são
designados.Método:Foram selecionados 65 profissionais da área de saúde que atuam em equipe multidisciplinar em unidades
neonatais de alto e médio risco de uma maternidade pública na cidade de Teresina-PI, no período de fevereiro à abril.A coleta de
dados constituiu-se na aplicação de um questionário semi-estruturado fechado de 8 (oito) questões relacionadas a aplicação das
normas
de
biossegurança.
Os
dados
foram
analisados
através
da
estatística
descritiva
simples
e
tabulados.Resultados:Teoricamente, um dos papéis desempenhados pelos elementos de uma representação social é
contextualizar, na prática,o objeto que está sendo representado,uma maneira de pensar e interpretar a realidade cotidiana,uma
forma de conhecimento da atividade mental desenvolvida pelos indivíduos e pelos grupos.A equipe fixa de profissionais da saúde
é composta por 10 fisioterapeutas (16%), 10 médicos (16%), 25 técnicos de enfermagem (38%), 18 enfermeiros (28%), 1
psicólogo (1%), 1 fonoaudiólogo (1%), sendo a sua maioria do gênero feminino (74%) e masculino (24%), com média de idade de
42 anos e tempo de formação de 13 anos. O tempo de atuação profissional na UTIN e UCIN apresentou uma média de 12 anos,
levando-se em consideração as duas unidades estudadas. A maioria da equipe realiza trabalho em escalas de horários
pré-determinados desempenhando a sua profissão nos horários diurnos, noturnos e em plantões de 12 h e 24 h. Notou-se que os
profissionais tinham conhecimento dos riscos da problemática da infecção hospitalar, mas não utilizavam todos os equipamentos
de proteção individual, havendo resistência quanto à retirada das jóias, anéis, relógios, pulseiras e entre outros, sendo estes
vetores e disseminadores de microrganismos. Expondo assim, os profissionais e o recém-nascido ao risco de
contaminações.Conclusão:Após análise dos dados, notou-se que os profissionais da área de saúde, engajados no cuidar do RN,
possuem um bom conhecimento das medidas de prevenção e controle das infecções hospitalares, apesar da grande maioria não
ter cursos de aperfeiçoamento sobre a problemática da infecção hospitalar, necessitando um investimento nessa área e melhoria
na qualidade do atendimento e manuseio seguro do RN.Quanto à utilização dos EPI´s é necessário um trabalho de constante
vigilância e esclarecimento quanto à importância da utilização desses equipamentos, como forma de evitar infecção hospitalar.
Tendo em vista que houveram casos, como: uso de luvas estéreis, máscara, touca; Alguns profissionais responderam que os
utilizavam, quando na prática não o faziam, como observado.Diante do presente estudo, é importante enfatizar que alguns
profissionais demonstravam, ao responder o questionário, saber dos riscos da contaminação, mas não colocavam em prática na
sua rotina. Sendo necessário um trabalho de educação permanente, capacitação da equipe de saúde aliada a uma vigilância
epidemiológica, para que possa cada vez mais minimizar os riscos de infecção hospitalar.
Palavras chave: Infecção hospitalar. Prevenção. Neonatologia.
Autor(a) Proponente: LORENA KAREN DE MORAIS MOURA
Endereço: Rua Miosótis,205.Condomínio Fontana di Trevi - Joquei
Teresina - PI CEP: 64048-130 - E-mail: [email protected]
1
- Centro Universitário Uninovafapi
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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193
INFLUÊNCIA DA AFETIVIDADE NA TRANSIÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO: RELATO EM PSICOLOGIA ESCOLAR
EDUCACIONAL
Autor(es):
1
DÉBORA CARVALHO CARDOSO VITORINO
MILENE MARTINS
ÁDILO LAGES VIEIRA PASSOS
As análises das perspectivas escolares exigem uma ampla visão da dicotomia existente entre influências grupais e individuais de
cada sujeito pertinente no processo de aprendizagem. Fazendo diálogo com as afirmações de Moscovici (1961), percebe-se que o
sujeito é parte ativa nesse processo, considerado construtor da sua realidade social e nela construído. Dessa forma, o sujeito
trona-se algo além de processador da realidade e de simples espectador, pois remodela, organiza e categoriza as informações as
quais é confrontado. No ambiente escolar, o aluno vê-se confrontado por diversas percepções sociais que moldam a sua realidade
e que influenciam no seu comportamento grupal. Considerando essas percepções grupais como fontes importantes para a vida do
adolescente é interessante analisa-la na perspectiva das representações sociais. Nesse ponto, o foco para o trabalho de análise
do contexto do presente no trabalho é a afetividade, que nessa fase da vida, interfere de modo significativo no desenvolvimento do
adolescente. A percepção que este tem diante de sentimentos e emoções são constituídas ao longo da vida e são formadas a
partir de percepções grupais com as pessoas que estão presente no seu cotidiano. Percepções e representações que para o
sujeito podem interferir no processo de ensino-aprendizagem e, principalmente, no sucesso dos alunos na transição para o Ensino
Médio. Diante disso, percebe-se que o processo de ensino é pautado pela aquisição de conhecimento e competitividade escolar,
porem o sistema de ensino acaba excluindo a articulação entre o domínio cognitivo e o afetivo. No ambiente escolar a afetividade
pode auxiliar na superação de dificuldades frequentes entre alunos, pais e professores. Visando soluções é imprescindível que
ações sejam realizadas para compreender a afetividade, pois se não satisfeita surgem barreiras que dificultam o ensino e podem
provocar a reprovação do aluno. Este trabalho relata a experiência de estágio em Psicologia Escolar Educacional em uma escola
particular na cidade de Teresina-PI, ao longo de um ano letivo, destacando os fatores afetivos existentes nas relações no
ambiente escolar que são indicativos de influências na transição e de sucessos e fracassos na aprendizagem. Para tanto,
buscou-se compreender a importância dos aspectos afetivos que são indicativos de influência na transição para o Ensino Médio.
Buscou, ainda, identificar a relevância dos fatores afetivos entre aluno-professor na aprendizagem, bem como, verificar a relação
entre sentimento e comportamento nas ações em sala de aula e enumerar expectativas e medos dos alunos com relação às
mudanças previstas para essa fase. As atividades foram desenvolvidas nas turmas de 8 e 9º ano, com encontros semanais. Os
temas trabalhados envolveram a afetividade, englobando as áreas dos relacionamentos, estudos, perspectivas e dificuldades.
Foram realizadas exposições de vídeos, dinâmicas, vivências e confecção de trabalhos. A cada atividade era disponibilizado um
tempo para a verbalização dos alunos sobre percepções e sentimentos provenientes dos temas. No decorrer das atividades o que
se verificou é que os alunos acreditam que essa é uma nova etapa da sua vida que requer bastante dedicação. Diante disso,
surgem medos e preocupações. Esses medos, bastante relatados em sala de aula, referem-se aos pais, a sua própria vida e aos
amigos. Além disso, acreditam que quanto mais próximo é um professor maior é a facilidade de contato e melhor é o
aproveitamento da disciplina. Acreditam que os professores desconsideram os seus sentimentos por considera-los como
problemáticos por causa da adolescência. Um ponto importante é que vários alunos apresentam uma profissão planejada para o
futuro e relataram não apresentar dificuldades com relação à escolha profissional, porém alguns com percepção distorcida das
profissões. O ponto principal de discussão do trabalho esteve vinculado a compreensão de que forma a representação social da
afetividade interfere na transição para o Ensino Médio e na escolha profissional. As ideias e conceitos foram relacionados à Teoria
das Representações Sociais de Moscovici (1925-2014). A discussão sobre a afetividade e os problemas, em virtude da
valorização do ensino somente para aquisição de conhecimentos, possibilitou constatar importância da visão dos alunos como
seres humanos repletos de sentimentos, valores e atitudes provenientes do seu ambiente social, biológico e familiar. Além disso,
possibilitou dar sentido a sua realidade social, organizar, produzir identificações e orientar as condutas que fazem das
representações sociais importantes alicerces dos adolescentes nesse contexto e nessa fase da sua vida.
Palavras chave: Afetividade. Representações. Psicologia. Ensino médio. Transição.
Autor(a) Proponente: DÉBORA CARVALHO CARDOSO VITORINO
Endereço: Rua Melvin Jones - Piçarreira
Teresina - PI CEP: 64055-420 - E-mail: [email protected]
1-
Facid Devry Brasil
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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194
EIXO 3 - ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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195
A ESPIRITUALIDADE E A RELIGIOSIDADE DE PESSOAS QUE VIVEM COM O HIV/AIDS: UM ESTUDO DE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Autor(es):
1
ANTONIO MARCOS TOSOLI GOMES
SERGIO CORREA MARQUES
VIRGÍNIA PAIVA FIGUEIREDO
EDUARDO PEREIRA PASCHOAL
A espiritualidade e a religiosidade são dimensões presentes na vida humana em diversos momentos do seu desenvolvimento, mas
ganha especial importância no contexto do processo saúde-doença, onde o sofrimento e a possibilidade de morte se fazem
presentes de um modo mais intenso. No que tange à relação entre espiritualidade/religiosidade e o processo saúde-doença, o
HIV/Aids se mostra, na atualidade, com determinadas particularidades, em função do estigma, do preconceito, da morte civil e
simbólica e da ideia ainda presente do castigo divino em sua origem na humanidade e nas histórias de cada sujeito. Neste
sentido, este estudo tem como objetivo analisar as representações sociais da espiritualidade e da religiosidade para pacientes que
vivem com o HIV/Aids. Trata-se de de um estudo qualitativo, baseado na teoria de representações sociais em sua abordagem
estrutural. Desenvolvido em um ambulatório especializado ao atendimento à pessoa que vive com o HIV/Aids de um hospital
universitário da cidade do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados através da técnica de evocação livre aos termos indutores
espiritualidade e religiosidade a 100 pacientes que realizam o seu tratamento nesta instituição. A análise se deu a partir do quadro
de quatro casas de Vergès. Os resultados apontaram que a estrutura da representação social da espiritualidade teve, como
elementos constituintes do possível núcleo central, léxicos como fé (maior frequência da análise), Deus e paz, enquanto a de
religiosidade, fé (também maior frequência da análise) e Deus. Na zona de contraste, ambas as representações possuem, como
elementos comuns, as palavras acreditar, crença e esperança, enquanto espiritualidade ainda comporta família, religião,
não-acredito e respeito. Na primeira periferia, ambas as representações comportam amor, enquanto espiritualidade ainda
apresenta confiança e Jesus, enquanto na segunda periferia, força é comum a ambas, enquanto espiritualidade tem sua
especificidade com os elementos vida, ajuda, dedicação, caridade, segurança e aceitação. Por sua vez, religiosidade ganha estes
contornos com os léxicos estudo, paz, confiança e oração, mesmo que se destaque que paz e confiança se localizam em outros
quadrantes da representação da espiritualidade. Pode-se considerar que a representação da religiosidade encontra-se inserida na
da espiritualidade, o que pode significar uma representação não autônoma por parte da primeira, ou que a segunda caracteriza-se
por ser abrangente o suficiente para englobar a religiosidade, como apontam determinados autores. O binômio fé-deus organiza
ambas as representações, apontando a centralidade de dimensões relacionadas ao transcendente (deus) e à força que se liga às
possibilidades do devir (fé), ao mesmo tempo em que a espiritualidade comporta, em si, a contradição entre a crença e a não
crença. Na periferia das representações, os termos evocados mostram uma forte relação com a prática cotidiana, mas chama a
atenção o fato de que esta prática mostra-se marcada pela interrelação humana na espiritualidade, enquanto na religiosidade
encontra-se perpassada pela necessidade de maior compreensão racional do fenômeno ou por atos de piedade. Nota-se, ainda, a
ausência de elementos relacionados à resolução imediata e milagrosa acerca da situação de adoecimento. Conclui-se a
necessidade de continuidade do estudo para que se possa compreender melhor as relações estabelecidas entre as
representações de espiritualidade e de religiosidade e as suas influências no cotidiano das pessoas que vivem com o HIV/Aids e
seus familiares. Considera-se que a melhor compreensão destas representações possam fornecer subsídios aos profissionais de
saúde para que permitam um maior espaço de ressignificação do processo saúde-doença com os pacientes, bem como a
construção de sentido destes ante o absurdo do diagnóstico e para a vivência cotidiana da síndrome.
Palavras chave: Espiritualidade. Religiosidade. HIV/Aids. Representações sociais. Pesquisa qualitativa.
Autor(a) Proponente: ANTONIO MARCOS TOSOLI GOMES
Endereço: RUA MARTINS LAGE, 331 APT 510 - ENGENHO NOVO
Rio de Janeiro - RJ CEP: 20780-110 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado do Rio de Janeiro- UERJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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196
PRECONCEITO RELIGIOSO E RELAÇÕES INTERGRUPAIS: O CASO DA INVASÃO EVANGÉLICA AO TERREIRO DE
UMBANDA EM RECIFE
Autor(es):
1
RENATA LIRA DOS SANTOS ALÉSSIO
LASSANA DANFÁ
A religião tem sido uma instância social de grande importância para explicar o mundo. Em todas as sociedades ela existe guiando
as ações humanas através de prescrições (isso pode) e restrições (isso não pode). Tem sido considerada por muitos estudiosos
da Psicologia Social, incluindo Moscovici, uma condição necessária para existência da sociedade, opondo o sagrado do profano.
Trata-se de uma atividade na qual a massa se reúne em torno de um ou mais objetos comuns, podendo cristalizar emoções
intensas como: euforia, exaltação e elação, e por vezes até violência. Tem sido fonte de diversos conflitos inter- grupais e até
inter-étnicos, opondo as religiões monoteístas (islamismo, cristianismo e judaísmo) que têm uma hegemonia histórica, às religiões
politeístas e de origens afro. Estas religiões, às vezes pejorativamente tratadas como religiões do “diabo” ou do mal e até tidas
como não religião, sendo por isso, consideradas estranhas, distantes e excêntricas. A partir da análise de comentários on-line de
leitores de um jornal em relação à invasão de fieis evangélicos a um terreiro da umbanda, na cidade do Recife, o presente
trabalho tem como objetivo examinar a manifestação de preconceito religioso e de conflito intergrupal. Buscamos ainda entender o
imaginário construído sobre religiões de matriz africanas, comumente tidas como satânicas, idólatras e falsas a partir dos
comentários do público leitor deste jornal. Sessenta e dois comentários dos leitores do site do Jornal de Commercio foram
analisados com ajuda do software Alceste (análise lexical contextual de um conjunto de segmentos de texto), visando apreender
os campos léxicos. Como variável, utilizamos a religião (identificada a partir da declaração explícita do leitor). A análise feita pelo
Alceste proporcionou a emergência de quatro classes:: a primeira classe traz a divergência acerca da veracidade da invasão, do
deus cultuado pelos umbandistas e a violência religiosa, surgindo expressões como: agressão, provas, macumbeiros. Esta classe
é marcada por pessoas que declaram uma religião, que questionam a veracidade da invasão e a umbanda como fé. Na segunda e
terceira classe emergiram conteúdos ligados ao repúdio do ato cometido pelos evangélicos que estavam na invasão, fazendo
referência à punição divina do ato violento contra o próximo, surgindo expressões como: evangélicos violentos, gente ignorante,
inferno, absurdo. Na quarta e última classe emergiram conteúdos que incitam o amor ao próximo e respeito por qualquer
manifestação religiosa, surgindo expressões como: respeito, próximo, direito, amor.Posicionamentos conflitantes sobre a invasão
(questionando a existência do fato, a sua pertinência) parecem refletir diferentes representações sobre as religiões. Neste sentido,
vimos duas representações conflitantes acerca da religião umbanda. Na primeira representação vimos à ligação da umbanda ao
satanismo e ao inferno, expressa por pessoas que declaram religião, notadamente cristã e evangélica e que questionam a
veracidade da invasão ou mesmo que apoiam o ato. A segunda representação, expressa pelos não religiosos,atribui valor à
religião umbandista e apela ao amor ao próximo e respeito à diversidade religiosa e de crenças, condenando o ato em
questão.Este mesmo grupo apresenta uma representação acerca da religião evangélica calcada em ideias como oportunismo,
ignorância, exploração financeira aos fieis e a intolerância com relação às outras religiões, sobretudo as de matriz africana.
Observamos assim que o conteúdo das representações sociais acerca das religiões organiza as tomadas de posição dos grupos
em relação à invasão relatada pelo jornal. Estes conteúdos aparecem diretamente ligados às relações entre grupos, pois servem
para delimitar a especificidade e a identidade de cada grupo e para justificar ações e visões de mundo. Avaliação: O trabalho
responde aos requisitos formais exigidos. Alguns problemas na escrita, mas de pouca importância. Quanto ao mérito: é
interessante, dá conta do que se propõe, trata de um tema importante, aborda o tema de maneira suficiente para que se possam
ver e entender as representações sociais presentes no fenômeno. Poderia explicitar mais a segunda e terceira classe - só
menciona, mas não exemplifica: porque duas, se não as distingue e define.Mas o trabalho está bom.
Palavras chave: Evangélicos. Religião. Preconceito. Umbanda. Representação social.
Autor(a) Proponente: RENATA LIRA DOS SANTOS ALÉSSIO
Endereço: R Dom Sebastião Leme, 57 / 301 - Graças
Recife - PE CEP: 52011-160 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Pernambuco-UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
197
EIXO 4 - FAMÍLIA, GÊNERO E SEXUALIDADE
GRUPOS DE DISCUSSÃO TEMÁTICO – GDT
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
198
A PATERNIDADE NOS MESES INICIAIS DE VIDA DO PRIMEIRO FILHO
Autor(es):
1
MIRIAN BECCHERI CORTEZ
NAYARA WIEDENHOEFT CARVALHO
ZEIDI ARAUJO TRINDADE
GUSTAVO SILVA SOUZA
O nascimento de uma criança exige um processo de adaptação tanto para a mulher quanto para o homem. Entretanto, as ações
dos profissionais de saúde geralmente são voltadas às mães, dificultando, por vezes, a compreensão das demandas paternas e a
disponibilização de serviços voltados aos pais. A falta de apoio aos pais nos serviços de saúde reflete o afastamento já
identificado do homem desses serviços de cuidado por vezes justificado por representações sociais de homem/masculino (menos
cuidadoso e fisicamente mais forte/resistente). Essas representações, presentes em toda nossa sociedade, são reproduzidas por
homens e mulheres nos mais diversos grupos e contextos e, comumente, afastam ou limitam as ações de atenção e cuidado do
homem-pai – considerado 'apenas' o provedor e, por ser homem, alguém menos afetivo e/ou com 'menos jeito' para ações de
cuidado. Tais representações e práticas profissionais tendem a reduzir o campo de ação dos homens-pais e, com isso, podem
prejudicar a ele e a sua família, afetando a qualidade da relação conjugal e da formação de vínculo entre pais e filhos. Assim, esta
pesquisa objetivou compreender as representações sociais e experiências de homens sobre paternidade, especificamente durante
os quatro meses após o nascimento de seus primeiros filhos. Foram entrevistados individualmente seis homens adultos residentes
nas cidades da Grande-Vitória/ES, a partir de um roteiro semiestruturado. Os dados foram analisados a partir da proposta de
análise de conteúdo temática. Os resultados foram divididos em temas e recompostos em quatro categorias, as quais configuram
diferentes aspectos que configuram a representação social de ser pai e da paternidade. 1)“Chegada do bebê”, é uma categoria
relacionada, principalmente, aos sentimentos de inclusão-exclusão do pai desde o nascimento de seu filho até horas seguintes ao
nascimento; 2)“Sentidos e experiências sobre o papel de pai”, foi categoria intuída a partir de dois temas que se interrelacionavam: o primeiro relativo a elementos relativos à garantia do futuro educacional, moral, afetivo e financeiro do filho e da
figura do pai como o “porto seguro” do filho, que lhe oferece um tipo especial de segurança; o segundo tema se refere aos
elementos afetivos da paternidade (sentimentos de satisfação em ser pai e concepção de tarefas não apenas como obrigação,
mas também de cuidado); 3)“Mudanças e transformações advindas com o nascimento do bebê”, apresenta mudanças
identificadas durante esse período na vida dos participantes, considerando transformações individuais (aumento da
responsabilidade, maturidade) e relacionais (redução de encontro com amigos e maior atenção à família); 4)“Experiências sobre o
apoio à paternidade”, inclui as formas de apoio percebidas por esses pais, bem como os tipos de apoio oferecidos pelos grupos do
qual faz parte. Esta análise revela diversos elementos relacionados à paternidade e ao “ser pai”. Verifica-se que, ainda que
elementos representacionais tradicionais de paternidade e masculinidade permaneçam (trabalhador, provedor financeiro, de
regras e de segurança), há também a presença de mudanças nas representações e, consequentemente, nas práticas de
paternidade. Nota-se, principalmente, o destaque das falas a aspectos afetivos (preocupações, frustrações e satisfações) e de
vínculo emocional tanto na descrição da participação do pai durante parto e como também em seu envolvimento diário com o
bebê e sua parceira. O impacto dos elementos afetivos da representação de paternidade nas práticas paternas se revelou também
na participação dos pais durante o procedimento de parto e nos sentimentos de inclusão/exclusão ao longo deste. Além de uma
obrigação masculina e paterna para com o provimento familiar, o trabalho foi reconhecido como um aspecto que, apesar de
afastá-los fisicamente, é uma forma essencial de cuidado e, por isso, também um modo de vincular-se a família. Com os
elementos representacionais identificados e a inferência de relações entre estes e as práticas de envolvimento e cuidado paterno,
percebe-se como indispensável o apoio de familiares, profissionais (saúde e assistência) e da sociedade para que o pai se
implique cada vez mais na vivência de uma paternidade ativa. A oferta de espaços e informações que favoreçam a ele expor e
colocar em prática suas expectativas sobre ser pai, expressar suas dificuldades e construir um modo de ser pai que positivo e
engajado são essenciais para a ampliação de seu campo de ação com pai e para seu fortalecimento como figura afetiva na família
que pode também usufruir das boas relações estabelecidas.
Autor(a) Proponente: MIRIAN BECCHERI CORTEZ
1
- Universidade Federal do Espírito Santo- UFES
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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199
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MULHERES CIGANAS ENTRE BRASILEIROS E ITALIANOS: ANCORAGEM PSICOLÓGICA,
SOCIAL E PSICOSSOCIAL
Autor(es):
1
MARIANA BONOMO
GIANNINO MELOTTI
MONICA PIVETTI
Na atualidade, em diferentes contextos e nacionalidades, como Brasil e Itália, inúmeros episódios de banimento e práticas
discriminatórias contra integrantes de grupos ciganos têm sido verificados, fortalecendo as relações de conflito entre os universos
cigano e não cigano. Representando os ciganos na generalidade, as mulheres ciganas são o principal alvo dadiscriminaçãocontra
essa categoria social, sofrendo duplo preconceito em função da pertença étnica e de gênero. Apoiada na perspectiva não
consensual da Teoria das Representações Sociais, proposta pela Escola de Genebra, a proposição deste estudo visa à análise
dos diferentes níveis de ancoragem (social, psicológica e psicossocial) para a identificação das posições individuais frente aos
diversos núcleos de significados que constituem as representações sociais de mulheres ciganas entre jovens brasileiros e
italianos. Participaram da investigação 643 sujeitos (324 italianos e 319 brasileiros), com idade média de 22.81 anos (SD=5.73),
sendo 74,33% do sexo feminino. A coleta dos dados foi realizada por meio da aplicação de questionários nas instituições italianas
Universidade de Bolonha e Universidade de Chieti-Pescara e em Universidades pública e privadas da Grande Vitória/ES-Brasil. O
instrumento de coleta dos dados era constituído pelos seguintes tópicos de informação: dados socioeconômicos, técnica de
associação livre para o termo indutor ‘mulheres ciganas’, campo afetivo frente aos ciganos e valores sociais autoatribuídos pelos
sujeitos da representação, bem como experiência de contatos com membros de grupos ciganos. O tratamento dos dados foi
realizado por meio da análise fatorial de correspondência e da análise de cluster, procedida com o auxílio do software SPAD-T. Os
resultados demostraram que o campo compartilhado foi composto por 3.004 associações livres, com média de evocação de 4.7
por participante, compreendendo significados predominantemente hegemônicos, fundamentados na dimensão mágico-religiosa e
icônica, em estereótipos negativos, bem como em significados que se referem à marginalização social sofrida, à maternidade e ao
cuidado com o grupo e família ciganos. Por meio da análise do processo de ancoragem psicológica, foi possível verificar que tais
significados se organizam a partir dos seguintes fatores: F1 – ‘estereótipos positivos’, com imagem positiva, porém romantizada
das ciganas, constituída por elementos como ‘misticismo’, ‘leitura de mão’, ‘danças’, ‘bonitas’ e ‘vestidos coloridos’, enquanto no
polo opostosão retratadas a partir de ‘estereótipos negativos’, tais como ‘sujas’, ‘ladras’, ‘malvadas’, ‘pedem esmola’ e ‘usam os
filhos’; e F2 – ‘imagem descritiva da cigana’, a partir de elementos como ‘cabelos longos’, ‘saias’, ‘coloridas’, ‘rodeadas de
crianças’ e ‘dentes de ouro’, em oposição à ideia da cigana como uma ‘mulher realizada’, que é ‘livre’, ‘trabalhadora’, ‘bonita’,
‘mãe’ e ‘chefe de família’. Por meio da análise da ancoragem social, foi possível verificar que contribuem para formação dos
estereótipos positivos os respondentes do sexo masculino, os de nacionalidade brasileira e aqueles que não moram perto de
acampamentos ciganos, enquanto nos significados negativos projetam-se as mulheres, os italianos e aqueles que residem perto
de grupos ciganos. No segundo fator, associam-se à descrição icônica da cigana os brasileiros e as mulheres, e à imagem da
‘mulher realizada’ os homens e os de nacionalidade italiana. Como dimensão que investiga a variabilidade do campo
representacional e as tomadas de posição frente ao objeto social considerando à natureza das relações sociais, na ancoragem
psicossocial verificou-se que a dimensão estereotípica de valoração positiva da representação social em análise associa-se aos
sujeitos com tomada de posição afetiva positiva (‘tranquilidade’, ‘simpatia’ e ‘admiração’) e valores sociais religiosos, e aqueles
com valores pós-materialistas e hedonistas e com afeto negativo de rejeição (‘desprezo’, ‘nojo’ e ‘antipatia’) vinculam­se aos
estereótipos negativos. Contribuem, por sua vez, para a formação da imagem descritiva das ciganas, os respondentes com
valores religiosos e aqueles com afetos positivos, enquanto a imagem da cigana como ‘mulher realizada’ relaciona­se àqueles que
manifestaram sentimentos de medo do desconhecido frente aos ciganos (‘insegurança’, ‘indiferença’ e ‘desconfiança’). Discute­se
a dimensão social dos afetos e a função dos valores sociais para a constituição das representações sociais em sua relação com a
dinâmica do preconceito, há séculos sustentando processos de estigmatização e discriminação contra membros dessa categoria
social.
Palavras chave: Mulher cigana. Representações sociais. Abordagem não consensual.
Autor(a) Proponente: MARIANA BONOMO
Endereço: Avenida Anisio Fernandes Coelho - Jardim da Penha
Vitória - ES CEP: 29060-670 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Espírito Santo- UFES
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
200
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE GÊNERO EM ESPAÇOS DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL
Autor(es):
1
JAMIRA LOPES DE AMORIM
MARIA DA CONCEIÇÃO DA SILVA RODRIGUES
Este trabalho apresenta os resultados finais de uma investigação sobre as representações sociais de gênero segundo
trabalhadoras rurais em territórios de ocupação e resistência na Chapada do Apodi em Limoeiro do Norte, Ceará, Brasil. A
pesquisa se deu em âmbito de extensão universitária, donde se analisou o contexto de disputas pela divisão de terras em um
cenário de uso abusivo de agrotóxicos na produção de alimentos e exploração de trabalhadores e trabalhadoras por parte de
empresas multinacionais instaladas há mais de uma década no território cearense. Perceber as representações sociais de gênero
nesse cenário contribui para a percepção de como as trabalhadoras rurais deste contexto simbolizam suas identidades, como
contribuem para a construção social das diferenças entre os sexos. A inserção de mulheres nessa conjuntura se mostra
expressiva, uma vez que realizam diferentes atividades que vão além de cozinhar, lavar roupas e cuidar das crianças na ciranda
infantil. O manejo com o plantio, vendas de hortaliças, coordenação de reuniões e funções como vigiar as guaritas do
acampamento são exercidas igualmente por homens m como significam trabalhos e mulheres. Vale ressaltar que as condições de
vida nesse espaço são demasiadamente precárias, sendo as moradias de lona ou barro, havendo ainda a ausência de
eletrodomésticos para execução das tarefas domésticas. Interessou-nos compreender a constituição das identidades femininas
nesse espaço, as representações sociais que estas mulheres têm de si no bojo de relações menos autoritárias, mas nem por isso
isentas da dominação masculina. Foram aplicados questionários semi-estruturados a 30 mulheres com o objetivo de apreender os
elementos que constituem suas identidades. Ancoramo-nos em um modelo teórico que articula a teoria das representações sociais
e as categorias fundamentais da praxiologia, sendo estas: campo social, habitus, poder simbólico e capital cultural. Realizamos
análise de conteúdo somada às observações participantes. Os dados coletados evidenciaram a dimensão pedagógica que o
processo de ocupação opera na formação dos indivíduos ali inseridos. Evidenciou-se também que as mulheres embora pratiquem
uma expressiva autonomia quanto aos trabalhos tidos como femininos ou masculinos, reproduzem elementos da dominação
masculina, acolhendo para si representações que naturalizam sua condição ao âmbito privado. Ao serem questionadas a respeito
do que necessitavam enquanto mulheres, em termos de individualidade, muitas sinalizaram a falta dos instrumentos de trabalho
que compõe o cotidiano feminino como a falta dos eletrodomésticos de cozinha, ou seja, faltava-lhes o suporte ao exercício de sua
feminilidade o que nos possibilita inferir que as mulheres pesquisadas se autorepresentam por meio do papel social a elas
atribuído. A palavra mais citada nos questionários foi “fogão” evidenciando ainda que para além do que se pode compreender por
“senso comum” as mulheres investigadas incorporam ao seu modo de vida as condutas tidas como adequadas ao seu papel e à
sua função na sociedade como o cuidar que se dão no âmbito dos domínios do lar. Ao mesmo tempo as atividades que fogem à
essa regra parecem conferir à estas mulheres certo poder simbólico, equiparando em certa medida as assimetrias entre os sexos .
Comentário: Meu parecer é que o trabalho pode ser aceito. Percebe-se que a análise e interpretação das informações ainda
poderá ser bastante aperfeiçoada. Não está bem clara a metodologia que vai ser empregada. Fala-se de análise de conteúdo e já
se sugerem algumas categorias construídas a partir do corpus da pesquisa; mas isso certamente vai ser ainda melhor
desenvolvido. Um cuidado maior com a gramática não faria mal...na penúltima linha, por exemplo, há dois exemplo do uso
incorreto da crase. Mas tudo bem, o tema é bom e vai propiciar um bom debate.
Palavras chave: Gênero. Mulheres. Representações sociais. Território.
Autor(a) Proponente: JAMIRA LOPES DE AMORIM
Endereço: Rua Vital Alves de Freitas, Nº 4855 - Boa Fé
Limoeiro do Norte - CE CEP: 62930-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
201
COMO A GERAÇÃO DE FILHOS E PAIS REPRESENTAM SOCIALMENTE A FAMÍLIA
Autor(es):
1
FERNANDA SIQUEIRA RIBEIRO
MARIA DE FÁTIMA DE SOUZA SANTOS
Esse trabalho buscou investigar as representações sociais de família a partir das gerações de filhos e pai, que não pertenciam a
uma mesma família, bem como seus pontos de aproximação e distanciamento. O tema família caracteriza-se como um fenômeno
social, multifacetado, contextualizado no tempo e no espaço das sociedades, hoje, dentre outras coisas, esta apresenta suas
transformações através da multiplicidade das configurações. Aqui, concebemos família como uma instituição flexível, presente em
todas as formas de sociedade, um espaço em que as pessoas “estabelecem relações de convivência, conflituosas ou não, trocam
experiências, acumulam saberes, habilidades, hábitos e costumes, reproduzindo concepções e culturas” (Bastos, Alcântara &
Ferreira-Santos, 2002, p. 100), na medida em que também as transformam e as reconstroem, num processo ativo e coletivo. Para
este trabalho tivemos como aporte teórico metodológico a Teoria das Representações Sociais (TRS) que pretende explicar o
conhecimento leigo, através da construção das teorias do senso comum, baseado nas trocas sociais, originados na vida cotidiana
que se constroem fundamentalmente na e pela comunicação, sobre um objeto social que se transforma e é transformado na
interação com o sujeito e com o grupo. Por ser também um lócus de convivência entre diferentes gerações, a família proporciona
encontros e desencontros de concepções e valores diante da vida, com diferentes formas de estar e agir no mundo, repletas de
elementos afetivos, cognitivos, histórico-culturais e econômicos, que favorecem aprendizagens e desenvolvimentos, em que novos
e antigos conceitos convivem e se chocam, num movimento dialético característico da teia das relações humanas. As teorias do
senso comum, as representações sociais, servem para orientar condutas, explicar a realidade social, justificar as tomadas de
posição, como também, definir identidades, preservando as particularidades dos grupos. Segundo a análise temática de conteúdo
(Bardin, 1977), foram analisadas 10 entrevistas, de roteiro semiestruturado, com 05 pais (duas mulheres e três homens) e 05
filhos, de 07 a 11 anos (03 meninas e 02 meninos), de um contexto socieconômico mais favorecido, com recorte para questões
relacionadas à compreensão do que é família nos dois grupos. Para isto selecionamos algumas perguntas do roteiro das
entrevistas: a descrição, o significado, o que demarca o início de uma família, as vantagens e desvantagens de se ter família. Foi
utilizada ainda, a associação livre de palavras, com o termo indutor família. Os resultados apontam, de modo geral, que os
participantes representam família ancorado-se no modelo mais tradicional nuclear, idealizado por sentimentos positivados. As
crianças, de modo geral, representam socialmente a família ancoradas na preservação do núcleo da sua formação, com os pais e
demais parentes fortemente presentes, a naturalização da origem biológica, com a procriação dos filhos pela relação do casal,
antecedidas pelos ritos do namoro e casamento que atestam a tradição do início da construção de uma família, como uma norma
social em vigor. O conceito de família, segundo os pais, revelou-nos, por um lado, a família enlaçada numa ordem social do
núcleo, fundada pelo casal, seguida da procriação. E por outro lado, a formação de novos vínculos afetivos que estão para além
da consanguinidade, advindos dos diferentes arranjos familiares. Estas diferenças expressam um momento de transição, com
mudanças que não estão isentas de conflitos, causando estranhamento pelos novos arranjos, que dificultam até mesmo a
definição de família, na medida em que esta não se enquadra mais no padrão tradicional, dado como referência social e moral.
Realçam também a existência dos conflitos relacionais, pelas brigas e falta de privacidade na convivência. Entretanto, a família
não deixou de ser reconhecida de maneira positiva, idealizada, associada ao amor, à união, à afetividade, e ao apoio mútuo.
Concluímos que mesmo em meio as transições, as referências de um modelo mais tradicional ainda é perpassado para as novas
gerações, num movimento de permanências e transformações, tanto para as crianças no lugar de filhos, como para os adultos no
lugar de pais.
Palavras chave: Representações sociais. Família. Geração.
Autor(a) Proponente: FERNANDA SIQUEIRA RIBEIRO
Endereço: Rua Pau Brasil, nº 1, casa E11 - Aldeia dos Camarás
Camaragibe - PE CEP: 54789-140 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Pernambuco-UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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202
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ENFERMEIRA(O)S ATUANTES EM MATERNIDADE SOBRE DROGAS
Autor(es):
1
ANDREIA SILVA RODRIGUES
JEANE FREITAS DE OLIVEIRA
SIMONE SANTOS SOUZA
MILLENE MOURA ALVES PEREIRA
O uso de drogas crescente e que permeia as diversas camadas da sociedade continua gerando repercussões sociais e na saúde,
contudo ainda existem dificuldades para o seu enfrentamento, seja no pensar, expor ideias e/ou agir em relação à temática das
drogas quando se remete à relação entre a pessoa usuária, substância consumida e/ou comercializada e família/comunidade.
Devido a transversalidade e complexidade que envolve a problemática das drogas têm-se a necessidade de se investigar a
mesma, no âmbito da saúde. Neste contexto, pela própria natureza do trabalho em saúde da enfermeira e equipe de enfermagem,
estas profissionais estão continuamente e mais próximas prestando o cuidado, nos diferentes serviços e níveis de atenção a
saúde e consequentemente estão mais passíveis de se depararem e identificarem as demandas sociais e de saúde relacionadas
ao uso ou abuso de drogas. Dentre esses contextos de atuação existe a maternidade enquanto local laboral de enfermeiras na
pratica de cuidados a população de mulheres, as quais estão cada vez mais envolvidas com a problemática das drogas.
Considera-se que a maternidade é uma Instituição de assistência à saúde que atende a clientela feminina em momentos
peculiares do seu ciclo gravídico-puerperal, atribuições estas socialmente instituídas para mulheres e neste contexto as demandas
geradas pelo uso ou abuso de drogas estão presentes de forma transversal. É um local de trabalho em saúde que passa por
importantes adequações para atendimento a demandas norteadas pelas políticas de saúde e nas quais as enfermeiras têm
relevante atuação. Assim sendo, essa pesquisa tem como objetivo: analisar a estrutura das representações sociais de Enfermeiras
(os) acerca das drogas. Trata-se de uma investigação de abordagem qualitativa, baseada no referencial teórico-metodológico da
Teoria das Representações Sociais (TRS), tendo como objeto de investigação: as representações sociais das Enfermeiras sobre
drogas. A pesquisa foi desenvolvida com 33 Enfermeiras em atuação numa maternidade pública de Salvador-Ba, caracterizada
como referência na assistência à saúde reprodutiva, no estado da Bahia. Para coleta de dados ocorrida entre janeiro e maio de
2015, foi aplicado o Teste de associação livre de palavras (TALP), sendo formado o corpus através do resultado dessas
evocações, no qual foi utilizado o termo “drogas” como estímulo indutor. Ao analisar o conteúdo desse corpus, de acordo com a
Teoria do núcleo central, percebe-se que foram evocadas 165 palavras, sendo que destas, 61 eram diferentes. A construção do
quadro de quatro casas pelo software EVOC foi realizada através do cálculo e análise combinada da ordem média de evocações e
da frequência média de palavras. As palavras dependência, destruição, morte e violência são elementos que compõe o núcleo
central das representações sociais, ou seja, foram os termos mais significativos para os sujeitos da pesquisa. Do total de 165
evocações, estes termos foram proferidos 44 vezes, o que totaliza 27% da amostra, sendo que para a maioria das profissionais,
estes termos aparecem como os mais importantes. Após a análise do gráfico emitido pelo software, percebe-se, de acordo com a
sua estruturação, que os profissionais representam o uso de drogas, essencialmente, ancorando-se na repercussão do que essa
ideia de “dependência” pode ocasionar à pessoa usuária. Vale ressaltar que as enfermeiras são as profissionais que mantêm um
contato maior com as usuárias dos serviços de saúde, principalmente em centros obstétricos, sendo capaz de investigar e
identificar pessoas com a história atual do uso de substâncias psicoativas e, de acordo com os problemas relacionados ao uso,
pode realizar o acolhimento e desenvolver ações assistenciais. A pesquisa pode contribuir para produção de conhecimentos e
visibilidade sobre as representações sociais das enfermeira(o)s nesse contexto com informações relevantes para o processo de
trabalho, qualificação e formação das enfermeiras.
Palavras chave: Drogas. Enfermeiras. Maternidade. Saúde da mulher. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: ANDREIA SILVA RODRIGUES
Endereço: AVENIDA CONSELHEIRO ZACARIAS, Nº 97, APT 202, BLOCO C. - MARES
Salvador - BA CEP: 40445-080 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal da Bahia -UFBA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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203
‘VIDA E MORTE’/‘CALVÁRIO E PENITÊNCIA’: SENTIDOS COMPARTILHADOS DE MATERNIDADE SEGUNDO MÃES DE
FILHOS COM DEFICIÊNCIA.
Autor(es):
1
FERNANDO ANTÔNIO DA SILVA
FATIMA MARIA LEITE CRUZ
O presente artigo é um recorte de dissertação de Mestrado. Traz para a discussão os elementos constitutivos das representações
sociais da maternidade segundo mães de crianças com deficiência, com foco na comparação com as concepções de maternidade
ideal e relacionando-as aos contextos da zona rural e zona urbana do Estado de Pernambuco. Na sociedade contemporânea a
problemática da criança/pessoa com deficiência levanta desafios relacionados aos processos de inclusão social, assim como à
crenças de natureza preconceituosa, geradores de sofrimentos para a criança e seu entorno familiar, em especial suas mães. O
nascimento de uma criança com deficiência é motivo de significativas mudanças na configuração das relações familiares. Em
particular, a genitora passa por processos de ressignificação de sentidos e significados que outrora alimentou, quando o filho é
desejado, em seus sonhos de maternidade. O advento, no entanto, de uma criança que não se enquadre nos modelos de infância
pre-estabelecidos pela sociedade gera, invariavelmente, reações as mais diversas e contraditórias, tanto na mãe quanto em seu
entorno familiar e comunitário. Esta mesma mãe e mulher tem vivenciado na contemporaneidade uma mudança de suas relações
com o mundo do trabalho e de suas relações familiares. Nota-se o quão diferentes são as configurações familiares atuais às quais
a mulher tem se esforçado para se adequar e de como isto tem reverberado em sua concepção de maternidade. Na base de tais
reações encontram-se conceitos e ideias a respeito do que significa ser mãe e suas implicações psicossociais os quais formam
uma teia de sentidos socialmente compartilhados em permanente transformação. O foco, portanto, deste artigo fui captar os
sentidos do ser mãe em face a uma criança com deficiência e de como isso repercute em suas relações sociais e familiares. Para
tanto, foi utilizado o referencial da Psicologia Social sociológica, em particular os aportes teóricos e metodológicos de Moscovici
(2010), Jodelet (2004) e Abric (2003), a partir da Teoria das Representação Sociais, que considera as formas de conhecimento
compartilhadas fundamentais para a construção social da realidade, assim como das relações entre os objetos sociais. A
metodologia adotada foi da pesquisa qualitativa, com foco plutimetodológico; o campo foi o Centro de Reabilitação e Educação
Especial da Secretaria de Educação do Estado e a Fundação Perrone de apoio à criança com deficiência; as participantes foram
60 mães de crianças com deficiência atendidas nessas instituições, sendo 30 do Recife e 30 de Limoeiro. A fase empírica se
desenvolveu em três etapas: a associação livre, 5 palavras para cada um dos 4 termos indutores; a hierarquização, pela
importância atribuída às palavras; e a entrevista semi­estruturada, construída com base nas hierarquizações. A análise dos dados
foi realizada a partir da análise de conteúdo de Bardin (2008). Para ambos os contextos de pesquisa, os resultados para a
expressão indutora “mãe de criança com deficiência” apresentaram a predominância de um sentido prático de maternidade pela
exclusividade dos cuidados que a criança requer, seguido de um significado afetivo positivo de aprendizagem do amor que
convive com a tristeza da não realização do filho idealizado, além de um sentido simbólico religioso de expiação de culpas
autoatribuídas.
Palavras chave: Maternidade. Representação social. Crianças com deficiência.
Autor(a) Proponente: FERNANDO ANTÔNIO DA SILVA
Endereço: Rua José Barbosa de Souza, 137 - Bela Vista
Feira Nova - PE CEP: 55715-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal da Pernambuco- UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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204
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ENFERMEIRAS SOBRE A INFECÇÃO FEMININA AO HIV/AIDS
Autor(es):
1
DEJEANE DE OLIVEIRA SILVA
MILENA VAZ SAMPAIO SANTOS
MIRIAN SANTOS PAIVA
JEANE FREITAS DE OLIVEIRA
O vírus HIV/AIDS desde seu surgimento se configurou como um objeto de representações sociais, sobretudo pelo
desconhecimento inicial quanto a sua evolução, tratamento e pela rápida disseminação na população. Na disseminação, ocorreu o
processo de feminização da AIDS, que evidenciou condições de vulnerabilidades para as mulheres, vinculadas a construções
sociais, culturais e de gênero e exigiu novas bases para o processo de cuidar em saúde. O objetivo da pesquisa foi apreender as
representações sociais de enfermeiras sobre a infecção feminina ao HIV/AIDS. Trata-se de uma pesquisa qualitativa
fundamentada na Teoria das Representações Sociais, realizada em um hospital público de Salvador, Bahia. Participaram da
pesquisa 30 (trinta) enfermeiras(os) e como técnicas de coleta de dados foram utilizadas: a entrevista narrativa e o Teste de
Associação Livre de Palavras (TALP) composto por dois estímulos: E1 ­ “mulher soropositiva para o HIV”; E2 – “cuidado de
enfermagem a mulher soropositiva para o HIV”. A aplicação das técnicas ocorreu no período de dezembro de 2013 a abril de
2014. As evocações oriundas do TALP foram, inicialmente, classificadas em ordem alfabética, agrupadas mediante similaridade
semântica, dispostas em ordem de frequência de sua ocorrência para cada estímulo e, por fim, condensadas através do alvo de
constelação de atributos por estímulo. Já as entrevistas, foram processadas no software Atlas.ti, onde buscou-se identificar as
inter-relações entre as palavras evocadas e os seus respectivos significados nas falas das entrevistadas. Nesse processo, para o
estímulo E1, os termos mais evocados foram: cuidado, infidelidade, preconceito, filhos e transmissão vertical. O cuidado, na fala
das enfermeiras está relacionado ao fato da mulher freqüentar mais os serviços de saúde e ser, normalmente, a cuidadora da
família, tendo o seu papel social, de responsável pela família, bem estabelecido. Apesar das participantes considerarem que
algumas mulheres adquirem o vírus por infidelidade do parceiro, o termo infidelidade, na maioria das associações, está
relacionado com a promiscuidade da mulher no exercício da sua sexualidade e isso a leva a se infectar com o vírus. Já as últimas
evocações trazem a figura da mulher como mãe e, mesmo quando há a participação do homem no processo de
transmissibilidade, esta se torna a única responsável pela transmissão vertical do HIV/AIDS para os filhos, não sendo considerada
a participação do pai no processo. Para o estímulo E2, os termos mais evocados foram: orientação, apoio, informação, educação
e acolhimento. Essas evocações expressam uma gama de características reveladas pelas enfermeiras nas entrevistas, que,
apesar de retratarem o cuidado como de ordem sumariamente técnica, ressaltam ações de humanização e integralidade da
assistência, uma vez que a cura ainda não é possível e fica evidente a utilização de outras estratégias que minimizem o estig ma
gerado pela infecção ao HIV/AIDS. Isso pode contribuir para promover um melhor relacionamento interpessoal, na busca por
melhorias na assistência prestada às mulheres que vivem com o vírus HIV/AIDS, promovendo adesão ao tratamento,
acompanhamento adequado, estímulo a prevenção de infecções oportunistas e de transmissão para outros parceiros e filhos. As
enfermeiras poderão refletir sobre o processo de trabalho, valorizando as dimensões objetivas e subjetivas dessas mulheres, para
que sejam repensados os aspectos fundamentais e importantes na construção de novas ações em saúde, uma vez que conhecer
as representações sociais de determinado grupo, contribui para orientar as condutas e, se necessário, modificar as práticas de
cuidado. Ao conhecer as representações sociais do grupo, é possível fomentar novas discussões quanto às questões
relacionadas ao HIV/AIDS entre as mulheres, com possibilidade de suscitar propostas de intervenções e ações interdisciplinares
para gerar novos aprendizados para mudanças de práticas no cuidado, sobretudo com discussões sobre a temática gênero, sexo
e sexualidade que permeiam o cotidiano de pessoas que cuidam e que vivem com HIV/AIDS.
Palavras chave: Cuidado. Representações sociais. HIV.
Autor(a) Proponente: DEJEANE DE OLIVEIRA SILVA
Endereço: RUA GENERAL LABATUT, 462, EDIFÍCIO BOSQUE DOS BARRIS, APTO 203 - Barris
Salvador - BA CEP: 40070-100 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal da Bahia-UFBA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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205
PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO HIV/AIDS
Autor(es):
1
LAELSON ROCHELLE MILANêS SOUSA
JOAQUIM GUERRA DE OLIVEIRA NETO
RUTH CARDOSO ROCHA
MARIA ELIETE BATISTA MOURA
A AIDS representa um dos sérios problemas de saúde pública, caracterizando-se como epidemia global, com rápida disseminação
e agravamento. O panorama mundial da AIDS mostra que o continente africano, especialmente a África Subsaariana, continua à
concentrar 71% do total de pessoas que vivem com HIV. Estima-se que 24,7 milhões de pessoas infectadas vivem na África
Subsaariana. Diante do exposto, o objetivo do estudo é analisar a produção científica sobre a representação social da AIDS no
Brasil. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura científica nacional acerca das representações sociais do HIV/AIDS. Foi
realizada busca nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), utilizando-se a combinação pareada dos descritores:
representações sociais e HIV. A busca foi integrada por meio do operador booleano AND, seguiu-se os critérios de inclusão:
estudos primários; disponíveis na íntegra; publicados de 2007 a 2015 e os critérios de exclusão: artigos repetidos; dissertações;
teses; artigos de opinião; reflexões e editoriais. Foram localizados 249 estudos, e após os critérios de seleção obteve­se uma
amostra de 15 estudos. Os dados foram processados eletronicamente por meio do software IRAMUTEQ, que é um programa de
análise textual desenvolvido na França em 2009. Para a análise dos dados, optou-se pela Classificação Hierárquica Descendente
que permite a obtenção de classes de segmentos de textos com testes estatísticos significantes conforme o Qui-quadrado (X2) e
permite a observação das relações entre as classes. Das 15 publicações selecionadas, o sofware reconheceu como resultado à
separação do corpus em 14 unidades de texto iniciais, 1046 segmentos de textos (UCE), 4990 formas distintas e 36953
ocorrências de palavras no texto resultaram em quatro classes semânticas analisadas pela CHD, foram considerados 64,15% do
corpus. A análise dos agrupamentos de palavras e interpretação dos significados conduziu a nomeação dos respectivos sentidos
das classes: 1 – Os sentimentos vivenciados pelos portadores do HIV/AIDS, 2 – O cuidar da Enfermagem ao paciente
soropositivo, 3 – O cotidiano dos profissionais da saúde na educação para prevenção e tratamento do HIV/AIDS, 4 – Os
sentimentos do portador frente ao diagnóstico e a relação com os profissionais da saúde. Cada classe foi representada pelas
palavras mais significativas de acordo com as associações da classe, conforme o teste Qui-quadrado. A Classe 1 corresponde a
26,4% do corpus e está diretamente ligada às classes 2 e 3. Os vocábulos mais significantes destes segmentos de texto são:
doença, morte, AIDS, preconceito, sujeitar, diante, relação, discriminação, enfrentamento, associar, imagem. As associações
estatísticas entre os vocábulos e a classe mostraram-se extremamente significantes (p < 0,0001). A Classe 2 corresponde a
26,1% do corpus e está diretamente ligada à classe 3. Os vocábulos mais significantes desse segmento de texto são: saúde,
ação, profissional, unidade, educativo, prevenção, agir, prático, por ordem de significância conforme o Qui-quadrado (p<0,0001). A
Classe 3 corresponde a 16,1% do corpus, liga-se diretamente à Classe 2. Os vocábulos mais significantes são: enfermagem,
cuidado, paciente, auxiliar, equipe, quadro, diálogo. A Classe 4 corresponde a 31,4% do corpus e determina as demais Classes
ligando-se às Classes 1, 2 e 3. Os vocábulos mais significantes dessa classe são: porque, gente, não, achar, muito, falar, coisa,
saber, ficar, quando, acontecer, tudo, acabar, então, morrer. As associações entre os vocábulos e a Classe foram extremamente
significantes conforme o teste do Qui-quadrado (p<0,0001). A partir da análise dos estudos, observou-se que os sentidos
apreendidos revelam que as representações dos portadores do vírus ancoram-se no conhecimento socialmente construído no
início da epidemia em meados dos anos oitenta que refletia adoecimento, preconceito, morte e práticas sexuais de risco. Pode-se,
através das classes geradas no estudo, perceber que o surgimento da AIDS trouxe grandes desafios para os serviços de saúde e
para os profissionais, pois provocou reflexões sobre antigas práticas do cotidiano profissional, como a efetivação do uso de
equipamentos de proteção individual, e desafios na assistência a pacientes psicologicamente debilitados. Além disso,
evidenciou-se a responsabilidade das equipes de saúde em educar os usuários quanto à prevenção, educação de pacientes
soropositivos, bem como, permitiu observar que o conhecimento social da AIDS ainda se ancora nas percepções construídas no
início do surgimento da epidemia.
Palavras chave: HIV/AIDS. Representações sociais. Enfermagem.
Autor(a) Proponente: LAELSON ROCHELLE MILANÊS SOUSA
Endereço: Rua Pedro Guimarães Mariz, número 3234 - Novo Horizonte
Teresina - PI CEP: 64030-110 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Piauí- UFPI
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
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Teresina/Piauí/Brasil
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206
O DEBATE SOBRE O RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL HOMOSSEXUAL: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NOS
COMENTÁRIOS DE LEITORES DO SITE DA FOLHA DE S.PAULO
Autor(es):
1
ANDERSON SCARDUA
MARIA EDNA SILVA DE ALEXANDRE
Nos últimos anos a pauta de reivindicações do grupo LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, transexuais e travestis) têm
conseguido espaço na sociedade e algumas conquistas no âmbito judiciário. Entre estas, destaca-se a decisão em 2011 do STF
(Supremo Tribunal Federal) que reconheceu as uniões homossexuais como entidades familiares, o que abriu espaço para
posteriormente se reconhecer e realizar os casamentos homossexuais, criando-se um fenômeno novo na sociedade brasileira.
Estas conquistas provocam mudanças na sociedade, gerando debates entre os grupos sociais, indicando diferentes formas de
lidar com esta novidade. Nesse processo, a mídia tem um papel importante na veiculação destas informações, produzindo e
fazendo circular representações sociais. Considerando as versões on line de jornais, o papel dos leitores também é fundamental
na produção de comentários, gerando discussões juntamente às notícias. Assim, diferentes grupos têm elaborado representações
sociais que servem como base para posicionamentos favoráveis e desfavoráveis ancorados em perspectivas socioculturais
diversas. Desta forma, buscamos analisar as representações sociais relacionadas ao reconhecimento, por parte do STF, da união
estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Para tal, selecionamos uma reportagem da Folha de S.Paulo
intitulada “STF reconhece por unanimidade a união gay” e analisamos os comentários feitos pelos leitores. Até a data de coleta
dos dados, havia 1732 comentários, excluídos àqueles que foram censurados pelo próprio portal de notícias por violarem as
regras do mesmo. Os dados foram analisados através do método de classificação hierárquica descendente (CHD), utilizando-se
como ferramenta o programa IRAMUTEQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires).
Posteriormente, foi feita uma análise atitudinal de cada comentário por dois avaliadores separadamente, com comparação e
discussão dos casos divergentes em um segundo momento. Nesse sentido, classificamos os comentários em Favoráveis,
Desfavoráveis, Ambíguos e Fuga do assunto. Além disso, identificamos os comentários que continham Agressividade e Ironia. Em
relação à CHD, 2402 segmentos de textos foram analisados, sendo classificados 2268 (94,4%). A análise apontou para duas
classes, uma ancorada principalmente em elementos e argumentos religiosos, respondendo por 51,6% dos dados e tendo como
principais palavras: Deus, Bíblia, kkk, Jesus, comentarista 1, ler, comentário, dizer, escrever, cara, céu, ódio, falar, palavra,
comentarista 2, livro, amar, resposta, ps, pecado, postar, senhor, comentarista 3. Já a classe dois respondeu por 48,4% dos dados
e se caracterizou por utilizar elementos e argumentos ancorados na perspectiva do direito, da legalidade e dos processos
democráticos. As palavras que mais se destacaram foram: STF, direito, decisão, sociedade, constituição, país, lei, família, união
estável, Brasil, criança, ministro, brasileiro, casal, adotar, igual, decidir, união gay, heterossexual, constituir, democracia, mudar,
pai. Em relação à classificação atitudinal, 28,5% dos comentários foram Desfavoráveis à decisão do STF ou ao grupo LGBT,
26,8% foram Favoráveis, 6,4% foram Ambíguos e 38,3% foram considerados como Fuga do tema. Este dado alto em relação à
Fuga reflete o fato de muitos comentários se referirem não ao tema da reportagem, mas a outros comentaristas ou argumentos
apresentados, indicando um processo de relações interpessoais. Isto foi complementado pelos comentários que continham
agressividade a outros leitores (17,6%) e também ironia (16,3%). Os dados apontam para uma forte polarização em relação à
aceitação da união estável entre homossexuais. Os leitores não apenas se posicionaram favoravelmente ou contrariamente, mas
buscaram debater entre si sobre o tema ou sobre as formas dos outros leitores de argumentarem. Em muitos casos, não houve
exatamente um debate, mas uma relação baseada na agressão verbal. Além disso, muitos leitores buscaram desconsiderar ou
ridicularizar os argumentos ou outros leitores, através da ironia, muitas vezes acompanhada da expressão de risos (kkk). Assim,
identificamos um processo de relações interpessoais que podem indicar uma diferenciação intergrupal pautada em dois conjuntos
representacionais. Um ancorado em argumentos religiosos cristãos, objetivados principalmente através da Bíblia, e outro ancorado
na lógica dos direitos sociais, da legalidade e dos procedimentos jurídicos.
Palavras chave: Comentários. Leitores. União estável homossexual. Representações sociais. Atitudes.
Autor(a) Proponente: ANDERSON SCARDUA
Endereço: Rua Lino Galdino de Almeida, 150/303 - Catolé
Rio de Janeiro - PB CEP: 58410-468 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Campina Grande
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
207
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE DIVERSIDADE SEXUAL POR PROFESSORES E PROFESSORAS DA REDE MUNICIPAL
DE ENSINO DO RECIFE
Autor(es):
1
LUCIA BAHIA BARRETO CAMPELLO
LICIA DE SOUZA LEÃO MAIA
As Representações Sociais de Diversidade Sexual por Professores e Professoras da Rede Municipal de Ensino do Recife e suas
Relações com a Formação Continuada O campo da sexualidade humana é permeado por uma gama de informações que, de
forma generalizada, denotam preconceitos, mitos e tabus advindos de um modelo de sociedade que estabeleceu a
heteronormatividade enquanto padrão a ser seguido. Entendendo que heteronormatividade representa um preceito, enquanto
norma de relacionamento entre pessoas de sexos opostos (homem e mulher) como paradigma, como regra. Torna-se, então, um
desafio ultrapassar essas barreiras impostas. Distanciar-se deste comportamento, idealizado, implica manter-se a margem da
coletividade. Na área da diversidade sexual a discriminação é latente, porém, muitas vezes velada mediante as normas de
convivências que se baseiam, teoricamente, no respeito. No âmbito educacional, especificamente nas escolas, é percebido que se
estabelecem relações de poder que corroboram com este modelo de sociedade. A pesquisa em questão, pois, foi desenvolvida na
rede de ensino do Recife e buscou reconhecer quais as representações sociais que os professores e professoras desta rede
municipal têm acerca da diversidade sexual e suas relações com a formação continuada, oferecida por esta mesma rede. A teoria
das representações sociais foi utilizada enquanto aporte teórico, visto que as representações se constituem em conhecimento que
intervém nas ações das pessoas e, por conseguinte indicam como agir mediante situação específica, seja uma situação
corriqueira ou que passa a ser comum. De modo a aproximar-se dos/as sujeitos/as e tornar-se familiar. Desta forma procurou-se
reconhecer as representações sociais de diversidade sexual pelo grupo de professores e professoras desta rede de ensino, de
modo a perceber os conhecimentos partilhados sobre a temática em estudo e desta forma vislumbrar uma prática pedagógica
mais inclusiva. Esta pesquisa foi desenvolvida a partir de uma perspectiva plurimetodológica, pois se percebeu ter sido necessário
tomar como aporte distintos métodos, no sentido de cercar o objeto de estudo e também defini-lo com maior precisão. Sendo
assim foram feitas entrevistas de associações livres, inicialmente, enquanto estudo piloto. Posteriormente, a partir dos resultados
obtidos neste estudo piloto, foram realizados questionários, utilizando técnicas projetivas, com a intenção de se reconhecer uma
possível zona muda. Identificou-se que, parte dos professores e professoras que responderam à entrevista de associação livre
possuía um discurso final, diferente em relação à diversidade sexual, daquele que foi proferido, inicialmente, na realização da
entrevista. Estes enunciados foram tomados como impulsionadores para o estudo da zona muda das representações sociais de
diversidade sexual por professores e professoras da rede de ensino do Recife. Para tal foram aplicados questionários com uso da
técnica projetiva. Foi verificado que, no primeiro momento da entrevista os/as professores e professoras representavam o papel de
professores/as “politicamente corretos/as”. Mas ao continuar o diálogo, de forma espontânea, externavam suas crenças e valores
acerca da diversidade sexual, sem máscaras, sem filtros, sem discurso programado. E aí demonstravam preconceitos e
dificuldades em lhe dar com a temática. A partir do estudo piloto foi criado um questionário com questões que retratam o cotidiano
escolar, com cenas referentes à diversidade sexual. As questões explicitadas tiveram a intenção de fazer com que as pessoas
envolvidas se projetassem às cenas e assim emitissem suas opiniões para resoluções das situações postas. A finalidade, pois, foi
buscar a zona muda das representações sociais de diversidade sexual por professores e professoras da rede municipal de ensino
do Recife. Foi utilizado ao final desta etapa o software Alceste, para categorização das respostas a partir de contextos semânticos
similares, agrupados de acordo com classes de palavras distintas, mas, ao mesmo tempo correlatas. Observando, também, a
frequência com que os textos apareceram. O Alceste permitiu a elaboração de classes descendentes hierarquizadas e assim
ajudou na criação de categorias inseridas nos discursos das pessoas envolvidas na pesquisa. As variáveis, agrupadas pelo
Alceste, demonstraram, dentre outras informações, que a formação continuada em diversidade sexual, oferecida pela rede
municipal de ensino do Recife tem favorecido a desmitificação e revisão de preconceitos acerca da diversidade sexual. Desta
forma torna-se fundamental que a prática pedagógica seja pautada por formações em diversidade sexual, de modo que haja
revisão de práticas excludentes e discriminatórias.
Palavras chave: Diversidade sexual. Representações sociais. Formação continuada.
Autor(a) Proponente: LUCIA BAHIA BARRETO CAMPELLO
Endereço: Rua Souza Bandeira, 483 - Torre
Recife - PE CEP: 50711-050 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Pernambuco-UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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208
A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO NAMORO POR ADOLESCENTES: UMA ABORADAGEM ESTRUTURAL
Autor(es):
1
CARINA BULCÃO PINTO
ANA BEATRIZ AZEVEDO QUEIROZ
As representações sociais (RS), segundo Serge Moscovici, estão relacionadas a potência das ideias do senso comum como
construtoras de um determinado comportamento social. Essas RS influenciam o comportamento e atitudes de quem as possuem.
Através do contato diário com o público adolescentes é observado diferentes comportamentos frente aos tipos de relacionamentos
e sua exposição a riscos relacionados a saúde sexual e reprodutiva. Mostrou-se, então, relevante investigar quais as RS do
namoro para aquelas adolescentes que se entendem neste tipo de relação e como essas RS influenciam na saúde sexual e
reprodutiva. A pesquisa tem como objeto as RS do namoro para as adolescentes que vivem este contexto. Utilizando como eixo
teórico estrutural a Teoria das Representações Sociais, delineou-se como objetivo: identificar os conteúdos que estruturam e
organizam as representações sociais sobre namoro construídas pelas adolescentes que namoram. Metodologia: trata-se de uma
pesquisa do tipo quanti-qualitativa e descritiva, utilizando uma abordagem fundamentada nos aportes teóricos das RS e na teoria
do núcleo central da RS, segundo Abric. Foram utilizados os seguintes instrumentos: teste de evocação livre de ideias com o
termo indutor “namoro” e um formulário estruturado para traçar o perfil sociodemográfico e referente a saúde sexual e reprodutiva.
As participantes foram 106 adolescentes estudantes do ensino médio de uma escola pública profissionalizante do Rio de
Janeiro/Brasil. Os conteúdos gerados a partir do teste de evocação foram processados pelos softwares EVOC e SIMI 2003, que
possibilitou a classificação segundo as frequências e ordem média de evocação, desta forma foi possível desenvolver o quadro de
quatro casas, destacando o núcleo central e periférico das RS, assim como a análise de similitude através da árvore máxima que
explora a relação entre os elementos evocados através de um índice de contingência. Quanto ao perfil, os resultados apontaram
para adolescentes entre 15 a 17 anos, todas em atividade sexual com o namorado atual, a religião predominante foi a católica,
raça/cor branca, quanto ao tempo de namoro, as adolescentes têm em média 01 a 02 anos de relacionamento. O tempo de início
desse relacionamento até a primeira relação sexual foi de 05 meses ou mais. Em relação a frequência semanal de atividade
sexual com o namorado, as participantes relataram transar 01 a 02 vezes por semana com o parceiro. Os elementos com atributos
de centralidade foram: Amor, Beijo e Sexo. O sistema periférico foi composto por: Amizade, Casamento, Compreensão,
Felicidade, Lealdade, Traição e o sistema intermediário por: Carinho, Confiança, Fidelidade, Respeito. O principal organizador da
representação foi: Amor, confirmado pela estrutura da árvore de similitude e pelo teste de centralidade, este realizado após os
resultados do núcleo central. Destaca-se o sentido atribuído ao namoro: o amor oferece concretude a este relacionamento,
remetendo a imagem do parceiro ideal e do amor romântico da adolescência. Este resultado está pautado na representação
tradicional do feminino, as questões de gênero possuem forte influência neste contexto de relacionamento fixo e ainda há a
história da mulher que busca seu “príncipe encantado”, no qual ela pode confiar e se proteger. Contudo, a memória coletiva e a
história do grupo pesquisado sobre o namoro se ancora no amor, apesar dessa RS ainda estar em processo de formação, visto a
precocidade das relações e as primeiras experiências amorosas nesta idade. Neste sentido, a TRS entende que este processo de
construção da RS está relacionada a comunicação e as práticas sociais, como por exemplo, o diálogo, o discurso e os padrões de
comportamento. A Teoria se interessa pela forma como os indivíduos constroem seu conhecimento a partir da sua inscrição social
e cultural, assim como a sociedade se dá a conhecer e constrói esse conhecimento com os indivíduos. Conclui-se a RS do
namoro revela novos formatos do amor, pautados em modelos tradicionais de relacionamento que visam a formação familiar e o
casamento. O amor romântico voltado ao campo sentimental e o beijo e abraço como formadores atitudinais deste tipo de
relacionamento íntimo. Este tipo de relação estabelece um campo seguro e confiável a adolescente que, por sua vez não identifica
o risco no namoro e, por isso deixa de utilizar métodos preventivos em suas relações sexuais. Portando, a RS do namoro
atualmente torna as adolescentes femininas cada vez mais vulneráveis em relação a sua sexualidade.
Palavras chave: Representação social. Saúde do adolescente. Saúde sexual e reprodutiva.
Autor(a) Proponente: CARINA BULCÃO PINTO
Endereço: Travessa Dom Bosco, 55 apto 902 - Icaraí
Niteroi - RJ CEP: 24220-390 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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209
REPRESENTAÇÕES IDENTITÁRIAS DE MULHERES CASADAS E SOLTEIRAS ACERCA DE TRABALHO E FAMÍLIA.
Autor(es):
1
THYARA FERREIRA RIBEIRO MENDONÇA
ANDERSON PEREIRA MENDONÇA
VANESSA SIMON RIBEIRO CAVALCANTI
Os estudos sobre mulheres e gêneros vêm, desde a eclosão do movimento feminista em sua segunda onda, ganhando eco nos
mais diversos ramos do conhecimento, sobretudo na Psicologia e Ciências Sociais. Paralelamente, na atualidade, uma visão
interdisciplinar tem sido exigida quando nos debruçamos sobre o objeto família, suscitando novos enfoques e abordagens. Neste
prisma, o presente estudo, situado na linha de família, gênero e sexualidade, traça um comparativo entre mulheres casadas e
solteiras, de classe média, profissionais de carreira, objetivando conhecer e analisar as Representações Sociais (RSs) e
significados atribuídos por estas às categorias família e trabalho. Especificamente, buscou-se identificar e analisar as
representações sociais acerca de suas identidades, analisar de que forma articulam família e trabalho, bem como saber de que
modo caracterizam o 'ser uma profissional de carreira'. Parte-se do pressuposto de que a configuração relacional apareça como
importante variável na construção das identidades e representações. Foram entrevistadas seis mulheres casadas e cinco
mulheres solteiras, com idades entre 31 e 46 anos, com pelo menos nível universitário, com ou sem filhos, estando inseridas no
primeiro grupo as mulheres que residem com um parceiro/companheiro/cônjuge e no segundo aquelas que moram sozinhas, com
familiares ou amigos. A amostra se caracteriza como não probabilística por julgamento, posto as entrevistadas serem escolhidas a
critério dos pesquisadores como informantes em potencial do grupo que se pretende conhecer, sendo selecionadas mediante a
constatação de apresentarem os critérios de inclusão previamente elencados. O instrumento de coleta de dados foi composto por
uma entrevista semiestruturada, contendo informações sobre identificação e dados sociodemográficos e questões relativas às
identidades e representações, em conformidade com os objetivos que se pretende atingir. A sustentação teórica apoia-se em
concepções que fundamentam a discussão sobre a atuação das mulheres no mundo do trabalho, sob a perspectiva das
abordagens feministas pós-estruturalistas e teorias sobre os significados do trabalho, assim como os principais desafios que a
literatura aponta para a progressão da mulher em cargos de prestígio, sobretudo as casadas e com filhos. Em se tratando da
teoria das RSs, os principais aportes teóricos utilizados são Moscovici (1978), Jodelet (1989), Deschamps e Moliner (2009) no
campo da abordagem processual das Representações Sociais e nas relações entre Representações Sociais e identidade. Os
dados foram analisados mediante a utilização do software IRAMUTEQ (2013) e análise de discurso, em conformidade com a
literatura pesquisada. Os resultados apontam a configuração familiar/estado conjugal, como variável na construção das
representações e identidades das mulheres entrevistadas. Encontrou-se diferenciações entre as Representações de Si (Mulher de
Carreira) e as Representações do Endogrupo (Mulheres casadas e solteiras) e entre estas duas e o Exogrupo (Homens). No
primeiro estão elecandos aspectos como sobrecarga, falta de tempo e responsabilidades e no segundo, respectivamente, a
preservação das individualidades, assim como a divisão das tarefas relativas ao cuidado e, no último, a fraca percepção dos seus
direitos enquanto mulher e cidadã. De modo menos surpreendente, as mulheres entrevistadas demonstram ainda experimentar,
como aponta a literatura, obstáculos que dificultam a sua inserção nos contextos produtivos de alta complexidade, quase sempre
mediante a sobrecarga de funções. realização da análise proposta nesta pesquisa incidiu na reflexão acerca da construção social
dos sentidos e significados associados à feminilidade e sua vinculação contemporânea às esferas da família e do trabalho,
concebendo-se o gênero como uma dimensão cultural que repercute diretamente na estruturação do tornar-se homem ou mulher.
A sociedade se modifica e com ela evoluem os significados, em contraposição a ênfase na manutenção da tradição e coesão
grupal, mesmo que avanço e conservação por vezes se entrelacem.
Palavras chave: Mulher. Família. Trabalho. Representações e identidade.
Autor(a) Proponente: THYARA FERREIRA RIBEIRO MENDONÇA
Endereço: Rua Barcelona 136 apto 01. Cond. Arthur Cordeiro - Parque Getulio Vargas
Feira de Santana - BA CEP: 44076-720 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade do Estado da Bahia- UNEB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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210
TENTATIVA DE SUICÍDIO POR MULHERES: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MÉDICOS(AS), ENFERMEIRAS(OS) E
TÉCNICAS(OS) DE ENFERMAGEM
Autor(es):
1
ANDREIA SILVA RODRIGUES
SIMONE SANTOS SOUZA
NORMÉLIA MARIA FREIRE DINIZ
JEANE FREITAS DE OLIVEIRA
O suicídio e sua tentativa tem ocupado um relevante espaço nas agendas de saúde por incapacitar, reduzir a qualidade de vida e
exigir uma readequação da organização tradicional dos serviços. Considerando que mulheres que tentam suicídio estão num
processo de crise, sem apoio de familiares, amigos e da própria rede social em que estão inseridas, as mesmas necessitam de
uma atenção específica e imediata para tentar interromper este processo de autodestruição. Para tanto, o atendimento inicial a
uma mulher em situação de tentativa de suicídio nos serviços de emergência dos hospitais gerais deve ser entendido, também,
como uma intervenção terapêutica que pode estabelecer um vínculo entre o profissional e a cliente, o que torna essa pessoa mais
assídua ao tratamento, diminuindo assim as chances de reincidivas. Neste contexto, este estudo descritivo e exploratório, com
abordagem qualitativa, tendo como eixo teórico a Teoria das Representações Sociais, teve como objeto de estudo as
representações sociais de médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem sobre tentativa de suicídio por mulheres e como
objetivo analisar as representações sociais de médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem sobre tentativa de suicídio por
mulheres. Os sujeitos foram constituídos por 70 profissionais e teve como lócus uma unidade de emergência adulta de um hospital
geral público de grande porte, em Salvador/BA. Como técnica de coleta de dados, utilizou-se: Teste de Associação Livre de
Palavras (TALP) e entrevista. Foram considerados os aspectos éticos recomendados pela Resolução 196/96 do CNS. Os dados
provenientes do TALP foram organizados no Excell e processados através do software EVOC 2005 e os advindos das entrevistas
foram organizados com base na análise temática de Bardin. Os sujeitos foram 11 médicos(as), 27 enfermeiras(os) e 32
técnicas(os) de enfermagem, caracterizando-se, majoritariamente, por profissionais do sexo feminino, jovens, solteiras, formadas
há mais de 5 anos e trabalhando no lócus do estudo há pelo menos 4 anos. No que se refere a abordagem do tema suicídio,
apenas 37,1% dos profissionais relataram ter presenciado alguma aula a respeito do tema na graduação ou durante a formação
técnica e todos afirmaram não ter tido conhecimento sobre alguma sensibilização do tema no serviço. A estrutura das
representações sociais dos profissionais acerca a tentativa de suicídio encontra-se sustentada pelos elementos do núcleo central
que dizem respeito aos fatores que vulnerabilizam a mulher ao ato suicida (depressão, falta de fé, desespero, baixa auto-estima,
problemas econômicos, tristeza, angústia, solidão e morte) e pelos elementos do sistema periférico, nos quais o termo “doença”
guarda relação com o termo “depressão”, o termo “medo” diz respeito ao receio que o profissional de saúde tem em abordar uma
mulher que buscou sua auto­destruição e o termo “sofrimento” aparece como um motivo, pois para os profissionais, a morte
representa para aquela mulher uma forma de sair daquela tristeza. O tema que resultou da análise das entrevistas (adoecimento)
permitiu mostrar que os profissionais representam a tentativa de suicídio como um resultado de um processo depressivo,
potencializado por fatores como a falta de fé, a desestruturação familiar, a solidão e a relação conjugal conflituosa/ violência. A
assistência no serviço de saúde é representada pelos profissionais como um processo técnico, no qual as questões subjetivas
pertinentes ao ato suicida são dificilmente valorizadas, sendo essa assistência permeada pelo estigma que envolve as pessoas
que buscam sua auto destruição. A postura estigmatizante do profissional de saúde em relação às mulheres que tentaram suicídio
norteia a assistência, sendo necessária uma desconstrução desse esteriótipo, para uma melhor compreensão acerca dos
fenômenos que envolvem a tentativa de suicídio.
Palavras chave: Suicídio. Tentativa de suicídio. Mulher. Representações sociais. Equipe de saúde.
Autor(a) Proponente: ANDREIA SILVA RODRIGUES
Endereço: AVENIDA CONSELHEIRO ZACARIAS, Nº 97, APT 202, BLOCO C. - MARES
Salvador - BA CEP: 40445-080 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal da Bahia-UFBA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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211
DIMENSÕES PRÁTICAS FRENTE À VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO NAMORO NO CONTEXTO DA JUVENTUDE
Autor(es):
1
ISABELLE MANGUEIRA DE PAULA
ANA BEATRIZ AZEVEDO QUEIROZ
GABRIELA MELLO SILVA
As manifestações violentas perpetradas por parcerias íntimas na juventude representam um grande potencial precursor do mesmo
tipo de violência na fase adulta e apesar das especificidades de tal faixa etária é tão grave quanto esse, em termos de
prevalência, lesões e danos psicológicos, que merece atenção na rede que cerca essas jovens. A violência de gênero no namoro
amplia o debate à medida que situa a violência enquanto um fenômeno analítico e histórico, produzido e reproduzido nas relações
sociais. Assim, esse tipo de violência situa-se tanto em escala societal, quanto individual. (ALMEIDA, 2007). Frente a esse
contexto, a violência entre parceiros íntimos possui extrema relevância social para esse segmento, pois ao pensar sobre o tema e
relacioná-lo à saúde, o adolescente acaba por formar conceitos influenciados pela sociedade em que se insere. Falar em violência
de gênero no namoro requer refletir acerca dos significados, crenças e valores e atitudes frente a essa situação, neste sentido
esta investigação tem como objetivo descrever as práticas frente à violência de gênero no namoro a partir de suas representações
sociais para as jovens. Foi utilizada uma abordagem qualitativa na perspectiva processual da Teoria das Representações Sociais
de Moscovici, com 30 jovens estudantes do ensino médio público do Rio de Janeiro que já possuíram relacionamentos íntimos. A
coleta de dados foi feita através de um formulário para traçar o perfil socio-demografico- relacional e entrevista semiestruturada,
analisadas através do Programa ALCESTE (2012). Como perfil das entrevistadas, a maioria possuía 17 a 18 anos, se
autodeclararam preta/parda, católicas não praticantes, possuíam como lazer o uso da internet, estavam em um relacionamento
(ficando/namorando) e já iniciaram a vida sexual. O software dividiu o corpus em quatro classes originando dois blocos temáticos,
sendo o que o bloco que responde a esse recorte do estudo foi o denominado de “O enfrentamento da violência no namoro”,
composto pelas classes 3 e 4. Os resultados demonstram que existe um segmento formado principalmente pelas adolescentes
que discursa sobre a necessidade de se ter uma postura ativa frente ao fenômeno da violência, representa ações efetivas para
romper e combater esse tipo de violência expressa através de léxicos como Basta, Reagir, Denunciar, Polícia Chega, Gritar.
Ultrapassando a postura de resignação e passividade, esse contexto representa um desejo de mudança de ruptura e de
inconformismo frente à violência de gênero no namoro. No entanto, outro segmento, representado principalmente pelas
evangélicas e mulheres entre 20 e 24 anos objetivam a violência no namoro como algo “normal, próprio entre homem e uma
mulher”, que questão do gênero frente às manifestações violentas no relacionamento e as possibilidades e desafios do
enfrentamento da violência por essas jovens. Os resultados apontam para a submissão da adolescente frente a seu parceiro
íntimo, ancorado nas questões de gênero. Não se reconheceram como sofredoras de violência em seus relacionamentos, ainda
que verbalizassem terem vivenciado situações desconfortáveis por parte de seus parceiros, como implicância com roupas,
conversar com amigos do sexo masculino e manter relações sexuais sem vontade. A violência foi representada como sendo um
ato de agressões físicas ou sexual, fato que foi reconhecido e relatado apenas nos relacionamentos das amigas ou parentes das
entrevistadas. Conclui­se que a violência foi ancorada na dominação masculina e nos comportamentos ditos “inadequados” das
próprias mulheres. Por fim, acreditamos que somente através de estudos sobre o entendimento acerca da violência neste
segmento populacional será possível elaborar novos instrumentos e estratégias de prevenção da violência.
Palavras chave: Violência. Saúde da mulher. Violência no namoro. Enfermagem.
Autor(a) Proponente: ISABELLE MANGUEIRA DE PAULA
Endereço: Rua Luiz Belart, 110 ap 207 - Jardim Guanabara
Rio de Janeiro - RJ CEP: 21941-100 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
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212
A CONJUGALIDADE EM RECÉM-CASADOS PELA ANÁLISE SOCIETAL DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE WILLEM
DOISE
Autor(es):
1
JULIANA PEREIRA TORRES
PRISCILLA DE OLIVEIRA MARTINS DA SILVA
A conjugalidade em seu formato atual, em que os cônjuges escolhem seus parceiros com base no afeto e na intimidade
construída entre eles, é algo recente da experiência afetiva humana. A forma como a vida do casal é vivenciada atualmente é
reflexo de mudanças sócioculturais que afetaram os papéis desempenhados por homens e mulheres o que abriu espaço para
novas formas de conjugalidade. Desta forma, a proposta da pesquisa foi estudar a conjugalidade em recém-casados, isto porque,
nos últimos 50 anos a sociedade vem passando por mudanças com impactos na vida à dois, dentre elas um aumento considerável
de separações em casais com 1 a 4 anos de união (IBGE, 2011). Com isso, faz-se relevante compreender como estas mudanças
interferem no início da conjugalidade. Para tanto, utilizou-se a Teoria das Representações Sociais. A TRS constitui um modelo
teórico para compreensão e explicação de como o conhecimento leigo é construído, portanto, estuda o senso comum, em como
ele é elaborado, construído e disseminado por um grupo a respeito de determinados objetos sociais. Sendo assim, utiliza-la
tornou-se relevante, pois possibilitou a apreensão dos significados existentes em torno do início da vida conjugal, já que este é um
tema de grande relevância na vida dos indivíduos e suas relações. Esta pesquisa teve como ênfase a abordagem Societal de
Willem Doise que propõe estudar o fenômeno por meio de quatro níveis de análises: os processos intraindividuais, interindividuais
e situacionais, intergrupais e societal. Essa escolha se baseou na possibilidade de alcance maior de discussão e entendimento do
tema na experiência micro e macrossocial dos cônjuges. Metodologicamente, foi utilizada a abordagem qualitativa com o objetivo
de descobrir os significados sociais e subjetivos relacionados a conjugalidade para recém-casados. Participaram da pesquisa 10
casais recém-casados. Foram considerados recém-casados os casais que tinham até quatro anos de casamento. Os casais
deviam estar em seu primeiro casamento e sem filhos. Além disso, cada parceiro precisava ter morado com os pais antes do
casamento. Os casais de classe média foi o grupo investigado nesta pesquisa, uma vez que no Brasil, há uma extensa produção
sobre as camadas médias urbanas em que se observa rupturas de valores com as práticas tradicionais, o que favorece surgir
novas formas de casal e de família baseadas na autonomia e na autorealização. Para coleta dos dados foi utilizado a entrevista
semi-estruturada e o tempo de duração das entrevistas variaram de 13 à 51 minutos e foram gravadas com o consentimento dos
participantes. Os resultados demonstraram que a conjugalidade atual é permeada tanto por antigas e novas representações que
podem ser encontradas na dinâmica conjugal coexistindo em conjunto. Vale ressaltar que um mesmo elemento de representação
apresentou significados diferentes para homens e mulheres. Verificou-se também que administrar as demandas, do início da vida
à dois é um processo complexo que pode ser difícil. Para lidar com essas questões identificou-se que os casais apresentam
recursos protetores que auxiliam na resolução dessas demandas, como o diálogo, os afetos, a cumplicidade, empatia, entre outros
elementos. Estes recursos parecem ser de extrema importância para a relação dos casais. As representações sociais da
conjugalidade apresentaram elementos que caracterizam a afetividade positiva e a vontade dos casais na construção da vida em
conjunto seja no sentido da partilha do investimento na vida profissional em busca de um padrão de vida melhor que garanta a
eles tranquilidade financeira, seja no lazer e na perspectiva de dar boas condições aos filhos que pretender ter. O desafio para os
casais está em equilibrar estas conquistas em meio aos diversos elementos que interferem na conjugalidade e na busca pelos
esforços necessários à conquista dessas metas.
Palavras-chaves: Representações sociais. Abordagem societal. Doise. Conjugalidade. Recém-casados.
Autor(a) Proponente: JULIANA PEREIRA TORRES
Endereço:
1
- Universidade Federal do Espírito Santo- UFES
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
213
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS ADOLESCENTES E DOS SEUS RESPONSÁVEIS ACERCA DA VACINA CONTRA O HPV
Autor(es):
1
BIANCA DARGAM GOMES VIEIRA
ANA BEATRIZ AZEVEDO QUEIROZ
O Papilomavírus Humano (HPV) está associado tanto ao condiloma acuminado, que são verrugas de tamanhos variados, que se
apresentam no homem quanto na mulher infectados, na região genital e anal, podendo aparecer também na boca e garganta,
como aos cânceres de vulva, vagina, ânus, pênis, laringe, orofaringe e cavidade oral, além do câncer de colo de útero, neoplasia
de alta incidência e mortalidade, sendo um importante problema de saúde pública, especialmente nos países em
desenvolvimento. No Brasil, é o segundo tipo de câncer mais frequente entre mulheres, após o câncer de mama, com alta
mortalidade e faz, por ano, 4.800 vítimas fatais. O Papilomavírus Humano apresenta mais de 150 genótipos diferentes, sendo 12
deles considerados oncogênicos pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), e possui como principal forma de
transmissão à via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Dentre os HPV de baixo e
médio risco oncogênico, os tipos 6 e 11 estão presentes em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos. Entretanto, 32%
das 291 milhões de mulheres no mundo que são portadoras do HPV, estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos, que são os
considerados de médio a alto risco para o desenvolvimento de câncer. No Brasil, o perfil de prevalência de HPV aponta 53,2%
para HPV 16 e 15,8% para HPV 18. Após o início da atividade sexual, que geralmente se dá na adolescência, a possibilidade de
contato com o HPV aumenta progressivamente. A estratégia mais atual utilizada para a prevenção do HPV é a vacinação
quadrivalente, que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18, atualmente adotada pelo Ministério da Saúde, e disponibilizada de
forma gratuita, nesse primeiro ano de 2014, para as adolescentes de 11 a 13 anos de idade. Entretanto há muitas circunstâncias
que podem influenciar na aceitabilidade desta vacina, tanto por questões próprias do adolescente, como de seus
pais/responsáveis. Surge o objeto de estudo: os saberes e práticas dos adolescentes e seus responsáveis frente à vacinação
contra o HPV. E objetivos: Identificar a visão das adolescentes e dos pais/responsáveis sobre o HPV e Acessar os conteúdos que
organizam essas representações sociais. O estudo será do tipo descritivo com abordagem qualitativa, utilizando a Representação
Social como teoria e método. Os participantes serão as adolescentes e seus pais/responsáveis, e os cenários serão colégios
públicos municipal, de ensino fundamental, e estadual, de ensino médio, ambos do Centro da Cidade do Rio de Janeiro. As
técnicas de coleta de dados serão: um Teste de Associação Livre de Ideias (ALI), um instrumento para traçar o perfil
sociodemográfico e uma entrevista individual semi-estruturada, baseada em um roteiro. A análise da ALI se dará por análise de
conteúdo temático de Bardin, do perfil sóciodemográfico por meio de estatística simples e das entrevistas individuais
semi-estruturadas pelo software ALCESTE. Os aspectos éticos serão respeitados buscando cumprir o que dispõe a Resolução no
466/2012 do Conselho Nacional de Saúde que trata da pesquisa envolvendo seres humanos. O Projeto será submetido ao Comitê
de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery, e somente quando à sua aprovação, ocorrerá a liberação para iniciar
as atividades de pesquisa junto aos cenários e os participantes do estudo.
Palavras chave: Saúde do adolescente. Vacinas contra papillomavirus. Saúde sexual e reprodutiva.
Autor(a) Proponente: BIANCA DARGAM GOMES VIEIRA
Endereço: Av Passos, 122/502 - Centro
Rio de Janeiro - RJ CEP: 20051-040 - E-mail: [email protected]
1
- Escola de Enfermagem Anna Nery/Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
214
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA SEXUALIDADE INFANTIL PARTILHADAS POR PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Autor(es):
1
LUDMILLA SOARES LIMA
JULIANA GOMES DA SILVA SOARES
GISLAINNE DE ARAÚJO SOUSA
GEORGIANA DA COSTA E SILVA
A fase da infância tem sido alvo de diversos estudos devido, entre outros fatores, a sua importância no desenvolvimento do ser
humano. É nela que o indivíduo vivencia os primeiros contatos com mundo e com o outro e também vivencia aspectos físicos,
sociais, cognitivos, psicológicos, a curiosidade, as relações interpessoais, a linguagem, a percepção corporal, a sexualidade e
outras características humanas. Sobre a sexualidade, são muitas as discussões no âmbito científico, no sentido de conhecê-la,
tornando-a familiar ao desvendar suas origens, características e funções para o homem e para sociedade. A família e a escola, os
ambientes de maior permanência das crianças na atualidade, são os locais onde essa sexualidade se manifesta e, apesar das
mudanças na concepção de sexualidade, a maioria dos pais e educadores ainda sente grande dificuldade em lidar com essas
situações. Sabe-se que o papel da escola hoje não se restringe somente ao repasse de conhecimentos objetivos e sistemáticos,
mas também engloba o de socialização, desenvolvimento de forma de ser e de agir no mundo. Assim, esta pesquisa de iniciação
científica teve como base a Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici, visto que se acredita que uma representação
social de um objeto tem a influência na conduta de um indivíduo e de um grupo sobre o mesmo. O estudo objetivou de forma geral
identificar as representações sociais elaboradas por professores da educação básica acerca da sexualidade infantil. Os objetivos
específicos foram identificar os aspectos conceituais, afetivo e atitudinais que os professores elaboraram sobre as manifestações
da sexualidade de crianças na escola. O estudo foi do tipo qualitativo e exploratório. Os campos de investigação foram três
escolas da rede pública na cidade de Teresina-PI. As participantes da pesquisa foram vinte professoras que trabalham com as
primeiras séries do ensino fundamental (1º, 2º e 3º anos). O instrumento utilizado na coleta de dados foi a Entrevista estruturada
com três perguntas relacionadas aos objetivos específicos. A coleta de dados se deu na própria instituição de trabalho dos
sujeitos, após autorização das instituições e aprovação do comitê de ética da instituição de origem das pesquisadoras. Para
analisar os dados coletados na entrevista foi utilizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Sobre os resultados
encontrados obtiveram-se três categorias: Significados da sexualidade infantil, Sentimentos relacionados à sexualidade infantil e
Atitudes relacionadas às manifestações da sexualidade infantil. A categoria Significados da sexualidade infantil foi composta das
subcategorias: Genitalidade, Descoberta/Curiosidade, Inocência e Anormalidade. A subcategoria Genitalidade obteve 56,6% das
unidades de análise, mais da metade das unidades de análise, esse conceito foi predominante, em que a sexualidade foi
compreendida como algo puramente genital e voltado ao ato sexual. A categoria Sentimentos relacionados à sexualidade infantil
foi composta pelas subcategorias: Impotência; Tristeza; Desorientação; Preocupação e angústia e Espanto. A subcategoria
Impotência obteve 26,1% do total das unidades de análise. Esse sentimento relatado pelas professoras é decorrente de não
saberem como mediar ou solucionar as situações relacionadas à sexualidade, sentindo-se impotentes. A categoria Atitudes
relacionadas às manifestações da sexualidade infantil foi composta pelas subcategorias: Orientação à criança, Orientação à
família, Alerta e prevenção, Evitar a exposição da criança e Evitar que outras crianças sejam também estimuladas. A subcategoria
Orientação à criança obteve 63% das unidades de análise, cumprindo uma importante função de educadoras. Esses resultados
demonstram representações sociais negativas a repeito da sexualidade infantil. Percebeu-se, de maneira geral, a representação
social da sexualidade infantil, ancorada em manifestações genitais. O que a literatura científica já apontava, foi percebido,
também, nos resultados da pesquisa. Ou seja, a sociedade ainda reduz o conceito de sexualidade ao aspecto genital. E por ser a
sexualidade propriamente dita um tabu na sociedade atual, entende-se a resistência de algumas professoras em participar desta
pesquisa. Corroborando essa representação social, surgiu no discurso das professoras sentimentos de impotência, tristeza e
desorientação. E como consequência desses significados e sentimentos sobre a sexualidade infantil, atitudes de orientação à
família e aos alunos em situações que a sexualidade se evidencia no contexto escolar, bem como práticas de retaliação e
tentativas de manter as situações fora do conhecimento geral da escola. Verificou-se, pois, que a forma como a sexualidade
infantil é representada por este grupo influencia diretamente na prática desses sujeitos diante desse fenômeno.
Palavras chave: Representações sociais. Sexualidade. Infância. Educação. Professor.
Autor(a) Proponente: LUDMILLA SOARES LIMA
Endereço: Rua Padre José Rego 2232 - São João
Teresina - PI CEP: 64045-410 - E-mail: [email protected]
1
- Faculdade Santo Agostinho- FSA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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215
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE IDOSOS SOBRE SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE: SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
Autor(es):
1
MARIA NAUSIDE PESSOA DA SILVA
CAROLINE MURAD ABDALLA
LENNARA DE SIQUEIRA COÊLHO
LORENA ROCHA BATISTA CARVALHO
O estudo aborda as representações sociais de idosos sobre sexualidade na terceira idade, nessa perspectiva a Psicologia Social
estuda o indivíduo, articulando elementos afetivos, mentais e psicossociais, e contribuem com os processos de formação de
condutas e orientam as comunicações sociais e os processos responsáveis por sua formação e o sistema cognitivo que lhe
é próprio. O envelhecimento é um direito e a sua proteção um direito social. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso,
por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às
doenças que afetam preferencialmente os idosos. A vivência da sexualidade na velhice é benéfica para a saúde e está associada
à qualidade de vida. A Organização Mundial da Saúde define sexualidade como: uma energia que nos motiva a procurar amor,
contato, ternura, intimidade; que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados;
é ser­se sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia
também a nossa saúde física e mental. A pesquisa tem como objetivo abordar e analisar estudos relacionados às representações
sociais de idosos sobre sexualidade na terceira idade. Trata-se de uma revisão sistemática, realizada com artigos publicados no
SCIELO, no período de 2011 a 2014, utilizando os descritores: idoso, sexualidade, qualidade de vida e Psicologia Social. Os
dados foram coletados no mês de março de 2015. Os resultados indicaram três categorias a saber: 1- Como o idoso vivencia a
sexualidade - evidenciou a necessidade de atrair o sexo oposto e querer conviver com outra pessoa. Em relação ao aspecto físico
da sexualidade destaca-se o toque, o abraço ou as carícias, através de atenções especiais, companheirismo e relações sexuais.;
2- A importância atribuída a sexualidade pelo idoso – destacou o amor, respeito, compreensão, amizade e união, companhia e à
capacidade de expressar sentimentos verdadeiros um para o outro, numa atmosfera de segurança, carinho e reciprocidade. 3- A
satisfação sexual entre os idosos- No que diz respeito à satisfação sexual entre os idosos, os estudos mostraram que a
sexualidade não é só sexo, é amor, respeito e compreensão, segurança, carinho e reciprocidade e que a satisfação sexual está
associada com a frequência sexual. Homens e mulheres continuam a apreciar as relações sexuais durante a terceira idade. As
alterações físicas, mentais e psicossociais que ocorrem, podem prejudicar o prazer sexual. Para que não haja prejuízo nas
relações afetivas é necessária uma adaptação às mudanças ocorridas nesta fase, vivenciar o prazer com o querer ficar juntos
como forma de amor e proteção, o ficar sozinhos gera tristeza. O carinho, o afeto o cuidar do outro contribui para melhorar as
condições de saúde e qualidade de vida. A teoria das Representações Sociais como uma teoria sobre a produção dos saberes
que se produzem no cotidiano e que pertencem ao mundo vivido, contribui para o entendimento da importância da sexualidade da
pessoa idosa que pode influenciar na qualidade de vida. Conclui-se, que a sexualidade na terceira idade é complexa, quando
associada à ideia de qualidade de vida e entrelaçada ao fator saúde e sentimentos, representa ações de amor, carinho, carícias,
companheirismo, viver com o outro e para o outro com respeito, compreensão e segurança. De forma que as representações
implicam e, ao mesmo tempo, constroem saberes sociais e que são formas de conhecimento que circulam nas sociedades
orientando comportamentos e condutas individuais e coletivas, de modo que se apresentam como sujeitos ativos constituintes e
constituídos por este social.
Palavras chave: Idoso. Sexualidade. Qualidade de vida. Psicologia social.
Autor(a) Proponente: MARIA NAUSIDE PESSOA DA SILVA
Endereço: Rua Padre Aureo Oliveira,1964 - Cristo Rei
Teresina - PI CEP: 64015-470 - E-mail: [email protected]
1
- Centro Universitário UNINOVAFAPI
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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216
REFLEXÕES SOBRE GÊNERO: UM ESTUDO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS ASSENTADOS E ASSENTADAS DA
FAZENDA NOVA CANAÃ.
Autor(es):
1
VIVIANE BRÁS DOS SANTOS
PEDRO PAULO SOUZA RIOS
EDONILCE DA ROCHA BARROS
ADRIANA OLIVIA DA SILVA
No atual modelo de sociedade nada está posto como pronto e acabado, somos seres em processo, sendo assim, poderíamos
dizer que as relações com o meio social são construídas e estabelecidas a partir das necessidades/interesses políticos, culturais,
econômicos e geográficos, mas também, a partir das nossas representações sociais. Ao abordarmos a categoria gênero logo
pensamos na discussão sobre a mulher e opressão feminina operada pelo sistema patriarcal. No entanto, faz-se necessário
compreender que as relações de gênero ultrapassam as abordagens de temáticas sobre a mulher, sendo assim, abrangem as
relações de gênero questões que dizem respeito às mulheres e aos homens, como seres sociais pertencentes a uma mesma
sociedade e que nela se relacionam. Diante dessa reflexão desenvolvemos uma pesquisa objetivando identificar as
representações sociais de gênero existentes nos processos de formação escolar e não escolar no Assentamento Nova Canaã do
Movimento CETA. Tomamos como pressuposto para o estudo a teoria das representações sociais através das reflexões
encadeadas por Moscovici, segundo a qual contribui para os processos de formação de conduta e comunicação social. Sabemos
que nossos primeiros contatos e aprendizagem com as concepções que envolvem gênero, se dão na família e estendem-se pela
escola. Espaço que possibilita diversas experiências para os alunos e alunas irem construído suas representações e ideologias
que nortearão suas vidas. Diante dessa perspectiva é necessário refletir sobre o gênero em todas as etapas do desenvolvimento
humano. Gênero é uma temática que nas últimas décadas saiu do anonimato e passou a ser pensada e discutida. Na
contemporaneidade podemos constatar um novo cenário no que se refere às representações sociais de gênero no mundo e
consequentemente no Brasil. A eleição de Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita, para o cargo político mais importante da
nação serve bem para ilustrar o que estamos dizendo. Ancorados na pesquisa etnográfica estabelecemos os caminhos
percorridos na metodologia com abordagem qualitativa. A observação participante e o questionário aberto foram utilizados como
instrumentos de coleta de dados, os quais forneceram as informações necessários para nos debruçarmos nas analises das
representações sociais que os homens e mulheres da Fazenda Nova Canaã tinham sobre gênero. Durante as análises
estabelecemos categorias para melhor compreender as representações sociais quais sejam: Gênero enquanto categoria social;
Vivências das Relações Sociais de Gênero no Movimento Social; Gênero como uma construção sociocultural; Os espaços de
formação e a construção da identidade de gênero, Relações de Gênero no cotidiano escolar do Assentamento. A partir das
representações sociais identificadas percebemos que as relações de gênero são dinâmicas e determinadas historicamente, com
base em construções e desconstruções socioculturais, dessa maneira elas envolvem relações tanto de dependência quanto de
poder entre indivíduos de sexos diferentes, situados em diversas posições e lugares sociais. Acreditamos que há muitos passos a
serem dados. O Movimento CETA só foi reconhecido como tal a partir de 2002, de 1995 até esse período se organizava como
comissão e posteriormente com coordenação. Sua militância se deu no Estado da Bahia, ainda que mantenha articulação com
movimentos sociais Brasil afora, talvez por isso algumas barreiras, vista de longe, pareçam tão fáceis de serem superadas, para
quem está envolvido no processo, conhecendo de perto todas as dificuldades essas barreiras se mostrem como realmente são.
Constatamos que a formação deve ser um dos pilares na construção de novas relações de gênero. Não uma formação estanque,
mas uma formação continuada, expressa nas vivências individuais e coletivas. De acordo com os depoimentos a formação não
tem sido prioridade, desestruturando assim todas as comissões. Novas representações e relações de gênero se apresentam como
um ideal, já legitimado pelo Movimento em seus documentos, e isso é um bom começo, no cotidiano o que se percebe é um
desejo enorme por equidade, mas essa não acontece da noite por dia, se dá por meio de um processo de construção diária.
Palavras chave: Representação social. Gênero. Assentamento. Formação.
Autor(a) Proponente: VIVIANE BRÁS DOS SANTOS
Endereço: Rua Castro Alves,98 - Casas Populares
Senhor do Bonfim - BA CEP: 48970-000 - E-mail: [email protected]
1
-Universidade do Estado da Bahia- UNEB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
217
AS RELAÇÕES DE GÊNERO E A TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: O ENCONTRO POSSÍVEL
Autor(es):
1
ANA CÉLIA DE SOUSA SANTOS
LICIA DE SOUZA LEÃO MAIA
Neste texto temos a intenção de discutir as relações de gênero, a partir de conceitos que nos ajudarão a entender como a relação
entre mulheres e homens vão se transformando e vão se constituindo em um campo fértil de pesquisas e estudos. Nessa
perspectiva, compreendemos que a Teoria das Representações Sociais - TRS pode proporcionar encontros em que seja possível
o estudo mais aprofundado do que representa “ser mulher” e “ser homem” na atual sociedade. Para pensar em novas relações de
gênero é preciso entender o que é e como se construiu o que, hoje, se compreende por relações de gênero. Na perspectiva de
Scott (1990, p. 197) gênero é o “elemento constitutivo das relações sociais, baseado em diferenças percebidas entre os sexos e
gênero, é a maneira primordial de significar relações de poder”. A história da construção e do entendimento sobre o que é gênero
está intimamente vinculada à luta das mulheres e aos estudos sobre essa temática, desenvolvido por diversas estudiosas
feministas, como discute Touraine (2007, p. 19), “o movimento feminista transformou profundamente a condição das mulheres em
diversos países e permaneceu mobilizado lá onde a dominação masculina ainda conserva sua força”. Nessa perspectiva, a Teoria
das Representações Sociais (TRS) tem contribuído para identificar e compreender o que pensam mulheres e homens sobre as
relações estabelecidas no cotidiano de suas práticas, para então transformá-las. A Teoria das Representações Sociais, que não é
patrimônio de uma única área, cresce como uma teoria que tem muito a contribuir com as discussões sobre as relações de
gênero. Nasce a partir dos anos 60, com o aumento do interesse pelos fenômenos do domínio do simbólico, as quais recorrem às
noções de consciência e de imaginário. A obra de Moscovici, La Psychanalyse, son image, son public, que contém a matriz da
TRS, surge em 1961 na França, operacionalizando um conceito que contribui para o estudo do pensamento social em sua
dinâmica e em sua diversidade (ARRUDA, 2002). Na perspectiva de Moscovici (2003), estudar sobre as representações sociais é
examinar o senso comum. Nesse caso, compreende-se o senso comum, como uma forma de conhecimento que se inscreve na
ordem do conhecimento da realidade, diferenciando tanto na sua elaboração, quanto na sua função. Santos (2005), ao citar esse
autor destaca que “o conhecimento do senso comum é elaborado a partir dos processos de objetivação e ancoragem, segue uma
lógica natural, e tem como função orientar condutas, possibilitar a comunicação, compreender e explicar a realidade social,
justificar a posteriori as tomadas de posição e as condutas do sujeito e uma função identitária que permite definir e salvaguardar
as especificidades dos grupos”. Na compreensão de Moscovici (apud Oliveira e Werba, 1998, p. 181), as representações sociais
podem ser entendidas como "um conjunto de conceitos, proposições e explicações originadas na vida cotidiana no curso de
comunicações interpessoais". Assim, apresentamos os possíveis encontros entre a Teoria de Gênero e a TRS, contribuindo para
que estudos e pesquisas possam identificar e compreender o que pensam mulheres e homens sobre suas práticas cotidianas. O
estudo apresenta discussões baseadas em Colling (2004), Louro (1997), Pereira (2004), Scott (1990), Strey (1998), Saffioti (1979),
esclarecendo conceitos que estabelecem a diferença entre sexo e gênero. Esses/as autores/as afirmam que o gênero é inscrito
culturalmente e inculcado inconscientemente. Desse modo, é transformável, alterável e reformável, não pela vontade, mas
histórica, cultural e psiquicamente. E, para aprofundar as discussões sobre as Representações Sociais nos baseamos em Abric
(1987), Jodelet (1989), Moscovici (1978). O estudo da TRS possibilita a identificação do núcleo central da RS de gênero,
verificando como se constroem, evoluem e se transformam tais representações. Permite, ainda, transformar o que pensam
mulheres e homens sobre si mesmo e sobre suas relações. Nesse sentido, compreender um fenômeno a partir da representação
que as/os professores/os tem sobre ele, é possibilitar a identificação do núcleo central e do campo semântico de uma determinada
forma de pensar as relações. E, nesse sentido, permitir o questionamento e a reflexão do atual modelo que orienta a relação entre
esses sujeitos. É, ainda, possibilitar a desconstrução de estereótipos e a construção de relações baseadas na igualdade, equidade
e solidariedade entre mulheres e homens.
Palavras chave: Relações de gênero. Representação sociais. Práticas cotidianas.
Autor(a) Proponente: ANA CÉLIA DE SOUSA SANTOS
Endereço: Rua Professor Antonio Coelho, 276 - Bloco - B, Aptº 201 - CDU/Varzea
Recife - PE CEP: 50740-020 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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218
INFLUÊNCIA DOS ARRANJOS FAMILIARES NA CONSTRUÇÃO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Autor(es):
1
RITA NARRIMAN SILVA DE OLIVEIRA BOERY
JEORGIA PEREIRA ALVES
ELIANE DOS SANTOS BOMFIM
MARIA LYDIA AROZ D’ALMEIDA SANTANA
A Teoria das Representações Sociais foi criada a partir da publicação da obra La psychanalyse, son image e son public, em 1961,
sendo considerada como conhecimentos práticos do senso comum, que representam um conjunto de ideias, opiniões e atitudes
originadas a partir da vida cotidiana, através de relações sociais que são estabelecidas entre grupos sociais ou pessoas de um
mesmo grupo. Assim, estabeleceu-se que os indivíduos e os grupos pensam, e que as instituições e sociedades são ambientes
pensantes, que renovam a forma de olhar para a constituição das instituições sociais e para os comportamentos individuais e
coletivos. Desta forma, o estudo tem como objetivo, refletir teoricamente sobre a influência dos arranjos familiares na construção
das Representações Sociais. Nessa perspectiva, a TRS é conceituada como um saber prático do conhecimento socialmente
elaborado e compartilhado, contribuindo para a construção de uma realidade comum a um conjunto social. As representações são
consideradas como um produto da interação e comunicação, tomando formas e configurações específicas. Assim, infere-se na
relação sutil entre a representação e as influências comunicativas, pois as representações resultam do equilíbrio desses
processos de influência social. Durante seu desenvolvimento, o ser humano é influenciado por concepções, crenças e valores a
partir de um processo historicamente constituído e disseminado na cultura, instituições, práticas sociais e comunicações
interpessoais. Portanto, vê-se relevante pensar na família como a primeira instituição responsável pela formação da personalidade
social do indivíduo através da transmissão da cultura e especificando papéis desempenhados no cotidiano. Desse modo, as
representações sobre família são bastante heterogêneas por estarem relacionadas a diferentes concepções familiares, além das
distintas realidades vivenciadas, possibilitando que a avaliação da vida familiar assuma uma grande importância e relevância. A
organização da estrutura familiar sofre pressões de fatores sociais, políticos, econômicos, religiosos e culturais, que agem
historicamente, determinando o cenário e as interações entre os sujeitos sociais. Portanto, classifica-se a conformação das
famílias em: família Nuclear, aquela composta por pai­mãe­filhos; família Extensa, composta por outros membros com laços de
parentesco consanguíneos e família Abrangente, que inclui os não parentes que coabitam. A estrutura familiar Tradicional tem
sido substituída constantemente, exigindo de todos os membros uma adaptação aos novos papéis a serem assumidos e à nova
composição familiar. A família como instituição socializadora de seus membros é o espaço de proteção e cuidado onde as
pessoas se unem por afeto ou por laços de parentesco, independente do arranjo familiar que se organize. Cada família possui sua
própria cultura, seus códigos, suas regras, seus ritmos e seus jogos dentro de um contexto de emoções entrelaçadas. Assim, os
arranjos diversificados podem variar em combinações de diversas naturezas, seja na composição ou nas relações familiares
estabelecidas, de modo que a composição pode variar em uniões consensuais de parceiros separados ou divorciados; uniões de
pessoas do mesmo sexo; uniões de pessoas com filhos de outros casamentos; mães sozinhas com seus filhos, podendo ser cada
um de pai diferente; pais sozinhos com seus filhos; avós com netos; e uma infinidade de formas a serem definidas, dinamizando,
assim, uma nova família, diferente do modelo clássico nuclear. Desta forma, como a TRS busca discutir as interações e
comunicações no interior de grupos sociais, por assim refletir a situação dos indivíduos acerca dos assuntos do seu cotidiano, os
estudos das representações sociais estão tornando-se cada vez mais relevantes por estarem diretamente relacionados à maneira
como as pessoas interpretam ou traduzem os conhecimentos veiculados socialmente.
Palavras chave: Representações sociais. Família. Relações familiares.
Autor(a) Proponente: RITA NARRIMAN SILVA DE OLIVEIRA BOERY
Endereço: RUA JUSCELINO KUBITSCHEK, 123 - SÃO LUÍS
Jequié - BA CEP: 45203-260 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
219
MULHERES EM SITUAÇÃO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O HIV/AIDS
Autor(es):
1
DÉBORA RAQUEL SOARES GUEDES TRIGUEIRO
JORDANA DE ALMEIDA NOGUEIRA
SANDRA APARECIDA DE ALMEIDA
JOSEANE BARBOSA FREIRE DA SILVA
A epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) tem sido considerada como um fenômeno global, contínuo e
dinâmico, atingindo grupos marginalizados. O aumento de pessoas infectadas sob privação de liberdade é uma realidade
crescente nos últimos anos e requer repostas mais contextualizadas no combate à aids entre indivíduos em situação de cárcere.
Dessa forma, objetiva-se neste estudo analisar as representações sociais sobre Aids construídas por mulheres em situação de
privação de liberdade. O estudo utilizou como aporte teórico a Teoria das Representações Sociais. Os dados originaram-se do
Teste de Associação Livre de Palavras aplicado nos meses de outubro e novembro de 2014 com 174 apenadas na Penitenciária
de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão da cidade de João Pessoa-PB, o qual utilizou a palavra indutora Aids. Os dados
foram processados pelo software de Análise Textual IRAMUTEQ (Interface de R pour les Analuses Multidimensionnelles de Textes
et de Questionnaires), cuja classificação hieráriquica descendente, reteve “174” Unidades de Contexto Elementar, com um
aproveitamento de 88,4%. Foram conformadas seis classes de respostas associadas a Aids: negatividade emergente, cuidados
frente a Aids, modos de transmissão, diagnóstico da doença, consequências sociais e estigma da Aids. Na classe um ao falarem
sobre Aids as reclusas expressam sentimentos negativos e uma visão pessimista da vida, encarando-a com desespero, dor,
solidão, desengano, angústia, tristeza e a ausência de vida é percebida nas evocações de destruição, fim e morte. As expressões
advindas da classe dois demonstram a Aids como uma doença perigosa, necessitando de assistência médica a fim da instauração
de um tratamento para o controle do agravo, e dentre os cuidados a evocação preservativo surge como medida preventiva, mas
na realidade o insumo não é disponibilizado dentro da penitenciária. Na classe três, a aids é considerada como uma doença
transmissível e que essa transmissão pode ser através do sexo, beijo e alicate, instrumento bastante compartilhado em meio
prisional. Na quarta classe, a aids é reconhecida por meio de exames, realizado semestralmente na prisão, que comprovam o
diagnóstico da infecção e, que a partir disso, pode desencadear o medo de uma doença considerada ruim e incurável, gerando
pena e preocupação. Na sexta classe, o pensar em aids configura a forma como a sociedade encara a doença, compreendendo
uma imagem carregada por discriminação, rejeição, isolamento, vergonha, nojo, desgosto e pena, gerando medo, depressão,
tristeza, preocupação e desânimo. A sétima classe encerra a análise das classes representativas com o retrato social da Aids
configurando-se a ideia de que a Aids é uma doença, contagiosa, perigosa, incurável e que leva a morte. Esses conteúdos
representacionais sobre a Aids trazem um imbricado de valores sociais e contextuais que ora apontam para uma interface
biomédica advinda dos conhecimentos científicos, ora segue uma interface tradicional de concepções sociais elaboradas no
decorrer da eclosão da epidemia.
Palavras chave: Aids. Prisioneiros. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: DÉBORA RAQUEL SOARES GUEDES TRIGUEIRO
Endereço: Rua Maria José Rique, 160 - Cristo Redentor
João Pessoa - PB CEP: 58071-610 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal da Paraíba-UFPB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
220
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MULHERES ASSISTIDAS POR ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS DURANTE O TRABALHO
DE PARTO E PARTO NORMAL
Autor(es):
1
GAUBELINE TEIXEIRA FEITOSA
INEZ SAMPAIO NERY
ÁLLAMY DANILO MOURA E SILVA
GIRLENE RIBEIRO DA COSTA
A gestação e o nascimento são eventos biopsicossociais que constituem um momento bastante significativo, com forte potencial
positivo e enriquecedor. O parto é uma experiência única, com grande relevância psicológica. Anteriormente o mesmo acontecia
em casa sendo acompanhado por parteiras que, embora não tivessem o conhecimento científico possuíam vasta experiência. A
partir do século XX, o parto passou a ser realizado em ambiente hospitalar, submetendo a mulher ao modelo biomédico e com uso
abusivo de intervenções. Desde de meados dos anos 70 as enfermeiras obstétricas eram as únicas profissionais não médicas
com amparo legal para atuarem no parto normal e começaram a ser inseridas na assistência ao parto hospitalar, na tentativa de
reduzir a intensa medicalização do corpo feminino e promover uma assistência humanizada. A Organização Mundial de Saúde
(OMS) reconhece que a realização do parto normal pela enfermeira obstétrica tem caráter menos intervencionista e sua técnica
humanizada respeita a fisiologia do nascimento. Além disso, seus conhecimentos permitem detectar e corrigir precocemente
qualquer intercorrência no trabalho de parto. Este trabalho tem como objetivo apreender as representações sociais de mulheres
assistidas por enfermeiras obstétricas durante o trabalho de parto e parto normal descritas na literatura. O estudo das
representações sociais, possibilita descobrir como indivíduos e grupos constroem o seu conhecimento, com base em suas
experiências e dos valores que atribuem as suas vivências. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica do tipo integrativa,
cuja teoria utilizada nos estudos foi a Teoria das Representações Sociais. Este tipo de revisão tem como finalidade sintetizar
resultados obtidos em pesquisas sobre um determinado tema, de maneira sistemática e ordenada, para contribuir com o
conhecimento dessa temática. Realizada de acordo com os seis passos operacionais: identificação do problema; elaboração da
pergunta norteadora; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão; coleta de dados em bases científicas; seleção dos
artigos; análise e interpretação dos resultados. A estratégia de busca foi a consulta as bases de dados eletrônica:Literatura
Internacional em Ciências da Saúde (Medline), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e Base de Dados em Enfermagem (BDENF). Para o levantamento bibliográfico foram
utilizados os seguintes descritores: assistência de enfermagem, parto normal, psicologia social e representações sociais. A
seleção da amostra obedeceu aos seguintes critérios de inclusão: artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais
indexados na língua portuguesa e inglesa, focalizando tema da pesquisa, com publicação nos últimos dez anos. Quanto aos
critérios de exclusão,os artigos que não atenderem ao objetivo proposto pela pesquisa, teses, disertações e livros. Foram
encontrados 15 artigos e de acordo com os critérios de exclusão já citados selecionamos 10 estudos para a realização da
pesquisa, nos quais foram publicados no período entre 2008 a 2014. Em relação aos delineamentos de pesquisa todos os 10
estudos utilizaram a abordagem metodológica qualitativa. Na análise dos dados os estudos demostram a importância da
permanência contínua da profissional enfermeira no ambiente assistencial do parto, pelo fato de contribuir na diminuição do medo,
da dor e da ansiedade. As mulheres assistidas por essas profissionais durante o trabalho de parto e parto reconhecem e valorizam
alguns atributos relacionados a prática das enfermeiras obstétricas. A permanência contínua e a sensibilidade demostrada por
essas profissionais no processo do nascimento, a participação ativa da mulher na parturição, as técnicas não farmacológicas para
o alívio da dor além da segurança e confiança transmitida as essas mulheres durante esse momento, contribuíram assim para que
as mesmas se sentissem mais seguras. A compreensão da vivência das mulheres que foram assistidas por enfermeiras podem
trazer repercussões e mudanças nas práticas obstétricas, direcionando a assistência para as necessidades da mulher,
respeitando as suas decisões e estimulando o seu papel de protagonista do parto, assim como também a satisfação relatada por
essas mulheres na vivência dessa experiência fornece subsídios para a disseminação da política vigente no Brasil de
humanização do parto e de implantação dos centros de parto normal em todo o território nacional.
Palavras chave: Parto normal. Assistência. Enfermagem obstétrica. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: GAUBELINE TEIXEIRA FEITOSA
Endereço: Rua Ivan Tito de Oliveira - Lourival Parente
Teresina - PI CEP: 64023-500 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Piauí- UFPI
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
221
ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR CASAIS HOMOAFETIVOS: O QUE PENSAM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA E DIREITO?
Autor(es):
1
LUDGLEYDSON FERNANDES DE ARAÊJO
ROMULO ARAUJO DA ROCHA
ANNA CLARA DE ARAÚJO CARDOSO
FAUSTON NEGREIROS
Os novos arranjos familiares existentes na contemporaneidade têm suscitado debates na sociedade acerca do direito e do desejo
que muitos casais homoafetivos possuem em adotar crianças. Muitos destes debates são permeados por aspectos ligados às
esferas do conhecimento do Direito e da Psicologia, os quais em distintos momentos apresentam ora argumentos favoráveis, ora
argumentos contrários. Neste contexto, se faz necessário verificar as concepções compartilhadas por estes futuros profissionais
que atuarão nesses campos de discussão, lindando com fenômenos sociais dentre os quais a adoção de crianças por casais
homoafetivos também se insere. Ademais, no que se refere à questão da adoção de crianças por pares homoafetivos, há que se
considerarem os vários fatores intrínsecos, entre os quais se destaca o preconceito que em muitos casos fundamentam atitudes
preconceituosas e que podem gerar situações de discriminação. Assim, o presente estudo teve por objetivo identificar e comparar
as Representações Sociais (RS) de estudantes em fase final do curso de Psicologia e de Direito no tocante à adoção de crianças
por casais homoafetivos. A amostra foi não-probabilística e intencional constituída por 200 universitários de ambos os sexos,
sendo 100 alunos do curso de Psicologia e 100 alunos do curso de Direito. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados
deste estudo foram um questionário sócio demográfico e o Teste de Associação Livre de Palavras (TALP), o qual apresentou em
seu escopo o estímulo­indutor “adoção por casais homoafetivos”. Os dados sociodemográficos foram analisados por meio de
estatística descritiva e tabulados de acordo com suas especificidades. Já os dados coletados por meio da TALP foram analisados
através da Análise Fatorial de Correspondência. Durante a realização da pesquisa, observaram-se as diretrizes que norteiam os
estudos envolvendo seres humanos e assim foi respeitado o anonimato dos participantes, bem como a confidencialidade de suas
respostas. As mesmas foram analisadas em conjunto levando em conta os resultados de outras pesquisas sobre o fenômeno
estudado. Notou-se que as representações sociais dos dois grupos em estudo acerca da adoção de crianças por casais
homoafetivos estiveram particularmente associadas aos seus contextos de pertença. Os discentes de Psicologia evocaram em
sua maioria os aspectos subjetivos e psíquicos que perpassam o fenômeno, ressaltando conceitos como “Amor” (Peso Semântico
=85), “Família” (Peso Semântico =45) e “Cuidado” (Peso Semântico=22). Por sua vez, os estudantes do direito objetivaram as
Representações Sociais acerca da adoção de crianças por casais homoafetivos através dos aspectos relativos aos Direitos
Humanos e Cidadania, tais como “Burocracia” (Peso Semântico =90), “Lar” (Peso Semântico =60) e “Proteção” (Peso Semântico
=07). Os dados obtidos revelaram, ainda, posicionamentos comuns entre os universitários de Psicologia e Direito acerca da
adoção de crianças por casais homossexuais, como o conceito “Responsabilidade”, revelando assim a preocupação destes
futuros profissionais com questões relativas à conscientização e à promoção da responsabilidade no cuidado e criação dos filhos.
Destarte, evidenciou-se neste estudo a necessidade do fomento de lócus discussão/reflexão no âmbito universitário e na
sociedade em geral acerca da possibilidade ou não da adoção de crianças por parte de casais homossexuais, com intuito de
desenvolver mecanismos psicossociais e jurídicos que contribuam na elucidação desta temática complexa e dinâmica da
sociedade contemporânea.
Palavras chave: Adoção. Casais homoafetivos. Representações sociais.
Autor(a) Proponente: LUDGLEYDSON FERNANDES DE ARAÚJO
Endereço: RUA BOA VISTA, 323 - SÃO BENEDITO
Parnaiba - PI CEP: 64202-530 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Piauí- UFPI
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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222
REPRESENTAÇÕES EM MOVIMENTO DE MÃES E PAIS DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL
Autor(es):
1
JEORGIA PEREIRA ALVES
JAMILE GUERRA FONSECA
RITA NARRIMAN SILVA DE OLIVEIRA BOERY
Vir-a-ser família de uma criança com Paralisia Cerebral (PC) constitui um processo delicado e complexo, visto que a PC é
consequência de uma lesão no cérebro no período pré, peri ou pós-natal, que causa um grupo de desordens do movimento, da
postura e tônus muscular anormal, levando a limitações funcionais e até incapacidade física. A PC afeta cerca de 2 a 4 crianças
por 1000 nascidos vivos, assim, não é raro encontrar uma família que conviva com os desafios que essa experiência pode trazer,
principalmente, quanto à forma como essa família se adapta às novas situações, o que depende das suas experiências prévias,
crenças e valores, além da influência dos espaços que ocupam e dos papéis que desempenham. A família é uma instituição social
que influência os processos de formação das representações sociais (RS) de um indivíduo, atribuindo-lhes valores culturais
próprios, sendo que a RS, segundo Serge Moscovici, é um conjunto de ideias, opiniões, imagens e atitudes originadas a partir da
vida cotidiana. Nesse sentido, esta pesquisa tem o objetivo de analisar as representações de mães e de pais de crianças com PC,
sobre sua família. Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratória, descritiva, qualitativa e fundamentada na Teoria das
Representações Sociais (TRS) de Serge Moscovici. Realizada na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e na
Clínica Escola de Fisioterapia (CEF), da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), no município de Jequié – BA. É
uma pesquisa em andamento, na fase de coleta com período previsto de maio a julho de 2015. Os grupos sociais em estudo são
mães e pais de crianças (de 1 a 10 anos de idade) diagnosticadas com PC. Para coleta de dados foi escolhidas, a técnica
projetiva desenho-estória com tema (DET) e a técnica de grupo focal (GF), para as mães. E para os pais, a coleta de dados
acontece com a aplicação da técnica projetiva DET e a entrevista semi-estruturada. Na aplicação do DET é feita sequencialmente
três solicitações aos participantes: “Faça um desenho que represente sua família com uma criança com PC”; “Conte uma história
com início, meio e fim, sobre o desenho”; “Dê um título para seu desenho”. A realização do GF acontece em três encontros,
semanais com data e horário previamente acordado com o grupo de mães, na CEF. E as entrevistas semi-estruturadas são
marcadas individualmente, com data previamente agendada, e local para maior comodidade dos pais. Trata-se de uma pesquisa
em andamento na qual será utilizada a análise de conteúdo temática, segundo Bardin, tendo como suporte a ótica do Referencial
teórico-metodológico da TRS. A presente pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, da UESB, sob o
número de CAAE: 38942414.1.0000.0055, em atendimento à Resolução 466/2012. Nos cadastros da APAE e CEF foram
encontradas 17 famílias no município pertencentes ao grupo social já descrito. Foi estabelecido contato com 14 mães e 10 pais
sendo participantes da pesquisa 13 mães e 8 pais. Partindo da visão que as RS sobre família são bastante heterogêneas por estar
relacionadas tanto, às diferentes concepções familiares, quanto às distintas realidades sociais vivenciadas. Entende-se que as
representações conservam a marca da realidade social onde nascem, mas também possuem vida independente, reproduzem-se e
se misturam, tendo como causas outras representações e não apenas a estrutura social. Assim considera-se essa perspectiva
psicossocial das RS na presente pesquisa, por assim refletir conforme a teoria sobre como os indivíduos, os grupos, os sujeitos
sociais (mães e pais de crianças com PC), constroem seu conhecimento a partir da sua inscrição social e cultural, por um lado, e
por outro, como a sociedade se dá a conhecer e constrói esse conhecimento com os indivíduos. Em suma, como interagem
sujeitos e sociedade para construir a realidade. Por certo, que as RS desse grupo exercem sua dupla função, conforme a visão
moscoviana, de estabelecer uma ordem que permite aos sujeitos desse grupo orientar-se em seu mundo material e social e
controlá-lo, como também possibilita que a comunicação entre os mesmos seja possível e permeada por um código para nomear
e classificar, sem ambiguidade, os vários aspectos do seu mundo e da sua história individual e coletiva.
Palavras chave: Família. Paralisia cerebral. Teoria das representações sociais.
Autor(a) Proponente: JEORGIA PEREIRA ALVES
Endereço: rua da igreja são jose 289 - jequiezinho
Jequié - BA CEP: 45200-000 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
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223
A INFLUÊNCIA DO DIVÓRCIO NA VIDA ESCOLAR DAS CRIANÇAS: UM ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
ELABORADAS POR PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL NA CIDADE DE TERESINA-PI
Autor(es):
1
MARIA BETÂNIA SOARES CARIOCA
ANA CAROLINNE CÉSAR QUIRINO MOURA
BRUNA RAISSA DIAS FERREIRA
JULIANA GOMES DA SILVA SOARES
O processo educativo em unidades públicas é complexo e requer esforços do governo e dos próprios pais; com os quais a criança
necessita de uma convivência adequada e organizada. O presente artigo tem como objetivo descrever os resultados de uma
pesquisa a respeito das representações sociais elaboradas por professores sobre a criança que tem pais divorciados;
considerando, como objetivos específicos, compreender as consequências do divórcio em relação ao desempenho acadêmico da
criança, na percepção do professor e os sentimentos e atitudes que este têm em relação aos alunos, visto que o docente faz um
elo entre a criança, os pais e o conhecimento. Desta maneira, o tema abordado visa esclarecer elementos que permeiam e
afetam o desenvolvimento do aluno – ser multifatorial, que acarreta os fatores biopsicossociais. Faz-se amplamente útil um estudo
de representações sociais por observar como o professor percebe e se relaciona com a criança que vivencia esta situação,
levando em consideração os significados, sentimentos e atitudes dos docentes. Os fundamentos da Teoria evidenciam que as
representações são expressas por meio do discurso, portanto, fazem parte do cotidiano familiar e escolar. É possível relacionar
esta teoria aos professores, visto que são atores sociais e agem no mundo que os rodeia. As representações sociais elaboradas
pelos professores em relação ao fenômeno têm grande valor para se pensar as práticas docentes atuais, pois as representações
sociais perpassam o mundo vivencial, envolvendo relações, linguagem, valores e subjetividade de cada grupo e, ainda, pela sua
relevância cultural; possibilitando uma ampliação do conhecimento sobre o tema, contexto e público que irá afetar. Para tanto,
partiu-se de um estudo qualitativo, de caráter exploratório. Como campo de estudo possui 5 escolas da rede pública da cidade de
Teresina - PI e os sujeitos foram 15 professores do ensino fundamental das mesmas. A quantidade de participantes considera o
conecto de saturação presente nas pesquisas de representações sociais. Os dados sócio demográficos incluíram idade,
formação, sexo, tempo de docência e religião. As escolhas aconteceram de forma aleatória, conforme disponibilidade das
instituições. Foram utilizados como técnica de coleta dos dados o Teste de Associação Livre de Palavras e a Entrevista
Estruturada, que foram analisados pela Técnica de Análise de Conteúdo de Bardin, por intermédio da técnica de análise
categorial. Destaca-se que, somente a partir da autorização concedida pelo comitê de Ética em Pesquisa, os dados foram
coletados. Como resultados da associação livre de palavras foram encontradas duas categorias: Consequências do Divórcio para
a Vida Escolar dos Alunos – com as subcategorias “Comprometimentos Socioculturais”, “Comprometimento na Aprendizagem”,
“Dificuldades Disciplinares” e “Conflitos Interpessoais” – e Sentimento das Professoras, em que “Tristeza”, “Desafeto” e “Bons
Sentimentos” constituem as subcategorias. A partir da entrevista estruturada três categorias foram encontradas: Consequências
do Divórcio – como subcategorias surgiram “Rendimento Acadêmico Negativo”, “Faltas”, “Comprometimento Biopsicossocial”,
“Rendimento Acadêmico Positivo”, “Alterações Comportamentais” e “Mudança de Rotina” –; na categoria Sentimentos diante do
Divórcio as subcategorias obtidas foram “Pena, Compaixão, Solidariedade”, “Tristeza”, “Impotência/Incapacidade” e “Angústia,
Preocupação e Ansiedade”, por fim, na última categoria, Atitudes Relacionadas às Crianças com Pais Divorciados, as
subcategorias encontradas abrangem “Conversar com os Alunos”, “Conversar com os Pais”, “Estimular”, “Dar carinho/afeto” e
“Disciplinar”. Os resultados apresentaram representações sociais negativas, fortemente ancoradas numa vitimização das
crianças, levando as professoras a sentirem pena e agirem de maneira maternal. O processo de objetivação na construção
dessas representações sociais apareceu quando as professoras localizaram as principais consequências do divórcio para a vida
acadêmica da criança, passando esta a ter prejuízos acadêmicos, psicológicos e sociais, pelos conflitos, mudança de rotina que a
situação traz à família. Entretanto, percebeu-se também que existem representações positivas, quando as professoras
mencionaram que algumas crianças podem ter melhoria do seu desempenho acadêmico por não conviver mais com os pais em
conflito dentro de um mesmo ambiente. Assim, percebe- se a importância do papel desempenhando pelos docentes, pois fazem
parte do contexto vivencial da criança e podem ajudar na elaboração do divórcio e diminuição dos prejuízos no desenvolvimento
deste, enquanto aluno. Verificou-se a importância de compreender as representações sociais dos professores sobre o divórcio e
sua implicação na vida acadêmica da criança. Com isso é possível atuar no aumento de suas formas de enfrentamento para
auxiliar o aluno a lidar com esse momento de mudança.
Palavras chave: Representações sociais. Divórcio. Desempenho acadêmico. Professor. Criança.
Autor(a) Proponente: MARIA BETÂNIA SOARES CARIOCA
Endereço: Rua Alberto Leal Nunes Nº 2161 - Lourival Parente
Teresina - PI CEP: 64023-450 - E-mail: [email protected]
1
- Faculdade Santo Agostinho- FSA
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
224
O VIVIDO DA VIOLÊNCIA NO NAMORO PELAS JOVENS: UM ESTUDO DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Autor(es):
1
GABRIELA MELLO SILVA
ANA BEATRIZ AZEVEDO QUEIROZ
Estudo descritivo, qualitativo, que terá como objeto de investigação as representações sociais das jovens acerca da vivência da
violência de gênero no namoro, utilizando-se a Teoria das Representações Sociais como arcabouço teóri-metodológico para
auxiliar na compreensão dos sentidos e atitudes atribuídas por essas jovens ao objeto descrito. A violência no namoro (dating
violence, violência en el noviazgo, violência nas relações afetivos-sexuais) é uma forma grave, potencialmente letal de violência no
relacionamento dos jovens e pode levar a problemas de saúde física e mental. Para efeito metodológico, utilizaremos a
terminologia namoro que é uma relação que envolve "encontro para uma interação social, em atividades conjuntas e com intenção
implícita ou explícita para continuar o relacionamento". Pensar a violência de gênero no namoro enquanto objeto de estudos da
teoria das representações sociais é considerá-la enquanto um sistema de representação simbólica. É pensar que ela atua como
uma forma de conhecimento socialmente elaborada e partilhada, que possui um objetivo prático, e que contribui para a construção
de uma realidade comum a um conjunto social. Objetiva-se com esse estudo: descrever as representações sociais das jovens
sobre a violência de gênero em seus namoros e analisar as estratégias das jovens para lidar com esse tipo de violência, assim
como a rede de apoio a qual a mesma contou na situação vivida. As participantes do estudo serão 60 jovens, estudantes de
escolas estaduais do Rio de Janeiro/Brasil, que relatam terem vivido manifestações violentas em seus namoros. A coleta de dados
está sendo realizada através da técnica de associação livre de ideias com o termo “violência no namoro” para fazer emergir
dessas jovens as expressões mais espontâneas relativas a temática ao nível dos estereótipos sociais partilhados pelos indivíduos
de cada grupo social. Num segundo momento está sendo levantado o perfil sócio econômico demográfico relacional e através da
entrevista em profundidade busca-se captar as representações sociais sobre a violência no namoro. O processo de análise da
ALI está sendo realizado através da Análise de Conteúdo de Bardin onde identificamos as ligações das palavras induzidas ,
agrupando-as e apontando a categorização. A análise das entrevistadas será do tipo lexical através do software ALCESTE versão
2012. Por fim, todos os achados serão discutidos sob a luz da perspectiva da abordagem dimensional da Teoria das
Representações Sociais. Os resultados preliminares estão apontando para um grupo de jovens entre 15 e 23 anos, de cor
autodeclarada parda, religião evangélica, renda familiar entre 1 a 4 salários mínimos, tendo a grande maioria (70%) em
relacionamentos considerados por elas como de namoro. As categorias que estão emergindo da ALI são “violência: um
desrespeito a violação da vontade alheia” ; “violência vivida e revivida: marcas que não se apagam” e“ estratégias para lidar com
a violência: atitudes concretas e atitudes idealizadas”. A aplicação da Teoria das Representações Sociais (TRS) vem nos
ajudando acessar os saberes sociais sobre a violência no namoro entendendo como um fenômeno de relevância social por sua
presença no cotidiano nos relacionamentos dessas jovens, que mobiliza saberes, desejos e práticas. Desta forma, vem nos
indicando que as representações sociais desse grupo são elaboradas tendo como pano de fundo o ambiente social em que
vivem e as questões de gênero que envolvem a vontade masculina X a obrigação feminina. Fato que nos vem refletir, que ainda
hoje, nos relacionamento de determinados jovens ainda se faz presente antigos dogmas de dominação e subordinação quanto
trata-se de relações entre homens e mulheres.
Autor(a) Proponente: GABRIELA MELLO SILVA
Endereço: Travessa Silva Jardim, 50 - Centro
Três Rios - RJ CEP: 25805-160 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
225
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONSTRUIDA POR MULHERES EM TERESINA-PI
Autor(es):
1
ALINE RAQUEL DE SOUSA IBIAPINA
INEZ SAMPAIO NERY
FERNANDA MARIA DE JESUS SOUSA PIRES
A violência contra a mulher é qualquer ato de violência baseado no gênero que resulte em dano físico, sexual, emocional ou
sofrimento. É chamada violência doméstica porque ocorre normalmente dentro de casa e o agressor tem ou já teve uma relação
íntima com a mulher agredida e geralmente são maridos, companheiros ou namorados. Neste sentido, este estudo teve por
objetivo apreender as representações sociais sobre a violência doméstica produzidas por mulheres violentadas ou não. Trata-se
de uma pesquisa exploratória que priorizou o discurso dos agentes sociais objeto desta investigação, como fonte de informações
para a análise das representações sociais que essas mulheres elaboraram sobre a violência doméstica. Realizou-se a coleta de
dados em duas vilas da periferia da região leste da cidade de Teresina-PI no período de agosto a setembro de 2013. Os
participantes da pesquisa foram 60 mulheres: 30 violentadas e 30 não violentadas. Às mulheres, foi assegurado o anonimato de
suas falas, bem como a assinatura do termo do consentimento. As informações foram obtidas através de visitas domiciliares, onde
foi aplicado como instrumento de coleta de dados o teste de associação livre de palavras. O teste de associação livre de palavras
foi composto por dois estímulos indutores: “violência” e “violência doméstica” com a associação de seis palavras, para cada
estímulo proposto que viessem à mente das mulheres. Os dados foram processados no software Tri-Deux Mots (versão 2.2) e
interpretado por meio de análise fatorial de correspondência (AFC), que destaca eixos que explicam as modalidades de respostas,
mostrando estruturas constituídas de elementos do campo representacional. Evidenciou-se que os dados do teste de associação
livre de palavras originaram um grupo de 647 evocações como resposta aos estímulos indutores “violência” e “violência
doméstica”, das quais 217 com significados diferentes. O que contribuiu para redução do número de palavras diferentes foi o
agrupamento de palavras com similaridade semântica. Os resultados foram analisados e interpretados de forma descritiva e
demonstrativa por meio do gráfico de representação do plano fatorial de correspondência sobre a violência doméstica. O gráfico 1
resulta do cruzamento entre as variáveis fixas e as variáveis de opiniões evocadas, segundo as representações das mulheres
violentadas ou não violentadas. O primeiro fator (F1) apresenta as mais expressivas representações ou modalidades, por explicitar
34% da variedade total de respostas, sendo necessário lançar mão do segundo fator (F2) que contribui com 27% das evocações.
Os dois fatores totalizam 61% da variedade das respostas, sendo, portanto, representativo para o estudo. No fator (F1), apenas no
lado positivo, o estímulo “violência” é contemplado pela palavra espancamento, evocada por mulheres maiores de quarenta anos
e separadas. No lado positivo do fator (F2) surge a palavra gangue como resposta ao estímulo indutor “violência” e no lado
negativo a palavra morte representada por mulheres menores de vinte anos e de relação estável ou solteiras. Comum aos dois
fatores, encontra-se, no lado negativo do fator (F1), como resposta ao estímulo “violência”, as palavras: roubo, luta, discussão,
bebida, droga e armas, respostas essas dadas por mulheres casadas. No lado positivo do mesmo eixo, surge somente a palavra
medo. Para o estímulo “violência doméstica”, no lado negativo do fator (F1), encontra-se a palavra machismo também
representada por mulheres casadas e, do lado positivo do referido eixo, palavras como briga, medo, separação, humilhação e
espancamento, como respostas oferecidas por mulheres viúvas. As palavras comuns aos dois fatores encontram-se no fator (F2)
no lado positivo do gráfico como resposta ao estímulo “violência”, representado por mulheres casadas ou viúvas, que
mencionaram palavras como: roubo, luta, discussão, bebida e medo, no lado negativo surgem palavras como: droga e arma. Em
relação ao estímulo “violência doméstica”, no lado positivo do gráfico, as palavras machismo, briga, medo e separação, foram
enunciadas por mulheres viúvas ou casadas e, no lado negativo, o mesmo estímulo dá origem às palavras humilhação e
espancamento. É necessário, um trabalho que envolva a comunidade como um todo na luta contra o fenômeno da violência
doméstica que atinge um grande número dos lares brasileiros, de forma silenciosa, o que leva a morte prematura de muitas
mulheres na melhor fase de suas vidas.
Palavras chave: Violência. Violência contra a mulher. Violência Doméstica.
Autor(a) Proponente: ALINE RAQUEL DE SOUSA IBIAPINA
Endereço: RUA PIO IX - SÃO PEDRO
Teresina - PI CEP: 64018-230 - E-mail: [email protected]
1
- Universidade Federal do Piauí – UFPI
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
226
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE CADEIRANTES SOBRE A SEXUALIDADE
Autor(es):
1
JARDEL NASCIMENTO DA CRUZ
MARIA DA CONSOLAÇÃO PITANGA DE SOUSA
ISLANY RIBEIRO DE VASCONCELOS PITANGA
BRUNO DA SILVA ZACARIAS
INTRODUÇÃO: A deficiência é definida como perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica,
temporária ou permanente. Dentre as pessoas com deficiência física, estão os paraplégicos (cadeirantes), nos quais seus
movimentos e sensibilidade dos membros inferiores estão comprometidos, abaixo da lesão medular são insensíveis a estimulação
táctil, gerando questões complexas a respeito da vivência da sexualidade das mesmas. Esta pesquisa aborda sobre as
representações sociais de cadeirantes sobre a sexualidade. OBJETIVOS: A pesquisa teve como objetivos conhecer e analisar as
representações sociais da sexualidade de cadeirantes. MÉTODO: A pesquisa é de caráter qualitativo, descritivo. O cenário foi um
Centro Integrado de Reabilitação de uma capital do nordeste do Brasil. Os participantes da pesquisa foram 10 cadeirantes na
faixa-etária de 20 a 50 anos, de ambos os sexos. Este número foi definido, após a análise das falas, a qual verificou-se a repetição
das mesmas, bem como o não interesse de algumas pessoas em participar da pesquisa. Realizou-se a coleta de dados, através
de um roteiro de entrevista semi-estruturado e um formulário para caracterização dos participantes. A análise das falas foi
realizada por meio da técnica de análise de conteúdo, fundamentada teoricamente nas representações sociais do processo saúde
doença, pertinentes ao campo da saúde coletiva. RESULTADOS: Os resultados estão apresentados em forma de categorias
analíticas, a saber: Concepções Sobre a Sexualidade e Representações Sociais da Sexualidade das Pessoas com Deficiência
Física (cadeirantes). Quanto a categoria Representações Sociais da Sexualidade, esta foi subdividida em seis micro categorias
para maior aprofundamento do tema, tais como: dificuldades enfrentadas na relação afetiva sexual; reinvenções da sexualidade;
importância do conhecimento do corpo para a sexualidade; limitações do corpo sexuado frente as limitações do corpo físico;
preconceitos relacionados à sexualidade dos cadeirantes e por fim, sexualidade e reabilitação. Os resultados revelaram uma
concepção reducionista a cerca da sexualidade, a qual está relacionada ao ato sexual em si. Quanto às vivências da sexualidade,
evidenciou-se as dificuldades enfrentadas, a busca da reinvenção de práticas sexuais para reduzir as limitações do corpo e a
importância do conhecimento deste para o exercício da sexualidade, os preconceitos por parte da sociedade, sobretudo, a
importância da sexualidade para a reabilitação dos cadeirantes. CONCLUSÕES: Conclui-se que a falta de conhecimento sobre o
que é a sexualidade e que em alguns discursos se fala sobre o carinho, afeto, compreensão, amor, mas não definindo como
sexualidade e com isso desvalorizando fatores que se estimulados irão contribuir com a qualidade de vida das pessoas com
deficiência. Desta forma, é importante que profissionais de saúde, como enfermeiros, sejam inseridos no processo de reabilitação
das pessoas com deficiência, no sentido de conhecer a sexualidade, a fim de estimular a valorização desta, junto aos cadeirantes
como também seus familiares, visto que estudos apresentados revelaram ser a sexualidade um fator importante para a
reabilitação. No processo de reabilitação de pessoas com deficiência física é fundamental a participação da família, tendo em vista
que ela pode contribuir com a vivência diária na família, comunidade e sociedade. O apoio familiar e a vivência da sexualidade são
importantes para o processo de reabilitação. Enfim, durante a pesquisa percebeu-se que existe um número reduzido de estudos e
pesquisas voltadas a sexualidade das pessoas com deficiência, especialmente os cadeirantes, influenciando assim nas
discussões e conhecimentos em torno do tema, que podem contribuir para uma sexualidade saudável e de maneira que
promoverá um aumento da auto estima e melhoria da qualidade de vida.
Palavras chave: Pessoas com deficiência. Sexualidade. Saúde pública. Enfermagem.
Autor(a) Proponente: JARDEL NASCIMENTO DA CRUZ
Endereço: RUA VIRTORINO ORTHIGUES FERNANDES - URUGUAI
Teresina - PI CEP: 64073-505 - E-mail: [email protected]
1
- Centro Universitário UNINOVAFAPI
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
227
EIXO 4 - FAMÍLIA, GÊNERO E SEXUALIDADE
OFICINA RS - ORAL
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
228
A VULNERABILIDADE DE MULHERES QUE NÃO FAZEM USO DA “CAMISINHA” E A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA AIDS
Autor(es):
1
JULY GRASSIELY DE OLIVEIRA BRANCO
MARINA FROTA LOPES
JULIANA BRITO CAVALCANTE
MARIA CECÍLIA BARREIRA CAVALCANTE
A AIDS foi o primeiro caso de doenças cuja representação social e médicas surgiram juntas. Durante muito tempo após o
aparecimento, as mulheres não puderam adquirir conhecimento da doença como uma ameaça. No Brasil, cresce, cada vez mais,
os dados epidemiológicos do número de mulheres infectadas pelo vírus da AIDS. E na atualidade esses dados são bastante
preocupantes. Os dados revelam também, a vulnerabilidade da propagação dessa doença e dos fatores determinantes, como o
não uso do preservativo e sua substituição por outros métodos, menos seguros, como é o caso, da escolha pela famosa
“tabelinha”. A representação social da AIDS para as mulheres difere da concepção dos homens. Objetivou-se avaliar a escolha do
uso da camisinha masculina, por mulheres e sua representação social. Como metodologia, trata-se de estudo transversal, do tipo
exploratório, realizado em um Centro de Saúde da Família em Fortaleza-CE-Brasil. Participaram 24 mulheres atendidas nos
serviços de Prevenção de Câncer do colo de útero. Os dados foram colhidos por meio de entrevista semiestruturada que permitiu
coletar informações acerca da dinâmica de uso do preservativo masculino e motivos do seu uso e não uso. O estudo obedeceu
aos critérios de inclusão: estar em idade reprodutiva, sexualmente ativa e em uso de algum MAC que não fosse à camisinha. Os
dados foram organizados em tabelas e gráficos e categorias, que seguiram a Técnica de Análise Categorial proposta por Bardin
(1977). A faixa etária variou de 15 a 50 anos. O componente ético esteve presente em todas as etapas da pesquisa como
preconiza o Ministério da Saúde através da Resolução 466/12. A multiplicidade de parceiros torna a mulher mais vulnerável às
DST, principalmente a AIDS, portanto, como a maioria possuía apenas um parceiro sexual, se houvesse fidelidade mútua, haveria
maior segurança quanto à saúde sexual e reprodutiva do casal. A maioria das mulheres tinha confiança total no parceiro,
predominando o uso de dois Métodos Anticoncepcionais associados ao preservativo: o Anticoncepcional Oral Combinado (AOC) e
a Laqueadura Tubária (LT), e negaram o uso na última relação sexual justificando ser desnecessário por confiarem no parceiro ou
por usarem outro MAC ou ainda por não gostarem de usá-lo ou não terem disponível no momento da relação. As mulheres que
usaram o preservativo na última relação (seus parceiros) o fizeram por medo de uma possível gravidez ou medo de contrair uma
DST, ou ambos. Foi possível observar, a partir da análise dos resultados, que é importante a oferta de informações e orientações,
por meio dos profissionais de saúde, a respeito da representatividade social da AIDS, e a relevância no cuidado com a utilização
de outros tipos de preservativos e associações. Pois a única prevenção da AIDS está ligada ao uso do preservativo masculino.
Faz-se necessário o aprofundamento da representação social das mulheres sobre AIDS, para acrescentar informações e dados à
literatura e pesquisas científicas a respeito da sexualidade feminina. Revela a necessidade de medidas socialmente preventivas e
ativas, nos centros de saúde da família, em particular para as mulheres, pois para elas existe a dificuldade de entender sobre
medidas realmente eficazes para a prevenção.
Palavras chave: Síndrome de imunodeficiência adquirida. Vulnerabilidade em saúde. Serviços de saúde da mulher. Saúde
pública. Preservativos.
Autor(a) Proponente: JULY GRASSIELY DE OLIVEIRA BRANCO
Endereço: Rua Osvaldo Cruz, 1415 - Meireles
Fortaleza - CE CEP: 60125-150 - E-mail: [email protected]
1
– Universidade de Fortaleza - UNIFOR
IX Jornada Internacional sobre Representações Sociais - JIRS
VII Conferência Brasileira sobre Representações Sociais - CBRS
24 a 27 de Novembro de 2015
Local: Centro Universitário UNINOVAFAPI
Teresina/Piauí/Brasil
ISBN: 978-85-60395-14-9
www.jirs2015.com.br
229
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NO CONTEXTO DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Autor(es):
1
LETÍCIA DE MÉLO SOUSA
MAÍSA CAVALCANTI DE FARIAS
SIBELLE MARIA MARTINS DE BARROS
A experiência de ter um filho prematuro internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é mediada por
representações sociais de diferentes objetos. Tais representações, dentre outras funções, contribuem para a compreensão dess