A Vida na Terra surgiu a cerca de 3400 M.a.,
como o parecem demonstrar os fósseis de
procariontes encontrados na África do Sul. As
células eucarióticas terão surgido há cerca de
2000 a 1400 M.a., seguidas dos organismos
multicelulares há cerca de 700 M.a. Neste
espaço de tempo os fósseis são abundantes,
indicando um processo evolutivo rápido.
Todas as evidências parecem apontar para
que os seres eucariontes terão tido origem em
seres procariontes.
Abiogênese
Até ao século XIX considerava-se que todos os seres vivos existentes
se apresentavam como sempre tinham sido. Toda a Vida era obra de
uma entidade toda poderosa, fato que servia para mascarar o fato de
não existirem conhecimentos suficientes para se criar uma explicação
racional.
Esta explicação, o Criacionismo, no entanto, já no tempo da Grécia
antiga não era satisfatória. De modo a contornar a necessidade de
intervenção divina na criação das espécies, surgem várias teorias
alternativas, baseadas na observação de fenômenos naturais, tanto
quanto os conhecimentos da época o permitiam.
Aristóteles elaborou uma dessas teorias, cuja aceitação se manteve
durante séculos, com a ajuda da Igreja Católica, que a adotou. Esta
teoria considerava que a Vida era o resultado da ação de um princípio
ativo sobre a matéria inanimada, a qual se tornava, então, animada.
Deste modo, não haveria intervenção sobrenatural no surgimento dos
organismos vivos, apenas um fenômeno natural, a geração espontânea.
Abiogênese
Estas ideias perduraram até á era moderna, pois Van
Helmont (1577 – 1644) ainda considerava que os “cheiros
dos pântanos geravam rãs e que a roupa suja gerava
ratos, adultos e completamente formados”. Também era
considerado acertado pelos naturalistas que os intestinos
produzissem espontaneamente vermes e que a carne
putrefata gerasse moscas.
Todas estas teorias consideravam possível o surgimento
de Vida a partir de matéria inanimada, fosse qual fosse o
agente catalisador dessa transformação, daí o estarem
englobadas na designação geral de Abiogênese.
Experimento de Redi
Francesco Redi, cientista italiano, foi um dos
primeiros biogenistas a questionar a teoria da
geração espontânea. Através de suas
observações e estudos com cadáveres de
animais e a ocorrência de vermes, propôs em
1668, a partir de métodos empíricos
simplificados, a hipótese que principiou a queda
dos preceitos abiogenistas.
Em seu experimento, Redi colocou pedaços de
carne em dois frascos abertos, cobrindo um
deles com uma fina camada de gaze.
Após instantes da preparação, analisou que os
dois frascos ficaram rodeados por moscas, mas
elas só podiam pousar no pedaço de carne
contida no frasco descoberto.
Conclusão de Redi
Transcorridos alguns dias, com a matéria orgânica
decomposta, notou o surgimento de larvas apenas no
frasco aberto, concluindo então que as larvas surgiram do
desenvolvimento de ovos colocados pelas moscas, e não
da carne em putrefação, dotada de fonte de vida. Mas que
a carne somente contribuía com um meio propício para
atração de moscas, deposição de ovos e eclosão de
larvas.
Com este teste provou que a vida não surge
espontaneamente em qualquer circunstância, mas
atestando que a vida somente se origina de outro ser
vivente.
Origem da Vida
Uma vez comprovada a veracidade da biogênese e a inviabilidade da
abiogênese, a ciência depara-se com um novo problema: se a vida
surge de vida preexistente, como e quando apareceu o primeiro ser
vivo? Na tentativa de responder a essa questão, surgiram várias
hipóteses.
A mais aceita atualmente, a hipótese heterotrófica supõe que os
primeiros seres vivos eram heterótrofos extremamente simples, que
surgiram através da evolução lenta da matéria bruta, nas condições
muito especiais da Terra primitiva. Observe que, embora tanto a
hipótese heterotrófica quanta a da geração espontânea admitam que a
vida pode se originar de matéria bruta, existem diferenças importantes
entre uma e outra. A geração espontânea admite a transformação súbita
da matéria bruta em vida relativamente complexa, a qualquer momento;
a hipótese heterotrófica supõe uma evolução lenta da matéria inanimada
em vida extremamente simples, sob as condições especiais da Terra
primitiva.
Terra Primitiva
Estima-se que os primeiros seres vivos surgiram na
Terra há cerca de 3,5 bilhões de anos e que o
nosso planeta tem aproximadamente 5 bilhões de
anos.
Portanto, em parte de sua existência a Terra foi
despovoada; nesse período teria tido tempo
suficiente para se "preparar" para abrigar os
primeiros seres vivos.
A hipótese heterotrófica considera alguns pontos
que são fundamentais na explicação do
aparecimento de vida na Terra.
Por isso, discorreremos sobre as principais
evidências das condições existentes na
Terra primitiva:
Os gases predominantes na atmosfera da
Terra primitiva não eram os mesmo de
agora (N2 e O2). Esses gases seriam
principalmente a amônia (NH3), o metano
(CH4), o hidrogênio (H2) e o vapor da água
(H2O).
A condensação do vapor de água originava
chuvas que caíam sobre a crosta quente.
Assim, a água evaporava-se rapidamente
e novas condensações originavam novas
tempestades, constituindo um ciclo ativo
de chuvas, que eram acompanhadas por
inúmeras descargas elétricas (raios).
A ausência de uma camada de ozônio
perfeitamente formada acarretava num
verdadeiro "bombardeio" da superfície
terrestre por radiações ultraviolta de alta
intensidade.
Perguntas
1) Quais eram as condições da Terra primitiva?
2) Por que é difícil supor que existisse água líquida
naquela época?
3) Como explicar a origem da água nos oceanos?
4) Como os seres vivos aparecem na natureza?
5) Como você explicaria como quando vai comer
uma goiaba e acha um “bicho de goiaba”. Como
ele foi parar lá?
6) Imagine que você é um cientista e assim como
Redi, quer provar a teoria da biogênese, descreva
como você realizaria um experimento.Não copie a
ideia de Redi, invente uma nova experiência.
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Origem da Vida