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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
AVALIAÇÃO, COMO ELA PODE AJUDAR OU PREJUDICAR O
ALUNO?
Por: Juscilene Lúcia Ribeiro Fernandes
Orientador
Prof(a) Maria Esther de Araújo Oliveira
Rio de Janeiro
2008
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
AVALIAÇÃO, COMO ELA PODE AJUDAR OU PREJUDICAR O
ALUNO?
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em Docência do Ensino Superior.
Por: Juscilene Lúcia Ribeiro Fernandes
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AGRADECIMENTOS
A Deus que me deu coragem e força para
continuar e alcançar a vitória. A Mestra
Maria Esther de Araújo Oliveira pela
segurança com que me orientou no
trabalho. As minhas amigas e a todos que,
de alguma maneira, ajudaram-me na
realização desse trabalho.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha filha Roberta
Lúcia e a minha grande amiga Estela
Fernanda que diretamente me apoiou nos
momentos mais difícies desta jornada.
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RESUMO
Este trabalho trata da avaliação no ensino superior e como ela pode ajudar
ou prejudicar o aluno, sendo o principal alvo o tecnólogo em terapia capilar. No
ambiente das empresas têm ocorrido profundas alterações nas formas de
atuação, exigindo harmônica conjugação dos parâmetros: inovação tecnológica,
estrutura e pessoas com a própria matriz organizacional. Nesse contexto
contemporâneo de atuação consolida-se o papel do Tecnólogo, como um
importante profissional capaz de desenvolver a competitividade, pela melhoria da
produtividade e da qualidade, sua atuação pode se estender desde a criação, o
domínio, a absorção e a difusão dos conhecimentos, atingindo o pleno
atendimento das necessidades estabelecidas. Trata-se de um profissional capaz
de oferecer soluções criativas e de participar de equipes habilitadas na concepção
e desenvolvimento de soluções. A interdisciplinaridade em sua formação e a
polivalência em sua atuação facilitam sua inserção em equipes produtivas de
trabalho. O Tecnólogo é o agente capaz de colocar a ciência e a tecnologia a
serviço da Sociedade, no atendimento de suas necessidades.
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METODOLOGIA
O conteúdo teórico deste trabalho adquiriu-se através da pesquisa
bibliográfica. Ele trata da contribuição para a melhoria do sistema avaliador do
ensino superior. Portanto, a importância desse trabalho consiste em estudar a
formação tecnológica do profissional em terapia capilar e analisar, com base e no
referencial teórico a pedagogia que possibilita a formação do homem e a
importância do trabalho como princípio educativo, que dará sustentação à análise,
se as transformações ocorridas com esse trabalhador atendem de forma
satisfatória ao que se espera de um profissional que atue criticamente e com
capacidade intelectual nos procedimentos de tratamento capilar.
A metodologia que mais se apropria a este trabalho é o estudo de caso
qualitativo tendo seus contornos bem definidos com o desenvolvimento do
trabalho. A pesquisa aqui sugerida apresenta características singulares devido ao
fato de ser inédita do tema que, apesar de apresentar similaridades dentro do
amplo contexto da relação trabalho-educação, se apresenta como único e
particular. A grande motivação pelo tema da pesquisa é resultado das
observações da pesquisadora por trabalhar na área de terapia capilar.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I – A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR
BRASILEIRO
1.1. Conceito de Avaliação
1.2. Tipos de Avaliação
1.2.1. Avaliação Formativa
1.2.2. Avaliação Somativa
1.2.3.Avaliação Especializada
1.3. A Avaliação do Ensino Superior
1.3.1. Relação Professor-Aluno
1.3.2. Prova Até que Ponto Avalia?
1.4. O Tecnólogo
1.4.1. A Legislação
1.4.2. O Perfil do Profissional de Hoje e o Mercado de Trabalho
CAPÍTULO II – TERAPIA CAPILAR
2.1. Pêlo
2.2. Raiz
2.3. Ciclo de Crescimento do Pêlo
2.4. Estrutura da Haste Pilosa
2.5. Composição Química do Cabelo
2.5.1. Potencial Hidrogênico – Iônico
2.6. Doenças Capilares que o Terapeuta Capilar pode Tratar
2.6.1. Alopecia Masculina Androgenética
2.6.2. Classificação
CAPÍTULO III – ESTUDO DE CASO
3.1. Metodologia
3.2. Cosmetologia Aplicada
3.2.1. Eletroterapia Aplicada ao Tratamento
3.2.2. Massofilaxia aplicada ao Tratamento
3.3. Resultado do Tratamento
3.3.1. Discussão
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INTRODUÇÃO
Atualmente a avaliação é um dos assuntos mais destacados nas
instituições brasileiras de ensino superior, sejam elas particulares ou não. É um
assunto muito difícil de explicar. “A própria palavra nos remete a idéia de juízo, de
críticas de valor”.
Ainda, de início, importa registrar que a avaliação não é um processo
meramente técnico; ela implica um posicionamento político e inclui valores e
princípios. Neste sentido, entendemos que o movimento a ser privilegiado, no
momento atual, é o do avanço na direção do desvelamento dos princípios que
vêm norteando e permeando as práticas avaliativas.
O tema avaliação é muito amplo, por isso delimitou-se na gradução dos
tecnólogos terapeutas capilar, com o objetivo de identificar e analisar a atual
situação de avaliação do ensino superior, visando a qualidade no serviço prestado
aos alunos e sugerir soluções para possíveis problemas que poderão ocorrer, e
como o docente pode avaliar o tecnólogo terapeuta capilar.
O tipo de pesquisa realizada baseada na bibliográfica, será a exploratória,
pois permite ao pesquisador obter conhecimento para a solução do problema
através da busca de referências ao assunto do estudo em documento, livros etc.
publicados anteriormente, organizando hipóteses e propondo soluções.
Não se pretende aqui negar a importância do surgimento de novas
profissões que atendam às demandas da vida moderna, mas, antes, alertar para a
possibilidade de que essas demandas possam vir a desconfigurar a educação,
subordinando-a ao capital e escravizando o homem. Como afirma Frigotto (2000,
p. 31): “A luta é justamente para que a qualificação humana não seja subordinada às leis do
mercado e à sua adaptabilidade e funcionalidade.”
Assim sendo, a importância dessa pesquisa consiste em estudar a
formação tecnológica do profissional de terapia capilar e analisar, todo o trabalho
como princípio avaliativo e a importância de investigar se as mudanças operadas,
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a partir desta formação, serão capazes, efetivamente, de produzir um trabalhador
apto intelectualmente para superar a exclusão social nesses espaços de trabalho,
uma vez que encontramos, atualmente, esses mesmos espaços ocupados por
profissionais advindos de cursos regulares e atuando como profissionais de
terapia capilar.
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CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR
BRASILEIRO
O início da história da avaliação da educação no Brasil começa com o
regime militar pelo “desenvolvimento de uma ambiciosa política de avaliação da
Pós-Graduação”. Tal política é então implementada na década de 70,
especificamente em 1977 quando a CAPES passa a avaliar todos os cursos de
mestrado e doutorado.
No ano 1983, o MEC cria o Programa de Avaliação da Reforma
Universitária (PARU), que seria extinto já no ano seguinte. Os anos que seguiram
foram de amplo debate filosófico e de construção de princípios e valores para uma
nova proposta de avaliação, que resultou em julho de 1993 no Programa de
Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB), cuja matriz
conceitual
e
teórico-metodológica
objetivava
valorizar
as
metodologias
qualitativas, as abordagens naturalistas, os significados, os contextos e os
processos. Este programa definiu avaliação como “um processo contínuo de
aperfeiçoamento acadêmico; uma ferramenta para o planejamento da gestão
universitária; um processo sistemático de prestação de contas à sociedade; um
processo de atribuição de valor a partir de parâmetros derivados dos objetivos; um
processo criativo de autocrítica”.
O PAIUB recebeu inúmeras críticas e, em 2001, através de decreto, passou
a ser desconsiderado pelo MEC como programa de avaliação. Em 1995, foi
implantado um novo sistema de avaliação do ensino superior baseado nos
seguintes instrumentos de avaliação: Exame Nacional de Cursos (ENC) –
chamado de Provão; ACE – conhecido como as visitas das comissões de
especialistas e, a Avaliação Institucional de Centros Universitários. Este sistema
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de avaliação desperta as instituições para a necessidade de investimentos na
infra-estrutura e na capacitação docente, ao mesmo tempo em que torna público à
sociedade, a idéia da avaliação dos cursos de graduação. Como crítica a este
sistema de avaliação está a questão da competitividade entre universidades, uma
vez que a mídia passa a divulgar o ranking classificatório das instituições. A partir
deste momento, percebemos acirrada discussão no âmbito da educação brasileira
contra a “mercantilização” do ensino e um sistema de avaliação exclusivamente
quantitativo.
Ao final dos anos 60, mais precisamente em 69, surgiu no Brasil o primeiro
curso de Tecnologia, na cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, na área de
Construção Civil, modalidade Edifícios, autorizado pelo Parecer MEC nº 90/69, de
28 de abril de 1969, para ser ministrado pela Faculdade de Tecnologia de Bauru.
Em 6 de outubro do mesmo ano é criada uma autarquia estadual denominada
Centro Estadual de Educação Tecnológica de São Paulo, hoje denominada Centro
Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, com a finalidade de articular,
realizar e desenvolver o Ensino Tecnológico, e é autorizada a ministrar Cursos
Superiores de Tecnologia nas áreas de construção Civil e Mecânica.
O número de cursos superiores de tecnologia cresceu 96,67% entre 2004 e
2006, passando de 1.804 para 3.548 em todo o país, segundo dados do Ministério
da Educação. Só no Estado de São Paulo, de 1998 a 2004, a quantidade de
alunos ingressantes nas graduações tecnológicas aumentou 395%, de acordo
com o Censo Nacional da Educação Superior realizado pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). No que se refere ao
Brasil, maior país em extensão territorial da comunidade latino-americana, a
questão da educação e da qualificação profissional apresenta-se com alto grau de
prioridade. Descuidada durante décadas, a inclusão dos tecnólogos no mercado
de trabalho deve recuperar, em muito pouco tempo, a distância que nos separa da
qualidade dos serviços prestados no mundo desenvolvido.
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A atenção é requerida em todos os níveis: da pequena empresa aos grandes
investimentos; das grandes cidades aos pontos mais remotos do país; da
educação acadêmica à formação profissional tecnológica. Neste particular, é
imprescindível atingir o maior número de brasileiros, com o máximo possível de
qualidade, cuidando especialmente da aquisição de competências para a
cidadania e para o mundo do trabalho, em profunda mudança.
1.1. Conceito de avaliação
As definições de avaliação são inúmeras, no Grande Dicionário da Língua
Portuguesa, diz que “é o ato de avaliar; apreciação; valor determinado pelos
avaliadores”. Este é o tema que nos ocupamos neste momento, e como suas
concepções derivam da educação em geral, vejamos algumas definições de
avaliação encontradas por autores consagrados.
“Avaliar é julgar ou fazer apreciação de alguém ou alguma coisa, tendo
como base uma escala de valores ou interpretar dados quantitativos e
qualitativos para obter um parecer ou julgamento de valor, tendo como
base padrões ou critérios” (Haydt, 1988:10).
Ele enquadra a “posição tradicional”. Em seu livro, ele se volta para a
avaliação classificatória, ou seja, para as técnicas de construção de provas e
testes.
No conceito a seguir hesita-se entre a avaliação diagnosticada e a
classificatória, pois ainda se preocupa com a validade e a eficiência.
“A avaliação consistirá em estabelecer uma comparação do que foi
alcançado com o que se pretende atingir. Estaremos avaliando quando
estivermos examinando o que queremos, o que estamos construindo e o
que conseguimos, analisando sua validade e eficiência”. (IIza M. Sant
Anna, 1995:23-4).
A avaliação atualmente é o ponto de partida para o estudo do ensino da
aprendizagem. Existe no momento uma significativa distância da avaliação como
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constatação do nível de aprendizagem do aluno e que se deseja em seu futuro
desempenho profissional. É imprescindível avaliar não só o conhecimento
adquirido, mas as atitudes e habilidades, e identificar as causas de desvios que
possam interferir nos resultados de alguma ação educativa, só assim se
encontrará o caminho para aperfeiçoar o ensino.
O ensino deve ser o início para a formação de cidadãos criativos e críticos,
capazes de proceder, com competência a auto-organização e autogestão e de
participarem das grandes questões emergentes da sociedade.
A avaliação deve se apresentar como condição de garantia de um ensino e
aprendizagem com valor, a fim de proporcionar capacitação as pessoas e
construir conhecimento com autonomia e criatividade.
1.2. Tipos de avaliação
Nesta pesquisa, foram adotadas três tipos de avaliação e cada uma delas
indicam formas diferenciadas de progressão:
1.2.1. Avaliação Formativa
Este tipo de modalidade de avaliação acompanha permanentemente
o processo de ensino-aprendizagem, sendo fundamental para a qualidade da
aprendizagem. Ao atribuir importância ao aluno, dá atenção à sua motivação, à
regularidade do seu esforço, à sua forma de abordar as tarefas e às estratégias de
resolução de problemas. O feed-back que é fornecido ao aluno, constitui um
tributo para o melhoramento da sua motivação e auto-estima. Este feed-back
constitui, a própria essência da avaliação formativa.
A avaliação formativa, ao apreciar o modo como decorre o processo de
ensino-aprendizagem, permite, ainda, que “o professor adapte as suas tarefas de
aprendizagem, introduzindo alterações que possibilitem uma maior adequação das
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mesmas”. Não se trata, no entanto, de uma avaliação simplesmente informal e
permanente; a sua planificação deve permitir a existência de momentos
organizados de avaliação formativa, devendo planejar-se momentos para
averiguar os resultados obtidos, recolhendo informações com regularidade acerca
do processo de aprendizagem. Ela visa desta forma regular o processo de ensinoaprendizagem, detectando e identificando metodologias de ensino mal adaptadas
ou dificuldades de aprendizagem nos alunos.
1.2.2. Avaliação somativa
A avaliação somativa é decisiva numa escolha criteriosa de objetivos
relevantes, de acordo com critérios de representatividade e de importância relativa
de modo a obter uma visão de síntese. Tratando-se de um juízo global e de
síntese, uma ênfase particular deve ser atribuída à avaliação dos objetivos
curriculares mínimos, quer definidos nos programas nacionais quer no âmbito das
escolas. É, por estas razões, a modalidade de avaliação que melhor possibilita
uma decisão relativamente à progressão ou à retenção do aluno pois compara
resultados globais, permitindo verificar a progressão de um aluno face a um
conjunto lato de objetivos previamente definidos.
“a avaliação somativa pode ser facilmente utilizada como um
instrumento de certificação social na medida em que permite seriar os
alunos de acordo com o seu mérito social, constituindo a função social da
avaliação”. (Viallet e Maisonnenuve 1990, p. 21).
“a avaliação formativa não é alternativa à avaliação somativa; a sua
complementaridade resulta não só do fato de permitir uma visão de
síntese, mas, também, de acrescentar dados à avaliação pois esta é
mais global e está mais distante no tempo relativamente ao momento em
que as aprendizagens ocorreram o que permite avaliar a retenção dos
objetivos mais importantes e verificar a capacidade de transferência de
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conhecimentos para situações novas”. (Ribeiro,
A., Ribeiro, L. 1989,
p. 266).
1.2.3. Avaliação especializada
Este tipo de avaliação é concretizada por uma equipe inter ou
multidisciplinar ou por especialistas numa determinada área (geralmente
psicólogo, médico, terapeuta, professor especializado, etc.) que avaliam o aluno
após ter sido efetuado o despiste de necessidades educativas específicas pelos
próprios professores e se afigurar necessária uma programação individualizada.
Ela deverá ser proposta pelo professor ao conselho escolar ou de turma e obtido o
acordo dos encarregados de educação para a intervenção individualizada. Após a
avaliação especializada é elaborado um programa individualizado para esses
alunos.
Este programa pressupõe o direito de todos os alunos à escolaridade,
através da utilização diferenciada de estratégias e de recursos. Consiste na
avaliação multidisciplinar e interdisciplinar efetuada por professores e outros
técnicos de educação, nos casos em que uma progressão individualizada possa
contribuir para o sucesso educativo dos alunos.
Enfatizando o tema, citamos o depoimento do segmento de pais e alunos
na discussão realizada no IV Encontro dos Conselhos Escolares em dezembro de
1995, em Porto Alegre, Rio grande do Sul:
“Na avaliação deve ser visto o aproveitamento dos alunos dentro do que
a instituição escolar propôs e discutir os porquês da dificuldades de
assimilação desse conhecimentos. A escola não existe para avaliar
pessoas e aprovar ou reprovar, mas para faze-las adquirir conhecimentos
e crescer plenamente.”
Na avaliação não há seleção e exclusão, ela por si, é um ato acolhedor,
integrativo, inclusivo. Te, portanto, objetivo de diagnosticar, acolher e reincluir o
educando, pelo mais variados meios, no processo de aprendizagem, tal forma que
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integre todas as experiências de vida. O aluno é responsável pelo ato de aprender
a aprendizagem e de sua responsabilidade na relação com o professor. Ninguém
aprende pelo outro, ninguém da do seu conhecimento ao outro. O conhecimento é
construído pelo sujeito e portanto, a sua avaliação também, ninguém melhor que o
aluno para dizer se está aprendendo ou não.
1.3. A avaliação do ensino superior
Para uma grande parte dos alunos nos cursos de graduação de ensino
superior a avaliação significa apenas provas, e a tão sonhada nota para poder ser
aprovado na disciplina. Como essas provas têm por finalidade verificar a aquisição
de conhecimentos, a memorização é um aspecto freqüentemente utilizado.
Assim neste tipo de avaliação, é exigido que os conteúdos acadêmicos
sejam decorados a partir daqueles transmitidos pelo professor. Isto faz com que a
maioria dos alunos estude apenas para fazer provas, às vezes, às vésperas da
mesma, não buscando uma efetiva compreensão dos conteúdos ensinados. O
método utilizado é o memorizar apenas o conteúdo que vai ser solicitado na prova,
infelizmente logo após será esquecido.
“Somente através de uma participação ativa, criativa, crítica, individual e
coletiva, permite ao indivíduo e a comunidade perceber-se, criticar-se, envolverse, ajustar o curso do processo, enfim, avaliar-se”.
A relação do processo de ensino com o processo de aprendizagem também
se destaca num trabalho de Sadler. Apoiando-se na idéia de avaliação formativa,
o autor acredita que a melhoria do desempenho dos alunos exige que eles
conheçam e acompanhem seus progressos.
“.se refere à avaliação da aprendizagem de um aluno durante um curso,
quando (presumivelmente) podem ser efetuados mudanças na instrução
subseqüente, a partir do resultados atuais” .. Seu maior mérito “... está na
ajuda que ela pode dar ao aluno em relação à aprendizagem da matéria
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e dos componentes, em cada unidade de aprendizagem”. (Bloom et. Al
1983, p.142 e 287).
Dentre as principais causas apontadas pelos discentes para aversão à
avaliação por meio de provas e notas, podemos destacar:
1) a nota que está intimamente relacionada com a avaliação através de
provas;
2) a situação de expectativa gerada por uma prova;
3) o tempo disponível para execução da prova;
4) as provas mal elaboradas;
5) o poder do professor usar a avaliação com punição.
O educador servindo de diversos instrumentos deve auxiliar o educando a
assimilar a herança cultural do passado, para, ao mesmo tempo, incorporá-la e
superá-la, reinventando-a. Ao aprender, assimilamos a herança cultural do
passado e, ao mesmo tempo, adquirimos recursos para supera-la e reinventa-la.
A avaliação subsidia o diagnóstico do caminho e oferece ao professor
recursos para reorientar o aluno, em função disso há necessidade da
solidariedade do educador como avaliador, que oferece continência ao educando
para que possa fazer o seu caminho de aprender e desenvolver-se.
1.3.1. Relação professor-aluno
Contudo, apesar de limitada por um conteúdo, um tempo já estabelecido,
normas internas e pela infra-estrutura da instituição, é a interação entre professor
e aluno que vai dirigir o processo educativo. Diante da maneira pela qual esta
interação se dá, a aprendizagem do aluno pode ser mais ou menos facilitada e
orientada para uma ou outra direção. Está relação como toda que existe, tem dois
lados professor e aluno e depende dos dois o clima desta relação. Pois cada um
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desempenha um papel diferente na sala de aula. Cabendo ao professor tomar
iniciativa na maior parte deste relacionamento.
O ensino é um ato comum do professor e do aluno:
“Esta relação (professor-aluno) é difícil; sem dúvida uma das mais difíceis
de ser exercida em nossa sociedade. É primeiramente uma relação
assimétrica, em que a carga de competência e experiência dá licença, de
parte do ensinante, ao exercício de um domínio que é muito fácil de
consagrar nos meios de instituições hierárquicas e coercitivas. A
tendência expontânea do ensinante é pensar e passar da ignorância ao
saber, e que esta passagem está em poder do mestre. Ora, o ensinado
traz alguma coisa: Aptidões e gestos, saberes anteriores e saberes
paralelos e, sobretudo um projeto de realização pessoal que não será,
senão particularmente, preenchido pela instrução, pela preparação
profissional ou pela aquisição de uma cultura para os momentos de lazer.
O contrato que liga o professor ao aluno comporta uma reciprocidade
essencial, que é o princípio e a base de uma colaboração. Contribuindo
para a realização parcial do projeto do aluno, o professor continua a
aprender: ele é verdadeiramente ensinado pelos seus alunos e, assim,
recebe deles ocasião e permissão de realizar o seu próprio projeto de
conhecimento e de saber. Eis porque é preciso dizer – parafraseando
Aristóteles – que o ensino é o ato comum do professor e do aluno”.
(Ricoeur 1969, p.13).
1.3.2. Prova até que ponto avalia?
Serve: para classificar, castigar, definir o destino dos alunos de acordo com
as normas escolares. Pode-se afirmar que a avaliação tem assumido, e já há
muito tempo, uma função seletiva, uma função de exclusão daqueles que
costumam ser rotulados “menos capazes, com problemas familiares, com
problemas de aprendizagem, sem vontade de estudar, sem assistência familiar” e
muitos outros termos parecidos.
“A avaliação que se pratica na escola é a avaliação da culpa”. Ainda, que as
notas são usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos,
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onde são comparados desempenhos e não objetivos que se deseja atingir. Os
currículos de nossas escolas têm sido propostos para atender a massificação do
ensino. Não se planeja para cada aluno, mas para muitas turmas de alunos numa
hierarquia de séries, por idades mas, esperamos de uma classe com 30 ou mais
de 40 alunos, uma única resposta certa.
Normalmente, define-se “o fracasso escolar como a conseqüência de
dificuldades de aprendizagem e como a expressão de uma “falta objetiva” de
conhecimentos e de competências. Esta visão que “naturaliza” o fracasso, impede
a compreensão de que ele resulta de formas e de normas de excelência que
foram instituídas pela escola, cuja execução revela algumas arbitrariedades, entre
as quais a definição do nível de exigência do qual depende o limiar que separa
aqueles que têm êxito daqueles que não o têm. As formas de excelência que a
escola valoriza, se tornam critérios e categorias que incidem sobre a aprovação ou
reprovação
do
aluno.
As
classificações
escolares
refletem
às
vezes,
desigualdades de competências muito efêmeras, logo não se pode acreditar na
avaliação da escola. O fracasso escolar só existe no âmbito de uma instituição
que tem o poder de julgar, classificar e declarar um aluno em fracasso. É a escola
que avalia seus alunos e conclui que alguns fracassam. O fracasso não é a
simples tradução lógica de desigualdades reais. O fracasso é sempre relativo a
uma cultura escolar definida e, por outro lado, não é um simples reflexo das
desigualdades de conhecimento e competência, pois a avaliação da escola, põe
as hierarquias de excelência a serviço de suas decisões. O fracasso é, assim, um
julgamento institucional.
A explicação sobre as causas do fracasso passará obviamente pela
reflexão de como a escola explica e lida com as desigualdades reais. O universo
da avaliação escolar é simbólico e instituído pela cultura da mensuração,
legitimado pela linguagem jurídica dos regimentos escolares, que legalmente
instituídos, funcionam como uma vasta rede e envolvem totalmente a escola.
Compreender as manifestações práticas da prática avaliativa é ao mesmo tempo
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compreender aquilo que nela está oculto. Temos ciência de que esta exclusão no
interior da escola não se dá apenas pela avaliação e sim pelo currículo como um
todo (objetivos, conteúdos, metodologias, formas de relacionamento, etc.). No
entanto, além do seu papel específico na exclusão, a avaliação classificatória
acaba por influenciar todas as outras práticas escolares.
O que significa em termos de avaliação um aluno ter obtido nota 5,0 ou
média 5,0? E o aluno que tirou 4,0? O primeiro, na maioria das escolas está
aprovado, enquanto o segundo, reprovado. O que o primeiro sabe é considerado
suficiente. Suficiente para que? E o que ele não sabe? O que ele deixou de
“saber” não pode ser mais importante do que o que “sabe”? E o aluno que tirou 4,0
“sabe” não pode ser mais importante do que aquilo que “não sabe?
Acreditar que tais notas ou conceitos possam por si só explicar o
rendimento do aluno e justificar uma decisão de aprovação ou retenção, sem que
sejam analisados o processo de ensino-aprendizagem, as condições oferecidas
para promover a aprendizagem do aluno, a relevância deste resultado na
continuidade de estudos, é, sobretudo, tornar o processo avaliativo extremamente
reducionista, reduzindo as possibilidades de professores e alunos tornarem-se
detentores de maiores conhecimentos sobre aprendizagem e ensino.
1.4. O tecnólogo
O tecnólogo é um profissional de nível superior formado em curso de
tecnologia. O fato é que não é tão simples assim, a criação de cursos formadores
nesta área vem gerando muitas discussões, principalmente no que se refere à
ocupação de vagas no mercado de trabalho, onde os tecnólogos passam a
conviver e, em alguns casos, disputar espaços com pessoas que sairam dos
cursos de bacharelado, que possuem formação mais ampla e diversificada.
“Os tecnólogos podem lidar com tecnologias físicas, quando suas
atividades se concentram sobre processos presentes no funcionamento de
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equipamentos; podem se ocupar de tecnologias simbólicas, quando se debruçam
sobre processos e modos de percepção; podem se envolver com tecnologias de
organização e de gestão, quando se dedicam a processos e modos de trabalho e
produção. Sua formação deve estar fundamentada no desenvolvimento do
conhecimento tecnológico e em sintonia com a realidade do mundo do trabalho”.
Os cursos superiores de tecnologia possuem um modelo de educação
superior voltado para atender as demandas do setor moderno da economia e “têm
como pressupostos a consciência das tendências e necessidades do mercado de
trabalho, interação contínua com o setor produtivo, flexibilidade curricular e
organizacional, corpo docente com experiência profissional e titulação, imperativo
de contínua atualização tecnológica” e que “a maior aproximação entre os cursos
de tecnologia e o mercado de trabalho permite a profissionalização, a
empregabilidade e o desempenho de variadas funções dentro do campo da
formação universitária”.
Esses cursos, no início deste século, tiveram um grande crescimento de
sua oferta, em especial, pela rede privada de ensino. Os profissionais formados
encontram um mercado de trabalho com características muito diferentes daquelas
dos anos 70, em termos de avanço tecnológico e inovações. Esse mercado tem
agora, como uma de suas premissas, de demandar profissionais familiarizados
com a cultura da pesquisa científica, que sejam capazes de produzir novos
conhecimentos e processos, e que permitam o desenvolvimento de inovações que
beneficiem as várias instâncias organizacionais e produtivas da sociedade.
1.4.1. A legislação
Embora já um decreto-lei de 1946 tenha regulamentado a profissão de
técnico de grau superior, as primeiras experiências práticas de cursos superiores
de tecnologia surgiram, no âmbito do Sistema Federal de Ensino e do setor
privado e público, em São Paulo, no final dos anos 60 e início dos 70. O primeiro
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curso superior de tecnologia a funcionar no Brasil, em 1969, foi o de Construção
Civil, nas modalidades: Edifícios, Obras Hidráulicas e Pavimentação da Fatec, em
São Paulo, reconhecido pelo MEC em 1973. Também em 1973, uma Resolução
do Sistema Confea/Crea já definia as competências do técnico de nível superior
ou tecnólogo. Os cursos de formação de tecnólogos passaram por uma fase de
crescimento durante os anos 70. Em 1979, o MEC mudou sua política de estímulo
à criação de cursos de formação de tecnólogos nas instituições públicas federais
e, a partir dos anos 80, esses cursos foram extintos. A partir de 1998, os cursos
superiores de tecnologia ressurgiram, com nova legislação, em resposta às
demandas da sociedade brasileira.
Com o propósito de aprimorar e fortalecer os cursos superiores de
tecnologia, o MEC elaborou o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de
Tecnologia, atendendo a um Decreto de 2006. No âmbito do Sistema
Confea/CREA, a Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, reuniu toda a
legislação que trata da regulamentação da atribuição de títulos profissionais,
atividades, competências e caracterização da área de atuação dos profissionais
inseridos no sistema, para efeito de fiscalização do exercício profissional. A nova
legislação diz que a qualificação dependerá, rigorosamente, da profundidade e da
abrangência da capacitação do profissional, no seu respectivo nível de formação,
que obedece a duas titulações de graduação superior: Curso de Automatização
Industrial (plena) e Tecnológica. Cabe às Câmaras Especializadas dos Creas a
responsabilidade da análise para habilitação das atribuições e competências dos
novos profissionais. E às universidades e instituições de ensino superior atender
aos critérios para atribuição de títulos, atividades e competências profissionais,
previstas na Resolução nº 1.010.
1.4.2. O perfil do profissional de hoje e o mercado de trabalho
As empresas estão passando por várias mudanças todos os dias. Seja
trazendo para o mercado novas e diferentes tecnologias, seja aperfeiçoando seus
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produtos e serviços, seja alterando o comportamento das pessoas, ou mudando
seus processos internos, elas estão sempre mostrando diferentes características
em sua estrutura e em seus processos. O panorama competitivo exige alterações
profundas e antagônicas: do cômodo ao competitivo, do local ao global, do “gostar
de mim” para o “gostar da equipe”, das fronteiras setoriais nítidas às virtuais, da
estabilidade à volatilidade, ao acesso direto da integração vertical ao especialistas
e de uma herança intelectual única a múltipla.
É por isso que os profissionais de hoje, antes de tudo é um parceiro, é
aquele que contribui positivamente para que as pessoas se relacione dentro da
teoria e prática de seu conhecimento, de suas experiências para que a construção
do saber se dê de forma completa, esses profissionais terão que ser diferentes,
assim como a atividade gerencial; criar visões para o futuro, afim de estimular a
instituição; ter o dom de transformar as coisas e situações (INOVAR); serem aptos
a assimilar mudanças nas habilidades, atitudes, comportamentos e modelo de
negócios; aprender, se adaptar e explorar processos racionais basicamente
diferentes; explorar recursos criativamente de seus fornecedores, parceiros,
concorrentes e clientes; e equilibrar o interesse público e privado; criar e
demonstrar padrões mínimos de valores e comportamentos; desenvolver uma
capacidade global com o propósito de conseguir os melhores recursos em todas
as regiões, ou até mesmo do mundo, acima de tudo: ser capaz de criar e gerir, e
não somente executar. O maior erro que pode cometer um profissional é estar
desligado de todos os desafios de competitividade que cercam a economia
brasileira em seu conjunto. A economia, as empresas e os trabalhadores são
esferas da mesma engrenagem. As empresas querem profissionais que se
arrisquem, saibam trabalhar em equipe, questionem ordem, apresentam idéias e
administrem o seu tempo de trabalho. Aquele que entra numa empresa e deseja
subir de cargo tem de colecionar todas as habilidades listadas anteriormente e
continuar estudando.
24
Antigamente, as universidades ditavam o perfil do profissional que
ingressariam no mercado de trabalho, hoje, o mercado dita o perfil do profissional
que deverá ser formado, promovendo assim uma profunda transformação de base
nas universidades. Caso contrário, se as faculdades e universidades também não
atualizarem seus currículos, custos e seu planejamento pedagógico, poderão
também desaparecer.
O profissional tem que estar ligado com as exigências do mercado. Saber
bem qual é o perfil do profissional procurado pelas empresas e quais habilidades
técnicas, gerenciais e comportamentais que devem ser dominadas, por que são
elas que realmente criam diferenciais na disputa. Se ele não tiver uma boa noção,
ainda que teórica disso tudo, não terá a cabeça alinhada com as necessidades da
empresa.
Resultado:
empregabilidade.
enfrentará
dificuldades
muito
maiores
em
sua
25
CAPÍTULO II
TERAPIA CAPILAR
A terapia capilar é um tipo de técnica, para tratar os cabelos, como por
exemplo, sendo a última esperança, antes do transplante, para quem está
perdendo os cabelos e a auto-estima.
Atualmente tem surgido vários tipos de técnicas para tratar os cabelos, e
essas técnicas tem avançado significativamente. Hoje, a cosmética voltada para o
tratamento capilar está bastante desenvolvida e complexa. Surgem novos
produtos e os tratamentos químicos se tornaram acessíveis e versáteis. Além
disso, o novo consumidor tem mais consciência de suas possibilidades, buscando
cada vez mais informações sobre as necessidades específicas de seus cabelos.
O terapeuta capilar é o profissional com conhecimento da fisiologia e
anatomia dos cabelos, e o mesmo tem que está capacitado a orientar e esclarecer
dúvidas que seus clientes possam ter e está apto a trabalhar em parcerias com
médicos (dermatologistas), para detectar possíveis patologias e encaminhar ao
médico se necessário, de acordo com o problema visto num exame minucioso do
couro cabeludo e haste capilar. Essa avaliação é feita manualmente ou com
auxílio de equipamentos como videocâmeras ou micro visor ótimo específicos, que
aumentam a imagem e permitem ao especialista visualizar quaisquer alterações.
Outras alternativas foram surgindo para transformar os cabelos, como combater e
previnir problemas de oleosidade, psoríase (descamações), seborréia e alopecia
(queda dos cabelos).
2.1. Pêlo
São apêndices em forma de haste que têm origem no folículo piloso, local
onde se dá a desitratação dos aminoácidos que o organismo leva até eles e a
26
conseqüente solidificação dessas proteínas, nestas são encontradas uma
substância que é responsável pelo cabelo, que se chama melanina. A melanina do
cabelo escuro é a mesma do cabelo loiro. A quantidade dessa melanina é que é
responsável pela coloração do cabelo. Com o passar dos anos, a atividade dos
melanócitos se altera, diminuindo também a atividade tirosiane, acontecendo
então o embranquecimento do cabelo, chamado de caníce.
O “pêlo é um filamento de queratina flexível”. Estão sobre toda a superfície
do corpo, com exceção de certas regiões como: palma das mãos, planta dos pés,
face lateral dos dedos e pênis e clitóris.
Ele compreende de duas partes principais: Haste e parte livre do pêlo.
É constituída por células mortas queratinizadas, que estão dispostas em
três camadas: epidérmica ou cutícula, camada mais externa escamosa, córtex,
sólido resistente e da ao pêlo a sua cor e medula.
2.2. Raiz
É a parte inferior ao pêlo. Ela se dilata na base, para formar o bulbo, que é
dividido pela “linha” de Auber”, delimitando a zona de melanogênese; a raiz é
constituída por células vivas que se queratinizam e perdem seu núcleo a medida
que eles sobem.
Fisiologia
2.3. Ciclo de Crescimento do pêlo
Nosso cabelo é composto normalmente por 80 a 90% de fios na fase
anágena, 10 a 15% na fase telógena e mesnos de 1% na fase catágena.
Fase de crescimento anágena
Esta fase pode durar de três a cinco anos em condições normais. Nota-se a
presença momentânea do pêlo antigo, que se desprende da matriz e vai ser
27
eliminado. Um pêlo jovem adquiri raiz e a papila fica em contato com o bulbo e sua
penetração no mesmo origina a multiplicação das células matrizes.
Figura 1. Fase anágena. Extraído de clinicaruston.com. br
Fase de regressão ou catágena
Ao finalizar-se a fase anágena o pêlo entra em uma fase de involução e
cessa a divisão celular, permanecendo nesta fase por duas a três semanas. O
bulbo se afina, sua parte baixa se destrói progressivamente, a bainha epitelial
externa desaparece e a base do pêlo toma forma de bastão, fazendo com que o
pêlo se separe da matriz e sobe para o folículo piloso e a papila só é unida ao
folículo piloso por um fino cordão de células epiteliais.
Figura 2. Fase catágena. Extraído de clinicaruston.com.br
28
Fase de repouso ou telógena
A fase de repouso dura de três a seis meses na qual o pêlo
permanece fixo na base ou se desprende.
Baseando-se em recentes trabalhos sobre pêlo, descobre-se que as
células responsáveis pelo crescimento do pêlo, ou células cepas,
encontram-se situadas acima da glândula sebácea no ponto se insersão do
músculo eretor. Algumas entre elas se diferenciam emigrariam para a papila
para forma um novo pêlo.
Figura 3. Fase telógena. Extraído de clinicaruston.com.br
2.4. Estrutura da haste pilosa
Na parte superior do bulbo ocorre uma série se transformações com
a morte e solidificação de milhares de células que formam as proteínas queratina
(componente essencial do fio formado basicamente por aminoácidos). O fio é
composto por três partes:
CUTÍCULA - É a camada externa do fio, formada por escamadas
transparentes e incolores sobreposta uma sobre as outras, a esta sobreposição
chamamos de imbricação. A cutícula serve para dar proteção, brilho e força ao fio.
Ela é a principal barreira para penetração de elementos químicos para o interior do
fio.Podendo ser danificado por agentes externos, químicos e físicos.
29
CÓRTEX
-
Abaixo
da
cutícula,
temos
uma
estrutura
que
denominamos córtex. É a camada intermediária, formada por microfibrilas
responsáveis pela elasticidade, retenção e fixação dos pigmentos. O córtex
compõe cerca de 70% da massa capilar, sendo responsável também pela
resistência e ainda determina o grau de porosidade do fio. Sua composição pode
ser alterada por agente químico e pela radiação solar.
MEDULA – É uma região que não possui função conhecida. Muitas
vezes no fio, é composta por células mortas e ocas. Influi muito pouco sobre o
comportamento físico e químico da fibra. Caracterizada pela ausência de cistina e
alta concentração de ácido glutâmico e citrulina.
Figura 4. Estrutura da haste pilosa. Extraído de clinicaruston.com.Br
2.5. Composição química do cabelo
O cabelo é constituído, basicamente, de uma proteína: a alfa-queratina. As
queratinas (alfa e beta) são, também constituintes de outras partes de animais,
30
como unhas, a seda, bico de aves, chifres, pêlos, cascos, espinhos (do porcoespinho) entre outros.
Em cada fio de cabelo, milhares de cadeias de alfa-queratina estão
entrelaçadas em uma forma de espiral, sob a forma de placas que se sobrepõem,
resultando em longo e fino “cordão”, protéico. Estas proteínas interagem
fortemente entre si,por várias maneiras, resultando na forma característica de
cada cabelo: liso, enrolado, ondulado, etc...
A cor do cabelo vem de pigmentos, como a melanina, que são agregados
ao cabelo a partir do folículo capilar, o aparelho que é responsável pela produção
do mesmo. Em geral, a cor do cabelo está relacionada à cor da pele: pessoas com
pele escura tendem a ter cabelos escuros, e vice-versa. Isto porque a
pigmentação do cabelo depende da quantidade de melanócitos presentes.
Água - componente fundamental do cabelo e seu conteúdo aumenta de
acordo com a umidade relativa do ar. O cabelo molhado torna-se menos resistente
e rompe-se com facilidade. Todo processo químico pressupõe uma lavagem
previa, pois a água adicionada a haste rompe as ligações de hidrogênio
momentaneamente.
Lipídeo - os cabelos contém lipídeos internos e externos. Os externos são
formados pela oleosidade natural produzido pelas glândulas sebáceas. Os
internos fazem parte da estrutura química do cabelo desde as membranas das
células que produzem a haste.
Elementos químicos - são oligoelementos chamados de substâncias traço.
Estão em quantidades muito baixas. Os principais são: enxofre, sulfeto, carbonato,
hidrogênio e oxigênio.
composição química:
•
Carbono - 45%
31
•
Hidrogênio - 7%
•
Oxigênio - 28%
•
Nitrogênio - 15%
•
Enxofre - 5%
As fibras do cabelo são conectadas entre si através do aminoácido Cistina,
que faz com que o cabelo não se dissolva na água. Ele é dividido em duas partes,
a parte interna, localizada na Derme, onde ocorre a formação, nutrição e
crescimento do fio. Parte externa (visível) do fio localizado na epiderme que se
projeta para fora dando moldura ao rosto.
2.5.1. Potencial de hidrogênio - iônico
O potencial de hidrogênio iônico é conhecido com ph. A escala de ph
varia de 0 à 14, sendo que a metade da tabela equivale a 7 este é chamado de ph
neutro ou fisiológico. Diferentemente do que as pessoas acreditam o ph neutro
não é o melhor, mas também não é o pior, pois cada parte de nosso corpo possui
um ph próprio e ideal.
O termo pH é usado para determinar o grau de acidez ou
alcalinidade de uma substância líquida. A camada hidrolipídica que protege o
cabelo, a pele e a unha têm pH levemente ácido, um valor compreendido entre 4,2
e 5,8 na escala de pH. Dessa forma, todos os produtos que entram em contato
com o corpo humano devem ser neutros (pH igual ao do cabelo, pele e unha) ou
levemente ácidos (em cosmetologia considera-se até um pH = 6,1). Se lavarmos o
cabelo com xampu alcalino, por exemplo, suas cutículas abrem, ele fica sem
brilho, difícil de pentear e embaraçado.
Os cabelos têm papel principalmente estético para os seres humanos, mas
esta não é sua função inicial. Alimentar-se bem e melhorar a irrigação de sangue
do couro cabeludo são fatores essenciais. Eles são um meio de expressão real e,
sabendo-os ler, podem revelar até mesmo aquilo que às vezes queremos
32
esconder como a nossa idade, a etnia à qual pertencemos, o nosso credo político
ou o nosso grau de instrução. Basta pensarmos ao fato de que, por exemplo, os
jornalistas televisivos de todo o mundo usam o mesmo penteado anônimo por
acreditarem que com o mesmo adquirem credibilidade.
2.6. Doenças capilares que o terapeuta capilar pode tratar
Quem na vida nunca enfrentou um problema de doença capilar? Por
exemplo, um quadro progressivo de alopecia (queda de cabelos) essa perda é
capaz de afetar a auto-estima das pessoas, principalmente quando atinge as
mulheres – para quem os cabelos podem significar o ideal feminino da beleza. A
calvície, um drama que pode ser desencadeado por inúmeros fatores, não é um
problema simples nem de solução rápida e milagrosa. Muitas vezes, sobretudo em
homens, o fator genético da calvície é mais forte do que qualquer tentativa de
deter a queda irreversível dos cabelos. Qualquer tratamento aplicado sobre eles
será apenas cosmético, ou seja, de efeito superficial e temporário. Já quando
cuidamos das raízes, estamos agindo diretamente sobre a saúde do cabelo.
Para muitas pessoas, a terapia capilar representa a última esperança de
frear a queda e, em alguns casos, até mesmo de recuperar parte dos cabelos
perdidos. Mas, apesar de sua animadora taxa de sucesso, os profissionais da área
afirmam que nem todos os casos são passíveis de tratamento pela terapia capilar.
De fazer com que os cabelos voltem a nascer. Mas pode-se prevenir quanto a
queda. É importante citar que, entre os fatores que influem no sucesso da terapia,
um dos mais relevantes é o tempo em que o paciente ficou sem os cabelos.
As doenças capilares mais conhecidas são: seborréia, psoríase e alopecia
masculina e a feminina, porém nesta pesquisa será focado somente a alopecia
androgenética masculina, pois ela acomete bastante tanto os homens quanto as
mulheres mexendo com sua ato-estima.
33
2.6.1. Alopecia masculina androgenética
Alopecia Androgenética Masculina é uma característica clínica de queda
dos cabelos nos homens, provocada por fatores hormonais e genéticos. A queda
dos cabelos ocorre, por existir em áreas do couro cabeludo, folículos pilos
sebáceos susceptíveis aos efeitos dos andrógenos.
O andrógeno de maior
concentração no homem é a Testosterona (T), que no organismo é transformado
em outro hormônio conhecido como didrotestosterona (DHT), através de uma
enzima chamada 5 – alfa – redutase, nos homens com alopecia androgenética os
níveis de DHT são mais elevados no couro cabeludo.
A Alopecia Androgenética é caracterizada pelo processo de miniaturização
dos folículos pilosos, transformando o pêlo terminal em velo, os folículos diminuem
de tamanho, afinam, ficam mais surpeficiais e com menos pigmentos, sua fase
anagêna fica mais curta e um grande numero de cabelos fica na fase telogêna.
Os pêlos são estruturas que crescem descontinuamente, intercalando fases
de repouso com fases de crescimento. A duração dessas fases de repouso e
crescimento são variáveis. No couro cabeludo, por exemplo, a fase de
crescimento é muito longa, levando vários anos, enquanto na fase de repouso é
de três meses.
2.6.2. Classificação
“A alopecia androgenética no homem ou calvície masculina: de acordo
com Hamilton-Norwood ela é classificada em sete tipos evolutivos. O tipo
I que se inicia por um retrocesso da linha de implantação dos cabelos na
região frontotemporal culminado com o tipo VII – ou calvície hipocrática.”
(Kede e Sabatovich, 2004)
Tipo I - Linha capilar normal sem recessão ou com recessão
mínima na região fronto-temporal.
34
Tipo II - Perda capilar mais simétrica, uma área triangular de recessão
desenvolve-se na região fronto-temporal. Essa recessão estende-se em
sentido posterior no máximo até 2 cm de uma linha imaginária
desenhada entre as orelhas.
Tipo III - Recessões mais acentuadas ocorrem nas regiões frontal e
fronto-temporal. Essa região é calva ou recoberta por cabelo de forma
muito esparsa. A recessão se estende em sentido mais posterior do que
no Tipo II (não mais do que 2 cm além do vértice).
Tipo III - Vértice - Os cabelos sofrem pouca recessão nas regiões
fronto-temporais, mas a perda capilar nesse tipo ocorre basicamente no
vértice.
Tipo IV - Os cabelos sofrem recessões maiores nas regiões frontal e
fronto-temporal do que no Tipo III, e os fios existentes no vértice são muito
escassos ou ausentes. Uma faixa pilosa permanece no topo da cabeça,
que se liga às áreas não-afetadas nas regiões laterais da cabeça.
Tipo V - A perda capilar aumenta. A faixa pilosa que separa as
regiões temporal e do vértice torna-se mais estreita e mais esparsa.
Tipo VI - A faixa pilosa agora não existe mais e as duas áreas de
perda capilar tornaram-se uma.
Tipo VII - Tudo o que resta do cabelo do couro cabeludo é uma faixa
pilosa estreita que começa bem na frente das orelhas e se estende ao
redor da parte posterior do couro cabeludo (conhecida como região
occipital).
Além
desses
oito
tipos
principais,
existem
as
variantes do Tipo A, em todas as variantes do Tipo A,
a margem frontal da linha capilar continua sofrendo
35
recessão em sentido posterior, sem qualquer desenvolvimento concomitante de uma área
de calvície na parte superior da cabeça (vértice). Nessas variantes, perda capilar
simplesmente continua a avançar da parte anterior do couro cabeludo para a parte
posterior.
Ao avaliarmos um paciente com Alopecia Androgenética Masculina devemos
proceder com a seguinte propedêutica.
Anamnese: em geral não existe queixa de perda dos cabelos e sim de uma diminuição. A
anamnese deve ser detalhada, tanto para estabelecer a etiologia genética, hormonal, como
para afastar fatores que pioram esta situação clínica.
Afinamento e perda dos cabelos: é a principal característica da alopecia androgenetica
masculina, eles não se referem a queda e sim a rarefação dos cabelos.
Duração e freqüência: nos homens inicia-se na puberdade com evolução mais ou menos
rápida mediante a predisposição individual. É importante saber quando o paciente
começou a notar a diferença na quantidade dos seus cabelos.
Sintomas no couro cabeludo: devem ser investigados prurido, descamação, ardência e
hiperestesia.
Drogas: o uso das mesmas é importante porque várias delas causam perda do cabelo e
pioram a alopecia androgenética masculina.
Outros: interrogar sobre doenças sistêmicas, dietas e estresse.
A perda dos cabelos geralmente se inicia após a puberdade, quando os
hormônios sexuais começam a ser produzidos. A evolução é lenta e o mais
comum é ocorrer uma rarefação difusa dos cabelos, que se tornam finos e tem
seu tamanho diminuído.
Não existem remédios ou terapias capazes de fazer crescer o cabelo. O
que existe são tratamentos medicamentosos ou não, que retardarão o
processo de calvície, pois os fios de cabelos sim para a calvície, irão cair de
qualquer forma algum dia. Essas terapias são capazes de "frear" por um
determinado período o processo de calvície, porém não mudarão o aspecto
final da mesma, apenas retardarão sua evolução e obviamente depende do
36
nível em que o indivíduo se encontra. nunca haverá um ingrediente secreto
para evitar a queda de cabelo. E, quando houver, você não precisará de um
"especialista" na TV ou de um encarte em uma revista de cosméticos para lhe
dizer o nome desse medicamento. Ele estará na capa dos principais jornais do
mundo todo.
2.7. ESTUDO DE CASO
Cliente do sexo masculino, vinte e sete anos, brasileiro, ingere
legumes e verduras, mas não ingere frutas, bebe em média oito copos de
água por dia, não tem nenhum problema de saúde, fumante, não pratica
atividades físicas, usa boné (constantemente) para esconder a calvície,
queixa-se de rarefação capilar localizada na parte frontal e no vértex da
cabeça, com um pouco de oleosidade nessas partes. Relatou que percebeu
o início desta rarefação com mais ou menos vinte e dois anos de idade,
apresenta histórico familiar de calvície.
37
2.7.1. METODOLOGIA
Na avaliação feita pudemos perceber o afinamento dos fios, na parte
frontal e vértex o crescimento era mais lento do que nas outras áreas, não
foi relatado nenhum tipo de prurido, descamação ou ardência e seu couro
cabeludo estava totalmente limpo e somente pouca oleosidade na parte
onde se localiza a alopecia androgenética.
De acordo com a classificação de Norwood, meu cliente encontra-se
entre o tipo II e o tipo III vértice, podendo considerar um grau moderado de
alopecia androgenética masculina.
E foram desenvolvidos os seguintes tratamentos:
PROTOCOLO DE TRATAMENTO
1º passo: Assepsia cliente e profissional.
2º passo: Desincrustação com Lauril Sulfato de Sódio.
3º passo: Esfoliação com Argila com Óleos Essenciais.
4º passo: Shampoo de Jaborandi.
5º passo: Hidratação dos fios com castanha do para e jojoba.
6º passo: Vacuoterapia.
7º passo: Ionização com extrato de sete ervas, pilocarpina e D´pantenol.
8º Passo: Faiscamento indireto ( alta freqüência)
9º Passo: Massofilaxia.
10º Passo: Proteção dos fios FPS.
2.7.2. COSMETOLOGIA APLICADA
O uso da Aromaterapia no tratamento capilar é usado para aproveitar os efeitos
terapêuticos dos óleos em relação à pele. Os óleos essenciais possuem efeitos
terapêuticos
de
estimular,
cicatrizar,
tonificar,
adstringir
e
até
curar
38
emocionalmente. Cada óleo tem a sua descrição, natureza, método de extração,
volatilidade, constituintes, propriedades, indicações e contra indicações.
Os óleos escolhidos foram alecrim, cedro e Ylang Ylang.
Óleo essencial de Alecrim: Adstringente, tônico, aumenta a circulação no couro
cabeludo.
Óleo essencial de Cedro: anti-seborreico, fortalecedor dos cabelos, fungicida,
tônico em geral.
Óleo essencial de Ylang Ylang: estimulante circulatório, tônico, antioxidante,
regulador das glândulas sebáceas, estimula o crescimento dos cabelos.
Os óleos essenciais foram usados no tratamento com argila.
Argila:
rica
em
silício
e
diversos
oligoelementos, promove esfoliação suave,
aumento
na
congestionadas,
oxigenação
de
desintoxicação,
áreas
regula
a
produção sebácea e a queratinização, tem
efeito adstringente, regulador, cicatrizante e
revitalizador.
Shampoo: Extrato de jaborandi: tônico
capilar, vaso dilatador, estimulante do
crescimento capilar e anti-queda.
Condicionador: Castanha do para:
antioxidante, emoliente, nutritiva.
Jojoba: elimina os acúmulos de agentes
no couro cabeludo, deixando limpo e livre
para o crescimento de novos fios.
Ionto: extrato de sete ervas, pilocarpina, D pantenol. Para recuperar o couro
cabeludo, fortalecer o bulbo capilar e combater à queda.
39
Extrato de sete ervas: alecrim (adstringente), arnica (estimulante do crescimento
capilar), camomila (fortificante), castanha da índia, (estimula a circulação
periférica, reduzindo a queda de cabelo), confrey ( regenerador celular), jaborandi
( estimulante do crescimento capilar), quina ( adstringente).
D-Pantenol: vitamina para fortalecer os cabelos.
2.7.3. ELETROTERAPIA APLICADA AO TRATAMENTO
Vácuo: usado para estimulando a circulação
sangüínea e linfática, e mobilizar o tecido,
causando uma hiperemia em pouco tempo.
Corrente
Galvânica:
usado
para
processo
de
desincrustação e ionização.
Desincrustação:
é
um
transformação do sebo em sabão, através da
corrente
galvânica
com
um
produto
desincrustante, com a finalidade de retirar o
sebo liberando os óstios. Devemos trabalhar
com polaridades opostas.
Ionização: usamos para fazer a introdução de
ativos no couro cabeludo, para nutrir, hidratar e manter o equilíbrio dermeepiderme. Usamos polaridades iguais.
Alta Freqüência: tem efeito estimulante, que facilita as trocas no metabolismo até
a epiderme, estimulando a circulação periférica. É indispensável no tratamento de
queda e das insuficiências periféricas.
Faiscamento indireto: o cliente segura o eletrodo e a bobina nas mãos e o
profissional atua fazendo pequenas e suaves percussões no couro cabeludo.
40
2.7.4. MASSOFILAXIA APLICADA AO TRATAMENTO
Massagem feita no couro cabeludo, com o objetivo de estimular a corrente
sanguínea, ativar os filamentos nervosos e
glândulas que alimentam o couro cabeludo.
Como beneficio temos um aumento na
oxigenação
celular,
fortalecimento
do
Psicologicamente,
estimulando
bulbo
acalma
o
o
capilar.
sistema
nervoso, renova as energias e promove uma
sensação de relaxamento. As manipulações
incluem
movimentos
de
deslizamento,
rotação e vibração, com movimentos firmes,
levantados e rítmicos, relaxando o couro
cabeludo e aumentando o fluxo de sangue,
induzindo ao relaxamento total. Para um
melhor
resultado,
devemos
incluir
as
massagens no pescoço, ombros e orelhas.
Esta massagem deve ser feita com o cabelo limpo e integro.
1. Pedimos para o cliente respirar profundamente e expirar lentamente por
três vezes.
2. Seguramos os braços do cliente e deslocamos levemente para frente e
para trás.
3. Apoiamos os quatro dedos no trapézio e o polegar pela lateral da omoplata,
friccionamos com movimentos ascendentes em direção ao trapézio.
4. Amassamento no trapézio.
5. Dedilhamento sobre o trapézio em direção ao lóbulo inferior da orelha.
6. Deslizamento da cervical em direção à nuca em movimentos ascendentes.
41
7. Vibração da nuca para a testa, pelos lados com as pontas dos dedos até o
centro.
8. Deslocamento da calota craniana tracionando a nuca contra a testa e as
laterais.
9. Amassamento do lóbulo superior ao inferior da orelha, movimentos
drenantes.
10. Apoiamos a cabeça do cliente alongando para à esquerda e para à direita,
ate sua resistência.
2.8. RESULTADO DO TRATAMENTO
ANTES
ANTES
DEPOIS
DEPOIS
42
2.8.1. DISCUSSÃO
Foram feitas sete sessões no total, quatro no laboratório da
faculdade com o protocolo. A partir da quarta sessão pudemos perceber
uma melhora no crescimento dos cabelos e na sétima sessão percebemos
que a rarefação estava diminuindo. A proposta de tratamento seria de dez
sessões, porém infelizmente meu cliente sofreu um acidente, o qual
impossibilitou de andar, tendo que ficar de repouso, e não pude dar
continuidade ao tratamento. Podemos constatar que apesar disto obtivemos
um bom resultado.
43
CONCLUSÃO
A avaliação tem que ser um processo e não o fim da educação, o educador
precisa dar-se conta que é e esta seriamente comprometido com o juízo de valor
emitido sobre o educando. O aluno estuda para adquirir conhecimento: a
inteligência está presa dentro dele, às vezes, não consegue se desenvolver, cabe
portanto ao docente provocar e estimular o aluno para que assim ele desenvolva
essa inteligência e possa aplica-la na sua vida. A avaliação é, hoje em dia, uma
atividade constante na prática de profissionais de diversas áreas.
A universidade enquanto uma prestadora de serviços, é acima de tudo um
componente muito importante da sociedade, ela têm que se submeter as
exigências do mercado de trabalho, como instituição educadora, tem seus próprios
objetivos e autonomia para encaminhá-los. Nem por isso, porém, ela poderá se
fechar em si mesma e, definir o que seja melhor para a formação de um
profissional de hoje e para os próximos anos. Com quase 40 anos de história, os
cursos superiores de tecnologia têm lidado com a relação educação e mercado de
trabalho. Aspectos como atividades práticas, duração, aproveitamento de
recursos, materiais e humanos, são temas freqüentemente discutidos. O
tecnólogo, o profissional graduado por esses cursos, é capacitado para lidar com
tecnologias físicas, simbólicas, de organização e gestão. Frente ao desenvolvimento
das empresas e à forte competição no mercado globalizado tem sido requisitado por
instituições e organizações públicas e privadas. Uma forma da continuidade de sua
formação tem sido representada através dos mestrados profissionais que visam
formar pessoas capacitadas para o desenvolvimento de atividades que não a
pesquisa acadêmica. Este trabalho tem por objetivo identificar a participação e o perfil
de tecnólogos terapeutas capilar.
44
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Ficha de Anamnese Capilar
Anexo 2 >>
45
ANEXO I
FICHA DE ANAMNESE CAPILAR
Nome.........................................................................Data Nascimento:___/___/___
Endereço...................................................................Bairro.......................................
Cidade...............................................CEP.................Tel............................................
Profissão................................................................... Raça........................................
Data___/___/___ Indicado por....................................................................................
TRICOLOGIA
TIPO
CARACTERÍSTICA
PIGMENTAÇÃO PREDOMINANTE
( ) Liso
( ) Normal
( ) Eumelamina
( ) Ondulado
( ) Oleoso
( ) Feomelamina
( ) Crespo
( ) Seco
( ) Seborreíco
ANÁLISE
Comprimento_______________
Elasticidade________________
CONDIÇÃO
( ) Tingido
( ) Permanente
Porosidade________________
Volume___________________
Brilho_____________________
Espessura / Fio _____________
Resistência_________________
( ) Relfexo
( ) Luzes
(
(
(
(
) Amaciamento ou Relaxamento
) Permanente Afro
) Alisamento
) Henna
OBS______________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
46
PATOLOGIAS
(
(
(
(
(
(
) Pedicuiose
) Seborréia
) Dermatite Seborréica
) Alopecia – Tipo _______________
) Feridas no couro cabeludo
) Toma muito sol
(
(
(
(
(
(
) Eflúvio Telógeno
) Tinea do Couro Cabeludo
) Psoríase do Couro Cabeludo
) Tricoptilose
) Caspa Seca ou Úmida
) Queda acima de 80 fios diários
OBS______________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
MARCA
COSMÉTICO ATUALMENTE EM USO
(
(
(
(
(
) Shampoo
) Cremes capilares ou condicionador
) Tônicos Capilares
) Reparadores de Pontas (silicone)
) Outros
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
________________________
OBS _____________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
ANTECEDENTE ALÉRGICO
(
(
(
(
) Tintura
) Alisante
) Tratamentos Capilares
) Outras Químicas não Citadas
TRATAMENTOS ATUAIS
(
(
(
(
) Endocrinogia
) Dermatologia
) Ginecologia
) Cirurgia nos últimos seis meses
USO DE MEDICAMENTOS POR PERÍODO PROLONGADO
47
(
(
(
(
(
(
(
(
) Andrógeno
) Corticóides
) Anticonvulsinantes
) Antibióticos
) Ciclamatos
) Anovulatórios
) Tranqüilizantes
) Anabolizantes
OBS______________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
QUESTIONÁRIO
1. Usa lentes de contato?____________________________________________
2. Está grávida?______________________ Quantos meses?________________
3. É diabética?________________________ Depende de Insulina?__________
4. Usa Marca Passo?________________________________________________
5. É ou foi portador de neoplasia?______________________________________
6. Possui alimentação saudável e balanceada?___________________________
7. Possui distúrbio cardiorespiratório?___________________________________
8. Possui distúrbio gastrintestinal______________________________________
9. Possui distúrbio nervoso?__________________________________________
10. É estável emocionalmente?________________________________________
11. Possui distúrbio dermatológico______________________________________
12. Possui distúrbio genitourinário?______________________________________
13. Possui distúrbio endócrino?_________________________________________
14. Quantos copos d´água ingeri por dia?_________________________________
15. Problema renal grave?_____________________________________________
16. Stress?_________________________________________________________
ANTECEDENTES
__________________________________________________________________
Tratamento indicado pelo Terapeuta Capilar e número de aplicações:
__________________________________________________________________
Manutenção indicada pelo Terapeuta capilar
48
TERMO DE RESPONSABILIDADE
As declarações acimas, são espressões da verdade, não cabendo ao Terapeuta,
a responsabilidade por fatos omitidos ou falsos.
Data ___/___/___
______________
Cliente
________________
Terapeuta Capilar
49
ANEXO II
50
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BEDIN, Valcinir e STEINER, Denise. Viver bem com o seu cabelo. São Paulo:
Kayls, 1999.
BRASIL. Ministério da educação e Cultura. Departamento de Assuntos
Universitários. Cursos Superiores de Tecnologia. Brasília: MEC-DAU,1974.121p.
LUCKESI. Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez,
2001.
PEREIRA, José Marcos, Propedêutica das doenças e do couro cabeludo. São
Paulo: Atheneu, 2001.
PIMENTA. Selma Garrido. Docência em formação: ensino superior. São Paulo:
Cortez, 2002.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Alienígenas em sala de aula, uma introdução dos
estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 2001.
Uma política para o ensino superior. Folha de São Paulo. 4 jun. 1994. p.3. c.l.
INTERNET
http://portal.mec.gov.br/sesu/indexphp?optation=content&task=view&id=385
www.guiadoestudante.com.br
www.inep.gov.br
www.klickeducacao.com.br
www.revistadoprofessor.com.br
51
BIBLIOGRAFIA CITADA
ABRAMOWICZ, Anete; MOLL, Jaqueline. Para além do fracasso escolar. 2ª Ed.,
Campinas, SP. Editora Papirus, 1998.
Bloom, B., Hastings e Madaus. Handbook on Formative and Sumative Evaluation
of Student Learning. New York: McGraw-Hill Book Company. Manual de Avaliação
Formativa e Somativa do Aprendizado Escolar. S. Paulo: Livraria Pioneira
Editora.1983, p. 142 e 287.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. 4a ed. São
Paulo: Cortez, 2000.
Grande Dicionário da Língua Portuguesa. Silveira Bueno. Ed. Lisa, p.67.
HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do Processo de Ensino-Aprendizagem. São
Paulo: Ática,1988, p10.
KEDE, Maria Paulina Villarejo e SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. São
Paulo: Atheneu, 2004.
LAROSA, Antonio Marco; AYRES, Arduini Fernando. Como produzir uma
monografia passo a passo... siga o mapa da mina. 6a ed. Rio de Janeiro: 2005.
MACHADO, Lucília. O profissional tecnólogo e sua formação. Belo Horizonte:
Centro Universitário UMA, 2006. 29 p.
PINTO, M. D. S.; HEINZEN, J. L. N. e MELO, P. A. Avaliação como compromisso
e instrumento de gestão nas Instituições de ensino superior. Revista da Rede de
Avaliação Institucional da Educação Superior- Avaliação., 2005.
52
RICOUER, Paul. Reconstruir a universidade. Revista paz e terra, Rio de Janeiro:
ed. Civilização, nr. 9, 1969, p.13.
Ribeiro, A. e Ribeiro, L. Planificação e Avaliação do Ensino-Aprendizagem.
Universidade Aberta, 1989, p266.
SANT´ANNA, IIza Martins. Porque Avaliar? Como Avaliar?: Critérios e
instrumentos. Petrópolis: Vozes,1995 p. 23-4.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Faculdade de Educação.
Planejamento e organização do ensino. Porto Alegre, 1974.
Viallet, F. & Maisonneuve (1990). 80 Fiches d'Evaluation por la Formation et
l'Enseignement. Paris: Les Editions d'Organization.
INTERNET
www.clinicaruston.com.br
53
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
AGRADECIMENTO
DEDICATÓRIA
RESUMO
METODOLOGIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I – A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR
BRASILEIRO
1.1 – Conceito de Avaliação
1.2 – Tipos de Avaliação
1.2.1 – Avaliação Formativa
1.2.2 – Avaliação Somativa
1.2.3 – Avaliação Especializada
1.3 - A avaliação do Ensino Superior
1.3.1 – Relação Professor-Aluno
1.3.2 – Prova Até que Ponto Avalia?
1.4 – O Tecnólogo
1.4.1 – A legislação
1.4.2 – O perfil do Profissional de Hoje e o Mercado de Trabalho
CAPÍTULO II – TERAPIA CAPILAR
2.1 – Pêlo
2.2 – Raiz
2.3 – Ciclo de Crescimento do Pêlo
2.4 – Estrutura de Haste Pilosa
2.5 – Composição Química do Cabelo
54
2.5.1 – Potencial Hidrogênio – Iônico
2.6 – Doenças capilares que o terapeuta capilar pode tratar
2.6.1 – Alopecia Masculina Androgenética
2.6.2 – Classificação
CAPÍTULO III – ESTUDO DE CASO
3.1 – Metodologia
3.2 – Cosmetologia Aplicada
3.2.1 – Eletroterapia Aplicada no Tratamento
3.2.2 – Massofilaxia Aplicada no Tratamento
3.3 – Resultado do Tratamento
3.3.1 - Discussão
CONCLUSÃO
ANEXOS
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BIBLIOGRAFIA CITADA
ÍNDICE
55
FOLHA DE AVALIAÇÃO
JUSCILENE LÚCIA RIBEIRO FERNANDES
AVALIAÇÃO, COMO ELA PODE AJUDAR OU PREJUDICAR O ALUNO?
Monografia
apresentada
à
Banca
Examinadora
como
exigência parcial para obtenção do Título de Especialista em
Docência do Ensino Superior pela Universidade Cândido
Mendes – Pós-graduação “Lato Sensu” – Projeto a Vez do
Mestre.
Tendo sido aprovado em __________/__________/ 2008.
BANCA EXAMINADORA
______________________________
Orientador:
Universidade Cândido Mendes
Mestre:
________________________________
Mestre:
________________________________
56
57
Download

universidade candido mendes pós-graduação “lato sensu” projeto a