www.arvoredoleite.org Esta é uma cópia digital de um documento que foi preservado para inúmeras gerações nas prateleiras da biblioteca Otto Frensel do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), antes de ter sido cuidadosamente digitalizada pela Arvoredoleite.org como parte de um projeto de parceria entre a Arvoredoleite.org e a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes para tornarem seus exemplares online. A Revista do ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu nome foi alterado para o atual. Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos portais para o passado, o que representa uma riqueza de história, cultura e conhecimento. Marcas e anotações no volume original aparecerão neste arquivo, um lembrete da longa jornada desta REVISTA, desde a sua publicação, permanecendo por um longo tempo na biblioteca, e finalmente chegando até você. Diretrizes de uso A Arvoredoleite.org se orgulha da parceria com a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes da EPAMIG para digitalizar estes materiais e torná-los amplamente acessíveis. No entanto, este trabalho é dispendioso, por isso, a fim de continuar a oferecer este recurso, tomamos medidas para evitar o abuso por partes comerciais. Também pedimos que você: ● Faça uso não comercial dos arquivos. Projetamos a digitalização para uso por indivíduos e ou instituições e solicitamos que você use estes arquivos para fins profissionais e não comerciais. ● Mantenha a atribuição Arvoredoleite.org como marca d'água e a identificação do ILCT/EPAMIG. Esta atitude é essencial para informar as pessoas sobre este projeto e ajudá-las a encontrar materiais adicionais no site. Não removê-las. ● Mantenha-o legal. Seja qual for o seu uso, lembre-se que você é responsável por garantir que o que você está fazendo é legal. 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I REVISTADO INSTITUTO DE LATICÍNIOS "CÂNDIDO TOSTES" DAIRYJOURNAL BIMONTHLY PUBLISHED BYTHE "CÂNDIDO TOSTES" - DAIRYINSTITUTE ÍNDICE - CONTENT Extração de DNA a partir de queijo mozzarella produzido com leite de búfalas com vistas ás provas para identificação de misturas com leite de vaca. Otaviano, A. R., Tonhati, H., Sena, J. A. D., Lima, A. L. F., Bottger, 0., Pesce de Ruiz Holgado, A., Cardona, H.C . ........................................................... . ...... . ....... ........................... . .................................. . .... .... . ..... 3 2 Composição química do leite de búfala da raça murrah na região de São Carlos. Melício, S. P., Carvalho, M. R. B., Tonhati, H., Munari, D. P., Pesce de Ruiz Holgado, A., Larosa, G., Aiura, F. S. ............................................. . ............... . ...... . ........... 7 Ácidos graxos de cadeia longa em leite de búfalas mestiças Murrah - Mediterraneo. Conteúdo de ácido linoleico conjugado. Contenido de ácido linoleico conjugado. Van Nieuwenhovc, C. P., Pérez-chaia, A. B., González, S., Gutiérrez, c., Tonhati, H . .. . . ................................ ..... . ...... . ............ . ............................................................. . ................. . ...... . .. . .. . . . . . . . ... ... . . . . . . . .. 13 4 "- a Perfil da proteína e da gordura do leite de búfala da raça murrah na região de São Carlos - SP. Melício, S . P. L., Carvalho, M. R. B. C., Munari, D. P., Tonhati, H . ............................ . . . .. . . . . ..................................... . .. . . .. . ........... . . ... . .. . . . . . .......... . . .. . . . . .. . . . . 19 Métodos para determinação de gordura, proteína e sólidos totais em leite de búfalas. Gutierrez, C. Y., Seno, L. O., Carvalho, M. R. B., Draksler, D., Pesce de Ruiz Holgado, A., Oliveira, J. A., Tonhati, H . ..... . ...... . .... . . . . . . . . . ................. . 25 6 Acidez e densidade do leite de búfala da raça murrah na região de São Carlos. Melício, S. P. L., Carvalho, M. R. B., ........................ 31 Tonhati, H., Canaes, T. S., Lima, A. L. F., Ruiz Pesce, M. L., Núiiez de Kairüz, M. ................. Alterações físicas e químicas da mussarela de leite de búfala durante o armazenamento. Carvalho, M. R. B.; Bomfim, K. S. L. B.; Tonhati, H.; Modesto, Y. c.; Aiura, F. S.; Lima, T. M. A. .. ............. 35 ................... Comparação de metodologias para determinação de componentes do leite de búfala. Melício, S. P. L., Carvalho, M. R. B., Gonzalez Herrera, L. 0., L. G. Bottger, 0., Tonhati, H. . 41 IITemos sempre uma solução inovadora para 10 Aromas Conservantes Corantes Culturas Láticas Emulsificantes Especialidades Espessantes Estabilizantes Preparações de Frutas Sais Fundentes A ISP do BrasíVGermínal tem sempre uma solução técnica e criativa para auxiliar a indústria de latídnios. Suas combinações de ingredientes agregam valores fundonais aos produtos, como estrutura, textura, consistência, brilho, cor e sabor. Além disso, propida economia e fundonalidade no Espessamento, Estabilização e Gelificação de seus produtos. Para isso, os profissionais de sua equipe técnica estão sempre à disposição para auxiliar no desenvolvimento de diversos produtos lácteos: iogurtes, requeijão, queijos, manteiga, sorvetes, sobremesas, entre outros. Conte com nosso e obtenha Vantagem competitiva no mercado. li 12 13 14 Proteólise da mozzarella de leite de búfala armazenada em soro. Bomfim, K. S. L. B., Carvalho, M. R. B., Tonhati, H., Gaviolli, Y. R. N., Modesto, Y. c., Cardona, H. C., Aiura, F. S., Greggio, J. M. 47 Avaliação da produçao e qualidade do leite de rebanhos bubalinos no estado de São Paulo. Fernandes, S. A. A., Mattos, W. R., Matarazzo, S. V., Tonhati, H., O taviano, A. R., Lima, A. L. F., Ruiz Pesce, M. L. ......... Qualidade do leite de búfalas e correlações entre a produção e seus principais constituintes. Tonhati, H., Mendoza Sánchez, G., Seno, L. O . , Cerón-Muiioz, M . F., Aspilcueta-Borquis, R . R., Lima, A. L. F., Ruiz-Holgado, A. P. ; Oliveira, .I. A. ..................................................................................................................... ....................... .................. 61 ' Acompanhamento microbiológico durant S., Pesce de Ruíz Holgado, A.; Otaviano, A. R., Cadavid, H. C . .. . ................. . ......... . . ................... . . . .. .. ..... . . .... . . . . . . . . ... . . . . . . . 65 Componentes do leite de bubalinos ao longo da lactação no Estado de São Paulo. Sérgio Augusto de Albuquerque Fernandes, Wilson Roberto Soares Mat tos, Soraia Vanessa Matarazzo, Caio V inicius Roseto, Paulo Fernando Machado ................................................................................................................................................................................... 71 Teor de ácido linoléico conjugado na gordura do leite de búfalas. Sérgio Augusto de Albuquerque Fernandes, Wilson Roberto Soares Mattos, Soraia Vanessa Matarazzo, Marco Antônio Sundfeld Gama, Dante Pazzaneze Lanna, Luiz Roberto Trevisan, Caio Rosseto .......... . ................ . .................... ... . . .. . . ............. ............................. . .................. . ..... ..... . . . . . . . . . .. . . . . . . . ... . . . . . 79 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes" - Juiz de Fora - Vol. 60 (346/347); 1-88 - Set/Dez de 2005 E M P R ESA D E P ESQU ISA AG ROP E C U Á RIA DE MINAS G E RAIS Centro Tecnoló g ic o Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" ISP do Brasil Ltda " Via dil) Paineiras, 3.864 Bilirro Pinhal Cabreúva - SP CEP 13315-000 11 4529-8622 - \wl\N.ispcorp.com.br Revista Bimestral Endereço: Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" Rua Tenente Freitas, 1 16 - Santa Terezinha 36. 045-560 - Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil Tel.: 3224-3 1 16 - 0 0 0: 32 1 Fax: 3224-3 1 13 - 0 0 0 32 digitalizado por C1'�CT arvoredoleite.org EPA�'G- Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes",Set/Dez, n° 346/347, .6.Q.: 2, 2005 Pág. 2 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", SetlDez, n° 346/347, .6.Q.: 1-88, 2005 , ,\ Governo do Estado de Minas Gerais Aécio Neves da Cunha Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Gerais Silas Brasileiro Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais Baldonedo Arthur Napoleão - Presidente INTRODUÇÃO Luiz Carlos Gomes Guerra - Diretor de Administração e Finanças Manuel Duarte Xavier - Diretor de Operações T écnicas A edição deste número da Revista do Instituto de Laticínos Cândido Tostes Centro Tecnológico - Instituto de Laticínios Cândido Tostes Comitê Gerencial Gerson Occhi - Chefe do CTIILCT Fernando Antônio Resplande Magalhães - Ger. Est. do Prog. de Pesq. Processamento Agroindustrial Danielle Braga Chelini Pereira - Coord. do Programa Ensino Leite e Derivados José Lourenço Pereira Russi -Supervisor do Núcleo de Administração e Finanças - Centro Tecnológico da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, foi editada como marco de encerramento do Projeto de Cooperação Internacional entre o Brasil e Argentina "Inovação Agroalimentar: Alimentos funcionais de origem bubalina (Innovacíon Agroalimentaria: Alimentos funcionales de origen bubalino)". Projeto CAPES/SECyT nO 047/03. Nelson Tenchini Macedo -Supervisor do Núcleo de Indústria e Comércio Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes Luiza Carvalhaes Albuquerque Coordenadora de Transferência e Difusão de Tecnologia Participantes • Especialista em Marketing e Qualidade Total Jornalista Responsável Vania Lucia Alves Lacerda • Ministério de Educación, Ciencia y Tecnología. Secretaria de Ciencia e Tecnología y Innovación Productiva (SECyT). Argentina. Reg. Prof. 4.729/MG Corpo Revisor da Revista do ILCT Adauto de Matos Lemos Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Coordenação Geral de Cooperação Internacional. Brasil. • Universidade Estadual Paulista (Unesp). Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG). Faculdade de Ciencias Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, SP Célia Lucia Luces Fortes Ferreira (FCAV/Unesp). Departamento de Zootecnia. Brasil. Daise Aparecida Rossi Edna Froeder Arcuri Fernando Antônio Resplande Magalhães • Luiz Ronaldo de Abreu Departamento de Producción Animal. Argentina. Luiza Carvalhaes de Albuquerque Paulo Henrique Fonseca da Silva Os trabalhos apresentados selo de inteira responsabilidade de seus autores. Universidad Nacional de Tucumán (UNT). Facultad de Agronomía y Zootecnia. • Consejo Nacional de Investigaciones Científicas e T écnicas (CONICET). Centro de Referência para Lactobacilos (CERELA). Tucumán, Argentina. Juiz de Fora, Fevereiro de 2006 EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUARIA DE MINAS G E RAIS - EPAMIG Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes", n. I - 1946 - Juiz de Fora, Instituto de Laticínios "Cândido Tostes", 1946. v, Coordenadores Dr. Humberto Tonhati Ora. Aída Pesce de Ruíz Holgado FCAV/Unesp-Jaboticabal, SP CERELA-Tucumán E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] ilust. 23 cm n. 1- 19 ( 1946-48), 27 cm, com nome de Felctiano, n. 20-73 (1948-57), 23 cm, com o nome de Fclctiano. A partir de setembro de 1958, com o nome de Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes". I. Zootecnia - Brasil - Periódicos. 2. Laticínios - Brasil - Periódicos I . Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Juiz de Fora, MG, ed. ISSN O I 00-3674 CDU 636/637(8 1)(50) digitalizado por arvoredoleite.org � I Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", Set/Dez, n° 346/347, .6..0.: 3-6, 2005 Pág. 3 EXTRAÇÃO DE DNA A PARTIR DE QUEIJO MOZZARELLA PRODUZIDO COM LEITE DE BÚFALAS COM V ISTAS ÀS PROVAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE MISTURAS COM LEITE DE VACAI O/aviano, A. Tonha/i, Sena, J. A. Lima, A. L. BO l/ger, Pesce de Rui= Holgado, CardonCl, H. li I I R.! H. ! D. .1 F.! G. 4 A.5 C. ! RESUMO Atualmente, a pecuária bubalina leiteira apresenta-se como uma atividade economicamente atrativa, tendo em vista o preço pago pela indústria ao produtor pelo litro de leite. Tal retorno comercial é atribuído ao rendimento do leite desta espécie na obtenção de derivados, com destaque para o queijo Mozzarella. Com o aumento da demanda pela qualidade dos produtos industrializados, surge a necessidade de conhecer a origem e a constituição das matérias primas. No intuito de garantir a qualidade e a procedência da Mozzarella de leite de búfala, faz-se possível a implementação de técnicas de biologia molecular para identificação de pOl'síveis adulterações na matéria prima utilizada. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver um protocolo para extração de DNA genomico a partir de células somáticas existentes no queijo mozzarella, para posterior identificação da origem do produto. Palavras-chave: Qualidade do leite, Bubalus bubalis, Genética. I. INT R O D U ç A o ra e de 3,9 1% a 4,55% para proteína, podendo ser o queijo mozzarella é oriundo d a Itália, elaborado originalmente com leite de búfala alterados por meio de seleção (TONHATI, et aI., 2000; ROSATI e VAN VLECK, 2002). Esta rica composição confere ao Ieitc de búfalas certas par (ADDEO, et aI. 1983). O processo comumente ticularidades na produção, rcndimento e qualidade utilizado para a elaboração do queijo mozzarella é dos dcrivados obtidos. um método tradicional, onde ocorre a fermen A utilização do leite na preparação de dcriva tação da massa, que propicia a redução do pH e a dos tem sido muito pesquisada, em diferentes regiões precipitação da coalhada. Estas transformações do mundo (VERRUMA, et aI. 1993), por possuir favorecem o processo de filagem e o desenvol em sua composição elevados teores de gordura, sóli vimento das características sensoriais do qucijo dos totais, proteínas, cálcio e fósforo, conse (CHAPMAN, et aI. 198 1). quentemcnte elevando os rendimentos na fabricação A população de búfalos no Brasil tem cresci de queijos, produtos fermentados (FAO, 1991). do muito nos últimos anos, e com os conhecimen Dentre os produtos lácteos elaborados no tos atuais dos índices de produtividade e do valor Brasil, o que mais se destaca é o queijo mozzarella nutritivo do leite de búfala, é evidente a existência que tem um rendimento de 20-25% (ROSSI, 1977) de uma pecuária alternativa, tornando o leite de em função do seu elevado teor em extrato seco . búfala valioso para consumo in natura e na elabo total (NEVES, 1985). ração de derivados. Sabe-se que, no leite de búfalas De acordo com López-Calleja et aI. (2005) (Bubalus bubalis), os teores dos principais consti a identificação de produtos é de grande impor tuintes são maiores, quando comparados ao leite tância para a avaliação e composição dos alimen de bovinos, variando de 6,87% a 8,59% para gordu- tos, impedindo que .ocorram fraudes no processo 2 3 4 P rojeto Financiado pela FAPESP. Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária de .Iaboticabal- UNESP, Jaboticabal, Estado de São P aulo, Brasil. Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuària, FCAV/UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil. Universidad Nacional de Tucuman/Centro de Referencia para Lactobacilos (CERELA), Argentina Centro de Referencia para Lactobacilos (CERELA) - Tucuman, Argentina. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", Set/Dez, n° 346/347, 6..0.: 3-6, 2005 Pág. 4 de produção, como substituição parcial da matéria prima. A descrição e rotulagem dos alimentos ne cessitam ser mais precisas, permitindo aos consu midores a opção de incluí-los ou não em sua dieta (HERMAN, 200 I , HERNÁNDEZ, et aI. 2003). transparência no comércio alimentício, leis fo ram estabelecidas para produtores, no contexto abordado, a ênfase é para o tipo e leite utilizado na manufatura de queijo ou outros produtos pro venientes do leite. O queijo mozzarellla é ma nufaturado a partir de leite de búfalas (Bubalus bubalis), e em alguns países esse tipo de queijo, é produzido a partir de leite bovino, o que pode caracterizar fraudes, quando os mesmo são comer cializados como "mozzarella de búfala" (LÓPEZ CALLEJA et a I . 2005). O presente estudo teve por objetivo, des crever um protocolo para extração de DNA a partir de células somáticas existente no queijo mozzarella, proporcionando assim, o material genético necessário para futuras aplicações de técnicas de marcação molecular visando o maior controle da procedência deste alimento. MATERIAL E MÉTODOS Utilizaram-se amostras de queijos tipo mozzarella comercial e mozzarella pura de leite búfala. também lavagens com etanol para a obtenção do S o l uções de Tra b a l h o material puro e íntegro. Ao final de todas as Tampões REAGENTES Em resposta para aumentar a demanda e Tris-HCI ( I M) pH 7,6 KCI ( I M) MgCI2 ( I M) EDTA (O, I M) NaCI ( I M) Água MilliQ qsp Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", SetlDez, n° 346/347, 6..0.: 3-6, 2005 Ta m p ã o TKMl Tam p ã o TKM2 5 ml 0,5 ml 5 ml 0,5 ml 5 ml 0,5 ml l O ml 1,0 ml e com concentrações variando entre 1,0 e 3,0 ug/ mL (Figura I ). I - 2- leche. Tal retorno comercial es atribuido ai ren obtención de derivados, con destaque para el queso Mozarela. Con el aumento de la demanda por la calidad de los productos industrializados, surge la necesidad de conocer el origen y la 50 ml constitución de las materias primas. Con la ne Filtrar em filtro 0,2 M cesidad de garantizar la calidad y la procedencia ou autoclavar a solução Estocar a 4° e. de la Mozarela de leche de búfala, se hace posible TE molecular para la identificación de posibles la implementación de técnicas de biología adulteraciones en la materia prima utilizada. De 10: 1 REAG ENTES Tris-HCI (I M) pH8 0,5 ml EDTa (O, I M) 0,5 ml esta forma, el presente trabajo tuvo como objetivo desarrollar un protocolo para la ex tracción de DNA genómico a partir de células somáticas existentes en el queso mozarela, para 50 ml Água MilliQ qsp posterior identificación de origen dei producto. P a l a v r a s- c h a v e : SDS 20% QUANTIDADES REAG ENTES lO g F i g u r a 1. 50 ml Água MilliQ estéril qsp REAG ENTES zare\la, e colocar dentro de t u b o NaCI (P.M.=58,45) eppendorf 2 ml. Água MilliQ estéril qsp 3- no mínimo por 4 horas em banho maria a 55 °C, ou overnight. 4- Retirar do banho, transferir o sobre nadante para novo tubo eppendorf. 5- Adiconar 200 uI de SDS 20%. 6- Colocar novamente em banho-maria 7- por 10 minutos a 55 0e. Adicionar 200 uI de NaC I 6M , em seguida agitar levemente e adicionar 800 ui de etanoI absoluto gelado. 8- Centrifugar por 15 minutos a 10000 rpm a 4°C. 9- Descartar o sobrenadante. Colocar etanol 70% e centrifugar por 15 mi nutos a 10000 rpm. 1 0 - Descartar o sobrenadante. SEQ Figur a \* A R A BI C I Ele troforese em gel de agarose 0,8%, zzarella. Amostras 3 (mozzarella de búfala) e 5 (queijo comercial), as de QUANTIDA D ES mais são extrações realizadas com outros protocolos. 35,06 g 100 ml Após a extração do DNA, 4ul da amostra foram adicionadas a 3 ui de tampão de corrida, em seguida foram submetidas à eletroforese em gel de agarose (0,8%), em tampão TBE I X (Tris HC I 89 mM� EDTA 2,5 mM e Ácido Bórico 89 mM e pH 8,3) com brometo de etídio (0,05 (/ mL) a 100V, por aproximadamente 40 minutos. A visualização do DNA foi feita em luz ultravioleta (UV) e o gel será fotodocumentado em aparelho Gel-Doc (Bio-Rad). RES ULTA DOS E DISCU ssAo Foram feitos vários testes c o m outros protocolos descritos para extração de DNA total de sangue. Os mesmos, quando utilizados para A possibil idade obter o DNA a partir de alimentos sendo eles manufaturados ou não podem, futuramente, auxiliar a caracterização de fraudes prevenindo os consumidores sobre o tipo de alimentos que estão consumindo. Muitos países, como os da União Européia utilizam-se de técnicas como PCR (Reação em Cadeia de Polimerase), para caracterizar a origem dos ai imentos manu faturados, e assim punir aqueles que infringem as leis estabelecidas no comércio (LÓPEZ-CALLEJA et aI. 2005). tribuir para a obtenção de DNA de qualidade e Os resultados obtidos neste estudo nos I 1- Deixar os tubos secarem invertidos. encontradas, necessitando adequar protocolos 12 - Adiconar 50 ui de TE (10:1) relacionados ao tempo de. banho, centrifugação e O protocolo desenvolvido proporcionou a obtenção de DNA de ótima qualidade. • the actlvlty that involves economical profit d ue to the value paid to producers by industry for milk liter. This can be attributed to the revenue of milk to industry for Mozzarella cheese production. With the growing on demand to the quality of industrialized products, appears the necessity to know the origin of prime matters. On intent to keep the quality and origin of buffalo's milk Mozzarella cheese it's possible the use of molecular biology method � to identify fraud occurrence on utilized prime matter. So, this study was carried on intent to develop a protocol to extract the genomic DNA of somatic cells from Mozzarella cheese, for further identification of product origino Keywords : Milk Quality, Bubalus bubalis, R E FERÊN CIA BIBLIO G R Á FICA permitem inferir que: • Nowadays, buffaloes for milk production shows a interesting Genetics. C O N C Lu s A o extração do DNA em queijo, não puderam con quantidade satisfatória. Algumas dificuldades foram A B STRACT mostrando o DNA extraído de célu las somáticas de queijo tipo mo Adicionar 200 u I de Nonidet P - 4 0 Colocar 1000 uI de solução TK I , deixar C alidad de la leche' Bubalus bubalis, Genética. SDS (Dodecil Sulfato d e Sódio) Pe sar 25 mg de queijo tipo moz ( 12,5% ) . atractiva, teniendo como objetivo un buen precio pago por la industria ai productor por el litro de 20 ml 500 ml Actualmente, l a pecuaria bufalina lechera se presenta como una actividad económicamente dimiento de la leche de esta cspecie en la NaCl 6M satllrado P r o ce d ime n t o s : RESUMEN adequações realizadas, a extração do DNA total permitiu obter amostras com qualidade satisfatória Pág. 5 O material genético obtido das células somá ticas pode ser utilizado para possíveis in vestigações, no âmbito molecular, visando identificação da procedência do produto. ADDEO, F.; COPOLA, S. Aspetti tecnologici e microbiologici della transformazione dei latte di búfala in mozzarella e ricota. 11 Latte, V. 8, p. 706-723. 1983. CHAPMAN, H.R.; SHARPE, M.E. Microbiology of cheese. In: Dairy Microbiology. London: Applied Sciences Publishers, p. 157-243. 1981. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.0.: 3 -6, 2005 Pág. 6 FAO. O búfalo. B rasíl ia: M i nistério da Agricultura; S ão Paulo: Associação B rasileira de Criadores de Búfalo, (FAO . Produção Ani m al e S aúde), v. 4 p. 3 2 0 . 1 99 1 . HERMAN, L. D etermi nation of the animal origino of raw food by species-specifi c PCR. Journal of ' D a i ry Res earch, v. 68, p. 420-43 6 . 200 1 . H E RN ANDEZ, M . ; F ER R AN D O , A . ; E S TE V E , T. ; P U I G D O MENECH, P. ; PRATE, S . , & P LA, M . Real-time and conventional polymerase chain reac t i on s y s t e m s b as e a d o n the m e t a l o c a r b o x y p e p t i d a s e i n h i b i t o r g e n e for s p e c i fi c detection and quat i fi cation o f potato and tomato in processed foo d . Journal of Food Protection, v. 6 6 , p . 1 0 63 - 1 0 7 0 . 2 0 0 3 . LOP E S -C ALLE J A, 1.; GONZÁLEZ ALONSO, 1.; FAJARDO, Y.; RODRÍGUEZ, M.A.; HERNÁNDEZ, P. E . ; GARGÍA, T. ; MARTÍN, R. 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Manuali d i tecnologia casearia. B ologna: Agri cule, p 6 8 4 . 1 97 7 . TONH ATI, H. et a I . P arâmetros genéticos para a p rodução de leite, gordura e proteína em bubal inos. Rev i sta Brasileira de Zootecnia., Viçosa, v. 29, n. 6, p . 2 0 5 1 -2 0 5 6 , 2 0 0 0 . S uplemento. VERRUMA, M . R. ; OLIVERIA, A .l . ; S ALGADO, 1 . M . Ava l i ação q u í m i c a e nutri c i onal do queij o mozzare l l a e i og u r t e d e l e i te d e b ú fa l a . S c i . Agri c . P i rac icaba, v . 5 0 (3 ) p . 4 3 8 -443 . 1 99 3 . RESUM O Diante da atual produção de leite de búfala no país para consumo direto e industrialização, e ainda, a crescente procura pela garantia da qualidade do leite e a falta de padrões referentes a este produto, realizou-se este trabalho para avaliar a composição química do leite de búfala da raça Murrah durante o período de lactação e ordenha. Foram avaliadas amostras de leite de 1 1 búfalas da raça Murrah, da região de São Carlos-SP, todas na terceira Qtdem de lactação e com parição no mesmo mês. As amostragens foram realizadas mensalmente após período colostral sendo o leite de cada animal proveniente das duas ordenhas (manhã e tarde) pesado e analisado. P orcentagens mais elevadas para EST e ESD foram observadas nos primeiros e últimos meses de lactação e as menores nos meses intermediários. Os valores médios obtidos foram maiores para a ordenha da tarde no 1°, 5°, 6° e 7° mês de lactação. A menor % de proteína foi observada no 5° mês (3,97%) com aumento até o final da lactação, obtendo-se significativa diferença entre a ordenha da manhã (4,53%) e da tarde (4,06%) no 2° mês. A % média observada para a gordura no 1 ° mês de lactação foi 6 , 8 1 % e a menor no 4° (6,66%) havendo um aumento com '0 decorrer dos meses subsequentes. As menores % foram obtidas no meio do período de lactação. Com exceção do 3° mês, o leite vespertino apresentou-se mais rico em gordura que o matutino, o que pode ser atribuído à menor quantidade de leite produzida a tarde. A produção média de leite observada foi de 4 Kg, com maiores valores no 1 °, 2° e 4° mês de lactação, havendo um decréscimo a partir deste mês e mantendo-se constante até o final da lactação. As variações observadas para os componentes do leite no decorrer dos meses de lactação podem ser consequências dos manejos de ordenha e nutricional. Palavras-chave: búfala, composição química, lactação, leite, ordenha. 1 . INTRO D U Ç Ã O N o B r as i l , a b u b al i n o c u l tu ra t e m se destacado como atividade para produção de carne e leite, em particular na regi ão Sudeste. O leite de búfa l a é dest i n ado, q u as e na s u a total i d ade, à produção de queij o mbzzarella que tem mercado assegurado e com p reços compensatór i o s . Com este incentivo, os "C ri adores estão buscando infor mações sobre este an i m al e sobre a qual idade do leite produzido, formando novos rebanhos. O leite de búfala possui características típi cas que o diferenciam do leite de vaca, pois contêm maiores teores de p roteína, gordura e m i nerais como cálcio e fós foro (PATEL & M ISTER, 1 99 7 ; D U B E Y et aI . , 1 99 7 ; VALLE, 1 990), b e m como mais altos teores de lactose e c inzas. As quantidades destes componentes fazem deste leite matéri a priI 2 3 4 t" .. " .. i • It f r�t ·'''0'': � Pág. 7 ma excelente para a produçã o de deriv ados, em espec i al a mozzarella. A q u a n t i d ade de l e i te pro d u z i d a e a s u a c o m p o s i ção apre s e n tam vari ações i m p ortantes em função de vários fatores, entre eles o estágio de lactação, a idade, a alimentação, a raça, o ma nej o (WALSTA & JENN E S S , 1 9 8 7 ) . O valor m é d i o de proteína encontrado por F U RTA D O ( 1 9 8 0 a ) fo i 4 , 7 9% e p ara g o r d u ra 6,60% . ISEPON et aI . ( 1 984) encontraram valores com médias iguais a 5 ,06% de proteína e 7,28% de gordura. Valores menores foram obti dos para leite de búfalas da raça Murrah por BENEDlVES et aI., (2 0 0 1 a,b), sendo respectivamente 3 , 5 7 e 4 , 9 7 p ara proteína e gordura e DUARTE e t a I . (200 1 ) encontraram porcentagens médias de 4,20 e 6,96% . Os val ores p a r a extrato seco total encon trados n a l iteratura vari aram de 1 2 ,52 a 1 8 ,99% Mestre em Zootecnia Professor da FCAVUnesp-Jaboticabal, SP. Mestre em Ciências dos Alimentos Centro de Referencia para Lactobacilos (CERELA), Tucuman, Argentina. digitalizado por C"TI\lCT arvoredoleite.org AIRL,OTECA EPAM\G - Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, 6.D.: 7 - 1 2, 2005 8 (TON H AT I e t a\ . , 1 99 8 b; B EN E V I D E S et aI . , 2 0 0 1 c ) . P ara o extrato seco desengordurado os valores m é d i os encontrados variaram entre 9 , 3 2 a 1 0 , 2 4% ( FA R I A , 1 9 9 7 ; N A D E R F I LH O e t a\ . , 1 9 9 6 ) . O propós i to deste estudo foi aval i ar com posição química do leite de búfala da raça Murrah durante o período de l actação e ordenha. M ATERIAL E MÉTODOS Foram avaliadas as amostras de leite de 1 1 búfalas da raça M urrah, do rebanho da F azenda Betel, localizada no município de S ão Carlos-SP, todas na terceira ordem de l actação e parição no mesmo mês. As fêmeas foram submetidas a duas ordenhas manuais d i ár i as e m an ej ad as em pas tagens formadas com capins do gênero B rachiaria e i rr e g u l arm e n t e s u p l e m en t a d as com c e v a d a (resíduo de cervej aria) durante a lactação e s i l agem de m i lh o durante o período seco . As a m o s t ra g e n s for a m r e al i zadas m e n salmente após período colos traI durante o s 8 meses de l actação. N as duas ordenhas (manhã e tarde) realizadas manualmente com bezerro ao pé, o leite de cada animal foi pesado e em seguida retirada a amostra, a qual foi m antida refr igerada e trans p ortada para an á l i s e no D e p artamento de Tec n o l o g i a d a F C AV/UN E S P - J a b o t i c a b al p ar a d e t e r m i n ar e m t r i p l i c a t a , as p o rc e n t a g e n s d e gordura, d e proteína bruta, d e extrato seco total, de extrato seco desengordurado e cinzas, conforme normas do Instituto Adolfo Lutz ( IAL, 1 98 5 ) . A porcentagem de carb o i d rato fo i c a l c u l a d a p o r d i feren ça entre os constituintes sóli dos (prote ína, l i p ídeos e c i nzas) e u m i dad e . Foram real izadas anál ises de vari ância de medidas das variáveis es t u d a d a s , r e p et i d as n o t e m p o , com u m fat o r ordenha em d o i s n íveis (parcela) e u m fator mês com oito níveis (subparcela) em um delineamento em blocos ( 1 1 animais) ao acaso. O modelo mate mático uti lizado incluiu os efeitos fixos de orde nha, animal e mês e as interações entre ordenha x an i mal e ordenha x mês. As anál ises estatísticas, o s testes de n o r m al i dade dos erros e homoge neidade das variâncias foram real izados utilizando o programa computacional SAS ( 1 992 ) . As variá vei s cinzas e produção de leite foram submetidas às trans formações logarítm i c a 1 rt::\ ...; (x) ' b ruta In (x). e protema R E S U LTAD O S E D ISCUSSÃO As méd i as observadas p ara a compos i ção q u í m i ca e produção do leite de búfala durante o período de lactação estão apresentadas na Tabel a I . Ta b e l a 1 . P ro d u ç ã o e c o m p o s l ç ao q u í m i c a média observada d o leite d e búfala d a raça Murrah, na região d e S ão Carlos S P, durante o ito meses de l actação . % D esvio padrão 1 7, 0 7 1 , 92 9,86 1 ,38 4,32 0, 1 1 7,25 0,76 4,87 1 ,40 0,21 1 ,3 5 4 , 00 0, 1 C o m p o n e n te E x trato s e co total ( E S T) Extrato seco desengordurado (ESD) Prote í n a B ruta ( P B )' Gordura (G) C i nzas 2 Carb o idrato P rodução de Leite (kg)2 L e i te (kg) Valores transformados ( 1 ) 1 rt::\ ' (2) In ...; (x) (x) Durante a l actação o teor de p roteína bruta variou de 3, 1 5 a 5 , 7 1 % com valor médio de 4,32 0, 1 1 %, v alor este semelhante aos encontrados por p e s q u i s adores bras i l e i ros, cuj a p orcentagem de p rote ína bruta observada p ara o l ei te de búfal a osci lou de 3 , 5 7 a 4,42% (TONHATI et a\ . , 2000; B ENEVIDES et aI. , 200 1 b, DUARTE et a\ ., 200 1 ). O lei te de búfala apresenta teor de proteína mais elevado quando comparado ao leite de vaca de raças especial izadas no Bras i l . A esse respeito FONSECA & S ANTOS (2 0 0 0 ) rel ataram v alores osci lando entre 3 , 1 1 e 3 ,68% . Para a gordura a porcentagem méd ia obser vada foi de 7,25%± 1 ,4% , com variação de 3 ,4 a 1 1 , 7% . Estes resultados são semel hantes aos en contrados por DUARTE et a\. (200 1 ) e TON HATI et a \ . (2000) porém, superiores aos descritos por B ENEVIDES et a\. (200 I a). Uma grande variação também foi encontrada por MACEDO et a\ . (200 I ) estudando a composição fís ico-química do leite de búfal as Med i terrâneo no Oeste do E stado de S ão Paulo, ressaltando que a gordura é um dos com ponentes mais susceptíveis a alterações em função de inúmeros fatores como raça (grupo genét i co), n íveis e fontes de al imentação, estádio e número de l actação. O v alor m é d i o de carb o i drato fo i de 4 , 8 7 ± 1 , 3 5% confirmando os valores encontrados por BENEVIDES et a\. (200 1 c) e apresentando-se in fer iores aos encontrados por PAT E L & M ISTRY ( 1 99 7 ) . O teor de cinzas variou de 0,08 a i , 1 4% com m é d i a de 0 , 7 6 ( 0 ,2 1 % , valor este superior ao e n c o n trado p o r V E R R U M A & S AL G A D O ( 1 994) estudando o l e i te de búfalas J afarabadi e s e m e l h an t e a o s c i t a d o s p o r F E R R A R A & INTRI E R I ( 1 9 7 5 ) . Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, 6.D. : 7 - 1 2, 2005 aI . (200 I a) e DUARTE et a\. (200 1 ) que encon traram média de 6, 1 0 e 6,05 kg, respectivamente. As an ál i s e s e s t at í s t i cas para os c o m p o n e ntes d o l e i te (Tab e l a 2 ) m o straram q u e o s e fe i tos observ ados para an i m al e m ê s afetaram s ign i fi cativamente a % EST, % PB e % G. A inte ração an i m al x ordenha fo i s i g n i ficativa p ara a % E ST e a i n teração ordenha x mês para % EST, % P B e % G , i n d i cando que h o uveram respostas d i ferentes e s i gn i fi c ativas de ordenha, conforme mês, p ara e s tes componente s . Os componentes p rote í n a bruta, gordura, car b o i d rato e c i nzas constituem o extrato seco tota l do leite, componente este que apresentou a mai or vari ação, o s c i l ando entre 1 1 , 1 5 a 22,28% e co m p o rcentagem m é d i a de 1 7 , 0 7 1 , 9 2% , estando de acordo com os reportados na l iteratura (D U B E Y et aI . , 1 99 7 ; BENEVIDES et aI., 200 I c e D UARTE et aI . , 200 1 ) . A produção de leite apresentou valor médio d e 4, 00kg, osc i l ando entre 1 ,29 a 9 , 7 7 kg, mos trando-se inferiores aos citados por BENEVIDES et Ta b e l a 3. Pág. 9 M éd i as estimadas para a compos i ção quím i ca e produção (PL) do leite de búfalas da raça Murrah, durante os meses de l actação e período de ordenha. Co m p o n e n te Ordenha % J UL AGO S ET OUT NOV D EZ JAN FEV EST M anh ã Tarde Média 1 6, 9 6 B 1 8,35A 1 7,52a 17,17 1 8, 1 6 1 7,66a 1 5 ,99A 1 4 , 82 B 1 5,45c 1 5 , 94 1 6, 1 6 1 6,27c 1 5,53B 1 7,02A 1 6,45bc 1 6, 1 1 B 1 8 ,00A 1 7 , 0 8ab 1 7, 1 8B 1 8,65A 1 8,09a 1 8,03 1 7,68 1 8, 1 8a ESD Manhã Tarde Méd i a 1 0,63 1 0,91 1 0,72a 1 0,33 1 0 , 04 1 0 , 1 9 ab 9,02 8,06 8,55c 9,78 9,42 9,63bc 9,20 1 0,05 9,70bc 9,5 1 9, 1 2 9,2 8 b c 1 0,5 8 9,57 1 0, 2 3 a b 1 0,73 9,78 1 0, 5 1 ab PB Manhã Tarde Média 4 , 22 4,35 4,26bc 4,53A 4,06B 4,26bc 4 , 22 4,06 4 , 1 4 cd 4 , 09 4, 1 8 4, 1 8cd 3,78 4,06 3 ,9 7 d 4,3 1 4,22 4,26bc 4,8 1 4,62 4,76a 4,66 4, 3 5 4 , 6 2 ab G Manhã Tarde Média 6 ,3 3 B 7,45A 6 , 8 1 bcd 6,84B 8, I I A 7 ,4 7 abc 6,98 6,76 6,90bcd 6, 1 9 6,78 6,66d 6,32 7,00 6,74cd 6,59B 8,77A 7,96a 6,63B 9, 1 0A 7 , 8 7 ab 7,30 7,90 7 , 6 7 abc C i nzas Manhã Tarde Média 0 , 92 0,89 0,9 1 0,84 0,78 I 0,74 0 , 74 0,67 0,73 0,66 0,74 73 0,8 0 , 72 0,77 0, 5 8 78 Manhã Carboidrato Tarde Médi a 0,56 0,77 0 , 64 5,50 5 , 69 5,55 4 ,03 4,04 4,01 4 , 96 4,59 4,70 4,98 5, I ° 4,97 4,40 4, 1 7 4,36 4,96 4, 1 3 4,66 5,27 6 , 04 5 , 64 Manhã Tarde Méd i a 5 ,95 3,56 4,53a 4 , 94 3,19 3 ,84b 5,95 3 , 70 4,53a 4,94 3 ,43 4 , 1 6b 5, 1 7 3,3 1 3 , 84b 5, 17 2,97 3 , 84b 4,94 2, 7 8 3,3 1 b PL (kg) 6,57 3,08 4,34a Médias seguidas de letras maiúsculas nas colunas e m inúsculas nas linhas indicam diferenças estatísticas pelo Teste de Tukey (p<0,05 ) . Ta b e l a 2 . Anál ise d e variân c i a da produção (PL) e com p o s i ção q u í m i c a do leite d e búfalas da raça Murrah, durante o ito meses de lactação. Q u a d ra d o M é d i o Causas de Va r i a ç ã o GL EST ESD PB G Ordenha ( I ) Animal ( 1 ) An i m al x Orden h a Mês Ordenha x Mês 1 10 10 1 9, 04NS 1 4 ,9 1* 4 , 3 9** 4 , 2 6N S 3 , 1 0N S 2,03NS 0 , 02NS 0 , 0 6** O , O I NS 4 0 , 9 9** 8 , 8 1 ** I , l lNS 0 , 02NS 0 ,07NS 0 , 0 5N S 0 , 0 02 N S 1 ,9 7 N S 2,44NS 7 1 7 , 5 0** 9 , 1 5** 0 , 0 6** 4 , 9 0** 0, 06NS 5 , 96NS O,O I NS 7 5 , 3 1 ** 2, 00NS 0 , 0 2** 3 ,6 5** 0,03NS I , OONS 0,005NS (I) C i n z a s Carboidra to PL 0 , 5 0** 0 , 02** 0,003NS Para o teste de h ipóteses deste efeito foi util izado o valor d o resíduo da interação Animal x Ordenha. digitalizado por arvoredoleite.org P ág. 1 0 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.0.: 7 - 1 2, 2005 As médias para as análises quím icas do leite de b ú fa l a durante os m e s e s de l ac tação e n a s ordenh as da m anhã e da tarde estão apresentadas na Tabela 3 . O s valores médios estimados para o E ST não apresentaram d i ferenças s igni fic at i v as (P>q , 0 5 ) entre a s ordenhas no segundo, quarto e oitavo mês de l actação. Os valores médios para a ordenha da tarde no primeiro ( 1 8,35%), quinto ( 1 7,02%), sexto ( 1 8 , 0 0% ) e sétimo ( 1 8 , 6 5% ) mês foram m a iores (P<0,05) que os da ordenha da manhã nos respecti vos meses ( 1 6,96% ; 1 5,53%; 1 6, 1 1 % ; 1 7, 1 8%). No terceiro mês de lactação a pbrcentagem de extrato seco total foi maior (P>0,0 5 ) na ordenha da manhã. O ESD não apresentou diferença s i gn ificativa entre ordenhas, sendo encontrada a maior m é d i a para este componente no primeiro m ê s de lactação ( 1 0,72% ) e a menor no terceiro mês ( 8 , 5 5% ) . Porcentagens mais elevadas p ara EST e E S D foram observadas n o s primei ros e últimos meses de lactação e as menores nos meses intermedi ários. A maior médi a para o E S T foi obtida no o itavo mês ( 1 8 , 1 8% ) podendo ser em conseqüên c i a da menor produção de leite (3,3 1 kg) observada neste mês. Estes resultados estão de acordo com as obser vações feitas por DUBEY et a! . ( 199 7 ) que tam bém encontraram valores i n feriores no m e i o d o período de lactação. P a ra a P B os v al o res m é d i o s es t i m ad o s para o segundo mês apresentaram s i g n i fi c at i v a d i ferença (P<0 , 0 5 ) entre as ordenh as da m anh ã (4, 5 3% ) e da tarde (4,06% ) . A porcentagem mé dia de PB no p r i m e i ro mês de l actação foi de 4,26% e a menor porcentagem deste componente foi obtida no quinto mês (3 ,9 7% ) a qual aumentou até o fi nal do período, sendo a maior média ob servada no s é t i m o mês ( 4 , 7 6% ) . Este compor t a m e n to está d e acordo com H O L M E S & WILSON ( 1 99 0 ) que rel ataram, em bovinos, u m d e c ré s c i m o d a c o n c e n t r aç ã o d e p r o te í n a a t i n g i n do v a l o r m í n i m o e m torno d o p i c o d e lactação aumentando rap i dam ente até o m áx i m o valor e decrescendo a part i r d a í menos acentua dam ente do que a produção de leite . Observação esta n ão cond i zente à fe i t a p o r I S E P ON et a I . ( 1 9 84 ) e DUARTE et a I . (200 1 ) q u e rel ataram aumento progressivo da proteína com o decorrer do período de l actação. Na o rdenha da m a n h ã o s val ores m é d i o s estim ados para a % d e G , foram sign i fi cativamente menores que os da ordenha da tarde no primeiro (6,33 vs 7,45% ) , segundo (6,84 vs 8 , 1 1%), sexto (6, 59 vs 8,77%) e sétimo (6,63 vs 9, 1 0% ) mês de lactação. Notou-se, com exceção do terce i ro mês, que o leite vespertino apresentou-se mais rico em gordura que o matutino durante todo o período de lactação, fato este podendo ser atribuído à menor quanti dade de leite produzida na ordenha da tarde. A p or c e n t age m m é d i a o b s e r v a d a p ar a a gordura no primeiro mês de lactação foi de 6,8 1 % e a m e nor no q uarto (6, 66% ) ocorrendo um au mento deste componente com o decorrer dos meses s u b s e q uentes . As m e n o res p o rcentagens deste componente foram encontradas no meio do período de l actação, comp ortamento este semelhante ao observado por DUBEY et aI. ( 199 7 ) . Os valores médios estimados p ara c inzas e carb o i dr at o n ão apresentaram d i ferenç as s i gn i fi cati vas (P>0 , 0 5 ) p ara o s efeitos mês e orde� h a. A produção média de leite observada fOI de 4,Okg sendo os maiores valores obtidos no primeiro, segundo e quarto mês de lactação havendo um de créscimo a parti r deste mês permanecendo constan te até o final da lactação. Esta observação é d iscor dante dos rel atos de TONHATI et aI. ( 199 8 a) de que a p rodução de l e i te aumenta gradativa� ent e . até o segundo mês após o parto, diminuindo a p artIr do mesmo até o final da l actação. As vari ações o b servadas p ara os compo nentes do leite no decorrer dos meses de lactação podem ser conseqüências dos manejos de ordenha e nutricional a que foram submeti das as búfalas durante o período aval iado. Ressalta-se ainda, que as ordenhas foram feitas com bezerro ao pé pre jud i cando assi m a acuráci a da medida de produç ãO . por não ter s i do controlada a i ngestão de l e Ite pelo bezerro. Outro fator observado foi o estresse no manej o durante a ordenha, fato este que pode ter influenciado na liberação do leite pela búfala. Consi derando-se que as búfalas encontravam se na mesma ordem de parto com parição no mesmo mês suspeita-se que o manejo nutricional possa ter i n terfe r i do na produção e c o m p o s i ção do le i te, visto que os animais eram al imentados em lotes de acordo com a produção. Alé m disso, a escassez de volumoso (si lagem de m i lho) durante o período de lactação pode ter contribuído com as alterações de produção e quantidades de nutrientes. A F i gura I apresenta as vari ações m é di as estim adas para produção de leite, EST, ESD, PB e G durante os o i to meses de l actação. 20 19 18 17 fi. 16 � t� .5 o ." � Õ • � o o 13 12 11 10 9 8 � 5 4 3 2 • • • • • • • • ��--�----�----+ Mosos do lac!ação I-a-EST __ ESD --PB Figura 1 . Gordura __ Produçâodo 101. I Valores médios estimados para produção (kg) e porcentagens de EST, ESD, PB e G durante os oito meses de lactação. Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S etlDez, n° 346/347, .6.0.: 7 - 1 2, 2005 CO N C L U S Õ E S O s resultados d o presente trabalho p ermi tem concluir q u e o leite d e búfala possui elevados teores de E S T, G e PB sendo o l eite vespertino mais rico em gordura que o m atutino e, portanto apresentando-se como um p roduto interessante à produção de derivados l ácteos . AB STRACT Ahead of the current m i l k p roduction of buffal o in the country for direct consumption and industri al ization, and still, the increas ing search for the guarantee of the q u al i ty of m i lk and the lack of referring standards to th i s p ro duct, this work was beco me fullfilled to evaluate the chemi cal composition of the m i lk of buffalo of the Murrah race during the period of lactation and m ilks. Milk samp les of I I b u ffalos of the Murrah race h ad been evaluated, of the region of Are Carlos-SP, all in the th ird order of lactation and with parição in the same month . The samplings had been carried through month ly after colostral period being the milk of each animal proceeding from the two m i lk (morn ing and late) we ighed and analyzed. Raised percentages m o re for EST and ESD h ad been observed in the first and l ast months of l actation and the m i nors in the · i ntermedi ate month s . The gotten average values had been bigger for milk of the afternoon in 1 °, 5°, 6° and 7° lactation month . Protein minor % was observed in 5° month (3,97%) with increase until the end of the lactation, getting itself s i gn i ficant di fference between m i lks of the morn ing (4,5 3% ) and the aft ernoon (4 ,06% ) in 2° month . % average o b served for the fat in 1 ° lactation month were 6. 8 1 % and the m i nor i n 4 ° (6,66% ) having a n increase with elaps ing o f the subsequentes month s . M inors % had been gotten in the way it period of lactation. With exception of 3° month, vespertine m i lk was presented richer in fat that the matutino, what the aft ernoon can be attri buted to the lesser amount of produced milk. The average observed m i l k production was o f 4 kg, with b i gger values in 1 °, 2° and 4° l actation 111 0 n t h , h av i n g a d e c rease from t h i s c o n s t ant 1110nth and remaining themselves until the end o f t h e l actat i o n . The v a r i a t i ons o b s e rv e d for t h e components o f m i l k in e l a p s i n g of t h e lactation 111 0nths can be conseq uên c i as of the m anejos of l11ilk and nutricional. Keyw ord s : buffalo, chemical compos ition, lactation, m i l k . R ESUMEN Debido a la actual producción de leche de b ú fa l a en e l B ras i l p ara c o n s u m o d i re c t o e Pág. 1 1 i ndustri alización, y aun, por la creciente procura por l a garantía de la cal idad de l a leche y a l a falta de estándares con este producto, se real izo este trabajo para calcular la compo s i c i ó n q u í m i ca de l a l eche de búfal a de la raza M u rrah durante el p e r i o d o de l a c t an c i a y o r d e fí o . Se e v a l u aron muestras de leche de 1 1 búfalas de la raza Murrah, de la región de S ão Carlos-SP todas en la tercera lactancia y paridas en el m ismo mes. Las muestras fueron realizadas mensualmente luego dei periodo " c a l o s tra" s i e n d o la l e c h e d e c a d a a n i m a l proveniente d e [ o s d o s ordefíos (mafíana y tarde) pes ados y anal izados . S e observaron porcentajes m as elevados para EST y E S D en los primeros y últimos m eses de l actanc i a y l as menores en los m e s e s i n t e rm e d i ar i o s . Los v a l o res m e d i o s o b ten i dos fueron m ayores p ara e [ ordefío de [ a tarde e n 1 °, 5 ° , 6 ° e 7° mes de [actancia. E[ menor porcentaje de proteína fue observado en e[ 5 ° mes (3 .9 7% ) con aumento hasta e[ final de la lactancia, e ncontrándose una d i feren c i a e s t a d í s t i camente s ignificativa entre e[ ordefío de [a mafiana (4 . 5 3% ) y el d e la tarde (4 . 06% ) e n e l 20mes. E I porcentaje m e d i o de grasa observado en el p r i m e r mes de l a c t an c i a fue de 6 . 8 1 % y el m e n o r e n e l 4 0 (6. 66%) habiendo un aumento con e l decorrer de los meses subsecuentes . Los menores porcentajes fu e ron o b ten i d o s e n el m e d i o d e i p e r i o d o de lactan c i a . Con excepc i ón dei 3 0 la leche de la tarde presento más grasa que la de la mafíana, lo que puede ser atri buido a la menor canti dad de leche producida en la tarde. La producción med ia de leche observada fue de 4 Kg, con mayores niveles en el 1 °, 2° y 4° mes de lactancia, hab iendo una disminución a partir de este mes y mantenié ndose c o n s t ante h as t a el fi nal de la l a cta n c i a . Las variac i ones observadas para los com ponentes de la leche en el decorrer de los meses de lactancia pueden ser consecuenci as de los manejos de ordefío y nutr i c i ón . P a l a b r a s c l a ve: b ú fa l a , c o m p os i c i ó n q u í m ica, lactac i ón, leehe, ordefío . REFERÊNCIAS B E N E V I D E S , C. M . J.; T R I G U E I R O , I . N . ; SANTOS, M . A . F. Estudo da variação da produçã o e do t e o r de gordura, do l e i te de b ú fala ( R a ç a Murrah) na m i croregião de Catu-Ba em 1 65 d i as de l actação. H i g i e n e A l im e n t a r, Sã o Paulo, v. 1 5 , n. 8 0/8 1 , p. 1 00 , 200 1 a. B E N E V I D E S , C . M . J . ; T R I G U E I RO , I . N . ; SANTOS, M . A. F. 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EI 60% dei perfil de ácidos grasos de cadena largacorresponde saturados, eI 3 8,6% a monoinsaturados y el resto a poliinsaturados. EI ácido linoleico conjugado (CLA) alcanzó un valor promedio de 4,8 mg/g de grasa. Los tratamientos sucesivos de refrigeración, homogenización y pasteurización de la leche no incidieron de manera significativa sobre el contenido de ácidos grasos de cadena larga, incluido el CLA, el cual demostró ser un compuesto estable a las diferentes condiciones de procesamiento. Variaciones particulares fueron determinadas durante un período completo de lactación, donde el CLA fluctuó de acuerdo a la dieta ingerida por el animal. Los mayores valores (6,3 mg/g de grasa) se obtuvieron durante los meses de Mayo a Julio, donde los animales recibieron como suplemento el despunte de cafia de azúcar. Pala bras Claves: ácido linoleico conjugado, leche de búfala, ácidos grasos de cadena larga. INTRO D U C C I ÓN .. HOLME S , C . W . ; WILSON, C . F. P rod ução d e l e i te a p a sto. C a m p i n as : I n s t i tuto C a m p i n e i ro de Ensino Agrícola, 1 99 0 . 7 0 8 p . TONH AT I , H . et a\. P arâmetros genéticos para a p r o d u ç ão d e l e i te , g o r d u r a e p ro t e í n a e m b u b a l i n o s . Revista Soci e d a d e Brasil eira d e Zootec n i a , Viçosa, v . 2 9 , n . 6 , p . 1 3 2 0- 1 3 2 5 , S u p l e m en to 1 , 2 0 0 0 . INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1 - Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 3 ed. São Paulo: Secretaria de Estado da saúde. Coordenadoria dos Serviços Técnicos Especializados, 1 98 5 . 533 p. VALLE, J.L. E . C aracterísticas e usos do l eite de bubal inos . In: REUNI ÃO ANUAL SOCIEDADE B R A S I LE I R A DE Z O O T E C N I A , 3 3 , 1 9 9 0 , C a m p i n a s . A n a i s . . . C am p i n as : S B Z, 1 99 0 , p . 7 3 9 -7 4 3 . I S E P O N, J. S . ; I S EP O N, O. J . ; S C H O C K E N I T U R R I N O , R . P. 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Num erosas investigaci ones refuerzan las funciones dei CLA, entre las que se encuentra l a capacidad de inhibir la carcinogénesis ( H a e t a\. , 1 990; Ip e t aI., 1 99 1 ) y l a aterosclerosis (Lee e t aI. , * 2 3 1 994), modular la respuesta inmune (Sugano e t aI ., 1 998; Lai et aI. , 2005), disminuir el peso corporal (Chung et a! . , 2 0 0 5 ) y actuar como antiox i d ante (Pariza et ai, 200 I ) . Una vez absorbido, el CLA es incorporado a la fracción fosfol ipídica de las membranas celulares, de manera proporcional a su contenido dietario, siendo la leche y la carne de rumiantes las fuentes más ricas de este ácido graso para el consumo humano. Desde el punto de vista nutricional, la leche de búfala (Bubalus bubalis) representa una materia prima poco estudiada en Argentina, cuya caracte rística fundamental es su elevado conten ido graso. La raza dei animal, la alimentación y la estación dei afto son algunos de los factores que inciden en el perfil de ácidos grasos de la leche, inclui do el CLA. El objetivo dei presente trabajo fue determi nar el perfil de ácidos grasos de cadena larga en leche de búfal as cri adas en el noroeste argentino, con Chacabuco 145-CERELA - 4000, S.M. de Tucumán, Argentina. [email protected]. Tel/Fax: 54 3 81 4311720 Dra. en Bioquímica. Laboratorio de Ecofisiología Tecnológica, Centro de Referencia para Lactobacilos (CERELA). · Ing. Zootecnista. Laboratorio de Ecofisiología Tecnológica, CERELA. Facultad de Ciencias Agrarias y Veterinarias, Universidad Estatal Paulista, CEP 1 4 8 7 0 -000, Campus de Jaboticabal, San Pablo, Brasil. Tel.: +33-16-3209 267 8 . digitalizado por arvoredoleite.org P ág. 1 4 Rev. lnst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 3 46/347, ffi: 1 3- 1 8, 2005 especial referencia ai CLA; evaluar las fluctuaciones dei m ismo durante un período completo de lactación y la influencia dei procesamiento de la leche cruda. M ATERIALES Y MÉTODOS Animales M uestras d e leche d e búfalas (n= 1 2) razas mestizas M u rrah-Mediterráneo, p ertenecientes a criadores p arti c u l ares dei D e p artamento Leales (Tucumán, Argentina) fueron colectadas mediante ordeno manual, y transportadas refrigeradas h asta el l ab oratorio. Los an i m al e s fueron al i mentados en base a p asturas n aturales durante todo el ano, complementando con despunte de cana de azúcar durante los meses de M ayo a Jul io. I" E s t u d i o s fís i co - q u í m i c o s de la l e c h e L o s componentes p r i n c i pales de l a l e c h e (proteína, g r a s a y l acto s a) fueron deter m i n ados mediante espectrofotometría infrarroj a (Milkoscan, Denmark), ai igual que sólidos totales y sólidos no grasos. E I pH fue determi n ado con peac h ímetro M etro h m ( M o d e l 6 9 2 ) , y la d en s i d ad con l ac toden s í m etro. Extra c c i ó n y a n á l is i s de á c i d o s g r a s o s d e c a d e n a l a rg a Los I ípidos d e la leche fueron extraídos con cloroform o/metanol (2: I ) de acuerdo a Folch et aI. ( 1 9 5 7 ) . La derivatización de los ácidos grasos se real izó con ácido clorh ídrico 4% en metanol (Chin et aI., 1 992), los cuales fueron luego disueltos en hexano y manten i dos a -20°C. EI perfi l de á c i d o s grasos s e analizó por comparac ión con los tiempos de retención de los están dares , emp leando como están dar interno el ácido tridecanoico (C 13 :0). Los valores de CLA informados corresponden ai isómero c9, t l l -C I 8:2. Los ácidos grasos metil éster (I /lI) fueron automát icamente inyectados en un cro m atógrafo gaseoso (Agi lent Technologies 6 8 90N) equip ado con un d etector de i on iz ac i ó n d e l l a m a y una columna c ap i l ar HP-5 (30m x 0,32 m m x 0 , 2 5 /lm). Las condiciones de corrida fueron las s i guien tes : temperatura dei inyector y detector: 2 5 0°C; temperatura inicial 5 0°C, incrementando de 20°C/ min hasta 1 50°C (50 minutos) y aumentando hasta los 225 °C a una tasa de 1 0°C/min (20 minutos). Nitrógeno fue empleado como gas carrier. EI perfil de ácidos grasos se analizó por comparación con l o s t i e m p o s de rete n c i ón de l o s e s t á n d ar e s , e m p l e an d o c o m o e s t án d ar i nt e r n o e l á c i d o tridecanoico (C 1 3 : 0) . L o s v alores de C L A infor m ados corresponden ai isómero c9, t l 1 -C I 8 :2 . Tratamientos efectuados a la leche cruda A l í cu o t a s de l e c h e fu e r o n s o m e t i d as a tratami entos sucesivos refrigeración, homogeni z a c i ó n y p as t e u r i z ac i ón , p ar a d et e r m i n ar l a influenc i a de los m is m os sobre e l p erfil l i p í d ico. Los resultados fueron c o m p arados con l a leche c o n t r o l sin tratam i e n t o . Una vez o b t e n i d a l as muestras de leche fueron refrigeradas a 4°C durante 2 h; realizando posteriormente la homogenización y la p asteurizac i ó n a b aj a t e m p e r atura (62°C) durante 3 0 m inutos. En cada tratamiento alícuotas de leche fueron colectadas para el análisis lipídico. Rev. lnst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, ffi: 1 3 - 1 8, 2005 coi n c i den con l a b i b l i ografí a p ara l a s ec reción lácte a de esta especie (Spanghero y Susmel, 1 996; pol idori et aI., 1 997; Patino et aI . , 200 1 ). P e r fi l de á c i d os grasos de c a d e n a l a rga EI perfil de áci dos grasos de cadena l arga en leche de búfala se muestra en la Figura 1 . A n á l i s i s e s ta d ís t i c o s L a s mues tras fue ron realizadas por d u p l i cado, e x p resando l os resultados como m e d i a ± desvío estándar (SD). Los datos fueron analizados m e d i an t e el t e s t de a n á l i s i s de la v ar i a n z a (ANOVA) ( M i n i tab, 2 0 0 0 ) para evaluar d i feren c i as signifi c ativas (P< 0 , 0 5 ) . '01A. (LlNILlN00311.0 p '\ 900 1.8 800 100 600 R E S U LTAD OS Y D I S C U SI Ó N C o m p o n e n te s p r i n c i p a l es d e l a l e c h e L a composición físi coquímica d e la leche de búfalas raza mestiza Murrah-Mediterránea obtenida en l a región de Leales (Tucumán) se muestran en la Tabla I . Los lípidos alcanzaron un valor de 8,7 ±0, 5 %, m ientras que el contenido proteico fue de 4,3 ±0,2%. Ambos valores fueron mayores a los informados en nuestro país por Patino et aI. (200 1 ), q u i enes e n c ontraron con centrac i o n e s de 7 , 6 Y 3 , 7%, respectivamente. EI conte n i do de carbo hi dratos fue de 4,7 ±0,4%, resultados similares a los informados por d i chos autores . Tabla 1. Compos ición de l a leche de búfalos cruza M urrah-Med iterránea C o m p o n e n te Prote í nas (%) Líp idos (%) Carbo h i d ratos (%) ST(%)2 SNG(%)' pH Densidad Va l o r ' 4,3 8,7 4,7 1 9, 1 9,7 6,6 1 1 ,0 3 6 ± 0,2 ± 0,5 ± 0,4 ± 1 ,2 ± 1 ,0 ± 0, 1 ± 0 , 002 , Media de los análisis por duplicado ± desvío estándar; 2 ST = sólidos totales; 3 SNG = sól i dos no grasos. EI conteni do de sólidos totales fue de 1 9, 1 ± 1 ,2%, Y 9,7 ± 1 ,0% de sólidos no grasos. EI p H de la leche es 6,6 1 y l a densidad 1 ,036. Estos valores 200 10° f=,llJ...l=,����=���4���'-'-':'��!!=;;I 30 J I 32 .14 35 :\ 8 :t!.l mill 2� C I 5 : ° 3 ; C 1 6: I = 4; C 1 4 : I = I ; C 1 4 :° C 1 6: 0 = 5 ; C 1 7 : 0 = 6; C 1 8 : 1 c9 = 7 ; t i l = 8 ; C 1 8 : 0 = 9 ; C 1 8 : 2 = 1 0; C 1 8 : 3 = 1 1 ; * = CLA Figura 1. Pe r fil de ác i d os grasos d e c a d e n a larga en leche bubal ina EI 60 % de los ácidos grasos de cadena larga corres p o n d e n a s at u r ad o s , de l o s c u a l e s l o s pri n c i p al es s o n el p al m ít i co y esteárico. Entre los m o n o i n s at u r a d o s ( 3 8 , 6 % ) el á c i d o g r a s o predom i n ante es e l o l e i co , y entre los p o l i i n saturados ( 1 ,4%) el l inoleico (Tabla 2 ) . Ta b l a 2 . C o n t e n i d o de á c i d o s grasos de cadena larga en leche de búfalas Á c i d o G ra s o C14:0 C14: 1 C 1 5 :0 C16:0 C16:1 C 1 7:0 C 1 8:0 C 1 8 : 1 tran s l l C 1 8 : 1 cis9 C 1 8 :2 C 1 8 :3 CLA AGS C o n c e n tr a c i ó n ' 63,0 5,0 5,8 3 2 2 ,4 1 0,2 3 ,4 1 1 3,5 4 1 ,5 270,6 1 6,5 5,0 4,8 60,00 % 1 0,9 1 ,3 1,5 44, 1 6,7 2, I 27,8 9,5 24,8 3 ,4 1 ,3 0 ,9 AGMI AGPI 1 4 : 1 1 1 4:0 1 6 : 1 1 1 6:0 18:1118:0 Pág. 1 5 3 8,6 % 1 ,4 0 % 0,079 0,032 2,70 , Medias d e los dupl icados; 2 S D = desvío estándar; AGS = ácidos grasos saturados; AGMI = ácidos grasos monoinsaturados; AGPI = ácidos grasos p o l i insaturados EI contenido de CLA en l a l eche de búfala fue de 4 , 8 m g/g d e grasa, con u n i nterv al o de v a r i a c i ó n d e 3 ,2 a 6,3 m g/g d e grasa p ara los diferentes animales. S i bien no existen datos e n la literatura en cuanto aI contenido de este isómero en leche de búfala, el valor determinado es similar aI de vacas Jersey a l i m en t adas con p as t u r as , tomado d e experiencias Ilevadas a cabo p o r Wh ite et aI. (200 1 ), quienes informaron un valor de 5,9 ±0,5 mg/g de grasa. Entre los áci dos grasos trans, el vaccénico (tI l -C 1 8 : I ) fue el mayoritario en la materia grasa de la leche, alcanzando un valor promedio de 4 1 ,5 mg/g de grasa. Este ácido graso es de fun damental im portan c i a deb i do a q u e actúa como su st rato alternativo para la producción de CLA en la leche, a través de la s íntesis tisular o endógen a. En esta experi e n c i a se determ i n ó además las relaciones entre los ácidos grasos insaturados y los saturados de igual longitud, a fin de estimar el grado de desaturación de los mismos. Entre el ácido oleico y el esteárico se en con tró una re lación de 2,7; entre el palmitoleico y palmítico fue 0,032 y entre el mirístico y su insaturado correspondiente fue 0,079. No existen datos referidos a estas rela ciones precursor/producto para leche de búfalas en las distintas razas conocidas. Nuestros valores son comparables con los obten idos para vacas lecheras al imentadas con pasturas de Lock y Garnsworthy (2003 ), quienes informaron valores de 0,057-0,079 p ara l a relación C I 4 : I /C I 4 : 0, 0 , 0 7 1 -0, 1 0 1 p ara C I 6 : I /C I 6 : 0 y 1 ,3 5 - 1 , 66 para C I 8 : I /C I 8 : 0 . La r e l a c i ó n C I 4 : I /C I 4 : 0 es e m p l e a d a normalmente para evaluar la actividad de l a enzima D-9-desaturasa en la glándula mamari a. EI ác ido m i rí s t i c o encontrado en la l e c h e es p ro d u c i d o completamente a través de la s íntesis d e novo e n l a c é l u l a s e creto r i a, y a través de l a a c c i ó n enzimática es convertido a la forma i n s aturada (C I 4 : 1 ) (Corl et aI . , 2000). Un estud io real izado por C h o u i nard et a I . ( 1 9 9 9 ) en vacas reve l ó rel aciones mayores entre estos dos tipos d e áci dos grasos que en el presente estud io (0, 1 1 4 ) . E fe c to s d e i p ro c e s a m i e n to d e la l e c h e E n l a Tab l a 3 s e m u e s t ra n l o s v a l o res obtenidos para cada ácido graso luego de los tra- digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 3 46/347, .6.Q.: 1 3- 1 8, 2005 Pág. 1 6 tam ientos d e refr i gerac i ó n, h o mo g e n i z ac i ó n y p asteurizac i ó n r e a l i zados a l a l e c h e cruda. E n n ingún tipo d e ácido graso s e observó diferencias significativas con respecto ai tratamiento efectua do. La elevada resistenci a dei CLA permite man i pular la l e c h e mediante métodos que aseguren l a calidad m i crobiológica d e i producto desde su obten ción h asta el posterior procesamiento, s i n alterar de alguna m anera e l perfil de ácidos grasos natural dei producto. l a leche (6,3 mg/g de grasa). Si b ien la alimentación con p astura natural eleva el contenido de CLA en la l eche, en Tucumán durante la estación invernal, este a l i m ento se e n c ue n t r a d i s m i n u i do en l o s campos resu ltand o i n su fi ci ente p ar a l a a l imen tación deI ganado. 7 íiI 6 �tlI CII "ti :a: .§. :5 Á c i d o s g r a s os d u r a n t e el p e r (o d o d e l a c ta c i ó n 'li "I Para evaluar l as posibles variaciones anuales de los d istintos ácidos grasos, se tomaron muestras de leche mensuales ( 1 0 meses de l actación) durante el afio 2 0 0 3 (Tabl a 4 ) . A pesar d e que existieron variaciones e n cuanto ai contenido de los distintos ácidos grasos evaluados a los largo de la lactación, los mismos no mostraron diferencias estadisticamente significativas. En general, e l CLA m antuvo valores entre 3,8 a 4,9 mg/g de grasa (Figura 2), excepto en los meses que recib i eron a l i m ento c o m p lementario donde se observó un incremento deI contenido en 3 2 Feb. Mar Abr May Jun Jul Agos Sep Oel Nov Mas Los valores corresponden a la media de cuatro muestras mensuales, obten i das a p arti r de un pool de leche. Los Iípidos fueron determinados durante e l afio 2 0 0 3 . Figura 2. Concentración d e C L A en leche d e búfalas Perfi l de ácidos grasos en leche con d i ferentes tratamientos Tabla 3. Control R e fr i g e r a c i ó n H o m og e n e i z a c i ó n P a s te u r i z a c i ó n 6 5 , 0 ± 1 1 ,0 3 1 7 ,4 ± 40, I 1 1 1 , 5 ± 26,8 2 7 1 , 6± 2 2 , 8 40,5 ± 6,5 1 7 , 3 ± 3 ,4 5 ,2 ± 1 ,0 4 , 7 ± 0,6 7 0 , 1 ± 1 2, 1 3 2 5 , 2 ± 42, 1 1 1 7,4 ± 25,8 274,5± 1 9,9 3 8 ,6 ± 8 , 7 1 5 , 1 ± 2,8 6, 1 ± 1 ,0 4 , 5 ± 0,4 6 3 ,4 ± 1 1 ,2 3 1 3,9 ± 45,6 1 1 0, 5 ± 2 3 , 8 2 5 9 , 8 ± 20,9 3 6,4 ± 1 0,2 1 7, 0 ± 1 , 9 5 , 6 ± 0,9 4,6 ± 0 , 7 67,2 ± 1 1 ,3 3 2 0, 8 ± 4 1 , 6 1 1 8 ,4 ± 2 1 , 6 2 6 7 , 5 ± 22,4 3 6 , 1 ± 9,3 1 6 ,2 ± 2 , 8 5,9 ± 0,9 4,6 ± 0 , 5 AGME' 14:0 1 6:0 1 8:0 1 8 : I c9 1 8: 1 t i l 1 8 :2 1 8:3 CLA I o 5 4 M e d i a ± desvío estándar de l o s ácidos grasos meti I éster (AGME) expresados en mg/g d e grasa. Conten ido de los principales ácidos grasos durante la l actación Ta bla 4. Mes 14:0 16:0 18:0 1 8 : 1 c9 1 8 : 1 tIl 18:2 18:3 Febrero M arzo Abril M ay o Junio Julio Agosto Septiembre O ctubre Nov i e m b re Media anual 5 8,2±8,2 5 3 ,4± 8 , 6 6 5 ,6±9,5 5 9, 6± 7 , 9 6 3 , 8± 1 0 , 1 6 1 , 8± 9 , 3 6 2 , 4± 1 0, 2 7 8 ,4± l l ,3 6 9 , 1 ±7 , 8 7 4 , 7± 1 1 , 1 6 4 , 7± 9 , 4 2 9 8 ,4± 1 9 , 3 2 7 9 , 1 ±2 0 , I 3 0 I ,4±2 2 , 5 3 0 1 ,2±2 4 , 3 2 9 7 ,4± 1 9 , 6 2 7 5 ,4± 1 7 , 6 256, 5±23 , 1 3 72 , 9±22 , 6 3 0 1 , 2± 1 8 , 5 2 9 5 , 0± 1 6, 7 297,8±20,4 1 1 7 , 9± 1 5 ,4 1 3 0 , 1 ± 1 3 ,2 1 50,8± 1 7,6 1 5 6 , 2± 1 2 , 1 1 63 ,4± 1 8 , 9 1 60 , 0± 1 4, 5 1 5 2 , 4± 1 7 , 4 1 02 , 5± 1 8 , 1 1 49 , 8± 1 4 , 1 1 5 4 , 3 ± 1 3 ,2 1 43 , 7± 1 5 , 4 2 7 1 , 4±2 0 , 4 2 8 3 ,0±2 1 ,4 2 7 0 ,2± 1 9 ,4 2 8 7 , O± 1 8 , 7 2 9 3 , 7± 1 9 , 2 2 9 1 , 9±2 1 , 7 2 9 1 , 3 ±2 3 ,4 227,3±20,8 2 6 1 ,4± 1 9 , 0 2 8 2 ,2± 1 7 , 3 2 7 5 , 9±2 0 , I 64,7±9,6 65,9±8,7 6 9 , 6± 6 , 6 5 0, 1 ±7 , 4 60, 1 ±6,5 56,2±8,8 5 3 ,2±9 , 0 6 6 , 5 ±6 , 2 53, I ±5,8 5 5 ,4 ± 6 , 4 5 6,5±7,5 9 , 1 ±2 , 1 8 , 7± 1 ,9 1 4,4±3 , 8 1 2, 8± 4 , 5 1 8, 2±3 , 1 1 4 , 4± 3 ,9 1 3 ,2±3 , 1 8 , 82±2 , 3 6 ,7±2,4 7 ,2±3 , 1 1 1 ,3±3,0 2,7±0,5 4 ,2 ± 0 , 3 5 ,2 ± 0 , 4 5 , 1 ±0,4 6, 6±0, 5 6 , 1 ±0 , 5 6,7±0,2 7 ,2 ± 0 , 3 4 , 6± 0 , 2 3 ,5±0,6 5 ,2 ± 0 , 4 L o s valores corresponden a l a m e d i a de cuatro determinaciones mensuales , obteni das a partir de un pool de leche. Los I í p idos fueron determi n ados durante el afio 2003 . l :l"""'....:"J .f.. "" .:'l . -;: '. ! . 'f ....... , . .. . ,', " . ,'J Rev. lnst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.Q.: 1 3 - 1 8, 2005 E n e l presente estud i o , l a suplementación con despunte de c afi a d e azúcar i n crementó la concentración de CLA en l a leche de búfala alre dedor de 1 a 2 mg/g de grasa. C ON C L U S I O N E S S e estudió la composición gruesa d e la leche de búfalas de la zona de Tucumán, donde el ganado se a[imentó a base de pasturas naturales, eviden cian do altos valores de contenido graso y proteico. E[ perfil de áci dos grasos de cadena l arga en leche de búfa[as fue s i m i l ar a los informados por otros autores en Europa e I n d i a . N o se observaron efectos s ignifi cativos de [os tratamientos efectuados a [ a leche cruda sobre el contenido de CLA o algún otro ácido graso, lo que perm i te procesar [ a tecnológicamente la leche evitando [ a proliferación de bacterias no deseadas, desde el ordene hasta [a fabricación de productos fermentados. EI búfalo es una alternativa ganadera viable p ara [ [ ev ar a cabo en el NOA argentino, donde existen campos donde l a cría dei ganado vacuno no puede desarrollarse (salinos, inundados, etc . ) , logran d o una m ateria p r i m a de excelente ca[ idad e innovadora para la región . EI alto valor nutricional de [a leche de esta es pecie como una fuente i m portante de energia, alta cal idad proteica y un ó p t i mo conten i do de CLA ha sido comprobado en el presente estudio. Pág. 1 7 P a l avras-c have: ácido l inoleico conj uga do, leite, búfala, ácidos graxos de cadeia longa. A BSTRACT The present study was analyzed the p rofile of long chain fatty acids i n milk of buffalos of M u rrah-M e d i t e rraneo c r o s s b r e d o f A rgen t i n a North-west, t h e p art i c u l ar variations duri ng the c o m p lete period o f l actation and the influence of d i fferent treatment of c ru d e mi[k. The m i lk fat content was 8 . 7%, 4 . 3 % of protein and 4 . 7% of sugar. The 60% of the p rofile of a [ong chain fatty acids were saturated, 3 8 .6% monounsaturated and the rest were poly-unsaturated. The conj ugate l inolen i c acid (CLA) attain a m ean va[ue of 4 . 8 m g/g o f fat . T h e s tl c c e s s i v e t r e a t m e n t s o f refrigeration, homogenization and pasteu rization o f the m i l k d i dn ' t m e an i n g fu l affe ct the l ong c h a i n fatty d e m o n s t r a t e d great s t a b i [ i ty at different conditions of process ing. The p articular variations were determ inate during the comp lete p e r i o d o f [ ac t at i o n , w h e r e the CLA f[ u ctu ate according with the feed that ani mas receive. The greatest values (6.3 mg/g fat) were obtained during the months of m ay and j u l y, where the an imais received as supplement top t i l l age sugarcane. Key word: conjugate [inolenic acid, buffalo mi [k, [ong chain fatty ac i d . A G R A D E C I M I ENTOS RE S U M O o presente estudo teve como objetivo ana[i sar o perfil dos áci dos graxos de cade ia longa em leite de búfalas mestizas Murrah-Mediter ráneo do noroeste argentino, as variações particulares duran te o período de lactação completa e a influência de diferentes tratamentos do leite cru sobre os mesmos. O conteúdo lipídico do leite foi de 8,7%; de proteí nas 4,3% e de glúcidos 4,7%. O 60% do perfil de ác idos graxos de cad e i a longa corres pondem a ácidos graxos saturados, o 3 8,6% a monoinsaturados e o resto a poliinsaturado s. O ácido Iinoleico conju gado (CLA) atingiu um valor médio de 4,8 mg por grama de gordura. Os tratamentos sucessivos de refrigeração, homogeneiza ção e pasteurização do leite não incidiram de uma maneira muito signif icativa sobre o conteúdo dos ácidos graxos de cadeia longa, incluindo o CLA, o qual demonstrou ser um comp osto estável as d i ferentes condi ções do pro cessamento. Foram determ inadas variações parti cu l ares du rante o período com pleto de l actação, on de o CLA vàtiou de acordo à d i eta consum ida pelo animal. Os maiores valores (6,3 mg por grama de gordura) foram obtidos durante os meses de maio até j unho, onde os animais receberam como su ple mento cana-de-aç úcar. Los autores agradecen a la S ra. Y. Borch ia por su c o l a b o r a c i ó n des i n t eresada y ai S r. O . Peinado p o r l o s anál i s i s cromatográficos . Este trabajo fue real izado con la ayuda de CONICET y C IUNT D -22 0 . R E FE RENCIAS B I B L I O G RÁ FICAS CHIN, S . F. , STORKSON, J. 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Foram avaliadas as amostras de leite de 11 búfalas, da região de São Carlos-SP, todas na terceira ordem de lactação e parição no mesmo mês. As amostragens foram realizadas mensalmente após período colostral durante os 8 meses de lactação, sendo o leite de cada animal proveniente das duas ordenhas (manhã e tarde). Foram determinados, em triplicata, as porcentagens de gordura e proteína bruta, nitrogênio não protéico e de não caseico ácidos graxos, a partir da gordura obtida pelo método Geber, por cromatografia gasosa e colesterol por cromatografia de alta performance. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o programa SAS (considerando-se a significância estatística no nível de 5 %. A deter minação do perfil protéico mostrou que o leite de búfala apresenta 4,04% proteína verdadeira; 3 ,39% caseína; 0,61 % proteínas do soro; 0,28% nitrogênio não protéico sendo que 92,81 % do nitrogênio total correspondeu à proteína verdadeira e 6,93% à fração nitrogenada não protéica. A porcentagem média de ácidos graxos saturados foi de 64,3 5 %, sendo os principais: palmítico (C I 6:0) 32,58%; esteárico (C I 8 : 0 ) 16,67%; caprílico (C8 : 0) 0,5 5 %; capróico (C6:0) 0,99%; cáprico (C I O :O) 1,06%; merístico (C I 4 :0) 8,66%. A média de ácidos graxos insaturados foi de 3 5 ,69% sendo os principais: oléico (CI 8: I n9c) 29,97%; linoleico (C I 8 :2n6) 2,30%; pal mitoleico (C 16: I ) 1,82 % . A quantidade média de colesterol encontrada foi de 260 mg.1 OOg-1 de gordura. Palavras-chave: ácidos graxos, búfala colesterol, leite, perfil nitrogenado. INTR O D U Ç Ã O A característica nutricional d o leite d e búfala pode ser aval iada pelo perfil da proteína e gordura. A proteína é constituída por nitrogên io proté ico (89 a 96%), representado pela caseína e prote ínas do soro . O n i trogên io não p rotéico (4 a I I %) é composto por aminoácidos l i vres, uré ia, ácidos úrico, creatina e produtos do metabolismo do corpo do animal (CARVALHO & HUHN, 1 979). A caseí na é a principal proteína do leite constituindo cerca de 77 a 79% da fração protéica, enquanto que as prote ínas do soro constituem de 2 1 a 2 3 % (DE FRANC I S & D I PAL O , 1 9 9 4 ) . Dev i d o à alta quantidade de caseína no leite de búfala ele se torna um alimento de di gestão mais difícil, por isso em países como a Í n d i a é d istri buído para consumo humano na forma di luída (BUSANI, 1 989). A gor dura do leite é constituída por uma mistura de ácidos graxos e g l i cc rol ( 0 9 6 a 9 8 % ) e por pequenas quantidades de fosfolipídeos, esteróis, carotenóides, vitam inas lipossolúveis e ácidos graxos livres. Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos obtidos através da ester i fi cação dos l i p íd i os n aturais (TA H I N, I 2 1 9 8 5 ) . VERRUMA & SALGADO ( 1 994) encontra ram na gordura do l e ite de b ú fala val ores mais elevados de áci dos graxos insat urados de cadeia longa como p a l m i t o l é i c o (C 1 6 : I ) e l i n o l e i co (C 1 8 : 2), porém menor teor no ácido graxo miris toleico (C I 4 : I ) . E também observaram uma maior concentração de ácidos graxos saturados de cadeia longa como o palmítico (C 1 6 : 0 ) e esteárico (C 1 8 : 0 ) e s t an d o de acordo c o m os d a d o s o b t i d o s p o r MARTINS et a\. ( 1 979) e GALVANO et a\. ( 1 982). O colesterol está presente em pequenas e variáveis quantidades no leite de búfala, porém em menor quantidade quando comparada a outras proteí nas animais como carne e ovos . Assim, este trabalho teve como obj etivo aval iar as frações protéicas e a composição em ácidos graxos e colesterol do leite de búfalas da raça Murrah durante o período de l actação e ordenha. MATERIAL E MÉTODOS Foram aval i adas as amostras de leite de I I búfalas da raça M u rrah, do rebanho da F azenda Betel, local izada no município de S ão Carlos-SP, Mestre em Zootecnia. Professor da Faculdade de Ciencias Agrarias e Veterinarias da UNESP, campus de Jaboticabal, SP, Brasil. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 20 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, ffi: 1 9-24, 2005 todas n a terceira ordem de l actação e p arição no mesmo mês. As fêmeas foram submetidas a duas ordenhas manuais d i árias e m an ej adas em p as tagens formadas c o m capins do gênero B rachi ar i a e i rr e g u l a r m e n t e s u p l e m e n t a d as c o m c e v a d a (resíduo de cervej aria) durante ã" lactação e silagem de m ilho durante o período seco. As amos tragens foram realizadas mensal mente após período colostral durante os 8 meses de l actação . N as duas ordenhas (manhã e tarde) realizadas manualmente com bezerro ao pé, o leite de cada animal foi pesado e em seguida retirada a amostra, a qual foi mantida refrigerada e transpor tada para anál ise no Departamento de Tecnologia da FCAV/UNE SP-Jaboticabal para determi n ar em tripl icata, as porcentagens de gordura, 4 e proteína bruta (IAL, 1 9 8 5 ) , n i trogênio não protéico(NNP) e não caseico (NNC) através da metodologia padro nizada pela IOF ( 1 962), nitrogênio caseico (NC) pela diferença entre nitrogênio total (NT) e NNC, n i trogênio verdade iro (NV) pela d i ferença entre NT e NC, utilizando-se o fator 6,3 8 para obtenção dos teores de proteína correspondentes. A gordura separada pelo método de Gerber foi utilizada p ara a obtenção dos ésteres metíl icos de ácidos graxos. A gordura do le ite fo i esterifi cada com m etanol des i d ratado, u t i l i z a n d o á c i d o s u l fú r i c o c o m o catal i sador. A esteri fi cação foi real izada segundo metodologia descrita por MAIA et aI . ( 1 99 3 ) . Os áci dos graxos foram determ i nados e m cromatógrafo a gás da marca S h i madzu, modelo GC- 1 4 8, acopl ado com C8M- I 02, equipado com detector de ion ização de chama (FIO). As condições de trabalho foram as seguintes: coluna Omegawax 2 5 0 , de 3 0m x O , 2 5 m m 10, 0 , 2 5 11m fil m ; tempe ratura de forno 8 00Cl2min, aumentando 4°C/min até atingir 220°C onde permaneceu durante 25 min; temperatura do detector : 2 8 0°C ; temperatura do injetor: 2 5 0°C ; gás de arraste: H2( l mLlmin); tipo de i nj e ç ã o : S P L I T; razão d o S P LI T : ( I : 1 0 0 ) ; volume injetado: I IlL. A identificação das amostras foi feita utilizando-se o padrão de metil ésteres de ácidos graxos (S igma 1 89- 1 9) . P a r a a d eterm i n ação d o c o l esterol u m a al íquota da gordura obtida pelo método de Gerber foi pesada e submetida ao processo de saponificação d i reta de acordo com J IANG et aI. ( 1 990) . Após este proce d i mento o colesterol foi determ inado em c romatógrafo de alta performance ( H P L C ) m o d e l o S C L- I O AV P ( S h i m ad zu ) , u t i l i zando-se coluna HRC ODS C 18 (Shimadzu) 15 cm x 4,6 mm D . I . com fase móvel constituída de acetonitrila e i sopraponol ( 7 0 : 3 0 , v/v ) . Foram inj etados 20 IlL de amostra com fluxo de I mL. min- l . O detector UV/VIS util izado foi o S PD-M 1 0AVP a 2 1 0nm. Foram realizadas análises de variância de medidas das variáveis estudadas, repetidas no tempo, com um fator ordenha em dois n íveis (parcela) e um fator mês com o ito n í v e i s ( s u b p arcela) em um d e l i ne am ento em b locos ( 1 1 an i m ai s ) ao acaso . Para a anál ise de áci dos graxos e co lesterol foi anal i s ado o l e ite p r o v e n i ente de 5 an i m ai s . O modelo matemático utilizado incluiu os efe itos fixos de ordenha, ani m al e mês e as i n terações entre ordenh a x ani m al e ordenha x mês. As análises estatísti cas, os testes de norm al i d ade dos erros e homogeneidade d as variâncias foram real izados utilizando o programa computacional SAS ( 1 992). As varáveis proteína verdadeira e os ácidos graxos C I 4 : 1 , C I 7 : 0, C 1 8 :2n6 e C20 : 1 n9 foram submetidas à transformação logarítmica 1 � ' proteína Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S e t/Dez, n° 346/347, ffi: 1 9-24, 2005 Do mesmo m o d o , d a p rote í n a verdadeira (PV) 8 3,9 1 % correspondeu à fração caseína, importante na obtenção de derivados lácteos e, 1 5, 1 0% corres po ndeu às demais proteínas remanescentes no soro (PS) após a preci p itação das caseínas. PRATA et aI. (1 998), estudando o perfil nitrogenado do leite c apr ino, encontraram valores inferiores para estas relações com exceção às proteínas do soro. Consi derando o le ite de v a c a as porcentagens obtidas por SANCANARI (2002) para PV (2,49%), caseína (2, l i %) e proteínas do soro (0, 3 8 %) também fo ram inferiores. Isto demonstra que o leite de búfala tem um m a i o r ren d i mento p ara a produção de derivados comparado ao leite de cabras e vacas . v(x) b ruta e caseína: In (x); proteína do soro e C 8 : 0, C I 0 : 0 e C I 7: 1 : M e C I 6: 1 , C 1 8 : 0 e C20: 0 : 1 (x) . liE RES U LTAD O S E D ISCUSSÃO Anal i s ando a composição média do perfi l protéico observado durante a l actação (Tabela 1 ) foram encontradas porcentagens de 4,3 I ± 0, 1 1 % para proteína bruta (PB), 4,04 ± 0,49% para pro teína verdadeira (2,7 7 a 5 ,3 8%), 3 , 3 9% para ca s e í n a (2 , 3 1 a 4 , 6 7 % ) , 0 , 6 1 % p ara p rote ína do soro (0,36 a 0,9 1 %), 0,28% para n i trogên i o não p rotéico (0, 1 2 a 0 , 4 8 % ) . Estes resultados apre sentam-se superiores aos relatados por FERRARA & INTRIERI ( 1 97 5 ) anal isando o leite de búfalas indianas, porém são inferiores quando comparados aos resultados c itados por eles para búfalas criadas na I tál ia. F U RTADO ( 1 9 8 0a) também encontrou valores superiores a estes quando estudou o leite de búfalas mestiças da raça Murrah e Mediterrâneo. Ta bela 1. Perfil protéico médio observado do leite de búfala durante oito meses de lactação. C o m p on en te (%) Prote í n a B ruta (PB) P rot e í n a Verdadeira (PV) Caseína (C) Proteína do Soro (PS) N i trogênio não Proté ico (NN P) Média Desvio P ad rão %PB 4,3 1 0, 1 1 1 00 4,04 0,49 92,8 1 1 00 3 ,3 9 0,46 7 8 ,65 8 3 ,9 1 0,6 1 0,06 1 4, 1 5 1 5, 1 0 0,28 0,06 6,93 7,00 %PV Pelos valores determinados 92, 8 1 % da proteína bruta correspondeu à proteína verdadeira (PV) e 6,93 % à fração nitrogenada não protéica (NNP). . liE . li! liE e liE liE Moscs do k'lClação I --PB -ll- PV -A- C -o-ps -ll- NNP I Pág. 2 1 O c o m portamento d o p e r fi l p ro t é i c o do leite de búfala no decorrer dos meses de lactação está apresentado na Figura 1 . Durante os meses de l actação as v ari ações nos teores de caseína foralú acompanhadas pelos da proteína bruta, com m áx i mo valor no sétimo mês para ambas as frações, estando de acordo com as observações de FON S ECA & SANTOS (2000) uma vez que aumentos nos teores de proteína do l e ite estão normalm ente as s o c i ados a aumentos n a cas e í n a . Esta fração p roté i c a apresentou-se como a princi pal, correspondendo a 7 8% da pro teína bruta do le ite. A variação nos teores de proteínas do soro apresentou também comportamento semel h ante ao da proteína bruta, com o menor valor no quinto mês de lactação . Os resultados observados para composi ção méd i a em áci dos graxos e col esterol do leite de búfala estão dispostos na Tabela 2. As análises es tatísticas para estes componentes no leite de búfala n ão apresen taram d i ferença s i g n i fi c ativa para o efeito ordenha e para a interação ordenha x mês. A gordura do leite de búfala d urante o perío do de l actação apresentou concentração m é d i a em á c i d o s graxos s aturados (AG S ) de 64 , 3 5 ± 2,92% e de ác i dos graxos insaturados (AG I ) de 3 5 , 6 9 ± 3 , 02%, proporção esta superior a encon- Figura 1 . C o m p o rtamento do p erfi l p roté i c o durante o . período de lactação. Ta bela 2. Ácidos graxos (%) e col esterol (mg. 1 OOg- 1 de gordura) presentes na gordura do \ c i te de búfala da raça M urrah d urante os oito meses de lactaç ão. % Média Ácido Graxo C8 : 0 caprí l i co C I O : O cáprico C 1 2 : 0 laurico C 1 4 : 0 merístico C 1 5 : 0 pentadecan o i co C 1 6 : 0 p a l m í t ico C 1 7 : 0 heptadecan o i c o C 1 8 : 0 esteári c o C20: 0 araq u i d i co C 1 4 : 1 m i ristoleico C 1 6 : 1 pal m i to l e i c o C 1 7 : I c i s 1 0 heptadecano i co C l 8 : l n9 0 l e i co C 1 8 : 2 n 6 l i noleico C 1 8 : 3 n 3 l i nolen i co C20: I n9 c i s- I I e i cosen o i co Ac. graxos insaturados (AGI) Ac. graxos saturados (AGS) Col esterol (mg. 1 O O g- l ) 0,94 0,70 0,52 0,35 1 , 08 0,74 1 ,68 1 , 26 8,25 6,2 1 1 ,23 1,13 3 3 , 6 8 3 1 , 02 0,86 0,92 1 6,67 20,00 0,29 0,34 0,20 0,22 1,56 1 , 52 0,23 0,27 2 8 , 1 8 3 2 , 62 2,97 2,37 0,42 0,27 0,4 1 0,34 3 4 ,29 3 7 ,63 6 5 , 8 62 , 5 7 420 260 0, 7 5 1 ,0I 1 , 28 0,44 0,55 0,76 0,88 I, 10 1 ,56 1 , 42 1 ,68 2,24 7 , 42 8 , 7 5 1 i ,2 1 1,14 1 , 24 1,37 3 1 , 1 7 3 2 ,44 3 5 , 1 5 0,9 1 0,62 0,77 20,00 1 6,67 1 2 , 5 0 0,29 0,34 0,27 0,29 0,44 0,63 1 , 69 1 ,75 2 , 04 0,29 0, 1 8 0,28 3 3 , 1 9 29,9 1 26,55 1 , 73 2 , 69 1 , 73 0,27 0,36 0,29 0, 1 5 0,4 1 0,41 3 7 ,48 3 6,00 32, 1 3 62 , 8 1 6 3 , 8 7 6 7 , 9 0 340 310 340 digitalizado por I,IO 1 , 04 1,17 0,6 1 0,67 0,56 1 , 28 1,37 1 ,08 1 ,96 2 , 04 1 ,67 8 , 63 9,76 9,06 1 , 29 1 ,30 1 ,35 3 2 , 1 5 3 2 , 4 5 3 2 , 40 0,57 0,6 1 0,7 1 1 4 , 29 1 4 , 2 9 1 4 , 2 9 0,28 0,28 0,29 0,50 0 , 69 0 , 62 1 , 92 2,08 2, 1 7 0, 1 9 0,22 0,27 2 9 , 9 2 2 9 , 5 4 29 , 8 2 3, 19 2,44 2, 1 0 0,36 0,28 0,30 035 0,28 0,25 36,70 3 5 ,70 3 5 ,93 63 , 02 6 4 , 1 3 6 4 , 24 310 240 1 90 0,99 0, 5 5 1 , 06 1 , 74 8,66 1 ,25 32,58 0,73 1 6,67 0,30 0,38 1 , 82 0,24 29,97 2,30 0,32 0,3 1 3 5 ,69 64 , 3 5 260 arvoredoleite.org Pág. 22 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, 6..0.: 1 9-24, 2005 trada por M ARTINS et aI . ( 1 979). Deve-se ressal tar que a i ngestão pelo homem de ácidos graxos saturados não deve ultrapassar a 1 0% das calorias totais da d ieta, dev i do à sua associação à proble mas cardíacos. Os ácidos graxos mono (uma dupla l igação) e polinsaturados (duas ou mais duplas li gações) devem corresponder, respectivamente, a mais de 20 e 1 0 % das calorias da dieta, lembrando que eles estão associados à redução dos níveis de LDL ( I ipoproteínas de baixa densidade) no sangue. Na anál ise dos áci dos graxos saturados obser vou-se predo m inância de ácidos graxos de cadeia longa como palmítico (C 1 6 :0) e esteárico (C 1 8 :0) com porcentagem de 3 2 , 5 8 ± 2 , 4 6% e 1 6, 6 7 ± 0,0 I %, respectivamente. Esta ocorrência também foi relatada por MARTINS et aI . ( 1 979) que encon traram valor médio igual para o ácido palmítico, porém, i n ferior para o áci d o esteárico ( 1 3 ,3 % ) . P a r a os ác i dos graxos saturados de cadeia curta e méd i a (C6-C I 4), o caprílico (C 8 : 0) apre sentou a menor porcentagem seguida do capró i co (C6 : 0 ) e cáprico (C I 0 : 0 ) , com valores respecti v o s de 0 , 5 5 ± 0 , 1 2 %, 0 , 9 9 ± 0 , 2 7 % e 1 , 0 6 ± 0, 1 7 % . O á c i d o graxo m e r í s t i co (C 1 4 : 0) ap re sentou valor mais elevado entre estes, com média de 8,66 ± 1 , 8 2 % . As p roporções destes ácidos graxos estão de acordo com os dados citados por VERRUMA & S ALGADO ( 1 994) estudando leite de búfalas da raça Jafarabad i, porém com valores médios i n feri ores. Para os ác i dos graxos insaturados da gordura do l e i te de b ú fala o á c i d o pre d o m i n a n te fo i o oleico (C 1 8 : I n 9 c ) com 29,97 ± 3 , 2 7 %, apresen tan do-se superior ao valor citado por VERRUMA & S A LGADO ( 1 994), que encontraram média de 25,8 % no leite de búfalas Jafarabad i . O ác ido graxo li n o l e i c o representou 2 , 3 0 ± 0 , 1 0% do total de ác idos graxos, valor este igu al ao encontrado por M ARTINS et aI. ( 1 979), entretanto estes mesmos autores relataram uma média maior de ác ido pal mitoleico (4,8%) do que a obtida no presente tra balho que foi de 1 , 82 ± 0 , 1 1 %. C o n s i derando o utras e s p é c i es an i m a i s os níveis de ác ido li nole ico vari aram de 1 , 1 a 4,6% pa ra vacas ( V E R R U M A & S A L G A D O , 1 9 94 ; FON S E C A & S A N T O S , 2 0 0 0 e S AN C AN A R I , 2002) e para cabras o valor médio obtido foi de 1 , 90 por CHORNOBAI ( 1 99 8 ) . O s ácidos graxos da série (-3 e (-6 são tidos como ácidos graxos essenciais devendo ser obtidos através da d i e ta p o i s não são p r o d u z i dos p e l o organismo. O leite d e b ú fala apresentou porcenta gem méd i a de 2,62% destes dois ácidos graxos . A q uanti d ade méd i a de colesterol no le ite de búfala durante a lactação foi de 260mg. l OOg- 1 de gord u ra, variando de 1 90 a 420mg. l O Og- 1 de gordura estando dentro da vari ação encontrada na l iteratura onde os valores méd ios foram de 275 a 3 00mg em 1 00g de gordura porém, valor médio encontrado para o le ite de bú fala foi menor aos citados para leite bovi no, 3 1 0 e 3 3 0mg em 1 00g de gordura (CAMPOS, 2004 e CHRISTIE, 1 994). Vale ressaltar porém, que comparações com outros trabalhos realizados apresentam restri ções já que estas características s o frem i n fluênc i a de inúmeros fatores, como por exemplo: raça, genéti ca, c l im a, al i mentação, manejo, período de lacta ção, i d ade do an i m al entre outros . ca p r í l i c o ( C 8 : 0 ) 0 , 5 5 % ; c a p ró i c o ( C 6 : 0 ) 0 , 9 9 % ; c á p r i c o (C 1 0 : 0 ) 1 , 0 6 % ; m e r í s t i c o (C 1 4 : 0 ) 8 , 6 6 % . T h e av e r ag e o f ac i d g re a s y ins aturados w a s o f 3 5 ,69% b e i n g t h e m a i n ones: olé i c o (C 1 8 : 1 n9c) 2 9 , 9 7 % ; l i n o l e i co (C 1 8 :2n6) 2 , 3 0 % ; p a i m i t o l e i c o ( C I 6: 1 ) 1 , 8 2 % . The av erage amount o f j o i n e d c h o l e s t e r o l was o f 260 mg. 1 0 0g- l o f fat. Word-I<eys: acid greasy, buffalo cholesterol, milk, n itrogenado profi le. CONCLUSÕES RES UMEN O s resultados d o presente trabalho permitem concluir que o leite de búfala possui elevado teor de caseína. Os ácidos graxos saturados encontram-se em maior concentração que os insaturados, sendo o leite rico em áci d o palm ítico, oléico, esteárico, merístico, palmitoleico e láurico. O teor de coleste rol d i m i n u i com o avanço da lactação. E s te trabaj o se real i z ó con s i deran d o l a i mportancia nutri cional y tecnológ i ca de la leche de búfala con el objetivo de calcular las fracciones protei cas y la c o m p o s i c i ó n en á c i d os grasos y colesterol de la leche de la raza Murrah durante el periodo de lactac ión y orde fí o . Se eval uaron l as muestras de leche de 1 i búfalas, de la región de São Carlos-S P, todas en la tercera lactancia y habiendo parido en el m ismo mes. Las muestras se realizaron mensualmente luego dei periodo "cal ostra" durante los 8 meses de lactancia, s iendo que la leche de cada an imal provi ene de dos ordefíos (mafíana y tarde) . Se determ i n ar o n , en "tri p l i cata", l o s porcen tajes de grasa y proteína bruta, n i trógeno no proteieo y ácidos grasos no caseicos, a partir de grasa o b te n i d a por el m é todo de Geb er, p o r cromatografía gas e o s a y col esterol por croma tografía de alta afi n i dad. Los anál isis estad ísticos fu eron real i z ados u t i l i za n d o el programa S A S (cons i derán dose una d i feren cia estadísti camente significativa ai nivel dei 5%. La determinación dei perfi I prote i co m o stró q u e I a l e c h e de b ú fa I a presenta 4 . 04% de proteína verdadera, 3 . 3 9% de caseína, 0 . 6 I % de proteínas deI s uero, 0 .2 8 % de n i tróge no no prote i c o s i e n d o q u e 92 . 8 1 % d e i nitrógeno total correspondió a prote ína verdadera y 6.93% a la fracción nitrogenada no proteica. EI porcentaje medio de ácidos grasos saturados fue de 64. 3 5%, s iendo los principales : palmitito (C 1 6 :0) 32 . 5 8 % ; este á r i c o (C I 8 : 0 ) 1 6 . 6 7 % ; c a p r i l i co (C 8 : 0 ) 0 . 5 5 %; capro ico (C6 : 0 ) 0 . 99%; capr icho (C I O :O) 1 .06%; meristico (C I 4 :0) 8 . 66%. La media de ácidos grasos insaturados fue de 3 5 .69% siendo los p r i n c i p a l es : o l e i co ( C I 8 : l n 9 c ) 2 9 . 9 7 % ; linoleico ( C 1 8 :2n6) 2 . 3 0%; palmitoleico (C 1 6 : I ) 1 . 82%. La canti dad media de colesterol encontrada de 260mg I OOg- 1 de grasa. Pala bras c l a v e : á c i d os gnlsos, col esterol leche, perfi l ni trogenado. A B STRACT C on s i dering the nutric i onal and tech n o l o g i c a l i m p o rtance o f t h e b u ffal o m i l k t h i s w o r k w i t h t h e o bj e c t i v e w a s become fu l l fi l l ed to eval u ate greasy acid the proté i cas frac t i o n s and the c o m p o s i t i o n i n and c h o l e sterol o f t h e m i l k o f the M u rrah race d u r i n g t h e p e r i o d o f l actat i o n a n d m i l k s . T h e m i l k s a m p les o f I I buffa los of the Murrah race had been evalu ated, o f the region o f Are Ca rlos - S P, al i in the th i rd order o f lactation and pari ção in the same month . T h e sam p l i ngs h a d been carr ied through m o n t h l y a ft e r c o l o s trai p e r i o d d u r i n g the 8 m o n t h s o f l a c t a t i o n , b e i n g t h e m i l k of e a c h an i m a l p ro c e e d i n g fr o m t h e t w o y o u m i l k (morn ing and late) . They had been determ ined, in t h i rd copy, the pereentages o f fat an d rude p rote i n . not cas e i c o not proté i co n i tro gen and of acid greasy, from the fat gotten for the Geber m e t h o d , fo r g a s e o u s c h r o m a t o g r a p h y a n d c h o l e s t e r o l fo r c h ro m a t o g r a p h y o f h i g h performance. The stati s t i cal analyses had been earried through u s i n g the S A S â program considering itself it s i gn i fi cance statistics in the 5% l e v e I . The d e te r m i n a t i o n of the p r o t é i c o p r o fi l e s h o wed t h at t h e b u ffal o m i l k presents 4 . 0 4 % true p r o t e i n ; 3 . 3 9 % c a s e i n ; 0 . 6 1 % p r o t e i n s o f t h e s e ru m ; 0 . 2 8 % n o t p ro t é i c o n i trogen b e i n g that 92 . 8 1 % o f total n i trogen corres ponded to the true prote i n and 6 . 9 3 % to not p ro t é i c a the n i t r o g e n a d a fr a c t i o n . T h e average percentage o f ac i d greasy saturated was of 64 , 3 5 %, b e i n g the main ones: p a l m í t i co (C 1 6 : 0 ) 3 2 , 5 8 % ; e s t e á r i c o (C 1 8 : 0 ) 1 6 , 6 7 % ; Pág. 23 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, 6..0.: 1 9-24, 2005 S . F. B . Matéri a-pri ma. I n : INSTITUTO TEC N O L O G I A DE A L I M ENTOS - I TA L . U t i l i za ç ã o a r te s a n a l d e l e i te d e b ú fa l a . C am p inas, 1 9 8 9 . (Man ual Técn i c o , n . 3 ) . C A M P O S , S . C o m p o s i ç ã o d o l ei t e d e b ú fa l a . 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D i s s ertação (Doutorado em Zootecnia) - Faculdade de Ciências Agrári as e Veteri n ár i as, U n i v e rs i d ade Estadual Pau l ista. l aboticabal. 2002. Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, na 346/347, .6.0.: 25-30, 2005 MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DE GORDURA, PROTEÍNA E SÓLIDOS TOTAIS EM LEITE DE BÚFALAS Métodos para la determinación de materia grasa, proteína y extracto seco total en leche de búfala Gutierre=, C. v: J' Seno, L. O. J Carvalho, M. R. B. J Draksler, D. J Pesce de Ruí= Holgado, A. J Oliveira, 1. A J Tonhati, H . J S A S I N S TITUTE SAS I ntrod u c tory guide fo r p e r s o n a l c o mp u te r ' s. v e rs ion 7 . Cary, 1 992. TAHIN, Q. S. Importância fis iológica e patológica dos áci dos graxos. Arquivo Biologia Tecnologia, Curitiba, v. 28, n. 3 , p. 3 3 5-6 1 , 1 98 5 . V E R R U M A , M . R . ; S ALGADO, J . M . A n á l i s e química d o leite de búfala em comparação a o leite de vaca. Scientia Agricola, Pi rac i caba, v. 5 I , n. I , p. 1 3 1 - 1 3 7 , 1 99 4 . Pág. 25 RESUMEN EI análisis de la leche de mamíferos y en particular en nuestro caso de la leche de búfala, tiene por objeto evalllar la calidad de esta materia prima: comprobar que SllS valores coinciden a los correspondientes de la composición genuina y poner ai descubierto adulteraciones. EI objetivo de este trabajo fue establecer las diferencias entre el método por espectroscopía infrarroja y otros que se usan para determinar grasas (Gerber), proteínas (Kjeldahl) y extracto seco total (gravimétrico y fórmula de Fleischmann). Para ello se trabajó con 90 muestras de leche correspondientes a un rodeo de búfalas de raza Murrah. Los resultados permitieron concluir que respecto a los valores de materia grasa no se observaron diferencias entre ambos. En cllanto a proteína, hubo diferencias significativas entre ambos. Para el extracto seco total (EST), según el análisis estadístico realizado, existen diferencias significativas entre los tres métodos ensayados. A pesar de ello y considerándose el análisis de regresión pueden inferirse los porcentajes de grasa, proteína y EST de los diferentes métodos mediante la aplicación de distintas ecuaciones. Se Pllede concluir que los métodos evaluados son válidos para la determinación de los diferentes componentes, pero ante la posibilidad de elección se optaria por el método de espectrometría infrarroja por su rapidez, precisión y menor uso de reactivos tóxicos. Palavl'as-chave: leche, búfala, grasa, proteína, sólidos totales. INTR O D U C C I Ó N L a c r í a d e búfalos e n el mundo s e concentra en reg i o n e s de c l i m a c a l i ente y h ú m e d o . La pob l ación mundial de búfalos se esti ma en 1 46 m i l l on e s de a n i m al e s (C h a n t a l a k h a n a , 1 9 9 2 ) , responsables d e i 7% d e la producción mundi al de leche. Se encuentra distribuida prácticamente en todos los continentes, p arti c u l armente en As i a (India, Pakistán, Tailandia, China, Vietnam), Á fri ca (Egipto), Europa ( Ital ia, B ulgari a) y Améric a dei Sur (Brasil, Argentina, Venezuela, Perú). La buba Iinocultura ap�nta a la producción de carne, fuerza motriz y l e c h e ; en la I n d i a el 8 0 % de l a l eche prc)duclcla proviene de los búfalos, los cuales repreel 3 0% dei rebafio de bovinos de ese país. Con respecto a América Latina, B rasil ocupa p r i m e r l u g ar en S u d a m é r i c a en c u a n t o a eXI:ste:n cías de búfalos . La leche bubal ina en este 1 2 país es destinada exclus ivamente a la producción de Mozzarella, queso de "pasta filata", fresco y de un gusto agradable y particular. La calidad sensorial de los quesos depende de un grande número de factores, l igados a la tecnología de fabricación y a las características microbiológicas y quím icas de la materia prima util izada (Martín, B . y col . , 2003 ) . L a l e c h e presenta características pecul i ares que tornan fácil su i dentificación desde el punto de v ista organoléptico y fís icoquím i co, como ser un gusto ligeramente dulce (por un mayor porcentaje de lactosa con respecto a leches de otras especies) y su coloración blanca (por la ausencia de carotenos). Por l as razones expu estas l os p r i n c i p ales obj etivos con relación a la producción l áctea de búfalas son : aumentar la cantidad de materia seca secretada en l a leche y mantener una adecuada relación grasa/proteína, la cual no sólo condiciona l as c aracte r í s t i cas organ o l é p t i c as deI p ro d u cto Tel . : 0054-3 8 1 -43 1 0465, Tucumán, Argentina. e-mail: [email protected] Centro de Referencia para Lactobacilos (CERELA - CONICET), Chacabuco 1 45, CP 4000, San Miguel de Tucllmán, Ar. Facultad de Ciencias Agrarias y Veterinarias, Universidad Estatal Paulista, CEP 1 4 87 0 -000, Campus de laboticabal, San Pablo, Brasil. Tel . : +3 3 - 1 6-3209 267 8 . digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 26 I f�: Rev. lnst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 3 46/347, .6.0.: 25-3 0, 2005 final s i no que además, determi n a el rend i m i ento quesero, ya que estos porcentajes i n c i den en el m is m o perm i t i endo una econo m í a d e leche de hasta un 45% respecto a l a leche bovina (S implicio O l i v e i ra, 2 0 0 2 ; Tonhati et aI, 2000"; Tonh at i et aI 2000b ; Vale, 1 999). Actualmente, los laboratorios de análisis de productos a l imenti c i os poseen u n a v ar iedad de instrumentación para determ i n ar l a compos i c i ó n q u í m i c a de l a leche, debi do a q u e sus derivados lácteos deben respetar especificaciones particulares en lo que c o n c i erne a la concentraci ó n de l o s principales componentes (agua, proteínas, l í p i dos, glúcidos) (Bertrand D., 2002). Son dos los métodos más usados en Brasil para realizar el análisis físico q u í m i c o : la determ i n a c i ó n p o r e s p e ctroscop í a infrarroja y l a aplicación d e l a metodología d ispues ta por el M in i sterio de Agricultura de d i cho país ( M AARA, 1 98 1 ) . EI método d e espectroscop í a i n frarroj a e s u n a técn i c a de anál i s i s q u e perm i te conocer l a composición quím ica d e los alimentos y m aterias pri mas m ás rápidamente que los determinaciones bioquím icas clás i cas. Los avances de esta técni ca se orientan hacia una predicción d i recta dei valor nutricional de los alimentos (Bertrand, D., 2002). Posee alta p re c i s i ó n , exacti tud y control auto matizado que confiere mayor l ibertad de acción aI operador, permitiéndole realizar otras tareas s imul táneamente, uso m ín i m o de solventes orgán i cos i n fl amables y reactivos tóxi cos , y un gere n c i a miento computari zado de los datos . E I o bj e t i vo d e i p re s e n t e t r a b aj o fue c o m p arar d i ferentes m é t o d os p ara d eterm i n ar tenores de materia grasa, proteína y extracto seco en leche de búfala. MATERIALES Y MÉTODOS O b te n c i ó n d e l ec h e de b ú fa l a Se anali zaron 9 0 muestras d e leche bubal ina proveniente de un rodeo de 30 búfalas de raza Murrah de d i ferentes edades y estado de l actaci ó n , perteneci entes a i Estab l e c i m i ento S anta Ame l i a ubicada e n e l municipio d e Marilia, (San Pablo, Brasil). Las muestras de leche fueron colectadas durante el único ordeno realizado durante la mai'íana con apoyo dei bucerro, fueron numeradas y acompanadas con la identificación de los animales y análisis solicitados (porcentajes de grasa, proteína y extracto seco total). Para la determinación por espectroscopía infrarroj a se agregó un conservante a l as m uestras de leche (dicromato de potasio), m ientras que para el método estándar las muestras se mantuvieron refrigeradas durante su transporte hasta el laboratorio. Los análisis se realizaron en el laboratorio de Ciencia y Tecnología de Alimentos de la Facultad de Ciencias Agrarias y Veterinarias de Jaboticabal. Extracto Seco Total ( EST ) Los anál i s i s por el m étodo gravi métri co se efectuaron en el laboratorio de C iencia y Tecnología de Alimentos de la Facultad de Ciencias Agrarias y Vete r in a r i as ( C a m p u s de J ab o t i c a b a l - UN E S P ) , según Casado Cimiano ( 1 99 1 ). Para e\lo, la tempe ratura de la muestra fue \levada a 20°C antes de su análi s is y luego fue mezclada cuidadosamente para lograr una d ispersión homogénea de la grasa. Por otro lado, se procedió aI secado de los crisoles y sus tapas a 1 02 °C±2°C durante 30 m i n ; luego de l o s c uales fueron colocados en el desecador p a r a su e n fr i ad o a t e m p er atura am b i en t e y finalmente fueron p esados. Se colocaron 3 ml de muestra en los crisoles, posteriormente tapados y pesados, y se i n troduj o el crisol y la tapa en l a estufa de desecación regulada a 1 02°C durante 2 h. S e tapó l a cápsula, se pasó a desecador, se dejó enfriar y finalmente se pesó. La cápsula y la tapa se volvieron a introducir en la estufa de desecación; p o s t e r i o r e n fr i am i ento y p e s a d a, s e rep i t i ó l a desecación h asta peso constante. La expresión de los resultados fue : Extracto seco total (%) 1 00 X masa de la desecación masa antes de la desecación EI método indirecto se efectuó mediante la apl i cac i ón de la fórmula de Fleischmann (Prata, 200 1 ) . EST = 1 ,2 G Donde: + 2,665 (1 00 x D - 1 00 ) D G = % materia grasa D = dens i dad Las m uestras fueron anal i zadas por espec troscopía infrarroja en la Clínica do Leite (ESALQ - USP). El principio de la espectroscopia infrarroja radica en que casi todas las sustancias orgánicas se comportan absorbiendo selectivamente c iertas lon gitudes de onda de la región infrarroja dei espectro y, además, los grupos funcionales en una molécula son susceptibles de absorber dicha radi ación a una longitud de onda característica que, por lo general, está poco afectada por el resto de la molécula. La existencia en l a leche de constituyentes con grupos fun c i on ales tan d e fi n i dos como los h idroxilos (-OH) de l a l actosa, enlaces peptíd i cos (-CO-N H-) de las proteínas y los grupos carbonilo (>C=O) de las uniones éster de los trigl i céridos, los cu ales dan absorc i ones m á x i m as a 9,60, 6,46 y Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 3 46/347, .6.0.: 2 5 -30, 2005 /lm, respectivamente, presenta l a pos i b i l i dad util izar p ara su determi n ación d i cho procedi (Casado C i m i ano, 1 99 1 ) . leche y se anotó l a lectura correspondiente. Con un termómetro se determ i n ó la temperatura deI l íquido para realizar posteriores correcc i ones. Te n o r de m a te r i a g r a s a S e determinó p o r el método volumétrico de G erber (Casado C i m i ano, 1 99 1 ) . Para ello se co lo caron 10 ml de ácido sulfúrico (densidad 1 ,825 g/ I) en un b u t i ró m e t ro d e G e r b e r , ai c u a l s e l e agregaron lentamente 1 1 ml de la muestra de leche prev i amente h o mogen i zada . A con t i n u a c i ó n , se adicionó 1 ml de alcohol amílico (dens i dad 0, 8 1 5 g/I), y se col ocó el tapón ai butirómetro agitando suavemente para su homogeni zac i ó n . Inmed i ata mente se colocaron a b ano M ar í a a 6 5 °C ± 2°C durante 5 m inutos , con el tapón h ac i a abajo, te niendo la precaución que toda la columna de grasa permanezca sumergida. Seguidamente se centrifuga ron los buti rómetros a 1 5 00 rpm durante 5 m in o Finalmente se efectuó l a lectura d e i porcentaje d e materia grasa e n la escala d e I butirómetro. Te n o r d e p roteína S e d e te r m i n ó p o r e l método Kj e l d ah l (Cas a d o C i m i an o , 1 9 9 1 ) . S e determ i n 9 e l n i trógeno total medi ante y se multiplicó el resultado obte n i do por 6 , 3 8 , v a l or que corresponde a un conten ido promedio de nitrógeno en las prote ínas de la leche de 1 5 , 6 5 x 1 00. EI método Kj el dahl está basado en un mé todo de d i ges tión med i ante el cu ai se des truyen los com pu estos o rgá n i c os con ác i d o s u l fú r i c o co n c e n t r a d o y s u l fato d e c o b r e 1 1 c o m o catal izador. L a ad ic ión de sulfato potás ico eleva el punto de ebul l i c i ó n y acel era el proceso de destrucc i ó n . Durante l a d i gestión, el n i trógeno de l a materia orgán i c a s e conv i erte en s u l fato amón i c o . La m u es t ra d i g e r i d a se d e s t i l a en presen c i a de h i d r ó x i d o s ó d i co en exces o . P o r acción de és te ú l t i m o , el amon i o se transforma en amon íaco. EI amon í aco dest i l ado se recoge en una soluc ión de ácido bórico d i l u i do y se valora con á c i d o c l o rh í d r i co e n p re s en c i a de roj o de metilo azu l de bromo timol - verde de bromo cresol, indi cador que v i ra de azul cobalto a naranja pál ido a un pH de 4,6. Densidad Se determ inó mediante e l uso d e u n l acto densímetro (Casado C i m i ano, 1 99 1 ). Se colocó la rnuestra de l eche prev i amente hom ogen.izada en una probeta de 250 ml de capacidad. S e colocó el lactodensímetro y una vez estabil izado, se observó en la escala el punto donde se formó una I ínea de Pág. 27 A n á l i s i s e s t a d ís t i c o S e uti l izó el p roced i m iento G L M d e i S AS (SAS, 1 99 1 ) . . R E S U LTAD OS Y D IS C U S I ÓN La tab l a 1 presenta el anál i s i s de vari anza de los p orcentaj es de m ateri a grasa y p ro t e í n a real izadas sobre l as 90 muestras de leche. Ta bla 1. Anál isis de varianza de los porcentajes de m ateria grasa y proteína. QM Causa d e variación Animal M étodo ( M ) Muestra (A) M * A Res iduo GL % MG %PB 29 9,97** 0,0 1 * 0, 1 3 * O, I I * 0,67* * 1 ,4 1 * * 0,00 0 1 * 0,000* 2 2 45 * n o s i gn i fi cativo ** P<O.O I EI valor p ro m e d i o para la materia grasa fue de 7,34 ± 0,24 con un coeficiente de variación de 3 , 3 1 %, m ientras que para la prote ína el pro med io fue de 4 , 7 1 ± 0, 1 4 con un coefici ente de var i ac i ón de 3 , 02%. De las variables consideradas en el modelo. l a variable an i m al tuvo un efecto s i g n i fi c a t i vo p ara los tenores de grasa y p rote ína, m i en tras que la var i able método sólo lo tuvo para el tenor de p rote ín a . En lo q u e respecta a las variaciones de los tenores de materia grasa y proteína por la variable an i mal, las m ismas obedecieron a las condiciones de p roducc ión de leche, que invol ucraron tanto factores inherentes ai animal (raza y estado de la l actac i ón ) como factores am b i entales (es tac ión dei ano y ubi cación geográfi ca). En cuanto ai estado de la lactac i ón, Asker y col. informaron que el conten ido de grasa en la leche de búfala com i enza con un valor bajo ( 5 ,98%) en la primera semana de lactación, lIega a un valor m ín i mo ( 5 , 8 3 %) en la tercera semana y a partir de allí com i enza a aumentar gradualmente hasta alcanzar un valor m áx i mo ( 7 , 3 8%) a fines de la lactac ión (Asker et aI, 1 9 5 2 ) . E n referencia a la edad d e i an imal, estación dei ano y u b i ca c i ó n geográfi c a , Ragab y c o l . digitalizado por arvoredoleite.org P ág. 28 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, 6'<1: 25-30, 2005 observaron que l a leche colectada durante e l verano contení a m ás grasa, s ó l i dos totale s , s ó l i dos n o g r a s o s y prote í n as q u e l a o b t en i d a d u r ante e l invierno (Ragab y col . , 1 95 8) , m ientras q u e Ghosh y Anantakrishn an observaron una decli n ac i ón en el contenido de grasa durante el verano y pequenos cam b i o s estacionales en e l tenor de s ó l i dos no grasos (Ghosh y Anantakrishnan , 1 96 5 ) . A I considerar l as v ariaciones de l o s tenores de m ater i a grasa y proteína por la variab l e méto do, se observó que la m i s m a sólo t i ene un efecto sobre el tenor de p roteí n a. En la t ab l a 2 p ueden apreciarse los v alores m e di os de m ateria grasa y proteí n a determi n ados por ambos métodos. Tabla 2. Valores medios de materi a grasa y pro teína obteni dos por ambos métodos. %MG %PB M2b = 7.35 M2 = 4.80 A = método estándar B = m étodo de lectura i n frarroj a A d i feren c i a d e i m étodo estánd ar , l a d e t e rm i n a c i ó n p o r e s p e c tr o m et r í a i n frarroj a n o inciuye l a determi n ación dei n itrógeno no prote i co (amidas , ami n as y ami n o ác i dos). Los resultados permitieron realizar el análisis de regresión, correlacion ando los tenores de materia grasa y proteína obteni dos por ambos métodos. Para d eterm i n ar e l t e n o r p rote i co d e l a l eche por espectro metría i n frarroj a s e rea l i zó l a extrapol ación d e i método estándar a través de l a s i gu iente ecuac i ó n : Y = 1 ,4 5 2 + 0,66 1 X d o n d e Y c o r re s p o n d e a t e n o r e s d e p ro te í n a o b te n i do s p o r esp ectro m etrí a i n frarroj a y X a l os o b t e n i d o s p o r e l método estándar. P ar a d et e r m i n ar e l t e n o r p ro te i co de l a l e c h e p o r e l m ét o d o e s t án d ar s e r e al i z ó l a extrapo l a c i ó n d e i método i nfrarroj o a través d e l a s i gu i ente ecuac i ó n : Y = 0 , 0 7 6 + 1 ,022 X d o n d e Y c orresponde a tenores d e p r o te í n a o b t e n i d o s p o r e l m é t o d o estándar, y X a los obteni dos p o r espec t ro me tr í a i n frarroj a. AI determi n arse los porcientos de E S T por cada uno de los m étodos evaluados se obtuv ieron los s i gu i e n t e s v al o re s : 1 8 , 09 % s e g ú n e s p e c trometría i n frarroj a ( E I ) , 1 7,76% según el método grav i m ét r i co (G) y 1 6 , 9 8 % s e g ú n fór mu l a d e Fleischmann (FP). AI reali zarse el análi s i s d e v a r i anza p ara extracto s e c o total, s e o b se rv an d i ferenci as s i gn i ficativas (P<O . OO I ) debido a i factor ani m al y a la variación i n d i v i dual p rop i a de los d i ferentes estados de l actan c i a y e dades de los ari i m ales considerados (Tabla 3). Con respecto a l a v a r i a b l e m é t o d o , t am b i é n se e n co ntraron d i ferenc i as signifi c ativas (P<O. O O I ) entre l as tr� s m e todolog í as evaluadas, contrar i amente a lo CI tado p o r B o aventura y c o l . (20 0 3 ) q u ienes n o . encontraron d i ferenc i as e ntre l o s m étodos gravI métr i co y l a fórmula de F l e ischmann. Tabla 3. Anál i s i s de v ar ianza p ara l a carac terí s t i c a extracto seco total (EST) C a us a s v a r i a c i ó n A n i m al Método Residuo T O TA L L 29 2 58 89 QM 5,53** 9 ,2 5 * * 0, 1 1 * * P< O . O I M%ST = 1 7, 6 1 ±0,3 4 ; CV= 1 ,92 ; r2 =0,97 Tukey : M l = 1 8, 0 9 ; M 2 = 1 7, 7 6 ; M3= 1 6, 9 8 Sob re la b ase dei a n ál is i s de regres ión s e p u e d e n o bt e n e r l o s p or c e n t aj e s d e E S T c o r resp o n d i entes a c a d a u n o de e l l o s a p ar t i r de d i ferentes ecuac iones. S i se determ ina EST por el m étodo G y se desea el correspondi ente valor por e l método El, se apl ica l a s i guiente ecuación: Y = 0,84 + 0,97 X S i se determina EST por el método FP y se desea el correspondiente valor por el método E l , se apl i ca la s i guiente ecuac i ón : Y 3 , 8 1 + 0,84 X S i se determina EST por el método FP y se desea el correspondiente v alor por el método G, se apl i c a la s i gu i ente ecuac i ón : Y = 3 ,47 + 0 , 84 X S i se determina EST por el m étodo El y se desea el correspondiente v alor por el método G, se apl i ca la s i gu i ente ecuación: Y = 0,009 + 0,99 X S i se determi n a E ST por el m étodo El y se desea el correspondiente valor por el m étodo FP, se apli c a la s i gu iente ecuac i ón : Y = - 1 , 6 6 + 1 ,03 X S i se determi n a EST por el m étodo G y se desea el correspondiente v alor por el método FP, se apl i c a la s iguiente ecuac i ón : y = - 1 ,05 + 1 ,02 X C O N C LUSIONES Teniendo en cuenta que l a leche d e búfala es u s a d a p ara la el aboración de productos l ácteos, Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S e t/Dez, n° 346/347, .6.D.: 25-30, 2005 p r i n c i p a l mente queso M ozzarel l a, es neces ari o conocer exhau s t i v amente su c o m p o s i c i ón p ara mantener una calidad uniforme de los mismos. Para evaluar la calidad de l a leche es nece sario poseer alto rigor anal ítico y tener bajo con trol los procesos i m p l i cados en la m isma, através de ensayos efectuados por l aboratorios califi cados que garan t i cen su c o m p et en c i a, personal com petente, trazab i l i dad en l a operativa y cal i bración de sus instru mentos . Sobre la base de los resultados obtenidos en este trabajo, se puede conclui r que si b ien el uso de la metod o l og í a d i s puesta p o r el M i n i s ter i o de Agricultura de Bras i l es válida para la determinación de l os d i ferentes componentes de la leche, si el número de muestras a analizar es elevado, se ap l i cará preferentemente el método p o r espectroscopía infrarroj a por su rapidez, precisión y menor uso de reactivos tóxi cos . Es i mp ortante tener en cuenta además que los resultados anal íticos de las materias primas y de los p roductos en el aboraci ón pueden ser uti l izados por el responsab le de la producción con el fin de verificar que la elaboración se efectúe normal mente. Con una metodología analítica tra dicional, será impos ible ajustar rápidamente los pa rámetros de la producción en curso. RES U M O A an ál ise d o le ite d e mamíferos e n o caso das búfalas em particul ar, tem por objetivo avaliar a qual i dade dessa matéria prima, comprovar que seus v a l o res c o i n c i d em aos correspon dentes da composi ção original c conh ecer as al terações . O objetivo desse trabalho fo i estabelecer as d i ferenças entre o método por espectros copia i n fravermel ha e outros que se tinham util izado para a determinação de gorduras (Gerber), proteínas (Kjeldahl ) e extrato seco total (gravimétrico e fórmula de Fleischmann). Para isto trabal hou-se com 90 amostras do l e i te correspondentes a um rebanho de búfalas de raça Murrah. Os resultados permitiram concluir que em quanto aos valores de matéri a de gordura não se observaram d i ferenças sign i ficativas entre ambos. Em quanto ao extrato seco total (EST), segundo anál ises estatísti cas real izadas, existem diferenças significativas entre os três métodos que foram uti l izados. No entanto, cons iderando-se a anál ise de regressão, pode-se i n ferir as porcentagens de gor dura, proteína e EST dos diferentes métodos me diante a apl icação de diferentes equações. Pode-se concluir que os métodos avaliados são vál idos para a determ inação dos d i ferentes com ponentes, mas ante a possib i l i dade de se fazer seleção, nós reco men damos o método de espectrofotometria i n fra verm elha dev ido sua rapidez, precisão e menor uso de reati vos tóx i co s . Pág. 29 P a l a v r a s - c h a v e : l e i te, b ú fa l a, g o r d u ra, p rote í n a, s ó l i dos totai s . A B STRACT The m i l k a n a l y s i s i n m a m m a l s and i n parti cular case o f buffalo, has the obj e c t i v e of e v a l u ate t h e q u a l i ty o f m i l k ; p r o v e t h at t h e proprieties of milk aim of this work was establ ish d i fferences b etween the m e t h o d of i n frared spectroscopy and others to determ ine fat in m i l k (Gerber), p rotein ( kj e l dah l ) and total dry extract (gravimetric and Fleischman formula). There were results i n d i cate that there weren't d i fferences in fat b etween meth ods. There were d i fferences in prote in content b etween meth ods . For total dry extract (TDE), there were s i gn i fi cant differences between the three m ethods . From the regression analysis it could be infer the fat percentage, protein and TDE of d i fferent methods thought application of obtain equations. The eval uated methods were v a l i d in order to determ in ate m i l k compos it ion, but the methods of infrared spectroscopy was the best because is quickly and accurate methodology and mi nor waste of toxi cs reactive. Keywords: buffalo, fat, m i lk, protein, total solids. A G R A D E C Il\H ENTOS A I pro p i etario dei E s t ab l e c i m i ento S anta Amei i a y Pl a n t a Láctea W h i t e M i l k , S r. J o s é G o m e s de Arantes N e t o , por S ll i n d i s p e n s a b l e contri bución para concretar este trabaj o . A l a Sra. T <1 n i a Mara Aze vedo Goes por S ll col aborac ión en la real izac i ón de l os anál i s i s . RE F E RENCIAS B l B LIOG RAFÍ CAS A S K E R , AA; RAGAB, MT; KAMAL, TH . 1 95 7 . E ffe ct o f stage o f l actat i on o n t h e compos i t ion of buffalo milk and the correlation between m i l k cons t i tuents. I n d i an J . Dairy S c i . , 1 0 : 204-2 1 2 . B E RTRAND, D . 2002. L a s pectrosco p i e proche infrarouge et ses app l i cations dans les industries de I ' al i mentation animale. INRA Prod An im, 1 5 : 2 09-2 1 9 . BOAVENTURA, R . L . M . ; PIRES, L . L. ; OLIVEIRA, A . M . G. ; L I M A , L . L . ; S A A D , F. M . 0 . B . 2 0 0 3 . E s tu d o c o m p arat i vo de m e t o d o l o g í as d i re t a e i n d i reta para determ inaçao do extrato seco tatal no leite pasteurizado. H i giene A l i mentar, vol . 1 7, nO 1 04/ 1 0 5 , pago 29-3 0. CASADO C I M I ANO P. 1 99 1 . Guía para el anál isis digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 3 0 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n ° 346/347, .6.0. : 25-30, 2005 q u í m i c o d e la l e c h e y l o s d e r i v a d o s l ácteo s . Ediciones Ayala y Revista ILE. M adrid, Espana. CHANTALAKHANA, C. A global view of genetic resources of buffaloes. In: FAO. "The management of global an i mal genetic resources " . Roma, 1 992. G H O S H , SN; ANANTA K R I S HN A N , C P. 1 9 6 5 . T h e c o m p o s i t i o n o f m i l k . P art V I . T h e re l at i ons h i p between m i l k constituent. I n d ian J . Dairy S e i . 1 8 : 49-5 3 . M i n i s t é r i o d a Agri c u l tura, A b aste M AARA ci mento e Reforma Agrária - LANARA: Métodos Anal íticos O ficiais para contro l e de Produtos de Origem Animal e seus ingredientes. Bras i lia. 1 98 1 . M ARTIN, B ; B UCHIN, S ; HURTAUD, C . 2003 . C o n d i t i o n s de p ro d u c t i on du l a i t et q u a l i t é s sensoriel les d e s fromages . INRA Prod Ani m , 1 6 : 2 8 3 -2 8 8 . PRATA, L . F. 20 0 1 . Fun damentos d e C iencia do Le ite. Funep-UNE S P. RAGAB, MT; A S K ER, AA; KAMA, T. H. 1 9 5 8 . The effe ct o f age and season o f c a l v i n g o n the composition of Egyptian buffal o m i l k . Ind i an J. Rev. Inst . Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.0.: 3 1 -3 3 , 2005 Dairy S e i . ; 1 1 : 1 8-2 8 . ACIDEZ E DENSIDADE DO LEITE DE BÚFALA DA RAÇA MURRAH NA REGIÃO DE SÃO CARLOS SAS, 1 99 1 . S AS/STAT. Users Guide. Vers ion 6, 4th Ed. SAS Institute, NC (USA). Melício, S. P. L. I Carvalho, M. R. B. Õ Tonhati, H. Õ Canaes, T. S. 3 Lima, A. L. F 3 RUI= Pesce, M. L. .j Núíie:: de Kairü::, M. .j S I M P L I C I O D E O L I V E I R A , J F. ; P r o d u ç ao h i gi é n i ca de l e i te de bufalas. E n : I S i mposio de bufalas das Americas. Setiem bre de 2002, Bel em - Pará, B ras i l . TON HATI, H : M UNOZ, M C F ; OLIVE I RA, J Á ; DUARTE, JMC; FURTADO, TP; TS EIMAZIDES, S P. 2000. Parametros geneti cos para a produçao de l e ite, gordura e prote i n a em bub al i n o s . Ver. Bras. Zootec, 29(6) : 2 0 5 1 - 2056 (sup I ) . TON HATI , H ; S I M P L l C I O D E O L I V E I R A , J F ; S A M PA I O B A RU S E L I : C E RON M UNOZ, M F ; M U N O Z B E R R O C A L , M H ; D U A RT E , J M C ; T S E I M AZI D E S , S P ; P E R E I RA F U RTA DO, T. Control Lech ero en b ú fa l a s . E n : I S i m p o s i o de B ú fa l o s en el M E R C O S U R . 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As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o programa SASi considerando-se a significância esta tística no nível de 5%. Os valores para densidade variaram de 1 ,0240 a 1 ,0390, observando-se diferenças para as médias entre as ordenhas no segundo, sétimo e oitavo mês de lactação. A acidez média medida por titulação foi 19,78°D. Embora variações tenham ocorrido durante o período de lactação, o leite permaneceu dentro dos padrões de densidade e acidez permitidos pela legislação vigente. Palavras-chave: parâmetros físico, lactação, ordenha, búfala. INTR O D U Ç Ã O O leite d e búfala é reconhecido mundialmen te por seu i m p o rtante v a l o r nutritivo, podendo ser consum i do tanto natural como processado ar tesanal ou industrialmente. Apresenta caracterís ticas muito próprias como ausênc ia de B-caroteno que c o n fere a c o r b ran c a p e c u l i a r e v a l ores elevados para aci dez titulável em função do alto teor de caseína. A maioria dos autores encontraram valores de acidez superiores à 1 8°D, portanto aci ma dos padrões regul amentados para o l e i te de vaca, porém, B ENEVIDES et aI. (200 1 ) encon traram v a lores de acidez t i tu l ável i n feriores aos c itados no l e i te de búfala da raça Murrah, com valor médio d i ário de 1 4 , 1 8"D. Somente em 1 994 foi publ i cado no Diário Oficial da Un i ão o valor para aci dez titulável no leite de búfalas, compreen dendo entre 14 e 23"D. Quanto à densidade os valores encontrados são s i m i l ares entre s i . I S E P ON ( 1 9 8 4 ) , encon traram valores médios iguais a 1 ,0 3 3 5 , FERRARA & INTRIERI ( 1 992) encontraram valores de den sidade s i tuados entre 1 ,0260 e 1 , 0 3 5 0 . NADER I 2 3 4 FI LHO et ai. ( 1 996) encontraram valor superior ( 1 , 0 3 6 7 ) a este no primeiro mês, sendo a média para aci dez no período de 9 meses de l actação igual a 1 ,03 3 7 . Devido à importância d a acidez e densidade como parâmetros que determ inam a integridade do leite, este trabalho teve como obj etivo anal isar as variações destes índices no leite de búfala da raça Murrah durante o período de l actação e ordenha. MATERIAL E M ÉTODOS Foram aval i adas as amostras de le ite de I i búfa l as da raça M u rrah, do rebanho da Fazenda Betel, local izada no município de S ão Carlos-SP, todas na terceira ordem de l actação e pari ção no m e s m o m ê s . As amostragens foram real izadas mensal mente após período colostral dur ante os 8 meses de l actação. Nas duas ordenhas (manh ã e tarde) rea l izadas manual m en te com bezerro ao pé, o leite de cada animal foi pesado e real izada i m e d i atamente as determ i nações da densi dade e a c i dez t i tu l áv e l ( I AL , 1 9 8 5 ) . Foram real izadas an á l i s es de v ar i ân c i a de m e d i das das var i á v e i s Mestre e m Zootecnia. Professor: FCAV / Unesp, Jaboticabal, SP, Brasil. Pós-Grduando FCAV /Unesp-Jaboticabal, S P, Brasil Centro de Referencia para Lactobacilos (CERELA), Tucuman-Argentina. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Oez, n ° 346/347, 6.0.: 3 1 -3 3 , 2005 Pág. 3 2 e s t u d a d a s , r e p e t i d as no t e m p o , com um fat o r ordenh a em dois n í v e i s (parcela) e um fator m ê s c o m oito n íveis (subparcela) em um delineamento em b l o co s ( 1 1 a n i m a i s ) ao acaso . O m o d e l o mate m áti co uti l i zado incluiu os efe i tos fixos d e ordenha, a n i m a l e m ê s e a s i nterações entre or d e n h a x a n i mal e o r d e n h a x m ê s . As anál i s e s estatísticas, os testes de normal i dade d o s erros e homogen e i dade das v ar i ân c i as foram real izados utilizando o programa computacional SAS ( 1 992) . R E S U LTAD O S E D ISCUSSÃO As anál i ses estatísticas para a densidade do l e i te m o s traram que os e fe i tos an al i s ados p ara ordenha e m ê s afetaram s i gn i fi cat i vamente esta propriedade . Para a acidez não foi observada dif erença estatística para a interação ordenha x mês (Tab e l a I ) Consi derando os meses de l actação obser vou-se para os valores médios estimados de densi dade, d i ferença s i gn i fi c ativa entre as ordenhas no segundo, sétimo e o itavo mês de l actação. A densidade observada variando de 1 ,0240 a 1 ,0390, indicou média de 1 ,03 1 8 ±0,0026 valores estes inferiores aos descritos por FURTAOO ( 1 980) e I SEPON el aI. ( 1 984), que encontraram média de 1 ,0332 e 1 ,0 3 3 5 , respectivamente, estudando leite de b ú fa l as m e s t i ças M u rrah e M e d i terrân e o . Con forme estes auto res , os v a l o r e s m é d i os de den s i d ade sofrem uma queda com o decorrer do período de lactação. No primeiro mês foi encontra da a maior méd ia estimada para esta característica, sendo igual a 1 , 0343 , diminuindo no segundo mês e permanecendo con stante com o decorrer dos meses de lactação. Oe acordo com WALSTRA & J ENN ESS ( 1 9 8 7 ) a densi dade sofre alterações em fu nção das vari ações dos com ponentes do l e i te, principalmente a gordura, pois teores mais elevados proporci onam dens i dades menores, e quando os teores de extrato seco desengordurado aumentam Ta bela 1 . a den s i dade tam b é m aumenta. Neste contexto, observaram-se v alores mais elevados para ESO e densidade no i n ício e final da lactação. A a c i dez observada m e d i d a por titul ação variou de 14 a 27°0 com média de 1 9, 7 8 ± 2,89°0 mostrando-se superior à c itada por B EN E V I D E S e l a i . ( 2 0 0 1 ) c uj o v a l o r e n c o n tr a n d o fo i de 1 4 , 1 8"0. A média encontrada no primeiro mês de lactação foi de 20,92"0 sendo a menor obtida no tercei ro mês ( 1 6, 1 4"0) e a m aior no sétimo mês (23 , 3 2"0 ) . Embora vari ações tenham ocorrido durante o período de l actação, o leite perm aneceu dentro dos p adrões ace itáveis p e l a legislação. A aci dez titulável visa determ inar a acidifi cação da l actose ou a alcalinização do leite causada principalmente pela m astite. Constitui, além da medida de ácido l át i co, uma medida da concentração de prote ína. O leite apresenta-se ácido em concentrações mais e l ev a d as d e prote í n a , c o n fo r m e o b servado no sétimo m ês de l actação (maiores teores de proteína e aci dez) . A res p e i to, N A O E R F I LHO el ai. ( 1 996) ass inal am que as proteínas podem exercer efe ito tam p o n an te s o b re a a c i dez t i t u l áv e l , espec i a l mente a caseína que apresenta e m s u a constituição d ezen as de am i n o á c i d o s c o m carac t e r í s t i cas anfotéricas . Assim, em presença de uma base, esses aminoáci dos passam a reagir como ácido, ou seja, o elevado teor de caseína possui efeito tampão na titulação aci d i m étrica do leite de b ú fala ocas io nando uma elevação da aci dez (°0) que pode levar a uma interpretação equi vocada da ac i d imetri a. CONCLUSÕES Os resultados do presente traba lho perm i tem concluir que, embora vari ações tenham ocor rido durante o período de lactação, o le ite perma neceu dentro dos padrões de dens idade e aci dez aceitáveis pela legislação. Valores médios estimados d a densidade e d a acidez (°0) d o leite d e búfala d a raça Murrah, dur ante os oito meses de l actação. Mês Va r i á v e l Ord e n h a JUL AGO 2 SET 3 Densidade Manhã Tarde Média 1 ,0343 1 ,034 1 I 1 ,0325A 1 ,030 1 B 1 1 ,0 3 02 1 ,03 1 3 I A c i d e z ( UD ) Manhã Tarde Média 2 1 ,64 20,56 2 0 , 9 2 bc 19, 1 8 1 7,82 1 8 , 5 0d 1 6,45 1 5,73 1 6 , 1 4c OUT 20,93 21,81 2 1 ,4 4nl> NOV 20,37 1 9 ,42 1 9 , 8 9 hcd DEZ JAN FEV 1 ,0322 1 ,03 1 0 J 3 1> I 1 , 0 3 2 7" 1 , 0 2 8 8 1l 1 , 0 3 0 8 1> 1 , 0 3 4 2" 1 , 0 3 0 9 1l 1 ,0329b 1 9 ,69 1 8,82 1 9 , 2 9 cd 23,83 22,45 23 ,32" 1 9 ,63 1 8 ,69 1 9 , 2 5 cd 6 7 8 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Oez, n° 346/347, 6.0.: 3 1 -3 3 , 2005 A BS TRACT The aci d i ty and the den s i ty are of great rel evance for the control of the qual ity of milk, a time that alterati ons in these parameters can be in dicati ve of alterations in the integrity of m i l k . This work with the objective was become fullfilled to analyze the variati ons of these ind i ces in the milk of buffalo of the Murrah race during the period of lactat ion and m i l k s . The m i l k s am p l es of l i buffalos of the Murrah race, ali in the third order of lactation and parição in the same month had been evaluated. In the two you m i l k manually (morning and late) carried through with year-old calf to the foot, th e m i l k o f each an i m al was we i ghed and immed iately carri ed through the determ i nation of the dens ity and t i t u l ável aci d i ty. The statisti cal analyses had been carried through using the S AS program cons i dering itsel f it s ign i ficance statistics in the 5% leveI. The values for density had varied of 1 , 0240 the 1 , 0 3 9 0 , observ i ng d i fferences for the averages between milk them in as, seventh and eighth month of l actat i o n . The av erage ac i d i ty measured by t i tu l ação was 1 9 , 7 8 ° 0 . Al though vari ations h ave occurred d u ri n g the period o f lactation, milk inside remained of t h e standards o f density and ac idity al lowed b y the current law. Keys \V o r d s : p aramete rs p h y s i c al , lactation, m i l k , b u ffa l o RESUMEN La a c i d e z y l a d e n s i d a d son de gran imp ortan c i a para e l control de la c a l i dad de la l e c h e , una vez que l a s a l t e r a c i o nes en estos parámetros puede s e r un i n d i c a t i v o de l as alterac i o nes en la int egri dad de la l e c h e . Este trabajo se real izo con el objetivo de an alizar l as variaci ones de estos índ ices en la leche de bú fala de la raza Murrah durante el periodo de lactac ión y ordell a. Fueron eval uadas las muestras de leche de I I búfalas de la raza Murrah, todas en la tercera lactan cia y paridas en el mismo mes. En l os dos ordell os ( m anh ana y tarde) real izados manual mente con becerro ai p ie, la leche de cada an i mal fue pesada y se realizo inmediatamente las deter minaciones de la dens i dad y aci dez titulable. Los an á l i s i s estad í s t i c os se real izaron uti l izando el progra m a S A S lÍ c o n s i d e r a n d o u n a d i fere n c i a estad ística s i gn i fi cativa e n el n i vel d e i 5 % . Los valores para dens idad variaron de 1 . 0240 a 1 .0390, Pág. 3 3 observándose d i fere n c i as p ara l as med i as entre los ordel1os en el segun do, séptimo y octavo mes d e l actan c i a. L a a c i d e z m e d i a m e d i d a p o r titulac ion fue 1 9, 78°0. S i n embargo, variaci ones aunque ocurrieron algunas variaciones durante el periodo de lactac i ón, la leche permaneció den tro de los estándares de densidad y acidez perm itidos por la legislación v i gente . Palabras clave: p aráme tro fí s i co , lactación, leche, búfala R E F ERÊNCIAS BIBLIOG RÁFICAS B E N E V I O E S , C. M . .I . ; T R I G U E I RO , I. N . ; SANTOS, M . A. F. Influência do teor de proteína na acidez titulável do leite de búfala (Raça Murrah ) na mi croregião de Catu-Ba em 1 65 d ias de lactação. H ig i e n e A l i m e n t a r , S ão Pau l o , v. 1 5 , n. 8 0/8 1 , p . 1 0 0 , 200 I . F U RTA D O , M . M . C o m p o s i ç ão centes i m a l el o leite de búfala na zona da Mata Mine i ra. R evista I n s t i t u t o d e L a t i c í n i os C a n d i d o To s te s , J u i z d e Fora, v. 3 5 , n . 2 1 ! , p . 43-47, 1 9 8 0 . I N S T I T UTO ADOLFO LUTZ . Normas A n a l í t i c a s d o I n s t i t u to A d o l fo L u t z . v. 1 M é t o d o s q u í m i c o s e fí s i c os p a ra aná l i s e de a l i m entos . 3 eel. São Pau l o : S ecretaria de Estado da saúde. Coordenadori a dos S e rv iços Técn i cos Especial izados, 1 9 8 5 . 5 3 3 p . I S E PO N , J. S : I S E PON , ° 1 . : S C I I O C K E N I T U R R I N O , R . P. E s t u d o d a s ca ract e r í s t i c a s fí s i c o - q u í m i c a do l e i te de b ú fa l as ( !J u b a / u s b u b a lis ) , na reg i ã o de I l h a S o l t e i r a - S P. I n CONG R E S S O ZO O T E C N I A DO E S TA D O D E S à O PA U L O , 4 . 1 9 8 4 , .I a b o t i ca b a l . A n a i s , J aboti cabal , 1 9 8 4 , p. 9 3 - 8 . ... N A D E R F I L H O , A . et aI . Va r i ação das caracterí s ti cas fís ico-qu í m i cas do leite de búfala, durante os d i ferentes meses do período de lactação. A rs Veteri n á ria, J aboticabal, v. 1 2 , n . 2, p. 1 4 81 5 3, 1 996. S AS I N S T I T UTE SAS I n t r o d u c tory g u i d e fo r p e r s o n a l c o m p u te r ' s . vers i ol1 7 . Cary, 1 9 9 2 . WA LSTRA, P. : J ENN E S S , R . Q u ím i c a y física l a c tológi c a . Zaragoza : Acri b i a, 1 9 8 7 . 423 p . Médias seguidas de letras maiúsculas nas colunas e m inúsculas nas linhas indicam d i ferenças estatísticas pelo Teste de Tukey (p<0,0 5 ) . digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, na 346/347, .6D.: 3 5 -39, 2005 Pág. 3 5 ALTERAÇÕES FÍSICAS E QUÍMICAS D A MUSSARELA D E LEITE DE BÚFALA DURANTE O ARMAZENAMENTO Carvalho, M. R. Bomfim, K. S. L. Tonhati, Modesto, v: A illra, F Lima, T. M. B. ' B. J H. ' C. .' S. 4 A.5 RESUMO o A nova campa nh a da Fermentec h valoriza o leite, q u e representa amor e a vida por ser materno e a.limento base de todo ser humano. do leite que surgem vários derívados q u e u t i l izam Alé m d i sso, produtos carinhosam ente comercializados por nós. i do nos�o pa;cena Nesse sentido, temos o prazer de anunci a r a a m pl i a çã o forte consolidaçâo de portf6l io de produtos, em função . (orn a DANISCO; líder mund ial n o desenvolvlt 'Oento e prod uçao d e insumos para a indústria alimentrcia, incl usive com as linhas de cu l t TeXH ®j além dos é$tab i ljzant�s da l i n h a de M E Y P R O G E N . urna da �a (CHOOZIPM, YO-M I XTM , da linha RECO�AN�t.\ � e , Nlsaplm®, NATAMAX1M bioprotetores de GRINDSTEO® e a linha Comercializam os tod as as l inhas de culturas PROBATtM � HOLDSACiM ); estabiHzante s N ovas i n ™ , G U A R D I A N TM , e A R O M AS, d e ntre -o u tr o s . Con s u lte também nossa l i n h a adicional o fumfgeno e fungicida FUMISPORETM da N O R PAC I F I C , C O ALHO, CLO R E TO D E CÁLCIO, CORANTES e outros. IbANISCO norpoâfic 'fe rm e n te h C.entral de Atendimento Avaliou-se a qualidade quanto à s características físicas e químicas d o queijo mussarela de leite d e búfala armazenado e m soro com variações n o pH e n o tempo de conservação. O s queijos foram elaborados exclusivamente com leite de búfala e moldados em forma de bola de 50 g, em laticínio especializado. Foram considerados três níveis de p H (2,4, 3,0 e 3,6) do soro e seis tempos de armazenamento a 10° C ( I , 7, 14, 21, 2 8 e 35 dias). Nas amostras d o soro foram determinados pH, acidez titulável e cloreto. Os resultados foram analisados utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x6 (níveis de pH e dias de armazenamento), com cinco repetições. Verificou-se no soro elevação do pH, diminuição da acidez e da porcentagem de cloreto durante o armazenamento a 10° C por 35 dias. Os níveis de pH do. soro tiveram efeitos significativos sobre o pl-I dos queijos e sobre o teor dc cinza. As porcentagens de umidade e de gordura do extrato seco variaram durante o armazenamento c apresentaram-se dentro do limite permitido pela legislação vigente, que indica teores entrc 52% c 60% para a umidade e 35% para GES. O conteúdo de proteína variou de 15,59% a 19,21% e o de cinzas diminuiu durante o armazenamento. Concluiu-se que a mussarela de leite de búfala pode ser armazcnada a 1 0°C em soro no pl-I 2,4, 3 ,0 e 3,6 sem altcrações significativas até os 3 5 dias. Palavras-chave: altcraçõcs, armazenamento, búfala, níveis de pl-I, mussarela, soro. INT R O D U ç A o N o B ras i l , o q u e ij o m ussare l a corresponde ao p r i n c i pal prod u to o b t i d o a part i r do l e i te de búfala, p ro d u z i d o p r i n c i p a l m e n te e m p e q uenas indústrias, sendo comercializado na forma de barra, de bolas em embalagens a vácuo e de bolas embala das no soro. A fabri cação envolve a obtenção da coalhada, a ac idificação, a fusão da massa em água q u e n t e , a fi l ag e m , a m o l d ag e m e a s a l g a e m sal moura (VA L L E , 1 9 8 9 ) . A s con d i ções de pro cessamento, armazenamento e c o m e rc i a l i zação podem a l t e rar as carac t e r í s t i c as o rgano l é p t i c as do p roduto, e ai nda, durante as etapas de manu fatura, que normal mente são manuais, pode haver o risco de contam in ação por m i cro rgan i s m o s . Apesar da grande demanda, são escassas as info r m a ç õ e s d i s p o n í v e i s aos ó r g ão s gov e rn a mentais, laticín ios, comerciantes e consum i dores a res p e i to d as a l te ra ç õ e s o c o r r i d as d u rante a comerci a l i zação d este t i p o de q u e ij o , t o rn an do se necessário gerar conhecimentos ap l i cávei s ao amb i ente p r o d u t i vo, j á q u e e s te t i p o de q u e ij o I 2 3 4 5 t e m a p r e s e n t a d o e x c e l e n t e s p e r s p e c t i v as d e m e rcado n o Bras i l . N este contexto, desenvolveu-se o p resente trabalho com a fi nali dade de aval iar a quali dade do queijo mussarela de le ite de búfala, el aborado na forma de bola e comercializado no soro . Mais espec ificamente, estudar o efe i to do p H do soro con t i do nas e m b a l agens sobre as caracte r í s t i c as fís icas e quím icas do queijo, durante o armazena mento sob refr i ge ração . MATERIAL E MÉTODOS Os q u e ij o s fo r a m e l a b o r a d o s com l e i te pasteurizado e moldados em forma de bola de 50g em laticinio espec i al i zado, loca l i zado no mun icí SP, com registro no Serviço de p i o de B ocaina I n s p eção Federal ( S . I . F) e portador do " S e l o de Pureza". O p H i n icial do soro de 2 ,4 fo i aj ustado p ara 3 , 0 e 3 ,6 com b i carbonato de sódio, consti tu indo os três níveis de p I-I estudados. As amostras de m ussarela de l eite de búfala foram reembal ados com o s o ro nos r e s p e c t i v os p H , na p ro p o r ç ão Professor da Faculdade dc Ciencias Agrarias e Veterinarias da UNESP, campus de Jaboticabal, SP, Brasil. Mestre em Ciencias dos Alimentos. Graduando em Zootecnia. Pos-doutorando em Zootecnia. Auxiliar academico. digitalizado por arvoredoleite.org ! 1 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n ° 346/347, @ : 3 5 -39, 2005 36 queij o:soro de 1 :3, e armazenados a 1 0°C ( 1 0,04 ( 0 , 3 0 °C ) . C on s i d eraram-se três n í v e i s de pH d o s o r o : 2,4, 3 , 0 e 3 ,6 e seis tempos de armazena mento: 1 , 7 , 1 4 , 2 1 , 2 8 e 35 d i as . As análises fís i cas e químicas d a s amostras do soro e dos queijos foram realizadas considerando se cinco repetições amostradas ao acaso, para cada n ível de pH e tempo de armazenamento, cons t i tuindo cada repet i ç ão (parcela) uma embalagem com duas amostras de queijo. O soro cont i do nas embal agens foi recolh i do e as amostras de queij o foram trituradas e homogeneizadas e m u m m u l tiprocessador. O p H do soro foi determi nado por meio de um potenciômetro pH-Metro D igimed DM 20 e o do queijo utilizando-se potenciômetro d igital portáti l TESTO , com o eletrodo inserido d ireta m ente na amostra. As determi nações da acidez e cloreto no soro, as porcentagens de u m idade, gor dura, cinzas, extrato seco total e gordura no extrato seco, seguiram as recomendações do Instituto Adol fo Lutz (lAL, 1 9 8 5 ) . A porcentagem d e gordura no extrato seco (GES) para o queij o foi calculada pela equação: GES (% G / % EST) x 1 00. A an á l i s e e s t at í s t i ca d o s r e s u l tados d as avaliações físicas e químicas foi realizada utilizando o d e l i neamento i ntei ramente cas u al i zado ( O l C ) , em e s q u e m a fatori al 3 x 6 (níveis de p H e arma zenamento), com c inco repet i ções . A anál i s e de variância e a comparação de médi as pelo teste de Tukey (5%) foram obtidas utilizando-se o programa SAS (Stati sti cal Analys i s S ystem, 1 992). = R E S U LTA D O S E DISCUSSÃO Na Tabela I está apresentada a análise estatís tica dos valores obtidos para pH, acidez (% de ácido lático) e cloreto (%), determinados em amostras de soro (pH 2,4, 3 ,0 e 3 ,6) contido nas embalagens das mussarela de leite de búfala, durante o armazenamento. Ta bela 2 . d e pH Tab e l a 1 . Análise de variânci a e coefi ci ente de variação (C V ) do pH, acidez (% de ácido l át ic o ) e cloreto (%) d o soro contido n as e m b al agens dos q u e ijos armazenados n os pH 2,4, 3,0 e 3 , 6 durante o período de 3 5 d i as. Causas de variação Quadrado médio Níveis de pH (N) Armazenamento (A) Interação NxA CV (%) pH Acidez (% ac. lático) Cloreto % 8 1 6,76* 403,90* 4,70* 643,85* 1 67,59* 3 5 ,30* 28,87* 3 1 ,97* 5 ,40* 1 ,92 3 ,49 4,84 * s i gnifi cativo ao n ível de 5% de probab i l i dade (p<0 , 0 5 ) O s resultados obtidos p ara a i nteração N x A i n d i c aram q u e h o u v e respostas d i ferentes e s i gn i fi c ativas de pH, conforme os d i as de arma zenamento, para os v alores de pH, acidez e cloreto do soro. Os valores médios obtidos p ara pH, acidez e c lo r e t o do e s t ão a p r e s e n t a d o s na Tab e l a 2 . Observou-se aumento ( p < 0 , 0 5 ) do p H do s o ro durante o período de armazen amento, e con se quente d i m inuição da aci dez (% ácido lático) em todos os níveis de pH estudados . As amostras de soro com p H i n i c ial de 2 , 4 7 , 3, I ° e 3 , 6 2 apre sentaram, após 35 d i as de armazenamento, pH igual a 4 , 0 8 , 4,23 e 4 , 5 1 , respectivamente, com % de ácido l át i co de 0,28, 0,27 e 0 , 24. Os valores de p H para amostras armazenadas no soro em pH 3 , 6 foram s u p e r i o res (p<0 , 0 5 ) Valores d e p H , acidez (% de ácido l át i co) e cloreto (%) d o soro contido nas embalagens dos queijos armazenados nos pH 2 ,4, 3 ,0 e 3 ,6 durante o período de 3 5 d i as . P a r â m et r o s 2 ,4 3 ,0 3 ,6 pH 2 ,4 3 ,0 3 ,6 Acidez 2,4 3 ,0 3,6 Cloreto 1 dia 7 dias 2 , 4 7 cd 3 , 1 0 Bd 3 , 62A d 0 , 42 A o 0, 3 7 B o 0,2 7 co 2 , 9 7 Cc 3 , 5 8 Bc 4, 1 4 Ac 0 , 3 4 Ab 0 , 3 0 Bb 0 , 2 5 cob 1 , 2 1 Ac 1 ,2 0 Ab 1 , 3 3 Ab 1 , 5 7 Ao 1 , 4 2 Bo 1 , 4 7 ABo 21 dias 28 d i a s 35 d i a s 3,57 3,88 4, 5 1 0 , 3 5 Ab 0 , 2 7 Bc 0 , 2 5 Cnb 3 , 99 B o 4 , 1 6 Bn 4 , 6 7 Ao 4 , 0 6 Co 1 4 , 1 5 30 4 ,44 Ab 4 , 0 8 Cn 4 ,2 3B o 4 , 5 1 A nb 0 , 3 1 Ac 0 ,24 Bd 0 , 2 5 Bnb 0 ,2 7 Ad 0 , 26 ABcd 0 , 2 5 Bo b 0 , 2 8 Ad 0 , 27 Ac 0 , 24 Bb 1 , 3 8 Ab 1 ,2 9 Ab 1 ,26 Abc 1 ,4 0 Ab 1 ,29 Bb 1 , 1 9 cc 1 ,22 Ac 1 ,22 Ab 1 ,2 5 Abc 1 , 1 9 Ac 1 , 24 Ab 1 ,26 A bc 14 dias Cb Bb Ab Méd i as seguidas de letras maiúsculas nas colunas e m inúsculas nas l i nhas indicam diferenças estatísticas pelo teste de Tukey « 0 , 0 5 ) . )J"70 ... DjMAt; :· , ,\ :.) :\ t � \ .lB. fI ' Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, @: 3 5 -39, 2005 du rante t o d o o p e r í o d o de arm azenamento e m rel ação aos outros n ív e i s d e p H , enquanto que, para o n ível de p H do soro 2 , 4 os v alores foram sempre menores, com exceção aos 2 1 dias de arma zenamento, o qual assemelhou-se ao nível p H 3,0. Os valores para pH do soro 2 , 4 e 3 ,0 elevaram-se (p <0,0 5 ) até o 2 1 ° d i a de armazenamento, m an ten do-se sem alterações s i gn i fi cativas até o final do período . P ara o n ível de pH 3 ,6 observou-se au mento s ign i fi c ativo dos v alores até o 2 1 ° d i a, não apresentando al teração s ign i fi cativa aos 3 5 dias d e armazen amento. D e acordo com SCOTT ( 1 986) a h idrólise da proteína dos queijos durante a maturação e/ou armazenamento leva à formação de compostos alcalinos solúveis. A migração des tes compostos para o soro favorece a sua neutral i zação e consequente e l ev aç ão do p H durante o armazenamento dos queijos. O s val ores p ara a ac i d ez apresentaram-se, proporcionalmente i nversos aos do pH, durante o armazenamento. As menores variações para as por ce ntagens de ácido lático foram obtidas em amos tras de soro com pH inicial ajustado para 3 ,6. As porcentagens de cloreto variaram s i gn i ficativamente em função do pH do soro. A maior porcentagem ( 1 , 5 7%) fo i observada no soro com I dia de armazenamento em pH 2 , 4 . Ao final do período (3 5 dias ) as porcentagens de cloreto foram inferiores às porcentagens iniciais. De acordo com PERRY (2004) a d i ferença na pressão osmótica entre o soro e a massa do queijo favorece a absor ção do cloreto de sódio, ocorrendo a troca de íons nas m o l é c u l a s de para-case í n a , o que levou à diminuição do teor de cloreto no soro . Os r e s u l t a d os da an á l i s e estatí s t i c a d o s parâmetros p H e umidade, extrato seco total, gor dura, gordura no extrato seco, proteína e cinzas da mussarela de leite de búfala, durante o armazena mento no soro em pH 2,4, 3 , 0 e 3 , 6 estão apre sentados na Tabela 3. Os valores de pH e as por centagens de umidade, EST, G, GES, P e cinzas da mussarela sofreram variações sign i ficativas durante o período de armazen amento. Para os valores de Pág. 3 7 pH e teores de umidade, extrato seco total e cinzas a interação níveis de pH e armazenamento (N x A) ind i cou que o pH do soro afetou esses p arâ metros, ao longo do período de armazenamento. Os valores de pH i ni c i al dos queijos (5,34, 5 ,4 8 e 5 ,54) e aos 1 4 dias de armazenamento (5,50, 5 , 5 9 e 5,67) variam significativamente em função do pH do soro, observando-se maiores valores para os que ijos em soro pH 3 ,6 . Aos 28 e 3 5 d i as os valores foram semelhantes para qual quer nível de pH do soro estudado. A partir do 1 4° dia houve um decréscimo s ignifi cativo do pH dos queij os, cujos valores finais foram 4 , 8 8 , 4 , 8 7 e 4 , 9 5 , respecti vamente, para o s níveis d e p H d o soro 2,4, 3 ,0 e 3 , 6 (Figura I ). Os valores para o pH aproxi m aram-se dos o b s ervados por O L I V I E RI ( 2 0 0 4 ) , que o b teve variação de 4,6 a 5 ,4, para o mesmo tipo de queijo adquiridos em mercado varej ista após 5 a 7 d i as de fabri cação . B ONAS S I et aI . ( 1 982) mencionaram valor de 5 ,4 8 para pH da mussarela de leite de búfala logo após a fabri cação e CORTE S I et aI. ( 1 997) observaram valores entre 4 , 5 4 e 5 ,63 para queij o armazenado em salmoura por 7 dias a 6° C. As alterações no pH dos queijos foram devidas às variações iniciais do pH do soro, uma vez que soro com pH mais elevado também proporcionou queijo com pH mais alto ao longo do armazenamen to. As variações na concentração de íons hidrogênio l ivres, que expressam os valores para o pH, podem adv ir dos processos de h idról ise, oxidação ou fermen tação (PREGNOLATO & PR EGNO LATO, 1 9 8 5 ) . A s porcentagens d e umidade apresentaram se próxima à variação estabelecida pela legislação vi gente, que indica teores compreendido entre 52 e 60% p/p para a mussarela em balada com o soro (ANVISA, 200 1 ) e, em conform idade com o valor obtido por VERRUMA et a!. ( 1 99 3 ) para a mus sarela de leite de búfala. Apesar dos níveis de pH do soro não terem afetado (p>0,05) o teor de umi dade das am ostras de q u e ij o , o b servou-se vari ações s i gn i fi cativas durante o armazenamento. Para as amostras de queijos armazenadas no soro com pH Anál ise de variância e coeficiente de variação (CV) para pH e para as porcentagens de umidade, extrato seco total (EST), gordura (G), gordura no extrato seco (GES ),proteína (P) e cinzas da mussarela de leite de búfala armazenada no soro em pH 2,4, 3 ,0 e 3 ,6 durante o período de 3 5 . Causas Q u a d ra d o m é d i o d e v a ri a ç ã o pH N íveis de pH (N) Armazen amento (A) Interação N x A CV (%) 43,99* 3 95 ,66* 2,48* 0,95 Umidade % 0 , 4 3 ns 1 4,74* 3 ,4 1 * 2,60 EST % G % 2,66 lS 1 4,74* 1 , 0 3 ns 7,82 0 , 4 8 n, 1 4,92* 3 ,4 5 * 2,90 ' GES % P % Cinzas % 2,0 I n' 27,08* 1 , 4 1 ns 6,88 0 , 0 3 '15 6,07* 1 ,94 ns 7,44 5,75* 57,57* 1 ,99* 8 , 22 n s - n ão s i gn i fi cativo * s i gn ifi cativo ao nível de 5 % de probab i l i dade (p<0 , 0 5 ) . digitalizado por E PAMtG CT ftL C T arvoredoleite.org BIBLIOTE CA .. Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n ° 346/347, Q.Q: 3 5-39, 2005 38 2,4 a variação foi de 5 0, 1 1 % (1 d ia) a 5 6, 1 4% (7 dias), para as amostras no soro pH 3 ,0 foi de 5 1 ,5 5% ( 1 d ia) a 54,40% (7 d i as), enquanto que, p ara as amostras armazenadas no soro pH 3 ,6 a vari ação foi de 50,77% ( 1 4 dias) a 53,94% (28 dias). A Figura 2 apresenta as porcentagens médias de umidade du rante o período. Ao longo do armazenamento as porcentagens de umidade sofreram influência do pH do soro. Ob servou-se no início do experimento m aior teor de umidade para o queijo menos ácido, o que está de acordo com o observado por YUNES (2000), e con forme FURTADO ( 1 98 0 ) trata-se, basicamente, da 5.7 menor desmineralização protéica da coalhada menos ácida, dificultando a dessoragem espontânea do queijo. Entretanto, p ara os queijos armazenados em soro com pH mais ácidos (2,4 e 3 ,0) foi observado aos 7 dias uma elevação significativa no teor de umidade. Assim, além do pH do queijo outro fator como a concentração de sal do soro pode estar relacionado às alterações no teor de umidade dos queijos durante o arm azenamento. De acordo com S GA R B IE R I ( 1 996) em solução salina diluída a s proteínas apre sentam cargas elétricas suficientes para ligar todos os íons cloreto, os quais atraem e fixam a água. Como conseqüência, o produto terá uma maior h idratação. pH 5.6 .- 2 . 4 +-1-10 3 . 0 +-t-+ 3 . 6 5.5 5 .4 ::r:: o.. 5.3 5.2 5.1 5.0 4.9 4.8 14 21 28 35 D i as de Armazenamento F i g u r a I. Valores de pH de amostras de mussarela de leite de búfal a armazenada no soro em pH 2,4, 3,0 e 3 ,6 durante o período de 35 d i as . Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n ° 3 46/347, Q.Q : 3 5 -39, 2005 Os teores de extrato seco total ( E S T) das amos tras de queijo também não sofreram influência dos níveis de pH (p>0,05) do soro, mas apresentaram diferenças s i gn i ficativas durante o armazenamento. As variações observadas foram decorrentes das alte raçõe s nos teores de umidade durante o período. O c o n te ú d o de g o r d u r a no extrat o s e c Q (GES) de amostras de mussarela de leite de búfala s ituou-se entre 3 6, 3 4% ( I d i a de armazenamento em soro pH 2 , 4 ) e 5 0, 3 1 % ( 3 5 d i as de armaze name nto em soro p H 3 ,0). A variação no conteúdo GES foi s i gn i fi cativa durante o período, p orém aten deu a e s p e c i fi c ação m í n i m a da l e g i s l aç ão vigente que é de 3 5 % (ANVISA, 200 1 ). Os teores mais elevados foram observados aos 28 e 3 5 d i as de armazenamento em consequên c i a das maiores porcentagens m é d i as de gordu ra neste período (22,2 1 e 22 , 7 5 %, respect i v amente ) . A s porcentagens d e proteína variaram s igni ficativamente durante o período de armazenamen to, com menor porcentagem observada aos 2 1 dias. A vari ação fo i de 1 5 , 5 9 % a 1 9, 2 1 %. De acordo com VERRUMA et aI. ( 1 993) o teor de proteína na mussarela de leite de búfala está em torno de 1 9%. Os teores de cinzas foram alterados (p<0,05) com os níveis de pH e os valores variaram de 1 ,00 a 0,68% para as amostras armazenadas com soro em pH 2,4, de 1 ,04 a 0,54 para as armazenadas em pH 3 , 0 e de 1 ,02 a 0,63 para as armazenadas em pH 3 ,6. O conteúdo de cinzas d iminuiu significativa mente (p<0 , 0 5 ) durante o armazenamento (Figura 3), indicando ao final do período, a perda de mi nerais do queij o com a elevação do pH, em con sequência da desmineral ização protéica dos queijos durante o arm azen amento. 56 :'9 S :::: '<:f( O armazenamento a 1 0°C d a mussarel a de l e i te de búfal a por 3 5 d i as e m e mbal agem com s o ro pH 2 , 4 , 3 , 0 e 3 , 6 n ão altera os teores de gordura e proteína os quais apresentam-se dentro do l i m ite perm it i do pela legislaç ão v i gente. A B STRACT Q u a l i ty h o w m u c h to t h e p h ys i cal a n d chemical characteristics of the cheese was evaluated it mozzarel l a of m i l k of buffalo stored in serum with variations in pH and the time of conservation . T h e cheeses had been elaborated exc1usively with molded m i lk of buffalo and in form of 50 ball of g, i n speci al i zed l at i c í n i o . Three leveis of pH (2 ,4, 3 , 0 and 3,6) of the serum and six times of storage had been considered 1 0° C ( I , 7, 1 4, 2 1 , 28 and 3 5 days) . I n the sam ples o f the serum they h ad been determined pH, titulável acidity and chloride. The results h ad been analyzed u s i n g the del i neat ion entirely casualizado in factorial project 3x6 (leveis of pH and days of storage), with five repetições . Verified in the serum rise of pH, reduction of the ac i d i ty and the c h l o r i d e percentage during the storage 1 0° C after 35 days. The leveis of pH of the serum had had s ignificant effect on pH of the c h eeses an d t h e ash text. The p e rcentages of h u m i d i ty and fat of the dry extract h ad varied during the storage and had been presented inside of the limit allowed for the current law, that indicates texts between 52% and 60% for humidity and 3 5 % for G E S . T h e p rotei n content varied of 1 5 , 5 9% 1 9. 2 1 % and of leached ashes it diminished during 1 .0 55 CIl N c: til 54 'ü '<:f( 53 0.9 0.8 0.7 52 0.6 51 50 0.5 7 14 21 28 35 D i as de Armazenamento Figura 2. CONCLUSÃO 1 . 1 57 0 ""O CIl Pág. 39 Porcentagens médi as d e u m idade de amostras de mussarela d e leite d e búfala armazenada no soro em pH 2,4, 3 ,0 e 3 , 6 durante o período de 3 5 d i as . 7 14 21 28 35 D i as de Arm�zenamento Porcentagens médias de cinzas de amostras de mussarela de leite de búfala armazenada no soro em pH 2,4, 3 ,0 e 3 ,6 durante o período de 3 5 d i as. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 40 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S etlDez, n° 346/347, .6..0.: 3 5-39, 2005 the s torage. One concluded t h at m ozzare l l a of buffalo m ilk can be stored 1 0°C i n serum in pH 2,4, 3,0 and 3,6 without s ignificant alterations until the 35 days. Keys words: alterations, storage, buffalo, levei s of pH, mozzarella, serum. RESUMEN S e e v a l u ó l a c a l i d ad fí s i co - q u í m i c as (variaciones en el pH y t i empo de conservación) de la cal idad dei queso mozarella de leche de búfala almacenada en suero. Se consideraron tres n iveles de pH dei suero (2 .4, 3 . 0 y 3 . 6) y seis tiempos de a l m acenam i ento a 1 00C ( 1 , 7, 1 4, 2 1 , 28 Y 3 5 d í a s ) . E n l as m u e stras d e i s uero fue ron deter m inadas pH, acidez titulable y cloro. Los resultados fueron anal i zados u t i l i zándose e l del i neam ie nto completamente ai azar con un esquema factorial 3 x6 ( n i veles de p H y d í as de al m acenami ento), con cinco repeticiones. S e verifico en el suero la elevación dei p H , la d i s mi nución de l a aci dez y dei porcentaje de cloro durante el almacenamiento a 1 00C por 35 d ías . Los n iveles de pH dei suero tuvieron efectos s i gn i fi cativos sobre el pH de los quesos y sobre el porcentaje de ceniza. Los porcentajes de humedad y de grasa dei extracto seco variaron durante el almacenamiento y se presentaron dentro de los l í m ites permiti dos por la legis lac i ón vigente que indica tenores entre 52% y 60% para la humedad y 3 5 % para GES. EI conten ido de prote ína vario de 1 5 . 5 9% a 1 9 .2 1 % Y el de ceni zas d i s ll1 in uyo du ran te el al ll1acena ll1 iento. Se conc luye que la mozarella de leche de búfalas puede ser al macenada a 1 00C e!1 suero en un pH 2.4, 3.0 Y 3 . 6 sin alteraciones s ign ifi cativas hasta los 3 5 d í as. Pala bras clave: a l terac i on e s , a l m acena ll1 iento, búfala, niveles de pH, mozarella, suero. d u r i n g m an u facture of b u ffal o 1l1 0 zzare l l a c h e e s e : p re l i ll1 i n ary r e s e arc h s . I n : WORLD BUFFALO CONGRE SS, 5 , Caserta, 1 997. Prbceedin gs. Caserta : s . e d . , 1 99 7 . p . 26 6-27 l . senfte n b e rg I A L (Instituto Adolfo Lutz) . N o r m a s A n a l íticas do I n s ti t u to A d o l fo L u tz - métodos q uímicos e fís i c os p a ra a n á l i s e s d e a l i m e n t o s . 3 " e d . S ão Paulo: IAL, 1 98 5 , V. 1 , 5 3 3 p . O L I V I E R I , D . A. Av a l i a ç ã o d a q u a l i d a d e m i c ro b i o l óg i c a d e a m o s t r a s d e m e r c a d o d e q ue ij o m us s a r e l a , e l a b o r a d o a p a rtir d e leite d e b ú fa l a ( B u b a l us b u b a lis). P irac i caba, 2004, 61 p . D i ssertação (Mestrado) Escola S uperior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - USP. P E R RY, K. S . P. 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Devido à grande demanda de análises no mercado e à sua necessidade em obter maior número de análises por unidade de tempo, novos equipamentos foram desenvolvidos para se determinar os valores de alguns constituintes do leite m ais . . rapidamente, a custos mais baixos envolvendo menor gasto de reagentes. Este trabalho teve como obJ et IVO comparar metodologias de análise para obtenção dos teores de proteína, gordura e extrato seco total do leite de búfala, determinados por método padrão de análise e pela absorção no infravermelho. Foram avaliadas amostras de leite de 1 1 búfalas da raça Murrah, da região de São Carlos-SP, todas na terceira ordem de lactação e com parição no mesmo mês. As amostragens foram realizadas mensalmente após período colostral sendo retiradas duas amostras do leite de cada animal provenientes das duas ordenhas (manhã e tarde). Em uma das amostras os componentes foram determinados pela metodologia padrão e na outra pelo método de absorção no infravermelho. As porcentagens médias de extrato seco total, proteína e gordura durante o período de lactação obtidas através da metodologia padrão foram 1 7,08%, 4,34% e 7,22% respectivamente, e para o método de absorção no infravermelho 1 7 ,4 7 %, 4,34% e 6,8%, indicando diferenças significativas entre os métodos para quantificação de gordura e extrato seco total no leite de búfalas. Pahl V I"as-chavc: búfala, componentes, infravermelho, leite, método padrão. INTR O D U Ç Ã O Ne stes ú l t i m o s a n o s , t e m - s e p ro c u rado desenvolver técni cas de anál ise de le ite e derivados visando à mecanização e automação das operações de an á l i s e, e também da i n formação, tendo em vista a obtenção de maior número de an ál ises por unidade de tempo. Os processos trad icionais além da demora e custo na obtenção dos resultados de mandam normalm ente grande qu ant idade de ma terial e mão de obra. Tanto os métodos de anál ise química quanto os bacteriológicos têm s ido estudados visando ace lerar a obtenção dos resultados . Há vários anos, aparelhos automáti cos e semiautomáticos estão à disposição dos laboratórios laticinistas de pesquisas e controle de quali dade, para determ i nar o teor dos constituintes do leite. A espectroscopia infra vermelha como técn i ca anal ítica na q u í m i c a do leite foi i n troduzi da p o r G O U L DEN ( 1 9 6 4 ) , e desde seu reconheci mento como método anal ítico a uti l ização de aparelhos i n fravermelhos com o : PRO- M I LK , P O RT- O - M AT, M I LKO T E S T E R , I 2 3 4 MI LKO SCAN , O IRMA (Infra Red M i lk Anal izer) e B ENTLEY tem prestado enorme colaboração para a avaliação e controle de qual i dade do le ite. O método do in frav ermel h o se base i a no princ ípio de que as moléculas de gordura e proteína têm freqüências características de vibração neste espectro de absorção. Ao incidir luz infravermelha com freqüência igual à da molécula ocorre absorção dessa energia, que é função do número de moléculas presentes (POM BO-WOLFSCHOON e f aI. , 1 9 83 ) . Para cada componente existe u m com primento de onda específico de absorção, para os ácidos graxos, o compri mento de onda é de 3 ,4 8 m m ; a l i gação dupla do grupamento carbon ila na ligação éster das mo lécu l as de gordura absorve energia i n fraver melha a 5 , 723 m m ; nas moléculas de proteína é a ligação peptídica a que absorve energia a 6,465mm. O extrato seco total (EST) é computado nomeando experi mental mente um determ in ado fator para a porcentagem de todos os outros componentes sól i dos do leite, e somando a esta quantia a porcenta gem apropriada de gordura, prote ína e lactose, ou por cálculos de regressão múlti plos diretos usando Mestre em Zootecnia, FCAV /Unesp - Jaboticabal, SP, Brasil. FCAV /Unesp Jaboticabal, SP. Pós-Graduando em Genética e Melhoramento Animal FCAV /Unesp - Jaboticabal, SP. Universidad Nacional de T ucuman/CERELA, Argentina. digitalizado por arvoredoleite.org 42 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S e t/Dez, n° 346/347, fiQ: 4 1 -45, 2005 e q u i p amento que s i n a l i za as com b i n ações d o s comprimentos de onda acima mencionados . A aná l ise por i n fravermelho é dependente da cal ibração do equipamento realizada com resultados obtidos pelo método p adrão (AOAC, 1 99 5 ) No B ras i l , o Departamento d e Inspeção dos Produtos de Origem Animal (DIPOA) d i spõe as normas sobre os padrões de quali dade e anál ise do leite cru. As metodologias de análise do leite utiliza das como referenciais para determinação de proteí na, gordura e extrato seco total s ão, respectiva mente, os métodos de Kjeldahl, Gerber e secagem em estufa à 1 05"e . O método de Kjeldahl envolve praticamente três passos para a determinação da proteína: diges tão , destilação e titul ação. É um método que de manda muito tempo para a obtenção dos resultados, porém possui elevada precisão e é utilizado como método de cal i bração dos aparelhos automáticos. O m étodo de re ferê n c i a p ara a gordura, Gerber, consiste na digestão da proteína com ácido sul fú r i c o ; sep aração da gordura do produto p o r cent r i fugação aux i l i ad a p e l a a d i ção de á l c o o l isoam ílico e leitura direta na escala d o butirômetro ( I D F, 1 99 7 ) . Segundo o Laboratório Nacional d e Referên cia Animal BRASIL ( 1 98 1 ) o extrato seco total é determinado a partir da secagem da amostra de leite em estufa à 1 05"C até obtenção de peso constante. O aumento da demanda de análises labora toriais de leite e a necessidade em se obter resultados seguros , menos custosos e ráp i dos faz com que d i ferentes instrumentos sej am testados para melhor atender o consumidor c a indústria. Portanto, este trabal ho, teve como obj etivo, comp arar metodo l o g i as de anál ise para obtenção d o s teores de prote ína, gordura e extrato seco total do leite de búfala, determinados pelos métodos padrões de aná lise e pela absorção no infravermelho. MATERIAL E MÉTODOS Foram aval i adas amostras d e l e i te de 1 1 b ú falas da raça Murrah, todas n a terceira ordem de lactação e pari ção no mesmo mês, do rebanho bubal ino da Fazenda Betel, local izada no município de São Carlos, situado na regi ão central do Estado de S ão Paulo. As búfalas eram divididas em lotes de acordo com a produção e manejadas em pastagens forma das com cap ins do gênero Brachiaria e i rregul ar mente suplementadas com cevada (resíduo de cerve jaria) durante todo o ano e silagem de m ilho durante o período seco. As amostragens foram real i zadas m e n s a l mente após período colostral durante os 8 meses de lactação U ulho 200 1 a feverei ro 2002). Nas duas ordenhas (manhã e tarde) real izadas m anualmente com bezerro ao pé, o leite de cada animal foi pesado, homogeneizado e em seguida retiradas as amostras. U m a amostra foi refr igerada e transportada para o Laboratório de Ciência e Tecnologia de Ali mentos da Faculdade de C iências Agrári as e Ve terinárias de Jaboticabal, onde as determi n ações, em triplicata, dos teores do extrato seco total (se cagem e m es tufa 1 0 5 "C ) , da proteí n a (método M icro kj eldahl) e da gordura (método de Ger� e r) . segu i ram as normas estipuladas pelo Laboratono Nacional de Referência Animal (BRASIL, 1 98 1 ). A segunda amostra coletada foi armazenada e envi ada em frasco contendo citrato de sódio for necido pelo Laboratório de Fisiologia da Lactação da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz E S ALQ onde foram real i zadas as an ál ises de prote ína, gordura e extrato seco total através da . le itura da absorção no infravermelho no EqUI pa mento Bentley 2000 (Bentley Instruments). Foram realizadas análises de variância de medi das das va riáveis estudadas, repetidas no tempo, com um fator ordenha em dois n íveis (parcela), um fator método com dois n íveis (parcela) e um fator mês com oito níveis (subparcela) em um delineamento em blocos ( l I ani mais) ao acaso. As anál ises estatísticas, os testes de normalidade dos erros e homogeneidade das variâncias foram realizados util izando o progra ma computacional SAS ( 1 992). O modelo matemático util izado incluiu os efe i tos fixos de orden ha, an i mal, mês e método e as interações entre estas vari áve is. A variável pro_ teína bruta fo i submetida à trans form açao: � I .y� ( x) . R E S U LTA DOS E DISCUSSf\.O Os valores méd ios para os componentes do leite obtidos pelos métodos de an álise encontram se na Tabela I . Ta b e l a 1 . Valores médios estimados dos compo nentes do leite de búfal a obt idos atra vés do método padrão e de absorção no i n fraverm e l h o . C o m p o n e n tes (%) E x trato seco total ( E S T) Prote í n a b ruta (P) Gordura (G) Método I n fr a v e r m e l h o Padrão 1 7 , 0 8 ± 1 ,92 1 7 ,47 ± 1 ,3 4 4 , 3 4 ± 0,47 4 , 3 4 ± 0,46 7, 22 ± 1 , 3 6 6 , 8 ± 1 , 24 As porcentagens médias observadas de extrato seco total (EST) durante a l actação vari aram de 1 1 , 1 5% a 22,28% com valor médio de 1 7,08 ± 1 ,92% para o método padrão enquanto para o método de Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S etlDez, n° 346/347, fiQ: 4 1 -45, 2005 Ta b e l a 2 . absorção no infravermelho a variação foi de 1 3,5 1 % a 2 1 ,76% com valor médio de 1 7,47 ± 1 ,34%. Estes valores encontram-se dentro da amplitude observada por DUBEY el aI. (1 997), BENEVIDES el ai. (2001 c) e DUARTE el aI. (200 1 ). O teor médio de proteína (P) apresentou-se semelhante para ambos os métodos, com valor igual a 4,34%, estando de acordo aos valores encontrados por alguns p e s q u i sad o res b ras i l e i ros, cuj a por centagem de proteína observada oscilou de 3,57 a 4 ,42% (TONHATI el aI. , 2000; B ENEVIDES et aI. 200 l b e DUARTE el ai. 200 1 ) . A porcentagem média de gordura (G) obtida pelo método de Gerber foi 7,22± 1 ,3 6% com valor m í n i m o de 3 ,3 8 % e m áx i m o de 1 0 , 8 % . P ara o méto do de absorção no i n fravermelho a m é d i a obtida para a porcentagem de G fo i 6,8 ± 1 ,24%, com variação de 4,43% a 1 0, 5 1 %. Estes resultados são semelhantes aos ci tados por DUARTE e l aI. (200 I ) cuj o valor m é d i o encontrado foi de 6,09 ±0,90% e TON HATI el aI. (2 0 0 0 ) encontrando méd i a de 7, I % porém, superiores aos descri tos por B ENEVIDES el a/. (2 00 I a) que encontraram valor médio de 4,97% com CV 8 , 8 %. Ao com p arar os res u l tados o b t i d os para extrato seco total, proteína e gordura pelo método de a b s o r ç ã o no i n frave r m e l h o com o m é t o d o padrão observou-se q u e o desvio padrão foi menor para o i n fravermelho, obtendo-se um menor CV para este método. A anál ise estatística ind i cou que as variá veis an imal, ordenha e mês, cons ideradas no mode lo, tiveram efeitos s i gn i fi c ativos sobre os compo nentes an ali sados (Tabela 2). A este respeito tem se que a compos ição do leite é intluenciada pelas condições de produção que envolvem fatores ge néticos, fis i ológi cos e amb i entais (WALSTRA & JENNES S , 1 98 7 ) . Cons iderando a variável método esta apresentou e feito s i g n i fi cativo para as por centagens de extrato seco total e gordura. Ta bela 3. An ál i s e de v a r i ân c i a p ara as p o r centagens de EST, P e G do leite de búfal as durante a lactação . Causas de GL variação Animal (Ay l ) Método ( M ) (l) Ordenha 10 (0) < 1 ) MxO AxMxO Mês M x mês O x mês M x O x mês I 30 7 7 7 7 Quadrado Médio EST p G 26,7 1 '· 0,00 7 " 1 5, 5 5 " 1 0,3 8' 0,00 1 NS 8,69· 38,22" 0,002 ' 65,76" 0,00087NS 1 ,94" 1 6,56" 6,06·· 5,58' 1 ,43NS O,OOO I NS 0,0003NS 0,006 " 0,002 " 0,0007'· 0,0003NS 0,39NS 0,79NS 5,85" 2,44" 4,68" 0,50NS (I) Para o teste de h i póteses deste e feito foi utilizado o valor do res íduo da interação A n i m a l x M étodoxOrd e n h a . O método padrão d e Gerber para determ ina ção de gordura fundamenta-se no ataque seletivo da matéria orgânica por meio do ácido sulfúrico, com exceção da gordura, que é separada por cen tri fugação, aux i l i ada pelo álcool isoam í l i co que m o d i fica a tensão superfi c ial (BRASIL, 1 9 8 1 ) . O método de absorção no i n fravermelho determ ina a absorção de energia que a luz i n fraverrnelha in cide sobre os ácidos graxos da molécula de gordura. Ass im, variações na composi ção dos ácidos graxos do leite de búfala podem ocas ionar alterações nas leituras de absorção no infravermelho, consequcn temente nas porcentagens de gordura em compara ção ao método padrão ( I O f., 1 99 6 ) . Em relação a o ex trato s e c o total, este re presenta os componentes do leite com exceção à água, e alterações em suas porcentagens são retle- Méd i as estimadas para %EST, %P e %G, do leite de b ú fala da raça Murrah, pelo método padrão e de absorção no i n fravermelho durante os o i to meses de lactação . Co m p o n e n te % Pág. 43 Meses Método* JUL AGO 2 SET OUT NOV DEZ JAN FEV 3 4 5 6 7 8 EST Pad rão IV 1 7,65 1 8,19 1 7,66 17,17 1 5 , 4 1 11 1 7 , 1 8A 1 6,05B 1 6,79A 1 6,27 1 6 ,90 1 7,05 1 7 ,63 1 7 ,92 18,19 1 7,85A 1 6,95B P Padrão IV 4,34B 4,94A 4, 1 6 4, 1 6 4, 1 6 4,00 4, 1 6 4,00 3 , 84B 4 , 1 6A 4,34 4,34 4,73A 4,53B 4,53 4,53 G Padrão IV 6,89 7, 1 8 7,47A 6, 6913 6,87 6,84 6,48 6,3 1 6 , 64 6,34 7,68 7, 1 5 7,87 7,60 7 ,60A 6, 1 5 13 Médias acompanhadas de letras d i ferentes nas colunas e para cada vari ável, indicam d i ferença sign i fi cativa (P<0 , 0 5 ) * Padrão M étodo padrão; IV M étodo de absorção no infravermelho digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 44 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6il: 4 1 -45, 2005 tidas na sua concentração, independendo dos mé todos de análise. Ademais, o método padrão deter m in a a .porcentagem d i retamente c�m a secagem e m estufa, en quanto no método da absorção no i n fravermelho o extrato seco total é determi nado, consi derando-se um fator experimental p ara os compon entes s ó l i dos do l e i te ou p o r regre s s ão das leituras de absorção. As d i ferenças estatísticas observadas entre métodos para as variáveis EST, P e G durante os meses de l actação estão d ispostas na Tabela 3 . Para o EST foram obtidas d i ferenças s igni ficativas (P<0,0 5 ) entre os métodos de análise no terceiro, quarto e oitavo mês, sendo as médias ob tidas para o método do i nfravermelho, superiores às do método p ad rão no terce i ro e quarto mês . POMBO et ai. ( 1 9 8 3 ) não encontraram d i ferença s ig n i fi cativa p ara o EST quando comp araram o método de absorção no i n fravermelho ( M ILKO SCAN 1 40) e a determ inação em estufa a 1 05"C, em amostras de doce de leite. Mesmo não ocorrendo diferença significativa entre os métodos aval iados para a porcentagem de proteína durante o período de lactação, a interação método x ordenha mostrou-se d i ferente (P<0 , 0 5 ) entre o primeiro, quinto e sétimo m ê s d e lactação. BARBANO & DELLAVALLE ( 1 987) e SANCANARI et aI. (200 I ) não encontraram d i ferenças entre o método de Kjeldahl e do infravermelho para a deter mi nação de proteína no leite de vacas. Avaliando os dois métodos de análise para a G, foram encontradas diferenças significativas (P<0,05), entre o método padrão e o de absorção no i n fra vermelho, no segundo e oitavo mês de lactação, sendo a maior média obtida para o método padrão. Discor dando com WOLFSC H OON ( 1 9 7 7 ) , que em um estudo sobre a anál ise do leite por espectroscop i a infravermelha, n ã o encontrou d i ferença estatística significativa entre a gordura determinada pelo método de Gerber e pelo aparelho IRMA (infravermelho). Observação esta confirmada por SANCANARI ( 1 998) comparando o teor de G do leite de vacas holandesas durante 90 d i as de l actação através do método de Gerber e o método de absorção no infravermelho de anál ise pelo aparelho MILKO SCAN. Ressalta-se que para as anál ises de gordura e prote ína pelo método padrão fez-se necessário à prep aração de novos reagentes durante as deter m inações, o que certamente influenciou nos resul tados e conseqüentemente nos desvios padrão. Para o método de absorção no infravermelho n ão s ão uti l izados produtos químicos em nenhuma parte da anál ise. Entretanto, o grau de precisão e de exatidão para o i n fravermelho depende p r i n c i p al mente d a constância na precisão e exatidão do método q u í mico e produtos específicos utilizado na calibração do equipamento, e da manutenção da curva de cal i bração ( WOLFSCHOON, 1 97 7 ) . CONCLUSÃO Os resultados obtidos permitem concluir que não há diferença entre os métodos padrão e de absor ção no infravermelho para quantificar a proteína do leite de búfala. Para a gordura e extrato seco total o método de absorção no infravermelho apresenta res trições, portanto, novos estudos devem ser realizados. A BSTRACT Different methodologies have been evaluated for determination of the constituent of milk to try to prevent the morosidade and the high cost of some traditional processes of routine. Due to great demand of analyses in the m arket and to i ts necessity i n getting greater number o f analyses for unit o f time, new equipment had been developed to more quickly determine the values of some constituent of m i lk, the costs lowest involving 1esser expense of reagents. This work had as objective to compare methodologies of analysis for attainment of protein texts, fat and total dry extract of the buffalo m ilk, determined for method analysis standard and the absorption in the infra-red ray. M i l k samples of I i buffalos of the Murrah race had been evaluated, of the region of Are Carlos-SP, ali in the third order of lactation and with parição in the same month. The samplings had been carried through monthly after colos trai period being removed two samples of the m i l k of each an imal proceeding from the two milk (morning and late). In one of the s a m p l e s the com ponents had been determ ined by the methodology standard and in the other for the method of absorption in the infra-red ray. The average percentages of total dry extract, protein and fat during the period of lactation gotten through the methodology standard had been 1 7.08%, 4. 34% and 7 .22% respectively, and for the method of absorption in infra-red ray 1 7 .47%, 4 . 34% and 6. 8%, indicating significant differences between the methods for quantification of fat and total dry extract in the m ilk of buffalos. Key word : buffalo, components, infra-red ray, m i l k, method standard RESUMEN D i ferentes metodologías han s i do evaluadas para la determ inación de los consti tuyentes de la leche para evitar la "morosidade" y el costo elevado de algunos procesos tradicionales de rutina. Debido a la grande demanda de análisis en el mercado y a su necesidad en obtener mayor número de anál isis por unidad de tiempo, se desarrollaron nuevos equipos para determinar los valores de algunos constituyentes de leche más rápidamente, a costos más bajos con un menor gasto de reactivos. Este trabajo tiene como obj etivo comparar metodologías de análisis para la Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6il: 4 1 -45, 2005 ob ten c i ó n de l o s tenores d e p rote í n a, gras a y extracto seco total de leche de búfala, determinados por método estándar de análisis y por la absorción en el infrarrojo. Fueron evaluados muestras de leche de I I búfalas de la raza Murrah, de la región de Sao Carlos - S P, todas en la tercera lactancia y que hayan par i do en el m is m o m e s . L as m u e s t ras fueron r eal i zadas m e n s u a l m e n te luego d e i p e r i o do "colostral" s i endo retiradas dos muestras de leche de cada animal provenientes de dos ordenos (manana y tarde). En una de las muestras los componentes fueron determinados por la metodología estándar y en la otra por el método de absorción i n frarrojo. Los porcentaj es m e d i os d e extracto seco total , proteína y grasa durante el periodo de l actación obtenidas a través de la metodología estándar fueron 1 7. 08 %, 4 . 3 4 % y 7 . 22 % respectivamente, y p ara el método de absorci ón en el infrarrojo 1 7 .47%, 4.34% y 6. 8%, indicando diferencias significativas entre los métodos para cuantifi cación de grasa y extracto seco total en la leche de búfalas. P a l a b r a s c l a v e : b ú fa l a , c o m p o n entes , infrarroj o , leche, método est án dar. Pág. 45 N a c i o n a l de R e fe re n c i a An i m a l - L AN A R Á. . M é t o d o s a n al ít i c o s o fi c i a is p a ra c o n t r o l e d e p r o d u to s d e o ri g e m a n i m a l e s e u s i n g r e d i entes . B ras í l i a, 1 9 8 1 . DUARTE, 1 . M . C. et aI. Efeitos ambientais sobre a p rodução no d i a do controle e característi�as fís ico-qu í m icas do leite em um rebanho bub ahno no Estado de S ão Paulo, Bras i l . 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Foram determinados os teores de nitrogênio total (NT), nitrogênio solúvel (NS) e nitrogênio não protéico (NNP), índice de proteólise (NS/NT) e índice de profundidade da proteólise (NNPINT) e firmeza (Kgf/cm2) nas amostras de queijos. Os resultados foram analisados utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x6 (níveis de pH e dias de armazenamento), com cinco repetições. Verificou-se que os níveis de pH do soro não alteraram os valores de NT, mas influenciaram os teores de NS dos queijos. As porcentagens de NS (0,160) e NNP (0,071) pemlaneceram constantes até o 210 dia, havendo variações significativas até o final do período. Pequenas variações até o 210 dia também foram observadas para os índices de proteólise e de profundidade da proteólise, atingindo valores máximos aos 28 dias de armazenamento, proporcionando queijo com menor firmeza (kgf/cm) ao final do armazenamento. Concluiu-se que a mozarella de leite de búfala pode ser armazenada a 100 C em soro pH 2,4, 3,0 e 3,6 sem alterações significativas na proteólise até 21 dias. Palavras-chave: alterações, armazenamento, búfala, mozzarella, níveis de pH, soro. INT R O D U Ç Ã O o queijo mozarel l a começou a ser produzido na Itál i a após o s é c u l o XII, e atualm ente é co nhecida sua difusão em todo o planeta. No entanto, a l i n h a e s s e n c i al da t e c n o l o g i a de p ro d u ç ão permaneceu quase inalterada até os d i as de hoj e . (CITRO, 1 99 9 ) . S egundo B o n i ( 1 99 7 ) a notável expansão deste queijo típico se deu em função das excelentes características nutricionais e organolép ticas, conqui stando ass i m , cada vez mais consu midores na Europa e no mundo. Atualmente é um dos produtos mais imitados no p l ano mundial . A fabri cação do q u e ij o mozare l l a é d istr i b u í d a por quase t o d o o país, p r i n c i p al mente em pequenas indústrias e a n ível artesanal. As etapas da fabri cação foram descritas por C itro ( 1 999) e envolvem a obtenção da coalhada, a acidifi cação, a fusão da m assa e m água q u ente, a fi l agem, a moldagem e a s alga em salmoura fri a. D entre as alterações bioquí m i cas ocorri das nos queij os a p rote ó l i s e se destaca como a mais I 2 3 i m p ortante, p o i s além de interv i r no d e s e n vo l v i m e n to do sabor, contr i b u i p ara a s m u d a n ç as texturais do queij o ( SOUZA et a I . , 200 I ) . O pH é poss ivelmente o fator responsável pelas alterações da es trutura proté ica dos q u e ij os . A detecção e q u ant i fi c ação dos p rod utos de d e gradação das prote ínas do q ue ij o são usados como parâmetros para expressar o índice de proteól ise ou índice de maturação, e é um fator de grande importância na c o m p o s i ção fi nal e nos atri butos s e n s o r i a i s do p ro d u t o . C aracteriza-se p e l a q u an t i d a de de substâncias nitrogenadas solúveis na fase aquosa dos queijos, produzidas a partir da degradação da caseína por ação do coal ho e acumuladas durante o p rocesso de m aturação. O acompanh amento do índice de p roteólise permite conhecer a ativi dade proteolítica do coalho, do fermento e das enzimas, bem como o momento ideal de comercialização do q u e ij o , conforme S i lva ( 1 998), além do que este índ ice aumenta com o avanço da maturação. O índ ice de profundidade da p roteól ise dos queij os verifica a formação de substâncias de baixo Departamento d e tecnología. Professor da Faculdade de Ciencias Agrarias e Veterinarias da UNESP, campus de Jaboticabal, SP, Brasil. Pós-Graduando FCAV /Unesp-Jaboticabal, SP. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S e t/Dez, nO 346/347, .6..0.: 47-52, 2005 Pág. 48 peso molecular acumuladas dur ante o período de m aturação devido p r i n c i p almente à ação p roteo I ítica das enzimas microbianas sobre os compostos n itrogenados oriundos da degradação da caseína. Compostos caracterísiti cos desta degradação s ão os am inoác i dos, ol igopeptídeos, am i nas e outros compostos ( WOLS F S C HOON-POMBO, 1 9 8 3 ) . A p e s a r da fa lta d e i nformações s o b re as alterações ocorridas na mozarella de leite de búfala na forma como e l a é exposto à comerc i al ização, assim mesmo é grande a sua demanda, o que mostra alta acei tação p elos cons um i dores e excel entes perspectivas de mercado no Bras i l . Neste contexto, o presente trabalho fo i de senvolvido com o obj etivo de aval iar o efe i to das variações do pH do soro sobre a integridade e a p rote ó l i s e do q u e ij o d u rante o armaze n a m e n to sob refri geração . MATERIAL E MÉTODOS . Os queijos foram el aborados com leite pas teurizado de búfala e moldados em forma de bola de 5 0g em lati c í n i o especial i zado, local izado no município de Bocaina SP, com registro no Serv iço de Inspeção Federal (S . I . F) e portador do "Selo de Pureza". O pH i n icial do soro de 2,4 foi aj ustado para 3 , 0 e 3 , 6 com b i carbon ato de s ó d i o, cons tituíndo os três níveis de pH aval iados. As amostras de mozarella de leite de búfala foram reembalados com o s o ro n o s r e s p e c t i v o s p I-I , na proporção queij o : soro dc 1 : 3 , e armazenados a 1 0°C ( 1 0,04 ( 0 , 3 0D C ) . Consi deraram-se três n ív e i s de p l-l do soro : 2,4. 3,0 e 3,6 e seis tempos de armazena mento : 1 , 7, 1 4 , 2 1 , 28 e 3 5 dias . O soro conti do nas em bal agens fo i reco l h i d o e as am ostras de queijo, após a avaliação da textura, foram trituradas e homogeneizadas em um multi processador. A determ inação do nitrogênio total foi feita a partir do método semi-micro Kjeldhal, utilizando se o fator 6,3 8 para a obtenção do teor de proteína ( I O F, 1 9 6 2 , 1 9 6 4 ) . O teor de nitrogê n i o solúvel fo i dete rm i nado pela dosagem do n i trogê n i o do Ta bela 1 . filtrado obtido após a pre c i p i tação isoelétrica das caseínas (SILVA et aI . , 1 997a). O índice de proteá. Use (IP) foi obtido pela relação entre os teores de nitrogênio solúvel em pH 4,6 e o nitrogên io total (WOLFSCHOON - P O M B O , 1 9 8 3 ) . O n i trogênio não protéico (NNP) foi determi nado pela dosagem de nitrogên io- total no filtrado após a precipi tação das prote í n as em ác i d o t r i c l o ro acét i c o a 1 2% ( S I LVA et aI . , 1 997). O índice de profundidade da proteó l i s e ( IPP) fo i obtido pela rel ação entre os teores de nitrogênio não protéico e nitrogênio total ( WOLFSCHOON -PO M B O , 1 98 3 ) . A textura dos queijos foi avaliada utilizando se o texturômetro TA-XT2 S tab le M i cro Systems. Foram realizadas seis determinações em cada amos. tra de queijo e o procedimento adotado foi teste de ruptura, utilizando-se o probe Warner-Bratzler Blade (HPP/B S), com velocidade de deslocamento de 5,0 m m/s e d i stân c i a percorr i d a d e 30 m m . Foram determ inados os parâmetros força máxima e área. A relação entre estes parâmetros forneceu os valores para a firmeza (Kgf/cm2) dos queijos. A anál ise estatística foi real izada uti l i zando o d e l i neam ento intei ramente casual izado ( D I C), em esquema fatori al 3 x6 ( n í v e i s de pH e arma zenamento), com c i n co repeti ções . A anál i s e de variância e a comparação de méd ias pelo teste de Tu key ( 5 % ) foram o b t i d as u t i l izando-se o pro grama SAS (S tati stical Analys i s System, 1 992). R E S U LTA DOS E D I S C U s s A o O s resultados d a anál ise estatística apli cada às frações n i trogên io total ( N T ) , n i trogê n io so lúvel (NS ), ni trogênio não proté i co (NNP), e para os índi ces de proteólise ( l P) e de profund idade da prote ó l i s e ( I PP) da mozare lla de leite de b ú fala, durante o armazenamento no soro em pl-l 2,4, 3,0 e 3 , 6, estão apresentados na Tab ela I . Observou se que os níveis de pl-l do soro não alteraram sig n i fi cativamente os valores obtidos para nitrogênio total, m as i n fluenciaram os teores de n i trogênio solúvel dos queijos. Os parâmetros anal isados apre- Análise de variância e coeficiente d e vari ação ( C V ) para a s frações n i trogên io total (NT), nitrogênio solúvel (NS) e nitrogên i o n ão protéico (NNP) e para o índice de proteólise ( l P) e índ ice de profundidade da proteólise ( IPP) da mozarella de leite de búfala armazenada no soro em pH 2,4, 3 ,0 e 3 , 6 durante o período de 3 5 d i as. Ca u s a s d e v a ri a ç ã o N íveis de pl-l (N) Di as de Armazei1 . ( DA) I n te ração N x DA CV (%) Q u a d ra d o m é d i o Nr NS NNP IP IPP 0,27ns 6,54* 1 ,93ns 7,5 1 6,20* 89,20* 2,65* 9, 1 4 1 ,29ns 22, 5 8 * 0,5 6ns 1 1 ,4 5 2, 87ns 29, 1 6* 1 , 5 8 ns 1 6,67 0 , 5 6 ns 1 6,67* 0 , 6 7 ns 1 4, 1 5 ns - não s i gn i fi cativo; * - s i gn i fi cativo ano n ível de 5 % de probab i l i dade (p<0, 0 5 ). Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S etlDez, n° 3 46/347, .6..0. : 47-52, 2005 sentaram variações s ignificativas durante o período de armazenamento . O s resultados obtidos para frações nitrogenadas da amostra de mozarella de leite de búfala com I , 7, 1 4, 2 1 , 28 e 3 5 dias de armazenamento no soro em pH 2,4; 3 ,0 e 3,6 estão apresentados na Tabela 2. A s p o r c e n t a g e n s de n it rogên i o s o l ú v e l (0, 1 0 6 ) e n i trogêni o n ã o proté i co (0,07 1 ) perma n ece ram constantes até o 2 1 ° d i a de armazena mento, havendo variações s i gnificativas até o final do período. As maiores porcentagens de NS e as menores de NNP foram observ adas em amostras de mozare l l a de l e i te de búfala armazenadas em soro com pH 3,6 aos 28 e 35 d i as. As modificações ocorridas nos queijos durante o armazenam ento s ão decorrentes de cresci m ento de microrganismos e atividades enzimáticas, as quais podem ser retardadas, mas não completamente pa ral isadas com a refrigeração. O controle do pH de produtos refrigerados é uma prática que pode afetar a capacidade de multiplicação m icrobiana (OLIVIERI, 2004) e conseqüente atividade enzimática. De acordo com Ferreira (2004) o resfriamento tem maior efeito sobre as enzimas proteolíticas (origem m icrobiana ou do coalho) do que sobre as Iipolíticas. No presente estudo, o pH do soro n ão teve efeito significativo sobre a degradação da proteína até o 21 ° d i a d e arm azenamento, entretanto, as alterações foram s ignificativas a partir deste período. Os resultados do conteúdo de nitrogênio solú vel foram relacionados com o conteúdo de nitrogê nio total e expressos como índice de proteólise (IP). As variações observadas até o 2 1 ° dia de armazena mento não foram s i gn i ficativas, havendo aumento no IP aos 28 dias atingindo valores máximos respecTa bela 2. Parâ m etros 2,4 3 ,0 3 ,6 Nr Média NS Médi a 2,4 3 ,0 3 ,6 tivos de 5 ,3 2%, 5 ,6 7 % e 6 , 7 5 % p ara os queijos armazenados e m soro nos níveis de pH 2,4, 3,0 e 3 ,6 . Os v alores permaneceram, p raticamente, inal terados até o final do período. A evolução do índice de proteólise durante o período de armazenamento está demonstrada na Figura I . Verificou-se diferença percentual no índice de proteólise aos 3 5 d i as de armazenamento de 24,22% quando se e l evou Q pH do soro de 2,4 para 3 ,6, o que pode ser dev i do a menor atividade m icrobiana e enzimática, neste pe ríodo, em pH mais baixo. Lourenço N eto et aI . ( 1 98 8 ) verificaram au mento da proteólise da mozarella de origem bovina, e consequente amolecimento do queijo, com o arma zenamento. De acordo com estes autores o aumento na quantidade de proteína solúvel, o que acarreta au mento no índice de proteól ise, ocorre em função do processo de degradação das várias frações protéicas. Entretanto, segundo S i lva ( 1 998) este índice é con siderado índice bruto, não refletindo a totalidade das transformações que as proteínas sofrem durante o processo de maturação. Wolfschoon-Pombo ( 1 9 8 3 ) determinando o índice de proteólise de alguns queijos brasileiros encontrou valores entre 5, I a 8,2% para o queijo prato após 4 dias de maturação, indicando que a menor firmeza do queijo pode ser atribuída à maior proteólise ocorrida nos m esmos. A formação de nitrogênio solúvel é conside rada u m bom i n d i c ador da ati v idade proteolítica devido a ação do coalho (SILVA, 1 998). Neste proce d i m ento são determ in ados os peptídeos de al to e médio peso molecular provenientes da a, l e �-ca seína, podendo também estar inclu ído peptídeos de baixo peso molecular e aminoácidos (CI-IRISTENSEN et al., 1 99 1 ; FARKEY et al . , 1 990). Val ores m é d i os obti dos para as frações n i trogên i o total (NT), n itrogê n i o solúvel (N S ) e nitrogênio não protéico (NNP) da mozarella de leite de búfala arm azenada no soro em pH 2,4 durante o período de 3 5 d i as . Níveis d e pH 2,4 3,0 3 ,6 Pág. 49 NNP Média 1 dia 7 dias 14 dias 21 dias 28 dias 35 dias 3,01 3,01 2,9 1 2,97a 0 , 1 06Ab 0 , 1 06Ab 0 , 1 06Ab 0, 1 06b 0,07 1 0,07 1 0,07 1 0,07 1 b 2,80 2,7 1 2,75 2 , 7 5 ab c 0 , 1 06Ab 0 , 1 06Ab 0 , 1 06Ab 0, 1 06b 0,07 1 0,07 1 0,07 1 0,07 1 b 2,95 2,97 2, 8 1 2,9 1 ab O , I 06Ab 0 , 1 06Ab 0 , I 06Ab 0, 1 06b 0,07 1 0,07 1 0,07 1 0,07 1 b 2,5 1 2 , 44 2,85 2,60c O , I 06Ab 0 , 1 0 6A b 0 , 1 0 6A b 0, 1 06b 0,0 7 1 0,07 1 0,0 7 1 0,07 1 b 2,66 2,86 2 , 64 2,7 1 bc 0, 1 4 1 Ba 0, 1 59ABa 0, 1 76Aa 0, 1 58a 0,095 0,092 0,085 0,090a 2,92 2 , 94 2,74 2 , 8 6 ab 0 , 1 5 0 Aa 0, 1 5 5Aa 0, 1 76Aa 0, 1 60a O, I 0 1 0,092 0,088 0 , 09 5 a Médias segui das d e letras maiúsculas nas colunas e m inúsculas nas linhas indicam diferenças estatísticas pelo teste de Tukey ( p< 0 , 0 5 ) . digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n ° 3 46/347, ffi: 47-52, 2005 Pág. 5 0 A determinação do índice de profundidade da proteól ise (relação NNPINT) tem como finali dade verificar a formação de substâncias de baixo peso molecular ( aminoácidos, oligopeptídeos, aminas en tre outros) acumuladas durante o período de armaze namento ou de maturação (SILVA, 1 998). A evolu ção dos n íveis de NNPINT durante o armazenamento dos queijos está apresentada na Figura 2 . Observou-se que até o 2 1 ° ocorreu pequena alteração no índice de profundidade d a proteól ise, havendo alterações significativas a partir deste perío do. Os resultados encontram-se dentro da variação de 2,80 a 6,64% obtida por S ilva ( 1 998) para queijo prato maturado durante 40 dias. De acordo com este autor, a maior relação de NNPINT pode indicar maior quantidade de aminoácidos e outros compostos, que podem conferir sabor amargo ao produto. Os resultados da análise estatística apl icado na aval i aç ão d a fi rmeza da mozare l l a de leite de búfala durante o armazenamento n o soro em p H 2 , 4 , 3 , 0 e 3 , 6 estão apresentados n a Tabela 3 . 3.6 3.5 Pl 3.4 ...... 2 . 4 . Ta b e l a 3 . Análise d e variânc i a e coeficiente de v ar i a ç ã o ( C V ) p ar a fi r m e z a ( Kgf/ cm2) da mozare l l a de leite de búfala armazenada no soro em pH 2,4, 3 , 0 e 3 ,6 durante o período de 3 5 dias. Causas de variação Quadrado médio Níveis de p H (N) Armazenamento (A) I nteração N x A CV 897,36 * 2 1 46,07 * 2 0, 3 3 * 2,54 * - s i gn i ficativo ao n ível d e 5 % d e probabilidade (p<0, 0 5 ) O s valores obtidos p ara firmeza dos queijos foram afetados (p<0,05) pelo n ível de pH do soro. Observou-se uma diminuição da firmeza ao longo do armazenamento, sendo que os q ue ij o s arma zenados em soro com pH 3,6 apresentaram valores de firmeza s i g n i fi cativamente menores (p<0 , 0 5 ) +-++ 3 . 0 +-+-+ 3 . 6 3.3 3.2 � a.. e: 3.1 3.0 2.9 2.8 2.7 2.6 2.5 14 21 28 o i as de Armazenameoto Índice de profundidade d a proteólise da mozarel l a de leite de búfala armazenada no soro em p H 2,4, 3 ,0 e 3 ,6, durante o período de 35 dias. pH ...... 2.1 - 3.0 14 A B STRACT It was evaluated p roteolysis of the cheese mozzarella of milk of buffalo stored in serum with variations in pH and the time of conservation. The cheeses had been elaborated in form of ball of 50 g, in specialized laticínio. Three leveIs of pH (2,4, 3 ,0 and 3 ,6) of the serum and six times of storage had been consi dered 1 0° C ( I , 7, 1 4, 2 1 , 2 8 and 3 5 d ay s ) . The texts o f total n itrogen (NT), soluble nitrogen had been determined (NS ) and not protéico nitrogen (NNP), i n dex of proteolysis (NS/NT) and i n dex of depth of p roteol ys i s (NN P /NT) a n d firmness (Kgf/cm2) in t h e samples of cheeses. The resul ts had been analyzed u s i n g the d e l ineation entirely casualizado in factorial proj ect 3x6 (leveis of pH and days of storage), with five repetitions. It was verified that the leveis of pH of the serum had not modified the values of NT, but had influenced texts of NS of the cheeses. The percentages of NS (0, 1 60 ) and NNP ( 0 ,0 7 1 ) had rem ained constant until 21 ° day, having significant variations until the end of the period. S mall variations until 2 1 ° day had been also observed for the indices of proteolysis and depth of proteolysis, reaching maximum values to the 28 days of storage, providing cheese with lesser firmness (kgf/cm) to the end of the storage. One concluded that mozzarella of buffalo milk can be stored 1 0° C in serum pH 2,4, 3 ,0 and 3 ,6 without significant alterations in proteolysis up to 2 1 days. Kcy w o r d s : a I tcrations, storage, b u ffalo, mozzarella, leveis of p H , seru m . 21 O s índices d e proteól ise e d e profund idade da proteólise ati ngiram valores máximos aos 2 8 dias de armazen amento, proporc ionando queij o com menor fi rmeza a o fi nal d o armazenamento. A mozarella de leite de búfala pode ser armazenada 500 +-1-+ 3 . 6 o I as: de Araazenaaen to Figura 1 . 35 28 35 Í n d i ce d e proteólise d a m ozare l l a d e l eite d e búfala armazenada n o soro e m p H 2 ,4, 3 ,0 e 3 ,6, durante o período de 3 5 d i as. Pág. 5 1 a 1 0° C em soro pH 2,4, 3 ,0 e 3 , 6 sem alterações significativas na proteólise até 2 1 d ias . que o demais queijos (Figura 2). Os resultados são co n cordan tes c o m as o b s e rv a ç õ e s de V I S S E R ( 1 9 9 1 ), que atribuíu ao valor d e pH, entre outros fatores, como responsáveis pelas alterações da es trutura básica dos queijos. A diminuição da firmeza du rante o armazenamento também foi verifi cada por Lourenço N eto et aI . ( 1 9 8 8 ) , ao ana l i s ar a mozarella elaborada com leite de vaca. A d i m i n u i ç ão n a firmeza dos queij o s esta rel acionada com a h i drólise protéica, que ocasiona o enfraquecimento da rede, levando ao amoleci mento da massa. Conforme Jong ( 1 97 7 ) a firmeza do queij o está diretamente relacionada com a de composição da (a ) - caseína por ação do coalho. Wolfs c hoon-Pombo ( 1 9 8 3 ) determi nando o í n d i ' c e de proteólise de alguns queijos brasileiros indicou que, a menor firmeza do queijo, pode ser atri buída à maior p roteól ise ocorrida nos mesmos. As transform ações b i o q u í m i cas ocorridas durante a proteólise modificam a massa do queijo em sua compos ição, estrutura, aspecto, consistên cia e c o r ( LO R E N Ç O N ETO et a I . , 1 98 8 ) . N o queijo mozarella destinado à fatiagem, estas trans formações devem ser evitadas ao m áx i m o , caso contrário, a massa perde suas características de fa tiagem em função do amolecimento consequente da proteól ise (LORENÇO NETO et aI . , 1 98 8 ) . No queij o armazenado no soro este aspecto também não é i nteressante, uma vez que ao ser utilizado para consumo direto em saladas ou aperitivo, quando demas iado macio, pode n ão possibil itar o corte e descaracteri zar o produto. C ON C L U S Õ E S 2.4 2.3 Figura 2. Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 3 46/347, ffi: 47-52, 2005 RESUMEN Se evaluó la proteólisis dei queso mozzarella de leche de búfala almacenado en suero con respecto "H ...... 2.4 14 21 D i as de Armazenamento +-+--+- 3 . 0 28 +-t-+ 3 . 6 35 Valores médios p ara firmeza (Kgf/cm2) d a m ozare l l a de le ite de búfal a durante o arma zen amento no soro em pH 2,4, 3 , 0 e 3 ,6 . digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 52 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.0.: 47-52, 2005 a vari aciones en el pH y en el tiempo de con servación. Los quesos fueron elaborados en forma de b o l a de 50 gr. , en una p l anta de l ácteos especial izada. Fueron considerados tres niveles de pH dei s uero (2 . 4 ; 3 . 0 y 3 . 6) y seis tiempos de a l m acenamiento a 1 0° C ( I , 7, 1 4 , 2 1 , 28 Y 3 5 días). Fueron determinados los tenores de nitróoeno total (NT), nitrógeno soluble (NS) y nitrógen� no p roteico (NNP), índ ice de p roteól isis (NS/NT) e índice de profundidad de la proteólisis (NNP/NT) y firmeza (Kgf/cm2) en l as muestras de quesos. Los res u l tados fueron ana l i zados u t i l izando un de l ineamiento enteramente ai azar casualizado en un esquema factorial 3 x6 ( n i veles de p H y d í as de al m acenam i ento ) , con c i nco rep eticiones. Se verificó que los niveles de pH dei suero no alteraran los valores de NT, pero que influenciaran los tenores de NS de los quesos. Los porcentajes de NS (0. 1 60) Y NNP (0 . 0 7 1 ) permanecieron constantes hasta el día 2 1 , habiendo variaciones significativas hasta el fi nal dei periodo. Pequenas variaciones hasta el día 21 también fueron observadas para l os índices de proteól isis y de profundidad de proteólisis, llegando a valores máximos a los 28 días de almacenamiento pro� orcionando queso con menor firmeza (kgf/cm ai f to ai dei a l m acenamiento. En este trab aj o se concluye que la mozzarella de leche de búfala puede ser almacenada a 1 0° C en suero con un pH de 2.4; 3 . 0 y 3 . 6 sin a l terac i ones s i g n i fic at i v as en l a proteól isis hasta los 2 1 d ías. P a l a b r a s c l a v e : a l teraciones al m acena miento, búfala, mozzare l l a, niveles d � pH, suero. ) REFERÊNCIAS BONI, P. Qual itá dei latte e diretive comun itarie. Atti d e l l e giornate b u i atriche. S o c i a tá I ta l i a n a di Buiatria. 1 997. C I�RO, A . La mozzarella d i b u fa l a c a m p a n a . Polt grafia Ruggi ero Srl-AV Un ione Regionale delle c a � ere d i c o m e r c i o i n d u s t r i a art i g i an ato e agn col tura d e l l a Campan i a . 7 9 p . , 1 99 9 . 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"Cândido Tostes", S et/Dez, n° 3 46/347, .6.0. : 5 3 -58, 2005 AVALIAÇÃO D A PRODUÇAO E QUALIDADE DO LEITE DE REBANHOS BUBALINOS NO ESTADO DE SÃO PAULO I N T E RN AT I O N A L D A I RY F E D E R AT I O N . Deter m i n at i o n of the total n i trogen content of m i l k by Kj e l d a h l m e t h o d . B u l l e t i n o f t h e I n t e r n a ti o n a l D a i ry F e d e r a t i o n . 1 9 6 2 . 3 p . ( F I L - I D F, 2 0 ) Fernandes, S. A. A. I Mattos, W. R. :? Matarazzo, S. V:? Tonhati, H. 3 Otaviano, A. R. 3 Lima, A. L. F. 3 Rui= Pesce, M. L. .f I N T E R N AT I ON A L D A I R Y F E D E R AT I O N . Determ i n at i o n o f t h e p rote i n c o n t e n t of p ro c e s s e d c h e e s e p ro d u cts . B u l l e ti n o f t h e I n t e r n a ti o n a l D a i ry F e d e r a t i o n . 1 9 6 4 . 3 p . ( F I L - I D F, 2 5 ) L O U R E N Ç O N ETO, J . P. ; N A S C I M EN TO JUNIOR, P. N . ; FISCHER, R. Evolução de alguns parâmetros fís ico-químicos durante a conservação da m o z a re l l a. R e v i s ta d o I n s ti t u to d e L a t i c í n i o s C â n d i d o Tos t e s , V. 4 3 , n . 2 5 7 , p . 1 8 -2 1 , 1 9 8 8 . O L I V I E R I , D . A . Ava l i a ç ã o d a q u a l i d a d e mi c r o b i o l óg i c a de a m os t r a s de m e r c a d o de q ue ij o m oz a r e l l a , e l a b o r a d o a pa rtir d e l eite d e b ú fa l a ( B u b a l u s b u b a l i s). P i raci caba, 2004, 61 p . D i ssertação ( Mestrado) Escola S uperior de Agri cultura "Luiz de Queiroz" - USP. S AS I N S TITUTE SAS I n t r o d u c tory g u i d e for perso n a l c o m p u te r ' s . vers ion 7 . C ary, 1 992. S I LVA, P. H. F. ; PEREIRA, D . B . c . ; OLIVEIRA, L. L. ; COSTA JUNIOR, L. C . G. Físico-química do l e i te e d e riva d o s : Métodos a n a l íticos. J uiz de Fora: Oficina de Impressão, 1 97 7 , 1 90 p . S I LVA, A. T . M a tu r a ç ã o d e q ueij o t i p o prato : i n fl u ê n c i a d a a d i ç ã o d e e n z i m a s p ro teol íti c a s n o processo. C amp i n as , 1 99 8 , 1 1 9 p . Dissertação (Mestrado) Faculdade de Engenharia de A l i m e n to s - U N I CAMP. S OUZA, M . J . ; ARDO, Y ; M cWEENEY, P. L. H. Advances in the study of proteolysis during cheese r i p e n u n g . I n t e r n a ti o n a l D a i ry J o u r n a l , V. 1 1 , p . 3 2 7 - 3 4 5 , 2 00 1 . V I S S E R , L . F actors affe e t i n g rheo l og i c a l and fracture p r o p e rt i es o f h ard s e m i - h ard cheese. B u l l e t i n I n t e rn a t i o n a l D a i r y F e d e ra ti o , n . 2 6 8 , p . 4 9 - 6 1 , 1 99 1 . W O L F S C H O O N - P O M B O , A . F. Í n d i c e s d e p r o t e ó l i s e e m a l gu n s q u e ij o s b r as i l e i ro s . B o l e t i m d o L e i t e , R i o d e J an e i ro , V . 5 1 , n . 6 6 1 , p . 1 - 8 , 1 98 3 . Pág. 5 3 RESUMO o objetivo desse experimento foi verificar as mudanças n o s componentes do leite de bubalinos ao longo da lactação. Foram coletadas amostras mensais de leite de oito búfalas/fazenda, em cinco fazendas, de abril a novembro de 2002, nos municípios de Sarapuí e Pilar do Sul em São Paulo. Em três fazendas o sistema de produção era a pasto e nas demais era confinado. As amostras de leite foram acondicionadas em frasco contendo bromopol para conservação e posterior determinação dos teores de gordura, proteína, lactose e sólidos totais. O teor de gordura, proteína, lactose e sólidos totais foram obtidos mediante leitura de absorção de luz infravermelha, utilizando-se o equipamento BentIey 2000. O teor de CLA foi obtido através de cromatografia gasosa. Com exceção da lactose, que variou apenas entre fazendas, os demais componentes do leite (gordura, proteína e sólidos totais) variaram de acordo com fazenda, entre animais e de acordo com a lactação. As correlações existentes entre a produção de leite e os constituintes, e entre os constituintes servem como ferramenta para a adequação dos sistemas de manejo dos animais na atividade. A CCS pode ser utilizada como indicador da qualidade do leite, desde que corrigida em escala logarítmica. Palavras-chave: CCS, CLA, gordura, lactose, proteína. INTR O D U Ç Ã O E m seres humanos, dieta adequada associada a bons hábitos de vida assume importante papel na prevenção de vári as doenças. Para i sto, a compo sição desta dieta deve conter alimentos tidos como funcionais. Heasman & Mellentin (2004) e M il ner ( 1 999) utilizaram o termo funcional para descrever alimentos e componentes a l imentares que promo vam efeitos benéficos associados ao seu valor nutri tivo. Assim, pode-se considerar o leite e seus deriva <los como alimentos funcionais, pois, além de serem fontes de diversos nutrientes possui substâncias que previnem doenças como c ân c e r (Parizza e t a I . , 2000; Yurawecz e t aI., 2 00 1 ; I p , 1 994). O leite bubal ino possui acentuada diferença em relação ao l eite de vaca devido à presença de maior porcentagem de constituintes, dentre eles gor dura, proteína e lactose (Brito & Dias, 1 998; Tonhati et aI., 2002) que são os componentes de maior valor econômico para os l aticínios (Madalena, 1 98 6) . Outro fator de incremen to n a qual idade d o leite é a alta concentração d e ácidos graxos p o l iin saturados, em especial, o ácido l inoléico conjugado I 2 3 4 (CLA) devido ao seu efeito fis i o l ógico benéfico frente a algumas doenças como d i abetes, doenças cardiovasculares, hi pertensão, obes idade e câncer (Ntambi, 1 999). O teor de gordura no leite de búfala é vari ável em função das raças e regiões, assim como, com a fase da lactação, aumentando gradati vamente com o transcorrer da mesma osci l àm em média entre 5 , 5 a 8,5% (Duarte et aI. , 200 1 ; Tonhati et aI., 2004). O leite de búfala pode ser considerado b as tante r i c o em p ro te í n a v a r i a n d o entre 3 , 6 e 4,9% (Macedo et aI. , 1 99 7 ; Tonhati et aI. , 1 99 8 e Tonhati et aI. , 2000; Duarte et aI. , 200 1 ; Benevides et aI . , 200 1 ; Fernandes, 2004) . A lactose é o principal açúcar do leite, servin do de base para a obtenção dos derivados por meio da fermentação. Este constituinte é um dissacarídeo composto por D-glicose e D-galactose, unidos através de l igações - � - I ,4-( -gl icosideas . Em bubal inos, os teores de l actose apresentam valores entre 4 , 8 e 5 , 5 % (Duarte et aI . , 200 1 ; Fernandes, 2004). Os sólidos totais estão relacionados com as q uant i d ades de n utrien tes p resentes e s ão cons tituídos por todos os componentes com exceção da águ a, ou sej a, o termo s ó l i dos totais abrange Universidade do Sudoeste da Bahia, Itapetinga, BA. ESALQ/USP-Piracicaba, SP. FCAV /Unesp-Jaboticabal, SP. CERELAlTucuman, Argentina. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 54 Rev. Inst. Latic. "Când ido Tostes", S et/Dez, nO 346/347, .6..0.: 53-58, 2005 conj un tamente aos teores de gordu ra, p roteína, l actose, v itam i n as e m inerais p resentes n o le ite ( L i m a, 2 0 0 4 ) . Com relação a o s aspectos q u al i tativos d o leite, deve-se mencionar o método d a contagem de células somáticas (CCS), que serve para aval iar a s aúde do ú bere. Desta forma pode-se uti l i zar o aumento do número de células somáticas como in dicativo de mastite sub clínica, o número de células somáticas obtido de glândula mamária sadia e l ivre de infecção é usualmente menor que 200.000 céU m L de l e i te em b o v i n o s ( B ram l ey, 1 9 92 ) . E m bubal inos cons idera-se leite normal aquele com CCS entre 5 0 . 000 e 1 00 . 000 cél . /m L (Céron -Munhoz et aI . , 2 0 0 2 ) . D e s t a forma, o p resente trabal h o t e v e por objetivo ava l i ar, em d i ferentes s istemas de nutri ção e manej o , a produção de leite e constituintes, assim como verificar poss íveis existências de cor re lações fen o t í p i cas entre estas característi cas. MATERIAL E MÉTODOS Os d ados foram col etados no decorrer do ano de 2002 em 5 fazendas nos mun icípios de Sara puí e Pilar do Sul-SP. As amostras foram coletadas aleatoriamente de búfalas da raça Murrah, mul tí paras e em lactação, em cada uma das 5 fazendas, das quais 3 realizavam duas ordenhas diárias, e em 2 apenas uma. Em 3 fazendas adotava-se o sistema de ordenha manual e em duas, ordenha mecâni ca. Na fazenda I os an imais apresentavam-se em s i s tema de c o n fi n a m e n t o tot a l , rece b e n d o volumoso e concentrado de exce lente qualidade o ano todo (silagem de mi lho). Já nas fazendas 2, 3 , 4, e 5 o s an imais apresentavam-se e m regime de pastagem com s u p l ementação v o l umosa e c o n centrada, contudo n a s fazendas 3 e 4 o volumoso era ofertado apenas no inverno . Por s ua vez, nas fazendas 2 e 5 a suplementação ocorreu ao longo da l actação, mas apenas na fazen d a 5 a s u p l e mentação segu i u formu l ação buscando atender as exigências nutricionais dos animai s . Durante d e z meses foram real izadas, men sal men te, v i s itas às fazendas p ara a aferi ção do leite retirado de cada ani mal . Após o esgotamento dos quartos, uma amostra do leite de cada an imal foi colhi da, i dentifi cada e envi ada para análise. As amostras obti das foram adeq uadamente c o n s erv a d as em B ro m o p o l ( d i c r o m a t o de p o tássio), embal adas e remeti das a o Laboratório d e Fisiol ogia da Lactação, na C l ín ica d o Leite situada no Campus da ESALQ - USP 1 Piracicaba-SP, onde foram feitas as anál ise dos teores de gordura (%G), p ro t e í n a ( % P ) , l ac t o s e (%L), e s ó l i do s t o t a i s (%ST), C C S . A s amostras de l ei te p ara determ i n ação d e C LA, foram congeladas, sendo obti das l ogo após a ordenha. A contagem de células somáticas das amos tras fo i d e t e rm i n a d a p o r c i to m e t r i a de fl u x o , util izando-se o aparelho . S omacount 3 0 0 (Bentley Instruments®) e os consti t u i n tes (gordu ra, p ro te ína l actose e sóli dos totais) foram obtidos me d i an ;e absorção de l uz i n fravermel ha, p e l o apa re l h o 2 0 0 0 ( B e n t l ey I ns t ru m ents®) Para a extração da gordura do l e i te com fins na análise do perfil de ácidos graxos a amostra fo i d e s c o n g e l a d a , c e n t r i fu g a d a ( c e n t r i fuga refrigerada, sob rotação de 9000g a 8 ° C, por 3 0 m i n u t o s ) , p ara s e con centrar a gordura, após , pesou-se 40mg de gordura, e adicionou-se solução de h e x a n o - i s op r o p an o l , de a c o r d o c o m m eto dolog i a descrita por Hara & Rad i m ( 1 97 8 ) . Para met i l ação dos á c i dos graxos , s e g u i - s e a meto dologia descrita por Cristie ( 1 982) e adaptada por Chounaird et aI . , ( 1 999) empregando-se sol ução bás i c a de metóxido de s ó d i o . Este procedi mento tem s i d o u t i l i zado preferen c i al mente, d e v i d o a p oss íveis i somerizações do CLA de configuração c i s-trans, p ara confi guração do t i po trans-trans. A quanti ficação dos áci dos graxos do leite e dos a l i mentos fo i real i zada p o r crom atografi a gasosa em e q u i p amento Trace G C 3 , aparel hado c o m d e t e c t o r de c h a m a ( F I O ) , c o l u n a ca p i l ar S U P E LC O 2 - 4 0 5 6 S P TM - 2 5 6 0 , D E 1 0 0m x 0 , 2 5 m m de d i âmetro, e espessura do fi l m e 0,2 ll m, e como gás de arraste uti l izou-se o hi drogên io, com fl uxo de 4 0 m Llm inuto. As a n á l i s es e s t at í s t i cas ba se aram - s e no modelo inteiramente casual izado com 8 repeti ções (an i m a l ) , por faze nda em e s q u e m a de p arce l as subd i v i d i d as com repetições ao l ongo do tempo ( l actação) . A anál i s e de v a r i â n c i a baseou-se no modelo de máxima verossimi lh ança, com medidas repetidas no tempo, anal isadas ut ilizando-se PROC MIXED do SAS - Statistical Analys is System (SAS I n s t i tut I n c . , 2 0 0 4 ) . O m o d e l o p ro posto fo i : Y jik , llm + F j + Ak: F j + M L + e j .iJI O n de : Y j j k l Vari áve is dependentes (produções de l e i te ) ; (m média geral ; Fj E fe i to fixo da i-és i m a fazenda (1 . . . 4 ) ; Ak: F j E feito fixo do j-és i m o ani mal dentro da i-és ima fazenda (1 . . . 8); M k E fe i to fi xo d o k é s i m o mês de l actação ( 1 . . . 1 0 ) ; e j .i . k l = erro aleatório res i d u a l . = = Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6..0.: 5 3 -5 8 , 2005 12 10 8 6 4 Figura 1 . R E S U LTA D O S E D ISCUSSÃO. A média e o desvi o padrão observados para a produção de le i te ( P L) foram, respectivamente, iguais a 8,94 ± 4, I I Kg com coeficiente de variação (C V) de 24,4%. C o m o p o dem ser observados na Tab e l a 1 , todos o s fatores estudados (fazenda, an imal dentro 3 2 Fazendas 5 4 Média d e p rodução d e l ei te (Kg) em função d a fazenda estudada. � ;;: As produções médias de leite apresentaram variação s ignificativa (p>0 . 0 5 ) no decorrer da l ac tação, iniciando com média de 7 , 6 Kgldia de l eite apresentando p i co de l actação no segundo mês, ati n g i n d o v a l o res d e 1 1 ,4 Kg/d i a , d ecresc e n d o assim até o último m ê s de l actação, apresentando médi a de 4,0 Kgldia. !� 1_ 9 - 2 4 3 Tab e l a 1 . ar V iáveis Fazenda Animal (Faz) Mês Lact. Resíduo Total 2 3 4 5 6 7 Meses de lactação 8 9 10 � [�(i(g)-+-%GJ M é d i as de p rodução de l e i te e p or centagem de gord u ra em fun ç ão do mês de lactação. O valor médio e o desvio padrão para a pro teína no leite estimado foram, respectivamente, de 4,2 ± 0,46%, com CV de 7,8%. Benevides et aI., (200 I ), encontraram valores m ínimo e m áximo da porcentagem de proteínas iguais a 2,7 e 4,8% respec tivamente, sendo o valor médio diário de 3 ,6%. A porcentagem de p roteí n a apresentou d i ferença s ignificativa entre as fazendas ( Figura 4 ) , sendo a s médias obtidas muito próximas. Observou- 5 Fazendas Fig u r a 2 . I �,5 �5 6' __ 7 5 -- - 5,5 3 - --t-f--I--t-I-I-t--+--I- - 5 Figura 3. = = A porcentagem média de gordura n o l e i te (%G) e o desvio p adrão estim ado foram de 6,8 ± 0,5 8 % (Figura 2), com CV de 1 3, 6%. Faria ( 1 997), avaliando d i ferentes raças, encontrou valores p ró ximos aos encontrados neste trab alho, com p or centagem média igual a 6,72 Kg. Como pod � s �r observado na Tab e l a I , h o u v e d i ferença S l gl1 l ficativa entre a s fazendas p ara os teores de gordura. A m ai o r porcentagem foi o b t i d a na fazen d a I , com média de 7,7%, e a menor n a fazenda 5 , com média de 6,0%. Observou-se aumento gradativo da porcen tagem de gordura n o decorrer da l actação atin�in do . maior valor no oitavo mês de lactação, com l IgeIro declínio nos dois ú ltimos meses (Figura 3 ) . A prová vel exp l i c ação, observada neste estudo segund� Tonhati (2002), é a existência de correlação negati va, porém não significante, entre produção de leite e p orcentagem de gordura. de fazenda e mês d e lactação), apresentaram influ encia signifi c ativa sobre a p rodução de leite. As produções médias de leite observadas nas diferentes fazendas apresentaram diferença s ignificativa entre si. A m aior produção foi observada na fazenda 5 , cuj a média foi 1 1 ,4 Kg/di a e a menor ocorreu n a fazenda 4 , com média d e 4,4 Kgldi a (Figura 1 ). Essa variação pode ser explicada por diferentes condições de manejo, nutrição e genética dos animais existentes em cada uma das fazendas estudadas. P L (K g) Pág. 5 5 M é dias d e porcentagem de gordura nas fazendas estudadas. A n á l i s e d e variânc i a p ara a s características d e p rodução d e l e i te ( P I ) , porcentagem de gordura (%G), proteína (%P), l actose (%L), sólidos totais (%ST), C LA (%CLA), Contagem de célula somática (CCSx I 03 cel/mL) e contagem de célula somática transformada (IogCCS). PI(Kg) GL 0/00 %P %L %ST GL CGS(x I O I ) logCGS 4 390,68* 30 25,57* 9 1 03,79* 1 92 4,76 4 30 9 194 24,75* 2,6* 9,6 1 * 0,85 0,46* 0,34* 0,58* 0, 1 1 3 ,2* 0,53NS 0,08NS 0,5 1 67,42* 1 7, 1 6* 22,96* 1 6, 1 3 27 9 166 300489,3NS 1 00561 ,83NS 1 543 1 5NS 1 1 5 1 69,8 1 1 2,48* 1 ,94* 7,46* 1 ,73 235 237 GL NS: N ão signifi cante para p<0, 0 5 ; 205 * GL %CLA 4 30 9 1 92 3,30* 1 ,94* 1 ,34* 0, 1 7 235 S ignificante para p<0 , 0 5 ; GL: grau de l iberdade. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/D ez, n O 346/347, .6.0. : 53-58, 2005 Pág. 5 6 se diferença significativa da porcentagem de proteína no decorrer da l actação (Tabela I ) . Pode-se notar que os menores valores para este constituinte ocor reram no terceiro, quarto e quinto meses de lactação, coincidindo com os meses de maior produção de leite (Figura 5) e evidenciando a ocorrência de correlação negativa entre estas duas características. 4, 5 4,4 % P 4,3 4, 1 2 4 3 5 .� 18 E-- 17 � � �� � ! 7 5 3 � � Figu r a 8 . 15 14 2 3 4 5 6 7 8 9 10 : 4 '5 "; � 3,5 M é d i a da p o rcen tagem de prote í n a ( % P ) em função da produção de leite (PL Kg) e dos meses de l actação. Para o teor de lactose contido no leite foram estimados o valor médio e o desvio padrão (5, I ± 0,27%, respectivamente) com coe fic iente de varia ção (C V) de 1 4, I %. Aval iando rebanhos indianos Si ndhu & S inghal ( 1 998) obtiveram valores percen tuais de lactose variando entre 4,8 e 5,5%. No Brasil, Duarte et at., (200 I) observaram porcentagem média de 5,2% ± 0,23% e CV de 4,73 para este constituinte. O teor de lactose apresentou diferença s ignificativa em função da fazenda (Figura 6). 3 2 5 4 Faz endas F i g u r a 7. Meses d a lactação F i g u r a 5. • Fazendas M é d i a de p o rcentagem de prote í n a nas d i ferentes fazendas estudadas. Méd i as do percentual de sólido totais (%ST) nas fazendas estudadas. A média e o desvio padrão da CCS (x I 03) obtida nas cinco fazendas foram, respectivamente, 1 26, 50 ± 344,54 cel/ml com med iana de 3 7,5x I 03 e moda de 8x I 03 cel/m L. Na Figura 8 (A) pode-se observar as médias da CCS no leite de cada uma das fazendas, com exceção da fazenda 3 , onde as amostras não foram coletadas durante toda a lactação. Tal fato pode ser justi ficado pelo alto coefic iente de vari ação ex is tente para esta característica. Ass im, se corrigiu esta contagem para escala logarítm ica (logCCS, Figura 8 B), alterando-se tanto a m é d i a qu anto o desvio padrão, que foram, respectivamente, iguais a 1 ,93 ± 5,6. Com isto observou-se maior un iformidade após esta correção, quando com parada à CCS(x I 0 3 ), observando-se também diferença significativa entre fazendas e meses de lactação. Estas diferenças podem ser atribuídas à correção logarítmica, pois a mesma proporc i onou redução no coeficiente de variação, aproximando da normal idade, os valores observados. % CLA Fazendas Figura 6 . 4 Fazendas 200 1 00 CON C L U S Õ E S Média d e porcentagem d e lactose (%L) nas diferentes fazendas estudadas. 50 O 2 3 Faze ndas 4 3 M é d i as do percentual de CLA n as fazendas estudadas. F i g u r a 9. 1 50 3 5 As médias observadas p ara os teores de CLA foram I , I 9 ± 0,49%, com coefi ciente de variação de 3 4 , 6%, estes valores são s i m i l ares aos obtidos por Fernandes (2004 ) . Na F igura 9 , observa-se a s médias d e CLA nas fazendas estudadas. Pode-se perceber que os menores valores encontraram-se na fazenda 4, cuja al imentação apresentou p roblemas ao l ongo do pe ríodo de lactação. Os maiores valores foram obser vados nas fazendas 2 e 3, nas quais os animas eram eriados na maior parte do ano em regime de pastejo com sup l ementação volúmosa verde ( c ap i n e i ra), demostrando ser correta a afirmação de que animais em regime de pastejo apresentam maiores valores de C lA, dev i do a maior con centração do ác i d o l inoléico (C 1 8 :3 ) n a s pastagens (lock.et a I . , 2003 ), contudo, na fazenda 3 , outro fator a contribuir com os elevados teores de ClA no leite, fo i o uso de resíduo de cervejaria na d i eta, excelente fonte de ácido l i noléico ( Fernandes, 2004). 2 250 2 4 3 Médias de CCS (A) e 10gCCS (B) nas d i ferentes fazendas observadas . CCS (x I 03 ) (A) O/o Lae • logCCS 2 16 '$. Fazendas Figura 4. 10gCCS (x I 03 ) ( B ) 19 4,2 4 O valor médio e o desvi o p adrão percentual de sólidos totais estimados foram, respectivamente, 1 7, 5 ± 0,24 com CV de 23 ,09%. Estes valores são superiores aos encontrados por Faria ( I 997) cuja média foi 1 6,7% e N ader F ilho et aI . , ( 1 996) que variou entre 1 5, I e 1 6,2%. As porcentagens de só l i dos totais foram influenciadas pelo efeito de fazen da (Tabela I ), sendo este reflexo do nível de produç ão observado nas respectivas fazendas ( Figura 7). Rev. Inst. latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.0.: 53-58, 2005 4 5 O p resente trabalho perm itiu i n ferir que: A produção e composi ção do leite das bú fal as podem ser aval i ados e comparados nos d i ferentes s istemas de manejo ao lon go da l actação . • � 9L1 Pág. 57 As correlações existentes entre a produção de leite e os constituintes, e entre os cons tituintes servem como ferramenta p ara a adequação dos s istemas de manejo dos ani mais na atividade. As CCS podem ser util izadas como indica dor da quali dade do leite, desde que corrigi das em escalas logarítmi cas . 5�,5 '� 5 �1� 9 --=-----.... -. -� 2 3 4 6 7 Meses d e Lactação 8 � � 10 F i g u r a 1 0 . Variação entre os valores %G e %ClA ao l ongo da lactação. ABSTRACT This study was focused in verify changes on m i l k c o m p onents of buffal oes d u r i n g l actat i o n . Samples were collected monthly of eight animallfarm, in five farms, from April to N ovember of 2002, in the cities of Sarapuí and Pilar do Sul, SP. Three farms adopted grazing herd system and in the other ones, the a n i m a i s were c o n fined . M i l k s a m p l e s \Vere collected in bottles for determination of components: fat, protein, lactose, total sol ids, obtained by infra red l ight absorption, ClA (conjugated linoleic acids) obtained by gas chromatography and sOl11atic cel l count, determ ined by tluxometry. Except for lactose, ali components showed variation by farm, animais and lactation. The correlation between constituents and between milk yield and constituents can be used for i mprove herd 's management. The somatic cell count can be used as parameter to milk qual ity, if corrected by logarithmic scale. Key-words : SCC, ClA, fat, l actose, protein. R E F ERÊN C IAS B I B L I O G RÁ F I CAS B E N E V I D E S , C. M. J . ; T R I G U E I RO , I . N . ; SANTOS, M . A. F. Estudo da variação da produção e do teor de gordura, do leite de búfala (Raça Murrah) na m icroregião de Catu-Ba em 1 65 dias de lactação. Higiene Alimentar. v. 1 5, n. 80/8 1 , p. 1 00, 200 1 . B RA M l E Y, A . J . Mstit i s . I n : AN D R E W, A . H . ; B lO W E Y, R . W. ; BOYD, H . ; E D D Y, R . G. E d . Bovine Medicine: d iseases and husbandry of cattle. O x fo r d : B l a c k e w e l I S c i e n t i fi c , 1 992. capo 2 1 . p . 289-300. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 5 8 Pág. 59 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n ° 346/347, 6.0.: 53-58, 2005 BRITO, J. R. F.; DIAS, J. C. 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"Cândido Tostes", S et/Dez, nO 3 46/347, .6.Q.: 6 1 -64, 2005 P ág. 6 1 QUALIDADE D O LEITE DE BÚFALAS E CORRELAÇÕES ENTRE A PRODUÇÃO E SEUS PRINCIPAIS CONSTITUINTES Tonhati, Mendoza-Sánchez, Seno, L. Cerón-Munoz, M. Aspilcueta-Borquis, R . L ima, A. L. Ruiz-Holgado, A. Oliveira, J. H. J G. " 0. 3 F. J R. J F. J P. 5 A. J RESUMO o presente estudo teve como objetivo conhecer a relação entre as produções d e leite no período d a manhã (PLM), tarde (PLT) e total do dia (PLTD), bem como, a relação com a produção de gordura (PG), proteína (PP), lactose (PL) e sólidos totais (PST) e teor de gordura (%G), proteína (%P), lactose (%L) e sólidos totais (%ST) e contagem de células somáticas (CCS). Para tanto, foram utilizadas as informações do banco de dados referente a 7 propriedades que participam do Programa de Controle Leiteiro em Búfalas, mantido pelo Departamento de Zootecnia da FCAV /UNESP, campus de Jaboticabal, SP. Foram avaliadas lactações ocorridas entre os anos de 1 997 a 2004. As médias para PLTD, PLM e PLT foram 8,9 1 ± 2,98, 5,50 ± 1 ,89 e 3 ,40 ± 1 ,27 Kg, respectivamente. Foram observadas médias de 0,50 ± 0 , 1 9, 0,35 ± 0 , 1 3 , 0 ,42 ± 0, 1 5 e 1 ,36 ± 0,47 kg, respectivamente, para PG, PP, PL e PST. As médias para %G, %P, %L e %ST foram iguais a 6, 1 5 ± 1 ,3 5 , 4,27 ± 0,48, 5,06 ± 0,29 e 1 6,60 ± 1 ,59 %, respectivamente. A média para CCS foi de 1 09 . 000 ± 3 3 1 . 8 1 0 células/mL. As correlações fenotípicas entre PLTD, PLM e PLT com a porcentagem dos principais constituintes do leite, foram negativas, menos para a %P. No entanto, a correlação destas com as produções dos constituintes, foram altas e positivas. INTROD U Ç Ã O A p o p u l a ç ã o d e b ú fa l o s n o B ras i l é de aproximadamente 1 . 0 86,00 de cabeças (Anualpec, 2 0 0 4 ) . Na região s u deste, a b u b al i no c u l tura se volta, q uase que totalmente, para a produção de leite, e esta, por sua vez, se destina ao processa mento de derivados, principalmente, de queij o tipo "mozzare 11 a" . E m função deste fato, é importante conhecer as concentrações dos constitu i n tes do leite e s uas rel ações, pois, a compos ição do l ei te pode determinar maior rendimento e melhor qual i dade dos subprodutos l acteos. Soma-se a estas ca racterísticas a contagem de c é lu l as somát icas, a qual, é indicadora da saúde do úbere. O l eite de b ú fa l a apresenta características muito próprias que permitem sua fác i l identificação sob o ponto de vista físico-químico e sensorial. Seu sabor é peculiar, l i geiramente adocicado e é sempre m u i to m ai s b ranco q u an do c o m p arado ao l e i te bovino devido à ausência, quase total, de caroteno I 2 3 4 5 (pro-vitam ina A) em sua gordura. Também, pode se destacar acentuada diferença em relação ao l eite de bovino, devido à presença de maior porcentagem de seus constitui n tes, principalmente, gordura e proteína, os quais, s ão responsáveis pelas caracte rísticas físicas (estrutura, cor, sabor) do leite e dos seus derivados (B RITO e DIAS , 1 99 8 ) , a lém de serem os componentes de maiores valores econô m i cos p ara os l at i c ín i o s (MADALENA, 1 9 8 6 ) . Assim, o objetivo d o presente trabalho foi verifi car a existência de correlações entre as características indicadoras da qualidade do leite. MATERIAL E MÉTODOS As informações relacionadas à produção e qualidade do leite analisadas neste trabalho foram provenientes da b ase de dados mantida pelo Pro grama de Contro l e Leiteiro de B ú falos do Depar tamento de Zoote c n i a da FCAV/UNE S P, campus de J aboticab al , S P e referentes a 5484 controles Professor Livre Docente, FCAV/UNESP/Jaboticabal. Mestrando em Genética e Melhoramento Animal, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, campus de Jaboticabal, SP, Brasil. Doutorando em Zootecnia, FCAV/UNESP/Jaboticabal. Professor associado da Universidad de Antioquia, Medellín - Colômbia Pesquisador do Centro de referencia para Lactobacilus, CERELA, Tucumán, Argentina. digitalizado por arvoredoleite.org · Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.Q: 6 1 -64, 2005 Pág. 62 et aI. 200 1 ; ROSATI E VAN VLECK, 2002). De m aneira geral , estas osci l ações podem ocorrer em fun ção dos a l i mentos que compõem a d ieta das fêmeas, estação do ano, idade ou ordem de parto da fêmea, estágio de l actação, assim como, das diferenças genéticas entre os rebanhos e indivíduos da população. O l e i t e d e b úfal a p o d e ser c o n s i derado bastante r i c o e m p ro t e í n a ( m é d i a d e 4,2% de proteína total) e é o constituinte mais importante em rel ação ao ren d imento dos sub p rodutos. Este fato c o n fere grande v a l o r eco n ôm i co p ara esta característica. A l guns p e s q u i s adores bras i leiros (TONHATI et aI . , 1 99 8 e TONH ATI et aI., 2000) encontraram porcentagens de p roteína v ariand o entre 3 , 6 a 4 , 3 6%, res u ltados estes, semelhantes aos encontrados por D UARTE et aI. (200 1 ) que obtiveram valores médios de 4,20 ± 0,29%. A l actose é o p r i n c i p a l açúcar do l e i te, servindo de base para a obtenção dos derivados por meio da fermentação. Em bubalinos, os teores de l actose apresentam v a l ores entre 4 , 8 3 e 5 ,4 8% (SINDHU e S INGHAL 1 998, DUARTE et aI., 200 1 ). O extrato seco total está rel ac ionado com as q u a n t i d ades de nutrientes totais do l eite. O extrato seco total constitui todos os componentes do leite com exceção da água. Devido aos elevados teores de gordura e proteína, os valores de sólidos totais também s ão elevados. FAR I A ( 1 997) estu dando as característi cas fís i co - q u í m icas de d i ferentes rebanhos durante 9 meses de l actação, encontrou valor médio de ST para búfalas da raça Murrah iguais a 1 6,74% e 9,87%. NADER FILHO et aI . ( 1 99 6 ) encontraram v a l or aprox imado de ST que variou entre 1 5 ,05 a 1 6,23%. A média da contagem de células somáticas foi igual a 1 09 000,00 ± 3 3 1 8 1 0,00. A CCS pode ser uti l izada para monitorar a qual idade higiênica do le ite, assim como, promover a qual idade dos produtos l ácteos ofereci dos no mercado (CERÓN M U N OZ et a I . 2 0 0 2 ) . E s t e s m e s m o s autores de 3 2 8 5 l actações de 742 animais o corridas nos anos 1 994-2004. As características em estudo fo ram, p r o d u ç õ e s de l e ite n o p e r í o d o d a m an h ã (PLM), tarde ( P LT) e total do d i a (PLTD), bem como, a rel ação com a produção de gordura (PG), proteína (PP), l actose (PL) e sólidos totais (PST) e teor de gordura (%G), p ro te í n a (%P), l actose (%L) e sól idos totais (%ST), além da contagem de células somáticas (CCS). Os controles mensais da produção e qual idade do l eite foram obtidos entre os anos de 1 997 e 2004. As búfalas eram mantidas b as i c a m e n te em p as tagem de B rach i ar i a s p . e Panicum maximum sp. durante o período chuvoso e na seca em algumas fazendas, as fêmeas recebiam suplementação volumosa, silagem de mil ho, capim, e ou cana-de-açúcar picada e concentrados. A análise estatística foi realizada utilizando os procedimentos PROC MEANS e PROC CORR, contidos no pacote computacional SAS ( 1 999). R E S U LTAD O E D IS C U SSÃO As médias para as características de produção e teor dos constituintes do leite de búfala encon tram-se apresentadas (Tabela 1 ). Esses valores fo ram semelhantes aos encontrados na l i teratura bra sileira e indiana, entretanto, menores que os valores médios ital ianos (DUBEY et aI. 1 997; S INDHU e S INGHAL 1 98 8 ; TONHATI et aI. 2000; DUARTE et aI. 200 I ; ROSATI E VAN VLECK, 2002). Neste estudo, ob servamos que a p rodução de leite no período da manhã (PLM), corresponde em média a 6 1 ,73 % da produção de leite no pe ríodo total do dia (PLTD). A maior produção l eite no período da manhã pode ser função do maior número de horas entre a ordenha da tarde-manhã em rel ação para a manhã tarde. Dos constituintes do leite, a gordura é a que apresenta maior variação, o s c i l ando, em média, en tre 5 , 5 e 8 , 5 % n o s b u b a l i no s ( S IN D H U e S INGHAL 1 98 8 ; TONHATI et aI. 2000; DUARTE Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.Q: 6 1 -64, 2005 PLDT PLDT PLM Número de observações, médias e desvios padrão para as produções de leite no total do dia ( P LTD), da ordenha da manha (PLM), da ordenha da tarde (PLT), gordura (PG), proteína (PP), l actose (PL) e sólidos totais (PST), para porcentagens de gordura (%G), proteína (%P), lactose (%L) e sól idos totais (%ST) e contagem de células somáticas (CCS) do leite de búfalas. N ° d e d a d os Médias %G %P %L PLDT PLM PLT ( kg) ( kg ) ( kg) 5484 5484 5484 1 893 1 894 1 894 3 ,40 6, I 5 ± 1 ,3 5 4,27 ± 0,48 5 , 06 0, 5 0 ± 019 0, 3 5 ± 0, 1 3 8,9 1 ± 2,98 5,50 ± 1 ,89 ± 1 ,2 7 PG (kg) PP (kg) PL (kg) 0, 9 5 1 1915 % ST ± 3 3 1 ,8 1 0 I PLT 0, 9 6 1 0, 9 1 1 0,7 6 1 0,9 6 1 0, 803 1 893 1,3 ± PG CCS ± EI presente estudio tuvo como obj etivo co nocer l a rel ación entre l as producciones de l eche en e l período de la m aiíana (PLM), tarde (PLT) y total dei d í a (PLTD), como tam b i é n , l a rel ación con la producción de grasa (PG), p roteína (PP), l actosa (PL) y s ó l i dos totales (PST) y porcentaj e de g r a s a ( % G ) , p rote í n a ( % P ) , l actosa ( % L ) y sólidos totales (%ST) y recuento de cél u l as somá t icas (CC S ) . Por tanto, fueron uti l izadas l as i n form a c i o n e s d e i b an co d e d at o s refe rente a 7 p ro p i ed ad e s q u e p arti c i p an d e i Programa d e %G %P %L %ST PS T CCS -0, 1 82 0,086 0,025 ns -0 , 1 1 9 0,065 -0, 1 7 5 0,057 0,045 n s -0. 1 1 9 0,070 -0, 1 68 0, 1 1 9 - 0 , 0 0 7 ns -0, 1 02 0 , 022 ns 0,054 -0,220 0 , 7 99 0,049 -0,407 0,223 0,06 0, 1 08 - 0 , 2 44 PG PP PL 0, 9 8 6 PS T ns = PL 0,7 6 1 0, 7 70 0, 722 % P PS T 1 09,000 ( x I 03 ) RESUMEN % G % L (kg) PLM PLT PP %ST O s resul tados desta investigação i n d i cam que a búfal a p roduz l eite de ótima qual idade do ponto de vista da saúde do úbere e que ações n o sentido de aumentar a quantidade de leite n o s bu balinos, podem deprimir as porcentagens de seus principais constitu i n tes, no entanto, aumenta-se de modo geral a quantid ade de gordura, proteína e sólidos totais p roduzidos. Corre l ações p ara as p roduções de l e i t e n o período total do d i a ( P LTD), da ordenha d a m anha ( P L M ) , da tarde (PLT), n a d i agonal superior, produção de gordura (PG), proteína (PP) l actose (PL) e sólidos totais (PST) e d i agonal superior, porcentagem de gordura (%G), proteína (%P), l actose (%L) e sólidos totais (%ST) e contagem de células somáticas (CCS) . 0,9 1 1 Ta bela 1. CONCLUSÕES verificaram que aumentos na CCS ocas ionam que da n a produção de leite e nos teores de seus cons t i t u i n te s , p r i n c i p a l m e n t e , a l actose, c a u s a n do perdas econômicas p ara p rodutores e i nd ústri as . O v a lore e ncontrado neste estudo i n d ic a que a b ú fa l a p ro d u z l e i te c o m q u a l i d a d e i d e a l p ar a i ndustrial i zação. As correl ações fenotípicas (Tab e l a 2) mos traram antagonismo entre a quantidade de leite e as porcentagens de gordura e sólidos totais . Nota se ainda que as correlações e ntre as %G e %P e %Lac com a %ST são s igni fi cativas e positivas. R e l a c i o n a d o às p r o d u ç õ e s d e l e i te e d e s e u s constituintes, nota-se que a s correl ações s ão altas e positivas . Tais observações i nd icam que as ações no sentido de aum�ntar a quantidade de leite nos bubalinos, podem deprim i r as porcentagens de seus principais constituintes (%G e %ST), no entanto, aumenta-se de modo geral a quantidade de gordura, proteín a e sól idos totais produzidos; pode-se ob servar que a d inâmica das correl ações dos cons tituintes do leite com a produção do leite da manha e da tarde, é igual à observada com a produção de l e i te total (PL). Ta b e l a 2 . Pág. 63 0, 905 0, 9 48 0, 8 65 0, 882 7 75 0, 7 78 0, 92 1 0,052 0, 954 0, 9 1 4 0, 858 0, 9 03 0, 9 2 6 0, 940 N ão signifi cativo, os outros valores s ão signifi c ativos para (P( 0 , 0 1 ). digitalizado por arvoredoleite.org 't i!," Pág. 64 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, 6.Q.: 6 1 -64, 2005 Control Lechero en B ú falas, almacen ado por el D e p artam ento de Zootecn i a d a F C AV / U N E S P, c a m p u s de J ab o t i c a b a l , s I>. F ueron e v a l u ad as l actaciones p resentadas entre los aftos de 1 997 y 2004. Las medias para PLTD, PLM y PLT fueron 8 , 9 1 ± 2 , 9 8 , 5 , 5 0 ± 1 , 8 9 Y 3 ,40 ± 1 ,27 Kg, res pectivamente. Fueron observadas med i as de 0 , 5 0 ± 0, 1 9, 0 , 3 5 ± 0 , 1 3 , 0,42 ± 0, 1 5 Y 1 ,3 6 ± 0 , 4 7 kg, respectivamente, p ara PG, PP, PL Y PST. Las medias p ara %G, %P, %L y %ST fueron iguales a 6, 1 5 ± 1 ,3 5 , 4,27 ± 0,48, 5 , 06 ± 0,29 y 1 6,60 ± 1 , 5 9 %, respectivamente. La média para CCS fué de 1 09 . 0 0 0 ± 3 3 1 . 8 1 0 c é l u l as/m L . Las corre l ac i o n e s fen o t í p i c as e n tre P LT D , PLM y P LT con el porcentaj e de los princip ales constituyentes de la leche, fueron negati vos, menos p ara la %P. S i n e m b argo, l a c o rre l ac i ó n d e e s tas c o n l a s producc i o n es de los constituyentes, fueron · altas y p o s i ti v a s . P a l a b r a s c l a v e s : P ro d u c c i ó n d e l e c h e , p o rc e n t aj e d e g r a s a , p or c e n t aj e d e p rote í n a , l actosa, sól idos totales, l actosa, recuento de cé l ul as somát i c as , correl aciones fenotíp i cas. A BSTRACT This study was carried on i n tent to know the rel a t i on s h i p between m ilk yield on morn i ng period (MYM), afternoon period (MYA) and daily total milk yield (DTMY), also evaluating the yields of constituen t s : fat (FY), p rote i n (PY), l actose (LY), total solids (TS Y), its concentrations (%F), (%P), (%L), (%TS) and the somatic cell count (SCC). Was util ized information from a data bank of 7 farms t h at i n tegrate the B u ffal oes Herds M an ag e m e n t Program o f " D e p artamento de Zootecni a da FCAV/UNESP, campus de Jaboticabal, SP". Were evaluated lactations between years 1 997 to 2 0 0 4 . T h e m ean v a l u es obtained to D T M Y, MYM and M YA was 8,9 1 ± 2,98 Kg, 5 , 5 0 ± 1 ,89 Kg and 3 ,40 ± 1 ,27 Kg, respectively. The means of m i l k constituents were 0,50 ± 0, I 9Kg, 0,3 5 ± 0, 1 3 Kg, 0,42 ± 0, 1 5 Kg and 1 ,3 6 ± 0,47 Kg for FY, PY, LY and TS Y, respectively, with mean values of con centrat i o n corres p on d i ng to 6 , 1 5 ± 1 , 3 5 (%F), 4 , 2 7 ± 0 , 4 8 (%P), 5 , 0 6 ± 0,29 (%L) an d 1 6,60 ± 1 ,5 9 (%TS). The means obtained for SCC was 1 09 . 0 0 0 ± 3 3 1 . 8 1 0 cel Is/mL. The fenoti p i c c o rre l at i o n s o f D T M Y, M Y M a n d M YA w i th %F,%L, %TS were negat i v e , and w i th %P was p o s i t i ve . However, the corre l at i o n s o f D T M Y, M Y M and M YA w i th the yields of constituents, were h igh and positive. Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, nO 346/347, 6.Q.: 65-70, 2005 Key-words : Fenot i p i c Corre l ations, M i l k Yield, Bubalus bubal i s. ACOMPANHAMENTO MICROBIOLÓGIC O DURANTE A ELABORAÇÃO DE MOZZARELLA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Seguimiento microbiológico durante la elaboración de mozzarella ANUALPEC : Anuário da pecuár i a bras i l ei ra. S ão Paulo: FNP Consultoria e Comércio, 2004. 3 04 p. Gutiérre=, C. I * Drakslel; D. I Nune=, M. I Gon=ále=, S. u Pesce de Ruí= Holgado, A. U Otav iano, A. R. 3 Cadavid, H. C. "' BRITO, J . R . F. ; DIAS, J . C . A qual i dade do leite. J u i z de F o r a : E M B R APA/ S ão P a u l o : Tortuga, 1 99 8 . 8 8 p . C E RÓN- M UNOZ, M . F . e t aI. F actors affecting s o m at i c c e l l c o u n ts and t h e i r re l at i o n s w i th m i l k a n d m i l k c o n s t it u e n t y i e l d i n b u ffal o e s . J . D a i ry S c i . , Champaign, v . 8 5 , n . 1 1 , p . 2 8 8 52 8 89, 2002. DUARTE, J . M . C . ; e t aI. E fe i tos ambientais sobre a p ro d u ç ão no d i a do controle e caracterís t icas fís ico-quí m icas do leite em um rebanho bubali no no Estado de S ão Paulo, Bras i l . 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Diluciones adecuadas de cada una de las muestras fueron sembradas en medi os de cultivos selectivos. Los resultados mostraron mayores r� cuentos . de colifomles totales hasta la fase de hilado ai utilizarse leche cruda en comparación a la pasteunzada; postenonnente esta población bacteriana disminuyó en ambas elaboraciones. En cua�to a las bacterias !�cticas sólo �e observaron . menores recuentos una vez pasteurizada la leche. En referencJa a los tlpos de conservaclOn se observo un descenso gradual dei pH y una estabilidad en los recuentos bacterianos en la mozz�re! la conservada en suero . En e� caso . dei queso envasado ai vacío, el p� fue más bajo y p�esentó pequenas vanacI� nes � n lo� �ecuent� s Im� robJano�. Estos resultados permiten conclUIr que la fase de htlado presenta un �otencJaI mlcroblclda ai I educ� r la carga microbiana dei queso, comparable ai de la pasteurización. La conservaclón dei queso en suero demostro mantener los recuentos bacterianos evaluados y el pH más estables en el tiempo. Palavras-chave: leche, búfala, mozzarella, microbiología. INT R O D U C C I Ó N E n países en vías d e desarrollo, la leche d e búfala es responsable de la radi cación de fami l i as en áreas rurales y de la mejora de prácticas agrícolas fami l i ares . Por lo tanto, se trata de una excelente altern ati v a p ara el des arro l l o de pequeftas coo perativas de productores, lo cual convierte ai búfalo en un irreemplazable productor de leche. (Preston, 200 I ; Rocha Loures, 200 1 ; Z ícare l l i , 200 1 ) . Si bien d iversos trabajos demuestran que la composición química de la leche de búfala varía de acuerdo a la región donde es producida, su elevado valor nutritivo es i nvariable (Calan drel l i , 2 0 0 2 ; C u n h a Neto, 2 0 0 3 ) . La l e c h e de búfala presenta características químicas que la distinguen de la de I 2 3 4 otras especies animales : 82,5% agua, 1 7,5% extrac to seco total, 7 , 8 % de grasa, 4,9% de proteína y 0,8% de cen izas. Se destaca también por presentar menores conten i dos de colesterol, sodio y potasio y p o r u n a m ayor r i q ueza e n c a l cio y fós foro (B iafora y col . , 1 999). Su d e r i v a d o l ác t e o m ás fam o s o e n e l mundial e s l a mozzarella, queso de "pasta filata", t í p ico de Ital i a . Se trata de un p roducto fresco, de el aboración artesan al e i ndustrial, de forma y tamafto var i ados, m oj ado, bri l l ante y bl anco; el mismo se vende envasado aI vacío o f1otando en s u e r o . Debe ser f1 e x i b l e , n o g o m o s o y p o s e e r cierto grado de humedad en su estructura. Como es un queso fresco debe consumirse dentro de los 1 5 días de su elaboración. Son estas características Tel.: 0054-3 81-4310465, Tucumán, Argentina. E-mail: [email protected] Centro de Referencia para Lactobacilos (CERELA - CONICET), Chacabuco 145, CP 4000, San Miguel de Tucumán, Argentina. Facultad de Bioquímica, Química y Farmacia, Universidad Nacional de Tucumán, Ayacucho 471, CP 4000, San Miguel de Tucumán, Ar. Bolsa Sanduiche/CAPES/CERELA - FCAV/Unesp - Jaboticabal, SP. Doutorando - FCAV/Unesp-Jaboticabal,SP, Universidad de Antioquia - Medellin, Co. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 66 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, fi.D.: 65-70, 2005 y e l h e c h o que ai derre t i r s e por la c o c c i ó n se to rn e en una m asa de cons i sten c i a e l á s t ica, lo que l o convi erte en un producto de gran popu l ar i d ad , p art i c u l armente en l tal i a y otros p aíses europeos. En Argentina, la producc ión de l eche de bú fala destinada a la e laboración de mozzarel l a es i n c i p i e n t e y e n p e q u e n a e s c al a ; s ó l o u n estab l e c i m iento lechero real iza l a venta d e este q ueso con m arca reg i s trada (Zava, 2 0 0 4 ) . Existen pocos antecedentes científicos sobre la microbiología de la leche y mozzarella de origen bubal ino. Bianchi Salvadori y col. (2000) obtuvieron recuentos elevados de col i formes en leche cruda ( l 05 U FC/g) m i entras q u e en el queso estos val ores descendi eron a 50 U FC/g. En el caso de l a leche pasteurizada, esta población estuvo ausente y en el queso sólo se encontraron 2 0 UFC/g. Con respecto a los recuentos de bacterias l ácticas totales éstos osc i l aron entre 1 04 - 1 0 5 U FC/g en leche � ru da, mientras q ue en el producto final fueron de 1 04 1 0 6 U F C/g . En l e che pasteurizada obtuv ieron val ores s i m i l ares ( 1 02 - 1 0 6 U FC/g) después dei agregado dei fermento, manteniéndose estos valores cons tantes en el q u eso. Oommen y c o l . ( 2 0 0 2 ) encontraron mayores recuentos d e bacterias lácticas totales en quesos elaborados con leche pasteurizada, los cuales os cilaron entre 1 06 Y 1 08 UFC/g. EI obj etivo dei presente trabajo fue real izar un estu d i o com parat ivo de la vari ación de pH y de los recuentos de co l i formes (total es y fecales) y bacteri as l ú cticas (mesófi l as y term ó fi l as) du rante l a e l a b o rac ión y conservación (ai vacío y cn su cro) dc 1 11 0zzarella, uti l izando lcche cruda y pastc u rizada. l\ I AT E R I A L E S Y i\Ht TODOS por N as c i mento y M oura Carv a l h o ( 1 993 ) . La leche fue filtrada y separada en dos lotes : 10 l itros para la elaboración de mozzarella con leche cruda y otros 1 0 l i tros para la elaboración de queso con leche pasteurizada. A la temperatura de 3 8° C ± 2° C fue agregado e l ferm ento y p osteri ormente el cuaj o . Una vez formada l a cuajada, ésta fue cortada y colocada en moldes a temperatura ambiente para su desuerado. AI cabo de 1 8 horas, cuando la masa al canzó el "pu nto de h i l ado" fue introduc i d a en agua a una temperatura de 8 5 °C para su amasado (Figura. I ) . AI adqu i rir la elasticidad suficiente, se le dio forma de trenza (Figura. 2). Posteriormente, el q u e s o fue c o l ocado en agua frí a y l u ego en s a l m uera ( p rep arada ai 20% en agua herv i d a y enfriada a 1 0°C) durante I hora. Final mente fueron tomadas m uestras i n d i v i duales l as cu ales fueron envasadas ai vac ío y en suero. Figura I . l11asa hi lada Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, fi.D.: 65-70, 2005 jada 2 (después de 1 8 horas a temperatura ambiente), masa h i lada, q ueso antes y después de colocar en s a l mu era y mozzare l l a a los 4, 7 Y 1 5 d í as de conservación. En cada uno de los muestreos, fueron pesados 1 0 g de m u e s tra, l o s c u a l es fueron homogenizados (Stomacher 400, S E WARD) j unto con 90 m l de solución de citrato de sodio (2%, p/v) precalentada a 4 5 °C, obteniéndose as í la d ilución 1 0- 1 . Se realizaron d i luciones sucesivas, l as cu ales fueron sembradas en medi os de cultivo selectivos : MRS agar para bacterias lácticas y Violeta Rojo Bilis agar para col iformes . Las p l acas de Petri fueron incubadas a 3 0°C en el caso de col i formes totales y bacterias l ácticas mesófi l as, durante 1 8-24 horas y 48 horas, respectivamente, y a 45°C en el caso de col i formes fecales y bacter i as lácti cas termó fi las durante 1 8-24 horas y 48 horas, respectivamente. R E S U LTA D O S Y D I S C U SIÓN Con respecto a los col i formes fecales, sola mente fueron encontrados en l as muestras de leche cru d a en el orden de 1 03 U FC/ml . E n referencia a l os col i formes totales, e n l a leche cruda fueron observados recuentos d e 1 04 UFC/g, los cuales aumentaron hasta 1 07 UFC/g en la cuajada 2 (Figura. 3 ) . Este incremento es normal y puede ser exp l icado por la retención física de los microorganismos en los coágulos, como así también por su multip l i cación. Este fenómeno fue compro bado por otros autores dur ante la e l aboración de quesos de leche caprina (Tornadijo y col . , 1 993 ) Y o v i n a ( M e d i n a y col . , 1 99 1 ) . Va l o res s i m i l ares fueron encontrados por C u n h a Neto ( 2 0 0 3 ) en muestras de leche cruda dc bú fala, con recuentos de 1 02 - 1 06 UFC/m l . O b t e n c i ó n de l e c h e de b ú fa l a L a l c c h c u t i l izada para e l presente estudio fu e obten i d a d e un ro deo e x peri m e n t a l de 1 4 b ú �a l a s c r u z a M u rrah x M e d i t errán e o , p e rte neclentes ai estab leci miento "Los Qui les", ub icado cn el ? e p a r t a m e n t o L e a l e s , en la s u b reg i ó n den o m I n a da ' Ll a n u ra d e p r i m i d a S a l i na S e c a S ubhúmeda" d e l a provincia d e Tucumán, Arentina (Zuccard i , R . S ; Fadda, G . S , 1 9 7 5 ) . La leche fue recolectada a partir dei único ordene diario realiza do en forma manu a l . To dos l os an imales se en contraban en el período medio de la lactancia y su a l i m e ntac i ó n estaba b a s a d a en e l p astoreo de especies vegetales naturales . E l a b o r a c i ó n de m ozza rel l a L a e l a borac i ón dei q ueso mozzare l l a fue real i zada de acuerd.o a la metodología descri pta Pág. 67 En l a fase de h il ado fue donde se evidenció una d i s minución s i g n i fi c ativa de la poblac i ón de col i formes ( 1 0 5 U FC/g), lo cual estaría demos trando e l p o te n c i a l m i crob i c i d a de esta etapa. Resultados s i m i l ares obtuvieron S ilva y col. ( 1 999) y B ianc h i S a lvadori y col . (2000), l os cuales su girieron la efi cienci a de este proceso comp arable a l a pasteurización de l a leche. En los pasos s i guientes ai h i lado, los recuen tos se mantuvieron constantes en el orden de 1 03 - 1 04 U FC/g, tanto en l o s q uesos envasados ai vacío como en l o s conservados en suero. Con respecto a l a leche pasteurizada, fueron determ i n ad o s r e c u e n t o s cre c i e ntes h as t a 1 0 5 UFC/g en la cuaj ada, los cuales disminuyeron 1 ,3 unidades l og posterior ai h ilado. A partir de aquí, l a población de enterobacterias continuó dism inu yendo h asta u b i carse en el orden de 1 02 y 1 03 UFC/g en l os q uesos envasados ai vacío y en suero. Estos recuentos se aj ustan a los req u i s i tos m icro biológicos dei Código A l i mentario Argentino para q uesos de h u medad m ayor a 5 5 % con bacterias l ácti cas viab les y abundantes, l os cuales adm iten un m áx i mo de 1 000 col i formes/g (Figura. 3 ) . E n referencia a las bacterias lácticas mesófilas (BAL m), se observó que en la leche cruda los valores se ubicaron en el orden de 1 04 UFC/ml, aumentando su número a 1 0 8 UFC/g en la cuajada 2. Mayores recuentos fueron obten i dos en l ec h e cruda por Iyengar y col . ( 1 96 7 ) y Cunha Neto (2003 ), con 1 06 UFC/m l y 1 07 UFC/m l , respectivamente. En la masa h i l ada, los recuentos decrecieron cas i 2 uni dades log para mantenerse en este orden ( 1 06 U FC/g) hasta el final dei ensayo (F igura. 4 ) . 10 10 Õ Cl Cl Ü li. :::> Cl o lJ.. :::> 5 5 .Q Cl L. cruda (vaelo) L. cruda (suaro) L. pasteurizada (vacre) -T- L. pasteurizada (suero) -a- L. cruda (vacro) __ L. cruda (suero) __ L. pasteurizada (vacro) -O- L. pasteurizada (suoro) __ ___ ·1 F i g u ra 2. mozzarcl la en trenzas P ro c e s a m i e n to d e l a s m u e s t r a s Las muestras analizadas fueron: leche (cruda y pasteurizada), cuaj ada I ( recién el aborada), cua- : 1 5:" : :=;: :;: �A�::;:::=;::: -,- C�-,-..-.,. -1--,..-� l S C2 OS M u astra cuaj ada recién elaborada; C2 L leche; C I antes de h i l ado; AS cuaj ada de 1 8 horas; H la salmuera; DS después de la salmuera; 4, 7 Y d í as de conservación. 15 = = = Cl Figura 4. C2 H AS Muestra OS 15 Evolución de bacterias lácticas mesófilas = = = Figura 3. Evo l u c i ón de col i formes totales En leche pasteurizada los recuentos de BAL m se encontraron en el orden de 1 0 7 U FC/g de cuaj ada 2 para disminuir a 1 05 - 1 06 UFC/g en las etapas s iguientes y hasta el final dei ensayo (Figura. digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n ° 346/347, .6.0. : 65-70, Pág. 6 8 4). Addeo y Coppola ( 1 98 3 ) obtuvieron recuentos semej antes, con valores en el orden de 1 08 antes dei p roceso de h i l ado, 1 06 después dei mismo y 1 05 durante la inmers ión en salniuera. E n cuanto a las bacterias lácticas termófilas ( B AL t ) , é s t as fueron o b s ervadas en muy baj o n úm e ro en l a l eche fl u i d a ( 1 0-20 U FC/m l ) au mentando ai orden de 1 05 UFC/g en la cuajada 2. P o s t e r i o r ai h i l ad o , e s t e n ú m ero d i s m i n uyó 2 unidades log y se mantuvo entre 1 02 - 1 03 UFC/g hasta los 1 5 d í as de conservación de los quesos (Figura. 5 ) . Mayores valores fueron determinados por Addeo y Coppola ( 1 98 3 ) , quienes obtuvieron recuentos de 1 08 en la cuaj ada antes de ser hilada, los cuales dismi nuyeron una un idad log luego de este proceso y descendiendo aún más en la etapa de s al ado ( 1 04). -- L. cruda (vacío) -k- L. cruda (suero) -- L. pasteurizada (vacio) -O- L. pasteurizada (suaro) o C1 Figura 5 . C2 H E vo l u c i ó n term ó fi l as AS Muestra de OS b a c t e r i as un valor de 5 ,2, punto en e l cual se comenzó "hilar" l a masa. Este tipo de elaboración, c o n l a l l e v a d o a c ab o por Yu y i u rl aS e k a J (2 0 0 5 ) , m i en tras q u e A l t i e r o y c o l . comi enzan e l p roceso d e h i l ado a u n pH (4, 8 4,9). En el queso conservado a i vacío, el p H mantuvo a un pH de 5 ,2 una v e z retirado de salmuera y descendió a un valor de 4,8 el día de conservaci ó n . En el queso conservado en suero, los de pH se mantuvieron más estables, de�;cell1díen(lo de 5,2 a 5 , 0 5 ai final dei ensayo. CONCLUSIONES Los res u l tados obte n i dos d u rante l a b o r a c i ó n d e mozzare l l a c o n l e c h e c r u d a p asteurizada perm i t ieron c o m p robar u n m i crob i c i d a de l a fase de h i l ado, comparab l e d e i p ro c e s o d e p as t e u r i za c i ó n , s o b re l as poblac i ones bacteri an as evaluadas (co l i formes l ác t i c a s ) , ai d i s m i n u i r los recuentos en casi unidades log en ambas elaborac iones . En cuanto a los ti pos de conserv ación, concl uye q ue e l fl otamiento en suero val ores de pH más estab les a l o l argo de los 1 5 días con respecto ai envasado ai vacío, aunque las d i ferencias obten idas no fueron s i g n i ficat i vas . R ES U M O 15 l á c t i cas Si bien no exi sten diferencias significativas entre los recuentos de las poblaciones bacterianas estudiadas de los dos tipos de conservación de l a mozzarel l a, p u d o notarse un aumento de l a flora termófi l a a los 4 d ías (más notorio en los quesos elaborados a partir de l eche pasteurizada) y l uego una paulatina disminución de esta población en los quesos mantenidos en suero; pequenas variaciones fueron observadas en los quesos envasados ai vacío. En referencia a la flora mesófi l a, se observa ron mayores recuentos en los quesos elaborados a partir de l e c h e cruda, aunque s i n ser estad í s t i camente s i g n i fi cativos. E n lo que respecta a l a c i nética de la acidificación, los valores de pH determinados en leche fl uid a oscil aron entre 6,4 - 6,6, s i m i l ares a l o s mencionados p o r otros autores (Bonassi y col. , 1 979; Furtado 1 98 0 ; Hühn y col . , 1 99 1 ; Patino, 2004). En los pasos siguientes de la elaboración de l a mozzarel la, el pH continuó descendiendo hasta o l e i te d e búfala const i t u i u m e x c e l ente al i mento para o consumo humano d i reto e para a manufatura de derivados. O objetivo deste trabalho foi rea l i zar um estudo comparat i v o da vari ação do p H e das contagens de col i formes e bactérias lácticas d urante a el aboração e conservação (com e sem soro) de mozzare l l a u t i l izan do l e i te cru e pasteurizado. Para isto processaram-se amostras das duas leites, coalhada, massa fil ada, mozzarella antes e depois da salmoura e aos 4, 7 e 15 dias de elaboração. Diluições adequadas de cada uma das amos tras foram s e m eadas em m e i o de c u l tura seletivo. Os resultados mostraram maiores conta gens de col iformes totais até a fase de fil ado ao se util izar o leite cru em comparação ao leite pasteu rizado; posteriormente esta popu lação bacteriana d i m i n u i u em ambas el aborações. E m quanto às bactéri as l ácti cas só observaram-se menores con tagens uma vez pasteurizada o leite. Em referência aos tipos de conservação, observou-se uma redu ção gradual do p H e uma estab i l i d ade nos con tagens bacterianos na mozzare l l a conservada em soro. No caso do queijo embalado ao vazio, o pH foi mais baixo e apresentou pequenas variações na contagem m i crob iana. Estes resu ltados permi- Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S e tlDez, nO 346/347, .6.0.: 65-70, 2005 tem con c l ui r que a fase de fil ado apresenta um pote n c i al m i crob i c i d a ao reduzir a carga m i cro biana do queijo comparado ao da pasteurização. A conservação do queij o em soro demonstrou manter as c ontagens b acteri anas ava l i adas e o pH mais estáv e l n o temp o . P a l avras-chave: l eite, b ú fala, mozzarel la, m i crobiologia. ABSTRACT Buffalo ' s milk is an excellent food for direct h u m an c on su mp t i o n and m a n u facture . T h e obj ective of t h i s work w a s a comparative study of the variation of p H and the number of coliforms and l actic b acterium during the elaboration and conservation (vacuum and i n serum) of mozzarel l a uti l i zi n g c r u de and p asteurize m i l k . There were carried sample of m i lk, curdled m i l k p aste filata, mozzarell a before and after of salt and at 4, 7 and 1 5 days of elaboration. Adequate dilutions of each sample were seeding in selective cultivation. The res u l ts showed greater number of total coliforms u n t i l p aste p h as e w i t h crude m i l k respect to p asteurize m i l k ; l ater this b acteriu m p o p u l ation decrease in both methods of elaboration. The l actic bacterium only were observed when the m i lk was pasteurize. Respect to types of conserved a gradual decreased in pH and um stability in the number of bacteriuns in the mozzarella. In the case of cheese at vacuum, the pH was l owest and present smal l variations in the recount of bacteries. Th is results permit conclued that the paste phase had um anti m i crobic potential because reduce the number of b acteries i n cheese, c o m p arab l e w i th the p as t e u r i z at i o n . T h e c o n s e rv a t i o n o f cheese in serum demonstrated maintain b acterium recount evaluated and the pH more stable during the time. Ke y w o r d s : m i l k , b ú fa l o , m o zzare l l a, bacterium r e c o u n t . AGRADE C I M IENTOS AI p r o p i e t a r i o d e i E s t ab l e c i m i e n t o "Los Q u i tes", S r. A l berto P arra, p o r su contrib u c i ó n p a r a real izar e l p resente trabaj o . A l a S ra. Angél ica Yol anda B orch i a por su val iosa c o l aborac i ó n . REFERENCIAS BIBLIOG RAFICAS A D D E O , F. , C OP PO L A , S . 1 9 8 3 . 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"Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.0.: 7 1 -78, 2005 COMPONENTES D O LEITE DE BUBALINOS AO LONGO DA LACTAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO} Milk components of water buffaloes troughout the lactation i n São Paulo state Sérgio A ugusto de A lbuquerque Fernandes2 Wilson Roberto Soares Mattos) Soraia Vanessa Matarazzo./ Caio Vinícius RosetoS Paulo Fernando Machado) TORNADIJO, E, F RE SNO, J . M . , CARB ALLO, J . , M A RTÍ N - S A R M IENTO, R. 1 99 3 . Study of Enterobacteriaceae throughout the manufacturin g and ripenning of hard goat ' s cheese. J. Appl. Bact. 7 5 : 2 4 0 -2 4 6 . Y U , C . , G UNAS E KARAN, S . 2 00 5 . A systems anál isis of pasta fi/ata process during Mozzarella cheese m aking. J . Food Engin. 6 9 : 3 99-4 0 8 . ZAVA, M . A. 2004. E I búfalo domésti co. Capítulo I de " B ú falos en Argen t i n a" . M o g l i a S. R . L . , Corri entes, Argent i n a . ZICAR E LL I , L. 2 0 0 1 . B u ffal o m í l k production world-wide. 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As amostras de leite foram acondicionad as em frasco contendo bromopol para conservação e posterior determi n aç ão dos teores de gordura, proteína, l actose, N uréico e sólidos totais . ° N uréico foi determi nado por meio enzim ático, em equipamento ChenSpec 1 5 0 e o teor de gordura, proteína, l actose e sólidos totais mediante leitura de absorção � e luz i n fraverme l h a ' u t i l izando-se o e q u i p am e n to Bentley 2 0 0 0 . Os componentes do l e I te de b ú falos sofrer am alterações ao l ongo d a l actação com os teores de gordura, proteína e sólidos totais se elevando ao final da l actação, enquanto o teor de N uréico variou ao longo da lactação, porém sem p adronização. ° teor de l actose apresentou comportamento s i m il ar à curva de lactação. ° teor de sólidos totais corre l ac ionou-se pos itivamente com o teor de gordura ( 0 , 8 4 ) e p roteína (0,24) e negativamente com a l actose (-0,4 1 ) . . Termos p a r a i n d e x a ç ã o : gordura, proteín a, n i trogênio uré i co, s ó l i dos tota I s . INTROD UÇÃO A bubalinocultura na Ás i a e Europa destaca se c o m o i m portante a t i v i d a d e e c o n ô m i c a . No B r as i l , tem a p r e s e n t ad o e l e v a d a t a x a d e cresc i mento do e fetivo, observando-se o mesmo c o m p ortam ento no Estado d e S ão P a u l o . E s s e crescimento tem-se dado em função da qual idade de seu l eite, utilizado, principal mente, no fabrico de queijos como a mussarela. ° l e i te é p ro duto d a secre ç ão mamária composto por gordura, proteína, açúcares, minerais e vitaminas, além da água. Possui elevada importância (fluido ou processado) na alimentação humana, sendo considerado produto de alto valor biológico, devido à sua equilibrada composição em nutrientes. 2 3 4 5 A l g u n s c o m p o n e n te s do l e i te c o m o as proteínas e ácidos graxos originam-se, em pequena p arte d o p l as m a s an gü í n e o em c o n d i ç ão pré formada e em maior proporção é s i n tetizada na glândula mamária, a partir de precursores oriundos do plasma sangüíneo. As vitam inas e minerais s ão o b t i d os p r é - fo r m a d o s do p l as m a s a n g ü í n e o , enquanto a l actose é s i ntetizada exclusivamente na glândula mamária. A gordura do leite de ruminantes é formada, na sua maior parte, por triglicerídeos (97-98 %) e os ácidos graxos usados para sua síntese são obtidos p r é - fo r m a d o s da d i eta ou da m o b i l ização das reservas corporais (essa fonte fornece os áci dos graxos de cadeia longa e cerca de 40% do ácido palmítico) e a partir de acetato e �-h idroxibutirato Parte da Tese de Doutorado do primeiro autor realizado na Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ) Pro f. Assistente M. Se. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Pr. Primavera, 4 0 . Itapetinga, BA. CEP: 4 57 00-000. E-mail: [email protected] Prof. Ph. D. Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ). Av. Pádua Dias, l I . CP 9. Depart. de Zootecnia. Piracicaba, SP. CEP: 1 34 1 6-900. E-mail: [email protected] D. Se .. Bolsista DTR, Fapesb. E-mai\: [email protected] Médico Veterinário da Casa da Agricultura de São Paulo. digitalizado por arvoredoleite.org 11' 11, Pág. 72 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/De z , n° 3 46/347, .6.0.: 7 1 -78, 2005 originam-se os ácidos graxos de cadeia curta e média s i n te t i z a d o s n a p r ó p r i a g l â n d u l a m a m á r i a (Palmquist et aI., 1 99 3 ; Chilliard et aI . , 2000). A m aior p arte ( 8 5 % ) da prote í n a total do leite é composta pela caseína (com seus diversos t i p o s : a , p, y e K) e e n co n tra-se em form a de grânulos insolúveis (micelas); o restante se divide e n tre l ac t o - a l b u m i n a, l ac t o - gl o b u l i n a e i m u noglobul inas. Noventa porcento das proteínas d o leite originam-se d e aminoácidos livres d o sangue, e o restante, das p ro te í n as s éri cas ( Gonzaléz, 2 0 0 1 ; Tro n c o , 2 0 0 3 ) . Aproximadamente 9 4 a 9 5 % do n itrogênio total do leite é composto por n i trogênio protéico, re s p o n d e n d o p e l o r e s t a n t e o n i trogên i o n ã o p r o t é i c o (NN P ) . D o N N P, 3 0 a 5 0 % s ã o c o m p ostos p o r uréia, o restante p o r creat i n a, ácido úrico, am inoácidos e amôn i a. O teor de nitrogênio (N ) uréico no leite é i n fluenc iado pela ingestão de proteína bruta da d i eta, pela fração da proteína degradável no rúmen (POR) e da p ro t e í n a não d egrad ável n o rúmen ( PN D R ) , além d a relação destas com a ingestão de energia. A percentagem de N uréico no leite tem s i do usada em bovinos leiteiros, como parâmetro, para se aval iar o sincro nismo de util ização de n i trogênio e carboi dratos no rúmen, sendo a concentração ideal em bovinos, situada entre 1 0 e 16 mg/dL (Rose ler et aI., 1 993 ; J onker et a I . , 1 99 8 ) . A lactose é o principal açúcar d o leite e é um d i s s ac a r í d e o c o m posto por D-gl i co s e e 0 galactose, unidos através de ligações glicos íd icas p 1 ,4 . Basicamente é encontrada no leite (Tronco, 2003 ) . A formação de uma molécula de lactose requer duas moléculas de g l i cose origin adas do plasma sangüíneo e através da gliconeogênese no fígado (em ruminantes a glicose é obtida a partir d o p ro p i o n ato e de a m i n o á c i d o s g l i c o g ê n i cos como a a l an i na, as paragi na, m etion i n a, s er i n a, entre outros) . No processo de s íntese de leite a l ac t o s e atrai água para o i n te r i o r d a s c é l u l as balanceando, assim a pressão osmótica da vesícula s e c re t o r a e da c é l u l a . Em fu n ç ã o d i s s o , é o c o m p onente do l e ite q u e menos varia (Vargas , 1 99 6 ; Hurley, 2004). O teor de gordura e proteína do leite podem variar de acordo a percentagem de proteína bruta na d i eta, a e s p é c i e a n i m a l , raça e e s t á g i o d e lactação e momento da ordenha, enquanto o teor de lactose pouco varia (Gonzaléz, 200 I ; Durr et aI . , 200 1 ; B auman & Gri inari, 2003 ) . Em bubali nos o teor de gordura no leite s e mantém semp re a c i m a d e 5 ,5 % , sendo esta uma característica parti cular da espécie, independente d as c o n d i çõ e s e x p e r i m e n t a i s , p o i s no B ras i l Ton h ati ( 1 9 9 9 ) , Duarte e t a I . (200 I ), M e s q u i t a et a I . (200 I ) e F aria et a I . (2002 ) e n c on traram teores médios d€ gordura no l eite de b ú falos de 6 , 9%, 5,6 a 7 , 8 % , 6 , 1 a 1 0 , 4 % e 5 , 5 a 8 , 3 %, respectivamente, similares aos valores observados pelo NRC ( 1 98 1 ) e Bovera et aI. (200 I ) de 7 , 5 % e 6,6 a 8,4%. Em pesquisas nacionais, o teor de proteína no leite de búfalos varia entre 3 ,8 e 4,5%. Duarte et a I . (200 1 ), encontraram média de prote ína no le ite de 4 ,2%, com o m ai o r valor no i n í c i o da l actação, e n quanto M e s q u ita et a ! . (2002) en contraram média de 3 ,6% no i ní c i o da l actação; 3 ,8% no meio, atingindo 4,0% no final de lactação, para a raça Murrah . B overa et aI . (200 I ) encon traram teor médio de proteína no leite de búfalos da raça Mediterrânea, de 4 ,3 % no i nício, atingind o no final da l actação 4 ,9%. Para b ub a l i nos, p oucas s ão as referên c i as p ara a c o n c e n t ra ç ão d e N u r é i c o no l e i te . Campan i l e e t a I . ( 1 99 8 ) e B overa e t a I . (200 1 ), na Itáli a, em bubal inos submetidos a d i etas com 9 , 0% e 1 2 , 0 % de p ro te í n a b ruta, e n c o n traram valores médios de N uréico no leite, variaFldo entre 1 3 ,7 e 1 7 ,3 mg/dL de N uréico no leite. C o n t u d o , o teor d e g o r d u r a no l e i t e de búfalos, como em bovinos, tende a crescer com o avançar da lactação, ocorrendo a mesma tendência com o teor de proteína. Ao passo que, a lactose é o com p o n e n te q u e m e n o s v a r i a , d e v i d o à s u a osmolalidade (Sutton, 1 989; Vargas, 1 996). Duarte et a I . ( 2 0 0 1 ) , e s t u d a n d o reban h o b u b a l i n o no Estado de S ão P a u l o , detectaram pe rcen tagem média de lactose de 5 ,2%, observando, também, pouca variação ao longo da lactação, s i m i l ar ao en c o n t r a d o por M e s q u i t a et a ! . ( 2 0 0 2 ) , cuj a concentração média no in ício d a lactação fo i de 5 , 4%, at i n g i n d o o p o n to m a i s a l to no m e i o lactação ( 5 , 8 %), voltando a cair no final ( 5 , 5 %). Dessa forma, o obj etivo deste experi mento fo i o de determ i n ar o t e o r dos p r i n c i p a i s compon e n tes do l e i te d o le ite de b u b a l inos ao longo da l actação. MATERIAL E MÉTODOS Este experi mento foi con duzido em c i n co fazendas l o calizadas nos municí p ios de Pilar do Sul e S arapuí, na região de Itapetininga, no Sul do Estado de S ão Paulo. Foi colhida uma amostra mensal de leite de 8 búfalas multíparas da raça M urrah ou mestiças por fazenda, em cinco fazendas na região de Sarapuí e Pilar do Sul (SP) durante o período de lactação de 2002. Esta amostra foi acond i cionada em frasco contendo bromopol para conservação e posterior d eterm i n ação dos teores de gordura, p rote í n a, lactose, N uréico e sólidos totais no leite. O N u r é i c o fo i d eterm i n a d o por m e i o e n z i m át i c o , em e q u i p amento C h e n S p e c 1 5 0 . A gordura, p roteí n a, l actose e s ó l i dos totais foram Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.0.: 7 1 -78, 2005 fe i tas m e d i an t e l e i tu r a d e absorção d e l u z i n fraverm e l h a, u t i l i za n d o - s e o e q u i p am e n t o B entley 2 0 0 0 (Durr et aI . , 2 0 0 1 ). O d e l i n eamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 8 repetições (búfalas) p o r fazen d a ( fator) em e s q u e m a de p arce l a subdividida com medidas repetidas n o tempo. As anál i s e s foram fe i tas u t i l i zando-se o PROC MIXED do SAS (Statistica Analys i s System (SAS I nstitut I n c . , 2 0 0 0 ) . R E S U LTAD O S E D ISCUSSÃO A percentagem m é d i a de gordura n o l e i te fo i de 7 , 5 % , 7 , 2 % , 6 , 8 % , 6 , 6 % e 6 , 6 % , respectivam e nte p ara a s F azendas 1 , 2 , 3 , 4 e 5 (Tabela 2), sendo superiores àqueles encontrados por Faria et aI. (2002) . Já nas Fazendas 1 e 2, os teores médios de gordura foram superiores aos e n c o n tr a d as p o r D u arte et a I . ( 2 0 0 1 ) e p o r Mesquita e t aI . (2002) , enquanto nas Fazendas 3 , 4 e 5 , as m é d i as foram s i m il ares aos resultados encontrados por esses autore s . As F a z e n d as 3 e 5 n ã o a p r e s e n taram d i fere n ça s i g n i fi c at i v a ( P > 0 , 0 5 ) e ntre a p e r c e n t agem de gordura n a p r i m e i ra e ú l t i m a c o l h e i t a (Tab e l a 2 ) . N a s d e m a i s faze n d a s , observou-se d i ferença estatística ( P > 0 , 0 5 ) entre a primeira colheita e a última. É de se esperar que a percentagem de gordura se el eve ao l ongo da lactação, pois, à med ida que a produção diminui ( a v a n çar d a l ac t a ç ã o ) , o c o rre e l ev ação da concentração de alguns compostos, dentre eles a gordura. A dieta também pode provocar mudanças no teor de gord ura d o l e i te ( S utton, 1 9 8 9 ) , no entanto, n ão parece ser esta a expl icação, pois a d i eta n ã o m u d o u s u b s t an c i al m e n t e ( r e l a ç ão v o l u m os o : c o n c e n t r a d o ) ao l o n g o do p e r í o d o experi mental . Outro fator q u e pode ter elevado o teor de gordura no leite no final da lactação, é que os an imais encontravam-se em balanço energético positivo (final de lactação), dessa forma, liberando energia para a s íntese de gordura. A percentagem de proteína no leite também apresentou v a r i a ç ão ao l on go da l actação . N o in ício das colheitas (abri l ) o teor de p roteína n o l eite fo i superior ( P > 0 , 0 5 ) aos val ores obti dos nos meses entre maio e agosto, contudo foi similar à colheita do mês de setembro e menor (P> 0,05) que as colheitas dos meses de outubro e novembro (Tabela 2 ) . Os teores médios de proteí n a encon trados neste trabalho são simi lares aos publicados por Duarte et aI . (200 I ) e por Faria et aI. (2002) que foram de 4,2% e 4 , 5 %, respectivamente, e l ev e m e n t e s u p eri o r e s a o s e n c o n t r a d o s p o r Mesquita e t aI . (2002 ) , cujo valor foi de 4,0%. A diminuição no teor de proteína no leite, no meio da l actação, provavelmente está relacionado com Pág. 73 a produção leiteira, pois à medida que a produç �o a u m e n to u o teor d e p r o t e í n a d i m i n u i u s i gn I fi c a t i v a m e nte, p r o v av e l m e n t e , p e l o e fe i t o d � diluição de seus componentes. Esse resultado fOI s i m il ar aos obtidos por Mesquita et aI. (2002). C o n statou-se q u e n o i n í c i o d a l actação, houve queda acentuada no teor de proteína bruta do leite até o terço médio da l actação e elevou-se em segu i d a . Estes res u l ta d o s apresen taram comportamento d istinto dos publicados por Bovera . et aI . (200 I ), que obti veram resp ostas l me ares , com a média inicial menor q u e a média final. Pode-se i n ferir q u e o c o m p o rt a m e n to d o t e o r d e prote í n a d o l e i te produzido p arece s e r u m a característica da espécie, j á que, mesmo sob c o n d i ções d i s t i n t a s d e m an ej o n u t r i c i on a l , o s . res u ltados obtidos p ara a proteí n a bruta do leIte das cinco fazen das aval iadas foram semelhantes . O teor de N uréico no leite tem sido utilizado como ferramenta de d i agnóstico de efi ciência no m anej o nutr i c i o n a l . O excesso de N uréi c o ex cretado n a urina e nas fezes de rum i n antes pode provocar danos ao meio ambiente por ser fonte de poluição atmosférica e h ídrica; aos animais, pelos efeitos tóxicos aos tecidos reprodutivos, além das p e r d a s e c on ô m i c as e n vo l v i d as c o m o u s o de nutrientes não util izados e da energia gasta para sua excreção (Jonker et aI . , 1 998), o que torna seu controle de especial interesse. A percentagem de N uréico no leite variou ao l ongo da l actação (Tab ela 2), provavel mente devido à osci lação da qualidade da dieta nas fazendas. Em três das cinco fazendas estudadas a oscilação foi m a i s am p l a, com m é d i as fora do i ntervalo recomendado ( 10 a 16 mg/dL) como i deal por Jonker et a!. ( 1 998), para bovinos. Nas Fazendas 2 e 5 , apesar de ter s i do observ ada d i ferença ( P> 0,05) entre as médias, estas permaneceram dentro da fa i x a i d e a l , com exce ção das c o l h e itas de setem b ro (Faze n d a 2 ) e sete m b ro e n ov e m b ro (Fazenda 5 ) . As razões para estes resultados estão re l a c i o n ad o s , provav e l m e n te, ao m anej o nutricional adotado n o período. N a Fazenda 5 a dieta fornecida estava de acordo com a produção leiteira, em que buscava-se o máximo de eficiência nutricional, enquanto nas demais fazendas, as dietas forneci das provavelmente eram desbalanceadas, n ã o aten d e n d o as e x i g ên c i as nutri c i on a i s . Na Faze n d a 2 , como j á d i s cutido anteriormente, as m é d i as estão den tro da m argem p ro p o s ta p o r Jonker e t a I . ( 1 99 8 ) para bovinos de leite, porém, foi o bservada maior variação, com acréscimos e decréscimos bruscos ao longo da lactação podendo se inferir certa instabilidade na dieta. O b s erv o u - s e , t a m b é m , que, em todas as fazendas, nos primeiros meses da lactação (abril a j un h o) o teor de N uréico no leite esteve dentro da fai x a proposta como i deal para b o v i n o s de digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 74 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, 6.0.: 7 1 -78, 2005 l e i te ( Ta b e l a 2 ) , no e n t a n t o , a p art i r d e s s e momento (abril a junho), s e u excesso começou a ser detectado. Possivelmente, quando os animais estiveram com produções de leite m ai s elevadas ( i n í c i o de l actação), m e s m o c o m d i eta d e s b a l an ceada, p o d e ter h a v i d o m a i o r e fi c i ê n c i a d o u s o d o N n o r ú m e n . A p ó s o i n í c i o d a c u rv a d e s c e n d ente d a p r o d u ç ão d e l e ite, a o ferta d e c o n centrado c o n t i n u o u a mesma, fazen d o com que, provavelmente, houvesse excesso de amônia rum inal, provocando maior absorção desta am ô n i a, q ue p o r s u a v e z , e l evou o t e o r d e N uréico no l eite. De acordo com Nous iainen et aI. (2004) a percentagem de N uré i co no leite está mais associada à proteína bruta (PB) da d ieta, do que com a re l a ç ão e n e r g i a / P B . É i m p ortante l em brar que o res íduo de cervej aria possui cerca de 3 0% de P B n a MS (Costa et aI . , 1 99 4 ) . No p re s e n t e trab a l h o o res í d u o de cervej ar i a fo i util izado nas dietas dos an imais aval iados, como ú n i co concentrado, exceto a Fazenda 5 . N a Fazenda 4 constatou-se que a partir de junho os teores de N uré i co no leite tenderam a decrescer, chegando a 5 , 6 mg/dL em setembro e voltando a se elevar em outubro e novembro. Tal fato p o d e estar associ ado à i nterr u p ç ão no fornecimento do res íduo de cervej aria a p artir do mês de maio, sendo os animais mantidos apenas nas pastagens e s i l agens de milho e outras gramíneas . A i n d a n e s s e período, veri fi cou-se b a i x a disponi b i l i dade de forragens em função de baixas temperaturas, l u m i n o s i dade e u m i d ade e consequente m e n te , d i m i n u i ção da q u al idad � nutricional, levando os animais a dim inuir seu escore corporal. Segundo Van Soest (1 994) a baixa ingestão de nitrogênio provoca melhoria na eficiência de sua reciclagem, com isso, a excreção de N uréico diminui, além de que após a quinta semana de lactação, em dietas balanceadas, não é observada mobilização de reservas protéica (fonte de reciclagem de nitrogênio no organ ismo), diminuindo, assim, uma das fontes de N uré i c o ru m i na l ( K o m aragiri et aI . , 1 99 8 ; Dijkstra e t aI . , 1 998). A percentagem média de N uréico no leite de b ú falas deste estudo foi s i m i l ar aos v a l ores publ icados por Campan i l e et aI . ( 1 99 8 ) e Bovera et a i . ( 2 0 0 1 ) . E s tes autores d e s e n v o l v eram estudos , na Itál i a, aval iando a intluência do teor de proteína bruta da dieta (9 e 1 2%) sobre o teor de N uréico no leite, encontraram médias variando en tre 1 3 ,2 e 1 7 , 3 mg/dL, d i s t i ntas dos v a l ores m é d i o s o b H d o s n o presente trab a l h o . Contudo, há de se observar a grande variação mensal nos teores de N uré ico determinados nesse estudo o que demonstra a instab i l i d ade da d i eta ofert ;da aos an imais . Em rel ação ao teor de sólidos totais (Tabela 3 ), com exceção da Fazenda 5, todas as fazendas apresentaram d i ferença (P>0, 0 5 ) entre as médias da p ri m e i ra e ú l t i m a c o l h e i ta, s e n do a ú l t i m a sempre m aior (Tabela 3 ). Apesar de n ão ter s i do real izada comparação entre fazen das ( d i ferentes con d i çõ e s experi mentais ) , o s teores de s ó l i dos totais o b s e rv a d o s n a Faze n d a 5 foram s e m p re menores que as demais fazendas, p orém, nos meses de j u n h o , j u l h o e agosto foram o b se rv ados os m e n or e s t e o r e s de s ó l i do s t o t a i s no l e i te provavelmente pela maior p rodução de l eite da� b ú fa l as (Tab e l a I ), sendo, p o rtanto um refl exo as s o c i ad o ao e fe i to d e c o n c entração, ou s ej a, rel ação do teor de água com os sólidos do l eite. O teor de s ó l i dos totais obtido foi s im i l ar aos res u ltados obtidos por d iversos autores em bubalinos, em trabalhos realizados no Bras i l e no exterior (NRC, 1 9 8 1 ; Ton h at i , 1 99 9 ; Duarte et aI . , 2 00 1 ; M e s q u i ta et aI . , 2 00 1 ; B overa et aI. 200 1 ; Fari a et aI . , 2002 ) . O t e o r d e l ac t o s e n o l e i te (Tab e l a 3 ) apresentou e l evação à m e d i d a q u e a produção aumentou em todas as fazendas, o que é esperado, devido à sua relação com a regulação da pressão osmótica na glându l a mamária. A lactose responde por, aproximadamente, 5 0% da pressão osmó tica do leite, o restante é exercido pelo citrato, íons, proteínas, etc. (Hurley, 2003). A percentagem m é d i a e n c ontrada fo i s i m i l ar aos res u l tados publicados por Duarte et aI. (200 1 ) e Mesquità et aI. (2002) com picos de lactose na metade da lactação. O teor de s ó l idos totais corre l ac i onou-se positivamente com o a gordura (0,84) e preoteína ( 0 , 2 4 ) e negativamente com a l actose (-0 , 3 0 ) , q u e por s u a vez, corre l ac i onou-se negativamente com a gordura ( -0,4 1 ) e proteína (-0, 5 5 ) . C O N C L U S Õ ES Os c o m p o n e n te s do l e i t e de b ú fa l as sofreram alterações ao l ongo da l actação com os teores de gordura e de proteína do leite se elevando ao final da l actação, enquanto o teor de N uréico v a r i o u ao l o n g o da l ac t a ç ão , p o rém s e m padron ização. O teor de l actose apresentou p ico no período intermediário da lactação e, à medi da que se e l evou, os teores de gordura, proteína e s ó l i dos totais d i m i n u í ram. A B STRACT The obj ective o f this study was to observe changes in buffal oes milk components throughout lactation. M i l k samples were collected from eight water buffaloes, from five farms, between Apri l and November in 2002, in S arapu í and Pi l ar do S u l at S ão P a u l o S tate . From three farms the production system was p asture and the othe ; two was feedlot. Milk samples were kept in the tubes Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, nO 346/347, 6.0.: 7 1 -78, 2005 w i t h b ro m o p o l fo r c o n se r v at i o n a n d fur t h e r quantifi c ation of fat, prote i n , urea n i trogen a n d total s o l i d s . U r e a n i trogen was d eterm i ned by enzymatic process with Chen Spec 1 50 equip ment and protein, fat, l actose and total solids by infra red absorpti o n at B en t l ey 2 0 0 0 equipment. The b u ffal o e s m i l k components s h owed a l terat i o n s t h r o u g h o u t t h e l ac t a t i o n , a n d fat, p rotei n and total s o l i ds lev e i s i nc re as e d w i t h the l actati o n p r o gre s s , w h i l e u r e a n it r o g e n l e v e i s s h o w e d variation through t h e l actation, without fol l ow i ng a p attern . L a c t o s e i n m i l k s ho w e d s i m i l ar b e h av i ou r w i th t h e l ac t at i o n c u rv e . T h e total s o l i d s h ad a p o s i tive corre lation with fat ( 0 , 8 4 ) a n d p ro t e i n ( 0 , 2 4 ) , a n d n e g a t i v e ( - 0 , 4 1 ) w i t h l actose l ev e i s . I n d e x term s : fat, protein, u r e a n itrogen, total sol i ds R E F E RÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAUMAN D . E . ; G R I INARI, J . M. Nutritional regul ation of m i l k fat synthesis. Annual Review Nutriti o n , 2 3 , p . 2 0 3 -2 2 7 , 2 0 0 3 . BOVERA, F. ; CUTRIGNELLI, M . 1 . ; CALABRÓ, S . ; MARCHIELLO, M . ; PICCOLO, V. Intluence of d iet characteristics and productions leveis on b l ood and m i l k urea concentrat i o n s i n b u ffal o . I n : W O R L D B U F FA L O C O N G R E S S , 6 , Venezuela, 200 1 . Proceedings . Maracaibo: Zu l i a U n i versity Tec h P a r k , 200 1 , p . 5 06 - 5 1 1 . CAMPAN I L E , 0. ; DE F IL L I P O , C . ; DI PA LO, R.; TACCONE , W. ; ZICARELLI, L.. Livestoc k Prod uction S c i e n c e, v. 5 5 , p. 1 3 5 - 1 43 , 1 9 9 8 . CHI LLIARD Y ; FERLAY, A . ; MANSBRI DGE, R . 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C o m o d e v e s e r p r o d uzi d o e tran s formado o leite p ara consumo human o . I n : C ONCEITOS M O D E RN O S DA EXPLORAÇÃO L E I TE I R A . C O N G R E S S O B RA S I L E I R O D E GADO D E LEITE, 2 . FEALQ: P i racicaba, 1 996, p . 1 69-2 4 4 . S U TTON, 1 . D . A l te r i n g m i l k c o m p o s i t i o n b y feed i n d . J o u r n a l or D a i r y Science, v . 7 2 , n . l 0, p . 2 8 0 1 -2 8 1 4 , 1 9 8 9 . TONHATI, H. Resultados do contro l e leite iro em Ta bela 1 - Características das fazendas estudadas Item Exploração Faz. 1 Confinada Faz. 2 Faz. 3 Faz. 4 Confinada Pasto Pasto Faz. 5 E Pasto ' Q) ..t:: Õ Ü Dieta (kg)1 Volumosa SM - 35 S M ; CE; CA Concentrada RC - 20 RC - 3 0,0 25 BD; CA2 - 30 B D ; S M - 30 BR; SG4 RC - 30 RC3 - 25,0 FórmulaS Lactação Iníci06 (dias) 30 54 56 91 31 Duração (dias) 240 235 232 235 275 Produção7 (kg) 1 . 93 0 2 .402 l.5 1 3 1 . 423 2.955 Tipo o .� S Ordenha Número 't:! 't:! � 't:! N �� �� � �� :j:f ...... ....... 0 0\ ....... -.,r" ..,f -.,r� rr,� ..,f 2 2 Manual Mecâni ca 2 Manual Manual 't:! 't:! 't:! � � � � � � �� ....... ....... o co ....... ..,f ..,f ..,f rr� -.,r� CI:! S 11) til S CI:! C M ecânica CI:! til .� - consumo estimado; 2 - suplementação no período seco; 3 - ofertado em abri l , outubro e novembro; 4 - suplementação no período seco (si l agem de B R ) ; 5 - 2 kg de caroço de algodão, 2 kg de polpa c ítrica, 1 0 kg de resíduo de cervej aria e 5 0 g de uréia; 6 - período de l actação médio em que se encontravam as búfalas ; 7 - produção média de leite n a l actação. SM - s i l agem de m i l ho ; RC - res íduo de cervej aria; C E - capim-elefante; CA - cana-de-açúcar; B D -Brachiaria Brachiaria ruziziensis decumbens; BR o ICI:! .... "O Cl:! Q.. o l:: 11) .- o "O ICI:! � � :::l S .... - U o tIl t.:;. ':::l c c .- 's .t; til S 11) til I I 11) - .....l 1Zl digitalizado por arvoredoleite.org Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/D ez, n ° 346/347, .6.0. : 7 1 -78, 2005 Pág. 7 8 Tabela 3 - Teor de sól i dos totais e lactose no leite de búfalos ao longo da l actação '0 ;:;E N '"00 I ,.Q .a ;::3 o VI " o +1 M " 00 '" :; 0 rn ...... :; '"00 " � t-.. "<t o � "<t +1 ["--' ["-- .o "<t "<t u � ["--o oô ....... .... ... I "O .o N "<t ::S '" "<t " o +1 �... .... . :; oô 00 .o "<t "<t "O o ...c: r::: � . :; o oô .o N "<t o � M . c; S "<t " o +1 ' 00 '" :; o +1 0'1' ["-- r-: .... ... ....... � u "<t .o "<t ....... .o :; �" 0'1 � .o "<t " o +1 N r-: ....... .o :; \O "<t o v:i ....... rn +B .9 o rn :"S! :õ Cf) - v1 N � '"...... .o N "<t " o +1 VI v:i - .o N "<t � o r-: .o N "<t o +1 o r:-:' .o "<t "<t o +1 N r-: .o "<t "<t " � o <ri' ?, ["-- " � 00 .o "<t "<t " o +1 ["-- ....... "<t � \O -" M "<t '"00 00 o " o +1 "<t �� 00 o o <ri' "iil 00 o " o +1 N Co Co Co o +1 0'1 o o o � +1 o M <ri' '"00 o � <ri' '"00 Co v1 �' <ri' v1 """ o �" o o o +1 00 -.:t' N <ri o " o +1 \O "iil 00 o .o +1 N VI" .o � o +1 o v1 M � Co o o +1 "<t " VI '" o o +1 M " VI .o 00 o o +1 00 " "<t "<t o o v � (1) -= � .o '" o � -o '" ::: o +1 o v1 .o o ."f � o :±:! .o 00 o " o +1 o <ri' RESUMO +1 0'1 -.:t" o ro -1 Co <ri' o ?A o t) ....... o o ."f "<t VI" :±:! lI) 'O +1 0'1 "ª00 '"00 \O" "O VI" o VI" � N o � :±:! "iil 00 o o :±:! o o o .o N "<t 0'1 " "<t 00 o " o +1 00 u '"00 +1 N VI" .... ... ."f .,,; .o M � �" 00 VI u " VI .o N "<t .o o � o +1 VI " "<t .,,; 'O o ."f �" ...... � VI <ri -o -(1) . E E .o '" o ro o -= � � :±:! <ri O objetivo desse experimento foi verificar as alterações na fração l ip ídica do leite de búfalas ao longo da lactação, em função do s istema de produção. Foram coletadas amostras mensais de leite de oito búfalas/fazenda, em cinco fazendas, de abril a novembro de 2002, nos m u n i c í p i os de S arap u í e P i l ar do Sul em S ã o P au l o . E m três fazend as o s istema de produção era a pasto e nas demais era confinado. As amostras foram resfriadas e em seguida congeladas para posterior extração e metil ação da gordura p ara d etermi n ação dos ácidos graxos através d e crom 3;tografi a gasosa. O d e l i n e am en t o e x p e r i mental u t i l izado fo i o i nteiramente casual izado com 8 repetições (búfalas) p o r fazenda (fator) em esquema de p arcela subdiv i d i da com medidas repeti d as no tempo. O teor de CLA n a gordura do leite variou entre os indiv íduos, com as maiores variações sendo observadas nos animais a pasto. Também foram observadas vari ações, no teor de CLA na gordura do leite, ao longo do ano, com o s m aiores téores sendo observados nos meses de maior prec ipitação pluviométri ca (outubro e novembro) nas fazendas cujos sistemas de produção eram a pasto. Nos animais a l i m entados com s i l agem de m i lho (Fazenda I ) n ão fo i observada d i feren ç a, exceto em ab r i l . A ativ idade da enzima il9-dessaturase foi s i m i l ar ao observado em bovinos, sendo observada maior atividade, nos animais cuja dieta teve maior participação de pastagens . Os an i m ai s em p astej o apresentaram m a io res teores de CLA no gordura do l e it e . Por outro l ado, a associação de pasto com o res íduo de cervej aria elevou esta concentração. A elevação do pasto na d ieta produziu maior atividade de enzima il9-dessaturase na glândula mamária. P alavras-chave : áci dos graxos, il9-dessaturase, leite, l i p í deos o.. � '"00 r::i o ...c: INTRODUÇÃO ro O l e i te d e b o v í deos p o s s u i gran d e importância econôm i c a e social, n o mundo todo em fun ção de seu valor nutricional e, atualmente, d e v i d o às s u as caracte r í s t i c as c o m o a l im e n to nutracê u t i c o , d e s ta c a n do-se o e fe i to anti c ar - �" N . :: 00 o ro r::: <ri � (1) E "O '" ro o +1 \O ."f VI 1 Sérgio A ugusto de A lb uquerque Fernandes" Wilson Roberto Soares Mattos3 Soraia Vanessa Matarazzo� Marco A ntônio Sundfe ld Gamas Dante Pazzaneze Lanna3 Luiz R oberto Trevisan6 Caio Rosseto7 ........ .... "O "iil 00 o " o +1 N Co o M Levei o f conjugated linoleic acid in water buffalo milk fat +1 0'1 ..t <ri' .o "<t VI '"00 0'1 o Pág. 79 TEOR DE ÁCIDO LINOLÉICO CONJUGADO NA GORDURA DO LEITE DE BÚFALAS1 o .,,; .,,; " VI N VI "O � � ."f o " o +1 0'1 " "<t � "<t � ."f .o 00 o " o +1 o VI" \O M o +1 C'! � � ..t 00 � �" �� 00 o' ' � � � 00 ' i: ,.Q ro > VI "<t N o <ri VI " oô 00" ["--o � .... .. ....... ...... N o .� "iil00 \O N "O rn '0 t-.. t-.. "iil :; � .9 '0 ...c: Cl � Õ � ! :> - ro 1-\O VI .... .. :±:! "O S 2 rn �" 00 .... ... o "iil '" "iil["-- .o "iil :;" "<t � � :; o " " :±:! �" oô ["--0'1�o 00� \O\O�" 00 ....... � ....... e � " � � \O �� VI � \O � "<t � N ,.Q t.t.. " � " �" � o �� \O " 0'1 .... . .. � � ...... I I � M ....... 00 " o +1 M " 0'1 ! e u ["--o " I S 0 :> o = � o 0'1 ... N .... " " � � N o N " � 00 00 .... ... I o � ,.Q o N N I Cd :.a Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.0.: 79-86, 2005 :� o lro � -o ro 0.. -o '" ro ;::3 u '" -;::3 r::: g 'Ê'" 1 � (1) (1) - -1 2 4 5 6 cinogênico exercido p o r u m d o s isômeros do ácido l inoléi co, o ácido l i noléico conj ugado (C LA, do i n g l ê s conjugated l in o /e ic a c id, C I 8 : 2 c t l ) ' 9 en c o n trado em s u a gordura. C o m i s s o , tem-se b u s c ad o , através d e experimentos. com nutri ção ani m a l , estratégias que elevem sua concentração no leite, visto a possibilidade de alteração no teor Parte da Tese de Doutorado do primeiro autor realizado na Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ) Prof. Adjunto D. Sc. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Pr. Primavera, 4 0 . Itapetinga, BA. CEP: 4 5 700-000. E-mail: fernandes@uesb . br Prof. Ph. D. Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ). Av. Pádua Dias, 1 1 . CP 9. Depart. de Zootecnia. Piracicaba, SP. CEP: 1 34 1 6-900. E-mail: [email protected] D. Sc. Pesquisadora do Instituto de Zootecnia,Nova Odessa. E-mail: [email protected] Prof. D. Sc. da UNIFEOB (São João da Boa Vista, SP). E-mai\. [email protected] Médico Veterinário da Casa da Agricultura do Estado de São Paulo. digitalizado por arvoredoleite.org I ." Pág. 8 0 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n O 346/347, 6.0. : 79-86, 2005 de gordura do leite, ass i m como sua composi ç ão, através da manipulação da dieta (Sutton, 1 989). A produção de CLA encontrado no leite e tecido de bovídeos, ocorre em duas etapas: i ) a b ioh i drogenação rum inal dos ácidos l i no l é i co e l inolênico; e, i i) endogen amente a parti r do ácido vacên i c o ( C 1 8 : l t l l ) , i nterm e d i á r i o na b i o h i dr o genação rum inal d o s áci dos graxos polinsaturados l i n o l é i co e l i n o l ê n i c o . A produção endógena de C LA , o c o rre, p re do m i n antemente, n a g l ân d u l a mamária, onde a atividade d a enzima D9-dessaturase é m a i o r em rel ação a o u tros tec i d o s como os adipócitos e o fígado (Bauman et a! ., 1 999), enquanto a produção ruminal se dá através i somerização do áci d o l in o lé i co (C I 8: 2C tcl ) em seu i s ô m ero CLA 9 (C I8:2c t 1 1 ) ' em que parte pode ser reduzida a C 1 8:t l l e 9 parte pode ser absorv ida no intesti no d iretamente corno CLA (biohidrogenação incompleta). Assim, a origem do pool de CLA presente no leite é dividida entre as fontes endógenas (il9-dessaturase) e ruminal (Kay et a! . , 2004). Vários fatores d i etéticos podem afetar a concentração de CLA no le ite. De acordo com Dhiman et a! . ( 1 999) vacas que permaneceram em pastejo apresentaram concentrações de CLA de até 22,7 mg/g de gordura, podendo apresentar aumento de até 5 00% no teor de CLA na gordura do lei te, quando comparados aos an i mais al imentados com 5 0% de forragem conservada e 5 0% de grãos. Estes autores sugeriram que a atividade da il9-dessaturase torna-se mais importante em animais a pasto, j á que as pastagens possuem teores mais elevados de ácido l inolênico (C I S )' A conservação das gramí neas (ens i l agem e fen ação) também afeta a produção de CLA. As alterações provocadas pela ensi lagem determinam diminuição, principalmente, dos carboidratos, além da proteól ise que pode reduzir o teor de proteína em até 5 0% ( McDonald et a! . , 1 99 5 ) . A fen ação provoca ox i d ação lenta e pol i merização de óleos pol i n s aturados , formando res i n as i n d igestíveis, determinando, assim, d iminuição nos áci dos graxos (Van S oest, 1 994; Elgersma et a\ . , 2003) . Outro fator relacionado c o m a d i eta é seu conteúdo em l i pídeos. De forma geral , a inclus ão de ó l eos r i c o s em á c i dos graxos pol i n s aturados d i s p on i b i l i za m a i s s u b s trato p ara a b i o h i drogenação ruminal, elevando o s teores d e CLA n o l e i t e ( S an t o s et a \ . , 2 0 0 I ; G r i i n a r i et a\ . , 1 9 9 8 ) , a s s i m c o m o , a a s s o c i a ç ã o fo r r a g e m / c o n c e n t r a d o q ue i r á i n te r fe r i r n o a m b i e n t e ru m i n al , d e s s a forma, d i etas em que o teor de fibra é baixo, o p H rum inal tende a cair, afetando negativamente d et e r m i n ad as p o p u l aç õ e s m i cro b i an a s , p r i n c i p a l m e n te , as c e l u l o l í t i c a s , rel acionadas c o m a biohidrogenação ruminal dos ác i d o s graxos p o l i n s aturados (Van S o est, 1 994 ; Gri inari et a\ . , 1 9 9 8 ) . A bubal inocultura tem s ido pouco explorada no Bras i l e o teor de CLA na gordura do leite de b ú fa l as n ão se encontra estabelec i do em amp l a base científica. Ainda, a s pesquisas sobre CLA têm s i do desenvolvidas, quase que exclusivamente, com b o v i n o s em regi ões de c l i m a temperado, daí a neces s i d ad e da geração de d ados científi cos no sentido de se determ inar as i nfluênc ias exercidas p e l o a m b i ente tro p i c a l . Assim, Aneja & Murth i ( 1 990), estudando, na Í n d i a, o e fe i to d o p ro c e s s a m en t o do l e i te b u b al i n o e b o v i n o en contraram teor m é d i o de 0 , 5 % d e C L A n a gordura d o leite de b ú fa l as , enquanto a média para bovinos foi 0,6%. Na Itál ia, Fedele et a! . (200 1 ), estudando a i n fluência do s i stema de produção orgânico (leite a pasto) e do s is tema tradi cional (con centrado na d i eta) sobre o teor de C L A na gordura de l ei te de b ú fa l as, encontraram valores m é d i os de 0 ,3 9 % e 0 , 6 3 % p ara o s i st e m a t ra d i c i on a l e orgân i co , respec tivamente. Recentemente, O l i v e i ra et a ! . (2004), no Bras i l , encontraram teores de CLA na gordura do leite de búfalas variando entre 0,5 1 % e 1 ,08%, em fun ção da d i ferença na fonte l ipíd ica Ass i m , o obj etivo deste experimento foi o de determ i n ar os teores dos á c i dos graxos, em especi al a con centração de CLA na gordura do leite de búfalas em reg i ão tropical. MATERIAL E M ÉTODOS O e x p e r i m en t o fo i c o n d u z i d o em c i nco fazendas local izadas nos municíp ios de P i l ar do Sul e S arapu í, na reg i ão de Itapetin inga, 1 1 0 Sul do Estado de S ão Paulo, em que a temperatura média 110 mês mais fri o Uulho) do ano de 2002 fo i 1 6 , 3 ° C e a temperatura m é d i a do mês mais q uente 2 5 , 3 °C (IAC, 2004). Foram u t i l i zadas 8 b ú fal as m u l t í p aras d a r a ç a M u rrah ( B u b a lus b u b a l is L . ) ou m e s t i ç a s , com p re d o m i n ân c i a genética da raça Murrah, por fazenda. N a Tabela 1 e s t ã o a p re s e n t a d as as c a r a c t e r í s t i c as d o s rebanhos aval iados. Em todas a s fazendas, a d ieta e a s u p l e m e n t a ç ã o m i n e r a l e r a o fe r t a d a e m grupo, o q u e i m poss i b i l i tou a q u anti fi cação da ingestão i n d i v i dual de matéri a seca. Coletou-se uma amostra de le ite ( 5 0 mL), nos meses de abri l a novembro de 2002, que após a c o l h e i ta, fo i resfr i a d a em c a i x a térm i c a com gelo ou em geladei ra, até ser congelada em freezer, em intervalo máximo de uma hora, e em segu i da estocada a menos 20°C. A extração da gordura do l eite para fins de anál i s e d o perfi l de á c i dos graxos, fo i real izada segun do H a ra & Radim ( 1 97 8 ) , por outro lado, para a met i l ação dos áci dos graxos, segui u-se a metodologia descrita por Christie ( 1 982), adaptada por Chouinard et a\ . ( 1 999). Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, 6.0.: 79-86, 2005 A quantificação dos áci dos graxos do leite e d o s a l i m en t o s fo i re a l i za d a atravé s d e cromatografia gasosa em equip amento Trace G C 3 , c o m detector de c h a m a ( F I O ) , coluna cap i l ar S UP E L C O 2-40 5 6 S PTM - 2 5 60 , com 1 00 m x 0 , 2 5 mm de d i âm etro, e espessura do fil m e 0,2 m m , e como g á s d e arraste u t i l i zo u - s e o h i drogê n i o , c o m fluxo d e 4 0 mL/m inuto . A p ó s a o b te n ç ão do p er fi l d e á c i d o s graxos p o r crom atografi a gasos a, q u e e x p r e s s a o t e o r d e ác i d o s graxos , em p e rcentagem, u t i l i z o u - s e o p adrão C R M - 1 64 (Com mi s s ion of the European Commun ities, Community B ureau of Reference, Brussels, Belgium), que estabelece os v alores de correção p ara 1 1 ácidos graxos encontrados . O del i neamento experi mental util i zado foi o i n t e i ra m e n t e c a s u a l i za d o c o m 8 r e p e ti çõ e s ( b ú fa l a s ) p o r fazen d a ( fato r ) e m e s q u e m a d e p a, rc e l a s ub d i v i d i d a c o m m e d idas repe t i d as no tempo, segu indo o modelo : YÍjk = 11 + F; + eij' + CK + (CF)/d + êÍjk i 1 , 2, . . . 5 ; j 1 , 2,..., 8 e k abri l , m ai o , . . . novembro onde : Yi k é a resposta d a j -ésima búfala; � = média geral ; F i efe i to d a i -és i m a fazenda; E i j e rro aleatório associado à parcela (ij ) ; C k efeito da k ésima colheita; (CF)ik efeito da i nteração da i é s i m a fazen d a e a k-é s i m a c o l h e i t a ; Eijk erro aleatório associado a subparcela (ij k) . As análises foram feitas util izando-se o PROC M IXED do SAS (Statistic Analys is System, SAS Institut Inc., 2004). = = = = = = = = = R E S U LTAD OS E D I S C U SSÃO O teor de CLA no leite apresentou grande vari ação entre an imais sob as mesmas cond ições de m anej o e a l i m e n tação ( F i guras I e 2). E s s a variação está relacionada c o m a absorção, no trato gastrintestinal, do ácido vacênico (C I 8:ltl l ) produzido no rúmen, com diferenças no acúmulo de CLA no rúmen e com a atividade da enzima D9-dessaturase na glâ� dula mamária (Bauman, 2003 ; Fievez et aI. 2003 ). Os dois primeiros fatores estão associ ados ao ambiente rum inal e à d igesta, que podem afetar a m i c ro b i ota rum i n al , e, c o n s e q O entemente, a b i o h i d ro gen a ção . N es s e s e n t i d o , fatores c o m o fre q o ê n c i a d e rum i n aç ã o e s al i v aç ão p o d e m i nterfe r i r n o a m b i ente rum i n a l , favorece n d o determinadas populações bacterianas. A atividade da enzima D9-dessaturase torna-se importante pelo fato de ser a glândula mamária o local onde esta e n z i m a p o s s u i m a i o r at i v i d a d e , o que a t o rn a responsável pela maior parte do CLA presente no leite em dietas em que o teor de ácido l inolênico é mais elevado ( B auman et a \ . , 1 999). Também, os fatores genéticos podem expl i car as diferenças na P ág. 8 1 ati v i d ade da D9-dess aturas� entre ani m a i s sob as mesmas condições de ambiente e de d ieta. P ara as fazen d as em que os ani m a i s e ram confin ados (Figura I ) observou-se que na Fazenda 1 , a v ar iação i n d i v idual n a p rodu,ção de CLA na gordura do leite foi entre 0 , 5 2 e 1 , 74%, por sua vez, na F azenda 2, a v a r i ação fo i entre 0 , 3 1 e 3 ,42%. Na Fazenda I , o volumoso util i zado � ra, exclusivamente, de s i l agem de milho sem espiga, enquanto na Fazenda 2, a d i eta era composta por s i l agem de milho, além de gramíneas frescas, como capi m-elefante fornecidas no cocho, constatando se que nessa fazen d a a v ar iação no teor d � CL� foi bem mais ampla. Dessa forma, pode-se mfenr que o efeito de gramíneas frescas na d i eta p rovoca maior variação na produção individual de CLA na g o r d u r a do l e i te d e b ú fa l a s , c o m o t a m b é m o b servado por K e l ly et a\. ( 1 9 9 8 ) , em bovinos. I ss o e m fun ç ão d a freq Oê n c i a d e a l i m en t a ç ão, tamanho de refe i ção, tempo em rum i n ação, que d i ferem entre os an i m a i s O c o m p o rtamento i n d i v i du a l d o teor de CLA n a gordura d o l eite de búfal as em p as tejo pode ser visual i zado na F igura 2. Na Fazenda 3 a vari ação no teor esteve entre 0 , 9 1 e 3 , 3 1 %; na F az e n d a 4 v a r i o u e n tre 0,44 e 2 , 74 % ; e n a Fazenda 5 os valores ficaram entre 0,53 e 2,43%. Tais resultados corroboram a afirmativa proposta por Kelly et a\. ( 1 99 8 ) de que d i etas compostas por gram íneas frescas p rovocam maior vari ação no teor de CLA observado no leite . Na Tabela 2 observam-se os valores médios de CLA na gordura do l e ite ao longo do ano , de acordo com as fazendas aval i adas . Os val ores m é d i o s foram 1 , 1 2 %, 1 , 0 7 % , 1 , 8 0%, 1 , 0 6 % e 1 , 1 9%, respectivamente, p ara as Fazendas I , 2, 3, 4 e 5 . Verifi cou-se efe i to d e colheita a o longo do ano sobre o teor de CLA na gordura do le ite em todas as fazendas, até mesmo nos s istemas onde as b ú fa l as eram confi n ad as (Fazen da I ) . Nesta fazen d a, n ão houve exp l i c a ç ã o d i reta para as d i ferenças e ncontradas, pois a al i mentação foi constante durante o período de col heita. Podendo ter h avido efe i to an imal (genéti co) ou i nfluência dietética, exclusivamente do res í duo de cervejaria, cujo teor de áci d o l i noléico pode ter vari ado ao l o n g o do a n o , p o i s de a c o r d o c o m F e r n a n d e s ( 2 0 0 4 ) o res í d u o de cervej ar i a pode apresen tar variação no teor de ácido l i noléi co, o que pode ter i nterfe r i d o nesta concentração. Na Fazenda 2, o maior teor médio de CLA n a gordura d o l e i te foi o b servado em setemb ro ( l , 74 % ) d i fe r i n d o d as d e m a i s c o l h e i tas, c o m exceção da colheita d e novembro. A menor m é d i a foi observada em j ulho (0, 7 3 %) em q u e o res íduo de cervej ar i a foi excl u í d o da d i eta. Na colheita d e s et e m b ro , o res í d u o d e c e r v ej ar i a fo i digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 82 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.0.: 79-86, 200 5 rein corporado à dieta j untamente com o res í duo de varredura de grãos, outra fonte rica em ácido l i n o l é i co , o que p o d e ter p ro d u z i d o o e fe i to s i gn ificativo observado. A Fazenda 3 apresentou os m aiores teores de C LA n a gordura d o l eite p ara o s meses de outubro, setem bro e novembro. Os valores e n c o n t ra d o fo ram 2 , 4 2 % , 2 , 3 0 % e 2 , 1 0 % , respectivamente (Tabela 2), superiores aos obtidos nas demais fazendas, para os mesmos meses, além de serem maiores que os relatados para bovinos em d iversas p u b l i cações ( D h i m an et aI . , 1 99 9 ; Kay et aI . , 2004). Como a d ieta influencia o teor de CLA na gordura do leite e tecidos de ruminantes, à medida que o teor de precursores de CLA (ácido I inolênico e Iinoléico) presentes na dieta se eleva, a c oncentração de CLA na gordura do l eite ou t e c i d o s t a m b é m aum enta. A ss i m , c o m o o teor médio de extrato etéreo do res íduo de cervej aria u t i l izado nesta fazen d a foi superior entre 1 8 e 3 9% ao teor médio nas demais fazendas, associado ao seu elevado teor de áci do Iinoléico, em média 4 8 % (Fernandes, 2004), pode-se inferir que a d ieta forneceu mais substrato p ara a b i o h id rogenação r u m i n a l , e q u an to maior esse aporte, m ai or a poss i b i l i d ade da biohidrogenação ser incompleta, determinando assim, maior passagem de CLA para o abomaso e intestino, com conseqüente elevação no teor de CLA na gordura d o leite. Também é i m p ortante s e o b s e r v a r q u e d i etas ad lib itum provocam elevação na biohi drogenação do ácido l i n o l é i c o n o rúmen (75 a 95%) de acordo com ( M attos & Pal m q u ist, 1 9 7 7 ) e, com isso, podem afetar a concentração de CLA. Como na Fazenda 3 o res íduo de cervej aria foi ofertado ad libitum pode ter ocorrido efeito p os itivo sobre a resposta observada nessa fazenda. Na Fazenda 4, o maior teor médio de CLA n a g o r d u ra do l e i t e fo i o bs e rv a d o n o mês de novembro ( 1 , 5 7%). O teor médio de CLA para as colheitas de outubro, agosto e julho foram 1 ,25%, 1 ,2 3 % e 1 , 1 6% , respectivamente, n ão d i ferindo d a c o l h e i t a d e n o v e m b ro (Tabe l a 2 ) . A m e n o r m é d i a foi observada no m ê s de setembro (0,68%) a qual não d i feriu das médias dos meses de abril m aio e j un h o . Nesta fazenda, a d i eta foi muit � d i v e r s i fi c a d a d u rante o p e r í o d o d e c o l h e i t a , ocorrendo troca mensal d o s volumosos, enquanto o resíduo de cervej aria (importante fonte de áci do I in o l é i co ) , esteve p resente na d i eta apenas nos meses de abril, outubro e novembro. Nota-se que, com a chegada d o período das águas (outubro e novembro) e a conseqüente melhoria da quali dade das p astagens , ass im como, com a incorporação do res íduo de cervej aria à d i eta, houve aumento do teor de CLA no leite (efeito associativo). Na Fazenda 5 observou-se acrésc i mo no teor de CLA na gordura do leite, ao longo da lactação, c o m o s m a i ores t e o r e s m é d i o s n o s m e s e s de s et e m b r o , o u t u b ro e n o v e m b ro , cuj as m é d i as foram 1 , 5 8 %, 1 ,5 7% e 1 ,4 6%, respectivam ente . Este acréscimo era de se esperar, pois à med id a q u e as p a s t a g e n s p art i c i p am d a d ie t a h á a tendência de aumento no teor de C LA na gordura do l eite, como também observado p o r Fedele et aI . (200 1 ) e Kay et aI. (2004) . As méd ias do teor de CLA na gordura do l e i te ao l o n g o do a n o d e te r m i n adas neste e x p e r i m e n t o , v a r i aram entre 1 , 0 6 e 1 , 8 0 % d a gordura do lei te de búfalas, s e n d o superi ores às médias p u b l ic ad as por D h i m an et aI . ( 1 999) em bovinos, que obtiveram valores médios entre 0,64 e 0,98%. A média anual do teor de CLA no leite de bovinos, determinada por Lock & Garnsworthy (2003) foi de 0,97% dos ácidos graxos, chegando a 1 , 7 %, no p e r í o d o da c hu v a s ( v e r ã o ) . E s t e r e s u l t a d o m é d i o ( 0 , 9 7 %) fo i i n fe r i o r aos determi n ados neste trabalho, em bubalinos. Kay et aI. (2004) encontraram teor médio de CLA de 1 , 2 1 % d o s á c i d o s graxos em b o v i n o s e m p astagens, s i m i lar a o teor m é d i o observado nas Fazendas I , 2, 4 e 5, porém inferior ao observado na Fazenda 3 ( 1 , 8 0%). N a I tál ia, Fedele et a\ . (200 I) compararam fazen d as trad i c i o n a i s ( b ú fa l as c o n fi n adas) e fazen d as o rgân i c as ( e m p aastej o ) . Os autores observaram d i ferença estatística entre os teores de C LA no leite entre os grupos . A maior média fo i p ar a o grupo de faze n d as o rg â n i cas (em p a s tej o ) , 0 , 6 3 % , e n q u anto p ara o grupo trad ici onal (confinadas) o teor médio fo i 0,39% de C LA da gordura do leite, . Na Índ ia, Aneja & M urthy ( 1 9 9 0 ) encontraram teo res de C LA no l e i te d e b ú fa l as e d e b o v i n o s de 0, 5 e 0, 6%, respectivamente . Oliveira et aI . (2004), avali ando o e fe ito de fontes l i p í d icas na concentração de CLA na gordura do l e ite de b ú falas no B ras i l , observaram elevação nesta concentração à medida em q u e fo i a d i c i o n a d o ó l e o de s oj a, q u an d o comparado à soj a integral (grão) e ao caroço d e a l g o d ã o ( 1 , 0 8 %, 0 , 5 1 % e 0 , 5 9 % , res p e c tivamente ) . Os valo res médios reportados pelos auto res , e m b u b a l i n o s , c i tados ante r i o rmente, d e m o n s t ram s i m i l ar i d ad e s c o m o s teores determinados em bovinos, assim parece não haver diferença entre as espécies, o que fortalece a idéia de que os t e o r e s d e C L A no l e i t e s ão m a i s influenciados pela d i eta. D i ante d e s t e s r e s u l t a d o s d u as h i p óteses podem ser abordadas. A primeira, é que os resultados nos teores de CLA aqui apresentados estão mais r e l a c i o n ados com a i n fl u ê n c i a da d i eta, especificamente com o resíduo de cervejaria, que p o d e ter p ro p o r c i o n a d o m a i o r teor d e á c i d o I inoléico. O que provavelmente tenha ocas ionado maiores concentrações de CLA p ré-formado no Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.0.: 79-86, 2005 leite. A Segu n d a h ip ótese está l igada à fatores i n t r í n s e c o s à e s p é c i e , v i s t o q u e o s b u b al i no s rum i n am apro x i m adamente 5 3 % a m a i s q u e o s b o v i n o s , com i s s o , as part í c u l as dos al i m entos tornam-se mais finas no rúmen, consequentemente m a i s s u s c e p t í v e i s à c o l o n iz a ç ão p e l o s m i cror gan ismos rum i nais, além dos efeitos sobre o pH ruminal, provocado pela i ntensa salivação durante a remastigação (McSweeney et aI., 1 989). A segunda hipótese pode n ão ser determinante, pois os teores médios, mencionados na l i teratura i nternacional sobre bubalinos e bovinos não são diferentes quando submetidos a d ietas s e m e l h antes . Sendo ass i m , p arece m ai s p laus ível a h i p ó tese relacionada ao aporte de ácido l inoléico no rúmen, que e l ev a a participação de CLA p ré-formado no pool do CLA p resente no l e i te. C abe ressal tar a ati v i d ade d a enzim a /),.9dessaturase n a glândula mamária, que pode ser medida indiretamente pela relação existente entre a l g u n s á c i d o s graxos p re s e n t e s no l e i t e , p r i n c i p al mente, a relação entre o á c i d o m i r i s toléico e o mirístico (C I 4:ljC I 4:0 )' devido a o fato de o C 1 4: l c apresentar teores el evados no l e ite, 9 e n q uanto n a d i g e s ta sua c o n c e ntração é, normalmente, baixa (Lock & Garnsworthy, 2003 ; F i evez et aI . , 2003 ) . O s v al ores m é d i o s d a relação C 14:leiC I 4:0 citados na l iteratura variam entre 0,060 e 0, 1 1 4 ; e valor médio 0,062 (Lock & Garnsworthy, 2003), portanto, os resultados apresentados na Tabela 3 , são similares aos valores observados n a literatura. No caso das fazen d as onde o res í d u o de c e rvej ar i a fo i i n c l u í d o na d i e t a d o s an i m a i s (Fazendas I , 2, 3 e 5 ) o maior aporte d e CLA pré formado (C I R MI I I ) na glândula mamária pode ter i n i b i do a for m a ç ão a p a rt i r d o seu precursor, r e fl e t i n d o n o menor í n d i c e d e d e s s at u rase o b servado nesta fazen d a, quando com parado à Fazenda 4 (Tabela 3 ) . Esta suposta i n i b ição d a ati v i d ade da e n z i m a /),9-dessaturase na glândula mamária, é consistente com as mai ores relações entre os- demais produtos e substratos desta enzima, observadas nestas fazendas. A relação C I 6 :ljCI 6 :0 foi menor em todas as fazendas ao valor m é d i o p u b l i cado por Lock & Garnswor�hy (2003 ) que foi 0,079. A relação C 17 / C 1 7 : 0 variou entre 0 , 3 0 e 0 , 4 8 , destacando-se a Faze n d a 4 c o m a m a i o r r e l a ç ã o . Em todas as fazen d as a relação C 1 8 : l eiC 1 8 :0 foi m a i o r q u e a observada por Lock & Garnsworthy (2003 ) cuj a m �dia foi 1 ,5 2 5 , enquanto a relação CI 8 : 2C 1 1 /C I 8:ltl l 9 fOI s i m i l ar aos resul tados p u b l i c ados p o r estes autores (0,304), com exceç ão d a F azenda 4 que foi superior. Dentre todas as fazendas estudadas, a Fazenda 4 apresentou as maiores relações entre os ácidos graxos . Estes resultados indicam maior atividade, Pág. 83 ou maior contrib u ição, da enzima /),9-dessaturase na glândula mamária no teor destes ácidos graxos. Por outro lado, Fazenda 4 foi a que produziu menor teor de CLA na gordura do leite de búfalas (Tabela 2). É necess ário lembrar que, de acordo com Kay et a I . ( 2 0 0 4 ) , a c o n tr i b u i ç ão da e n z i m a /),9_ dessaturase, no pool de ácidos graxos dessaturados na glândula mamária, em animais a pasto (Fazenda 4) é m aior do que em animais confinados ou que recebam concentrado em sua d ieta. A q u ant i dade i ngeri da de á c i do l i noléico parece influenciar a atividade da /),9-dessaturase em animais submetidos a pastejo (Kay et aI . , 2004). Parece que elevadas ingestões de ácido l inoléico diminuem a contribuição da D9-dessaturase no total produzido de CLA (Kay et aI ., 2004; Bessa et aI. , 2 0 0 0 ) , talvez, n ã o p o r i n i b i ç ão m a s p o r fazer c hegar, à g l â n d u l a m a m á r i a, m a i s CLA p ré formado. Assim, quando a d i eta é rica em ácido l i n o l é i c o a p ro porção deste i s ô m e ro de C LA (C I 8: 2c t1 1 ) no rúmen se eleva, bem como sua absorção 9 no t rato gastro-i ntest i n a l , conseqüentemente, a proporção de CLA pré-formado que chega ao leite é maior (Kay et aI . , 2004). CONCLUSÕES O s animais e m pastejo apresentaram m aior vari ação i n d i v i dual e maiores teores de CLA na gordura d o l e i te d e b ú fa l a s . A ass o c i aç ão d as pastagens com o resí duo de cervej aria proporciou elevação no teor de CLA na gordura do leite. A ativ idade da enzima /),9-dessaturase foi maior nos an imais em que o pastej o rep resentou maior proporção d a d i eta. A G RA D E C I M ENTOS Aos produtores Otávio B e rnardes,  ngelO Carvalho, Jeremias Cruz, José Proença e C arlos B i an c h i por terem c e d i d o s e u s r e s p e c t i v o s rebanhos para o desenvolvimento deste trabalho, assim como, à Fealq pelo suporte fi nanceiro de parte da pesquisa. SUMMARY Th i s t r i a l e v a l u ated c h anges in m i l k fat c o m p o s i t i o n d u r i n g l actation p e r i o d of w ater b u ffal o feed a pasture or feed l o t syste m . M i lk samples were taken monthly from eight buffaloes per farm, from A p r i l to November of 2 0 0 2 , i n five farms of Sarapu í and Pilar do S u l Cities, S ão Paulo S tate. Among the farms, three used grazing s y s te m and t h e o t h e r u s e d fe e d l ot fo r m i l k p ro d u c t i o n . S am p l e s were c o l d a n d frozen for further fat extraction and meti l at i o n . F at acids w e r e d et e r m i n e d b y g a s c h r o m at o g r a p h y. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 84 Rev. Inst. Latic. "Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, 6.0.: 79-86, 2005 Experimental design was completely randomized with eight repetitions (buffaloes) per farm (factor) i n s p l i t-spot scheme an d with time repet i t i o n s . L e v e i of conj ugated linoleic aci d ( C L A ) in milk fat ranged among an imais, with higher variations fou n d w i t h i n graz i n g systems. Also, variations were observed in CLA leveis of m i l k fat during the year, being the higher leveis found during the rainy m o n t h s ( O c t o b e r a n d N o v e m be r ) w i t h i n grazing system. In animais fed com s i l age (Farm I ) no d i fferences were observed, with exception o f A p r i l m o n t h . The activ ity of il9- d e s s aturase enzyme was s i m i l ar to that observed in bovines, b e i n g h i g h e r in an i m a i s fed d i e t s w i t h h i g h p roportion of p asture. Grazing an imais showed h igher CLA leveis in milk fat. On the other hand, ass o c i at i o n o f p as ture w i th wet b rewers grain increased this leveI . Increasing pasture participation in animal diet caused increase in activ i ty of il9_ dessaturase enzyme in mammary gland. Key w o rd s : fat acid, il9-dessaturase, m ilk, lipids R EFERÊNCIAS B I B L I O G RÁ FICAS ANEJA, R. P. ; M URTH I,T. N. Conjugated linoleic ac i d contents of i n d i an curds and ghee. I n d i a n D a i ry S c i e n c e, n . 4 3 , v. 2, 1 990, p . 2 3 1 -23 8 . BAUMAN, D . E . Conjugated linoleic acid (CLA) and milk fat: a good news story. 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"Cândido Tostes", S et/Dez, n° 346/347, .6.D. : 79-86, 2005 Pág. 86 - Características das fazen das estudadas Tabela Item Exploração Faz. 1 Faz. 2 Faz. 3 Faz. 4 Faz. 5 Confinada Confinada Pasto Pasto Pasto Dieta (kâ Silagem de lllilho: 35 - Volumosa Brachiaria m:i:iensis Si!. de milho Brachíaria decllmbens Brachiaria decllmbens ouCapim-elefante ou ou Cana-de-açúcar2: 30 ou Silagem de milho: 30 ou silagem de B. m:i:iensis cana-de-açúcar: :!5 Res. de cervejaria: ) : :!5 Res. de celvejaria: 30 Res. de celvejaria: ::!O Res. de celvejaria: 30 30±1 0 46±1 5 4::!± 1 4 47±1 3 1 8±9 - Dmação (dias) :!4::!±39 :!54±::!8 ::!3::!±51 :!46±45 :!85±45 - Produção (kg) 1 . 930±570 ::!.40::!±4 1 8 1 . 5 1 3±448 1 . 4::!3±360 :!. 955±69:! Manual Manual lvIecânica - Concentrada Fónnula� Lactação - DEL no inicio das colheitas ESP EC IALI STA Ordenha EM ::! - Nlunero Manua l - Tipo Mecânica I - consumo estimado; 2 - suplementação no período seco (julho); 3 - ofertado em abril, outubro e novembro; 4 - 2 kg de caroço de algodão, 2 kg de polpa cítrica, 10 kg de resíduo de cervejaria e 50 g de uréia DEL: d i as em leite C LTU Ta bela 2. Teor de C L A (C I 8 M I I ) ' na gordura do leite d e búfalas a o longo da lactação Fazenda Gordura Colheitas Abril - - 4 - Junho Maio - - - - - - - - - - - - Agosto Julho - - - - - % - - - Setembro Outubro Novembro Média 7.5iO, 1 6 0.73,tO, l i b 1 ,07iO, 1 0' 1 ,23±0,2" l . l 2iO, l O ' l ,niO, 1 3" 1 , 1 0.±.0,20·" 1 ,37±0, 1 4' 0,9810,30·b 1 . 1 2±0,08 7,2iO, 1 5 0,82±0, l i'" O,72iO, I Oc 1 , 1 0iO, 1 3 h 0,73iO, 1 0' 1 ,06±0, 1 4[o 1 ,74±0,20" 1 ,05iO, 1 4" 1 ,32iO,24"0 1 ,07iO,07 6.8±0, 1 6 1 ,43±0, 1 4' 1 ,59±0, 1 0' 1 ,68:t0, 1 Sbc 1 ,44iO, 1 0' 1 ,4 1 ±0, 1 3c 2.30±0,20' 2,42±0 ,1 8' 2 , I OiO,23'o 1 ,80±0,07 6,6±0, 1 7 0,90±O, 1 4bc 0,86± 0, 1 0' 0,86±0, l t 1 , 1 6±0, 14·b 1 ,2±0, I 2"h O,68±0, 1 8c 1 ,25±O,nnhc 1 ,5 7±0.26' 1 ,06±0,08 6,6iO, 1 5 0,87±,O,12bc 0,77±0, 1 0" 1 ,07±0, 1 3h 1 , 1 0iO, l Oh 1 , I OiO, 1 3h 1 ,58±,O,20" 1 ,57±,O , 14" 1 ,46±0,24ao 1 , 1 9±0,07 I - erro padrão Letras minúsculas distintas na mesma linha, representam médias diferentes(P<0,05) pelo teste I de Student. " LYOFAST" Sacco B rasil , R u a U ru g u a iana, 1 379, Bosq u e , 1 3026-002 Cam pinas S P Tel/Fax: 1 9-3253-5333 E-m a i l : saccobrasi l @ saccobras i l . com . b r www.clericL org www.saccosrLit Ta bela 3 - Aferição indireta da ativi dade da enzima D�-dessaturase na glândula mamária de bubal inos Relações C I�:IÔ/C I4:0 C I 6: l c/C I 6 :0 C I 7 )C I 7 :0 C I 8 : l c/C I 8 :0 C 18 : 2c91 1 /C 18: 1 1 1 1 I Faz. 2 Faz. 3 Faz. 4 Faz. 5 0,064 0 ,0 6 5 0,062 0 ,0 9 2 0 ,065 0,050 0,05 1 0,056 0,063 0,05 1 0,32 0,30 0,33 0,48 0,3 1 1 , 96 1 ,94 1 ,98 2,78 2,00 0,37 0,36 0,35 0,52 0,33 Faz. digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 8 8 o I nforme Agropecuário é . um veícul o de d ifusão d as tecnologias geradas ou adaptadas pela EPAM I G . Cada edição esgota todos os aspectos de uma cultura ou atividade agropecu á ri a , contribuindo para o desenvolvimento do agronegócio de Minas Gerais. Esse trabalho favorece o intercâmbio de informações e a constante atua lização de produtores ru rais, técnicos, estudantes e professores de Ciências Agrárias sobre técnicas e manejos mais adequados e produtivos. , � . Fa ça s u a a ss i n atu ra ! R$ 60,00 - 6 exe m pl a res Informações: (3 1 ) 3488�6688 / pu bl icacao@epa m ig . br . digitalizado por / arvoredoleite.org