PLANO DE AÇÃO
GIBI DE PROPOSTAS PARA A ESCOLA DOS SONHOS
PROPOSTA DE AÇÃO
Produzir um gibi com histórias que ilustrem as propostas das crianças para a melhoria da escola onde
estudam.
CONTEXTUALIZAÇÃO
A proposta de construção do gibi visa criar condições para o exercício da cidadania desde a infância,
oferecendo uma oportunidade para as crianças observarem e problematizarem a escola onde estudam e
participarem ativamente da sua construção.
O objetivo maior é reconhecer as crianças como sujeitos de direitos, conhecendo o que pensam e propõem
para a escola. Nesse processo de reflexão e construção conjunta, as crianças passam também a se
identificar mais com a escola e, consequentemente, passam a valorizá-la e comprometer-se com ela.
COMO EXECUTAR

Apresentar a proposta à direção da EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) escolhida, a fim de de finirem o prazo, as datas e os horários para a realização da ação. É importante também já definirem as
condições necessárias às atividades, como espaço adequado, autorizações dos pais e lanche (para encontros mais longos). Talvez, seja necessário também solicitar a autorização para a Secretaria Municipal
de Educação. Se possível, propor à Secretaria que esta atividade seja realizada em várias escolas da
rede.

O ideal é criar um Grupo de Trabalho (GT) com quatro a oito pessoas, com representantes da
comunidade ou do Conselho Escolar para pensar na proposta das atividades.

Organizar um grupo de 20 a 25 crianças para participar das ações. Pode ser, por exemplo, um representante por sala, eleito entre elas.

Articular com parceiros locais ou a própria escola a reprodução dos gibis em gráfica ou, caso não seja
possível, cópia convencional.
QUEM PODE EXECUTAR
Mobilizadores e agentes-chave, junto a representantes da comunidade ou do Conselho Escolar.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE
Obs: a atividade pode ser adaptada conforme a realidade local e os conhecimentos prévios do mobilizador
sobre o assunto.
Materiais necessários
Bola, papel sulfite, lápis preto e colorido, giz de cera e canetas hidrográficas.
Encontro 1: Sensibilização
 Organizar uma acolhida para que as crianças se apresentem. Uma sugestão é a “Dinâmica da
Batata-Quente”: toda vez que a música parar, a criança que está com a bola na mão vai dizer o seu
nome, qual é a sua sala e o que mais gosta de fazer na escola.
 Conversar com o grupo sobre a proposta dos gibis.
 Incentivar uma reflexão coletiva sobre “a escola dos sonhos” a partir de uma história coletiva,
seguindo as seguintes etapas:
1.
2.
3.
4.
assim...”
participado.
As crianças sentam em roda e o facilitador explica a brincadeira.
Em seguida, o facilitador inicia a história: “Era uma vez uma escola dos sonhos. Ela funcionava
A criança que está ao seu lado esquerdo deve continuar, e assim por diante, até todos terem
Um segundo membro do GT deve acompanhar o trabalho e escrever a história imaginada pelas
crianças. Ao final, deve ler para as crianças e perguntar se querem mudar algo, acrescentando ou tirando
partes da história.

Encerrar o encontro com a explicação sobre como será a próxima atividade e fazer os combinados
com o grupo.
Encontro 2: Passeio na escola

Acolher o grupo de forma lúdica (uma atividade de dança ou música é sempre bem-vinda) e dar
orientações sobre o “Passeio na Escola”:
1. Imaginar que é o “primeiro dia de aula na escola” e que estão todos muito curiosos, querendo
conhecer todas as pessoas e espaços da escola.
2. Sugerir algumas questões para observação:
- Quem são as pessoas da escola? Elas estão felizes?
- Os adultos ouvem as crianças? E elas, ouvem os adultos?
- Como são as salas de aula?
- Quais e como são os espaços de brincar? Esses espaços estão bem cuidados? Falta alguma
coisa?
- Como é a comida?
- As famílias estão presentes?

Caminhar pela escola em grupo, de modo que as crianças visitem todos os espaços e observem
aquilo que mais chama a atenção. Esta etapa pode durar até 30 minutos.

De volta à sala, conversar com as crianças sobre suas observações e
descobertas e sistematizá-las, chegando a alguns temas (Ex: convivência,
lazer, infraestrutura, meio ambiente, sala de aula etc) e identificando os principais problemas
encontrados. Discutir algumas soluções para esses problemas / propostas para a transformação da
escola, como um: multirão de limpeza, horta, oficina de brinquedos, reorganização do recreio etc.

É importante fazer uma avaliação do encontro de forma lúdica, como entregar para cada aluno um
coração de papel e pedir que registrem - numa palavra ou desenho - o que guardaram do passeio
nos seus corações.
Encontro 3: Criação das tiras ilustradas
 Retomar as descobertas, os problemas e as propostas discutidas no encontro anterior.
 Convidar as crianças a escolherem um problema que gostariam de ver resolvido e refletirem sobre
uma proposta para solucioná-lo.
 Entregar uma folha de sulfite para cada criança e convidá-las a criar uma tirinha ilustrada com três
quadrinhos: no primeiro, devem desenhar o problema identificado; no segundo, devem fazer uma
imagem que ilustre a proposta para a questão identificada no primeiro quadrinho; o terceiro deve ter
uma imagem que mostre como ficaria a escola depois da implementação da proposta (ou seja, a
situação resolvida).
 Pedir que cada criança apresente seu desenho aos colegas.
 Encerrar o dia com uma atividade musical.
Encontro 4: Socialização da experiência
 Escanear as tirinhas feitas pelas crianças e organizá-las por temas para a confecção do gibi. Os
membros do GT podem escrever uma introdução para o gibi, contando a experiência.
 Com o apoio de profissionais especializados, diagramar o material no formato de um livreto e fazer
cópias para distribuição na escola.
 Organizar um evento para o “lançamento”, aproveitando alguma festa já marcada no calendário da
escola ou planejando uma tarde de autógrafos.
 Esses materiais podem ser socializados com a comunidade escolar em diferentes ocasiões e com
públicos diversos, como encontros de pais, palestras, reuniões do Conselho Escolar, Associação de
Pais e Mestres etc. Pode ainda ser compartilhado com a Secretaria Municipal de Educação e com
outras escolas.
 O ideal é que o material seja também utilizado pelos professores em sala de aula. Vocês podem
marcar um encontro com eles para discutir algumas possibilidades.
RECOMENDAÇÕES
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É importante buscar, ao longo de todo o processo, envolver as crianças no planejamento e nas
decisões. Ao invés de trazer as ideias prontas, discuta-as com o grupo. Não faça “por” elas, mas
“junto” com elas.
É bem provável que muitas das crianças estejam ainda iniciando os primeiros contatos com a leitura
e a escrita. Por isso, torna-se ainda mais importante o uso de outras linguagens, como a música,
a poesia, o teatro etc.
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Fique sempre atento ao ritmo das crianças. Elas têm um tempo próprio e
um processo de envolvimento que parte do nível simbólico, passa pela
vivência concreta, para só aí chegar à escola e sua complexidade. É preciso respeitar essa
dinâmica.
É essencial discutir e aprovar com as crianças os princípios de convivência para o tempo que
passarão juntos, as tarefas e os procedimentos.
Uma ação como esta só terá significado se a escola estiver aberta para ampliar a atuação das
crianças. Por isso, será importante que, após esta experiência, as crianças possam conquistar
novos espaços para participar da vida escolar.
Se possível, buscar o envolvimento e participação da área de Comunicação da Unidade de
Negócio para diagramar o material e fazer cópias para distribuição na escola.
Não se esqueça de registrar a experiência, com textos, fotos e vídeo, se houver equipamento.
OBSERVAÇÃO
A atividade aqui apresentada foi elaborada pelo Instituto Paulo Freire.
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Gibi – Escola dos sonhos