Hoje celebra-se o Dia Internacional da Mulher.
Todos os dias são dias das mulheres!
Mas, neste dia em especial, torna-se importante lembrar que ainda
existem muitas mulheres em todo o mundo que vivem sob o peso
da desigualdade, da submissão, da discriminação.
Durante séculos, o papel da mulher foi limitado
à vida privada: como mãe, esposa e gestão da
vida doméstica. Enquanto ao homem, como
representante da família, sempre foi atribuído
um papel no domínio da vida pública, trabalho
remunerado no exterior do núcleo familiar.
A partir da Revolução Industrial, muitas mulheres
passaram a exercer uma atividade laboral,
embora as suas remunerações fossem inferiores
às dos homens. Combatendo a discriminação,
as mulheres iniciaram diversas formas de luta
na Europa e nos EUA. Em sinal de apreço por esta
contestação, as Nações Unidas decidiram
consagrar o 8 de Março como Dia Internacional
da Mulher.
Se, nos nossos dias, perante a legislação da maioria dos
países não são permitidas quaisquer diferenças nos
direitos e nas oportunidades entre homens e mulheres,
a prática demonstra que ainda subsistem muitos
preconceitos em relação ao papel da mulher na
sociedade. O âmbito familiar é aquele onde se assiste a
uma maior alteração, na sociedade em geral, a situação
da mulher está ainda sujeita a valores e ideais
estereotipados, o que reduz a igualdade de direitos e
oportunidades na sua plenitude. Se é verdade que em
muitos contextos a discriminação face ao género
diminuiu, em pleno século XXI, ainda se considera a
presença da mulher em contextos como a politica, o
mundo empresarial, o desporto e cultura, como felizes
exceções, e não parte ativa e normativa da sociedade.
Hoje celebra-se o Dia Internacional da Mulher.
Um momento oportuno para celebrar a igualdade
de oportunidades, respeitando as diferenças entre
géneros. Eternize este dia, respeitando as mulheres
como parte integrante e relevante da humanidade em
todas as vertentes, na vida privada e familiar, na vida
profissional e na sua participação cívica.
Ao longo do ano de 2012, foram várias
as mulheres portuguesas notabilizadas
nas mais variadas áreas.
INVESTIGAÇÃO
Mónica Bettencourt-Dias que por duas vezes venceu
o prémio Pfizer em Investigação Básica; Mariana Gomes
Pinho, na área das Ciências da Vida;
Ângela Pizarro, investigadora em Medicamentos
e Produtos à Base de Plantas;
Ana Abecasis, Ana Ribeiro e Leonor Morgado,
respetivamente, três jovens cientistas distinguidas
com as Medalhas de Honra da L’Oréal Portugal para
as “Mulheres na Ciência”.
DESPORTO
Ana Azevedo, jogadora de futsal, eleita uma
das melhores do mundo.
ARTE
Joana Vasconcelos, artista plástica, eleita
personalidade do ano para a Associação da Imprensa
Estrangeira em Portugal (AIEP) por ter promovido
a imagem de Portugal internacionalmente.
LITERATURA
Hélia Correia, escritora, galardoada com o Prémio
Vergílio Ferreira 2013, instituído pela Universidade
de Évora.
Como curiosidades, refere-se:
• Madalena Amaral a 1ª mulher a chegar à liderança de
um comando distrital da PSP;
• Ana Paula Zacarias foi a 1ª diplomata portuguesa a
chefiar a embaixada da União Europeia em Brasília;
• Florbela Espanca personalidade lírica, poetisa.
Destacou-se entre os seus pares e entre literatos e
público do seu tempo e de tempos posteriores;
• Maria de Lourdes Pintasilgo, engenheira química,
destacou-se ainda como dirigente eclesial e política
tendo-se tornado na única mulher a desempenhar
funções de 1º Ministro em Portugal;
• Regina de Vasconcelos a 1ª mulher a cursar Direito até
ao fim na Universidade de Coimbra. De salientar que
se tornou na 1ª Advogada portuguesa e ibérica da
modernidade;
• Assunção Esteves a 1ª mulher eleita presidente da
Assembleia da Republica Portuguesa.
• Mulheres trabalham mais, mas são mais vulneráveis à
pobreza do que os homens
• Segundo o relatório da Comissão para a Cidadania e
Igualdade de Género, “a remuneração média mensal
de base recebida pelas mulheres em 2010 foi de
801,81 euros e a dos homens 977,56”. Quer isto dizer
que elas receberam, em média, menos 175,75 euros.
• Um grupo de deputadas europeias de vários países,
entre as quais estava Ana Gomes, protagonizou uma
dança nas instalações do Parlamento Europeu (PE) no
quadro da preparação da grande manifestação
mundial ocorrida em 14 de Fevereiro contra a
violência, sobretudo sexual, contra as mulheres e
crianças.
• As Portuguesas são das mulheres que mais
trabalham sem receber.
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Durante séculos, o papel da mulher foi limitado à vida privada