AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESTUDO DE FATORES HUMANOS, E OBSERVAÇÃO DOS SEUS ASPECTOS BÁSICOS, FOCADOS EM OPERADORES DO REATOR DE PESQUISA IEA-R1, OBJETIVANDO A PREVENÇÃO DE ACIDENDES OCASIONADOS POR FALHAS HUMANAS MARIA DA PENHA SANCHES MARTINS Dissertação apresentada c o m o p a r t e dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear - Reatores. Orientador: Dr. Delvonei Alves de A n d r a d e São Paulo 2008 Êpen I N S T I T U T O DE P E S Q U I S A S E N E R G É T I C A S E N U C L E A R E S Autarquia a s s o c i a d a à Universidade de São Paulo E S T U D O DE F A T O R E S H U M A N O S , E O B S E R V A Ç Ã O D O S S E U S A S P E C T O S B Á S I C O S , F O C A D O S EM O P E R A D O R E S DO R E A T O R D E PESQUISA IEA-R1, O B J E T I V A N D O A PREVENÇÃO DE ACIDENTES O C A S I O N A D O S POR F A L H A S H U M A N A S MARIA DA PENHA SANCHES MARTINS Dissertação apresentada c o m o parte d o s requisitos para o b t e n ç ã o d o G r a u de Mestre e m Ciências na Área de Tecnologia Nuclear - Reatores. Orientador: Dr. D e l v o n e i A l v e s d e A n d r a d e SAO PAULO 2008 DEDICATORIA • A o s m e u s pais, pelo esforço e dedicação q u e permitiu minha graduação, e a oportunidade de m e e m p e n h a r para chegar a este momento. • Em especial, a minha m ã e , pelo incentivo e respeito pelas minhas habilidades e aptidões ao estudo. • A minha amiga, Silvia Regina V a n n i , que por mais de vinte a n o s v e m a c o m p a n h a n d o e incentivando a trajetória de minha vida a c a d ê m i c a e profissional. • A o s m e u s velhos lembrança. a m i g o s , ausentes, mas que guardo na AGRADECIMENTOS • Expresso m e u sincero agradecimento a todos os que mediante o seu e m p e n h o e colaboração permitiram que a realização do presente estudo fosse possível. • Ao Centro de Engenharia Nuclear desenvolvimento deste trabalho. - CEN por apoiar o • Ao m e u orientador, Dr. Delvonei Alves de A n d r a d e , pelo interesse, disponibilidade e incentivo pessoal que sempre me dispensou ao longo das diferentes fases de elaboração deste trabalho. • À Dra. Gaianê Sabundjian por ter, t a m b é m , mostrado o caminho inicial para o desenvolvimento deste trabalho. • A o s funcionários do Reator de Pesquisa I E A - R 1 , por terem colaborado c o m informações que f o r m a r a m parte do alicerce de minha pesquisa. • A Heleny M. M. Viegas Ricco, pela especial colaboração e m revisar este trabalho c o m dedicação. • A o s colegas da Assessoria de Licenciamento, Heleny M. M. Viegas Ricco, Noriyuki Koishi e Paulo Afonso Barbosa da Silva, pela c o m p r e e n s ã o , colaboração e principalmente incentivo no desenvolvimento deste trabalho. • A o s Professores da Pós-Graduação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, pelo apoio e dedicação ao ensino. • A o s funcionários da C o m i s s ã o de Pós-Graduação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, pela coordenação administrativa e coleguismo. E por tudo, a Deus. Ill Gostaria de poder descrever como, durante o desenvolvimento desta dissertação, acabei me envolvendo a tal ponto que de certa forma corri o risco de cometer uma falha humana, e que sei que cometi, quando por sorie, fiquei impossibilitada de descrever mais sobre o ser humano, devido a sua eterna e inatingível complexidade. Maña da Venha A efiáência da liderança da organi^ção não depende exclusivamente, nem sequer predominantemente, da personalidade do líder. O primeiro requisito para o funcionamento eficaf(^ de uma organi^ção — inclusive de sua liderança — é um relacionamento adequado entre a tarefa geral da organit^ação e sua estrutura administrativa. Kemberg IV E S T U D O DE F A T O R E S H U M A N O S , E O B S E R V A Ç Ã O D O S S E U S A S P E C T O S B Á S I C O S , F O C A D O S E M O P E R A D O R E S D O R E A T O R DE P E S Q U I S A I E A - R 1 , O B J E T I V A N D O A P R E V E N Ç Ã O DE A C I D E N T E S O C A S I O N A D O S POR F A L H A S H U M A N A S Maria da Penha Sanches Martins RESUMO Este trabalho tem como objetivo contribuir com o grupo operadores do reator de pesquisa I E A - R 1 , localizado no IPEN - de CNEN/SP, c o m u m estudo de fatores h u m a n o s , e possíveis c a u s a s que p o d e m ocasionar falha h u m a n a propiciando a ocorrência de incidentes, acidentes e exposições de trabalhadores, aliado aos riscos inerentes à profissão. Acidentes no c a m p o tecnológico, incluindo o setor nuclear, t ê m mostrado que a c a u s a raiz está muito mais voltada à falha h u m a n a do que às falhas de sistemas e e q u i p a m e n t o s , o que t e m c h a m a d o a atenção de órgãos reguladores. A pesquisa proposta é quantitativa/qualitativa, e t a m b é m , descritiva. O s dados foram coletados através da aplicação de dois questionários. O primeiro deles elaborado a partir dos atributos de cultura de descritos pela considerou International fatores Atomic individuais e Energy Agency situacionais classificadas c o m o p o d e n d o afetar as pessoas Utilizou-se também fundamentação a transcrição, teórica, a t e n d e n d o que - lAEA. segurança, O compõem segundo categorias no ambiente de trabalho. cuidadosamente selecionada, aos estudos de fatores humanos da que p o d e m desencadear acidentes. A metodologia d e m o n s t r o u um bom grau de confiabilidade. O resultado deste trabalho indicou que fatores mediatos necessitam de atuação direta nas necessidades do grupo e do indivíduo. Esta pesquisa mostra que é necessário ter uma unidade de planejamento e organização, que seja realmente efetiva, tanto para questões da s a ú d e , física e psicológica, c o m o t a m b é m , para a s e g u r a n ç a no trabalho. S T U D Y O F H U M A N F A C T O R S , A N D ITS B A S I C A S P E C T S , F O C U S I N G T H E IEA-R1 R E S E A R C H R E A C T O R O P E R A T O R S , A I M I N G A T T H E PREVENTION OF ACCIDENTS C A U S E D BY H U M A N FAILURES Maria da Penha S a n c h e s Martins ABSTRACT This work presents a study of h u m a n factors and possible h u m a n failure reasons that can cause incidents, accidents and workers exposition, associated to risks intrinsic to the profession. T h e objective is to contribute with the operators of IEA-R1 reactor located at IPEN - C N E N / S P . Accidents in the technological field, including the nuclear, have s h o w n that the causes are m u c h more connected to h u m a n failure than to system and equipment failures, what has led the regulatory bodies to consider studies on h u m a n failure. T h e research proposed in this work is quantitative/qualitative and also descriptive. T w o questionnaires w e r e used to collect data. T h e first of them was elaborated from the safety culture attributes which are described by the International Atomic Energy A g e n c y - IAEA. T h e second considered individual and situational factors c o m p o s i n g categories that could affect people in the work area. A carefully selected transcription of the theoretical basis according to the study of h u m a n factors was u s e d . T h e methodology d e m o n s t r a t e d a good reliability degree. Results lead to mediate factors which n e e d direct actions concerning the needs of the group and of the individual. This research shows that it is necessary to have a really effective unit of planning and organization, not only to the physical and psychological health issues but also to the safety in the work. CCMISSAU ,VACi,.;.\V-l r>£ E M E W A N u C L E A R / S r ' - r t ' SUMÁRIO Página 1 INTRODUÇÃO 1 . 1 - Considerações gerais 9 9 1.2 - Importância deste trabalho 10 1.3 - Objetivo do T r a b a l h o 12 1.4 - Delimitação da pesquisa 12 1.5 - Descrição dos m é t o d o s 13 1.6 - Estrutura do trabalho 13 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 - Considerações 15 15 2.1.1 - Avaliação de confiabilidade de sistemas 17 2.1.2 - Métodos quantitativos 18 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 22 3.1 - Pontos abordados 22 3.2 - Aspectos imediatos 23 3.2.1 - Percepção 23 3.2.1.1 - Princípios básicos 24 3.2.1.2 - Determinantes 25 Percepção e estímulo físico 25 Percepção e estado psicológico 26 Percepção e fisiologia 26 3.2.1.3 - Percepção e estados do indivíduo (influências) 26 Influência da experiência 26 Influência da motivação 27 Influência fisiológica 27 3.2.1.4 - Intensidade da percepção 27 3.2.1.5 - Principais tipos de percepção 28 Percepção visual 28 Percepção auditiva 28 Percepção olfativa 29 Percepção gustativa 29 Percepção tátil 30 S e n s a ç õ e s internas do corpo 3.2.2-Atenção 30 31 3.2.2.1 - Seleção de informações 31 3.2.2.2 - Processos automáticos 33 3.2.2.3 - Processos controlados 33 3.2.2.4 - Fatores básicos para atuação da atenção 34 3.2.2.5 - A l g u m a s anormalidades da atenção 34 3.2.3 - Memória 3.2.3.1 - Tipos de m e m ó r i a 34 35 M e m ó r i a declarativa 35 M e m ó r i a imediata 35 M e m ó r i a de curto prazo 35 M e m ó r i a de longa duração 35 M e m ó r i a de procedimento 35 3.2.3.2 - Bases anatômicas da m e m ó r i a 36 M e m ó r i a de curto prazo 36 M e m ó r i a operacional 36 M e m ó r i a de longa duração 37 M e m ó r i a explícita 37 M e m ó r i a implícita 37 3.2.3.3 - Neuromodulação da m e m ó r i a 38 3.2.3.4 - Fatores relacionados c o m a perda de m e m ó r i a 40 Amnésia 40 3.3 - Fatores mediatos 41 3.3.1 - T o m a d a de decisão 41 3.3.1.1 - Fatores de influência 41 3.3.1.2 - Tipos de decisão 42 Programada 42 Não Programada 42 3.3.1.3 - Classes - t o m a d a de decisão 43 3.3.1.4 - Outras classes 44 3.3.2 - Condicionantes individuais 45 3.3.2.1 - A b o r d a g e m cognitivista 45 3.3.2.2 - Aspectos cognitivos 46 COMbiAU 3.3.2.3 - Objetivos desta a b o r d a g e m 3.3.3 - Motivação 46 46 3.3.3.1 - Conceito de motivação 47 3.3.3.2 - C o m p o r t a m e n t o 47 3.3.3.3 - D e s e m p e n h o e fatores motivacionais 48 Motivos internos 48 Motivos externos 49 3.3.3.4 - Necessidades h u m a n a s básicas 49 Necessidades fisiológicas 50 Necessidades psicológicas 50 3.3.3.5 - A l g u m a s teorias motivacionais 51 A teoria de c a m p o - Kurt Lewin 51 Teoria dos dois fatores - Frederick Herzberg 51 Hierarquia das necessidades - M a s l o w 52 Teoria da e x p e c t a ç ã o - Lawler 53 3.3.3.6 - Outras considerações 53 Pontos positivos 53 Pontos negativos 54 3.3.4 - Estresse 55 3.3.4.1 - Fisiologia e estresse 57 3.3.4.2 - Características do estresse 58 3.3.4.3 - Vida m o d e r n a , estresse e ansiedade 58 3.3.4.4 - Estresse e trabalho 59 3.3.4.5 - Estímulo do estresse 60 3.3.4.6 - Sobrecarga de agentes estressores 61 3.3.4.7 - Efeitos de ruído excessivo 61 3.3.4.8 - Alterações do s o n o e acidentes de trabalho 62 3.3.4.9 - Considerações relevantes 62 3.3.4.10 - Síndrome de Burnout- 63 caracterizada pela desmotivação 3.3.5 - Relações de trabalho 3.4 - Prevenção de acidentes 63 68 3.4.1 - Individual, psicossocial e organizacional 68 3.4.2 - O s fatores d e s e n c a d e a n t e s 70 3.4.3 - Considerações da relação h o m e m versus acidente 70 3.4.4 - Efeitos das e m o ç õ e s 71 3.5 - T é c n i c a - psicoterapia breve 71 4 R E L A T O D O S A C I D E N T E S DE CHERNOBYL E THREE MILE ISLAND 73 4 . 1 - 0 acidente de Chernobyl 73 4.2 - O acidente de Three Mile Island 77 5 MÉTODOS 80 5.1 - Questionário 1 80 5.1.1 - Objetivo 80 5.1.2-Justificativa 80 5.1.3 - Cultura de s e g u r a n ç a descrita no Safety Standards da A g ê n c i a (IAEA) 5.1.4 - Modelo de pesquisa 5.1.4.1 - 80 81 Determinar as necessidades dos clientes - (grupos e atributos de satisfação) 81 5.1.4.2 - Elaborar e avaliar o questionário 81 5.1.4.3 - M é t o d o para seleção dos atributos 82 5.1.4.4 - Tratar d a d o s decorrentes do uso do questionário 82 5.1.5 - Aplicação do modelo de pesquisa 5.1.5.1 - 83 Elaboração dos atributos do questionário, a s s e g u r a n d o s u a a d e q u a d a redação 83 5.1.5.2 - Seleção do formulário de respostas 83 5.1.5.3 - R e d a ç ã o da introdução ao questionário 84 5.2 - Questionário 2 88 5.2.1 - Objetivo 88 5.2.2 - Procedimento 88 5.2.3 - Aplicação do questionário 90 6 RESULTADOS 91 6.1 - Resultados do Questionário 1 91 6.2 - Resultados do Questionário 2 102 6.2.1 - Análises elementares 104 6.2.2 - C o m e n t á r i o sobre análise do Questionário 2 107 7 CONCLUSÃO 108 L I S T A DE T A B E L A S T A B E L A 1 - Atributos - fatores h u m a n o s focados e m segurança 85 T A B E L A 2 - Formulário de resposta do Questionário 1 86 T A B E L A 3 - Formulário de resposta do Questionário 2 89 T A B E L A 4 - Resultado da coleta de d a d o s - Questionário 1 92 T A B E L A 5 - Correlação atributo-total 94 T A B E L A 6 - Matriz correlação - c o m todos os atributos 97 T A B E L A 7 - Matriz correlação - a p ó s revisão dos atributos 98 T A B E L A 8 - índice resumo 99 T A B E L A 9 - Correlação g r u p o - t o t a l 101 T A B E L A 10 - Resultado da coleta de dados - Questionário 2 103 LISTA DE FIGURAS F I G U R A 1 - Principio d a figura e f u n d o 24 F I G U R A 2 - Percepção mutável 25 F I G U R A 3 - Modelos representativos de filtros seletivos de informações 32 F I G U R A 4 - T a x o n o m í a dos sistemas de m e m o r i a de longa d u r a ç ã o 38 F I G U R A 5 - Potencialidade aproveitada e m porcentagem 104 F I G U R A 6 - Percentual de integração/não integração à e m p r e s a 105 F I G U R A 7 - Percentual de p e s s o a s a n i m a d a s / d e s a n i m a d a s 105 F I G U R A 8 - Aspectos q u e mais afetam e m o c i o n a l m e n t e 106 F I G U R A 9 - Aspectos q u e proporcionam mais estresse 107 L I S T A DE A B R E V I A T U R A S ACH Análise de Confiabilidade Hunnana ACTH Hormônio Adenocorticotrófico APS Análise Probabilística de Segurança - {Probabilistic Risk Assessment) APIS Análise e Projeto de Interfaces de Segurança ASEP P r o g r a m a de Avaliação da S e q ü ê n c i a de Acidente - (Versão reduzida T H E R P ) - {Accident ATHEANA Sequence Evaluation Program) U m a Técnica para Análise de Eventos C a u s a d o s pelo H o m e m - {A Technique for Human Event Analysis) CNEN C o m i s s ã o Nacional de Energia Nuclear CID Classificação Internacional das Doenças DOU Diário Oficial da União FMEA Análise do Tipo e Efeito de Falha - {Failure !\/lode and Effect Analysis) GABA Ácido gama-aminobutírico - {Gamma-AminoButyríc HAZOP Estudo de Perigos da O p e r a ç ã o - {Hazard and Operability IAEA International IPEN Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares N M DA N-methyl-D-aspartic OAT Árvore de ação dos operadores - {Operator OIT Organização Internacional do Trabalho Atomic Energy Acid) Agency Acid Action Tree) Study) SGA Síndrome Geral de A d a p t a ç ã o SHARP Procedimento de Confiabilidade da A ç ã o H u m a n a Sistematizada • {Systematic SLIM Procedure) Index {Success Method) Técnica para Previsão d a T a x a de Erro H u m a n o - {Technique Human TMI Reliability Metodologia do índice d a Probabilidade de S u c e s s o Likelihood THERP Human Action Error Rate Three Mile Island Prediction) for SGA Síndrome Geral de A d a p t a ç ã o SHARP Procedimento de Confiabilidade da A ç ã o H u m a n a Sistematizada • {Systematic SLIM Procedure) Index {Success Method) Técnica para Previsão d a T a x a de Erro H u m a n o - {Technique Human TMI Reliability Metodologia do índice d a Probabilidade de S u c e s s o Likelihood THERP Human Action Error Rate Three Mile Island Prediction) for 1 INTRODUÇÃO 1.1 - C o n s i d e r a ç õ e s g e r a i s A o iniciar-se um estudo baseado e m pontos básicos da natureza h u m a n a de u m a pessoa engajada e m uma sociedade e e m um trabalho, percebese que o h o m e m é capaz de transformar seu cotidiano. O indivíduo se e m p e n h a para que a sua atividade atinja os objetivos almejados, beneficiando tanto ele quanto a organização da e m p r e s a a qual presta seus serviços. Entretanto, à medida que essa sociedade evolui, há u m interesse c a d a vez maior e m atingir determinados níveis de produtividade, e a organização do trabalho sofre algumas modificações significativas, nem s e m p r e compatíveis c o m as possibilidades do h o m e m . A propósito, o h o m e m foi muitas vezes e ainda é deixado e m segundo plano, sendo a inserção de mais e melhores máquinas vista c o m o caminho para aquilo que é c h a m a d o qualidade total. Desse m o d o , a pressão por u m a produtividade maior traz consigo os problemas de repetitividade, oriundos da divisão de tarefas, de falta de pausa, conseqüências interrupção da produção, e de um trabalho por vezes da não incompatível c o m a capacidade e limitações h u m a n a s . Diante desse contexto, ou dessas situações, considera-se que o d e s e m p e n h o d e p e n d e não s o m e n t e do indivíduo, mas t a m b é m de u m a série de variáveis, t a m b é m d e n o m i n a d o s fatores, tais c o m o : variáveis físicas, de trabalho, organizacionais e sociais, aqui denominadas variáveis situacionais. Essas variáveis p o d e m provocar sentimentos de insatisfação, m e d o , receio, angústia, dor, sofrimento e infelicidade, c o m conseqüências sobre o estado físico e mental dos trabalhadores. No entanto, as esquecidas, pois estas d e t e r m i n a m variáveis individuais c o m o cada trabalhador, não podem ser particularmente, responderá às várias situações. O conjunto de fatores a c i m a mencionado pode facilitar a ocorrência da falha h u m a n a no local de trabalho, o que se perfaz, conforme Gardella ( 1 9 9 9 ) \ num dos "mais fortes desafios à inteligência do homem", haja vista que, 10 a p a r e n t e m e n t e , dispõe-se de recursos mais do q u e suficientes para se evitar a ocorrência de acidentes. A evolução da tecnologia leva a crer q u e o erro está controlado, pois toda a u t o m a ç ã o está cercada por alarmes, sinais ou desligamentos imediatos. P o r é m , é o h o m e m q u e m ativa os c o m a n d o s e interpreta os d a d o s . A s s i m , q u a n d o o exigido está além do que o indivíduo pode oferecer, as ocorrências de erros são inevitáveis. A ocorrência de falhas h u m a n a s , apesar de ser u m a constante, é vista sob uma ótica desfavorável. Em todo o m u n d o as pessoas c o m e t e m erros e provocam acidentes, contudo, q u a n d o o que está e m jogo é a vida h u m a n a , a situação se torna mais delicada. A sociedade c o m o u m todo c o n d e n a a falha s e m analisar criticamente os fatores d e s e n c a d e a d o r e s do processo. A solução mais comum e mais cômoda, como cita Bulhões (2001, p. 164)^, tem sido responsabilizar os envolvidos, s e m se considerar os diversos fatores que p o d e m facilitar a ocorrência de falhas: "o problema indivíduo, ele é sobretudo a falha do raramente representa a falha de um sistema". 1.2 - I m p o r t â n c i a d e s t e t r a b a l h o Considerando a reavaliação d o s grandes acidentes do século no c a m p o tecnológico, e não só no setor nuclear, concluiu-se que a c a u s a raiz está muito mais voltada à falha h u m a n a d o que a falhas de sistemas e e q u i p a m e n t o s . Por este motivo, a falha h u m a n a p a s s o u a ser foco de estudo de órgãos reguladores e m todo m u n d o . Pode-se citar, brevemente, alguns destes acidentes: - Cidade de Tokaimura, (Japão 1999), u m acidente c o m u m reator na etapa de reprocessamento de urânio. U m funcionário d a usina utilizou urânio d e m a i s , o que causou u m a reação e m cadeia, fundindo, e depois vaporizando o material, que se espalhou por até 15 km ao redor^. - Bhopal, (1996), houve u m v a z a m e n t o de metil-isocianato da planta química que c a u s o u a morte de pelo m e n o s 2 0 0 0 indivíduos e lesões permanentes e m outros milhares. A c a u s a direta do desastre foi a contaminação de u m tanque de 11 a r m a z e n a m e n t o de metil-isocianato c o m a l g u m a s t o n e l a d a s de água. Ocorreu u m a reação violenta, c a u s a n d o a elevação de t e m p e r a t u r a e da pressão, a válvula de alívio atuou e v a p o r e s de metil-isocianato f o r a m d e s c a r r e g a d o s para a atmosfera. O sistema de s e g u r a n ç a que deveria prevenir o u evitar o e s c a p e de vapores de metil-isocianato n ã o estava e m c o n d i ç õ e s de f u n c i o n a m e n t o : o sistema de refrigeração que deveria resfriar o t a n q u e não se encontrava e m funcionamento, o sistema de lavagem de g a s e s q u e deveria absorver o v a p o r não estava disponível, e finalmente, a tocha que deveria q u e i m a r qualquer v a p o r residual do sistema d e lavagem de gases estava fora de uso. A causa g e r a d o r a do acidente foi a falha e m manter e q u i p a m e n t o s de s e g u r a n ç a e m condições de o p e r a ç ã o . Exigências básicas de s e g u r a n ç a f o r a m ignoradas, segundo C o u t o (1996)^^. - Chernobyl, (26 de abril de 1986), u m dos reatores da usina nuclear, explodiu levando radiação através da Ucrânia, Bielorússia, o leste e o oeste e u r o p e u , e, c o m o passar dos dias, para o m u n d o inteiro. O desastre de Chernobyl aliou falhas de projeto do reator e falhas h u m a n a s , pois os engenheiros, que vieram de Moscou para os testes de potência, não interpretaram os sinais de superaquecimento do reator. Couto (1996). - Three Mile Island, (28 de m a r ç o de 1979), o a q u e c i m e n t o d o reator nuclear não foi percebido pelos o p e r a d o r e s . Por c a u s a de u m a falha técnica, a u m e n t o u a pressão e a temperatura da á g u a do sistema de arrefecimento, c a u s a n d o a abertura de u m a válvula de s e g u r a n ç a . Q u a n d o a pressão voltou ao normal, a válvula, que deveria fechar, n ã o f e c h o u e os engenheiros n a d a p e r c e b e r a m . Duas horas depois, notaram que a á g u a de resfriamento havia e v a p o r a d o e entrado na atmosfera. Havia a necessidade de resfriar as varetas combustíveis de urânio e x t r e m a m e n t e quentes, e á g u a fria foi adicionada, o que r o m p e u as varetas. Three Mile Island Wnha dois reatores, o acidente aconteceu no número u m , que até hoje está desativado. A c o n t e c e u a ruptura dos tubos de urânio, e o prédio não explodiu c o m o aconteceu e m Chernobyl, C o u t o (1996). 12 Desta f o r m a , verifica-se que as fallías h u m a n a s estão presentes nas histórias de acidentes e, provavelmente, e m muitos outros que não são do c o n h e c i m e n t o público. Outro ponto q u e estimulou a realização de u m trabalho focado e m falha h u m a n a foi a publicação d a resolução 27, e m 06 de janeiro de 2 0 0 5 , no Diário Oficial da União, (D.O.U.), referente a n o r m a da C o m i s s ã o Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica, C N E N - N N - 3 . 0 1 ^, onde e m seu subitem 5.5.3 diz "Devem ser tomadas para reduzir, o quanto for exeqüível, a acidentes ou outros eventos ou não intencionais a contribuição que possam em qualquer indivíduo", de erros humanos vir a originar exposições medidas que levem inadvertidas e que deve ser cumprida desde janeiro de 2008. 1.3 - O b j e t i v o d o T r a b a l h o Estudar Fatores H u m a n o s que p o d e m d e s e n c a d e a r acidentes por falha destes fatores. Os objetivos específicos deste trabalho são: - Estudar os fatores h u m a n o s e possíveis c a u s a s de falha h u m a n a que podem provocar incidentes, acidentes e exposições dos trabalhadores; - Demonstrar as possíveis c a u s a s que p o d e m provocar falha h u m a n a no grupo de operadores do Reator de Pesquisa I E A - R 1 ; - Propor m e d i d a s e sugestões que auxiliem a resolução dos problemas apontados e q u e este trabalho possa ser utilizado c o m o mediador, quando necessário, para situações intrínsecas à rotina destes trabalhadores. 1.4 - D e l i m i t a ç ã o d a p e s q u i s a E m b o r a existam alguns estudos sobre as falhas h u m a n a s , onde são vastas as alternativas de m é t o d o s e técnicas utilizadas c o m este objetivo, implica dizer que a escolha foi feita de maneira séria, profissional, e respeitando o e s p a ç o e o t e m p o de pesquisa, diante de u m a determinada a m o s t r a e condição. A l g u m a s barreiras surgiram, inicialmente, c o m o próprio entendimento do que se pretendia 13 c o m este trabalho o qual, c o m esclarecimento pormenorizado, foi c o m p r e e n d i d o . O u t r a dificuldade foi reunir todo o grupo para explicar o objetivo do trabalho, os questionários e a própria aplicabilidade, o que é problemático, m a s compreensível devido ao horário de trabalho ser e m turnos. Outro fator é que a aplicação destes se deu nos m e s e s e m que a ausência de funcionários é maior por motivos de férias, o que t a m b é m foi resolvido aplicando o questionário e m partes. P o r é m , e m t o d o m o m e n t o manteve-se a consciência de que o h o m e m é o eixo central de t o d a s as considerações e é o mais c o m p l e x o de todo o sistema, e m b o r a o seu d e s e m p e n h o seja afetado por vários fatores. Estes fatores foram escolhidos para ser objeto deste estudo proposto, utilizando assim mais u m método para u m a nova análise contributiva do estudo sobre Falha H u m a n a , s e m e m nenhum m o m e n t o subjugar qualquer outro ferramental. 1.5 - D e s c r i ç ã o d o s m é t o d o s O estudo acerca da falha h u m a n a dos operadores segue por dois c a m i n h o s complementares. A princípio, pauta-se n u m a pesquisa bibliográfica para dar f u n d a m e n t a ç ã o teórica ao estudo proposto, onde a a b o r d a g e m se dá sobre aspectos cognitivos como m e m ó r i a , atenção, percepção, interesse e motivação, atitude, estado e m o c i o n a l , estresse, dentre outros. Num segundo momento, o estudo converge para uma pesquisa quantitativa/qualitativa, c o m a aplicação de questionários para os operadores, visando conhecer o grau de e n g a j a m e n t o , a aderência destes trabalhadores c o m suas tarefas, e também uma análise um pouco mais particular das potencialidades humanas, pois estas são marcantes n u m a t o m a d a de decisão. A seguir v e m a análise de t o d o s os d a d o s e informações recolhidas das aplicações dos m é t o d o s , propondo medidas q u e g a r a n t a m a minimização das falhas. 1.6 - E s t r u t u r a d o t r a b a l h o O presente trabalho foi dividido e m capítulos c o m a estrutura que segue: Capítulo 1 - Introdução onde é seguida de suas considerações, importância e relevância do m e s m o , definindo os objetivos gerais e específicos, a c o m p a n h a d o s de suas limitações e estrutura. 14 Capítulo 2 - Revisão bibliográfica que apresenta outros m é t o d o s e técnicas utilizados para estudos que c o n v e r g e m c o m este. Capítulo 3 - Trata-se da fundamentação teórica. É uma análise bibliográfica, para se aprofundar de f o r m a abrangente sobre o t e m a que será desenvolvido e especificamente sobre os tipos de falhas h u m a n a s e suas possíveis c a u s a s , d a n d o ênfase e m alguns aspectos e fatores para subsidiar analogias necessárias e pretendidas na detecção destes tipos de problemas, assim c o m o as possíveis soluções para minimizar seus efeitos nesta atividade. Capítulo 4 - Relato de acidentes e incidentes ocorridos por falha h u m a n a , para futura discussão dos aspectos detectados. Capítulo 5 fornecer Método utilizado c o m a aplicação de questionários subsídios quantitativos/qualitativos para o desenvolvimento para deste trabalho. Capítulo 6 - Resultados dos questionários, onde se analisa os aspectos que afetam o trabalhador e suas c o n s e q ü ê n c i a s no c o m p o r t a m e n t o , a b o r d a n d o as manifestações positivas e negativas. Capítulo 7 - subjetividades do t e m a . Conclusão do trabalho considerando as diversas 15 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 - C o n s i d e r a ç õ e s Pesquisas a p o n t a m q u e u m a média de 6 0 % dos incidentes p o d e m ser atribuídos à ação l i u m a n a , s e n d o que este n ú m e r o pode chegar a 9 0 % ^ . Em contrapartida, são inúmeras as situações e m que a a ç ã o h u m a n a evitou acidentes ou minimizou seu impacto, o q u e indica que os sistemas são dependentes da ação humana. Q u a n d o existe u m a ocorrência e m que a análise de s e g u r a n ç a conclui que foi por erro h u m a n o , pensa-se e m aumentar o grau de a u t o m a ç ã o , m a s , m e s m o assim, o h o m e m continua se inserindo neste processo, para c o m p e n s a r as falhas de projeto, q u a n d o a a u t o m a ç ã o não é suficiente. A s s i m sendo, e c o m o objeto de estudo, o fator h u m a n o aparece c o m o contribuidor de ocorrências de grandes proporções. Acidentes mundialmente conhecidos e analisados ( N U R E G / C R - 6 2 6 5 , 1995^, N U R E G - 1 6 2 4 , Rev.1 2000®) c o m o o de Three Mile Island (TMI), Estados Unidos 1979, e Chernobyl, na Ucrânia, União Soviética 1986, d e m o n s t r a m deficiências na á r e a de fatores h u m a n o s . A p ó s T M I deu-se u m grande impulso para estudos de confiabilidade h u m a n a , quando se reconheceu que a ação h u m a n a poderia levar a situações indesejáveis. Portanto, o ser h u m a n o passou a ser objeto de estudo, e este trabalho apresenta u m a análise para c o m p r e e n d e r as atividades h u m a n a s , no contexto do ambiente físico, psicológico e organizacional onde as atividades são executadas. E basicamente colaborar c o m outras técnicas, acreditando que, de maneira integrada, possa intensificar as pesquisas para colaborar para a diminuição de a ç õ e s inadequadas e, c o n s e q ü e n t e m e n t e , de eventos indesejáveis. C a b e lembrar que acidente ou incidente não é prerrogativa da área nuclear. Outros eventos ocorridos, na área petroquímica, e na de aviação, entre outras, t a m b é m t ê m a m e s m a p r e o c u p a ç ã o e m relação ao erro h u m a n o . Pesquisadores p a s s a r a m a estudar e analisar o erro h u m a n o , dentre os quais, pode-se citar: 16 J e n s R a s m u s s e n - Estudos sobre c o m p o r t a m e n t o h u m a n o - 1974 a 1987; J a m e s Reason - desde 1974 dedicou-se aos estudos sobre erro h u m a n o e e m 1990 publicou o livro Human ErroP, de intensidade f u n d a m e n t a l para este estudo. C o m o interface ao estudo do erro h u m a n o , citado anteriormente, t e m se a análise da confiabilidade h u m a n a , que nasceu após o surgimento da Teoria da Confiabilidade, que teve u m impulso importante e m decorrência do acidente nuclear de Three Mile Island, q u a n d o se percebeu que a ação h u m a n a , ligada a um ambiente desfavorável, poderia levar a situações indesejáveis. O s objetivos desta análise p o d e m ser definidos c o m o : - Reduzir os erros h u m a n o s , a partir de s u a identificação e da avaliação do impacto destes erros no sistema c o m o um todo; - Quantificar a probabilidade conseqüentemente, de ocorrência destes erros o s u c e s s o das tarefas, permitindo a e avaliação numérica do impacto dos erros na confiabilidade do sistema. Destas definições surgiram estudos qualitativos para avaliar m o d o s de falha e seus efeitos e m p r e g a d o s na avaliação de confiabilidade de sistemas, como: - HAZOP {Hazard and Operability Study) - Estudo de Perigos da Operação; - F M E A {Failure Mode and Effect Analysis) - Análise do Tipo e Efeito de Falha. e, t a m b é m , - Plantas de O p e r a ç ã o , que avaliam os erros h u m a n o s , o b s e n / a d o s na prática; - Análises de Tarefas, as f u n ç õ e s h u m a n a s são detalhadas, avallándose as atividades h u m a n a s e, t a m b é m , o contexto - ambiente físico, psicológico e organizacional - o n d e as atividades são executadas; - Análise do Erro H u m a n o , e m que são identificadas situações de erro, suas c o n s e q ü ê n c i a s e possibilidade de recuperação, c o m base nos m e c a n i s m o s psico-fisiológicos do ser h u m a n o e nas características das tarefas. 17 Citam-se, abaixo, os m é t o d o s de quantificação, e m que se estima a probabilidade do insucesso da tarefa a partir de d a d o s coletados historicamente, sendo que as probabilidades são c o m p o s t a s para cobrir erros identificados. T ê m - s e os m é t o d o s : - T H E R P {Technique for Human Error Rate Prediction) - Técnica para Previsão da T a x a de Erro H u m a n o ; - S L I M {Success Likelihood Index Method) - Metodologia do índice da Probabilidade de Sucesso; - T é c n i c a de Tempo-Confiabilidade; - ASEP {Accident Sequence Evaluation Program) - Programa de Avaliação da Seqüência de Acidente - (Versão reduzida T H E R P ) ; - Matriz C o n f u s ã o ; - S H A R P {Systematic Human Action Reliability Procedure) Procedimento de Confiabilidade d a A ç ã o H u m a n a Sistematizada; - A T H E A N A {A Technique for Human Event Analysis) - U m a Técnica para Análise de Eventos C a u s a d o s pelo H o m e m . Há t a m b é m o Método A P I S - Análise e Projeto de Interfaces de Segurança q u e visa a confiabilidade h u m a n a , para desenvolvimento de interfaces homem-computador. N ã o é objetivo descrever c o m detalhes as técnicas e Avaliação de Confiabilidade. Somente destacar seus métodos e processos básicos, e demonstrar haver vários outros caminhos, ou seja, diferentes m é t o d o s , que visam à minimização de acidentes. 2.1.1 - A v a l i a ç ã o d e c o n f i a b i l i d a d e d e s i s t e m a s F M E A {Failure Mode and Effect Analysis) Conforme descrito por Slack - Análise do Tipo e Efeito de Falha. et ai (1997)^°, basicamente é uma ferramenta que busca evitar falhas no projeto do produto ou processo através da análise de falhas potenciais e propor a ç õ e s de melhoria, ou seja, detectar falhas antes que se produza u m a peça ou produto. O formulário F M E A deve ser revisado s e m p r e que ocorram alterações no produto/processo. 18 Para Brocka et al. ( 1 9 9 4 ) ^ \ deve-se formar u m grupo de trabalho para definir a característica do produto/processo, relacionar todos os tipos de falhas e suas possíveis c a u s a s e efeitos, as m e d i d a s de prevenção, atribuir índices de risco e, através destes, sugerir medidas de melhoria. H A Z O P {Hazard and Operability Study) - Estudo de Perigos da Operação. O estudo de H a z O p é u m a técnica estruturada de análise qualitativa, concebida para identificar perigos e possíveis desvios (anomalias) de projeto ou na operação de sistemas que p o s s a m levar a d a n o s materiais e/ou h u m a n o s . Simples e flexível, p o d e ser aplicada desde a fase de c o n c e p ç ã o de um projeto até o seu d e s c o m i s s i o n a m e n t o , incluindo procedimentos do operador (partida, operação, parada, m a n u t e n ç ã o d a planta e t c ) . A aplicação da técnica H a z O p é realizada por meio de uma série de reuniões, durante as quais u m a equipe c o m p o s t a por diversos realiza u m a dinâmica de grupo [brainstorming) especialistas sobre todos os possíveis desvios no processo, e m busca de perigos e/ou problemas na operação de uma planta, seguindo uma estrutura pré-estabelecida. A interação de uma equipe multidisciplinar oferece aos seus integrantes a oportunidade de p e n s a r e m e m todos os m o d o s pelos quais u m evento indesejado possa ocorrer ou um problema operacional p o s s a surgir, conforme Kletz, T. A. citado e m (Sauer)^^. Na indústria química convencional, o n d e é a m p l a m e n t e utilizado, o H a z O p t e m se mostrado u m a ferramenta essencial à obtenção de segurança no projeto e na operação de instalações. 2.1.2 - M é t o d o s q u a n t i t a t i v o s T H E R P {Technique for Human Error Rate Prediction) - T é c n i c a para Previsão d a T a x a de Erro H u m a n o . S e g u n d o Reason (1990)^, o objetivo do T H E R P é: "estimar a probabilidade de erro humano e avaliar a degradação do sistema homem-máquina provável de ser causada por erro humano sozinho ou em conjunto com o funcionamento de equipamentos, procedimentos e práticas operacionais, outros sistemas e características humanas que influenciam o comportamento dos sistema^'. 19 T H E R P é a técnica de quantificação mais conhecida de erro h u m a n o e utilizada por fornecer sua própria base de dados e método de uso. A técnica foi desenvolvida na d é c a d a de 60, por Alan D. Swain, para aplicações no contexto militar e posteriormente para a indústria nuclear. A p ó s novos desenvolvimentos, este mesmo confiabilidade autor (Swain, humana Human Reliability 1987) denominada Analysis, deu origem Accident à técnica Sequence de análise Evaluation de Program (ASEP)^^. Sua aplicação envolve os seguintes estágios: 1 - Definição do Problema; 2 - Prognóstico qualitativo do erro; 3 - Representação; 4 - Quantificação; 5 - Integração c o m a análise dos equipamentos {softwares); 6 - Estratégia de redução de risco. SLIM {Success Likelihood Index Method) por Reason^, a - Metodologia do índice da metodologia SLIM criada por (Embrey ai., 1984)^"^, foi Probabilidade de Sucesso. Conforme Embrey, Humphreys, descrito Rosa, KinA/an & Rea et desenvolvida para fornecer u m meio de deduzir e estruturar o julgamento de especialistas. O p r o g r a m a de c o m p u t a d o r que suporta esta metodologia pemiite a o s especialistas gerar modelos que c o n e c t a m as probabilidades de erro de u m a situação específica c o m os fatores que influenciam estas probabilidades. Técnica de Tempo-Confiabilidade Trata-se de técnica relacionada c o m a quantificação de erros pósacidentes, baseada e m curvas de tempo-confiabilidade. B a s i c a m e n t e o método e m p r e g a u m a árvore lógica, a árvore de a ç ã o básica d o operador Action Tree, {Operator O A T ) , que identifica os m o d o s de falhas do operador após o acidente^ ^. A S E P {Accident Sequence Evaluation Program) S e q ü ê n c i a de Acidente - (Versão reduzida T H E R P ) - Programa de Avaliação da 20 Metodologia descrita no N U R E G / C R - 4 7 7 2 (Swain, 1987)^^ e é u m a versão reduzida do método THERP. Foi criado baseado no método T H E R P / H a n d b o o k (Swain & G u t t m a n n , 1983)^^. Incorporou várias simplificações no modelo de d e s e m p e n h o h u m a n o , a fim de se tornar u m método que requer t e m p o e mão de obra reduzida, fornecendo estimativas de probabilidade de erro h u m a n o , para atividades realizadas durante condições de operação normal à potência e condições pós-acidente, c o m suficiente precisão para uso de A P S ' s Análise Probabilística de S e g u r a n ç a {Probabilistic Risk Assessment}^^. Matriz C o n f u s ã o Conforme descrito por Reason (1990)^, a matriz confusão foi um legado deixado por Potash et al. (1981)^'^ c o m o u m meio de avaliar os erros d o s operadores quando r e s p o n d e n d o às condições a n o r m a i s na planta. O m é t o d o baseia-se no j u l g a m e n t o de especialistas (usualmente, do pessoal da área de treinamento da planta e m questão) e considera a probabilidade de diferentes erros de diagnose de situações críticas específicas da planta. A principal v a n t a g e m desta técnica, é que ela fornece u m a estrutura simples para ajudar os analistas a identificar situações não facilmente m o d e l a d a s por outros métodos de A C H - Análise de Confiabilidade Humana^^. S H A R P {Systematic Human Action Reliability Procedure) - Procedimento de Confiabilidade da A ç ã o H u m a n a Sistematizada. Criado por H a n n a m a n et al. (1984)^® u m procedimento. Human Action Reliability incorporar as interações Procedure humanas (SHARP), para ajudar no estudo A P S de f o r m a os Systematic analistas a sistematizada, completa e de fácil revisão. S e g u n d o o I A E A - T E C D O C - 5 9 2 (1991)^^, S H A R P não é um modelo, n e m u m a técnica, m a s um meio de orientar a seleção de um modelo ou técnica de análise de confiabilidade h u m a n a , e indica as opções disponíveis e m relação à representação das ações dos operadores ( T H E R P , O A T S etc.) e o tipo de m o d e l o ou de dados para dar base às várias técnicas de ACH^^ 21 A T H E A N A {A Technique for ¡Human Event Analysis) - U m a T é c n i c a para Análise de Eventos C a u s a d o s pelo H o m e m . Metodologia A T H E A N A ( N U R E G - 1 6 2 4 , V e r . 1 , 2 0 0 0 f originou-se d a 20 análise ( A E O D / E 9 5 - 0 1 , 1995) , que difere dos m é t o d o s tradicionais que b u s c a m quantificar os erros h u m a n o s de u m a f o r m a aleatória e e m condições previstas de acidentes, visa identificar e estimar as probabilidades de ocorrência das situações, e m condições não usuais, nas quais o operador pode tomar ações que t o r n a m a planta m e n o s segura. Existe na metodologia A T H E A N A , u m a preocupação e m condições específicas que se apresentam em forma de identificar desvios do c o m p o r t a m e n t o da planta e m relação ao que o operador espera ver ou ao q u e está descrito nos procedimentos de operação/treinamento^^. 22 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 - P o n t o s a b o r d a d o s Com o propósito de subsidiar as analogias propostas, foram selecionados alguns pontos que, direta ou indiretamente, estão relacionados ao objeto de estudo, falha h u m a n a . S ã o citados seus conceitos, c a u s a s e suas relações com outros fatores. 1 - Aspectos Imediatos Percepção; Atenção; Memória. 2 - Fatores Mediatos T o m a d a de decisão; - Condicionantes individuais - (aspectos cognitivos, atitude, estado emocional); Experiência e treinamento; Interesse e motivação; Estresse; Relações de trabalho. 3 - Prevenção de Acidentes Individuais; Psicossociais; Organizacionais. A p ó s a apresentação destes pontos, aqueles que são obviamente mais evidentes nessa observação, s ã o reforçados c o m ênfase científica. 23 3.2 - A s p e c t o s i m e d i a t o s 3.2.1 - P e r c e p ç ã o A percepção diz respeito ao processo através do qual os objetos, pessoas, situações o u acontecimentos reais se t o r n a m conscientes. É através da percepção que o ser h u m a n o conhece o m u n d o à s u a volta de f o r m a total e complexa. Distingue-se da memória porque diz respeito a acontecimentos presentes e, t a m b é m , é diferente da inteligência e p e n s a m e n t o na medida e m que se refere às situações concretas. A percepção é mais um conceito e m psicologia que possui diferentes considerações, d e p e n d e n d o da a b o r d a g e m . Pode ser entendida c o m o produto de vários elementos sensitivos ligados a experiências que o indivíduo adquiriu anteriormente. Pode ter características tão amplas que se confunde c o m qualquer processo cognitivo ou pode ser entendida de maneira global, sendo Irredutível às sensações. Para que o objeto possa ser percebido, ele deve se destacar do m u n d o fenomenológico, possuir u m a estrutura interna maior do que os outros objetos que o c e r c a m para que se constitua u m a b o a figura, caracterizando o resto c o m o fundo sobre o qual ele se destaca. A figura e o fundo p o d e m sofrer modificações, d e p e n d e n d o de diversos fatores relacionados c o m a percepção. A estimulação é fundamental na definição do que constitui a figura e no que constitui o fundo. Muitas vezes a p a s s a g e m de figura para f u n d o , e vice-versa, acontece por causa da saturação produzida pelo sistema nervoso quando a estimulação torna-se excessiva. A atitude de u m indivíduo, a m o v i m e n t a ç ã o do objeto, a movimentação da c a b e ç a , a interposição dos objetos, o t a m a n h o relativo, a perspectiva linear e o jogo de luzes e s o m b r a s t a m b é m são alguns dos fatores que determinam o que se define c o m o figura e o que se caracteriza c o m o f u n d o ^ \ ver (FIG. 1). 24 F I G U R A 1 - Princípio da figura e fundo Percebe-se u m vaso ou duas faces se entreolhando, d e p e n d e n d o da escolha. 3.2.1.1 - P r i n c í p i o s b á s i c o s Na percepção das formas, FIG. 2, as teorias da percepção reconhecem quatro princípios básicos que a influenciam: • TENDÊNCIA À ESTRUTURAÇÃO OU PRINCÍPIO DO FECHAMENTO - tende-Se ã organizar elementos que se e n c o n t r a m próximos uns dos outros ou que sejam semelhantes; • SEGREGAÇÃO FiGURA-FUNDO - expllca que percebe-se mais facilmente as figuras bem definidas e salientes que se inscrevem em fundos indefinidos e mal contornados, por e x e m p l o , um cálice branco pintado n u m f u n d o preto; • PREGNÂNCiA DAS FORMAS OU BOA FORMA - qualidade quo determina a facilidade c o m simples, que se percebe a figura b e m f o r m a d a . As regulares, simétricas e equilibradas, são formas percebidas facilmente; • CONSTÂNCIA PERCEPTIVA - se traduz na estabilidade da percepção, os seres h u m a n o s p o s s u e m u m a resistência a c e n t u a d a à m u d a n ç a . COMIbSAü NAClüNAL L»t -d'i.!^'- i.^atAR/SP-irtK 3S F I G U R A 2 - Percepção mutável O animal da figura a c i m a pode ser u m coelho o u u m pato, exemplo de percepção m u t á v e l ^ \ 3.2.1.2 - D e t e r m i n a n t e s A percepção é influenciada por três conjuntos principais determinantes: estímulos físicos, seu estado psicológico e o aparelho fisiológico do organismo^^. Percepção e estímulo físico A percepção depende das características dos estímulos físicos. Dispõe-se de um n ú m e r o de informações que relacionam a natureza do estímulo físico à sensação resultante. Essas relações, c h a m a d a s de leis psicofísicas, não são simples. Os estímulos raramente ocorrem isoladamente, m a s são geralmente a c o m p a n h a d o s por u m a grande quantidade de outros estímulos, e, a partir daí, ocorre a percepção. 2fi Percepção e estado psicológico O que o indivíduo vê, ouve e sente é influenciado por seus estados imediatos e temporários de necessidade, e m o ç ã o e predisposição mental. U m h o m e m sedento, um apavorado e um caçador p o d e m perceber, de maneiras muito diferentes, a m e s m a situação. Características duradouras da pessoa, tais como sua personalidade e seu conjunto de experiências, também podem concorrer para determinar sua percepção. Percepção e fisiologia Uma seqüência complexa de acontecimentos ocorre quando um estímulo incide n u m receptor (olho, ouvido, nariz e t c ) . O receptor inicia u m impulso nervoso que vai aos nervos sensoriais, e destes, passa para o cérebro. O processo fisiológico, subjacente à percepção, está longe de ser completo, no entanto o que já c o n h e c e m o s nos auxilia a explicar c o m p l e x a s relações entre as configurações do estímulo e a reação perceptual. O sistema nervoso é constituído, e funciona de tal maneira, que a percepção é determinada pela configuração integrada de atividades que se dá e m grande parte no cérebro, e não unicamente no setor que recebe as c o m u n i c a ç õ e s partidas dos receptores. A atividade integrada do sistema nervoso, na percepção, é u m a característica das atividades que se dão na motivação e no c o m p o r t a m e n t o adaptativo. 3.2.1.3 - P e r c e p ç ã o e e s t a d o s d o i n d i v í d u o ( i n f l u ê n c i a s ) A p e r c e p ç ã o das coisas pode ser alterada pelo nosso conhecimento, por nossa motivação, pelo estado emocional e por outras condições fisiológicas. Estes estados influenciam a sensibilidade dos objetos como também as propriedades percebidas neles. Influência da experiência A experiência e m relação a um objeto leva a m u d a n ç a s significativas na maneira c o m o é percebido, seu reconhecimento se torna mais fácil, o objeto é organizado, perceptivamente, de maneira diferente, propriedades e d e s a p a r e c e m algumas mais antigas. aparecem novas 2? Influência da motivação A compreensão científica dos processos de motivação e emoção abrange o estudo da m a n e i r a pela qual os e s t a d o s de motivação influem na percepção. Pode-se citar como exemplo, que o alimento é notado mais rapidamente pelo faminto do que pelo h o m e m saciado e, além disso, parece mais apetitoso ao faminto. Influência fisiológica A bibliografia e a experimentação científica concordam que há influências impressionantes na percepção, produzidas pelo estado excepcional de atividades hormonais, por drogas e pelo álcool, não se referindo aos c a s o s alucinatórios e/ou de percepção errada. 3.2.1.4 - I n t e n s i d a d e d a p e r c e p ç ã o Lei de W e b e r / F e c h n e i ^ ^ 23 Pierre Bouguer (1760) e depois Ernst Heinrich W e b e r (1831) estudaram a m e n o r variação perceptível para determinados estímulos. Para isso apresentaram estímulos variáveis a diversos indivíduos para determinar o funcionamento quantitativo de diversos tipos de percepção. A lei de B o u g u e r - W e b e r estipula que o limiar sensorial (a m í n i m a diferença perceptível entre dois valores de um estímulo) ( A / ) é u m a fração constante {k) do nível absoluto dos estímulos ( / ) . A fórmula é a seguinte (1): A constante é diferente para c a d a tipo de estímulo. O médico G u s t a v Fechner^^ inventor do t e r m o psicofísica, modificou essa lei, para que ela se tornasse válida aos valores extremos do estímulo: "a sensação varia com o logaritmo da excitação". Esta lei pode ser aplicada a diversas formas de percepção. Não se sabe ao certo a c a u s a neurológica d e s s a lei, m a s ela pode ser percebida e m diversos f e n ô m e n o s da percepção. Por e x e m p l o , na percepção do s o m , as pessoas p e r c e b e m inten/alos iguais, enquanto suas freqüências variam exponencialmente. Por e x e m p l o , a relação entre as 28 freqüências de 2 2 0 Hz e 4 4 0 Hz é percebida c o m o u m intervalo de uma oitava. A relação entre 4 4 0 Hz e 880 Hz t a m b é m é percebida c o m o um intervalo igual de u m a oitava, m e s m o que a distância real entre as freqüências não seja igual. Relações semelhantes se aplicam à percepção de intensidade sonora, intensidade luminosa, cores e diversos outros aspectos da percepção. 3.2.1.5 - P r i n c i p a i s t i p o s d e p e r c e p ç ã o Nos seres h u m a n o s , a forma de percepção visual e a auditiva são as mais desenvolvidas. Durante muito t e m p o f o r a m fundamentais à sobrevivência da espécie. A visão e a audição eram os sentidos mais utilizados na caça e na proteção contra predadores. T a m b é m , as artes plásticas e a música foram as primeiras formas de arte a serem desenvolvidas por todas as civilizações, antes m e s m o da invenção da escrita. A s demais f o r m a s de percepção, c o m o a olfativa, gustativa e tátil, e m b o r a não associadas às necessidades básicas, t ê m importante papel na afetividade e na reprodução. A l é m destas, os h u m a n o s também p o s s u e m capacidade de percepção temporal e espacial. Percepção visual O estímulo para a visão é constituído por ondas luminosas que incidem sobre os olhos. É a f o r m a mais estudada pela psicologia da percepção, pois os princípios gerais da percepção foram desenvolvidos a partir de teorias específicas da percepção visual. A percepção visual c o m p r e e n d e , entre outras coisas: • percepção de f o r m a s ; • percepção de relações espaciais, c o m o profundidade; • percepção de cores; • percepção de intensidade luminosa. Percepção auditiva Os estímulos para a s e n s a ç ã o de s o m são vibrações na pressão mecânica do t í m p a n o . A s vibrações p r o d u z e m c o m p r e s s õ e s e rarefações no ar circundante, q u a n d o essas c o m p r e s s õ e s e rarefações se t o r n a m periódicas, são 29 transmitidas pelo ar, e m todas as direções, e impactadas sobre o t í m p a n o p r o d u z e m a audição de s o m . Entre os fatores considerados no estudo d a percepção auditiva estão: • percepção de timbres; • p e r c e p ç ã o de alturas ou freqüências; • p e r c e p ç ã o de intensidade sonora ou v o l u m e ; • percepção rítmica, que na verdade é uma forma de percepção temporal; • localização auditiva, u m aspecto d a percepção espacial, que permite distinguir o local de origem de u m s o m . Percepção olfativa O estímulo a d e q u a d o para a s e n s a ç ã o de a r o m a é proveniente de partículas gasosas que entram e m contato c o m receptores, na cavidade superior do nariz. Este sentido é relativamente sutil, m a s importante para a alimentação. A m e m o r i a olfativa t a m b é m t e m u m a grande importância afetiva. A perfumaria e a enología são aplicações dos c o n h e c i m e n t o s de percepção olfativa. Entre outros fatores, a p e r c e p ç ã o olfativa e n g l o b a : • discriminação de odores, que e s t u d a o que diferencia um odor de outros e o efeito de sua c o m b i n a ç ã o ; • o alcance olfativo. E m alguns animais, c o m o os c ã e s , a percepção olfativa é muito mais desenvolvida e t ê m u m a c a p a c i d a d e de discriminação e de alcance muito maior que nos h u m a n o s . P e r c e p ç ã o gustativa Substâncias solúveis, colocadas sobre a língua, ou e m contato c o m outra parte da boca e garganta, d e s p e r t a m as s e n s a ç õ e s gustativas, t a m b é m muito importantes para a alimentação. A classificação d e s s a s s e n s a ç õ e s é difícil devido a íntima interação c o m odores. 30 Percepção tátil O tato é sentido pela pele e/ou em tecidos mais profundos e n c o n t r a m o s s e n s a ç õ e s diferentes, necessita-se de organização e classificação destas, m a s ainda não se descobriu u m modelo satisfatório para fazê-lo. A estimulação d a pele, por energias térmicas e por pressão m e c â n i c a , revela que a pele não é, de maneira a l g u m a , u m receptor uniforme. Partes específicas são sensíveis a alguns tipos específicos de estímulos e insensíveis a outros. Entre os fatores presentes na p e r c e p ç ã o tátil estão: • discriminação tátil, ou a c a p a c i d a d e de distinguir objetos de p e q u e n o s t a m a n h o s , importante, por e x e m p l o , para a leitura e m Braille; • percepção de calor; • percepção da dor. S e n s a ç õ e s internas do corpo Alguns trabalhos foram realizados sobre sensações que surgem internamente no organismo c o m o a s e n s a ç ã o que surge no e s t ô m a g o (sensação de f o m e ) . Houve, t a m b é m , interesse pelas s e n s a ç õ e s físicas durante estados emocionais, no entanto, dois tipos especiais de s e n s a ç ã o f o r a m estudados mais c u i d a d o s a m e n t e , que são as s e n s a ç õ e s cinestésica e vestibular. SENSAÇÃO CINESTÉSICA - pertence aos m o v i m e n t o s da estrutura do corpo, dá informações a respeito dos m o v i m e n t o s das estruturas físicas, levantamento do braço etc. Os estímulos estão localizados nos músculos, t e n d õ e s e articulações, fundamentais para uma boa p e r c e p ç ã o do meio e ação e m relação ao m e s m o . SENSAÇÕES VESTIBULARES orientação ao corpo - este estudo pertence aos m o v i m e n t o s , espacial e da como um todo. Como os receptores dos vestíbulos transmitem impulsos nervosos ao e s t ô m a g o , as s e n s a ç õ e s de m o v i m e n t o p o d e m ter c o n s e q ü ê n c i a s secundárias, c o m o indisposição interna. 31 3.2.2 - A t e n ç ã o Processo cognitivo pelo qual o intelecto focaliza e seleciona os estímulos e as informações, estabelecendo relação entre eles. O s estímulos são recebidos a todo m o m e n t o , provenientes das mais diversas fontes, porém, só alguns deles, são atendidos, pois não seria possível e necessário responder a t o d o s . C h a m a - s e atenção c o n c e n t r a d a q u a n d o a p e n a s um estímulo é selecionado e processado. Existe, t a m b é m , a atenção dividida, e m que diversos estímulos s ã o selecionados e processados simultaneamente. U m e x e m p l o é a c o n d u ç ã o de u m automóvel e, ao m e s m o t e m p o , a conversa c o m o c a r o n a ao lado. 3.2.2.1 - S e l e ç ã o d e i n f o r m a ç õ e s Alguns trabalhos p r o c u r a m saber e m qual estágio do processamento de informações ocorre a seleção. O estudo deste processo seletivo faz parte d a própria história das pesquisas sobre atenção. A teoria do filtro atencional, F I G . 3, proposto por Broadbend^"^, estabelece que os estímulos sejam processados até o filtro, a partir daí é selecionado aquele que é importante para se ter u m a resposta, para então terem a c e s s o ao sistema de p r o c e s s a m e n t o . C a s o s e j a m filtrados, este acesso interrompido. é 32 n Pré fillragem Pos f i l t r a g e m O O •a ra c A. Filtro Simples £ ^ g ü <fí y) o Cü B, Filtro Atenuador S E C UJ —> LJÜ C, Filtro Ampliñcado'' FIGURA 3 - Modelos representativos de filtros seletivos de informações Os filtros funcionam da seguinte forma: (A) c o m o filtro simples, que impede a passagem estímulos (B) de selecionados informações alcançarem não selecionadas e deixa apenas níveis de superiores processamento; c o m o filtro atenuador, que restringe, m a s , não impede a p a s s a g e m informações selecionadas não selecionadas. cheguem processamento; e (C) Desta forma, permite com maior intensidade como filtro amplificador, que relativa em as nos que os as de informações sistemas de informações selecionadas t ê m sua atividade amplificada pelo filtro. 25 Deutsch propôs a teoria atencional da seleção da resposta, s e g u n d o a qual a seleção para processamento ocorre tardiamente, de m o d o a influenciar a resposta e o arquivamento da informação na memória, m a s não a percepção. Sendo assim, tanto a teoria do filtro atencional c o m o a teoria da seleção da resposta admitem a existência de um selecionador. Na teoria do filtro, a seleção é realizada nos estágios iniciais do processamento. Já a seleção de resposta ocorre próxima ao sistema de processamento que emite a reação, portanto, é uma seleção tardia. COMISSÃO NA.CiCNAL L'E ENF-S«A, NUCLEAR,SP 33 3.2.2.2 - P r o c e s s o s a u t o m á t i c o s Se aceita que processos automáticos de captação da atenção sejam velozes e não requeiram controle ativo por parte da p e s s o a , podendo, por isso mesmo, ocorrer concomitantemente a outros processamentos, com pouca interferência. A l é m disso, eles p o d e m ser d e s e n c a d e a d o s prontamente, de f o r m a quase inevitável, por eventos inesperados, surpreendentes ou incongruentes no ambiente, m e s m o que o participante não esteja, inicialmente, prestando atenção à fonte da estimulação. É o que acontece, quando um objeto aparece inesperadamente no c a m p o visual ou quando u m estímulo é discrepante e m relação aos que os rodeiam. Antes m e s m o de haver u m a decisão consciente de atender ao objeto ou estímulo, seu surgimento inesperado (ou sua incongruência c o m o meio) atrai a atenção. Neste último caso, não há u m esforço consciente e voluntário no direcionamento atencional, m a s a p e n a s u m a reação de captura da atenção gerada pelo estímulo, d e n o m i n a d a atenção automática. Posteriormente, t a m b é m a atenção voluntária pode ser deslocada para essa fonte de estimulação, c o m o f o r m a de obter mais informações. 3.2.2.3 - P r o c e s s o s c o n t r o l a d o s De forma diferente, processos voluntários de direcionamento da atenção d e m a n d a m recursos de processamento, razão pela qual o d e s e m p e n h o concomitante de duas tarefas resulta e m interferência, ou seja, prejuízo no d e s e m p e n h o das tarefas e m curso. A l é m disso, o controle voluntário da atenção apresenta um c o m p o n e n t e consciente para sua realização e é, geralmente, usado para tarefas mais c o m p l e x a s o u não familiares, requerendo assim mais t e m p o 26 para a execução. Shallice propõe que os recursos atencionais controlados são necessários quando as tarefas: o requererem planejamento ou t o m a d a de decisões; • envolverem c o m p o n e n t e s de solução de problemas; • forem mal-aprendidas o u contêm seqüências novas; • forem perigosas ou tecnicamente difíceis; • requererem a s u p e r a ç ã o de u m a resposta habitual forte. 34 3.2.2.4 - F a t o r e s b á s i c o s p a r a a t u a ç ã o d a a t e n ç ã o Fator fisiológico: d e p e n d e de condições neurológicas e t a m b é m da situação material e m que o indivíduo se encontra; Fator motivacional: d e p e n d e da f o r m a c o m o o estímulo se apresenta e p r o v o c a interesse; Concentração: d e p e n d e do grau de solicitação e de atuação do estímulo, levando a u m a melhor focalização da fonte de estímulo. 3.2.2.5 - A l g u m a s a n o r m a l i d a d e s d a a t e n ç ã o Hipoprosexia: diminuição global da atenção; Aprosexia:total abolição da c a p a c i d a d e de atenção, independente dos estímulos; Hiperprosexia: atenção e x a g e r a d a c o m certa tendência; Distração: sinal de falta de concentração ativa da atenção sobre determinados c o n t e ú d o s e objetos; Distraibilidade: estado patológico que se exprime por instabilidade marcante e dificuldade ou incapacidade para se fixar ou s e manter e m qualquer coisa que implique esforço produtivo. 3.2.3 - M e m ó r i a Pode-se dizer q u e a m e m ó r i a corresponde ao processo pelo qual as experiências anteriores levam à alteração do comportamento. Ela tem a capacidade de reter, recuperar, a r m a z e n a r e evocar informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória h u m a n a ) , seja e x t e r n a m e n t e , e m dispositivos artificiais (memória artificial)^'^. A memória humana focaliza coisas específicas e requer grande quantidade de energia mental. A m e m ó r i a e o c o n h e c i m e n t o , juntos, g e r a m novas idéias, ajudando a t o m a r decisões diárias. O s psicólogos e neurologistas distinguem m e m ó r i a declarativa de m e m ó r i a não-declarativa. A grosso m o d o , a m e m ó r i a declarativa a r m a z e n a o saber que algo se d e u , e a m e m ó r i a não-declarativa, c o m o isto se d e u . De maneira geral, filósofos, psicólogos, sociólogos e antropólogos t e n d e m a ocupar-se da m e m ó r i a declarativa, enquanto neurobiologos t e n d e m a se ocupar da m e m ó r i a não-declarativa. 35 Os psicólogos distinguem dois tipos de m e m ó r i a declarativa: a m e m ó r i a episódica e a memória semântica. São instâncias da m e m ó r i a episódica as lembranças de acontecimentos específicos. S ã o instâncias d a m e m ó r i a semântica as lembranças de aspectos gerais. M e m ó r i a é a base do c o n h e c i m e n t o , c o m o tal, deve ser trabalhada e estimulada, é através dela que se a c u m u l a experiência para utilizar durante a vida e o cotidiano g a n h a significado. 3.2.3.1 - T i p o s d e m e m ó r i a Memória declarativa Refere-se à retenção de experiências sobre fatos e eventos do passado, tem a capacidade de verbalizar u m fato. M e m ó r i a imediata É a m e m ó r i a que dura de frações a poucos s e g u n d o s . U m exemplo é a capacidade de repetir imediatamente u m n ú m e r o de telefone que é dito. Estes fatos são, após um tempo, c o m p l e t a m e n t e esquecidos, não deixando traços. M e m ó r i a de curto prazo É a m e m ó r i a c o m d u r a ç ã o de a l g u m a s horas e existe a f o r m a ç ã o de traços de memória. O período para a f o r m a ç ã o destes traços é c h a m a d o de período de consolidação. U m e x e m p l o desta m e m ó r i a é a c a p a c i d a d e de lembrarse do que se vestiu no dia anterior, o u c o m q u e m se encontrou. M e m ó r i a de longa duração É a m e m ó r i a c o m d u r a ç ã o de m e s e s a anos. U m exemplo é a capacidade de aprendizado de u m a nova língua. Memórias, explícita e implícita, são consideradas c o m o memória de longa duração. Memória de procedimento "É revelada quando a experiência prévia facilita o desempenho numa 28 tarefa que não requer evocação consciente ou intencional daquela experiência' , ou seja, é a capacidade de reter e processar informações que não p o d e m ser verbalizadas, c o m o tocar u m instrumento o u andar de bicicleta. É mais estável e difícil de ser perdida. 36 3.2.3.2 - B a s e s a n a t ô m i c a s d a m e m ó r i a Diferentes armazenamento e estruturas na cerebrais evocação das estão envolvidas diversas na aquisição, informações adquiridas no por aprendizagem. Memóúa de curto prazo Depende d o sistema límbico, envolvido nos processos de retenção e consolidação de informações novas. Hoje e m dia t a m b é m se supõe que a consolidação temporária da informação envolve estruturas c o m o o hipocampo, a amígdala, o cortex entorrinal e o giro para-hipocampal, s e n d o depois transferida para as áreas de associação do neocortex parietal e t e m p o r a l . A s vias que c h e g a m e s a e m do h i p o c a m p o t a m b é m são importantes para o estudo da anatomia da m e m ó r i a . A s q u e c h e g a m , s ã o constituídas pela via fímbria-fórnix ou pela via perfurante. Importantes projeções de C A 1 (região do hipocampo que armazena informações e as mantém para uso imediato) para os córtices subiculares adjacentes f a z e m parte das q u e s a e m do h i p o c a m p o . Existem também duas vias hipocampais responsáveis por interconexões do próprio sistema límbico, c o m o o Circuito de Papez (hipocampo, fornix, corpos mamilares, giro do cíngulo, giro para-hipocampal e amígdala), e a s e g u n d a via projeta-se de áreas corticais de associação, por meio do giro do cíngulo e do cortex entorrinal, para o h i p o c a m p o que, por sua vez, projeta-se através do núcleo septal e do núcleo talâmico mediai para o cortex pré-frontal, h a v e n d o , então, o a r m a z e n a m e n t o de informações que reverberam no circuito ainda por algum t e m p o . Memória operacional C o m p r e e n d e u m sistema de controle de atenção, executivo central, auxiliado por dois sistemas de suporte, de natureza espaço-visual e outro de natureza fonológica, que ajudam no armazenamento temporário e na manipulação das informações. O executivo central t e m capacidade limitada e função de selecionar estratégias e planos, t e n d o s u a atividade relacionada ao funcionamento do lobo frontal, que supen/isiona as informações. T a m b é m o cerebelo está envolvido no p r o c e s s a m e n t o da m e m ó r i a operacional, atuando na catalogação e m a n u t e n ç ã o das seqüências de eventos, o que é necessário e m situações que requerem o o r d e n a m e n t o temporal de 37 informações. O sistema de suporte espaço-visual t e m u m c o m p o n e n t e visual, relacionado à região occipital e um c o m p o n e n t e espacial, relacionado a regiões do lobo parietal. J á no sistema fonológico, a articulação subvocal auxilia na manutenção da informação. Lesões nos giros supramarginal e angular do hiemisfério esquerdo g e r a m dificuldades na m e m ó r i a verbal auditiva de curta duração. Esse sistema está relacionado à aquisição de linguagem. M e m ó r i a de longa duração O ser f i u m a n o aprende o q u e é o m u n d o b u s c a n d o conhecimento sobre pessoas e objetos, acessíveis à consciência, e usando u m a f o r m a de m e m ó r i a que é, e m geral, c h a m a d a de explícita, ou aprende c o m o fazer coisas, adquirindo habilidades motoras o u perceptivas a que a consciência não t e m acesso, usando para isto a m e m ó r i a implícita^^. M e m ó r i a explícita Depende de estruturas do lobo temporal mediai, incluindo o h i p o c a m p o , o córtex entorrinal e o córtex para-hipocampal e do diencéfalo. Além disso, o septo e os feixes de fibras que c h e g a m do prosencéfalo basal a o hipocampo t a m b é m parecem ter importantes funções. A m e m ó r i a explícita se subdivide em memória episódica e memória semântica. Embora ambas d e p e n d a m de estruturas do lobo temporal mediai, é importante destacar a relação d e s s a s estruturas c o m outras. Por exemplo, pacientes idosos c o m disfunção dos lobos frontais t ê m mais dificuldades para a m e m ó r i a episódica do que para a m e m ó r i a semântica. Já lesões no lobo parietal e s q u e r d o apresentam prejuízos na m e m ó r i a semântica. M e m ó r i a implícita A aprendizagem de habilidades motoras depende de aferências corticais de á r e a s sensoriais de associação para o corpo estriado o u para o s núcleos da base. O s núcleos, caudal e p u t â m e n , r e c e b e m projeções corticais e enviam-nas para o globo pálido e outras estruturas do sistema extra-piramidal, constituindo u m a c o n e x ã o entre estímulo e resposta. O condicionamento d a s respostas da musculatura esquelética depende do cerebelo, enquanto o 38 condicionamento d a s respostas emocionais d e p e n d e da amígdala. J á foram descritas alterações no fluxo sanguíneo, a u m e n t a n d o o do cerebelo e reduzindo o do estriado no início do processo de aquisição de u m a habilidade. J á ao longo desse processo, o fluxo do estriado é que foi a u m e n t a d o . O neo-estriado e o cerebelo estão envolvidos na aquisição e no planejamento das ações, constituindo, então, através de c o n e x õ e s entre o cerebelo e o tálamo e entre o cerebelo e os lobos frontais, elos entre o sistema implícito e o explícito, c o m o mostrado na (FIG. 4 ) , a qual foi a d a p t a d a de Squire & Knowton^^. Memoria de Longa Duração ImpSlcIta f—1 Ex-pHcita \ Fatos] ' Lobo Tumpõrat ModRil fDlÉ^iétalo) HaSllidaãflE Prê-aávaçào Neoccfhíx CcTdicicnamento AptBídiiãgêi'!! j fiâo a&sccialiva Via» Reflejta.n F I G U R A 4 - T a x o n o m í a dos sistemas de m e m ó r i a de longa duração 3.2.3.3 - N e u r o m o d u l a ç ã o d a m e m ó r i a Em nossas vidas, existem acontecimentos que jamais e s q u e c e m o s . Entretanto, nem tudo que nos acontece fica gravado na m e m ó r i a para sempre. O cérebro determina o q u e merece ser estocado e o que deve ser descartado. O processo denominado informações^^' neuromodulação tenta regular e ordenar as . É importante momento de seguinte lembrar que a consolidação da m e m ó r i a ocorre ao acontecimento. A s s i m , qualquer fator que aja no nesse instante pode fortalecer ou enfraquecer a lembrança, qualquer que ela seja. A B-endorfina parece ser a substância ligada ao esquecimento. Este processo, apesar de algumas vezes indesejável, c o m o n u m a prova, por exemplo, é fundamental do ponto de vista fisiológico. Afinal, seria inviável a vida s e m 39 n e n h u m a espécie de filtro na m e m ó r i a hipermnésia. Outras substâncias, c o m o morfinas, encefalinas, h o r m ô n i o adenocorticotrófico ( A C T H ) , e adrenalina, as duas últimas e m altas d o s e s , facilitam a liberação de B-endorfina, levando a o esquecimento. É por isso que situações carregadas de estresse emocional p o d e m levar a amnésia anterógrafa, q u e é o que acontece q u a n d o , após u m acidente de carro, o indivíduo não c o n s e g u e relatar o que lhe aconteceu minutos antes. O q u e determina se u m a informação deve ser a r m a z e n a d a é q u a n d o esta é relativamente importante e sobrevive a o sistema 3-endorfínico, pois ocorre a liberação de doses m o d e r a d a s de A C T H , noradrenalina, d o p a m i n a e acetilcolina que a g e m facilitando a consolidação da m e m ó r i a . C o n t u d o , dose alta d e s s a substância t e m efeito contrário pelo bloqueio dos canais iónicos. Outra substância f u n d a m e n t a l no p r o c e s s a m e n t o da m e m ó r i a é o ácido gama-aminobutírico (GABA), um ácido em que o grupo amina está na extremidade d a cadeia carbônica. Há drogas que influenciam a liberação de G A B A e m o d u l a m o processo da m e m ó r i a . S ã o os antagonistas GABAérgicos, e m d o s e s subconvulsantes, pois o bloqueio total da a ç ã o do G A B A pode produzir ansiedade, alta atividade locomotora e convulsões, facilitam a m e m o r i z a ç ã o e agonistas, substâncias que m i m e t i z a m a a ç ã o do G A B A , a prejudicam. benzodiazepinas, os tranqüilizantes mais prescritos e vendidos no As mundo, facilitam a ação do G A B A e, portanto, p o d e m afetar a m e m ó r i a . Existem relatos de pacientes que apresentam amnésia anterógrada após tratamento com d i a z e p a m , n o m e clínico para as benzodiazepinas. Sabe-se também que antagonistas glutaminérigos do tipo N M D A - N-methyl-D-aspartic dos receptores colinérgicos, Acid, e adrenérgicos levam a um déficit de m e m ó r i a , pois dificultam a ação das substâncias facilitadoras da m e m o r i z a ç ã o no interior d a célula. A serotonina, outro neurotransmissor, exerce importante papel na consolidação da m e m ó r i a a longo prazo, que parece estar ligada a síntese proteica. A serotonina age através de receptores metabotrópicos que a u m e n t a r ã o os níveis de AMPcíclico permitindo a cascata de fosforilação de quinases. Isto a u m e n t a a transcrição do D N A e, c o n s e q ü e n t e m e n t e , da síntese proteica. Os neuropeptídeos t a m b é m influenciam a m e m o r i z a ç ã o . Pesquisas recentes envolvendo a substância P indicam que ela p o d e ter efeitos, tanto 40 reforçando quanto prejudicando a m e m ó r i a , d e p e n d e n d o do local no qual terá atividade. Por f i m , é importante ressaltar o papel da amígdala na modulação da memória, notadamente do núcleo basolateral. Esta estrutura recebe informações das modalidades sensitivas e as repassa para diferentes áreas do cérebro ligadas a funções cognitivas. Devido a seu papel central na percepção das e m o ç õ e s , a amígdala participa d a modulação dos primeiros m o m e n t o s da formação de memória de longo prazo mais alertantes ou ansiogênicos e e m alguns aspectos de sua evocação. Q u a n d o hiperativada, especialmente pelo estresse, ela pode produzir os temíveis b r a n c o s . 3.2.3.4 - F a t o r e s r e l a c i o n a d o s c o m a p e r d a d e m e m ó r i a Os fatores que se relacionam c o m a perda de m e m ó r i a são a a m n é s i a e a depressão^\ Amnésia Perda parcial ou total da capacidade de reter e evocar informações. Qualquer processo que prejudique a f o r m a ç ã o de u m a m e m ó r i a a curto prazo ou a sua fixação e m m e m ó r i a a longo prazo pode resultar e m a m n é s i a . P o d e m ser classificadas e m : - A m n é s i a orgânica - c a u s a d a por distúrbios no funcionamento das nervosas, através degenerativas que de alterações interferem químicas, traumatismos nos processos associativos ou células transformações acarretando uma diminuição na c a p a c i d a d e de registrar e reter informações; - Amnésia psicogênica - resultante de fatores psicológicos que inibem a recordação de certos fatos o u experiências vividas. E m linhas gerais, a a m n é s i a psicogênica atua para reprimir da consciência experiências que causam sofrimento, deixando a m e m ó r i a para informações neutras intacta. Neste caso, pode-se afirmar que a p e s s o a decide, inconscientemente, esquecer o que a fez sofrer ou reviver u m sofrimento. Em casos severos, q u a n d o as lembranças são intoleráveis, o indivíduo pode vivenciar a perda d a m e m ó r i a tanto de fatos passados quanto da sua própria identidade. As a m n é s i a s p o d e m ainda ser divididas de f o r m a cronológicas: 41 - A m n é s i a retrógrada - é a incapacidade de recordar os acontecimentos ocorridos antes d o surgimento do problema; - A m n é s i a anterógrada - é a incapacidade de a r m a z e n a r novas informações a longo prazo. A depressão é a causa mais comum, porém a menos grave. Denomina-se depressão uma d o e n ç a psiquiátrica, que inclui perda do â n i m o e tristeza profunda superior ao mal c a u s a d o pelas circunstâncias d a vida. 3.3 - F a t o r e s m e d i a t o s 3.3.1 - T o m a d a d e d e c i s ã o A t o m a d a de decisão e o j u l g a m e n t o consistem na seleção entre escolhas e oportunidades possíveis. A t o m a d a de decisão é u m a a b o r d a g e m sistemática de u m conjunto de processos mentais usados para determinar c o m firmeza o melhor curso de ação em resposta a um dado conjunto de circunstâncias. O processo decisório é responsável por grande parte dos acidentes ocorridos por falha h u m a n a . O objetivo deste t e m a é, t a m b é m , verificar quais aspectos cognitivos (pensamentos) e afetivos (sentimentos) estão relacionados à t o m a d a de decisão no contexto d a ocorrência de incidentes. 3.3.1.1 - F a t o r e s d e i n f l u ê n c i a A f o r m a mais pura de decidir é q u a n d o não se t e m intervenção de fatores externos, sem pressões, n e m condicionantes de qualquer espécie, onde o que prevalece é a melhor das alternativas encontradas para a resolução do p r o b l e m a . P o r é m , a c o m p l e x i d a d e do ser h u m a n o , c o m suas necessidades, incertezas, valores, desejos etc. influenciam o processo de t o m a d a de decisão, p o d e n d o levar a uma decisão de qualidade inferior. Necessidades do indivíduo f a z e m c o m que seu c o m p o r t a m e n t o se 32 altere, seja u m a necessidade básica ou não. Chiavenato (1998), construiu u m a pirâmide que representa as necessidades dos indivíduos, defendendo que o indivíduo satisfaz as suas necessidades da base para o topo da pirâmide, sendo estas: fisiológicas, de s e g u r a n ç a , de amor, de estima e de auto-realização. 42 Qualquer decisão é afetada por uma ou mais necessidades. A incerteza e o risco são dois fatores preponderantes n u m a t o m a d a de decisão. Muitas delas t ê m u m elevado grau de incerteza, n o r m a l m e n t e a c o n t e c e m e m situações que o indivíduo não está familiarizado. Nestes casos as escolhas entre as alternativas disponíveis t ê m grau de risco associado, s e g u n d o Robert Heller & T i m Hindie (1998)^^. 3.3.1.2 - T i p o s d e d e c i s ã o Todos os dias s u r g e m confrontos c o m u m conjunto de situações diversas que e x i g e m t o m a d a s de decisão. A decisão pode ser de dois tipos: p r o g r a m a d a e não programada^"^. Programada As decisões p r o g r a m a d a s t ê m por base a existência de regras b e m definidas, o que clarifica, simplifica e define a decisão, impondo um grau de certeza elevado na definição do problema. Por e x e m p l o , q u a n d o um condutor se d e p a r a c o m um sinal de sentido proibido a s u a decisão será t o m a d a tendo e m conta o código de estrada (regras), que claramente identifica o que fazer nesta situação. Contudo, n e m todas as decisões que t ê m de ser t o m a d a s no cotidiano são simples, claras e b e m definidas (programadas). Não Programada Q u a n d o acontece u m a situação c o m p l e t a m e n t e nova, nunca antes ocorrida, e m que não existe qualquer termo de c o m p a r a ç ã o , a t o m a d a de decisão não pode ser b a s e a d a na experiência, e m regras, ou tão pouco existe u m a linha condutora que c o n d u z a à solução do problema o u às alternativas existentes. Nestes casos, a t o m a d a de decisão é não p r o g r a m a d a . Por e x e m p l o , quando se é pai pela primeira vez, vários são os m o m e n t o s e m que u m a decisão terá de ser t o m a d a s e m ter idéia clara do que será melhor fazer, que c a m i n h o tomar d a d a a ausência de regras ou fórmulas de resolução dos problemas, conduzindo a u m a u m e n t o dos níveis de a n s i e d a d e e insegurança. O risco é elevado assim c o m o o nível de incerteza na t o m a d a de decisão. Muitas vezes as e m p r e s a s , c o m o por e x e m p l o as consultorias, c o r r e m o risco de apresentar propostas a seus clientes 43 c o m valores sub ou sobrevalorizados d a d a a l g u m a inconsistência ou m e s m o uma deficiente especificação dos cadernos de encargos, fruto da forte concorrência no mercado e a l g u m a indefinição ou falta de clarificação dos requisitos. 3.3.1.3 - C l a s s e s - t o m a d a d e d e c i s ã o A t o m a d a de decisão além de p r o g r a m a d a o u não programada, pode ser classificada de acordo c o m quatro tipos: • rotina; • estratégica; • operacional; • emergência. A s decisões de rotina são as mais usuais, u m a vez que dizem respeito a situações que o c o r r e m no dia a dia, sendo perfeitamente identificadas e claras, regra geral, de f o r m a idêntica. Perante u m a d e t e r m i n a d a situação que exige u m a decisão de rotina, é, muitas vezes, t o m a d a inconscientemente. As decisões de rotina p o d e m tornar-se decisões de e m e r g ê n c i a quando, de a l g u m a forma, o problema torna-se c o m p l e x o pela alteração de variáveis que o c o m p õ e m . A s decisões estratégicas respeitam f e n ô m e n o s de maior grau de complexidade, onde os envolvidos acreditam que a decisão t o m a d a terá u m papel importante e duradouro. Este tipo de decisão t e m por base um julgamento que é feito num determinado contexto, e define propósitos e objetivos, que se convertem 35 e m planos ou sub-decisões. De acordo c o m Lyles & S c h w e n k (1988) , as decisões estratégicas não são t o m a d a s c o m muita freqüência e, por isso, são mais raras do que outros tipos de decisão. A s decisões estratégicas d e p e n d e m de fatores culturais, sociais, econômicos e políticos, c o m o tal são e x t r e m a m e n t e complexas e r e q u e r e m u m grande c o m p r o m e t i m e n t o por parte das pessoas envolvidas. É importante referir que a c i m a de tudo as decisões são t o m a d a s por pessoas e afetam pessoas que têm alegrias, necessidades, desejos, receios e acima de tudo operacionais. valores. Os problemas pessoais implicam nas decisões 44 3.3.1.4 - O u t r a s c l a s s e s A t o m a d a de decisão t e m características que a d e f i n e m , as quais p o d e m determinar o c a m i n h o de t o d o o processo de decisão. S e g u n d o Robert 33 Heller & T i m Hindie (1998) , as decisões p o d e m ser: irreversíveis, reversíveis, experimentais, tentativa-erro, por etapas, cautelosas, condicionais e e m espera. C a d a u m a destas características t e m as suas próprias implicações, durante ou após a t o m a d a de decisão. A s decisões irreversíveis tal c o m o o n o m e indica, não p o d e m ser desfeitas. O firmar um contrato e v e n d e r u m a e m p r e s a são decisões que depois de t o m a d a s não mais se pode voltar atrás. U m a decisão c o m este tipo de característica não deve ser t o m a d a c o m base n u m a premissa de tudo ou nada quando existe indecisão, o tudo o u nada pode c o m p r o m e t e r totalmente o processo de decisão. A s decisões reversíveis p o d e m ser alteradas a qualquer m o m e n t o , antes, durante ou após a decisão ter sido t o m a d a . Permitem ao reconhecer o erro e m vez de perpetuá-lo, adaptar-se a um novo decisor contexto alterando a sua decisão s e m a existência de c o n s e q ü ê n c i a s graves. Por vezes, opta-se por u m a decisão do tipo experimental, que é u m tipo de decisão que não é final e n q u a n t o os primeiros resultados não a p a r e c e m e não se a p r e s e n t a m c o m o positivos. A decisão do tipo experimental é c o m u m q u a n d o da implementação de novos processos, p e q u e n o s e não estratégicos. Estas decisões necessitam da existência de u m a forte linha de c o m u n i c a ç ã o entre as pessoas, de m o d o a obter-se rapidamente retorno, positivo ou negativo, sobre a decisão. Este tipo de decisão é t o m a d o quando não se sabe claramente c o m o efetuar o processo, m a s conhece-se o c a m i n h o a tomar. Muitas v e z e s a t o m a d a de decisão experimental leva-nos a outra, a tentativa-erro. A decisão tentativa-erro é t o m a d a s a b e n d o que possivelmente será alterada e m f u n ç ã o da e x e c u ç ã o da decisão corrente. U m a decisão c o m estas características permite receber retorno ao longo de todo o processo e se necessário adaptar e ajustar o planejamento antes de t o m a r a decisão final. A o longo da vida passa-se por várias etapas, o m e s m o acontece c o m certas t o m a d a s de decisão. No m o m e n t o e m que se t o m a u m a decisão deve-se 45 preparar para as decisões que se seguirão. A decisão por etapas dá a oportunidade ao decisor de discutir os resultados das etapas anteriores e assim acompanhar cautelosas de perto os riscos inerentes a c a d a u m a delas. As são tomadas em planos de contingência ou em decisões situações problemáticas que se antevejam, limitam o risco, m a s p o d e m restringir os g a n h o s . Por vezes estimam-se componente muito projetos arriscada. A muito por existência baixo de quando uma estes decisão têm uma condicional é importante no m o m e n t o e m que determinada circunstância prevista acontece. É válida para reagir a condicionantes ou m e s m o a alterações do meio envolvente. Esta decisão pode ser confundida c o m a decisão cautelosa. Em s u m a , caso determinada ação a c o n t e ç a u m a decisão alternativa é t o m a d a . A decisão e m espera é t o m a d a a p e n a s no m o m e n t o considerado a d e q u a d o e oportuno. T e m a vantagem de procurar evitar u m a t o m a d a de decisão favorável, no entanto, ao atrasar uma decisão no m o m e n t o pode-se desperdiçar menos uma oportunidade. 3.3.2 - C o n d i c i o n a n t e s individuais Fatores internos que p o d e m apresentar-se de f o r m a s variadas devido à complexidade do indivíduo. 3.3.2.1 - A b o r d a g e m cognitivista Esta é u m a a b o r d a g e m que está voltada para um vasto c a m p o do conhecimento multidisciplinar. Em relação à psicologia, se desenvolveu no fim dos anos 50 e princípio dos anos 60. A partir daí o modelo, dominante na área, foi o do processamento de informação, embora alguns processos mentais já tivessem sido abordados pela psicologia social, de personalidade, patológica, e do desenvolvimento. T e v e , t a m b é m , um resultado proveitoso na investigação da área da inteligência artificial e outras similares . C o m o advento da a u t o m a ç ã o e de novas tecnologias, necessário fortalecer, de f o r m a multidisciplinar, humano e m situações c o m p l e x a s . o estudo do tornou-se comportamento 46 3.3.2.2 - A s p e c t o s c o g n i t i v o s Os aspectos liipoteticamente, domínios, estão cognitivos por examinando representação problemas, de detrás questões do estes que os a memória, raciocínio, estão processos comportamento. sobre conliecimento, assuntos são Atuam em atenção, criatividade sendo mentais abordados e que, diversos percepção, resolução de decorrer do no desenvolvimento deste trabalho. Observa-se, através destes processos, os estados mentais internos c o m o o desejo, as motivações (unindo o desejo, consciente ou inconsciente, na conduta dos consciente indivíduos), e as crenças ou inconscientemente, (sistema individual ou de suposições coletivamente), desejadas, que tentam integrar u m conjunto de a b o r d a g e n s à investigação da mente e dos processos mentais. 3.3.2.3 - O b j e t i v o s d e s t a a b o r d a g e m Compreender os fatores que produzem a complexidade para atividade cognitiva do indivíduo, as n e c e s s i d a d e s cognitivas impostas problemas que surgem, e quando estas mesmas necessidades não a pelos são atendidas. A c o m p r e e n s ã o da cognição inserida na a ç ã o é u m a alternativa de se evitar acidentes e contribuir c o m a s e g u r a n ç a d a organização. C o n s i d e r a n d o t a m b é m que o objetivo da a ç ã o h u m a n a é buscar o prazer e evitar a dor^'^. 3.3.3 - M o t i v a ç ã o Atualmente, a teoria das relações humanas é a linguagem que d e n o m i n a o repertório administrativo: fala-se muito e m motivação, liderança, c o m u n i c a ç ã o , organização informal, dinâmica de grupo. A ênfase que se d a v a às tarefas e à estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas. C o m a teoria das relações h u m a n a s surge u m a nova c o n c e p ç ã o sobre a natureza do h o m e m , o 38 h o m e m social . 47 3.3.3.1 - C o n c e i t o d e m o t i v a ç ã o Definir o conceito de motivação é difícil, considerando que este t e m sido utilizado c o m diferentes sentidos. De m o d o geral, motivação é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada f o r m a o u , pelo m e n o s , q u e dá origem a u m a propensão, a um c o m p o r t a m e n t o específico. Este impulso à ação pode ser provocado por um estímulo externo, ou também ser gerado internamente nos processos mentais do indivíduo^®. 3.3.3.2 - C o m p o r t a m e n t o O c o m p o r t a m e n t o das pessoas dentro da organização d e p e n d e de fatores internos e externos. O s primeiros são decorrentes das características de personalidade, c o m o capacidade de a p r e n d i z a g e m , de motivação, de percepção do ambiente externo e interno, de atitudes, de e m o ç õ e s , de valores etc. Os externos s ã o decorrentes do ambiente, das características organizacionais, c o m o sistemas de recompensas e punições, de fatores sociais, de políticas, de coesão grupai existente etc. A teoria das relações h u m a n a s estuda a influência da motivação no c o m p o r t a m e n t o das pessoas. E m b o r a a motivação seja a p e n a s um dos fatores internos q u e influenciam o c o m p o r t a m e n t o h u m a n o , a ela é d a d a tanta importância porque atua, e m geral, sobre as necessidades dos indivíduos, a fim 38 de supri-las para atingir os objetivos, tanto pessoais c o m o organizacionais Essas necessidades, vistas como forças . impulsionadoras do comportamento, apresentam-se de forma marcante. Isso porque as p e s s o a s são diferentes entre si, p o s s u e m necessidades diferentes e estas, c o n s e q ü e n t e m e n t e , produzem padrões de c o m p o r t a m e n t o q u e variam de indivíduo para indivíduo. Embora essas diferenças t e n h a m sido verificadas, em pesquisas realizadas acerca do c o m p o r t a m e n t o h u m a n o , foi constatado que o processo q u e dinamiza o comportamento h u m a n o é mais ou m e n o s semelhante para todas as pessoas. P o d e m ser definidas três suposições para explicar o comportamento h u m a n o , das quais a análise nos é válida, pois elas estão intimamente relacionadas c o m o 32 processo de motivação • : o c o m p o r t a m e n t o h u m a n o é c a u s a d o , ou seja, existe u m a causalidade do c o m p o r t a m e n t o . T a n t o a hereditariedade c o m o o meio ambiente 48 influenciam decisivamente sobre o c o m p o r t a m e n t o das pessoas. O c o m p o r t a m e n t o é c a u s a d o por estímulos internos ou externos; • o c o m p o r t a m e n t o é motivado, ou seja, há uma finalidade e m todo comportamento humano. O comportamento não é casual, nem aleatório, m a s sempre orientado e dirigido para algum objetivo; • o comportamento Subjacente humano é orientado para objetivos a todo c o m p o r t a m e n t o existe sempre pessoais. um impulso, um desejo, u m a necessidade, u m a tendência, expressões que servem para designar os motivos do c o m p o r t a m e n t o . 3.3.3.3 - D e s e m p e n h o e f a t o r e s m o t i v a c i o n a i s O comportamento humano é fundamentalmente orientado por objetivos, s e j a m eles conhecidos ou inconscientes. Fica evidente a importância de se associar atitudes motivacionais a esses objetivos. Esses fatores motivacionais influirão diretamente no c o m p o r t a m e n t o do indivíduo e, c o n s e q ü e n t e m e n t e , no seu d e s e m p e n h o dentro da organização. Essa última afirmação justifica a importância de u m a breve dissertação sobre a relação entre a motivação e o d e s e m p e n h o , assim c o m o sobre os aspectos a estes relacionados. Na verdade, trata-se de três itens - motivação, c o m p o r t a m e n t o e d e s e m p e n h o - que se apresentam estreitamente ligados. O d e s e m p e n h o é u m a manifestação do c o m p o r t a m e n t o h u m a n o nas organizações, p o d e n d o assim t a m b é m ser motivado pelo próprio indivíduo (motivos internos) ou pela situação 39 ou ambiente e m que ele se encontra (motivos externos) . Motivos internos S ã o as necessidades, aptidões, interesses e habilidades do indivíduo, que o f a z e m c a p a z de realizar certas tarefas e não outras, que o f a z e m sentir-se atraído por certas comportamentos e coisas e evitar menosprezar outras, outros. que Podem o ser fazem valorizar definidos ainda certos como impulsos interiores, de natureza fisiológica e psicológica, afetados por fatores sociológicos: n e c e s s i d a d e s , frustração, aptidão, habilidades, atitudes e interesses. 49 Motivos externos São os estímulos ou incentivos que o a m b i e n t e oferece ou objetivos que a pessoa persegue porque satisfazem a u m a necessidade, despertam um sentimento de interesse porque representam a r e c o m p e n s a a ser alcançada. Estes p o d e m ser divididos e m duas categorias principais - o trabalho e as condições de trabalho - s e g u n d o uma classificação feita n u m a teoria proposta por Frederick - motivação Herzberg, que exerceu grande influência nos estudos sobre a 39 . 3.3.3.4 - N e c e s s i d a d e s h u m a n a s b á s i c a s A c o m p r e e n s ã o da motivação do c o m p o r t a m e n t o exige o conhecimento das necessidades h u m a n a s , por se tratar de um dos motivos internos mais importantes que orientam o c o m p o r t a m e n t o e o d e s e m p e n h o do indivíduo. E m pesquisas realizadas por diversos autores da motivação h u m a n a , constatou-se que existem certas necessidades h u m a n a s fundamentais e t a m b é m a l g u m a s cujas causas e s c a p a m ao próprio entendimento do h o m e m . c a u s a s se c h a m a m necessidades inconscientes levam que o Essas ou motivos e são forças conscientes indivíduo a apresentar um ou determinado c o m p o r t a m e n t o . A s s i m , a motivação se refere ao c o m p o r t a m e n t o , que é c a u s a d o por necessidades de dentro do indivíduo e m direção aos objetivos que p o d e m satisfazer essas necessidades. Ao longo de sua vida, o h o m e m evolui e m três níveis ou estágios de motivação. À m e d i d a que vai c r e s c e n d o e a m a d u r e c e n d o , vai ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de níveis gradativamente mais elevados. As diferenças individuais influem quanto à duração, intensidade e fixação e m cada um desses estágios, assim c o m o na predominância de u m a necessidade sobre as demais. Apesar dessas variações entre indivíduos o u grupos, t e m o s uma f o r m a de generalização das necessidades humanas, estabelecidas através de categorias ou hierarquia e propostas por estudiosos do assunto, c o m o Maslow, por exemplo, citado por Chiavenato^^. Os três níveis ou estágios de motivação c o r r e s p o n d e m às necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto-realização. COMISSÃO NACIONAL DE ENFRfíA NUCLEARy'SP 50 Necessidades fisiológicas Constituem-se as necessidades primárias, essenciais à sobrevivência do indivíduo. São inatas e instintivas, estão relacionadas no nível mais baixo na classificação hierárquica e exigem satisfação periódica e cíclica. As principais são: alimentação, sono, atividade física, satisfação sexual, abrigo e proteção contra os elementos e de s e g u r a n ç a física contra os perigos. Q u a n d o satisfeitas facilmente, deixam de ser u m a motivação importante e, se forem bem controladas pelo cotidiano, parecem nem influenciar no c o m p o r t a m e n t o . Por outro lado, se por a l g u m a eventualidade elas não f o r e m satisfeitas, passam a atuar c o m intensidade e x t r e m a m e n t e forte. Necessidades psicológicas Podem ser definidas c o m o as necessidades secundárias e exclusivas do h o m e m . São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida e representam um padrão mais elevado e c o m p l e x o . Raramente são satisfeitas e m sua plenitude, por completo, por que o h o m e m , por natureza está s e m p r e buscando maiores satisfações dessas necessidades, que vão se d e s e n v o l v e n d o e se sofisticando gradativamente. Principais n e c e s s i d a d e s psicológicas: • Necessidade de s e g u r a n ç a íntima - é aquela q u e leva o indivíduo a buscar s u a autodefesa, a proteção contra o perigo, a a m e a ç a ou a privação potenciais. C o n d u z a u m a busca s e m fim à tranqüilidade pessoal e a u m a situação s e g u r a para o indivíduo; • Necessidade de participação - c o m o o h o m e m é um ser social, vive e m grupo, tem a necessidade de participar de alguma coisa ou e m p r e e n d i m e n t o , interagindo a todo m o m e n t o c o m o meio e c o m outras pessoas. Estão relacionadas a essa necessidade, o reconhecimento do grupo a que pertence, aprovação social, calor h u m a n o , dar e receber amizade etc; • Necessidade de autoconfiança - está intimamente ligado ao conceito que o indivíduo t e m de si m e s m o , sendo decorrente da auto-avaliação de cada indivíduo; • Necessidade de afeição - relacionada à condição da vida e m grupo e da necessidade de socialização, é a necessidade de dar e receber carinho; 51 • Necessidades de auto-realização - é a síntese de todas as outras necessidades, p o d e n d o ser definida c o m o o impulso que cada um t e m de realizar o seu próprio potencial, de estar em contínuo auto- desenvolvimento. Trata-se de necessidades mais elevadas, produtos d a educação e da cultura, p o d e n d o , portanto variar muito. Devido à busca constante do h o m e m por novas metas, c a d a v e z mais complexas, 38 raramente são satisfeitas e m sua plenitude . 3.3.3.5 - A l g u m a s t e o r i a s m o t i v a c i o n a i s A teoria de c a m p o - Kurt Lewin Desde 1935, já s e referia e m suas pesquisas sobre o c o m p o r t a m e n t o social ao importante papel da motivação. Baseia-se em duas suposições fundamentais: • o comportamento humano é derivado da totalidade de fatos coexistentes; • esses fatos coexistentes t ê m o caráter de um c a m p o dinâmico, no qual c a d a parte do c a m p o d e p e n d e de u m a inter-relação c o m as d e m a i s partes. A s s i m , afirma que o c o m p o r t a m e n t o h u m a n o n ã o depende só do p a s s a d o , ou do futuro, m a s do c a m p o dinâmico atual e presente. Esse c a m p o dinâmico é o espaço de vida que c o n t é m a pessoa c o m seu a m b i e n t e psicológico. Foi Lewin que instituiu o termo ambiente psicológico (ou ambiente comportamental) c o m o s e n d o o ambiente tal c o m o é percebido e interpretado pela pessoa e relacionado com as atuais necessidades do indivíduo, 32 Chiavenato . Teoria dos dois fatores - Frederick Herzberg Com produtividade base e o em pesquisas moral, Herzberg feitas para estudar questionava os a relação aspectos entre a agradáveis e desagradáveis do trabalho. C h e g o u à conclusão que os aspectos satisfatórios estavam mais relacionados ao c o n t e ú d o do trabalho (denominados fatores intrínsecos ou de motivação), enquanto os aspectos insatisfatórios diziam respeito 52 às condições dentro das quais o trabalho era executado (fatores extrínsecos ou higiênicos). Com base nessas conclusões, Herzberg e seus colaboradores, afirmam que as pessoas são motivadas a p e n a s pelos fatores intrínsecos, o u seja, a p e n a s o trabalho e m si e os fatores que lhe são diretamente relacionados p o d e m 32 motivar as pessoas . Hierarquia das necessidades - Maslow A teoria de M a s l o w t e m uma importância relevante no estudo da motivação h u m a n a . P o r é m , limita-se aqui na sua descrição, porque a maioria dos aspectos que a envolve já f o r a m apresentados ao tratar das necessidades humanas. Em síntese, as necessidades h u m a n a s estão arranjadas e m uma pirâmide de importância e de influência do c o m p o r t a m e n t o h u m a n o . Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas e recorrentes, chamadas necessidades primárias - n e c e s s i d a d e s fisiológicas e de s e g u r a n ç a - enquanto no topo estão as mais sofisticadas e intelectualizadas - necessidades secundárias: sociais, de estima e de auto-realização^®. O modelo contingencial de motivação de Víctor H. V r o o m , citado por 32 Chiavenato , levou ao desenvolvimento de u m a teoria da motivação que reconhece a evidência de que diferentes pessoas r e a g e m de diferentes maneiras, c o n f o r m e a situação e m que estejam colocadas, enfatizando assim as diferenças individuais. Segundo Vroom, existem três fatores que determinam em cada indivíduo a motivação para produzir: • os objetivos individuais, o u seja, a força do desejo de atingir objetivos; • a relação que o indivíduo percebe entre a produtividade e o alcance dos seus objetivos individuais; • a capacidade de o indivíduo influenciar seu próprio produtividade, à m e d i d a que acredita poder influenciá-lo. nível de m Teoria da expectação - Lawler Em seus trabalhos sobre motivação, Lawler, citado por Chiavenato 38 , encontrou fortes evidências de que o dinheiro pode motivar o d e s e m p e n h o e outros tipos de comportamento, como o companheirismo e dedicação à organização. P o r é m , verificou que o dinheiro t e m apresentado pouca potência motivacional em virtude da sua incorreta aplicação pela maior parte das 38 organizações . E m síntese, concluiu que o dinheiro pode ser poderoso motivador se as pessoas acreditarem haver ligação direta ou indireta entre d e s e m p e n h o e conseqüente a u m e n t o de remuneração. S e g u n d o Lawler, se essa percepção for alcançada e confirmada, as pessoas certamente terão melhor d e s e m p e n h o tendo e m vista o resultado financeiro desejado. 3.3.3.6 - O u t r a s c o n s i d e r a ç õ e s Em alguns estudos, m e s m o que superficiais, encontram-se muitos aspectos relevantes que d e v e m ser considerados dentro de u m a organização. No entanto, uma análise e até as críticas feitas por alguns autores permitem identificar não só o s pontos positivos, quanto ao uso de estratégias de motivação, c o m o t a m b é m os aspectos negativos. Estes aspectos t a m b é m são muito relativos ao tipo de estratégia adotada. De maneira geral, s e g u e m a l g u m a s considerações a respeito d e s s a análise e do estudo feito. Pontos positivos Queiroz (1996)'*°, e m seu estudo sobre motivação h u m a n a , aponta o s seguintes pontos positivos do desenvolvimento e aplicação desse s e g m e n t o na área de relações h u m a n a s : • c o m o desenvolvimento das Teorias da Administração, não se pode desconsiderar a viabilidade da ênfase nas relações h u m a n a s que as teorias mais recentes p r o p õ e m . Ficar alheio a este fato, não se adequar a essa nova tendência - pode-se até dizer exigência - seria pôr e m risco aspectos importantes da organização; • promover uma motivação ao indivíduo que o oriente a ter um c o m p o r t a m e n t o que atinja seus objetivos pessoais, representa u m forte 54 indício de que ele t a m b é m atenderá aos objetivos organizacionais (da empresa); • pesquisas c o m p r o v a m q u e individuos que p o s s u e m suas necessidades atendidas - pelos m e n o s e m níveis considerados relevantes, porque fazê-lo plenamente é raro - trabalham mais contentes e satisfeitos, apresentando a u m e n t o e m sua produtividade e, c o n s e q ü e n t e m e n t e , retorno financeiro à e m p r e s a ; • o e m p r e g o de incentivos - de maneira eficaz é claro - representa u m ponto positivo u m a vez q u e indicam o reconhecimento da administração e dos colegas pelo desempenho do trabalhador. Além das necessidades de reconhecimento, os p r o g r a m a s de incentivo procuram atender às necessidades de auto-estima e auto-realização; • a v a n t a g e m quanto a o uso de programas de reconhecimento é a possibilidade de p o d e r e m ser c o m b i n a d o s c o m outras modalidades de incentivos, o que t a m b é m acontece c o m os incentivos monetários; e a premiação e m dinheiro é positiva por ser a mais fácil que uma e m p r e s a pode utilizar, s e n d o ainda mais fácil de manejar e de agradar, porque o dinheiro é algo de que todos precisam e t e m a v a n t a g e m de que o ganhador pode fazer o que quiser c o m ele. Pontos negativos C o m relação aos pontos negativos, ou seja, as falhas que p o d e m ocorrer na gestão de recursos h u m a n o s , referentes ao uso incorreto e aplicação da teoria da motivação, d e s t a c a m - s e alguns aspectos'^^: • talvez um estratégias dos de mais significativos motivação seja a pontos negativos insatisfação das do uso de necessidades determinadas, o que resulta da frustração, porque esta se constitui e m um impulso poderoso para a ação humana. Comportamentos resultantes da frustração que p o d e m afetar a organização são: fuga o u c o m p e n s a ç ã o (procura de outro e m p r e g o , afiliação a u m a associação profissional para defender seus interesses e t c ) , a resignação, que acontece q u a n d o um indivíduo se deixa abater pela sensação de fracasso e se entrega ao d e s â n i m o , não produzindo mais, e a agressão, 55 representada por uma f o r m a de ataque físico ou verbal, associado a u m sentimento de ira e hostilidade; • a falta de capacitação necessária aos responsáveis pelo e m p r e g o e pela avaliação d a s estratégias (em geral, os administradores) pode acarretar decisões erradas. Aqui se inclui a falta de sensibilidade para perceber as reais necessidades e expectativas dos trabalhadores, o não reconhecimento quando u m a estratégia não está apresentando os resultados necessários e necessita de mudanças, o descontrole financeiro ao se propor planos de incentivos e t c ; • a não existência de u m a teoria ou proposta única que garanta eficácia na motivação h u m a n a . C a d a aspecto deve ser analisado dentro do contexto da e m p r e s a para verificar sua viabilidade o u não; • o risco de investimento comportamento esperado necessidades, experiências pela do empresa trabalhador e expectativas e não visto a que obtenção do diversidade de existem dentro do grupo. 3.3.4 - E s t r e s s e Não é verdadeiro achar que o h o m e m deve procurar viver sem estresses. Fisiologicamente, a sua ausência é impossível, pois equivale à morte. O que se deve fazer é reduzir os efeitos d a n o s o s do estresse, administrando os agentes estressores do dia-a-dia. Deve-se buscar u m a postura onde o estresse seja algo positivo ao d e s e m p e n h o pessoal, à s a ú d e e à felicidade. Seria b o m adquirir habilidades para melhorar física e m e n t a l m e n t e a resistência ao estresse, e eliminar o estresse desnecessário. Essas habilidades proporcionariam modificações de alguns aspectos no estilo de vida. Considerando que pouco mais de cinqüenta por cento das consultas médicas estão de a l g u m a f o r m a relacionadas ao estresse, deve-se dar ênfase ao assunto c o m uma conotação preventiva e educacional, onde conhecer o estresse, suas causas, sinais e sintomas, é de fundamental importância para conseguir lidar c o m ele. A origem d a palavra estresse v e m do inglês stress, termo que foi transportado da física, usado para indicar o grau de deformidade de um corpo Sê q u a n d o submetido a u m esforço o u tensão, para a medicina e biologia pelo fisiologista Hans Selye'*^ Na verdade, ou de f o r m a mais ampla, estar estressado, ou estar sob pressão, ou estar sob a ação de estímulo persistente, significa um conjunto de alterações ocorridas e m um o r g a n i s m o e m resposta a u m determinado estímulo e que p o d e levá-lo a u m estado de t e n s ã o . S e m este conjunto de alterações não se pode falar e m estresse. Essa reação do organismo aos agentes estressores t e m u m propósito evolutivo, é u m a resposta ao perigo"*^. Hans Selye dividiu toda reação de estresse e m três estágios. No primeiro deles d e n o m i n a d o de alerta ou alarme, o o r g a n i s m o entra e m estado de alarme para se proteger das a m e a ç a s percebidas. A p r e s e n t a u m a reação e m que se prepara para lutar o u fugir. Se o indivíduo c o n s e g u e controlar o estímulo causador do estresse, ele volta ao seu equilíbrio interno, se encontrar uma f o r m a de se equilibrar, p o d e evoluir para os dois não estágios seguintes. As reações corporais desenvolvidas neste estágio s ã o : aceleração dos batimentos cardíacos, a u m e n t o d a pressão arterial, alteração d a tensão nos músculos, inibição d a digestão e a u m e n t o respiração, na possibilidade de c o a g u l a ç ã o do sangue (para assim poder fechar possíveis ferimentos). No s e g u n d o estágio resistência intermediária o u estresse contínuo ocorre a persistência do estado de alarme, o organismo continua a ajustar-se a situação e m que se encontra. Os sintomas são: redução d a resistência do o r g a n i s m o e m relação a infecções, sensação de desgaste, p r o v o c a n d o c a n s a ç o , e lapsos de m e m ó r i a . C o m a persistência de estímulos estressores, o indivíduo entra no terceiro estágio d e n o m i n a d o de e x a u s t ã o ou esgotamento, o n d e há uma q u e d a na imunidade, como por exemplo: hipertensão, diabete, graves infecções, alteração de peso, depressão, a n s i e d a d e , fobias, alterações no sono, sintomas cognitivos como dificuldade de c o n c e n t r a ç ã o , envelhecimento, distúrbios no c o m p o r t a m e n t o sexual e reprodutivo. A l g u m a s v e z e s diante de u m a situação muito intensa ou extrema, a p e s s o a desenvolve um quadro d e n o m i n a d o estresse a g u d o q u e é caracterizado por: a t o r d o a m e n t o inicial, estreitamento do c a m p o de consciência, diminuição da a t e n ç ã o , incapacidade de c o m p r e e n d e r estímulos. 57 desorientação, agitação e liiperatividade de sinais autonômicos de ansiedade, de pânico e a m n é s i a parcial ou completa para o episódio. Selye destaca sintomas e conseqüências do estresse, que variam e se intensificam de acordo c o m a natureza do indivíduo e conforme o ambiente. 3.3.4.1 - F i s i o l o g i a e e s t r e s s e Sistema Endócrino - as glândulas supra-renais são as mais prontamente ativadas e produzem os hormônios típicos do estresse, o u seja, o cortisol, a adrenalina e a noradrenalina. Por c a u s a disso, notadamente por conta da adrenalina, os batimentos cardíacos aceleram, há dilatação das pupilas, a u m e n t a a sudorese e aparece hipergiicemia (aumento dos níveis de açúcar no sangue). Simultaneamente, a digestão é paralisada, o baço se contrai para expulsar mais glóbulos v e r m e l h o s para a u m e n t a r o fornecimento de oxigênio aos tecidos e interrompe a atividade imunológica (imunossupressão), por conta do cortisol. Depois d e s s a primeira reação de alarme, existem mais duas fases fisiológicas no estresse: a adaptação e o esgotamento. A função de toda essa revolução orgânica é preparar o organismo para a ação, para adaptação imediata à situação causadora do estresse para, e m essência, favorecer a sobrevivência. Portanto, o estresse não implica, e m u m a alteração patológica. O conjunto de alterações fisiológicas t e m c o m o principal objetivo adaptar o indivíduo à situação proporcionada pelo estímulo estressor. C o m o o estresse a u m e n t a a adrenalina e a cortisona, considerados c o m p o n e n t e s endócrinos do estresse, a ansiedade seria, igualmente, um dos componentes psíquicos"^^. A Classificação Internacional das Doenças - CID agrupa, na m e s m a classificação, as R e a ç õ e s A g u d a s ao Estresse Grave e os Transtornos do Ajustamento (adaptação), sugerindo assim que uma pode levar ao outro. O pesquisador Hans Selye, que estudou pela primeira vez e profundamente essa questão, d e n o m i n o u o conjunto das modificações orgânicas resultantes do contacto do organismo c o m um determinado estímulo desencadeador de tensão de Síndrome Geral de A d a p t a ç ã o ( S G A ) ^ \ 58 3.3.4.2 - C a r a c t e r í s t i c a s d o e s t r e s s e - Positivo: a u m e n t o da vitalidade, m a n u t e n ç ã o do entusiasmo, do otimismo, da disposição física, interesse etc. - Patológico: cansaço, irritabilidade, falta de concentração, depressão, pessimismo, q u e d a da resistência imunológica, m a u - h u m o r etc. 3.3.4.3 - V i d a m o d e r n a , e s t r e s s e e a n s i e d a d e Pode-se dizer que a ansiedade é a mola propulsora do estresse. É um sinal de alerta que adverte sobre a necessidade de mudar e adaptar-se, sobre eventual perigo iminente, e capacita a pessoa para medidas eficientes nesse sentido. O indivíduo ansioso age, coloca-se e m posição de alerta, física e psiquicamente, dilata as pupilas, acelera o coração, diverge o s a n g u e para musculatura voluntária, a u m e n t a a glicose circulante, dilata os brônquios. C o m sua origem fisiológica, a a n s i e d a d e é indispensável à vida normal, à sobrevivência, m a s passou a ser objeto de distúrbios quando colocada a serviço de sua existência, com o amplo leque de circunstâncias quantitativas e qualitativas desta existência. A s s i m , o estresse passou a ser o representante emocional da ansiedade, s u a correspondência psíquica e determinada de acordo c o m características pessoais. A t u a l m e n t e , a maioria dos estímulos desencadeadores desta e m o ç ã o se caracteriza c o m o temor à competitividade social, à segurança social, à competência profissional, à sobrevivência e c o n ô m i c a , às perspectivas futuras e u m a infinidade de a m e a ç a s abstratas, m a s reais para os indivíduos. O h o m e m m o d e r n o coloca-se e m posição de alarme diante de u m inimigo abstrato e impalpável, m a s , não obstante, que d o r m e e acorda c o m ele. Na sociedade m o d e r n a , o estresse surge quando a pessoa julga não estar sendo c a p a z de cumprir as exigências da sobrevivência social, q u a n d o sente que seu papel social está a m e a ç a d o . Diante disso, o organismo reage através da S í n d r o m e Geral de A d a p t a ç ã o a fim de se adequar às exigências desta sociedade. Apesar de todas as conquistas científicas, técnicas indivíduo não t e m conseguido conquistar equilíbrio para u m e sociais, o desenvolvimento sadio de seu o r g a n i s m o . Seus hábitos alimentares são inadequados, convive c o m a poluição do ar e da água, c o m a agressão s o n o r a e visual do a m b i e n t e , c o m a 19 insegurança social e do trabalho, a violência urbana, as crises econômicas e tantas outras fontes de estresse que a c a b a m esgotando a c a p a c i d a d e adaptativa deste indivíduo'*^. Acredita-se, então, que a s razões para o surgimento do estresse danoso são determinadas pelo modo como a sociedade moderna está organizada, pela industrialização, pelo c o n s u m o e pela concorrência. Este tipo de estresse determina os tipos de relações que serão mantidas e as exigências que deverão ser cumpridas, gerando condições mais o u m e n o s estressantes de trabalho, das estruturas familiar e social. O ser h u m a n o m o d e r n o , ao se confrontar c o m estímulos estressores do cotidiano, do trabalho, da vida social, se obriga a apresentar um c o m p o r t a m e n t o emocional o u motor politicamente correto, p o r é m , incompatível c o m o estado biológico, o q u e poderá levar o u expor este indivíduo a d o e n ç a s psicossomáticas'*'*. 3.3.4.4 - E s t r e s s e e t r a b a l h o Acredita-se que o ambiente do trabalho se modificou a c o m p a n h a d o pelo avanço das tecnologias, c o m u m a velocidade maior do que a capacidade de adaptação dos trabalhadores. Desta f o r m a , levando a u m estado de tensão, não só e m relação ao ambiente de trabalho, m a s t a m b é m à sua vida e m geral. A l é m das habituais responsabilidades ocupacionais, da alta competitividade exigida pelas empresas, das necessidades de aprendizado constante, t ê m que conviver c o m os estressores da vida e m sociedade, tais c o m o a segurança social, m a n u t e n ç ã o da família etc. s u p e r a n d o assim os limites adaptativos e levando ao estresse'*^. Para os pesquisadores Burt & Miller (1973) citado por Ladeira"*^ os principais fatores que mais predispõem às fadigas física, mental e crônica do trabalhador são: "os períodos de pausa insuficientes para o descanso regular empregado, a posição estática do trabalhador em seu posto trabalhado e o cumprimento das suas atividades de labor ambientes insalubres e inadequados, relacionados aos níveis iluminação, calor, ruído, ventilação e umidade". do de em de m Kalimo (1987) citado por Seligmann-Silva"^^ divide os fatores estressores no trabalho e m nove categorias: • fatores estressores relacionados às exigências para a realização do serviço; • relação c o m a organização e o gerenciamento (burocracia, a t o m a d a de decisões, o autoritarismo); • work-role: ambigüidade e conflitos de papéis; • problemas c o m a carreira: falta de perspectivas, informação; • jornada de trabalho inconveniente, principalmente em turnos de revezamento; • limitação das relações pessoais; • falta de s e g u r a n ç a no trabalho; • riscos físicos e químicos; • problemas n a relação trabalho/família. C o n s i d e r a ainda que tais fatores estressores não d e v a m ser analisados isoladamente, deve-se estabelecer u m a relação c o m os indicadores de o r d e m psicológica, fisiológica, comportamental e clínico, para medir os efeitos sobre a saúde do indivíduo. 3.3.4.5 - E s t í m u l o d o e s t r e s s e Classificam-se os estímulos estressores segundo o t e m p o utilizado para produzirem estresse. S u a classificação pode ser de curto prazo, onde t e m - s e a sensação de fracasso, a carga de trabalho, a pressão de tempo, as a m e a ç a s , o m e d o etc. E os estressores classificados de longo prazo, as situações de competição, ambientes de perigo e o trabalho m o n ó t o n o . Pode-se dizer que o estresse é u m estado de desequilíbrio da pessoa, que v e m a ser instalado q u a n d o esta é s u b m e t i d a a u m a série de tensões suficientemente fortes o u suficientemente persistentes. Fatores intrapsíquicos interiores relacionados ao sen/iço também contribuem para a pessoa manter-se estressada, c o m o é o caso da s e n s a ç ã o de insegurança no e m p r e g o , s e n s a ç ã o de insuficiência profissional, pressão para c o m p r o v a ç ã o de eficiência o u , até m e s m o , a impressão continuada de estar 61 c o m e t e n d o erros profissionais. Isso tudo s e m contar os fatores internos que a pessoa traz consigo para o e m p r e g o , tais c o m o , seus conflitos, suas frustrações, suas desavenças conjugais etc. Já o oposto, ou seja, ter uma vida sem motivações, s e m projetos, s e m mudanças na ocupação ao longo de muitos anos, sem perspectivas de crescimento profissional, assim c o m o passar por período de desocupação no e m p r e g o , t a m b é m , pode provocar o m e s m o desenlace da Síndrome de Burnout, resumidamente descrita e m 3.3.4.10, a seguir. Os m e s m o s sintomas podem surgir em ambos os casos, ou seja, falta de auto-estima, irritabilidade, nervosismo, insônia e crise de ansiedade, entre outros'*®. 3.3.4.6 - S o b r e c a r g a d e a g e n t e s e s t r e s s o r e s Outro fator importante para eclosão do estresse patológico no trabalho é a sobrecarga de agentes estressores, que p o d e m ocorrer quando as exigências do ambiente excedem nossa capacidade de adaptação. Os quatro fatores principais que contribuem para a d e m a n d a excessiva de agentes estressores no trabalho são: • urgência de t e m p o ; • responsabilidade excessiva; • falta de apoio; • expectativas excessivas de nós m e s m o s e daqueles que nos c e r c a m . 3.3.4=7 - E f e i t o s d e r u í d o e x c e s s i v o Fraser Simpático é (1983), citado estimulado quando por Ladeira"^^, diz que submetido a ruído o Sistema excessivo, Nervoso provocando irritabilidade e diminuindo o poder de concentração. Dessa f o r m a , o ruído pode ter um efeito físico e/ou psicológico, a m b o s , capazes de desencadear a reação de estresse. Este fator estressante pode produzir alterações e m funções fisiológicas essenciais, c o m o é o caso do sistema cardiovascular. Pode t a m b é m influenciar outros hormônios, c o m o a testosterona, por e x e m p l o , e d e s s a forma, ter efeitos prolongados sobre o organismo, considerando que as alterações hormonais são s e m p r e de efeito mais prolongados. Experiências c o m pilotos de aeronaves na C O M ; S - > A ; > M A H O N U D 5 'Mf^ NlJCL£AR/SP-i?£ñ 62 Argentina d e m o n s t r a r a m que, ao ficar expostos aos ruídos de alta intensidade das turbinas aéreas, sua produção de testosterona reduziu-se pela m e t a d e . 3.3.4.8 - A l t e r a ç õ e s d o s o n o e a c i d e n t e s d e t r a b a l h o O contínuo atraso do sono pelos horários de trabalho, viagens e variações do ritmo das atividades sociais facilitadas pelo uso d a luz elétrica e atrações noturnas, pode levar à insônia e, c o n s e q ü e n t e m e n t e , ao estresse. Na síndrome de fusos horários das viagens internacionais recomenda-se não t o m a r decisão importante ou não competir antes da readaptação fisiológica. Os operários que f a z e m turnos ou t ê m trabalho noturno, geralmente, p o s s u e m u m s o n o de m á qualidade no período diurno. Isso s e dá e m decorrência dos conflitos sociais (coisas q u e f a z e m o s de dia e coisas que f a z e m o s de noite) e do excesso de ruído diurno. Essa m á qualidade do sono acabará provocando a u m e n t o da sonolência no período de trabalho (seja noturno ou diurno), muitas v e z e s responsável por acidentes, desinteresse, ansiedade, irritabilidade, perda da eficiência e estresse. E m conformidade c o m o objetivo deste trabalho, é importante ressaltar que segundo M o n k e col., (1996), citado por Fischer"*^: "Transtornos do sono, fadiga crônica e flutuações oscilatórias de vigília e desempenho podem também ser fatores de contribuição importantes ao erro humano e aos conseqüentes acidentes de trabalho. Vale mencionar que fatores ligados ao trabalho em turnos e noturnos e à operação contínua estavam envolvidos em muitos eventos trágicos ocorridos à noite nos últimos anos, tais como os acidentes nucleares de Three Mile Island e Chernobyl, o desastre de Bophal, ao acidente e derrame de óleo do petroleiro Exxon Valdez, bem como à explosão da Challenger." 3.3.4.9 - C o n s i d e r a ç õ e s r e l e v a n t e s Os seguintes pontos pertinentes ao tema estresse devem ser mencionados: falta de Perspectiva s o b todos os aspectos individuais; necessidade de m u d a n ç a s constantes sejam elas, auto-impostas ou decorrentes de outros fatores provenientes da e m p r e s a , do m e r c a d o de trabalho ou da implantação de novas tecnologias; ergonomia. 63 3.3.4.10 - S í n d r o m e d e Burnout- caracterizada pela d e s m o t i v a ç ã o A S í n d r o m e de Burnout é definida, por alguns autores, c o m o u m a das conseqüências de grande magnitude do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si m e s m o , depressão e insensibilidade c o m relação a quase tudo e todos, até m e s m o c o m o defesa emocional. Define-se o termo Burnout c o m o u m a c o m p o s i ç ã o de burn = q u e i m a e out= exterior, sugerindo assim que a pessoa c o m esse tipo de estresse c o n s o m e se física e e m o c i o n a l m e n t e , passando a apresentar um c o m p o r t a m e n t o agressivo e irritadiço. Ela é u m a síndrome de resposta ao estresse ocupacional crônico e caracterizada pela desmotivação, ou desinteresse, mal estar interno ou insatisfação ocupacional q u e parece afetar, e m maior ou m e n o r grau, a l g u m a s categorias ou grupos profissionais. Trata-se de um conjunto de condutas negativas, c o m o por exemplo, a deterioração do rendimento, a perda de responsabilidade, atitudes passivo- agressivas c o m os outros e perda da motivação, onde se relacionariam tanto fatores internos, na f o r m a de valores individuais e traços de personalidade, c o m o fatores externos, na f o r m a das estruturas organizacionais, ocupacionais e grupais. A S í n d r o m e de Burnout traz conseqüências não só do ponto de vista pessoal, c o m o t a m b é m , do ponto de vista institucional. É o caso do absenteísmo, da diminuição do nível de satisfação profissional, do a u m e n t o das condutas de risco, da inconstância de e m p r e g o s e c o m repercussões na esfera familiar"*®. S e u s sintomas iniciais seriam as exaustões emocionais, a pessoa sente que não pode mais dar nada de si m e s m a . Em seguida, desenvolve sentimentos e atitudes muito negativas c o m o , por exemplo, certo cinismo na relação com as pessoas do seu trabalho e aparente insensibilidade afetiva. Por fim o paciente manifesta sentimentos de falta de realização pessoal no trabalho, afetando, sobremaneira, a eficiência e a habilidade para realização de tarefas, e a adequação à organização. 3.3.5 - R e l a ç õ e s d e t r a b a l h o A fundamentação realizados pela Escola teórica deste tema está b a s e a d a Dejouriana, os quais vinculam as nos relações estudos que se estabelecem no trabalho c o m o sofrimento psíquico produzido nos trabalhadores, seja pelos sistemas de c o m u n i c a ç ã o , seja pelas c o n d i ç õ e s de trabalho, seja pelas relações c o m a hierarquia, c o m as chefias, c o m a supen/isão e c o m os outros trabalhadores. O termo sofrimento psíquico é citado com a intenção de Os fatores que p o d e m influenciar a díade prazer e sofrimento no demonstrar as alterações que p o d e m ser d e s e n c a d e a d a s . trabalho encontram-se nos processos comunicativos que a c o n t e c e m no contexto de qualquer organização. Estes processos são cercados de aspectos ambivalentes, pois tanto p o d e m servir para que a c o m u n i c a ç ã o flua livremente c o m o para que ela trave e m a l g u m a fase do processo. S e g u n d o a c o n c e p ç ã o de Dejours'*^, entre os distúrbios que afetam a comunicação, alguns estão relacionados à m e n s a g e m propriamente dita. No entanto, exceto as perturbações voluntárias do e s p a ç o de discussão, sabe-se t a m b é m que as dificuldades da c o m u n i c a ç ã o , no tocante as questões suscitadas pelo ajustamento da organização do trabalho, não p o d e m , por razões teóricas, ser totalmente superadas. Inclusive a mentira não é, senão, u m a das formas de perturbação, ao passo que outros c o m p o n e n t e s involuntários, não-intencionais ou inconscientes p r o v o c a m igualmente d e f o r m a ç õ e s na c o m u n i c a ç ã o . No trabalho, a psicodinâmica se interessa pelas relações subjetivas e intersubjetivas das p e s s o a s , e e m descobrir c o m o f a z e m para equilibrar as exigências do trabalho c o m os desejos individuais. T a m b é m se interessa e m saber c o m o a g e m os trabalhadores para protegerem-se dos aspectos negativos da organização de trabalho. Portanto, pela psicodinâmica do trabalho é possível c o m p r e e n d e r se a organização, através de seus processos comunicativos formais e informais, permite a construção da identidade do e m p r e g a d o c o m o sujeito do trabalho. A a b o r d a g e m da c o m u n i c a ç ã o se justifica, visto que c a d a vez mais se busca entender os aspectos emocionais do trabalhador e as f o r m a s c o m o eles p o d e m influenciar no d e s e m p e n h o de suas atividades. Estuda-se u m grupo de empregados que exercem um trabalho em uma mesma organização. Este enfoque de pesquisa privilegia a vivência coletiva ao criar u m e s p a ç o , s e m identificação para que os trabalhadores p a s s e m a expressar c o m segurança c o m o é a sua relação c o m o trabalho, quais são as fontes de motivação (prazer) e quais são as fontes de insatisfação (sofrimento). 65 Do ponto de vista da a b o r d a g e m psicanalítica, o termo trabalho t e m assumido u m a g a m a variada de significados e, d e p e n d e n d o da perspectiva e m q u e é analisado, a s s u m e diferentes sentidos. O s significados e m geral, se diferenciam e m f u n ç ã o de alguns aspectos que são t o m a d o s c o m o balizadores para a construção do trabalho. Os conceitos, e m sua maioria, t ê m como referência aspectos particulares, c o m o a sua especificidade técnica, fisiológica, moral, social ou e c o n ô m i c a do trabalho. Alguns conceitos envolvem a c o m b i n a ç ã o d e dois o u mais d e s t e s aspectos q u e caracterizam o trabalho h u m a n o . F r o m m (1994)^° afirma que o trabalho não é para o h o m e m a p e n a s u m a necessidade inevitável. É t a m b é m o seu libertador e m relação a natureza u m a vez que o ser h u m a n o , e m seu processo de moldar ou m u d a r a natureza exterior, a ele se m o l d a e modifica a si m e s m o . O trabalho é u m a f o r m a , portanto, d o indivíduo perseguir seus interesses, seus questionamentos internos e traçar sua história de vida. J u s t a m e n t e pelo fato do h o m e m ser visto c o m o produto e produtor da sociedade, e considerando que o trabalho o c u p a lugar central na vida desse h o m e m , o trabalho pode ser visto c o m o fruto d e s s a sociedade mutante. O valor d o trabalho torna-se, c o m isso, muito relativo: d e p e n d e da sociedade e m que está insehdo, d a cultura, da é p o c a e do contexto e c o n ô m i c o . Para que seja atribuído um valor a o trabalho, d e p e n d e , inclusive, dos traços de personalidade que possui a pessoa que o está avaliando. O u seja, apesar de ocupar lugar central na vida de diferentes c o m u n i d a d e s , o trabalho t a m b é m apresenta suas particularidades. Desde a introdução do sistema tayloriano de trabalho e m 1903, o trabalhador v e m , gradativamente, perdendo o sentido do ato do trabalho. Se a Revolução Industrial, 1914, potencializou o uso de ferramentas e permitiu que o processo de trabalho prescindisse da habilidade do trabalhador para dar f o r m a ao objeto de trabalho, o sistema tayloriano provocou a f r a g m e n t a ç ã o de atividades e m função da divisão do trabalho. A s s i m , no sistema de trabalho taylorizado não há mais a obra coletiva. C a d a trabalhador é isolado dos outros, e, e m muitas ocasiões, o sistema coloca os indivíduos e m oposição aos d e m a i s . Dejours aponta os paradoxos do sistema tayloriano q u a n d o afirma que "o sistema dilui as diferenças, homens cria o anonimato frente ao sofrimento', e o intercâmbio, Dejours, ( 1 9 9 2 ) ^ \ enquanto individualiza os m Entretanto, s e m desconsiderar o efeito perverso resultante do m é t o d o de organização científica do trabalho introduzido por Taylor (1856-1915), Dejours (1994)^^, apresenta uma a b o r d a g e m renovada do trabalho, não o reduzindo s o m e n t e às pressões físicas, químicas, biológicas, psicossensoriais e cognitivas do posto de trabalho, concebidas geralmente sob a d e n o m i n a ç ã o de condições de trabalho, cujo estudo é objeto da e r g o n o m i a . Para Dejours ( 1 9 9 2 ) ^ \ é necessário considerar no trabalho a d i m e n s ã o organizacional, ou seja, a divisão das tarefas e as relações de produção. S e g u n d o o autor, o trabalho n ã o é só u m m o d o de sobreviver, é t a m b é m u m a f o r m a de inserção social o n d e os aspectos psíquicos e físicos estão fortemente correlacionados. A organização do trabalho torna-se fonte de sofrimento ao h o m e m , q u a n d o , entre outros fatores, há a u s ê n c i a de c o m u n i c a ç ã o e de condições de desenvolvimento do próprio indivíduo. Também é gerado pela falta de reconhecimento de c a p a c i d a d e s físicas, cognitivas, emocionais do trabalhador e, quando a organização não propicia condições favoráveis para que os trabalhadores p o s s a m gerir eles m e s m o s seu sofrimento e descobrirem formas criativas de livrarem-se da energia pulsional a c u m u l a d a no aparelho psíquico. Esta carga psíquica do trabalho se f o r m a e m decorrência de excitações de o r d e m psicossensorial, vindas do exterior, tais c o m o informações visuais, auditivas, táteis e olfativas e de excitações vindas do interior, tais c o m o sentimentos de ódio, inveja e desejo, entre outros. O conjunto destas excitações transforma-se no aparelho psíquico e m energia pulsional. A relação de trabalho autoritária, que não oferece uma saída apropriada para a energia pulsional, tende a conduzir a u m a u m e n t o da carga psíquica. A s s i m , para diminuir a carga psíquica e transformar a organização do trabalho e m u m fator de equilíbrio e desenvolvimento h u m a n o é necessário flexibilizar a s u a organização. A i n d a , s e g u n d o Dejours, (1994)^^, a flexibilização está diretamente relacionada à liberdade concedida ao indivíduo de ele próprio rearranjar seu m o d o operatorio. A busca pelo melhor m o d o de executar o trabalho leva o indivíduo a u m estado de prazer no que faz, ou seja, o indivíduo ao se perceber c o m o sujeito da organização do trabalho d e s e n c a d e i a u m a e x p a n s ã o ou u m a diminuição da carga psíquica gerada pelo contexto de trabalho. 67 Não existe u m a regra geral para diminuir a carga psíquica e melhorar a qualidade de vida do trabalhador. Existem, no entanto, estratégias individuais e coletivas que p o d e m e d e v e m ser adotadas pelos trabalhadores a fim de garantir que o trabalho se constitua e m u m fator de equilíbrio psíquico. Este é possível q u a n d o a organização de trabalho permite a retomada por parte do indivíduo d e seus desejos e aspirações mais profundas, uma vez que por intermédio do trabalho o indivíduo engaja-se nas relações sociais transferindo questões herdadas de s e u passado e de sua história afetiva, f e n ô m e n o este d e n o m i n a d o por Dejours de ressonância simbólica. De certa forma, ao sentir-se participante do processo de trabalho, o indivíduo t e n d e a responsabilizar-se pelo m e s m o . Tal participação proporciona-lhe consciência mais ampla de si m e s m o e dos meios de produção e possibilita-lhe desenvolver s u a liberdade de o p ç ã o diante do contexto de trabalho e, por extensão, da sociedade de maneira geral. C o n s e q ü e n t e m e n t e , este caminho possibilita-lhe apropriar-se de s u a cidadania, que lhe proporciona c o n d i ç õ e s de 53 desenvolvimento e equilíbrio psicológico, Kanaane (1999) . Q u a n d o um trabalhador não coloca um pouco de si no seu trabalho, q u a n d o não se sente inserido no processo de produção, é muito complicado que sinta prazer na realização de suas atividades. Ou seja, s o m e n t e na m e d i d a e m que o trabalhador dê ou empreste um significado ao seu trabalho é q u e esse trabalho terá significado para ele e é possível que sinta prazer no que faz. No entanto, faz-se necessário lembrar que os indivíduos reagem de f o r m a diferente às dificuldades das situações de trabalho u m a vez que c h e g a m a este trabalho c o m a sua história de vida pessoal. O trabalhador quando entra na organização traz consigo sua história de vida, suas angústias e suas alegrias. A organização, por sua vez, t a m b é m possui u m a história construída. O que acontece é que o h o m e m t e m que se adaptar à organização, aderir suas normas e seguir o m o d e l o pré-determinado, ou seja, precisa se inserir no contexto contribuir em nada homem/trabalhador para sua não concorda construção. com algumas Em das pré-existente, muitas regras situações instituídas sem o pela organização, m a s se s u b m e t e a elas, pois disso depende sua sobrevivência. A o ter necessidade de deixar de lado sua história de vida e sua subjetividade surge o 68 sofrimento psíquico do trabailiador, que compromete sua saúde mental e c o n t a m i n a sua vida fora do trabalho. No entanto, existem situações onde o trabalhador se realiza dentro da organização, principalmente q u a n d o esta se constitui e m um espaço de palavra, permitindo que os sentidos construídos coletivamente possam ser modificados através de u m processo interpretativo. O u seja, o sujeito reelabora os sentidos e graças às estratégias de defesa, minimiza a percepção da realidade que o oprime e o faz sofrer. 3.4 - P r e v e n ç ã o d e a c i d e n t e s 3.4.1 - I n d i v i d u a l , p s i c o s s o c i a l e o r g a n i z a c i o n a l O desenvolvimento o u , até mesmo reforçar que as influências c o m p o r t a m e n t a i s e seus fatores p o d e m levar o trabalhador de trabalho, a anteriormente, se deparar de f o r m a deste com o tema procura apontar, acidente pormenorizada, foram abordados considerando alguns que aspectos subjetivos. E m b o r a existam métodos e dispositivos voltados para a prevenção de acidentes, as estatísticas mostram u m elevado número de ocorrências. D e n o t a m c o m o u m a das causas o fator h u m a n o , objeto deste estudo, visando contribuir c o m o setor nuclear. É importante frisar que u m a das f o r m a s de contribuir para a diminuição de acidentes é estudar os diversos fatores de influência, sob a ótica da multidisciplinaridade, e os m e c a n i s m o s de inserção destes nos ambientes de trabalho. As transformações que ocorreram nos últimos anos e m relação às condições de trabalho, c o m o a necessidade c a d a vez maior de competitividade, o desenvolvimento tecnológico e a globalização, nos trazem desafios. Estes desafios levam ao estudo das vertentes relacionadas a acidentes de trabalho, considerando que, s e g u n d o a O r g a n i z a ç ã o Internacional do Trabalho (OIT)^^, s o m e n t e as c a u s a s naturais m a t a m mais no m u n d o do que acidentes de trabalho. Sabe-se que diversos fatores ou razões p o d e m levar a este tipo de acidente, c o m o : falhas de projeto, de e q u i p a m e n t o s , de manutenção e do fator h u m a n o 69 q u e , nesta dissertação, o c u p a lugar de destaque, e é o n d e se apresenta a influência psicológica e psicossocial do trabalhador. Existe a colaboração de diversos pesquisadores do c o m p o r t a m e n t o humano, aspectos emocionais e acidentes, 55 anteriormente, Dejours como Maslow A., citado 56 e Dela Coleta , dentre outros. Dentro de alguns estudos destes colaboradores, tem-se c o m o ponto básico, a teoria de Maslow, o n d e as necessidades h u m a n a s estão o r d e n a d a s por sua urgência e força, sendo a primeira a necessidade fisiológica, onde o c o m p o r t a m e n t o do indivíduo é voltado para suprir esta necessidade, e, a partir daí, ingressa na longa trajetória de aprendizagem de novos padrões de necessidades. Na seqüência hierárquica, ainda c o m o necessidade primária, t e m se a segurança que significa não a p e n a s proteger-se contra o perigo e a m e a ç a s , m a s t a m b é m , contra a privação. A seguir s u r g e m outras necessidades, p o r é m , u m a determinada necessidade só ocorre q u a n d o a anterior alcança alguma satisfação, ou seja, os níveis mais elevados só s u r g e m q u a n d o os níveis mais 32 baixos estão controlados, e isto é u m a conquista individual . Outro modelo metodológico, psicopatologia do trabalho, proposto por Dejours^^, questiona o quanto o trabalho interfere no trabalhador b e m c o m o sua vida social, questionando um s o f n m e n t o oculto, e sua subjetividade, ou seja, a realidade psíquica, emocional e cognitiva, descrita por Dejours c o m o : "A organização do trabalho exerce sobre o homem uma ação específica, cujo impacto é o aparelho psíquico. Em certas condições emerge um sofrimento que pode ser atribuído ao choque entre uma história individual, portadora de projetos, de esperanças e de desejos, e uma organização do trabalho que os ignora. Esse sofrimento de natureza mental surge quando o homem no trabalho já não pode fazer nenhuma modificação na sua tarefa, no sentido de torná-lo mais conforme as suas necessidades fisiológicas, e a seus desejos psicológicos, isto é, quando a relação: homem-trabalho é bloqueada". Enfatiza ainda, que o sofrimento psíquico atua no comportamento neurótico e nas enfermidades psicossomáticas, que exprime a insatisfação e a ansiedade, s e n d o que isto se direciona para estados de depressão, t e n s ã o , e que p o d e m levar fora do trabalho à agressividade por necessidade de afirmação, o n d e o resultado reflete no trabalho e na vida particular, familiar. 70 O índice sobre acidentes de trabalho é bastante preocupante diversos fatores, sendo vítimas fatais, seqüelas graves, perdas por materiais, sofrimento e desestabilidade familiar, e no caso de legislação nacional, encargos 56 sociais, segundo Dela Coleta . S e g u n d o a OIT^"*, ocorrem anualmente no m u n d o cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho, a l é m de a p r o x i m a d a m e n t e 160 milhões de casos de d o e n ç a s ocupacionais. T o d o s os dias m o r r e m , e m m é d i a , cinco mil trabalhadores devido a acidentes e d o e n ç a s relacionadas ao trabalho. 3.4.2 - O s f a t o r e s d e s e n c a d e a n t e s Segundo Geller^'^, e c o m o dito anteriormente, a origem de um acidente não t e m apenas u m a c a u s a , m a s sim várias, sendo que a última deste a c ú m u l o de causas desencadeia a situação de acidente. Estas causas podem ser h u m a n a s , materiais e casuais. A primeira delas, a h u m a n a , parte de u m a ação perigosa do h o m e m e surge de vários fatores, c o m o c a p a c i d a d e física, de conhecimento e experiência, de atendimento às normas, de motivação, de estresse etc. A s causas materiais estão voltadas para questões técnicas e físicas, já as casuais são raras e diferentes das d e m a i s , e se caracterizam por vezes c o m o causa única. 3.4.3 - C o n s i d e r a ç õ e s d a r e l a ç ã o h o m e m v e r s u s a c i d e n t e Para que se faça u m a interpretação do c o m p o r t a m e n t o , das atitudes e das reações, ou seja, todas as relações entre as diferentes variáveis, o seu meio de trabalho, e a organização, deve-se considerar a situação total a que o indivíduo está exposto. C o n f o r m e Dela Coleta^^, u m a perturbação é sintoma de desequilíbrio afetivo e pode gerar u m acidente e conclui que, freqüentemente, u m a das características do indivíduo acidentado é a revolta contra a autoridade. A i n d a , este m e s m o autor aponta para síndromes que estão associadas a acidentes c o m o : distração, falta de discernimento, independência social, falta de sensibilidade, autoconfiança e x a g e r a d a , falta de integração e agressividade. São as e m o ç õ e s fortes que influenciam o c o m p o r t a m e n t o e c o n d u z e m as pessoas a envolverem-se e m acidentes. 71 3.4.4 - E f e i t o s d a s e m o ç õ e s CQ Segundo Weisinger , as emoções têm efeito muito forte na determinação d a s decisões e das a ç õ e s do indivíduo, porque o direcionam a enfrentar desafios e tarefas muito importantes, de forma a não utilizar a p e n a s o intelecto e a razão. T o d a e m o ç ã o direciona-se para u m a ação, tendencialmente ligada a experiências anteriores, p o d e n d o levar o indivíduo a tomar u m a ação voltada a estas experiências por terem dado certo e m algum outro m o m e n t o , (Goleman)^^. Cabe inferir que aspectos do comportamento trazem consigo c o m p o n e n t e s de raiva, de medo, de ansiedade, de alegria e t c , e que t ê m c o m o função principal a própria preservação. C a s o a l g u m a destas características apareça de forma muito intensa, a g u d a e persistente, pode ocasionar algum tipo de transtorno, levando o indivíduo a adquirir o que é c h a m a d o de enfermidade de adaptação ou estresse. No ambiente de trabalho, ocasionalmente p o d e m levar a situações de risco, f o r m a n d o u m a d e s o r d e m psicossomática onde o sistema simpático, que prepara o organismo para u m a a ç ã o , está e m constante atividade, originando a d e s o r d e m . Pode levar o indivíduo a comportamento de risco e m seu ambiente de trabalho, (Soto)®°. Fica evidente a necessidade do desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas que levam a lidar de f o r m a eficiente c o m a d e m a n d a de pressões. A s s i m , este t e m a mostra que é necessário ter u m a unidade de planejamento e organização voltados para questões da saúde (física e psicológica daquelas que c o m p õ e a organização) e s e g u r a n ç a no trabalho, convicta de que a singularidade das coisas pode ser estabelecida. 3.5 - T é c n i c a - p s i c o t e r a p i a b r e v e É importante discorrer sobre os pontos relevantes para um p e q u e n o entendimento sobre a técnica psicoterapia breve, onde esta se configura, conceitualmente, c o m o psicoterapia de objetivos e de t e m p o limitado, que t e m , c o m o uma de suas características de procedimento metas reduzidas, e foca nas necessidades mais imediatas do indivíduo. Significa, t a m b é m , que a opção por esta técnica, tanto particularmente quanto institucionalmente, implica n u m a redução de custo e t e m p o . Se a opção é 72 institucional, c o m o c o n s e q ü ê n c i a há o benefício para a m b o s : trabalhador e e m p r e s a . A aplicação desta técnica se adapta, perfeitamente, à realidade de países em desenvolvimento c o m o o Brasil. Estes objetivos t a m b é m p o d e m ser exemplificados e m t e r m o s de superação dos sintomas e problemas atuais da realidade do paciente, c o m o propósito de que este possa enfrentar mais adequadamente determinadas situações de conflito e recuperar sua capacidade de auto-desenvolvimento, de m o d o que na prática se ache e m condições de reagir às condições adversas, q u a n d o necessário. Pode-se, ainda, esclarecer que a psicoterapia breve direciona-se à eleição dos conflitos a s e r e m tratados por sua urgência ou por sua importância. Desta f o r m a , proporciona um a u t o c o n h e c i m e n t o das dificuldades contidas no foco terapêutico, e aproxima-se da c o m p r e e n s ã o do paciente/situação. A s s i m , ocorrem m u d a n ç a s significativas e favoráveis que, e m processo progressivo, m e s m o após a finalização da terapia, continuarão 61 motivação nas suas experiências . estimulando a auto-observação e a 73 4 R E L A T O D O S A C I D E N T E S DE CHERNOBYL 4.1 - O a c i d e n t e d e E THREE MILE ISLAND Chernobyl A seguir u m a breve descrição do acidente de ChernobyF^. À 1:24li do dia 26 de abril de 1986, um s á b a d o de m a n h ã , ocorreu o pior acidente na história da geração industrial de energia nuclear. Duas explosões, u m a logo após a outra, lançaram ao ar as 1000 toneladas de concreto da tampa de s e l a g e m do reator nuclear número 4 de Chernobyl. Fragmentos fundidos do núcleo se espalharam na região vizinha e produtos da fissão foram liberados na atmosfera. O acidente provavelmente custou centenas de vidas e contaminou vastas á r e a s de terra na Ucrânia. Diversas razões contribuíram para o desastre. Certamente, o projeto do reator não era novo - cerca de 30 anos de idade na é p o c a do acidente - e havia sido concebido antes da época dos sofisticados sistemas de segurança controlados por computador. Por esta razão, os procedimentos para lidar c o m emergências do reator d e p e n d i a m fortemente da habilidade dos operadores. Este tipo de reator t a m b é m tinha uma tendência para sair de controle quando operado a baixa c a p a c i d a d e . Por esta razão os procedimentos operacionais para o reator proibiam estritamente que fosse operado abaixo de 2 0 % de sua capacidade máxima. Foi principalmente u m a c o m b i n a ç ã o de circunstâncias e erros h u m a n o s que c a u s a r a m o acidente. Ironicamente, os eventos que levaram ao desastre foram projetados para tornar o reator mais seguro. Os testes, planejados por uma equipe especialista de engenheiros, foram realizados para avaliar se o sistema de emergência para refrigeração do núcleo podia ser operado no caso de ocorrer u m a interrupção de energia externa. E m b o r a este dispositivo de segurança tivesse sido testado antes, não havia funcionado satisfatoriamente e novos testes do dispositivo modificado foram realizados com o reator operando com capacidade reduzida durante o período de teste. Os testes foram programados para a tarde de sexta-feira, 25 de abril de 1986, e a redução da produção da planta c o m e ç o u à s 13:00h. Logo a p ó s à s 14:00h, entretanto, quando o reator 74 estava operando c o m cerca de metade de sua capacidade total, o controlador de Kiev solicitou que o reator continuasse f o r n e c e n d o eletricidade para a rede local. Na realidade, continuaram ligados à rede até às 23:1 Oh. O reator devia ser parado para sua m a n u t e n ç ã o anual na terça-feira seguinte e a solicitação do controlador de Kiev na realidade reduziu a janela de oportunidade disponível para os testes. A seguir, há um relatório cronológico das últimas horas antes do desastre, junto c o m u m a análise de J a m e s R e a s o n , que foi publicada no of the British Psychological Society Bulletin no ano seguinte. A ç õ e s significativas dos operadores estão e m itálico. São de dois tipos: erros (indicados por u m "E") e violações de procedimentos (marcadas por um "V"). 25 a b r i l d e 1986 13:00h - A redução de capacidade c o m e ç o u c o m a intenção de conseguir 2 5 % de capacidade para as condições de teste. 14:00h Emergency O sistema de emergência para resfriamento do núcleo ( E C C S - Core Cooling System) foi d e s c o n e c t a d o do circuito principal. (Isto era parte do plano de teste.) 14:05h - O controlador de Kiev solicitou que a unidade continuasse a suprir a rede. O ECCS não foi reconectado (V). (Não se considera que esta violação específica tenha contribuído materialmente para o desastre, m a s é indicativa de u m a atitude de descuido por parte dos operadores c o m relação à observância dos procedimentos de segurança.) 23:10h - A unidade foi desligada da rede e a redução de c a p a c i d a d e foi continuada para conseguir o nível de c a p a c i d a d e de 2 5 % , planejado para o programa de teste. 26 d e a b r i l d e 1986 00:28h - Um operador pretendida (E). A ultrapassou para baixo o ponto de ajuste para a potência caiu para um perigoso 1 % . (O operador redução havia desligado o piloto automático e havia tentado conseguir o nível desejado através de controle manual.) 1:00h - A p ó s um longo e intenso esforço, a potência do reator finalmente foi estabilizada e m 7 % - bem abaixo do nível pretendido e bem na zona de perigo de baixa capacidade. Neste momento, o experimento deveria ter sido abandonado, 75 mas não o foi (E). Este foi o mais sério erro (como o oposto de violação): significou que todas as atividades s u b s e q ü e n t e s seriam conduzidas à z o n a de m á x i m a instabilidade do reator. Isto aparentemente não foi percebido pelos operadores. 1:03h - Todas as oito bombas foram acionadas (V). Os regulamentos de s e g u r a n ç a limitavam a seis o n ú m e r o m á x i m o de b o m b a s simultaneamente e m uso, isto mostrava u m a profunda má compreensão da física do reator. A c o n s e q ü ê n c i a foi que o a u m e n t o do fluxo de á g u a (e redução da fração de vapor) absorveu mais nêutrons, exigindo que mais elementos de controle fossem retirados para sustentar este baixo nível de potência. 1:19h - O fluxo de água de alimentação foi aumentado três vezes (V). Parece que os operadores estavam tentando lidar c o m u m a pressão de v a p o r e nível de á g u a decrescente. O resultado de s u a s a ç õ e s , entretanto, foi reduzir ainda mais a quantidade de vapor p a s s a n d o através do núcleo, exigindo que ainda e l e m e n t o s de controle precisassem ser retirados. Também automática suprimiram a mais parada do coletor de vapor (V). O efeito disto foi desprover o reator de um de s e u s sistemas automáticos de segurança. 1:22h - O supervisor de turno solicitou relatório impresso para estabelecer q u a n t o s elementos de controle e s t a v a m realmente no núcleo. O relatório indicou s o m e n t e de seis a oito elementos remanescentes. Era estritamente proibido operar o reator c o m m e n o s do que 12 elementos de controle. Apesar disso, supervisor de turno decidiu continuar com os testes o (V). Esta foi u m a decisão fatal: por isso o reator ficou s e m controle. 1:23h - As válvulas fechadas testes da linha de vapor para o turbogerador número 8 estavam (V). O objetivo disto era estabelecer as condições necessárias para repetidos, mas sua conseqüência foi desconectar os desengates automáticos de segurança. Esta talvez t e n h a sido a mais séria violação de todas. 1:24h - Foi feita uma tentativa para desligar repentinamente o reator, atuando os e l e m e n t o s de parada de e m e r g ê n c i a , m a s estes e m p e r r a r a m nos tubos já d e f o r m a d o s . Duas explosões ocorreram u m a logo a p ó s a outra. O teto do reator foi lançado para o ar, provocando 3 0 incêndios na vizinhança. 1:30h - Os bombeiros e m serviço f o r a m c h a m a d o s . Outras unidades foram c h a m a d a s de Pripyat e Chernobyl. 76 5:00h - O s incêndios externos f o r a m extintos, m a s o incêndio d o grafite do núcleo continuou por diversos dias. A investigação posterior do desastre esclareceu diversos pontos significativos que contribuíram para sua ocorrência. S ã o eles: - O programa de testes foi mal planejado e os itens referentes às medidas de segurança e r a m inadequados. A s e g u r a n ç a do reator estava, na realidade, substancialmente reduzida pelo fato do sistema de e m e r g ê n c i a de resfriamento do reator (ECCS) ter sido desativado durante o período de testes; - O planejamento dos testes foi colocado e m prática antes de ser aprovado pelo grupo de projeto, que era responsável pelo reator; - O s operadores e os técnicos que estavam c o n d u z i n d o o experimento tinham habilidades diferentes e não sobrepostas; - Os operadores, e m b o r a altamente habilitados, provavelmente, tinham ouvido que a realização do teste antes da parada melhoraria s u a reputação. Estavam orgulhosos de sua habilidade para lidar c o m o reator m e s m o e m condições incomuns e estavam conscientes da rápida redução da janela de oportunidades dentro da qual deveriam completar o teste. Provavelmente, tinham perdido qualquer sensibilidade para os perigos envolvidos na produção do reator; - Os técnicos que haviam planejado o teste e r a m engenheiros elétricos de Moscou. Seu objetivo era resolver um p r o b l e m a técnico complexo. A p e s a r de t e r e m planejado os procedimentos de teste, provavelmente não sabiam muito sobre a produção da usina nuclear e m si. N o v a m e n t e , nas palavras de J a m e s Reason: "Juntos, fizeram uma mistura perigosa: um grupo de engenlieiros de uma modalidade, mas não engenheiros nucleares, dirigindo uma equipe de operadores dedicados, porém demasiado confiantes. Cada grupo provavelmente assumiu que o outro sabia o que estava fazendo. E as duas partes tinham pouca ou nenhuma compreensão dos perigos que estavam gerando ou do sistema do qual estavam abusando." 77 4.2 - O a c i d e n t e d e Three Mile Island E m 28 de Março de 1979, às quatro horas da m a n h ã , ocorreu uma 63 avaria habitual na central nuclear de Three Mile Island 2 , na Pensilvânia. Desta vez, o incidente transformou-se e m acidente grave. O núcleo do reator ficou descoberto durante duas horas e meia. Este fato foi a causa de prejuízos materiais graves e 144.000 pessoas f o r a m e v a c u a d a s da região. O que se passou? E x a m i n e m o s primeiro u m resumo do desenrolar do acidente. C o m e ç a c o m o desligamento d a b o m b a que faz a alimentação de água ao gerador de vapor. Automaticamente, o turbo-alternador pára e as b o m b a s auxiliares são acionadas. O t e m p o para que a alimentação auxiliar esteja e m funcionamento traduz-se por u m a breve interrupção do arrefecimento, com c o n s e q ü e n t e subida de temperatura e da pressão do fluido primário. Ao fim de três s e g u n d o s , a válvula de descarga abre-se para baixar a pressão. C o m a descarga ainda insuficiente, depois de 8 s e g u n d o s , há uma parada devido a o alto nível de pressão, ocorrendo a q u e d a das barras de segurança do núcleo. Depois de 13 segundos a pressão baixou e o sistema de controle acionou o f e c h a m e n t o da válvula de descarga. T e m - s e aqui u m a seqüência c o m u m de operações restando a p e n a s a retirada da potência residual e a preparação para u m novo "start up". M a s naquele dia a válvula de descarga não se f e c h o u . O que se observou no painel da sala de controle foi a o r d e m de f e c h a m e n t o . A indicação p a s s a , então, a ser de que a válvula se encontra fechada. Na realidade, ela deixa passar 60 t/h de fluido primário que se a c u m u l a m n u m reservatório da área. A pressão do primário cai, e após 2 minutos o sistema de injeção de alta pressão é acionado e introduz água no circuito primário. Neste m o m e n t o , o essencial da atividade dos operadores está voltado para o secundário. C o m efeito, o corte das b o m b a s provocou o acionamento das b o m b a s auxiliares. P o r é m , no circuito secundário, houve válvulas de segurança que tinham ficado fechadas no seguimento de um ensaio periódico que tinha sido efetuado. Nestas condições, o gerador de v a p o r extingue-se e m três minutos, e s e m a troca de calor o fluido primário é levado à ebulição. O s operadores dão conta do f e c h a m e n t o das válvulas de segurança a 8 minutos e d ã o a o r d e m de abertura. A situação fica estável do lado secundário a 78 25 minutos. Logo que o sistema de injeção de segurança é acionado, os operadores o b e d e c e m a uma instrução complementar, (não deixar perder o nivel de vapor no pressurizador). Ignorando que a válvula de descarga se encontrava aberta, cortam o sistema de injeção de e m e r g ê n c i a a 4 minutos e 3 8 s e g u n d o s para não encher por completo o circuito primário c o m água no estado líquido. A partir deste m o m e n t o o fluido primário perdido através da abertura deixa de ser c o m p e n s a d o . O núcleo é descoberto pouco a pouco e a temperatura sobe. Só às 2 horas e 22 minutos é que a abertura foi notada e nessa altura foi f e c h a d a u m a válvula de s e g u r a n ç a no circuito de descarga. U m diagnóstico preciso só foi elaborado ao fim de dez horas. M a s , n e s s a altura, grande quantidade de fluido primário foi perdido e f o r a m necessárias dezesseis horas para voltar a atingir u m a situação estável. O relatório do inquérito concluiu que os operadores c o m e t e r a m um erro ao cortarem o sistema de injeção de e m e r g ê n c i a a 4 minutos e 38 s e g u n d o s . C o m efeito - trata-se de um caso típico de erro retrospectivo, o u seja, que pode ser reconstituido c o m o tal, após os fatos. Durante as duas primeiras horas do acidente, os operadores não s a b i a m , c o m efeito, que havia u m a f u g a de fluido no circuito primário: - existia a indicação de que a válvula de descarga se encontra fechada; - não existia indicador de nivel geral do primário; - o nível do resen/atório que recebe o fluido descarregado era indicado do outro lado do painel de c o m a n d o , não suspeitando de f u g a , os operadores não tinham motivo para consultá-lo; - a temperatura da linha de descarga era mais elevada do que o habitual, m a s os operadores sabiam que esta indicação não era confiável, porque há muito tempo, existia u m a ligeira fuga; - o nível indicado no pressurizador passa a ser aceitável a 10 minutos. O s operadores se c o n v e n c e m de que recuperaram o nível, m a s , nesta altura, a indicação já não tinha qualquer significado, dado que o pressurizador c o n t é m u m a mistura bifásica vapor-água; - os alarmes e s t a v a m inoperantes: a impressão já não se fazia e m t e m p o real, pouco antes de se avariar; - a indicação da pressão do núcleo estava e m baixa, enquanto a do pressurizador estava e m alta. O s operadores, que t i n h a m se habituado e m ver as duas 79 pressões evoluírem paralelamente, concluíram que o m a n ó m e t r o do núcleo se encontrava defeituoso; a sala de controle se enchia progressivamente de engenheiros. N e n h u m deles notou que havia uma fuga no primário; recordando q u e e r a m quatro horas da m a n h ã , ou seja, horário e m que o o r g a n i s m o s e encontra e m e s t a d o de desativação. Portanto, as diferentes indicações produzidas pelo sistema de controle não colocava e m c a u s a o diagnóstico inicial. São interpretadas à luz deste m e s m o diagnóstico e atuações que aparentemente poderiam ser eficazes, a g r a v a m , de fato, a situação e p r o d u z e m o acidente. 80 5 MÉTODOS 5.1 - Q u e s t i o n á r i o 1 5.1.1 - O b j e t i v o Avaliar o grau de aderência de uma instalação nuclear aos atributos de cultura de segurança descritos pela "International no "Safety Standards Atomic Energy Agency" - (IAEA) Series rf GS-G-3.1 "^^, considerando que o foco primordial proposto pela IAEA continua sendo a obtenção e o fortalecimento da segurança nas instalações nucleares, e apresentar o resultado desta avaliação, considerando a percepção dos funcionários da instalação nuclear e m questão. 5.1.2 - J u s t i f i c a t i v a Obter subsídios para o desenvolvimento deste trabalho. O estudo é metodológico e prospectivo, e explora a metodologia de Hayes (1995) para medir e avaliar características subjetivas e intangíveis referentes às percepções e reações das pessoas. 5.1.3 - C u l t u r a d e s e g u r a n ç a d e s c r i t a n o S a f e t y S t a n d a r d s d a A g ê n c i a (IAEA) Os critérios de segurança, estabelecidos no Capítulo 2 da norma G S - G - 3 . 1 , d e v e m promover e sustentar u m a forte cultura de segurança para: ® assegurar um entendimento c o m u m quanto aos aspectos chave da cultura de s e g u r a n ç a dentro da organização; « prover os meios pelos quais a organização dê suporte às pessoas e às equipes para que e x e c u t e m suas tarefas de forma segura e c o m sucesso, considerando a interação entre pessoas, tecnologias e organizações; • prover os meios pelos quais a organização procure desenvolver e aprendizagem melhorar sua cultura de segurança e a atitude de questionamento organização. COMISSÃO i^f-'iONAl. L)E .EN5!W^N'JCL£AR/'SP-IPf 1 continuamente e fortalecer e m todos os níveis a da 81 5.1.4 - M o d e l o d e p e s q u i s a O m o d e l o de pesquisa utilizado é aquele proposto por Hayes (1995) "Desenvolvimento de Questionário para a Avaliação da Satisfação de Cliente", q u e descreve c o m o proceder para medir e avallar as características subjetivas e intangíveis referentes às percepções e reações das pessoas. S e g u n d o o autor (Hayes, 1995, p. VII), a p e s a r de ser desenvolvida p a r a avaliar o grau de satisfação de cliente, a metodologia aplica-se à m e d i ç ã o de qualquer tipo de reação, c o m o por e x e m p l o , para o levantamento de reações de funcionários. O m o d e l o a p r e s e n t a ferramentas que orientam c o m o proceder na formulação das perguntas (atributos), c o m o avaliar a confiabilidade e validade, e c o m o aplicar e avaliar os resultados das m e d i ç õ e s do questionário, sendo descrito a seguir. 5.1.4.1 - Determinar as necessidades d o s clientes - (grupos e atributos de satisfação) O m o d e l o apresenta d u a s técnicas. A primeira, para o desenvolvimento dos grupos, onde é proposta a utilização de várias fontes ligadas ao serviço ou produto específico (Hayes, 1995, p. 9-12). A s e g u n d a , p a r a a definição dos atributos de satisfação, onde é utilizada a sistemática do incidente crítico, que envolve a obtenção de informações acerca de incidentes reais que os clientes consideram ser imprescindíveis para definir os aspectos positivos e negativos do serviço ou produto ofertado (Hayes, 1995, p. 17-25). 5.1.4.2 - E l a b o r a r e a v a l i a r o q u e s t i o n á r i o Apresenta as técnicas e as estratégias de como estimar a confiabilidade e a validade das medições; orienta c o m o estruturar o questionário e escolher o tipo de formulário de resposta; e propõe m é t o d o s para seleção dos atributos para o questionário final. A confiabilidade abrange o grau c o m que os valores obtidos através de u m questionário estão sistematicamente relacionados à determinação dos valores básicos verdadeiros, isto é, o grau c o m que os valores o b s e r v a d o s estão isentos de erros aleatórios. São apresentadas duas técnicas: a estimativa da 82 confiabilidade pelo m é t o d o d a divisão ao m e i o e a estimativa alfa de Cronbach (Hayes 1995, p. 54-69). A validade abrange o grau c o m que se pode fazer inferencias quanto à representatividade d o s valores observados c o m relação aos grupos q u e se deseja efetivamente medir. A s estratégias apresentadas, relacionadas à validade, s ã o quanto ao conteúdo, ao critério e à estrutura o u à f o r m a (Hayes, 1995, p. 64-68). É d a d a orientação quanto à f o r m a de elaboração d a introdução e quanto à d e t e r m i n a ç ã o das perguntas (atributos) do questionário, avaliando se são relevantes, concisas e inequívocas. Q u a n t o a o formulário de resposta p r o p õ e o tipo checkiist (resposta a satisfação c o m o atributo: sim o u não), ou o tipo Likert que permite q u e os clientes respondam c o m graus variados de satisfação, normalmente em cinco níveis de satisfação. 5.1.4.3 - M é t o d o p a r a s e l e ç ã o d o s a t r i b u t o s Propõe dois m é t o d o s para seleção d o s atributos do questionário final: seleção de atributos por avaliação, que usa a capacidade de avaliação d a s pessoas na seleção de atributos que melhor representem as necessidades, e seleção matemática de atributos, que usa a análise de correlação o u a análise de fatores. A análise de correlação propõe dois m é t o d o s : o da correlação atributo x total - determinação do grau c o m que c a d a atributo está relacionado à pontuação total do grupo c o m o qual ele deve estar altamente relacionado, o u , o da diferença entre grupos - c o m p a r a ç ã o entre dois g r u p o s , c a d a um representativo dos extremos da atitude m e d i d a por u m a d e t e r m i n a d a escala, e quanto maior for a pontuação da diferença, maior a capacidade de discriminação do atributo. 5.1.4.4 - T r a t a r d a d o s d e c o r r e n t e s d o u s o d o q u e s t i o n á r i o O índice resumo descreve os e l e m e n t o s de um conjunto de d a d o s e m termos de s u a tendência central e dispersão. É r e c o m e n d a d a a análise através d o índice resumo para c a d a atributo do questionário e para c a d a resumo de atributos, o u seja, para c a d a grupo. A l é m do índice resumo, é a p r e s e n t a d o o método de gráfico de controle para dados por atributo e por variáveis, cuja finalidade é monitorar, de f o r m a sistemática, os processos. Í3 5.1.5 - A p l i c a ç ã o d o m o d e l o d e p e s q u i s a O questionário foi estruturado de m o d o a permitir a avaliação, s e g u n d o a percepção de seus funcionários, do grau de aderência de u m a instalação nuclear aos atributos de cultura de segurança descritos pela "International Energy Agency" - (IAEA) no "Safety Standards Atomic Series rP- GS-G-3.V'. A aplicação do m o d e l o para o c a s o e m estudo seguiu as diretrizes para elaboração do questionário apresentada no quadro "4.5 Diretrizes para a elaboração de questionários", do livro de Hayes (1995, p. 96). 5.1.5.1 - Elaboração dos atributos do questionário, assegurando sua adequada redação A seleção de atributos, assim c o m o sua redação, ou seja, perguntas do questionário, adota, na totalidade, os atributos sobre Cultura de Segurança descritos no Capítulo 2 da n o r m a citada, G S - G - 3 . 1 . Foi assim decidido por se considerar que o Comitê Técnico d a A g ê n c i a , que desenvolveu a n o r m a , possui credencial suficiente para discorrer sobre o t e m a , s e n d o , portanto, u m a boa base de referência, conforme propõe o m o d e l o de pesquisa (Hayes, 1995, p. 11). O questionário relaciona os atributos sobre cultura de segurança mediante declarações afirmativas que refletem os aspectos positivos desta cultura na instalação. Os atributos estão reunidos em cinco grupos, conforme apresentado na T A B . 1: S e g u r a n ç a c o m o valor reconhecido (Valor); Liderança com respeito à segurança (Liderança); Responsabilidade com relação à s e g u r a n ç a (Responsabilidade); S e g u r a n ç a integrada às atividades (Integração); e S e g u r a n ç a direcionada à a p r e n d i z a g e m (Aprendizagem). 5.1.5.2 - S e l e ç ã o d o f o r m u l á r i o d e r e s p o s t a s O formulário de resposta a d o t a d o é o do tipo Likert (Hayes, 1995, p. 80) e permite aos funcionários da instalação pesquisada expor, e m quatro (4) graus de aderência, suas percepções quanto ao atendimento da organização a cada atributo de cultura de segurança do questionário, ou seja: Atende c o m p l e t a m e n t e (4); Atende parcialmente (3); Atende insuficientemente (2); e Não atende (1) (TAB. 2). 84 5.1.5.3 - R e d a ç ã o d a i n t r o d u ç ã o a o q u e s t i o n á r i o A f o r m a t a ç ã o do questionário segue a orientação do modelo (Hayes, 1995, p. 84). A p r e s e n t a o objetivo para os quais os dados serão usados e orienta os funcionários quanto ao preenchimento. Para evitar vícios de respostas, os atributos e grupos, apresentados na T A B . 1, f o r a m desvinculados e organizados c o m o perguntas ordenadas aleatoriamente, c o m o apresentado na (TAB. 2 ) . 85 T A B E L A 1 - Atributos - fatores Inumanos focados e m s e g u r a n ç a Análise de Fatores Humanos focados em segurança - Atributos Capítulo 2 da Norma GS-G-3.1 da lAEA (2006) A 1A 2A 3A 4A 5A 6A B 1B 2B 3B 4B 5B 6B 7B 8B Segurança é um valor claramente reconhecido. Alta prioridade, à segurança, é demonstrada nos documentos, comunicações e nas tomadas de decisão. A segurança é a principal consideração na alocação de recursos. A importância estratégica da segurança é refletida nos planos da organização. As pessoas estão convencidas de que a segurança e a produção andam de mãos dadas. Uma abordagem proativa e de longo prazo em assuntos de segurança é demonstrada nas tomadas de decisão. Um comportamento consciente com relação à segurança é socialmente aceito e apoiado (tanto formal quanto informalmente). A liderança com relação à segurança é clara. A direção está claramente comprometida com a segurança. 0 comprometimento com a segurança é evidente em todos os níveis gerenciais. Visível liderança é demonstrada com o envolvimento das funções gerenciais nas atividades relativas ã segurança. A prática da liderança é sistematicamente revelada. As funções gerenciais asseguram pessoal suficiente e competente para execução dos serviços. As funções gerenciais buscam um envolvimento ativo das pessoas na melfioria da segurança. As implicações com segurança são consideradas nas mudanças que ocorrem nos processos administrativos. As funções gerenciais demonstram um esforço contínuo para manter uma comunicação boa e aberta, através de toda a organização. 9B As funções gerenciais têm fiabilidade para resolver conflitos quando necessário. 10B As relações entre as pessoas que exercem funções gerenciais, e seus colaboradores funcionais são construídas com base na verdade. c 10 A atribuição de responsabilidade com relação à segurança é clara. Existe um relacionamento apropriado, com a agência reguladora, assegurando o licenciamento da organização com relação às responsabilidades com segurança. 2C As regras e responsabilidades são claramente definidas e entendidas. 3C Há um alto nível de confiança com relação aos regulamentos e procedimentos. 40 As funções gerenciais delegam atribuições com apropriada autoridade possibilitando que cada um assuma suas responsabilidades. 5C O domínio com relação à segurança é evidente em todos os níveis organizacionais e individuais. D A segurança está integrada a todas as atividades. 1D A verdade permeia (impregna) a organização. 2D E evidente a consideração que é dada a todos os tipos de segurança, incluindo a segurança industrial e ambiental, assim como à proteção física. 3D 4D E boa a qualidade da documentação e dos procedimentos. E boa a qualidade dos processos, desde seu planejamento até sua implementação, e conseqüentes análises críticas. 5D 6D 7D As pessoas têm o conhecimento necessário e entendimento do processo de trabalho. São considerados os fatores que afetam a motivação e a satisfação com trabalho. Existem boas condições de trabalho que levam em consideração as pressões de prazo, carga de trabalho e estresse. 8D 9D Estão presentes a cooperação e espírito de equipe nas relações inter-funcionais e interdisciplinares. As condições de organização e limpeza do ambiente de trabalho e as condições do material disponível refletem um compromisso com a excelência. E 1E 2E 3E 4E As questões de segurança direcionam o aprendizado. Prevalece uma atitude questionadora com relação à segurança em todos os níveis da organização. E encorajado o relato aberto de desvios e erros. São usadas avaliações internas e externas com relação à segurança, incluindo as auto-avaliações. São usadas as experiências organizacionais e operacionais com relação à segurança, tanto internas quanto externas à instalação. 0 aprendizado fornece habilidade para se reconhecer e diagnosticar desvios, formular e implementar soluções e monitorar os efeitos das ações corretivas. Os indicadores de desempenho de segurança são rastreados; analisados quanto a sua tendência; avaliados e alterados, quando necessário. Há um desenvolvimento sistemático das competências individuais. 5E 6E 7E 86 T A B E L A 2 - Formulário de resposta do Questionário 1 Análise de Fatores Humanos focados em segurança OBJETIVO Avaliar o grau de aderência da instalação (organização) que você trabalha, aos atributos sobre segurança da norma GS-G-3.1 da Agência Intemational Atomic Energy Agency - IAEA, para fins exclusivos de trabalho de pesquisa focada em Fatores Humanos. OBSERVAÇÃO Não é necessário indicar o nome do avaliado, pois os mesmos serão presen/ados no trabalho, isto é, não serão divulgados. FUNÇÃO E FORMAÇÃO Indique, com um "X", ao lado sua função e formação. Supervisor Função Operador Formação PósGraduação Superior lUlédio Grau de Aderência QUESTIONÁRIO POR FAVOR, RESPONDA TODAS AS QUESTÕES. Preencha, com um "X", o quadro ao lado de cada questão que mais defina, segundo o seu ponto de vista, o grau de aderência de sua instalação ao atributo descrito. 1 A atribuição de responsabilidade com relação à segurança é clara. 2 A direção está claramente comprometida com a segurança. 0> c «1 •D § If O o 3 As funções gerenciais asseguram pessoal suficiente e competente para execução dos sen/iços. 4 As funções gerenciais buscam um envolvimento ativo das pessoas na melhoria da segurança. 5 As funções gerenciais delegam atribuições com apropriada autoridade possibilitando que cada um assuma suas responsabilidades. 6 As funções gerenciais demonstram um esforço contínuo para manter uma comunicação boa e aberta, através de toda a organização. 7 As funções gerenciais têm habilidade para resolver conflitos quando necessário. 8 A importância estratégica da segurança é refletida nos planos da organização. 9 A liderança com relação à segurança é clara. 10 A prática da liderança é sistematicamente revelada. 11 A segurança é a principal consideração na alocação de recursos. 12 A segurança está integrada a todas as atividades. 13 A verdade permeia (impregna) a organização. 14 Alta prioridade, à segurança, é demonstrada nos documentos, comunicações e nas tomadas de decisão. 15 As condições de organização e limpeza do ambiente de trabalho e as condições do material disponível refletem um compromisso com a excelência. 16 As implicações com segurança são consideradas nas mudanças que ocorrem nos processos administrativos. 17 As pessoas estão convencidas de que a segurança e a produção andam de mãos dadas. 18 As pessoas têm o conhecimento necessário e entendimento do processo de trabalho. 19 As questões de segurança direcionam o aprendizado. 20 As regras e responsabilidades são claramente definidas e entendidas. S a g S §:» s 1 <0 < s _ç O CO 0. )« S.5 z 87 T A B E L A 2 - Formulário de resposta do Questionário 1 (Continuação) 21 As relações entre as pessoas que exercem funções gerenciais, e seus colaboradores funcionais são constmídas com base na verdade. 22 E boa a qualidade da documentação e dos procedimentos. 23 E boa a qualidade dos processos, desde seu planejamento até sua Implementação, e conseqüentes análises críticas. 24 E encorajado o relato aberto de desvios e erros. 25 E evidente a consideração que é dada a todos os tipos de segurança, incluindo a segurança industrial e ambiental, assim como à proteção física. 26 Estão presentes a cooperação e espírito de equipe nas relações inter-funcionais e interdisciplinares. 27 Existe um relacionamento apropriado, com a agência reguladora, assegurando o licenciamento da organização com relação às responsabilidades com segurança. 28 Existem boas condições de trabalho que levam em consideração as pressões de prazo, carga de trabalho e estresse. 29 Há um alto nível de confiança com relação aos regulamentos e procedimentos. 30 Há um desenvolvimento sistemático das competências individuais. 31 0 aprendizado fornece habilidade para se reconhecer e diagnosticar desvios, fonnular e implementar soluções e monitorar os efeitos das ações corretivas. 32 o comprometimento com a segurança é evidente em todos os níveis gerenciais. 33 o domínio com relação à segurança é evidente em todos os níveis organizacionais e individuais. 34 Os indicadores de desempenho de segurança são rastreados; analisados quanto a sua tendência; avaliados e alterados, quando necessário. 35 Prevalece uma atitude questionadora com relação à segurança em todos os níveis da organização. 36 São considerados os fatores que afetam a motivação e a satisfação com trabalho. 37 São usadas as experiências organizacionais e operacionais com relação à segurança, tanto intemas quanto externas à instalação. 38 São usadas avaliações internas e externas com relação à segurança, incluindo as autoavaliações. 39 Segurança é um valor claramente reconhecido. 40 Um comportamento consciente com relação à segurança é socialmente aceito e apoiado (tanto formal quanto informalmente). 41 Uma abordagem proativa e de longo prazo em assuntos de segurança é demonstrada nas tomadas de decisão. 42 Visível liderança é demonstrada com o envolvimento das funções gerenciais nas atividades relativas à segurança. 88 5.2 - Q u e s t i o n á r i o 2 5.2.1 - O b j e t i v o C o m o previsto desde o inicio deste trabalho, foi elaborado um s e g u n d o questionário, q u e a b o r d o u os fatores individuais e situacionais, para possibilitar u m a análise mais aprofundada. Procurou-se humano que determinar possam vir a os fatores afetar invisíveis do emocionalmente o comportamento trabalhador, e c o n s e q ü e n t e m e n t e , s u a s a ú d e e seu trabalho. Através do c o n h e c i m e n t o dos fatores que afetam o c o m p o r t a m e n t o h u m a n o , é possível estabelecer os procedimentos a serem adotados para u m trabalho seguro. A medicina do trabalho, cujo objetivo é preservar a saúde do trabalhador, é a área responsável pela normatização dos procedimentos de segurança do trabalho. 5.2.2 - P r o c e d i m e n t o Foi considerado para este questionário, fatores que p o d e m interferir no 32 c o m p o r t a m e n t o e d e s e m p e n h o do trabalhador, Chiavenato (1985) : "O comportamento das pessoas em uma organização depende de fatores internos (decorrentes de suas características de personalidade, como capacidade de aprendizagem, de motivação, de percepção do ambiente interno e externo, de atitude, de emoções, de valores etc.) e fatores externos (decorrentes das características organizacionais, como sistemas de recompensas e punições, de fatores sociais, de políticas, de coesão grupai existente etc.)". Acrescentam-se, ainda, aos fatores externos, as mudanças de tecnologia utilizada na organização, a s pressões da família, os p r o g r a m a s de treinamento e de d e s e n v o l v i m e n t o e as condições ambientais. Para c o m p o r o Questionário 2 foram selecionados sete aspectos. C a d a u m deles c o m três questões, e t a m b é m , cinco questões desvinculadas dos aspectos, m a s sim diretas, sendo estas as Q u e s t õ e s 8.1 a 8.5, classificadas c o m o objetivo de s a b e r efetivamente o estado atual do trabalhador. Estes aspectos selecionados podem afetar as pessoas no ambiente de trabalho e foram 89 c o n s i d e r a d o s suficientes para atender o objetivo d a análise proposta, c o n f o r m e a p r e s e n t a d o na T A B . 3, formulário de resposta deste questionário. T A B E L A 3 - Formulário d e resposta do Questionário 2 Nos aspectos descritos abaixo, avaliando de O a 10*, mostre o quanto cada atributo está afetando sua criatividade, seu desempenho ou sua auto-estima no trabalho. Aspectos 1-Fatores Físicos 2-Relacionamento no Trabalho 3-Fatores Trabalhistas 1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 2.3 3.1 3.2 3.3 - Questões Temperatura do ambiente de trabalho Barulho e movimentação de pessoas Espaço físico de trabalho Confiança no ambiente de trabalho Assumir algo contra seus conceitos Competição desnecessária Jornada de trabalho Salário Cargo ou função que está exercendo 4.1 - Política do governo 4.2 - Segurança na cidade 4.3 - Deslocamento para chegar ao trabalho 5-Conflitos 5.1 - Em relação a parentes Familiares 5.2 - Relação com filhos 5.3 - Com o cônjuge 6-Comportamento 6.1 - Organização no trabalho Pessoal 6.2 - Desempenho no trabalho 6.3 - Disciplina nos horários de descanso, diversão. 7-Modelo de 7.1 - Desenvolvimento de suas potencialidades Trabalho 7.2 - Treinamento 7.3 - Exigências da chefia e liderança 8.1 - Considerando o limite de sua potencialidade 100%, quantos por cento sua empresa aproveita desse potencial hoje? 8.2 - Você sente que é parte integrante de sua empresa? Peso 4-Fatores Externos 8.3 - Você se classifica como uma pessoa estressada, desanimada ou sem estímulo? 8.4 - Dos sete aspectos descritos, qual lhe afeta mais emocionalmente? 8.5 - Dos sete aspectos, qual lhe proporciona mais estresse? ( ( ( ( * Na escala de O a 10, considere O (zero) que não afeta, e 10 (dez) afeta no limite máximo. ) ) ) ) sim não sim não 5.2.3 - A p l i c a ç ã o d o q u e s t i o n á r i o A p ó s orientação quanto à f o r m a de preencliimento e ao seu sigilo funcional, o Questionário 2 foi submetido aos funcionários, incluindo os níveis: médio, superior e pós-graduado. Para este esclarecimento, houve a participação do autor e m reuniões que aconteceram rotineiramente neste setor. 91 6 RESULTADOS 6.1 - R e s u l t a d o s d o Q u e s t i o n á r i o 1 O Questionário 1 foi (supervisores e operadores) submetido aos funcionários da pelo chefe da unidade, após este ter instalação recebido orientação do pesquisador quanto à f o r m a de seu preenchimento. No total, 2 4 pessoas de níveis técnico, superior e pós-graduado, responderam à pesquisa. Os dados coletados na pesquisa encontram-se resumidos na T A B . 4 e foram avaliados c o m o descrito a seguir. Os n ú m e r o s 1, 2, 3 e 4 que a p a r e c e m na T A B . 4 c o r r e s p o n d e m , respecitvamente, a "não atende", "atende insuficientemente", "atende parcialmente" e "atende completamente", conforme explicado no item 5.1.5.2. COMISSÃO NACIONAi. P'7 FNF.R*'*.», NUCLEAR/SP-iPf^' 92 T A B E L A 4 - Resultado da coleta de d a d o s - Questionário 1 Resultado da Coleta de Dados Atributo A IA Pergunta Funcionário F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 FIO F11 F12 F13 F14 F15 F16 F17 F18 F19 F20 F21 F22 F23 F24 Atribulo 39 14 1 2 2 2 2 4 3 2 2 1 2 2 2 1 2 t 1 1 4 3 2 2 4 1 A 2 3 2 2 2 4 3 2 3 2 2 3 1 2 1 2 1 2 3 2 2 2 4 1 IA 2A 11 4 2 2 3 3 4 3 2 2 2 3 4 1 3 2 2 1 2 3 3 2 2 4 2 2A 3A 8 4A 17 Valor 2 1 3 3 2 2 2 3 2 3 4 3 2 2 3 2 4 2 2 1 2 3 3 2 2 2 2 2 1 2 1 1 1 1 2 2 3 4 3 3 1 3 2 2 4 4 1 1 3A 4A 5A 41 2 3 3 2 2 3 2 2 4 2 3 2 2 2 2 1 1 2 3 3 3 2 4 1 5A BA B 40 9 1 2 2 2 2 3 3 3 3 2 2 3 2 1 3 1 1 2 3 3 2 2 4 1 6A 2 3 3 3 3 2 2 2 3 2 2 3 2 2 2 1 1 1 3 2 2 3 4 1 B 1B 2 2 4 2 3 2 2 3 2 3 2 2 3 2 1 2 1 1 1 2 3 1 3 4 1 18 2B 32 3B 4B 42 10 3 üderan ;a 1 3 2 3 2 4 3 2 4 2 3 3 1 2 2 1 1 2 3 3 2 3 4 1 3 3 3 2 2 4 2 2 3 2 2 3 1 2 2 1 1 2 4 3 2 3 4 1 2 3 2 3 2 3 3 4 2 2 2 3 2 2 2 1 1 2 2 2 3 3 4 1 2B 3B 48 58 2 4 2 2 2 2 2 3 2 2 3 4 1 2 2 2 2 1 2 2 2 3 4 1 58 68 4 2 3 2 3 2 3 3 3 3 2 2 3 1 1 2 1 1 2 3 3 2 3 4 1 6B 78 16 1 3 3 2 2 4 2 3 3 2 2 3 2 1 2 1 1 2 4 3 2 2 4 1 7B 38 6 2 3 2 2 2 2 3 3 3 2 9B 108 C 7 21 1 1C 27 2 3 2 3 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 2 2 3 1 3 4 2 C Responsabilidade 2 1 2 2 3 3 3 3 3 2 2 3 2 2 2 2 2 2 3 2 4 2 3 3 2 3 3 3 2 2 3 2 4 2 3 4 2 2 2 2 2 3 3 2 2 3 3 3 1 1 3 1 1 3 2 1 3 2 3 2 1 1 2 2 1 1 1 2 3 2 2 1 2 2 3 3 3 3 3 3 2 3 2 2 2 2 2 2 4 4 4 4 1 1 1 1 1C 2C 3C 4C 1 4 4 1 2 4 2 2 2 3 2 4 4 3 3 3 2 1 2 2 2 2 2 3 3 4 4 1 BB 98 4 1 1 1 2 1 2 2 3 2 2 2 1 4 3 4 3 2 3 1 2 2 2 2 2 3 2 3 2 4 1 10B 2C 20 3C 29 4C 5 5C 33 2 3 2 3 2 4 2 2 3 1 3 3 1 2 3 1 1 2 2 3 3 3 4 1 5C D 12 2 2 2 3 3 4 3 3 2 2 3 3 2 3 2 1 1 2 3 3 3 2 4 1 D 1D 2D 13 25 3 4 2 3 2 1 4 2 4 2 2 3 1 3 3 2 2 2 3 2 2 3 4 1 1D 2 3 2 3 3 4 3 2 2 1 3 3 2 2 2 1 1 3 2 2 4 3 4 1 2D 3D 22 1 3 1 2 3 1 2 2 2 2 2 2 1 1 1 2 1 1 2 2 3 2 4 2 3D 4D 50 60 70 BD 9D E 23 18 36 28 26 15 19 Integração 1 1 4 3 3 2 3 2 1 3 2 2 3 2 3 1 2 3 3 2 3 2 4 2 3 2 4 2 1 2 2 2 3 3 2 3 1 1 3 1 2 2 2 2 2 1 1 2 1 2 1 2 2 2 4 4 2 3 2 2 2 4 2 2 4 2 4 4 4 1 1 2 4D 5D BD 2 4 3 2 2 2 3 3 2 2 3 3 2 3 3 1 2 3 4 3 2 2 4 2 7D 1 3 2 2 2 3 2 3 2 1 3 2 2 2 3 1 2 3 2 2 4 2 4 2 8D 2 4 2 2 3 3 4 3 2 2 2 4 1 1 1 2 2 2 2 3 2 2 4 1 90 2 2 2 2 2 4 2 3 4 1 3 2 1 3 2 1 2 2 4 2 2 2 4 1 E 3E 38 4E 37 5E 1E 35 2E 24 6E 34 7E 31 1 3 2 2 2 3 2 3 4 1 3 2 2 2 2 1 1 2 3 3 2 4 4 1 1E A Drendizagem 1 4 2 2 4 3 2 3 1 2 2 2 3 3 2 2 2 2 2 2 4 1 4 3 2 3 2 3 4 3 2 2 4 3 3 3 1 2 2 2 3 2 2 2 2 2 2 3 1 2 1 2 1 2 2 3 4 3 3 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 1 3 3 3 3 2 2 3 3 3 2 3 4 3 2 3 4 4 4 4 1 1 2 2 2E 3E 4E 5E 3 3 2 3 2 4 2 3 3 1 2 2 2 2 3 2 1 1 3 3 4 4 4 1 6E 2 3 2 3 2 2 3 2 3 2 3 3 1 2 2 2 1 2 2 3 3 2 4 2 7E 30 93 A) Seleção d o s atributos representativos da pesquisa Para seleção dos atributos representativos da pesquisa, foi utilizado o método de seleção m a t e m á t i c a de atributos - correlação atributo-total (Hayes, 1995, p. 89)^^. O s resultados apresentados na T A B . 5 mostram u m alto grau de correlação e m t o d o s os atributos analisados, exceto para os Atributos C; 1 0 ; e 6 D dos Grupos Responsabilidade e Integração, respectivamente. Estes atributos não estão altamente correlacionados c o m os outros atributos do grupo. Os baixos valores, obtidos nestes três atributos, indicam, T A B . 1 : 0 - falta de clareza dos funcionários quanto à s atribuições de responsabilidade e m relação à s e g u r a n ç a ; 1 0 - o relacionamento c o m a agência reguladora, que assegura o licenciamento da organização s o b o aspecto responsabilidade não é considerado a d e q u a d o . No c a s o do Atributo 6 D , referente ao grupo integração, o baixo valor pode indicar fatores que afetam a motivação e a satisfação c o m o trabalho n ã o estão s e n d o a d e q u a d a m e n t e considerados. Considerando os resultados q u e c h a m a m mais a atenção nesta primeira pesquisa, responsabilidade e m relação à segurança - fator externo ao indivíduo, e integração direcionada à motivação e à satisfação - fator interno, u m dos mais conflitantes, surgiu a necessidade de se elaborar outro questionário c o m o estratégia para u m a análise mais a p r o f u n d a d a , pois alguns fatores p o d e m causar efeito negativo mais intenso que outros. 94 T A B E L A 5 - Correlação atributo-total CORRELAÇÃO* ATRIBUTO-TOTAL - Folha 1/2 G r a u c o m q u e c a d a q u e s t ã o e s ' á r e l a c i o n a d a ã p o n t u a ç ã o t o t a l d o g r u p o c o m a q u a l ela deve e s t a r a l t a m e n t e < 5 S Si < 39 14 11 F1 1 2 4 F2 2 3 Atributo < < s á i 1 É w 1 (n & 1 w m CD m CO CD m CD ul IQ CO Funcionário o CO 17 41 40 2 1 2 1 12 11 9 11 12 11 3 3 3 2 16 16 15 15 15 B 3 4 m w E o CO CD CD CD (D S i 16 6 7 21 (n o Peigunta ffi o m m m i 1 o CO relacionada CD cn CD QD n E o CO o CO m n tn CO g 1 o CO CO CD O i o o o o tn o CN o CO 2 32 42 10 12 2 2 1 3 2 2 2 1 2 2 2 19 19 20 IB 19 19 19 20 19 19 19 2 2 1 15 18 3 4 3 3 3 4 3 3 3 4 3 33 32 33 33 33 32 33 33 33 32 33 3 3 3 1 LIDERANÇA 27 20 29 o o m o o IO 1 i i 1 w i CO 9 VALOR o o CO S O CO o CO 5 33 2 2 2 9 9 10 9 9 9 3 3 3 16 16 15 16 15 15 R ESPO NSAB LIDAE E F3 2 2 2 : 2 3 2 13 13 13 13 13 12 13 3 2 2 3 2 2 2 3 2 2 2 22 23 23 22 23 23 23 22 23 23 23 2 3 2 2 3 2 12 11 12 12 11 12 F4 2 2 3 2 3 2 2 14 14 13 14 13 14 14 3 3 3 2 3 2 3 2 2 2 2 24 24 24 26 24 25 24 25 25 25 25 3 2 2 2 2 3 12 12 12 12 11 F5 2 2 3 2 3 2 2 14 14 13 14 13 14 14 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 20 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 2 2 2 3 2 2 11 11 11 11 10 11 11 FS 4 4 4 4 3 3 3 21 21 21 21 22 22 22 2 2 4 4 3 2 3 4 3 1 28 28 26 26 27 28 27 26 28 27 29 1 4 2 3 3 4 16 13 15 14 14 13 2 2 2 3 15 15 15 16 16 16 15 2 3 3 2 3 2 3 2 3 2 4 27 26 26 27 26 27 26 27 26 27 25 2 3 3 3 2 13 13 12 12 12 13 F7 3 FB 2 2 2 3 2 2 3 14 14 14 13 14 14 13 2 2 2 2 4 3 3 3 3 4 3 29 29 29 29 27 28 28 28 28 27 28 2 2 2 3 2 2 11 11 11 10 11 11 F9 2 3 2 4 2 4 3 18 17 18 16 18 16 17 3 3 4 3 2 2 3 3 3 4 4 31 31 X 31 32 32 31 31 31 X 30 2 2 4 3 4 3 16 16 14 15 14 15 FIO 1 2 2 2 1 2 2 11 10 10 10 11 10 10 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 22 22 22 22 22 22 22 22 22 21 21 2 2 2 2 2 1 9 9 9 9 9 10 F11 2 2 3 2 3 3 2 15 15 14 15 14 14 15 2 2 2 3 2 3 2 2 3 2 23 23 22 23 23 22 23 23 23 22 23 2 2 3 3 2 3 13 13 12 12 13 12 F12 2 3 4 3 2 2 3 17 16 16 16 17 17 16 3 3 3 3 3 4 3 3 4 3 32 32 32 32 32 31 32 32 31 32 32 2 3 3 3 3 14 14 13 13 13 13 F13 2 1 1 2 2 2 10 10 10 10 10 2 2 1 1 2 1 1 2 1 14 14 15 16 14 16 16 14 15 14 15 2 3 1 1 1 1 7 6 8 8 B B 2 3 2 2 2 1 12 10 11 11 12 2 1 2 2 2 1 1 1 2 15 16 15 15 15 15 16 16 15 15 15 2 3 1 2 1 2 9 8 10 9 10 9 F15 2 1 2 1 2 2 3 11 12 11 12 11 11 11 1 1 2 1 11 11 11 F14 10 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 1 3 2 3 2 3 13 11 12 11 12 11 2 1 1 1 1 8 7 7 8 B B B 1 2 13 13 13 13 13 12 13 13 13 12 12 1 1 1 2 2 1 7 7 7 6 6 7 1 1 1 6 6 6 6 6 6 B 1 1 1 1 1 I 1 1 1 1 1 1 2 1 1 2 2 14 14 14 14 14 13 14 14 13 13 13 1 2 1 1 6 5 6 6 5 5 2 2 12 11 11 11 11 11 11 1 2 2 2 1 2 2 1 2 2 17 17 16 16 15 17 16 16 17 15 15 3 2 2 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 10 9 10 10 4 3 3 3 4 3 3 19 20 20 20 19 20 20 3 2 3 4 2 2 3 4 2 2 3 27 28 27 26 28 28 27 26 28 28 27 2 2 3 2 2 12 12 11 12 11 11 10 F19 F20 3 2 3 3 3 3 3 17 18 17 17 17 17 17 2 3 3 3 2 3 3 3 3 2 27 26 26 26 27 27 26 26 26 25 27 3 3 3 3 3 3 15 15 15 15 15 15 F21 2 2 2 1 3 3 2 13 13 13 14 12 12 13 2 1 2 2 3 2 2 2 1 3 21 22 21 21 20 21 21 21 22 20 20 1 2 3 2 2 3 12 11 10 11 11 10 F22 2 2 2 2 2 2 2 12 12 12 12 12 12 12 3 3 3 3 3 3 3 2 4 4 2 30 30 30 30 30 X 31 29 29 31 2 2 2 2 3 11 12 12 12 12 11 F23 4 4 4 4 4 4 4 24 24 24 24 24 24 24 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 4 4 4 4 4 4 20 20 20 20 20 20 F24 1 1 2 1 1 1 1 7 7 E 7 7 7 7 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 2 1 1 1 1 1 5 6 5 6 6 6 4C 5C F16 F17 FIB VALOR Alnbuto A r (total) 0,84 IA 2A 0 f l 2 0,54 3A 2 LIDERANÇA 4A 5A 6A 0,74 0,76 0,70 B 0.78 IB 2B 3B 4B 5B 6B RESPONSABILIDADE 7B OflS 0,82 0 74 0,74 0,72 0,93 0,75 BB 033 3B lOB 0,75 0 Í 9 C 1C 0,43 0,44 2C O coeficiente de correlação do momento do produto Pearson, r reflete a extensão de uma relação linear entre dois conjuntos de dados (x e y) e é dado por: V(.t-.y)0->•) 3C 0,77 0.80 0.76 0.78 12 95 T A B E L A 5 - Correlação atributo-total (Continuação) CORRELAÇÃO ATRIBUTO-TOTAL - Folha 2/2 Grau com que cada questão está relacionada à pontuação total do grupo com a qual ela deve estar altamente relacionada. o Atributo Q Q Q Q Q m lí) o Q CD r^^ Q o CO CD o £ o en Pergunta 12 13 25 Funcionario 22 23 18 36 28 26 o en » E o en 15 (O E o o (O E o en W o líi ra E o O o CD <B m E o en e o § ra E o UJ ra E UJ UJ rvi UJ m m UJ UJ lO CD UJ tn B en 19 35 INTEGRAC 24 38 UJ 37 31 34 30 LU CN ra o en en en UJ en UJ m ra ra E o Ê en o UJ ra en UJ m ra E o en UJ LLI CD ra E o en ra Ê o en en APRENDIZAGEM F1 2 3 2 1 1 1 4 2 1 2 17 16 17 18 18 18 15 17 18 17 2 1 1 4 2 2 3 2 15 16 16 13 15 15 14 15 F2 2 4 3 3 3 2 3 4 3 4 29 27 23 28 28 29 28 27 28 27 2 3 4 3 3 2 3 3 21 20 19 20 20 21 20 20 F3 2 2 2 1 2 1 3 3 2 2 16 18 18 19 18 19 17 17 18 18 2 2 2 2 2 1 2 2 13 13 13 13 13 14 13 13 F4 3 3 3 2 3 2 2 2 2 2 21 21 21 22 21 22 22 22 22 22 2 2 3 2 2 3 3 3 18 18 17 18 18 17 17 17 F5 3 2 3 3 3 2 3 2 2 3 23 24 23 23 23 24 23 24 24 23 2 2 2 2 2 2 2 2 14 14 14 14 14 14 14 14 F6 4 1 4 1 3 1 2 2 3 3 20 23 20 23 21 23 22 22 21 21 4 3 1 4 4 3 4 2 21 22 24 21 21 22 21 23 F7 3 4 3 2 3 2 3 3 2 4 26 25 26 27 26 27 26 26 27 25 2 2 2 3 2 3 2 3 17 17 17 16 17 16 17 16 F8 3 2 2 2 2 2 4 3 3 3 23 24 24 24 24 24 22 23 23 23 3 3 2 4 3 2 3 2 19 19 20 18 19 20 19 20 F9 2 4 2 2 3 2 4 2 2 2 23 21 23 23 22 23 21 23 23 23 4 4 3 3 3 4 3 3 23 23 24 24 24 23 24 24 Fia 2 2 1 2 2 1 2 2 1 2 15 15 16 15 15 16 15 15 16 15 1 1 1 2 2 2 1 2 11 11 11 10 10 10 11 10 F11 3 2 3 2 2 3 2 3 3 2 22 23 22 23 23 22 23 22 22 23 3 3 2 2 3 2 2 3 17 17 18 18 17 18 18 17 F12 3 3 3 2 3 2 3 3 2 4 25 25 25 26 26 26 25 25 26 24 2 2 2 2 2 3 2 3 16 16 16 16 16 15 16 15 F13 2 1 2 1 1 1 3 2 2 1 14 15 14 15 15 15 13 14 14 15 1 2 1 2 2 1 2 1 11 10 11 10 10 11 10 11 F14 3 3 2 1 1 2 2 3 2 1 17 17 18 19 19 18 18 17 18 19 3 2 2 3 1 2 2 2 14 15 15 14 16 15 15 15 F15 2 3 2 1 2 2 2 3 3 1 19 18 19 20 19 19 19 18 18 20 2 2 2 4 3 3 3 2 19 19 19 17 18 18 18 19 F16 1 2 1 2 1 1 2 1 1 2 13 12 13 12 13 13 12 13 13 12 1 1 1 1 1 1 2 2 9 9 9 9 9 9 8 8 F17 1 2 1 1 1 1 2 2 2 2 14 13 14 14 14 14 13 13 13 13 2 1 1 1 1 1 1 1 7 8 8 B 8 8 8 8 F18 2 2 3 1 2 2 2 3 3 2 20 20 19 21 20 20 20 19 19 20 2 2 2 2 2 2 1 2 13 13 13 13 13 13 14 13 F19 3 3 2 2 4 2 4 4 2 2 25 25 26 26 24 26 24 24 26 26 4 3 3 3 3 1 3 2 18 19 19 19 19 21 19 20 F20 3 2 2 2 3 2 2 3 2 3 21 22 22 22 21 22 22 21 22 21 2 3 2 2 3 3 3 3 19 18 19 19 18 18 18 18 F21 3 2 4 3 2 2 4 2 4 2 25 26 24 25 26 26 24 26 24 26 2 2 3 3 3 2 4 3 20 20 19 19 19 20 18 19 F22 2 3 3 2 2 2 4 2 2 2 22 21 21 22 22 22 20 22 22 22 2 4 3 3 4 2 4 2 22 20 21 21 20 22 20 22 F23 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 36 38 36 36 36 36 36 36 36 36 4 4 4 4 4 4 4 4 28 28 28 28 28 28 28 28 F24 1 1 1 2 1 1 2 2 2 1 13 13 13 12 13 13 12 12 12 13 1 1 2 2 1 1 1 2 10 10 9 9 10 10 10 9 INTEGRA(; a o Atributo D ID r (total) 0,67 0,51 2D 3D 0,70 0,83 4D 0,77 50 APRENDIZAGEM 6D 7D 8D 0,78 0,41 0,59 0,55 9D E 1E 0,65 0,68 0,82 2E 3E 0,62 0,64 4E 5E 0,82 0,65 6E 7E 0,78 0,61 96 B) C á l c u l o da c o n f i a b i l i d a d e d a s escalas d o q u e s t i o n á r i o Dada a escala aplicada, o cálculo da confiabilidade foi feito utilizando a estimativa Alfa de Cronbach através da matriz de correlação entre os atributos (Hayes, 1995, p. 55). Conforme pode ser observado na matriz da T A B . 6, considerando os atributos citados anteriormente c o m baixa correlação, e T A B . 7, s e m estes atributos, é alta a confiabilidade para todos os grupos; u m c o m 0,7 e os demais a c i m a de 0,8. Alguns autores c o n s i d e r a m que as confiabilidades maiores ou 65 iguais a 0,8 são muito boas, Nunnally (1978), citado por Hayes é considerado um valor m o d e r a d o , Nunnally (1967) . Entretanto, 0,7 , para u m a pesquisa básica c o m o a deste trabalho. Este autor admite, até m e s m o , valores entre 0,5 e 0,6 c o m o a d e q u a d o s para os primeiros estágios de u m a pesquisa. C) A n á l i s e d o r e s u l t a d o d a p e s q u i s a O resultado da pesquisa foi analisado c o m relação a dois aspectos: atributos e grupos. A média, m e d i a n a , m o d a e desvio-padrão, foram calculados a partir dos d a d o s apresentados na T A B . 8 p a r a c a d a grupo e c a d a atributo, observandose para cada atributo o seguinte: • os valores das médias v a r i a m entre 1,79 e 2,63, s e n d o 2,00 o valor d a m e d i a n a e da m o d a na g r a n d e maioria dos c a s o s . Isto está sugerindo u m a tendência d o s funcionários e m classificar a instalação como: atendendo parcialmente a cultura de segurança. • os valores d o desvio-padrão estão variando entre 0,70 e 0,98, indicando u m a razoável dispersão entre os valores atribuídos pelos funcionários a c a d a atributo. P o r é m , c o m o na grande maioria dos c a s o s os valores da m e d i a n a e m o d a são iguais a 2,00; este fato pode ser a m e n i z a d o . A s s i m , os valores obtidos indicam que, s e g u n d o a percepção dos trabalhadores, a instalação p e s q u i s a d a atende parcialmente aos atributos de cultura de segurança do projeto da n o r m a GS-G-3.1 (lAEA)^'^. 97 T A B E L A 6 - Matriz correlação - c o m todos o s atributos MATRIZ D E A ATRIBUTO IA 2A 3A 4A 5A BA B 1B 2S 3B 5B 4B c8uBl o da nfiat 9 B C o 10B 3D 4D 5D 6D 7D BD 90 E 1E 2E 3E 0.3Q 0.51 • D.70 0.63 0 . 7 4 • ,22 0.57 • .35 0,81 0.46 0,32 0,49 0,44 0,50 0,65 0.65 0,40 0.46 0,72 0,44 0.54 0,33 0.42 0,67 0,69 0.80 0.65 0,67 0.48 0.61 0.43 0,76 0.44 0,35 0.41 0J9 0.72 0,69 0,58 0,43 0.44 0.56 0.58 0,51 0,62 • ,•• • .18 • 29 0.26 • .33 0.5B • .48 0.57 • .71 • .29 0.51 • ,22 0.51 • ,39 • ,12 0.2B • .•7 • ,49 • ,47 • .22 0.13 • .42 • .30 • .53 • ,38 • ,S4 0,62 0,41 0,48 052 0,63 0.64 0.74 0.60 0.62 0,35 0.42 0.27 0.71 0,40 0,37 0,45 0.24 0.57 0,74 0,74 0,37 0.46 0.62 0,60 0.47 0.46 • 72 0,29 0,34 0,26 0.44 0.49 0.66 0.S5 • .51 D.69 0,26 0.70 0,53 O.BO a.m 0,28 0.59 0.62 0,4O 0.62 0.67 0,66 0,33 0.65 0.37 • 0.49 0,40 0,55 0,82 0.62 0.77 0.72 0.60 • ,4Q 0.55 0,4O 0.68 0.57 0.45 0,50 a.51 0.36 0.71 0,76 0,59 0.4B 0.73 • .56 O.BO 0,37 0,82 0,58 0,35 0.54 0,49 • .56 • .68 0.69 0,43 0.50 0.73 0.69 • .51 0.55 A 1 . • • 0.70 0.49 0.6B 0^0 0.66 0,81 0,56 0,64 0.73 0.72 0.64 • .31 0.73 ÍA 0,70 1.00 0.67 0,82 0,57 0.66 Üj62 0.58 0.58 0.60 0,54 0.76 0 . 7 4 0.53 C.51 2A • .49 • ,67 i.ca 0,51 • ,43 Q.34 • ,37 • ,42 a,37 3A 0.66 0.51 1 .00 0.54 0,73 Ü.7Ü 0,61 0,65 4A o,eo O.S7 pa 0.71 • JB3 0,64 0.48 0.69 0,62 1.00 0,66 • ,67 0.56 0 . 7 7 5A 6A B 0^2 0,65 0,66 0S2 0,43 0,54 1 • ,34 0 , 7 3 0,71 0,37 0,70 0.63 0,66 • .56 • .58 0.42 0,61 • ,64 • .67 • ,81 1 ,00 • ,58 0.58 1.0O D.64 o.ei • .51 o.eo 0,80 0 , 5 3 0,37 0.64 • .76 0,48 • ,38 0.66 0,70 0,59 • .60 0.61 • 65 0,48 0.56 0.64 0.76 IXW 0.71 ,73 • .81 • .51 O.BO 0,63 0.77 0.76 0,66 0.71 1 ,00 0,76 0,6O • 79 0,62 0.75 0.63 D.TO 0.59 0.76 0,52 0.49 IB • .5á • .56 0 . 3 7 2B • 3B 0.72 o.eo 0.65 • .40 1.00 4E 5E 6E 0,59 0 , 5 5 0.33 0.46 0.78 0.75 0.74 0.4a 0,64 0.34 0.63 0.55 0.70 0.60 0,54 0.59 0.50 0,53 0.73 0,55 0.57 0.46 0.22 0,45 0.47 0.85 0.68 • .37 0.56 0.48 • .56 Q.55 oss 0.51 0,75 0.34 0,67 0.65 0,74 0,60 0.41 0.66 0,43 0,51 0.70 0,52 0.36 0.47 0,17 0.67 0.29 0.64 0.61 0.33 0.50 • 0.65 0,62 0.49 0,46 • .44 0.82 0.74 • .79 0.83 0.69 0.50 0,64 0.4O 0,84 0,61 0.23 • .45 0,41 0.56 0.72 0.62 0.59 0,41 0.74 • ,76 0.57 0,70 0,56 0.49 0.36 0.42 0.53 0.61 0.59 0.77 0.72 0.61 0.43 0,52 0,24 0 , 7 4 0,38 0,46 0.53 0,49 0.71 0.66 0.46 0.58 0.72 • .49 O.B5 0,47 0.83 0.26 .64 0.48 0,65 • ,60 0,62 0J65 0.49 0.47 0.42 0.53 0.62 • ,47 0.66 0,72 O,40 0,73 0.47 0,51 0,63 0.43 0.60 0.53 0,63 • .44 0,77 0,69 0.51 0,46 0.18 0.54 0.65 0,54 O.SG 0,41 0.56 0,46 0,59 0,35 0,50 0.33 0,69 0.34 0.50 0.53 0,29 0.47 0.39 0.42 • .?• 0.60 0.59 • ,35 0.79 • .75 0,80 • ,75 0.66 0.59 0,48 • .52 D.37 0,72 0,58 • ,74 0.63 0.53 0.77 D.61 0.67 0.52 BB • .73 • .76 • .53 Q 76 0,64 0.66 0,82 0,72 • ^ 2 • ,86 • ,79 0,79 0.61 7B • .84 • .74 0.37 0,83 0,72 0.7B 0.85 0.65 • .59 • .77 • .81 • ,60 • .44 0,79 BB 0,46 • .53 0.37 • SO 0 J9 0.40 0.64 0.66 0.B3 O f i S 0.56 0.62 0.77 1,00 0.61 • .63 • ,54 O.SO 1 , • • • ,63 0,79 • .60 • ,62 • ,60 • ,52 0.42 7E 0.63 0,43 0.63 • .66 0.38 0.49 2D 0.67 0.48 0,39 0.77 io • ,43 0.57 0.37 o,eo D 5C 0,56 0.57 0,53 0.31 o,54 0,81 4C 3C 63 0,57 0.65 0.67 0,36 0.50 • .85 • ,B4 0,57 0,52 0,86 0 . 7 7 0.79 Ü ,36 .76 • ,40 0.59 0.62 0.67 0.62 0,59 • 46 0.54 a.37 0,72 • ,65 0,66 • 56 4B 5B .84 0,46 0.76 0.83 0 £ 0 • ,76 • ,63 • ,66 • .42 0.82 • .78 0.66 • • ,65 • ,40 • .39 • ,53 • .37 0,79 0.56 0,46 C O R R E U A Ç A O 1 F s rm a r i \ <a C r o n b a C h - l i d a d e u s an d o 1C 2C C 0,29 7B 6B 1 .00 0.79 0,81 0.39 O.S5 • ,57 0,60 a.5o 0,87 0.56 • .65 D,56 0.71 • ,59 0,65 0.70 1 .oo 0.54 • 0.38 0.35 • ,55 • 71 • .61 0,77 0.63 0.34 0.83 0.41 0.38 0.58 • .45 • ,56 0.67 0.71 0.46 • ,43 0.74 0,44 0,54 0.54 0.72 0,57 0.58 • ,18 0,62 0.64 0,68 0.55 • .36 0,60 0,33 0.43 0.60 0.50 0.45 0.41 0.14 0.71 0.35 0,63 0.46 0.33 0,57 0,59 0,43 0,53 1£>0 .58 0.64 0,22 0,49 0,43 9B 0,36 0,51 .62 0.34 0.59 0.57 O.SO 0JS6 0.62 0,49 0,66 0,69 o.ei 0,7^ 0,58 0,72 1.00 0,52 0.40 • ,23 • ,B6 0,59 • .60 0.5B • .31 0,35 • .51 0.47 0.45 0.60 0.23 0.40 • ,56 0.39 0.73 • .48 0,37 0,76 0.49 • ,57 0,49 10B 0.29 0,54 0.18 • 4 1 0,26 0.49 0.54 0.46 0,51 0.49 0,36 0,49 0.51 0.60 0.38 0.57 0.62 1,00 0.31 -0.02 0.75 0,56 0.65 0.27 0.29 0.77 0 J 3 0.57 0,57 0.54 0.54 0,43 0,21 0,57 0,38 0.38 0.55 0.29 0.28 0.51 0.23 0,64 C Ü.30 • .33 • .29 • ,48 • .44 0,40 0.33 0.64 0.75 0.46 0.42 0.47 0.46 0.59 0.35 o.se 0.40 0.31 1.00 0,27 0.42 0,37 0.36 0,32 0,47 0,29 0.52 0.48 • .58 0.28 0.48 0.12 • ,40 0.16 D,53 D.64 • ,15 0.35 0 . 3 7 0.27 0,55 • ,42 0.26 0.52 0,55 0,1S • .23 -0.02 • .27 1 • .25 • .41 Q.30 0.55 0.50 -O.06 0,34 0.3O -O,03 0,49 0,52 0,23 0,44 0,44 0.1Q 0.45 0.5Ü 0.4^ • .71 • ,62 0.66 • ,76 0.42 o.2e ,oo 0,74 IX» 0,82 0,68 0,54 0,58 0.55 0.62 0.83 • .71 0.42 0.55 0.49 • ,60 0,56 0,71 0.69 0.3O • .66 0.67 • ,45 0,82 0.08 • 1C 0,51 0.49 0.55 0.40 0.34 0,34 0.44 • ,53 0,42 0.18 2C • ,B3 0,67 0,33 • .63 0.66 0.82 • .78 D.63 0,67 0.82 0.61 3C 0,57 0.69 0,58 4C 0.70 5C • O.eo .63 0.65 0.53 • .56 0.35 0.41 0.74 0.74 0,67 0,51 0.56 0,50 0,70 0.70 0,23 0,49 0,45 0.70 0,55 0,61 0.43 0.51 0.62 • .65 0.37 0,30 0,82 0.74 líXJ 0.63 0.48 0,57 0,39 0,47 o.e^ • ,42 0,45 0.4 1 0,20 0.55 0.57 0,62 0.50 0.38 0,60 0.63 0,55 0,69 0.63 • .27 0.36 0.63 1.00 0 70 0,41 0,80 0,36 D,65 • .B4 • ,24 • .39 0,63 0.46 0.63 0.73 0.58 • .56 0.80 • 76 • ,78 0.70 0.72 0.39 0.86 0.64 0.35 0.68 0,60 0.23 0,44 OJÔA 0,54 0.33 0,52 0,59 0.58 0,56 0,55 0.49 0.55 0,43 0,48 OJEO Of39 0.51 0.36 0,44 0.65 0.38 0.25 • • ,60 0.43 0,57 0,59 0,31 0,31 0.70 0.52 0.42 0.37 0,45 0,54 0.51 0.44 0.65 0 5 3 0.62 0.58 0,16 0,39 0,69 • .75 0.55 0,77 • .74 0,77 0.72 0.65 0,74 0.7a • .60 a.eo 0.79 • .69 0.83 • ,72 0.66 • .59 0.62 • 0.69 0.61 0,47 .65 • 0.54 • D • 74 • .67 • ,71 0,52 • ,77 0.60 0.67 0.54 0.41 0,22 0,48 0.29 0 , 3 5 0.26 0.40 0,36 0.59 0,66 0,50 0,43 0.4O 2D 0.57 0.61 0.51 0.70 • 55 • ,SO 0.5O 0,43 0.64 0,52 0,73 0.41 • .53 Q,60 0,55 0.36 0.31 0.29 0.32 0,53 • 54 0.67 0.48 0.78 1,00 • .77 • .47 • ,•9 0.58 0.51 • .57 0.41 • ,20 1 .OO O ^ 0.49 0.23 0.29 0,50 0.55 0.56 0.39 0.80 0.75 0 J 5 0.47 0.36 0.35 0,38 0.43 1.00 0.56 0.63 0,41 0,26 0.40 0,57 0.65 0.68 • ,49 0.57 0.66 1 ,00 0,69 0,32 ojse 0.36 0,67 0.59 • ,64 0.63 0,1 1 0.31 0.62 0.60 • ,47 0.66 0,59 0.53 0,59 1.00 0,29 0.62 0fi3 0,42 0,53 0.66 0,71 0,33 0,52 0,58 • ,40 0,74 .23 0,43 0.31 0.41 0,32 0,29 IflO 0.22 0,20 0,28 0.38 0.48 0.47 0.52 0.47 0.15 • ,56 0.24 0,22 1XJ0 0,48 0,43 0,46 0.46 0,58 0,38 0.37 0.22 0,17 0.43 • ,2B 0,45 • .51 0.55 • .45 0.59 0.34 0,47 0.44 0.27 0.36 0,35 0.20 0.37 0,48 0,28 0,60 ^JX 0.71 0,41 0.57 0.59 0,49 O.S4 0.37 0,47 0.84 0,54 0.50 0,33 0.41 0,20 0.75 1.00 0,40 0,37 0.53 0,51 0,40 0,24 0.47 • ,56 0,50 0.34 0.43 0.51 0.57 • .52 -0,06 0.62 O.SO • .68 • ,82 Q.73 0,70 0,84 0,74 0,56 0.46 0,87 • 83 0,6O 0.47 0.57 0.48 0,34 0.83 • .70 • .80 0.69 0.57 0,58 0,56 0.52 • ,61 0,38 0,57 0,41 Q.54 0,58 0,30 0,71 D.70 0 . 3 5 0,12 0,37 0.2a 0.4S • .35 • .57 0.36 0,23 • .51 • .35 0,48 • .38 • ,45 • ,50 0.54 0.28 -0.03 0.42 • .23 • .45 0.24 • 0.59 0,50 0.54 0.46 0.47 • ,45 0 , 5 3 • .43 0,50 0.43 0.48 0.49 0.55 0.49 0.41 0,39 0,44 0.48 0.31 0.26 0,56 0,62 0,62 0.51 0,49 0,22 0,17 0,41 0,26 0,57 0,33 0.37 0.45 0,14 0.21 0.12 • ,52 • 49 0 . 4 5 0,2D 0,63 • ,60 0J39 0.70 0,40 0,36 0,B3 • ,40 0.35 0,56 0.45 0.67 0.56 0,49 0,63 0,69 0.72 0.55 0.71 0.55 0.57 0.40 0,23 0.6O 0.70 0.65 0.46 0.51 0,44 0.52 0,57 0,67 D,42 0,74 0,62 0,71 0.58 0.47 • ,29 0,72 • .71 • ,43 0,34 0.58 • .67 0,35 0 , 3 9 0.38 O.IB 0.44 0.56 0.55 • .57 0.63 • ,B4 0.37 0.45 0,16 0,59 0.74 0.71 0,63 0 , 7 3 0.38 0.53 0,44 • .71 0.61 0.62 0.73 0.54 0,42 0.54 0,39 0.64 o.ai • .46 Ü.44 0.39 G,76 BD G.32 7D 0,49 0,41 BD • 44 • .29 • 9D 0.50 0.72 0.49 0,57 D.69 0.28 0,45 . • 7 • .24 0,47 0.4S 0,59 0.59 • .72 • .22 • ,60 0,35 0.80 • ,35 D.43 0.22 4D 0.66 • ,55 0.57 • .77 0.49 0,68 0 . 7 4 • ,40 3D E .75 • .61 • .64 0.69 a.ao .56 o . 7 5 1D SD • .38 • ,16 • .55 • 58 0.62 0.51 0.27 0,O9 • ,68 0.60 0.55 n,so • .51 0.71 0.53 0,77 0.64 0,57 0,42 JXI 1 0,74 0,48 0.74 • ,B5 0,74 0,35 • .54 0.79 o;36 0,41 • .50 0,45 0.52 • .58 0.41 0 ^ 3 0.40 0,42 0,64 0,60 0,55 0.48 1OT 0,29 0,43 0,26 0,53 0,38 0,46 • .45 1 ,00 0,27 • ,66 0,48 0,46 0.51 0.36 0.71 1.00 0.66 o;20 0.37 ,55 0.33 0.33 • .36 0,70 O.BB 1E 0.65 O ^ 0.22 0 , 7 4 0,67 0.76 0.69 • .65 0.64 0.82 • .66 • .60 • .50 2E 0,4D • ,43 0.13 • .37 • ,66 0.59 0,43 0,68 0,61 0,59 0.46 0.53 0 , 5 3 0.63 0.46 0,46 0.48 0.55 0.64 • ,18 0.69 0.43 0.50 0.58 • .33 0,65 0.51 0,69 0,63 0.71 0,47 0,58 0,55 0,3S 0,41 0,66 1 .OO 0.32 0,51 0,40 • .52 0,69 3E o . * e • ,44 0,42 0.46 0,33 0 . 3 7 0,66 0.15 • 0.30 0.51 0.38 • .56 0.52 • .38 0,44 0.1 1 • ,31 0.33 O.S2 0,38 0,45 0.20 0.57 0,47 0.32 1 .OO • ,28 • .35 0.50 0.66 0.62 0.60 0,80 0.59 0 J 5 0,65 0,37 0,62 0.52 • ,47 0.37 0,59 0.37 0,S9 0,84 0,51 0.65 1 .00 0,53 0.49 • .51 0,37 0.40 0.67 0,77 0.63 0.76 0.58 0.56 0 , 5 3 0,33 0.60 0.58 0.15 0.22 0.34 0.48 0.49 0,54 0.40 0.43 0,53 1 0,42 0,65 0,54 0,43 0.57 0.23 0.27 0.38 0,45 0.49 0.55 0.78 0.56 0.33 0,62 0,36 0.47 0.40 0.56 0.17 0.47 0,28 0.54 0,68 0,52 0.70 0,61 0,48 • .59 0.70 0.43 • .53 • • ,64 0,55 0,16 0.82 0,72 0.69 0.70 0.55 0.6O 0,70 0.66 0.74 0.24 • ,43 • .44 0,60 • .37 • .5a • .69 • .27 0,44 0.72 0.44 0.46 0,50 0.37 0.33 0.41 0,58 0.63 0.29 0.53 0.43 • 72 Ü.56 • .30 • .B2 0£5 0.73 0.73 0.56 0,56 0 , 7 4 0,72 0.67 D,47 0.44 O.se 0 . 5 3 0.37 0.56 • ,69 0,48 0,64 0,76 0,49 0,56 0.39 0,71 SE 0.63 0.51 0.59 0.6O • ,51 0.56 0,48 0,57 0,65 0,65 7E • .43 • ,62 • .54 • 46 Q.55 0,63 0.55 0.55 • .65 0.70 0.47 0,56 Soma Motriz A • .60 0.38 0,47 Soma 7,00 0,77 0 . 7 4 0,57 0.4^ 0,59 .49 .46 0,58 O cálculo d a estimativa A l f a de C r o n l > a c h e feito c o m b a s e n a s t a b e l a s d e c o r r e l a ç ã o , feitas entre a s r e s p o s t a s d e u m a q u e s t ã o c o m p a r a t i v a m e n t e a outras, dentro d e u m n t e s m o g r u p o e e d a d o por: 0.8 Rxx= 8,00 30.67 .ao Rxx 0.9 1S.27 0,49 0.70 0,27 0.29 0,76 • .33 aE 5E k = n u m e r o d e itens d e n t r o d e u m a d e t e r m i n d a d i m e n s ã o agrupo) Xii e Xij ~ e l e m e n t o s d a matriz d e correlação o.ai 0,48 0.44 0,72 1 .00 0,44 IflO 98 T A B E L A 7 - Matriz correlação - a p ó s revisão d o s atributos MATRIZ DE C O R R E L A Ç Ã O Atributo A IA 2A 3A 4A A IA 2A 3A 4A 5A 6A S IB 28 3B 4B SA 6A 031 2B 0.73 • .BI 73 BB 9B 10B 2C 3C 4C 50 D 1D 20 3D 0 5 1 • 80 0.72 0.60 0,65 0,79 0,54 0.60 0,40 0.56 0.31 0.64 0.39 0,46 0.73 0.76 0,53 0.76 D,B4 • .74 0,46 0,53 0,36 0,51 0,29 0,54 0.37 0.37 0,69 0.62 0,53 037 0,64 0,83 0.72 0,72 0.65 0 3 6 032 0.51 0,49 0,36 0,49 0,51 0 3 0 0,38 0 3 7 0,76 0.46 0.42 0.47 0.4B 0.59 0.36 • ,58 0.34 0,44 0,53 0,42 0,18 0.35 0,55 0,18 0 51 0.63 0,67 0.33 0,63 0.66 0,82 0.78 0.63 0 6 7 0.82 0 6 1 0.53 0.54 0.79 • 71 0 3 2 D,57 0.69 0.58 0,64 0.55 0,62 0.75 0,55 0 6 5 • .74 0,59 0.62 0,65 0.76 0 3 1 0.64 0,70 0,80 0.48 0.74 0.51 0,77 0.7* 0,70 0.74 0.79 0,77 0.47 0.54 0,80 0,77 0.68 0 63 0.65 0.57 0.50 0.69 0.72 0.65 o&a 0.60 0,83 0.72 0.66 0.56 0,75 0,63 0.55 0.74 0,67 0.71 O.G-2 0.77 0.60 0 6 7 0.54 0.41 0.63 0 3 1 0.72 0.39 • ,B6 0.64 0.36 o;22 0.48 0.29 0.35 0.26 0.40 0.36 0.59 0 3 6 0.50 0.43 0.40 0.55 0,57 0.22 0.50 • ,30 9D 0,32 0,35 0.12 • .37 0.57 0,49 0,41 4E 5E BE 0.46 • ,44 0,42 0.46 7E 0,72 0,56 0.30 0.62 Soma Soma Xii Xii 7.00 26.13 Matriz A 11.00 69.33 Matriz B 6.05 0.43 0.64 0.52 0.73 0.41 0 3 0 0.53 0.51 0.40 Q.24 0.47 0.56 0,50 0,73 0.70 0.84 0.74 0.56 0.46 0.87 0.65 0.52 0 3 1 0.38 0.57 0,59 0,59 0.60 0.28 0,45 0.35 0.67 0.36 0.23 • .46 0.54 0.46 0.*7 0,45 • .63 0.49 0.22 0.17 0,41 0.26 0.56 0.45 • .67 0,56 0,49 0.58 • .47 • ^ D.72 0,71 0.69 0,65 • .64 0,62 0,66 0.26 0,45 0.59 0,50 0,44 0,29 0.07 0.24 0.62 0.51 0.50 0,72 0.49 • .67 0.4O 0.35 0,65 0,69 0.47 • 74 0,62 0.71 0.65 0,56 0.22 0.74 0.67 0.76 0,40 0,43 0.13 0.37 0.66 0,59 1E 2E 3E 031 037 • .BO 0,29 OPB 0.62 0.34 0.18 0.41 0.26 0,49 0.54 0,46 0,33 0.29 Q,4B 0.44 0,40 0.33 0.64 0,42 o;26 0,52 0.49 0,56 0.48 0.34 7D 8D E 96 10B 20 050 • .26 • .49 0,54 30 - Após 4C 5C Rxx 0.9 1.0 0.7 9.00 4,00 22.26 0.8 8.00 28.77 0.9 0.50 0.74 0,71 ID 2D E 3D 4D 5D 7D 80 9D 0,63 0,74 0,22 0,57 0,35 0 3 1 0,46 0,32 0,49 0.55 0 3 7 • .48 0 3 1 0.43 0,76 • 44 0.35 0.41 0.57 0.71 0.29 • 31 0,22 0 3 1 0,39 0,12 0,28 0.60 0.62 0.35 0.42 0,27 0,71 0.40 0,37 0.45 lE 2E 3E 4E 5E 6E 0.48 0,64 0.34 0 3 3 • 31 0,76 0.34 0 3 7 0.55 0.70 0.60 0.64 0.59 0.50 0.53 0.73 0.55 0.57 0,66 0.74 0.60 0.41 C.66 0.43 0 3 1 0.70 0.52 0.36 0.44 0,82 0.74 0.79 0.83 0.69 0.50 • 34 0.40 0.84 • 31 0.23 0.53 0 3 1 0,59 0.77 0,72 • 31 0.43 0.52 0.24 0.74 0.38 0.46 0 4 2 0,53 • .62 0,47 0,66 0.72 0,40 0.73 0.47 0.56 0,57 0 3 1 0.18 0,54 • .55 0,54 0,56 0.39 0.55 0 4 1 0,56 0.46 0.69 0,35 • .35 0,79 0.75 0,80 0.75 0.66 0,57 0.60 0.50 • 37 0.59 0.48 0.55 0,71 • 31 0.77 0.63 0.64 0,22 0.49 0.34 0,83 0.41 0.36 0 52 1.00 0,31 -0,02 0,75 • ,56 0 40 • .31 130 0.27 0.42 0,35 0 23 0,02 0.27 130 0.25 0,41 0 66 0.75 130 025 1 3 0 0,74 0.50 0.65 0,65 0.40 0,46 0,72 0.29 0,72 0,69 0,58 0 43 • ,44 0.56 • ,07 0,49 0,47 0,22 0.13 0.42 0.30 • ,46 • .22 0,47 • .17 0,45 0,47 0,65 0.68 0.37 0 3 7 0,29 0.64 0 3 1 0.33 0,45 • 41 0.56 0,72 0 3 2 0,59 0 4 1 0,53 • ,26 0.49 0.71 0,66 0,46 • .58 0.43 • .67 0.63 0.43 • 3 0 0.53 0,63 0.50 • .33 0.59 0.34 0,50 0.53 • .29 0.52 • .37 0.72 0,58 0.74 0.58 0.45 0.55 0.67 0.71 0,68 0.55 0.36 0,60 0.33 0.43 • .BQ 0.60 0.45 0 4 1 • .14 0.71 0.35 0 3 3 0.60 0.56 0,31 0,35 0,41 0 31 • ,47 0,45 0,50 0.23 0,40 0.55 0.39 0.73 0,65 0,27 0,29 0 / 7 0.23 0,57 • .57 0,54 • ,54 0,43 0,21 • .57 0.38 0.38 0.37 0.36 0,32 0 4 7 0,29 0.52 • .48 0,58 • ,28 0.48 0.12 • .40 0.16 0.63 0,30 0,55 0 3 3 0,09 0.50 -036 0,34 0.30 -0,03 0,49 0,52 0,23 0.44 0,44 0,82 0.68 0,54 0,58 0.55 0 3 2 • .83 0 / 1 • ,42 0.55 0.49 0.60 0.56 0.71 • 74 0.74 0.67 • 51 0,56 D,50 • ,70 0.70 0,23 0.49 0,45 0.70 0,55 0,61 1 3 0 0.63 0.48 0.57 • 3 9 0,47 OfiO 0.42 • .45 0 4 1 0.20 0.65 0,57 0,52 0 59 0.56 0,36 130 0.74 1.00 0 60 • ,65 0.37 0.30 1 ,00 0,74 0 58 • .27 0,36 0,55 0.68 1,00 0 3 3 1.00 0.70 0.41 • 3 0 0 3 6 • 3 5 0 3 4 0.24 0,39 • .63 • 31 • .29 0.32 0.63 0,64 0.B7 130 0.70 1 3 0 030 0.75 • 3 6 0 3 8 • 3 0 0.23 • .44 • .50 0 35 0.77 0,47 0 3 9 0.58 0 3 1 0.57 1.00 0,20 130 0,25 0 3 8 0.49 0.55 • .43 0.48 • .09 0.80 130 0,25 0.36 0 3 5 130 0,43 130 0,43 130 030 035 • 31 0,38 0,56 0,52 0,38 • ,44 0,11 0,62 0,60 0,60 0,59 0.25 0.65 0,37 0,63 • ,53 0.46 • ,43 0.62 0,65 0.73 0,73 0.56 0,58 0.74 0.72 0.67 04' 0.77 0.74 0.46 • ,33 0.57 0.46 0.37 0.76 0.66 0,29 • .28 0.64 0,15 0.36 0.18 0,45 0.50 0,69 0.3O 0 6 5 0.43 • 31 0,62 0.50 0,38 0,60 0,46 0.63 0,73 0.58 0.56 0,80 0,51 • 64 0,54 0.33 0.52 0.59 0.44 0.37 0.42 0,65 0.38 0.25 0 3 7 0 3 9 0 3 1 • 31 0.70 • .52 0.46 0.54 0 3 1 0.44 0 3 5 0 3 6 • 3 3 0.41 • .26 0,40 • 37 0.16 0 3 9 0,69 0.11 0 3 7 1 3 0 • 3 9 0.32 0 3 6 • .36 0 3 7 0.59 0,64 0,63 0 3 1 0.62 0 3 9 1 3 0 0.29 0 3 2 • .63 0.42 0.53 0,66 0,71 • ,33 0.52 0 3 2 0,29 1,00 0,22 • ,20 0,28 0.38 0,46 0,47 0,52 • .47 1,00 0.62 • ,22 1 3 0 • .46 0,43 0.46 0,46 0 3 a D3B 0 3 7 0.65 0,68 0.49 1 3 0 0 3 6 0,64 0,60 0.55 0.59 130 0,50 0.54 0.28 •0.03 0.42 0.23 0,45 0.24 0.23 0,43 0 3 1 0,41 0.23 0.43 0.48 • .49 0,55 • .49 0 4 1 0,39 0,44 0.48 0 3 1 0,26 0,40 0.21 0.12 • .52 0,49 0.45 0,20 0,63 0,50 0,09 0.70 0.40 0.36 1.00 • ,20 0,55 0.57 0.40 0.23 a.Bo • .70 0,66 0,46 0,61 0,44 0.52 0,57 • 37 0.42 1.00 0,J9 0.38 0.16 0.44 • ,56 • .56 0,57 0,63 0.64 0,37 n.45 • .16 • .59 0,53 0.38 0,73 0.38 0 3 3 0.44 0 7 1 • 31 0,62 0,73 0,54 0,42 • .54 0,39 • .64 0,66 0,49 0,48 0.56 0,64 • ,18 0,69 • . « 0,50 0,58 0,33 0,65 • 31 0.69 • ,B3 0.71 0,47 033 0,53 0 3 3 0,46 0.46 0.29 0 3 3 0.43 0.33 0.37 0.29 0,15 • .45 0,47 0.77 0,74 0.57 0.76 0.28 0,35 • ,50 7E 0,44 0.24 0.57 0.74 0.74 0.37 • .46 0.44 0.49 0.66 0,55 0 3 1 0.69 0.77 0.26 0.70 0,53 0 3 0 0,69 0.29 0,59 0,62 0,40 0,62 0.67 0,66 • .33 0,40 • 35 0.82 0.62 0.77 0.72 0.60 0.4O 0,55 0.4O 0,68 0.57 0.46 • 5 0 0 3 1 0 3 5 0.71 • .76 0,69 0.46 0.33 0.48 0.78 0,75 0.74 0,65 0 3 7 0.36 0.50 0.37 0,82 0,58 0.35 0.54 0,49 0,56 0,58 0 , ^ 0.43 0.S0 0,49 0.33 0 41 0 J 3 0.29 0.50 0.55 0.56 0 3 9 0.34 0.43 0 5 1 0.57 0.52 •0,06 0,62 0.50 0.47 0.93 0.50 0 47 0.57 0,48 0.34 0,83 0.70 0 3 0 0.41 0.50 0,45 0.54 0.56 0.30 0,71 0.70 0,42 0 5 1 0.35 0.48 0,38 0.45 0.43 0.50 0 6 2 0,58 0.41 0,57 0.33 0 3 7 0,45 0,14 0.63 0.69 0.72 0.55 0,71 0.43 0.34 • 5 8 0,67 0.35 0,60 0.43 0,68 • 31 0.59 0,46 0.53 • .33 0.46 0,50 0,37 • .33 0,41 0,58 0,63 0.65 0.73 0,73 0.56 • .58 0,74 0,72 0 3 7 Revisão D 0 31 0,63 0,57 0,70 0,42 0.67 0.69 o.eo • .2G 0.33 0,58 0.48 • .52 0 3 3 0,64 0.74 0.59 0.83 0 6 6 0.77 0.76 0.66 0.71 1 3 0 0.76 0,60 0.52 0,B6 0.77 • 3 5 0 62 0.49 0,46 0,49 0.75 0.63 0.70 • .59 0,76 1,00 0,52 0,79 0 3 1 0.58 0 49 0.36 0,42 0,48 0.66 0 6 0 0.62 0 3 0 0.62 130 0,63 0,79 0.B0 0.62 0 6 5 0.49 0 4 7 0.38 0.42 OJBI 0.67 0,52 0.49 0 3 3 1.00 0 3 1 0.44 0.77 0,69 0 3 1 0.46 0,66 0.92 0.72 0 3 2 0.86 0.79 0,79 0 3 1 1 3 0 0.79 • 31 0,70 0 3 0 0,59 Q.7S 0.85 0j65 a.sa 0,77 0 3 1 0 6 0 0.44 0.79 1.00 0.54 • 58 0.38 0.35 0,4O 0.64 0.66 • ,83 0,65 0.58 0,B2 0,77 0 3 1 0 3 4 l,0O 0 72 0.57 0.58 0.18 0,62 • .64 0,59 0.57 0,50 0 3 5 0,62 0,49 0 3 5 0,69 0.70 0.58 0.72 1.00 0.52 0,40 0.23 0,66 • .59 0.61 0.51 0.42 0.70 0.55 0.50 0.35 0,43 0.22 0.27 0.53 0.40 0 3 7 0.81 0,76 0.51 0.71 0.80 0.68 0.82 0,46 0,44 0.39 0.40 0.69 0.57 0.58 4D 5D 8B 0,64 0.48 0,69 0,62 0.53 0.37 0 3 4 0.72 0.29 0 3 4 1.0G ojaR 0.67 • .5B 0.77 0,76 0.48 0.38 0 3 6 0.76 0.40 0 6 9 0.66 1.00 0,56 0.64 0.76 0,63 0,66 0,42 0,82 0,85 0.54 0 5 7 0.62 0 3 7 • 70 0.S3 0.56 0.58 0,42 • 61 0.64 0,67 0.58 IflO 0.78 0 3 6 0.70 0 3 0 0.54 0,58 0,37 • 65 0,48 • 56 0.64 0.78 ^pa 0,71 0.59 0 3 2 6B 7a 0.71 6 IB 5B 6B 1J30 0.70 0,49 0.66 0.80 0.65 0.81 0,56 0,54 0.73 0,72 0,54 0 3 1 0.73 0.84 0,46 0,36 • .29 • ,30 0.70 1.00 0 B 7 0,82 0,57 0,66 0 £ 2 0.5S 0,58 0 3 1 0,80 0.60 0,54 0.76 0.74 0.53 0 51 0.54 0,33 0.49 Q.B7 1,00 0,51 0,43 0,34 0.37 0,42 • 37 0,51 0,65 0.40 0,39 0,53 0.37 0.37 o o e 0.18 0,29 0.66 0.82 0 Í 1 1.00 0.54 0,73 0.70 0.61 0.65 0,80 0,79 0.56 0.46 0.76 0.83 0 3 0 0 62 0.*1 0,48 QffJ 0,S7 0.43 0,54 i x n O.BS O.BB 0 3 4 0.73 0.71 3B 4B 5B 0.48 1.00 0 J 6 0.45 0 3 1 0,43 0,26 1,00 0,27 • 3 6 1 JDO 0,45 0.27 1,00 0.71 • .46 1.00 • .36 0 7 1 1 3 0 D.58 Q.S6 130 0.41 0.66 0,55 0.45 0,59 0 3 6 0,20 0 3 7 0.41 0 3 7 0.59 • 36 0.47 0.B4 130 0,32 031 • 31 0,33 0,52 0.38 0,45 • ,20 1.00 0.47 0 3 2 1 3 0 0.65 0,62 0,52 0.47 • .37 D.59 0,37 0,59 1 3 0 0 3 1 0 3 S 130 99 T A B E L A 8 - Indice r e s u m o Í N D I C E R E S U M O - A P Ó S REVISÃO Aiributo A IA 2A 3A 4A 5A 6A B IB 2B 3B 4B 5B 6B 7B 8B 9B 10B Pergunta 39 14 11 B 17 41 40 9 2 32 42 10 3 4 16 6 7 21 Valor Funcionírio Fl F2 F3 1 2 2 2 2 4 3 2 4 2 3 3 3 4 3 2 2 2 3 Ijderança 2 1 2 3 2 2 2 4 1 1 3 2 3 3 3 2 2 2 1 3 2 2 2 2 1 1 2 4 3 3 2 4 1 2 3 3 2 2 1 3 2 2 1 2 3 3 2 2 4 2 2 3 2 2 2 4 2 3 4 2 2 3 2 2 1 1 1 2 3 3 1 2 4 1 Atributo IA 2A 3A 4A 5A 6A Desvio-padrão Média Mediana Moda 0,83 2,21 2,00 2flO 0,88 2,54 2.00 2.00 0.94 2,26 2,00 2,00 0,90 2,26 2,00 2,00 0,82 2,33 2fl0 2,00 0,83 2,21 2,00 2,00 F4 F5 F6 F7 FB F9 FIO Fll F12 F13 F14 F15 F16 F17 F18 F19 F20 F21 F22 F23 F24 2 1 2 2 2 1 2 1 1 1 4 3 2 2 4 1 â 5 S> 2 3 2 2 2 4 3 2 3 2 2 3 1 2 1 4 3 2 2 4 2 3 2 2 2 2 1 1 2 3 3 3 2 4 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3 2 2 3 2 1 3 1 1 2 3 3 2 2 4 2 3 3 3 3 2 2 2 3 2 2 3 2 2 2 1 1 1 t 1 3 2 2 3 4 11 O -S 0,95 2,04 2,00 2,00 0,88 2.x 2,00 2,00 1 3 2 3 2 4 3 2 4 2 3 3 1 2 2 1 1 2 3 3 2 3 4 1 3 3 3 2 2 4 2 2 3 2 2 3 1 2 2 1 1 2 4 3 2 3 4 1 2 3 2 3 2 3 3 4 2 2 2 3 2 2 2 1 1 2 2 2 3 3 4 1 2 4 2 2 2 2 2 3 2 2 3 4 1 2 2 2 2 1 2 2 2 3 4 1 2 3 2 3 2 3 3 3 3 2 2 3 1 1 2 1 1 2 3 3 2 3 4 1 1 3 3 2 2 4 2 3 3 2 2 3 2 1 2 1 1 2 4 3 2 2 4 IB 28 3B 4B 5B 0,92 2,17 2,00 2.00 0,97 2,38 2,00 3,00 0.92 2,38 2,00 2,00 0 ^ 2,33 2,00 2í)0 0,85 2,25 2 4 2 3 2 2 3 2 3 2 2 3 2 1 2 1 1 1 2 3 1 3 4 t 2fß 2,00 0,79 2 ^ 2,00 2,00 2 3 1 3 1 4 4 1 2 4 2 2 2 3 2 4 4 3 3 3 2 1 2 2 2 2 2 3 3 4 4 t 2 3 2 2 2 1 4 3 4 3 2 3 1 2 2 2 2 2 3 2 3 2 4 1 6B 7B 8B 9B 108 0,86 2,29 2,00 3,00 0,95 2,29 2,00 2,00 0,98 0,93 2,58 2,00 2,00 0.88 2,38 2,00 2,00 Todos os Atributos Todos os Atnbutos Desvio-padrâo Média Mediana Moda 2C 20 0.90 2.33 2,00 2,00 2 2 2 3 3 2 4 1 1 2 1 2 1 2^1 2,00 2,00 4C 50 3C 5 33 29 Responsabilidade 1 3 2 1 1 2 3 2 2 3 3 3 3 3 2 3 3 1 2 3 2 1 2 2 3 2 2 4 1 2 3 3 2 2 3 3 2 4 2 2 3 t 1 2 2 1 1 3 3 2 2 4 1 2 3 2 3 2 4 2 2 3 1 3 3 1 2 3 1 1 2 2 3 3 3 4 1 a) 3C 4C 5C -o 0,77 2,38 2fl0 2.00 0.90 2,25 2,00 2,X 0.92 2,33 2,00 3,00 2 2 2 3 2 4 2 3 3 1 1 2 1 1 2 3 3 3 2 4 1 a.-5 3 (? " 01 5 Todos os Atnbutos Q: 0,93 2,21 2pO 2,00 0.85 2.32 2.00 2,DO D 1D 2D 3D 4D 5D 7D 80 90 E lE 2E 3E 4E 5Ë 6E 7E 12 13 25 22 23 18 28 26 15 19 35 24 38 37 31 34 30 2 3 3 2 3 2 4 2 3 3 1 2 2 2 2 3 2 1 1 3 3 4 4 4 t 2 3 2 3 2 2 3 2 3 2 3 3 t 2 2 2 1 2 2 3 3 2 4 2 Integração 2 2 2 3 3 4 3 3 2 2 3 3 2 3 2 1 1 2 3 3 3 2 4 t o o t> L L Aprendizagem 1 1 3 1 2 3 1 2 2 2 2 2 2 1 1 1 2 1 1 2 2 3 2 4 2 1 3 2 3 3 3 3 2 3 2 2 3 1 1 2 t 1 2 4 3 2 2 4 1 t 2 t 2 2 1 2 2 2 1 3 2 t 2 2 1 1 2 2 2 2 2 4 t 2 4 3 2 2 2 3 3 2 2 3 3 2 3 3 1 2 3 4 3 2 2 4 2 1 3 2 2 2 3 2 3 2 1 3 2 2 2 3 1 2 3 2 2 4 2 4 2 2 4 2 2 3 3 4 3 2 2 2 4 t 1 1 2 2 2 2 3 2 2 4 1 2D 3D 40 5D 7D 8D 90 0,93 2,42 2,00 2,00 0,80 1,88 2,00 2flO 0,94 2,25 2,00 0,72 1,79 2.00 2,00 0,76 2,56 2,50 2,00 0.81 2.29 2.00 2,00 0.96 2,33 2,00 2,00 3 4 2 3 2 1 4 2 4 2 2 3 1 3 3 2 2 2 3 2 2 3 4 1 2 3 2 3 3 4 3 2 2 1 3 3 2 2 2 ID 0,93 2,60 2,00 2,00 1 1 3 2 2 4 3 4 3ír 2 2 2 2 2 4 2 3 4 1 3 2 1 3 2 1 2 2 4 2 2 2 4 1 0,99 226 2,00 2,00 2 2 1 1 3 3 2 4 4 1 a -6 1 4 2 3 2 1 2 2 3 1 2 2 t 2 2 t 1 2 3 2 3 3 4 2 4 3 2 2 2 4 3 4 3 2 2 2 2 3 4 t 1 2 3 2 3 3 4 2 2 3 2 2 2 4 2 3 3 2 3 2 2 1 3 1 1 2 3 3 3 4 4 1 1 3 2 3 3 2 4 2 Î 2 3 1 1 2 1 3 2 2 4 1 lE 2E 3E 4E 5E BE 7E 0,92 2,63 2,50 200 0,93 2,42 2,00 2,00 0.92 2.00 2.00 0,90 2.13 2P0 2.00 0,98 2.60 2,50 0,70 2,33 2,00 2,00 1 0,95 o m a. M 2,29 Todos os Atributos 0,83 2,46 2,50 3,00 1 3 2 2 2 3 2 3 4 1 3 2,17 2,00 2fl0 Todos os Atnbutos 0,95 2,29 2,00 2,00 0.90 2.35 2.00 2.00 3fl0 100 D) A d e r ê n c i a d o s g r u p o s a o a t e n d i m e n t o g e r a i à c u l t u r a d e s e g u r a n ç a A contribuição de c a d a grupo à percepção geral de atendimento à cultura de s e g u r a n ç a foi realizada utilizando o m e s m o método proposto para análise das correlações atributo-total (Hayes, 1995, p. 89). No caso, foram apresentadas as correlações de c a d a grupo c o m referência à s o m a total dos pontos dos demais grupos. Os resultados indicam, na TAB. 9, u m a b o a correlação entre o atendimento geral aos grupos: Valor (0,65), Liderança (0,84), Responsabilidade (0,53), Integração (0,87) e A p r e n d i z a g e m (0,77). C o m o proposto por Hayes, o grau de aderência à cultura de segurança será melhor percebido, pelos funcionários, se houver u m a maior atuação nos grupos c o m mais alta correlação. E m função deste fato, é recomendável investir na melhoria d o G r u p o Integração, que apresenta u m alto grau de correlação c o m o atendimento geral à cultura de s e g u r a n ç a . Entretanto, por se tratar de u m a pesquisa realizada c o m base e m atributos c o n s a g r a d o s nos estudos da lAEA, recomenda-se u m a análise para identificar as c a u s a s da baixa correlação obtida pelo Grupo Responsabilidade ao atendimento geral à cultura de segurança. C O M I S S à O HKÚÜM DE 5Nb'>*«A W U n . - í ^ s r w 101 T A B E L A 9 - Correlação g r u p o - t o t a l Correlação Grupo - Total Grau de Correlação entre Grupo e Total Grupo < Grupos A B C D E £ O CD o Q LU OJ (O (D E E E E O O O 05 O tn m CO 39 9 1 12 19 c/3 ín F1 1 2 2 2 2 8 7 1 7 7 F2 2 3 3 2 2 10 9 9 10 10 F3 2 3 2 2 2 9 8 9 9 9 F4 2 3 3 3 2 11 10 10 10 11 F5 2 3 2 3 2 10 9 10 9 10 F6 4 2 1 4 4 11 13 14 11 11 Pergunta Funcionário F7 3 2 2 3 2 9 10 10 9 10 F8 2 2 2 3 3 10 10 10 9 9 F9 2 3 2 2 4 11 10 11 11 9 FIO 1 2 2 2 1 7 6 6 6 7 F11 2 2 2 3 3 10 10 10 9 9 F12 2 2 3 2 2 10 9 10 9 10 2 3 2 2 F13 1 7 7 7 7 8 F14 1 2 2 3 3 10 9 9 8 8 F15 2 2 1 2 2 7 7 8 7 7 F16 1 1 1 1 1 4 4 4 4 4 F17 1 1 1 1 2 5 5 5 5 4 F18 1 1 2 2 2 7 7 6 6 6 F19 4 3 2 3 4 12 13 14 13 12 F20 3 2 3 3 2 10 11 10 10 11 F21 2 2 1 3 2 8 8 9 7 8 F22 2 3 3 2 2 10 9 9 10 10 F23 4 4 4 4 4 16 16 16 16 16 F24 1 1 2 1 1 5 5 4 5 5 D E Grupos Grupos A B C Correlação (total) 0,65 0,84 0.53 0,87 0.77 102 6.2 - R e s u l t a d o s d o Q u e s t i o n á r i o 2 No total, 23 dos 2 4 funcionários de níveis técnico, superior e pósgraduado, responderam à pesquisa. C a b e esclarecer q u e este questionário t e m uma análise elementar de interpretação dos dados coletados, T A B . 10. Utiliza ferramentas de modelo estatístico, o b e d e c e n d o ao t e m p o da pesquisa e aos objetivos específicos da análise proposta. 103 T A B E L A 10 - Resultado d a coleta de d a d o s - Questionário 2 Aspectos Perguntas F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 FS F10 F11 F12 F13 FU F15 F16 F17 Fie F19 F20 F21 F22 F23 Aspectos Aspectos PerQuntas Fl F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 FIO Fll F12 F13 F14 F15 F16 F17 FIB F19 F20 F21 F22 F23 Aspectos 1 1 5 0 0 7 5 6 0 4 2 9 0 2 10 3 1 e 5 3 7 3 0 e s 6.1 8 5 0 7 e 8 8 1 8 7 0 10 6 4 5 5 0 5 7 3 7 7 6 Fatoree Físicos 1 2 4 5 0 7 5 e 0 2 2 9 0 3 3 7 0 8 0 0 7 6 4 8 1 Fatores Físicos Comportan^ento Pessoal 62 8 5 0 7 8 8 8 2 5 8 0 10 10 4 0 6 0 3 7 6 4 0 2 Comportamento Pessoal 1 3 10 5 0 e 2 8 0 1 2 9 0 5 3 0 0 5 0 3 7 7 0 5 1 2 1 3 2 2 9 7 10 0 3 5 9 2 8 9 4 4 8 5 5 10 5 3 9 6 Retaclonamento no Tra balho 2 2 10 7 0 8 8 8 8 3 1 7 2 10 7 5 5 10 10 3 10 8 0 9 a 2 3 0 7 0 9 6 3 0 3 5 6 2 10 4 1 0 5 10 3 10 7 3 5 1 Relaclonannento no Trabairio 63 2 5 0 7 5 8 0 1 3 7 2 8 8 2 0 B 0 5 7 5 4 0 0 7 1 5 5 3 s 7 5 1 8 2 10 10 3 4 5 0 3 8 5 5 5 10 itiodeto de Trabalho Resiiilad» do Quesliotiáio 7 7,2 7,3 6 5 5 0 9 7 9 5 2 8 8 3 8 7 3 0 6 2 8 8 4 4 8 5 Modela de Trabaltio 5 7 5 3 1 7 5 3 3 2 7 3 6 10 6 t t e s m a d o do QiieMIonárIo 2 F itorss Trabalhisti 8 3 1 3 2 2 3 7 0 e 7 7 5 5 5 7 9 0 5 2 6 10 5 7 9 0 8 8 8 7 9 4 3 0 10 1G 8 5 0 5 10 7 10 2 5 5 5 10 8 10 2 Fatores Trabainistas Potencialidade 81 60% 80% 30% 70% 50% 60% 60% 70% 50% 60% 70% 50% 80% 60% 30% 60% 85% 50% 50% 40% 50% 10% 10% Potencialidade integração 8 2 S s s S S S S S 8 S S S S S S N s s s 8 N S N Integração Fatores Externos 33 4 7 5 4 5 9 0 2 5 e 6 2 10 3 0 5 0 3 10 7 4 8 5 Stress 83 N N N N N N N N N N N N N N N S N N N N S N N Stress 4 1 10 10 10 7 5 8 10 7 10 6 6 10 6 2 10 8 10 10 7 9 7 10 10 Emocional 8.4 2 4 3 6 5 6 4 2 3 6 3 5 1 5 3 X 4 3 3 4 7 3 4 Emocional 2 4 6 10 0 4 5 9 8 5 10 6 S 10 5 1 6 4 10 10 6 8 2 10 10 Fatores Externos Estresse 85 7 4 3 2 4 3 4 4 1 3 2 1 5 4 7 1 4 4 3 4 Estresse 4 3 5 5 0 5 5 10 0 5 10 6 2 8 3 7 5 4 2 10 4 a 2 10 10 5 1 3 0 0 7 3 8 0 1 0 6 0 10 7 3 0 5 0 0 1 1 0 0 3 ContlKos Familiar 8 5 2 6 0 0 8 8 8 0 3 Ü 8 0 10 7 0 0 5 0 5 10 2 0 0 1 Conditos Familiares 3 3 5 0 0 8 8 9 0 3 0 8 0 10 7 2 3 5 0 5 10 1 2 0 1 104 6.2.1 - A n á l i s e s e l e m e n t a r e s F I G U R A 5 - Potencialidade aproveitada e m p o r c e n t a g e m A FIG. 5, a c i m a , apresenta os resultados referentes à Q u e s t ã o 8 . 1 . O s pontos revelam os valores que c a d a funcionário atribui à potencialidade por ele aproveitada. Portanto, a partir d o m o m e n t o que ele a p o n t a sua p o r c e n t a g e m , c o m o conseqüência, o c o m p l e m e n t o é o que ele próprio pré-supõe que poderá colaborar c o m a e m p r e s a de m o d o geral. E m relação ao grupo, observa-se q u e está sendo aproveitado apenas 53,0% da capacidade, indicando q u e há desperdício de recursos h u m a n o s . Diante destes resultados e de observações pontuais, pode-se dizer que é necessário u m a política de valorização d o s talentos inerentes d o s indivíduos no trabalho, principalmente se considerarmos que de acordo c o m a Q u e s t ã o 8.2 e, demonstrado no gráfico d a FIG. 6, 8 6 , 9 % destas p e s s o a s afirmam integrar esta e m p r e s a e que, conforme a Questão 8.3 e FIG. 7, 9 1 , 3 % , ou seja, quase a totalidade, não se sente d e s a n i m a d o . 105 F I G U R A 6 - Percentual de integração/não integração à e m p r e s a F I G U R A 7 - Percentual de pessoas a n i m a d a s / d e s a n i m a d a s A Pergunta 8.4 do questionário é: Dos sete aspectos descritos, qual lhe afeta mais e m o c i o n a l m e n t e ? A FIG. 8 apresenta o resultado do grupo, o n d e se observa q u e o maior deles 3 1 , 8 % relaciona-se a Fatores Trabalhistas, o n d e os aspectos levantados d ã o ênfase à j o r n a d a de trabalho, aos salários, e ao cargo o u f u n ç ã o q u e está e x e r c e n d o . Sugerir a l g u m a ação, nesses casos, torna-se difícil, pois, trata-se de e m p r e s a pública, c o m regras salariais e f u n ç õ e s estabelecidas. U m a alternativa 106 mais viável seria estimular a própria atividade, o u seja, a e x e c u ç ã o d a f u n ç ã o . Esta alternativa remete às observações feitas anteriormente, referente ao aproveitamento d a potencialidade do funcionário. Esta situação é reforçada, mais u m a vez, nos fatores externos c o m 2 2 , 7 % , os quais se relacionam c o m os aspectos de política de governo, de segurança na cidade e de d e s l o c a m e n t o até o trabalhio. O u t r o fator importante, e que apresenta um percentual significativo, é conflitos familiares c o m 2 7 , 3 % . Representa a relação c o m parentes, filhos e cônjuge. Este fator t e m a peculiaridade de normalmente não ser exteriorizado pelas pessoas, mas tem reflexo importante nos outros fatores, e c o n s e q ü e n t e m e n t e , no contexto geral do indivíduo. A não exteriorização deste fator é confirmada q u a n d o , c o m p a r a d a c o m a Questão 8.5, representada na FIG. 9, e comentada a seguir. S u r p r e e n d e n t e m e n t e , dentre todos os atributos, o conflito familiar p a s s a a ser o que m e n o s proporciona estresse. Modelo de Trabalho 4,5% Comportamento Pessoal 0,0% ~ Fatores Físicos 4,5% Relacionamento no Trabalho 9,1% Conflitos Familiares 27,3% Fatores Externos 22,7% F I G U R A 8 - A s p e c t o s que mais afetam e m o c i o n a l m e n t e Fatores Trabalhista; 31,8% 107 A Questão 8.5, referente ao estresse, cujos resultados estão na FIG. 9, reforça os pontos críticos abordados na questão anterior. O s fatores mais estressantes são os fatores externos c o m 3 4 , 8 % , e fatores trabalhistas c o m 1 7 , 4 % . C o m o já c o m e n t a d o , o fator conflitos familiares aparece c o m o s e n d o o de m e n o r índice c o m 4 , 3 % e, contraria de certa forma, a questão anterior. Comportamento Pessoal 8,7% iVIodelo de Trabalho 8,7% Fatores Físicos 13,0% Relacionamento no Trabalho 13,0% Conflitos Familiares 4,3% Fatores Trabalhistas 17,4% Fatores Externos 34,8% F I G U R A 9 - A s p e c t o s que proporcionam mais estresse 6.2.2 - C o m e n t á r i o s o b r e a n á l i s e d o Q u e s t i o n á r i o 2 C a b e comentar q u e esta análise enfatiza alguns pontos, que q u a n d o mesclados com outras fontes de informação referentes ao comportamento h u m a n o , seja ela bibliográfica o u do resultado do primeiro questionário, nos dá diretrizes para sinalizar o s pontos importantes relacionados ao c o m p o r t a m e n t o e d e s e m p e n h o do trabalhador, e que têm o objetivo de colaborar positivamente c o m o grupo que participou d e s t a pesquisa. 108 7 CONCLUSÃO C o m base nos resultados obtidos, onde a metodologia demonstra u m alto grau de confiabilidade, observou-se que as informações obtidas e m relação à parte técnica de atuação, f o c a r a m e m um ponto q u e corresponde a fatores mediatos do indivíduo. Q u a n d o sua atitude necessita de intermediário, é u m a conseqüência do estímulo, que é a motivação, sendo que este fator é a base de qualquer atividade, q u e se constitui, quando alterado, e m um fator conflitante. A motivação deve servir de estímulo à pessoa, a fim de sanar suas necessidades realização e de desejos, seus provocando objetivos. A comportamentos realização de que objetivos promovam pessoais a dos trabalhadores reflete, diretamente, no seu d e s e m p e n h o dentro d a organização, e conseqüentemente, na concretização dos objetivos da instituição, sendo o principal deles, o atendimento aos atributos de cultura de segurança. Foi necessário, para este estudo, conhecer as causas e os fatores que influenciam o c o m p o r t a m e n t o h u m a n o , assim c o m o suas necessidades, u m a v e z que a motivação foi trabalhada sob esses aspectos. O fato de que todo c o m p o r t a m e n t o é dirigido a u m objetivo, as estratégias motivacionais adotadas d e v e m estar vinculadas aos objetivos dos funcionários e condizentes c o m os da empresa. C o m os resultados obtidos c o m os fatores individuais, analisados a partir de categorias que influenciam o c o m p o r t a m e n t o do indivíduo, observou-se que, surpreendentemente, empresa, motivados, mas estes funcionários sendo se subutilizados. sentem Isto interagidos leva a com acreditar a que necessitam de u m a atuação por parte da liderança, de m o d o que, estratégias sejam adotadas e a l c a n c e m diretamente as necessidades do grupo ou indivíduo. É necessário destacar que os objetivos propostos foram atingidos. O s aspectos e cuidadosamente fatores considerados na f u n d a m e n t a ç ã o foram teórica, selecionados atendem e a o estudo transcritos de fatores h u m a n o s que p o d e m d e s e n c a d e a r acidentes, superando até m e s m o o que foi inicialmente proposto, m a s q u e se tornou de grande valia, quanto ao atendimento 109 a o s objetivos específicos d e m o n s t r a n d o q u e a fallía destes, levam a acidentes e exposições dos trabalhadores. Estabeleceu-se então, u m a relação entre este estudo e a pesquisa descritiva, onde resultados d o s questionários c o n v e r g i r a m , a p ó s análise, ao fator motivacional, pormenorizado no Item 3.3.3 e correlacionados c o m outros deste trabalho. É importante salientar que, ao contrário do que muitos p e n s a m , não existe u m a fórmula ideal para soluções de c o m p o r t a m e n t o h u m a n o . Existe sim resultados de pesquisas, q u e se t r a n s f o r m a m e m teorias, e teorias científicas que auxiliam a criar u m estudo, fazer u m a análise e d e m o n s t r a r os pontos críticos para se ter uma b o a s a ú d e organizacional e pessoal. É conveniente que se estimule a cooperação dos o p e r a d o r e s na resolução de problemas decorrentes das falhas h u m a n a s e na b u s c a de a ç õ e s preventivas. Sugere-se que, se o b s e r v a d a qualquer alteração ou necessidade individual dos funcionários e m relação aos aspectos e fatores apresentados, b u s q u e m auxílio à técnica q u e é c h a m a d a de psicoterapia breve. Esta trará clareza ao entendimento q u e por ventura, o trabalhador se enquadre, ficando assim atendido mais um objetivo, no que se refere à utilização deste trabalho c o m o mediador às situações intrínsecas ao trabalhador. Conclusivamente, e por se tratar de um t e m a essencialmente subjetivo, pode-se inferir que para se analisar a falha h u m a n a e principalmente contribuir com a sua minimização dentro das organizações, é necessário, como a metodologia utilizada direcionou, entender sua cultura, observar e analisar sua fragilidade e de seus funcionários, estudar aspectos cognitivos do indivíduo e planejar m u d a n ç a s que levem a organização na situação pró ativa, prevenindo-se assim a respeito das falhas h u m a n a s , atingindo o objetivo de colaboração, c o m o feito neste trabalho. A s s i m , este t e m a t e m a intenção de mostrar que é necessário ter u m a unidade de planejamento e organização, voltados para questões da saúde, tanto física quanto psicológica d a q u e l e s que c o m p õ e m a organização, b e m como questões relativas à s e g u r a n ç a no trabalho. Embora, tenha-se a consciência de que qualquer esforço para sintetizar um trabalho c o m o este é t a m b é m u m risco, o n d e inúmeros detalhes são relevantes, existe a certeza que, entre as frestas de suas páginas, a p a r e c e m 110 p e q u e n a s pistas de tudo que este trabalho tem a intenção de apontar, e que r e s u m i d a m e n t e , e m o d e s t a m e n t e , valeu e vale a pena. ILL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 C A R D E L L A , B E N E D I T O . Segurança no trabalho e prevenção acidentes: uma a b o r d a g e m holística, São Paulo, Atlas, 1999. de 2 B U L H Õ E S , IVONE. Os anjos também erram: m e c a n i s m o s e prevenção da falha h u m a n a no trabalho hospitalar. Rio de Janeiro: o autor, 2 0 0 1 . 3 A C I D E N T E N U C L E A R . Disponível e m : <http://inorqan221.iq.unesp.Br/quimqeral/jornal/desastre acesso e m : 19 ago. 2 0 0 6 . nuclear.html>. 4 C O U T O , H U D S O N DE A R A Ú J O . Ergonomia aplicada ao trabalho: o manual técnico da m á q u i n a h u m a n a . Belo Horizonte, Ergo, 1996. vol. II Congresso Nacional de Engenharia de Produção E N E G E P 95. Anais. São Carlos, U F S C A R , 1995. 5 C O M I S S à O N A C I O N A L DE E N E R G I A N U C L E A R . Diretrizes Proteção Radiológica. C N E N - N N - 3 . 0 1 , janeiro de 2 0 0 5 . 6 LEE, K.W.; T I L L M A N , F.A.; H I G G I N S , J.J. A literature survey of the human reliability component in a man-machine system. IEEE Transactions on Reliability, april 1988. 7 N U R E G / C R - 6 2 6 5 , 1995, Multidisciplinary framework for human reliability analysis with an application to errors of commission and dependencies. U.S. Nuclear Regulatory C o m m i s s i o n , W a s h i n g t o n , DC 8 N U R E G - 1 6 2 4 , Rev. 1, 2 0 0 0 , Technical basis and implementation guidelines for a technique for human event analysis (ATHEANA). Nuclear Regulatory C o m m i s s i o n , W a s h i n g t o n , DC. Básicas de U.S. 9 R E A S O N , J.T. Human error, Cambridge University Press, N e w York, 1990. 10 S L A C K , NIGEL; C H A M B E R S , S T U A R T ; H A R L A N D , C H R I S T I N E ; H A R R I S O N , A L A N ; et al. Administração da produção. São Paulo, Atlas, 1997. 11 B R O C K A , B R U C E ; B R O C K A , M. S U Z A N E . Gerenciamento São Paulo, Makron Books, 1994. 12 S A U E R , M A R I A E U G Ê N I A L A G O J A C Q U E S Análise dos procedimentos de partida do Reator IEA-R1 - Uma aplicação da técnica HAZOP. 2 0 0 0 . Dissertação de Mestrado - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - I P E N / U S P , São Paulo. 13 A M B R O S , P A U L O C A B R E A . Avaliação da metodologia ATHEANA para sua utilização na análise da confiabilidade humana em usinas nucleares. 2 0 0 5 . Tese (Mestrado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. ""••¡IS'.AO NA'IOHM nr : , M E Í ^ . iVUCLEAP/JP-IPÍÍ''' de qualidade. 112 14 E M B R E Y , D.E.; H U M P H R E Y S , P.C.; R O S A , E.A.; K I R W A N , B. & REA, K.;, S L I M - M A U D . Na approac to assessing tiumam error probabilities using structured expert judgment. N U R E G / C R - 3 5 1 8 , Upton, N.Y., B r o o k h a v e n National Laboratory, 1984. 15 S W A I N , A . D . Accident sequence evaluation program human reliability analysis procedure. N U R E G / C R - 4 7 7 2 , US - Nuclear Regulatory C o m m i s s i o n , W a s h i n g t o n , D C , February, 1987. 16 S W A I N , A . D . & G U T T M A N N , H.E. Handbook of human reliability with emphasis on nuclear power plant applications final report. N U R E G / C R 1278, R e v . 1 , US - Nuclear Regulatory C o m m i s s i o n W a s h i n g t o n , D C , August, 1983. 17 P O T A S H , L.M.; S T E W A R T , M.; DEITZ, P.E.; L E W I S , D.M. & D O U G H E R T Y , E.M. Experience in integrating t h e operator contributions in t h e P R A of actual operating plants. In: Proceedings of the ANS/ENS topical meeting on probabilistic risk assessment. Port Chester, N e w York, La G r a n g e Park, III: A m e r i c a n Nuclear Society, 1 9 8 1 . 18 H A N N A M A N , G. W.; S P U R G I N A . J . & L U K I C , Y . D . Systematic H u m a n Action Reliability Procedures ( S H A R P ) . Palo Alto, Calif.: Electric Power Research Institute, EPRI NP-3583, 1984. 19 I A E A - T E C D O C - 5 9 2 , 1991 Case study on the use of PSA methods: human reliability analysis. International Atomic Energy Agency: W a g r a m e r s t r a s s e , V i e n n a , Austria, April. 20 A E O D / E 9 5 - 0 1 , 1995, Engineering evaluation - operating events with inappropriate bypass or defeat of engineered safety features. Office of Analysis a n d Evaluation of Operational Data ( A E O D ) , Nuclear Regulatory C o m m i s s i o n , W a s h i n g t o n , D C , July. 21 I M A G E N S - P E R C E P Ç Ã O . Disponível e m : <http://pt.Wikipedia.orq>. A c e s s o e m : 3 m a i o 2007. 22 K R E C H , D A V I S ; C R U T C H F I E L D , R I C H A R D S T A N L E Y . Elementos de psicologia. T r a d u ç ã o de Dante Moreira Leite e Miriam L. Moreira Leite - 6. e d . São Paulo, Pioneira, 1980. 23 F E C H N E R , G U S T A V T H E O D O R . Elemente derpsychophysic. Psychology, 1 8 5 5 - 1914, E d . C o n t i n u u m Publishing. 24 B R O A D B E N T , D.E. Perception Press, 1958. 25 D E U T S C H , D. Attention: some theoretical Rev 1960, 70(1) p.80-90. 26 S H A L L I C E , T. 1986 apud Style EA. The psychology Psychology Press, 1997. and communication. Classics in London, Pergamon considerations. Psychol of attention. Hillsdale, 113 27 X A V I E R , G.F. Memoria: Correlatos anátomo-funcionais In: NITRINI, R.; C A R A M E L L I , P.; M A N S U R , L.L. editores Neuropsicologia - das bases anatômicas à reabilitação. S ã o Paulo, Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas F M U S P , 1996. 28 S C H A C T E R , D.L. Implicit memory history Psychol. Learn M e m . C o g n . , 1987. 29 S Q U I R E , L.R.; K N O W L T O N , B.J. Memory, hippocampus, and brain systems. In: G A Z Z A N I G A , M.S. editor. The cognitive neurosciences. C a m b r i d g e , A Bradford Book, 1995, p. 825-837. 30 LENT, R O B E R T O . C e m Bilhões de Neurônios - Conceitos de neurociência. 1. e d . , Editora A t h e n e u , 2 0 0 1 . 31 M e m ó r i a - Entrevista c o m IVAN I Z Q U I E R D O - Por: I G N A C I O B R U S C O , MD.; D I E G O G O L O M B E K , P h D e S E R G I O S T R E J I L E V I C H , M D . , Entrevista concedida à R A N - Revista Argentina de Neurociência. Email: [email protected] Tradução e a d a p t a ç ã o para português: Prof. Renato M.E. Sabbatini. 32 C H I A V E N A T O , I D A L B E R T O . Recursos São Paulo, Atlas, 1985. 33 H E L L E R , R O B E R T ; H I N D L E , T I M . Essential USA, 1998. 34 H E L L E R , R O B E R T . Guia do gerente completo - Tudo o que você precisa saber sobre o funcionamento dos negócios e da gerência. 1. e d . . Editora Futura, 2 0 0 7 . 35 L Y L E S , M A R J O R I E . A. & S C H W E N K , C H A R L E S , R. Top Management, strategy and organizational knowledge structures. Journal of M a n a g e m e n t Studies. ( S . I . ) , V. 2 9 , n.2. p. 155-174, m a r c h 1992. 36 M A T L I N , M A R G A R E T . W . Psicologia 37 S T E R N B E R G , R O B E R T . J . Psicologia cognitiva. Borges Osório, Editora Artes Médica, 2 0 0 0 . 38 C H I A V E N A T O , I D A L B E R T O . Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro, C a m p u s , 1999. 39 M A X I M I A N O , A N T O N I O C É S A R A M A R U . Introdução ed., S ã o Paulo, Editora Atlas, 1995. 40 Q U E I R O Z , S I M O N E H E R I N G D E . Motivação dos quadros operacionais para a qualidade sob o enfoque da liderança situacional. Dissertação (Mestrado) - Departamento de Engenharia da Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1996. and current humanos, fundamentais edição c o m p a c t a . 5. ed., manager's cognitiva. status. J . Exp. manual. Edit. DK 5. ed.. Editora L T C , 2 0 0 4 . Tradução: Maria Regina à administração. 4. 114 41 S E L Y E , H A N S . Citado por C A B R A L , A N A P A U L A T O L E N T I N O , et al. O estresse e as doenças psicossomáticas, 1997. 42 CODO, WANDERLEY; SAMPAIO, JOSÉ JACKSON COELHO; HITOMI, A L B E R T O H A R U Y O S H I . Indivíduo, trabalho e sofrimento : uma a b o r d a g e m interdisciplinar. Petrópolis, R J , Vozes, 1993. 43 L A D E I R A , M A R C E L O B R O N Z O . O processo do stress ocupacional e a psicopatologia do trabalho. Revista de Administração, São Paulo, jan/mar 1996. 44 D E J O U R S , C H R I S T O P H E . Repressão e subversão em psicossomática. Pesquisas psicanalíticas sobre o corpo. 1. e d . . Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1991. 45 S E L I G M A N N - S I L V A , E D I T H . Desgaste mental no trabalho de Janeiro, Editora U F R J , Cortez Editora, 1994. 46 B E N E V I D E S P E R E I R A , A.M.T. org. Burnout: quando o trabalho ameaça bem-estar do trabalhador. São Paulo, C a s a do Psicólogo, 2 0 0 2 . 47 F I S C H E R , FRIDA MARINA. Trabalho em turnos e noturno na sociedade 24 horas. Frida Marina Fischer, Claudia Roberta de Castro Moreno, Lúcia Rotenberg. São Paulo, Editora A t h e n e u , 2004. 48 M A S L A C H , C. Entendendo o burnout. In: Rossi A M , Perrewé PL, Sauter SL, orgs. Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da s a ú d e ocupacional. São Paulo, Atlas, 2 0 0 5 . 49 D E J O U R S , C. A banalização da injustiça Fundação Getúlio Vargas, 2 0 0 1 . 50 F R O M M , ERIC. Psicoanálises FCE, 1994. 51 D E J O U R S , C. Uma nova visão do sofrimento humano nas organizações. In: C H A N L A T , J . F. (coord.). O Indivíduo na Organização: Dimensões Esquecidas. São Paulo, Atlas, 1992. 52 D E J O U R S , C. Psicodinâmica do trabalho. Contribuições da escola dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo, Atlas, 1994. 53 K A N A A N E , R. Comportamento humano nas organizações: rumo ao século XXI. São Paulo, Atlas, 1999. 54 S A Ú D E N O T R A B A L H O . Disponível e m : <http://www.mte.qov.br>. A c e s s o e m : 11 maio de 2 0 0 8 . 55 D E J O U R S , C H R I S T O P H E . A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. T r a d . A n a Isabel Paraguay; Lúcia Leal Ferreira. 5. e d . ampliada. São Paulo, Cortez-Óbore, 1992. lÊOWJSSÀD dominado. Rio o social. 4. ed.. Rio de Janeiro, de la sociedad contemporánea. m.töm, DE &NEKfi^.NUCLEAR,SP-IPEN México, O homem 115 56 D E L A C O L E T A , J O S É A U G U S T O . Acidentes 1991. 57 G E L L E R , E. S C O T T . Cultura s e t e m b r o , 1994. 58 W E I S I N G E R , H E N D R I E . Inteligência Janeiro, Editora Objetiva, 2 0 0 1 . 59 G O L E M A N , D A N I E L . Inteligência redefine o que é ser inteligente. Janeiro, Objetiva, 1995. 60 S O T O , E D U A R D O . Comportamento organizacional: emoções. São Paulo, e d . T h o m s o n , 2 0 0 5 . 61 B R A I E R , E D U A R D O A L B E R T O . Psicoterapia breve de orientação psicanalítica. T r a d . I P E P L A N , c o o r d e n a ç ã o da tradução, Maria Risoleta de Oliveira M a r c o n d e s , revisão da tradução, Maria Esteia Heider Cavalheiro. São Paulo, Martins Fontes, 1986. 62 R E A D , P. P. A B L A Z E . The Chernobyl errors. Bulletin of the Psychological Society, v. 4 , p. 2 0 1 - 2 0 6 , 1987. 63 M O N T M O L L I N , M A U R I C E DE. A ergonomia. 1990. 64 I N T E R N A T I O N A L A T O M I C E N E R G Y A G E N C Y . Application of Management Systems for Facilities and Activities Guide. - Safety Standards Series n^ GS-G-3.1 - V i e n n a : IAEA, 31/08/2006. 65 H A Y E S , B O B E. Medindo a satisfação do cliente. Rio de Janeiro, Qualitymark E d . , 1995, 2 2 8 p . 66 N U N N A L L Y , J U M C. Psychometric de segurança de trabalho. São Paulo, Atlas, total. Profissional Safety, emocional no trabalho. Rio de emocional: a teoria revolucionária T r a d u ç ã o : Marcos Santarrita. Rio de o impacto que das British Lisboa, Piaget, p. 106-108, T r a d u ç ã o : Luiz Liske, theory. N e w York, M c G r a w Hill, 1967. fpen AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESTUDO DE FATORES HUMANOS, E OBSERVAÇÃO DOS SEUS ASPECTOS BÁSICOS, FOCADOS EM OPERADORES DO REATOR DE PESQUISA IEA-R1, OBJETIVANDO A PREVENÇÃO DE ACIDENDES OCASIONADOS POR FALHAS HUMANAS MARIA DA PENHA SANCHES MARTINS Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear - Reatores. Orientador: Dr. Delvonei Alves de Andrade São Paulo 2008