MICOLOGIA NAS ESCOLAS:
UMA VIAGEM AO REINO DOS FUNGOS E ÀS SUAS APLICAÇÕES
Maria Gorete Cunha Rêgo; Aline Oliveira Barboza da Cunha; Minelli Albuquerque
Sousa; Marília de Holanda Cavalcanti Maciel; Juliana Silva de Lima; Julyanna
Cordoville Fonseca; Lidiane Roberta Cruz da Silva; Cyndy Mary de Mello Farias;
Karla Torres Lins de Sousa Freire; Luan Amim de Oliveira Penna; Bruno Severo
Gomes; Cristina Maria de Souza-Motta (Orientador).
A micologia é uma ciência estuda os fungos e suas características morfológicas,
genéticas, bioquímicas, taxonômica, e suas aplicações biotecnológicas. Tais aplicações
demonstram o quanto eles são organismos diversificados, sendo encontrados desde o uso
como a matéria-prima, para que originem ou, apenas, sejam participantes dos processos que
irão induzir a novos produtos, a exemplo do próprio fungo sendo usado na indústria
alimentícia ou envolvido em processos fermentativos para a fabricação de alimentos como
pães, bebidas, o desenvolvimento de medicamentos, de enzimas de aplicação industrial, o
uso como biorremediadores no controle de pragas. Já algumas espécies fúngicas fazem parte
da microbiota do homem e de outros animais, mantendo o equilíbrio da mesma, no entanto,
quando alterada, pode desenvolver doenças (LACAZ et al., 2002) Além de tantas vantagens,
a versatilidade destes eucariotos permite que atuem também como agentes patogênicos, tanto
de homens, como de animais e plantas. Observando o ensino desta ciência nas escolas,
percebeu-se que a abordagem do tema se limitava às aulas tradicionais, restringindo-se a
livros, com pouca interação dos alunos (BRASIL, 1998). Seja por falta de estrutura na escola
ou pela carência motivacional do próprio corpo docente, evidenciou-se a falta de um elo
motivador entre estudantes, professores e o tema abordado, o que gerava uma dificuldade no
conhecimento destes micro-organismos. Com a esperança agir contra esses entraves
educacionais e já sabendo que a que a introdução de novos materiais e procedimentos no
ensino de Micologia faz com que haja interação do conhecimento teórico à prática
(MARTÍNEZ-AZNAR et al., 2002), o projeto micologia nas escolas desenvolveu
intervenções educacionais alternativas, em três escolas do ensino fundamental, da região
metropolitana do Recife, onde ferramentas como: atividades lúdicas, jogos interativos,
exposições temáticas de painéis, montagem do stand intitulado “O Grande Reino Dos
Fungos”, a participações da equipe do projeto em feiras de conhecimentos nas instituições de
ensino, bem como a abertura das nossas instalações científicas para a visitação do nosso
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acervo microbiológico e o acesso seguro aos nossos laboratórios e às atividades neles
desenvolvidas, tanto de maneira expositiva como prática, com a participação dos alunos na
execução de experimentos de cunho educativo e de fácil reprodutibilidade fora do âmbito do
laboratório. Tais intervenções alternativas trouxeram resultados significativos: mudaram a
forma com que alunos e professores viam os fungos, os antes agentes nocivos e causadores
de doenças, agora identificados como importante em processos biotecnológicos e ambientais;
as exposições foram importantes na assimilação dessa consciência do real valor deles para o
homem; as visitas à Micoteca URM da Universidade Federal de Pernambuco trouxeram o
conhecimento do conceito e da relevância da coleção, da composição do acervo e dos
serviços prestados pela instituição; A exposição das macro e microestruturas e culturas das
colônias fúngicas, no stand, supriram a abstração sobre o que era um fungo, levando-os a
tecer discussões sobre as diferenças destes para os vegetais, por exemplo. Sendo assim, ficou
evidente o quanto os empregos das metodologias alternativas utilizadas despertaram o
interesse, ampliaram a capacidade de observação e de discussão dos alunos e o quanto elas
podem ser incentivadoras para que os docentes desenvolvam um ensino mais dinâmico e
prazeroso sobre o mundo fúngico.
Palavras–chave: Conhecimento; Fungos; Interação; Interesse; Intervenções
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:Ciências
Naturais /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC /SEF, 1998.
LACAZ, C.S.; PORTO, E.; MARTINS, J.C.E. Tratado de Micologia Médica. 9.Ed. São
Paulo: Sarvier., 2002.
MARTÍNEZ-AZNAR, M.M. Unestudio comparativo sobre El pensamento profesional y La
'acción docente' de los profesores de ciências de educacíonsecundária.Parte II.Enseñanza
de lãs Ciencias, Barcelona, v. 20, n. 2, p. 243 -260, 2002.
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