O que você deve saber sobre
DINÂMICA DAS POPULAÇÕES E DAS COMUNIDADES BIOLÓGICAS
O estabelecimento de comunidades biológicas em um ambiente
depende da interação das populações entre si e com os fatores
abióticos do ecossistema.
I. Populações
DINÂMICA DAS POPULAÇÕES E DAS COMUNIDADES BIOLÓGICAS
I. Populações
 Nicho ecológico: conjunto de relações e de atividades
características da espécie no local onde ela vive, incluindo tipos de
alimento, hábitos, inimigos naturais, tipos de moradia etc.
 Modificações nos fatores constituintes do nicho ecológico de uma
população podem provocar alterações nas taxas de natalidade,
mortalidade, emigração (saída de indivíduos do hábitat) e
imigração (entrada de indivíduos no hábitat) dessa
população biológica.
 Potencial biótico: capacidade máxima de crescimento
populacional de uma espécie em certo período, que pode ser
determinado por: tempo de eclosão de ovos, número de filhotes por
gestação etc.
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I. Populações
CURVA DE CRESCIMENTO REAL DE UMA POPULAÇÃO
No de indivíduos
Tamanho populacional máximo
suportado pelo ambiente
Curva de
potencial
biótico
Resistência
do meio
Curva de
crescimento real
Tempo
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Representação sem escala
II. Relações ecológicas
Harmônicas
Intraespecíficas
Interação entre
indivíduos da
mesma espécie
Não há prejuízo
para nenhum
organismo.
Desarmônicas
Há prejuízo para
ao menos uma
espécie da relação.
Colônia
Sociedade
Competição
Canibalismo
Mutualismo
Protocooperação
Interespecíficas
Interação entre
indivíduos de
espécies diferentes
Harmônicas
Não há prejuízo
para nenhum
organismo.
Comensalismo
Inquilinismo
Epifitismo
Competição
Desarmônicas
Há prejuízo para
ao menos uma
espécie da relação.
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Predação
Parasitismo
Antibiose
II. Relações ecológicas
Espécies invasoras: introduzidas em ecossistemas pela ação humana
de modo voluntário (para fins comerciais, por ex.) ou involuntário
(presentes no lastro de navios, por ex.). No novo ambiente, as invasoras
estabelecem relações ecológicas desarmônicas com as espécies nativas,
podendo levá-las à extinção.
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III. Sucessão ecológica
 Processo de formação ou restauração de um ecossistema ao longo
do tempo. É iniciado pelas espécies pioneiras, cujas características
permitem seu desenvolvimento em ambientes menos favoráveis (com
elevadas variações de temperatura e umidade): são autotróficas, têm
ciclo de vida curto, elevado número de filhotes e sistema de absorção
de água eficiente, entre outras.
 A presença das espécies pioneiras modifica os fatores abióticos do
ecossistema, favorecendo a sobrevivência no ambiente de espécies
menos tolerantes. Modificações sucessivas na comunidade biológica e
nos fatores abióticos de um ecossistema resultam em uma
comunidade estável, chamada comunidade clímax.
 Uma comunidade clímax apresenta maior biodiversidade, a
máxima biomassa suportada pelo ecossistema e homeostase, i.e., a
capacidade de se manter estável apesar das variações ambientais.
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III. Sucessão ecológica
SUCESSÃO SECUNDÁRIA
Representação sem escala
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Tempo em anos
EXERCÍCIOS ESSENCIAIS
1
(Fuvest-SP)
A partir da contagem de indivíduos de uma população experimental de protozoários, durante determinado
tempo, obtiveram-se os pontos e a curva média registrados no gráfico abaixo. Tal gráfico permite avaliar a
capacidade limite do ambiente, ou seja, sua carga biótica máxima.
De acordo com o gráfico:
a) a capacidade limite do ambiente cresceu até o dia 6.
b) a capacidade limite do ambiente foi alcançada somente após o dia 20.
c) a taxa de mortalidade superou a de natalidade até o ponto em que a
capacidade limite do ambiente foi alcançada.
d) a capacidade limite do ambiente aumentou com o aumento da
população.
e) o tamanho da população ficou próximo da capacidade limite do
ambiente entre os dias 8 e 20.
RESPOSTA: E
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EXERCÍCIOS ESSENCIAIS
4
(Unirio-RJ)
O lemingue, cujo nome científico é Lemmus memmus, é um pequeno roedor que pesa por volta de 30 gramas e tem cerca de
15 cm de comprimento, com uma cauda de apenas 2 cm, quando presente. São herbívoros e sua dieta consiste
exclusivamente de ervas, raízes e plantas pequenas que são encontradas nas tundras da Escandinávia e da Rússia
setentrional. Seu número varia de maneira notável. Periodicamente as populações sofrem uma grande flutuação numérica,
oscilando bruscamente, por motivos ainda mal conhecidos. Normalmente, os indivíduos afastam-se pouco dos abrigos; mas,
em condições de superpopulação, invadem vales e encostas em busca de alimento e abrigo. Em verões longos e favoráveis à
população vegetal, os lemingues multiplicam-se desmesuradamente. Essa marcha pode terminar, para muitos animais, às
bordas dos fiordes, de onde despencam para a morte certa, no mar. Todas as populações animais sofrem oscilações, cíclicas
ou não, devido às causas variáveis, mas nenhuma despenca com as características espetaculares dos lemingues. Muito se
escreveu, sem qualquer fundamento biológico, a respeito das colunas em marcha e do suicídio coletivo.
Disponível em: <www.saudeanimal.com.br/lemingue.htm>
Os ecólogos consideram que duas forças antagônicas regulam o tamanho da população: o potencial biótico (PB),
representado no gráfico pela curva CPB, e a resistência ambiental (R), que resultam no crescimento real (CR) de uma
população, representado no gráfico pela curva CCR.
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EXERCÍCIOS ESSENCIAIS
4
Com base nas informações fornecidas e no gráfico apresentado,
explique, sucintamente, o que as forças representam para uma
população, ilustrando cada explicação com um exemplo.
RESPOSTA: PB: força que tende a fazer uma população
crescer; capacidade potencial de uma população aumentar
numericamente em condições ambientais favoráveis.
Exemplos: taxa de reprodução; habilidade para migração ou
dispersão; mecanismos de defesa; habilidade para suportar
condições adversas. R: força que tende a impedir o
crescimento da população; combinação de fatores bióticos
ou abióticos que impedem o crescimento da população.
Exemplos: falta de água ou de alimentos; falta de espaço ou
hábitat conveniente; presença de predadores, parasitas;
doenças; competição.
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EXERCÍCIOS ESSENCIAIS
11
(Unicamp-SP)
Pesquisadores vinham estudando a variação do número de indivíduos
das espécies de peixes A e B em uma lagoa estável. Em um
determinado momento (indicado pela seta), foi introduzida
acidentalmente a espécie C. Os pesquisadores continuaram
acompanhando o número de indivíduos das três espécies e
apresentaram os dados na figura:
a) Que relações ecológicas poderiam explicar a
variação do número de indivíduos das espécies
A e B a partir da introdução da espécie C?
Justifique sua resposta.
RESPOSTA: A introdução da espécie C provocou a diminuição da
espécie B. Essa diminuição poderia ser explicada pela competição
entre as espécies C e B ou pela predação da espécie B pela C. Se
a espécie B estivesse competindo com A, a introdução da espécie
C poderia resultar em benefício (protocooperação) para a espécie
A, cuja população, dessa forma, aumentaria.
b) Os pesquisadores também observaram que uma espécie de ave que
visitava a lagoa diariamente para se alimentar não foi mais vista algum
tempo depois da introdução da espécie C. Explique o que pode ter
provocado esse fato. Que nível(is) trófico(s) essa ave ocupa?
RESPOSTA: Provavelmente, a ave se alimentava da espécie B, e a
introdução da espécie C provocou o desaparecimento desta. Essa
ave pode ocupar dois níveis tróficos: o 3º ou um nível superior.
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EXERCÍCIOS ESSENCIAIS
17
(Unifesp)
Analise a figura.
A figura mostra o processo de ocupação do solo em uma área dos pampas gaúchos.
Considerando a sucessão ecológica, é correto afirmar que:
a) na fase 2, temos a sucessão secundária, uma vez que, na 1, teve início
a sucessão primária.
b) ocorre maior competição na fase 3 que na 4, uma vez que capins e
liquens habitam a mesma área.
c) após as fases representadas, ocorrerá um estágio seguinte, com
arbustos de pequeno porte e, depois, o clímax, com árvores.
d) depois do estabelecimento da fase 4 surgirão os primeiros animais,
dando início à sucessão zoológica.
e) a comunidade atinge o clímax na fase 4, situação em que a diversidade
de organismos e a biomassa tendem a se manter constantes.
RESPOSTA: E
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I. Populações