Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011 - Ano XXII N. 494
Tudo pronto para o início das aulas
Todas as providências foram
adotadas para o inicio das atividades do primeiro semestre letivo de 2011 na PUC Goiás, que
será marcado por uma série de
iniciativas: XXVIII Semana de Integração Acadêmica e Planejamento,
tradicional reunião desse período
com os professores para uma reflexão e avaliação das ações; ‘Calourada’, calorosa forma de receber os novos alunos e mostrarlhes o funcionamento da instituição; e a reunião com os gestores.
Na parte física, 16 frentes de
serviço cuidavam de deixar prontos, até o fim deste mês, todos os
espaços acadêmicos, como salas
de aula, laboratórios e áreas de
convivência. Páginas 3 e 4.
As obras no prédio do Parque Tecnológico estão concluídas
Aprovado projeto do Museu de Zoologia D. Washington recebe comenda do TRT
A Assembléia Legislativa do
Estado aprovou em primeira votação, em dezembro de 2010, o
projeto do Governo do Estado
que autoriza a transferência de
recursos para a Sociedade Goiana de Cultura, mantenedora da
PUC Goiás, no valor de R$ 2,625
milhões. O repasse financeiro
destina-se à implantação do Museu de Zoologia no Campus II,
que vai colocar à disposição da
sociedade estudos e pesquisas
científicas da instituição, como as
obras de taxidermia do acervo
particular doado pelo professor
José Hidasi.
O Museu vai reunir exemplares da fauna mundial, incluindo
animais que se encontram em
vias de extinção e que poucas
pessoas terão a oportunidade de
vê-los em seu ambiente natural,
e servirá como instrumento educativo e de apoio técnico para
pesquisadores e estudiosos.
Jantar com Ministro da Saúde
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha
e reitor Wolmir Amado
O novo ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, em sua primeira visita oficial ao Estado, a
convite do prefeito de Goiânia,
Paulo Garcia, para conhecer a
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Unidade Básica de Saúde da Família, no Jardim São Judas Tadeu,
foi homenageado na noite do dia
20 deste mês, no Castro’s Hotel,
com um jantar. Convidado especial do Prefeito, o reitor Wolmir
Amado participou do evento,
quando falou ao Ministro sobre a
situação da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que é administrada pela PUC Goiás.
O Ministro pretende acompanhar com atenção a área de saúde em Goiás e destacou que uma
de suas prioridades será o combate ao mosquito da dengue, diante do quadro preocupante.
Conforme boletim da Vigilância
Epidemiológica, Goiás viveu, em
2010, a maior epidemia de dengue da última década, com mais
de 112 mil notificações, 155% a
mais do que em 2009, e 83 óbitos.
O desembargador Pio de Oliveira e dom Washington Cruz
O arcebispo de Goiânia e
grão-chanceler da PUC Goiás,
dom Washington Cruz, recebeu
no dia 17 deste mês, do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª
Região, em Goiânia, a Comenda Ordem Anhanguera do Mérito Judiciário, em ato presidido pelo presidente do TRT, desembargador Gentil Pio de Oliveira. O chefe de gabinete da
PUC Goiás, professor Lorenzo
Lago, representou o reitor Wolmir Amado.
Com essa Comenda, o TRT
homenageia pessoas que se destacam em Goiás nos trabalhos
em prol da comunidade. “Atribuo todas essas honrarias a nosso Senhor Jesus Cristo, a quem
represento na Igreja”, disse dom
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Washington, ao agradecer. Logo
após, celebrou uma missa em
ação de graças, com a participação do padre Everson de Faria.
O Presidente do TRT enfatizou a importância do Arcebispo para Goiás. “Este evento é
uma honra para o Ministério
Trabalhista. Ele é uma figura
ímpar na história do estado por
sua grandeza e simplicidade na
sua conduta”, reconheceu. Em
seu pronunciamento, dom Washington ressaltou o papel do
Poder Judiciário: “É aqui que a
balança pesa. Não é o mais forte, o mais rico ou o mais importante que deve vencer. Isso
deve ser feito àquele que a possui, ainda que seja o mais pobre ou o mais humilde”.
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011
Carta do Editor
Novo momento
O início do semestre letivo
representa um novo momento
na história da PUC Goiás, instituição pioneira na educação
superior na região e que prima
por formar profissionais competentes, éticos, críticos e conscientes de seu papel social.
É um recomeço de atividades acadêmicas que se repete
há 50 anos, no cumprimento de
sua nobre missão, de formação
do cidadão para atuar em sua
comunidade. No período, já
são mais de 70 mil profissionais
graduados, das mais diversas
áreas, que se destacam nos
mais diversos setores, público
e privado.
Esse início de atividades do
semestre, na PUC Goiás, tem
um significado diferente. Na
Universidade não se permite o
tradicional “trote”, que constrange o novo aluno e acaba se
tornando, pelos excessos, um
ato de agressão e violência.
Na PUC Goiás a preocupação é receber bem os alunos e
mostrar aos calouros, que estão
chegando, como funciona a instituição e como proceder para
melhor utilizar os diversos serviços que presta. Como exemplo, o Sistema de Bibliotecas,
com o maior acervo da região;
os laboratórios; as oficinas de
arte e cultura (dança, música,
teatro etc.); e as promoções realizadas ao longo do semestre,
como cursos, debates, palestras, semanas de estudos e
oportunidades de estágio.
O estudante tem que ficar
antenado. Logo no primeiro dia
recebe o “Manual do Aluno”,
que detalha os principais procedimentos acadêmicos e os
benefícios que pode usufruir;
os veículos de comunicação,
como o boletim “Conhecer” e
o jornal “Folha PUC”, além do
Calendário acadêmico e do Calendário de eventos.
Neste começo de atividades
letivas, como acontece em todo
início de semestre, a preocupação é acolher bem e oportunizar para que o aluno sinta-se
em casa e possa melhor conduzir este seu sonho, pessoal e
profissional.
Jales Naves
Editor
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Família PUC
Epaminondas Luiz Ferreira Júnior
Goiano de Morrinhos, 35 anos, casado, uma filha, Epaminondas Luiz Ferreira Júnior é
graduado em Engenharia Civil pela PUC Goiás, em 1999, com Mestrado em Material de
Construção e Construção Civil pela Universidade Estadual de Campinas, em 2005, realizando estudos quanto à durabilidade de concretos submetidos a cura térmica, para verificar a
qualidade do produto. Ele ingressou na PUC Goiás em 2005, como professor convidado e, em
2009, passou no concurso público, lecionando quatro disciplinas: ‘Materiais de Construção
Civil’ I e II e “Construção Civil’, I e II.
Aluno pesquisador, ele integrou a equipe da PUC Goiás que ganhou no Brasil, em 2000,
o prêmio sobre concreto, iniciativa do Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon) e, depois, conquistou o primeiro
lugar no concurso realizado nos Estados Unidos, pelo American Concrete Institute, sendo os primeiros do hemisfério sul, desbancando os mexicanos, que há oito anos eram os vencedores.
Adriana Ribeiro de Freitas
Coordenadora de Estágio e Extensão da PUC Goiás desde 2007, a professora Adriana
Ribeiro de Freitas foi homenageada pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembléia Legislativa de Goiás e pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados no dia 10 de dezembro de 2010, no plenário do
Parlamento goiano, quando da comemoração pelos 62 anos da Declaração Universal dos
Direitos Humanos.
Goianiense, casada, três filhos, fonoaudióloga formada pela PUC Goiás em 1992, é professora do Departamento de Fonoaudiologia desde 2000, especialista em Linguagem Oral e
Escrita e em Comportamento Vocal pelo Cefac, em 2001. Foi assessora da Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil e atualmente é mestranda em Ciências da Saúde na Universidade Federal de Goiás.
Marta Carvalho Loures
Docente do Departamento de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia da PUC Goiás, a
professora Marta Carvalho Loures defendeu a sua tese de Doutorado no Programa de PósGraduação em Ciências da Saúde, da Universidade Federal de Goiás, intitulada “Qualidade
de vida de participantes de um programa – Universidade Aberta à Terceira Idade”.
Foi no dia 2 de dezembro de 2010, na Faculdade de Medicina da UFG.
Goiana de Mineiros, graduada em Enfermagem pela PUC Goiás em 1979, ela ingressou
como professora na instituição em 1989, lecionando as disciplinas ‘Monografia II’ e “Trabalho de Conclusão de Curso III’ no Curso de Enfermagem. Foi coordenadora da Unati e vicepresidente do Conselho Estadual do Idoso. É especialista em Educação pela PUC Goiás, em
1997, e Mestre em Ciências da Saúde pela UnB, em 2001, com a dissertação intitulada “Avaliação da depressão,
do estresse e da qualidade de vida dos alunos antes e após frequentarem a Universidade Aberta à Terceira Idade – UCG”.
Casada, tem três filhos: José Mendonça de Carvalho Neto e Flávia, graduados em Direito pela PUC Goiás, e
Thaís, formada em Turismo.
Lívia Ferreira Santana
Após dois anos como professora convidada do Departamento de Engenharia da PUC
Goiás, Lívia Ferreira Santana recebeu a portaria de sua efetivação como docente no dia 12
deste mês. Ela tem mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília
(UnB) e destaca o empenho da instituição em sempre melhorar a estrutura que oferece aos
alunos. “Na nossa área, por exemplo, todas as mesas de desenho foram reformadas”, assinalou Lívia, que ministra as disciplinas ‘Expressão gráfica’, “Desenho aplicado I’ e ‘Desenho
aplicado II’.
Goianiense, 29 anos, casada com Leyser de Melo Alves, é graduada em Arquitetura e
Urbanismo pela PUC Goiás, em 2005. “Sinto-me muito feliz com a efetivação”, declarou.
Júlio Cezar Rubin de Rubin
Diretor do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA) da PUC Goiás, o
professor Júlio Cezar Rubin de Rubin é o mais novo bolsista de produtividade em pesquisa do
CNPq. A vigência da bolsa vai de março deste ano até fevereiro de 2014, com o tema “Abordagem Geoarqueológica na Prospecção do Sítio Cangas 1, Terraço Aluvial do Rio Araguaia/
Goiás”. O projeto é inovador, já que poucos pesquisadores desenvolveram estudos nesta área.
Na pesquisa, desenvolvida desde agosto de 2007, o professor pôde observar que o sítio se
encontra bem delimitado. “Trata-se de uma área perturbada devido à ação antrópica e efeitos
neotectônicos”.
Gaúcho de Júlio de Castilhos, 51 anos, casado com a professora Rosicler Theodoro da
Silva, também do IGPA, uma filha, ele graduou-se em Geologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(Unisinos), de São Leopoldo, RS, em 1988, e tem doutorado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, em 2003, com a tese “Sedimentação Quaternária, Contexto Paleoambiental e Interação Antrópica nos Depósitos Aluviais do Alto rio Meia Ponte - Goiás/GO”, orientado
pelo professor doutor Antonio Roberto Saad.
Membro do Conselho Científico da revista “Gestão Pública: Práticas e Desafios”, do Mestrado Profissional
em Gestão Pública da UFPE, é Professor do curso de graduação em Arqueologia e Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde, ambos da PUC Goiás.
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Atividades do semestre, que terá 121 dias letivos, começam dia 31
As atividades do primeiro semestre na
PUC Goiás, que terá 121 dias letivos, começam no dia 31 deste mês, para os alunos calouros, e no dia 1º de fevereiro para os veteranos, conforme o Calendário acadêmico de
2011. Todas as providências foram adotadas
para esse início, para dar a melhor acolhida
aos estudantes e mostrar-lhes toda a estrutura colocada à sua disposição. Pode-se citar
o espaço em que irão estudar; os ambientes
laboratoriais; o Sistema de Bibliotecas, que
possui um dos maiores acervos da região e
migrou sua base de dados para o software
‘Pergamum’, ampliando os serviços, dando
maior agilidade e mais acesso de busca ao
usuário; as oportunidades de estágio; e as
oficinas de arte e cultura.
A diferença no relacionamento o calouro
vai sentir já nos primeiros dias: na Universidade, o tão temido ‘trote’, que constrange e
agride os novatos, é proibido na instituição,
conforme Ato Normativo da Reitoria, que
Obras e reformas foram realizadas nas férias
A Central de Monitoramento garante a segurança na PUC
não permite as manifestações violentas. Já no
primeiro dia o estudante recebe um exemplar do ‘Manual do aluno’ – um guia que o
orienta no cotidiano da vida universitária,
detalhando os principais procedimentos acadêmicos e informando sobre oportunidades
e benefícios que poderá usufruir na instituição – e o informativo Conhecer, com informações de interesse dos novos acadêmicos
da PUC Goiás.
A PUC Goiás, como ressalta o reitor Wolmir Amado, é comprometida com a forma-
ção de profissionais competentes, éticos, criativos, críticos e conscientes de seu papel
social, e oferece diversificadas oportunidades de aprendizagem, formação cidadã e desenvolvimento sociocultural. “Busque conhecer sua Universidade. Só assim você poderá
usufruir dos numerosos benefícios da vida
acadêmica”, afirmou. “Aproveitem por estar
cursando uma Universidade, investindo na
sua capacitação e buscando sintonia com o
padrão de excelência de uma PUC”, completou o Reitor.
Semana de Integração Acadêmica e Planejamento
Como parte das iniciativas
para a retomada dos trabalhos
acadêmicos, os professores vão
participar, do dia 31 deste mês ao
dia 4 de fevereiro, em diversos
espaços da instituição, da ‘XXVIII
Semana de Integração Acadêmica e
Planejamento’, tradicionalmente
realizada no início do semestre
letivo, e que vai discutir o tema
“Projeto Excelência PUC”.
Neste ano, houve um acréscimo de dias letivos, sem prejuízo
para férias e recessos, em decorrência de dispositivos legais do
Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação. De
acordo com a Pró-Reitoria de Graduação, há décadas, a duração
dos cursos e da hora aula vem
sendo discutida por diferentes
instâncias gestoras da educação
superior brasileira.
Pareceres do CNE
Aprovado em 9 de novembro
de 2006, o Parecer CNE/CES n.
261 dispõe sobre procedimentos
a serem adotados quanto ao conceito de hora aula. A carga horária mínima dos cursos superiores
(bacharelados, licenciaturas, tecnológicos e sequenciais de formação específica) é mensurada em
horas (60 minutos), de atividades
acadêmicas e de trabalho discente efetivo, “o que é uma forma de
normatizar os cursos superiores,
resguardando os direitos dos alunos e estabelecendo parâmetros
inequívocos tanto para que as instituições de educação superior
definam as cargas horárias totais
de seus cursos, quanto para que
os órgãos competentes exerçam
suas funções de supervisão e avaliação adequando seus instrumentos aos termos deste Parecer”,
afirmou o documento da Prograd.
“A hora aula é decorrente de
necessidades acadêmicas das ins-
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tituições de educação superior,
não obstante também estar referenciada às questões de natureza
trabalhista. Nesse sentido, a definição quantitativa em minutos do
que consiste a hora aula é uma
atribuição das instituições de educação superior, desde que feita
sem prejuízo ao cumprimento das
respectivas cargas horárias totais
dos cursos”, complementa o documento. “As instituições de educação superior devem ajustar e
efetivar os projetos pedagógicos
de seus cursos aos efeitos deste
Parecer até o encerramento do
primeiro ciclo avaliativo do Sistema, Nacional de Avaliação de
Educação Superior (SINAES),
bem como atender ao que institui
o parecer referente à carga horária mínima”.
Em 31 de janeiro de 2007, o
Conselho Nacional de Educação,
por sua Câmara de Educação Superior, emitiu o parecer CNE/
CES n. 8/2007, que define carga
horária mínima e procedimentos
relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial. O Parecer estabelece que
as cargas horárias mínimas “manifestam-se nas IES como um piso
para definição das cargas horárias totais, associam-se às diretrizes
curriculares, relacionam-se aos
projetos pedagógicos e submetem-se às injunções do calendário
letivo. À luz da LDB é importante que as IES tenham margem
para adequar às suas realidades
educacionais específicas a execução dos currículos e o cumprimento da carga horária total de
seus cursos”, esclareceu o documento.
Ciclo avaliativo
Considerando que se encerrou
em 2010 o primeiro ciclo avaliativo do SINAES, o aumento de
dias letivos tornou-se imperativo para que a PUC Goiás atenda às exigências legais quanto
ao cumprimento de carga horária estabelecida nos Projetos Pedagógicos dos Cursos.
A Prograd organizou um
Nº DE CRÉDITOS
2
4
6
8
10
quadro destacando o número
de créditos e horas aula atribuídos a cada disciplina nas matrizes curriculares dos cursos e
a frequência mínima de 75%
exigida ao aluno, conforme a
Resolução CFE nº 04/1986 e o
Regimento Geral da PUC Goiás, Artigo 86:
Nº MÍNIMO DE AULAS/SEMESTRE
40
80
120
160
200
FREQUÊNCIA MÍNIMA PARA APROVAÇÃO
30
60
90
120
150
O aumento do número mínimo de aulas no semestre, para além do
cumprimento de exigências legais, enseja revisão dos planos de cursos em todas as disciplinas, considerando o tempo maior para o processo de ensino-aprendizagem, com esperado impacto na qualidade.
Calendário acadêmico
Atividades do mês de fevereiro de 2011
DATA
01
01
01
01 a 12
04
04
04
05
07
07 a 11
07 a 18
10
11
15
18
17a 22
21
21
21
21 a25
21 a 25
22
25
28
ASSUNTO
Início das aulas do 1º semestre letivo para veteranos
Início do período de Trancamento de Matrícula para alunos sem registro de disciplinas em 2010.2.
Início do prazo destinado ao Trancamento de Matrícula para alunos matriculados em 2010.2.
Inclusão de disciplinas
Encerramento da XXVIII Semana de Integração Acadêmica e Planejamento.
Início do período destinado à Colação de Grau dos Formandos de 2010.2.
Término do prazo para cadastramento de bolsas de estudo de servidores,
docentes e dependentes (DRH/Prodin)
Início das aulas do Católica Idiomas (Proex)
Início do período de agendamento para Orientação e Apoio Psicológico na CAE/Proex.
Período para inscrição às oficinas da Coordenação de Arte e Cultura (CAC/Proex)
Período destinado à assinatura do Termo de Compromisso ou Desistência
da Monitoria para 2011.1 (CAE/Proex)
Teste de nível para Calouros.
Término do prazo para requerer reabertura de matrícula para 2011.1.
Término do prazo para regularização de matrículas 2011.1.
Encerramento da inscrição ‘on line’ aos cursos gratuitos do Programa de Apoio ao Aluno (CEAD/Prograd)
Inscrição e matrícula de Alunos Extraordinários e de Alunos Ouvintes.
Término do período para apresentar à CAE a justificativa de Reprovação
dos Bolsistas ProUni (CAE/Proex)
Término do período para solicitação do Regime de Acompanhamento.
Último prazo para Trancamento de Matrícula sem registro de disciplinas.
Matrícula dos alunos da Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati/Proex).
Período para inscrição nos Grupos de Desenvolvimento de Habilidades,
do Programa Qualidade de Vida Acadêmica, na CAE/Proex.
Início dos cursos gratuitos do Programa de Apoio ao Aluno, ‘on line’ (CEAD/Prograd).
Entrega de relatório final de Iniciação Cientifica para os alunos que terminaram o
plano de trabalho em janeiro de 2011.
Último prazo para pagamento da 2ª parcela da semestralidade de 2011.1.
Dias letivos: 24
1/2/2011, 08:40
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011
Folha PUC 494 - 4
Obras em todas as áreas preparam o início das aulas
A Pró-Reitoria de Administração da PUC Goiás mantém,
neste mês de janeiro, 16 frentes
de serviço, em todas as áreas da
instituição, com vistas a oferecer,
no início do período letivo do semestre, no dia 31, melhores condições de trabalho para seus servidores da administração e docentes e para os alunos. De acordo com o pró-reitor Daniel Barbosa, algumas obras tiveram início no semestre passado e outras
já neste ano, no objetivo de atender as reivindicações e preparar
os ambientes para o início das
aulas. Os trabalhos envolvem,
em especial, os Câmpus I (Áreas
1, 2, 3 e 4), II e V, com pintura
geral em todas as áreas.
De outra parte, a Proad conclui os projetos do Laboratório do
Curso de Ciências Aeronáuticas
(Simulação) e para adequações no
Teatro Católica; elabora projetos
do Laboratório de Física (Área 3),
de reforma do espaço da Divisão
de Comunicação Social e de estacionamento na área da Biblioteca
(Câmpus V); e já faz orçamentos
de outras obras: Secretaria do
Departamento de Psicologia, salas da Coordenação Pedagógica
e de reuniões do Câmpus V, de
manutenção em subestações e revisões nos corredores dos blocos
“F” e “G” e pintura, na Área 1.
Obras
De acordo com relatório encaminhado ao reitor Wolmir
Amado, a Proad realiza, por
meio da Divisão de Serviços Gerais (DSG), no Câmpus I: serviços nas escadas metálicas, na Área
2; na sala de máquinas do quarto
pavimento, no Laboratório de Desenho (Sala 108, Bloco F) e no sistema de vigilância (monitoramento), na Área 3; e na Secretaria Geral, o projeto da Ouvidoria / Comissão Disciplinar, a acessibilidade no Bloco K e instalação de cápsula de elevador, e a implantação
de vestiários no Bloco E, na Área
4. Nas Áreas 1, 2, 3 e 4 foram realizados os serviços de pintura das
guaritas e demarcação de vagas
nos estacionamentos.
No Câmpus V são realizadas
obras nos laboratórios do Núcleo
de Prática Jurídica; na guarita; no
sistema de iluminação; na Seção
de Administração de Recursos
Humanos (SARH), na galeria
aberta, por solicitação do Curso
de Publicidade e Propaganda, e
na calçada e grelha externa, além
de pintura. Ainda, foi implantado um sistema de vigilância eletrônica, com a empresa Sampa e
o pessoal do Centro de Processamento de Dados (CPD), já realizando os testes, em conjunto
com a DSG.
Reitor vistoria obras em andamento
O reitor Wolmir Amado visitou no dia 25 deste mês as obras
em andamento nos diversos espaços da PUC Goiás, além do
Câmpus V e do Católica Idiomas.
Na área 4, pelo menos cinco mudanças estão a todo o vapor. A
transferência da Secretaria Geral
e da Coordenação de Assuntos
Estudantis (CAE) para um espaço mais amplo visa o melhor atendimento e acomodação dos alunos que buscam diferentes serviços, como solicitação de bolsas do
ProUni, diploma, efetivação da
matrícula, entre outros. Poltronas
e televisão na recepção pretendem dar conforto aos dois ambientes, que serão interligados por
um hall.
Também na Área 4, por solicitação principalmente dos acadêmicos de Enfermagem e Medicina, que cursam período integral,
os dois banheiros foram transformados em vestiários, com instalações de duchas. O elevador que
permitirá a acessibilidade de pessoas com deficiência física ao prédio da Medicina está em estágio
avançado. Outra mudança é a
transferência da Ouvidoria e da
Comissão Disciplinar para onde
funcionava a Central de Correspondência e Processos (CCP).
No Câmpus V, está pratica-
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mente concluída a instalação de
guarita no estacionamento, para
a entrada de carros de professores e servidores, liberando o atual portão para os veículos dos
alunos, o que desafogará o tráfego no local. Um novo calçamento na porta do estacionamento
está em fase final. O plantio de
novas árvores é outra meta para
o Câmpus V.
No Católica Idiomas, as novidades também são muitas.
Toda a parte inferior do prédio,
antes alugada a comerciantes,
passa a integrar o projeto arquitetônico do centro de línguas.
Serão mais salas de aula, um
auditório, novos espaços para
professores e coordenadores,
recepção remodelada, móveis e
equipamentos novos – inclusive
está programada a aquisição de
uma lousa digital, onde o conteúdo poderá ser visto em 3D,
para o auditório - projeto que
deve se estender futuramente
para as salas dos alunos.
Na Área 3 o Reitor conferiu a
reforma da Central de Monitoramento e Segurança. O diretor da
DSG, José Rubens Pereira, destacou que 32 novas câmeras foram
instaladas no Câmpus V e que o
sistema da central também está
interligado com a UCG TV.
Calendário de eventos - Fevereiro
08 - Apresentação Calourada 2011.1 (Coordenação de Arte e Cultura/Dança)
09 - Aula inaugural (Departamento de Enfermagem/ENF, isioterapia)
09 - Aula inaugural (Departamento de Matemática e Física / MAF, Engenharia de Alimentos
10 - Conferência de abertura do ano letivo do Programa de Pós-Graduação ‘Stricto Sensu’ em Ciências da
Religião (PPGCR)
10 e 11 - Curso Propedêutico (PPGCR)
11 - Aula inaugural (Departamento de Zootecnia)
15 – Aula conjunta, mat./not. (ENF/Nutrição)
16 - Aula inaugural do Curso de Relações Internacionais (Departamento de História, Geografia, Ciências
Sociais e Relações Internacionais / HGSR)
18 - 1º Ciclo de Palestras (MAF / Engenharia de Alimentos)
19 - Início do Grupo de Jovens da Paróquia Universitária São João Evangelista
21 a 25 - Seleção de novos alunos das oficinas (CAC/Dança)
21 a 25 - Período de matrícula para Unati (Coordenação de Extensão e Estágio/Programa de Gerontologia
Social)
21 a 25 - 7ª Etapa do Programa de Formação Continuada – Curso 1 (Prograd)
22 - Missa em Ação de Graças pelo início do semestre (Campus IV / Ipameri)
22 - Conferência de abertura do período letivo do Mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas (Mepros)
22 - Aula inaugural (Departamento de Engenharia / ENG)
22 - Visita aos Laboratórios de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal de Minas Gerais (ENG)
23 - 1º Colóquio sobre Projeto de Pesquisa de Computação (Departamento de Computação / CMP)
24 - Aula inaugural do Curso de Arquitetura e Urbanismo (Departamento de Artes e Arquitetura / ARQ)
24 - Aula inaugural do Curso de História (HGSR)
25 - Aula inaugural do Curso de Design (ARQ)
25 - Missa em Ação de Graças à fundação do Curso de Fonoaudiologia da PUC Goiás (Departamento de
Fonoaudiologia)
28 - Aula inaugural do 1º Semestre, manhã (Departamento de Educação Física e Desporto)
OUTRAS AATIVIDADES
TIVIDADES DO MÊS (*)
- Encontro com os alunos do Programa Primeiro Ano – Comissão de Ingressantes (Departamento de Educação)
- Aula inaugural dos cursos de Administração, Tecnologia em Agronegócios, Tecnologia em Eventos e
Tecnologia em Gastronomia (Departamento de Administração / ADM)
- Reuniões do Reitor com Congregrações / Colegiados de Cursos para apresentação da 2ª versão do Plano de
Desenvolvimento Institucional (Gabinete do Reitor)
- Calourada dos cursos de Administração, Tecnologia em Agronegócios, Tecnologia em Eventos e Tecnologia em
Gastronomia – visita Campus II (ADM)
- Semana de Integração do Curso de Administração (ADM)
- Inscrições e início das aulas para as oficinas de dança da CAC (CAC/Dança)
- Participação do Coral Vozes e Cores na Calourada (CAC/Vozes e Cores)
- Abertura da Campanha da Fraternidade 2011 (Paróquia Universitária)
- Encontros de Oração e Reflexão nos Departamentos da PUC Goiás (Paróquia Universitária)
- Reunião Mensal de Pastoral. Local: Centro Pastoral Dom Fernando, 08h30 às 12h30, Paróquia Universitária
(*) Verificar datas com as unidades responsáveis
1/2/2011, 08:40
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CNPq aprova projeto para demonstrações públicas de química
Profa Sandra Regina Longhin
Imagine um “laboratório de
química móvel”, transitando por
espaços públicos de Goiânia, com
demonstrações e aulas que orientem seu cotidiano? Essa é a idéia
do projeto “Química Mambembe”, coordenado pela professora
do Curso de Licenciatura em Química da PUC Goiás, Sandra Regina Longhin, aprovado recentemente por meio de edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq).
O projeto também prioriza
pessoas portadoras de necessidades especiais (com deficiência visual e auditiva), já que os próprios alunos da Universidade têm na
matriz curricular aulas de Libras.
Além da divulgação da importância da própria Química, as atividades são inclusivas, pois o foco
são todas as pessoas, sem discriminação. Para isso, a equipe contará com toda uma estrutura, incluindo materiais em Braille. “Vamos usar os órgãos dos sentidos,
para que as pessoas aprendam os
conceitos da Química”, disse.
A proposta do “Química
Mambembe” também é de integrar os calouros do curso por meio
do incentivo a projetos de pesquisa, iniciação científica, publicação
de artigos e socialização do conhecimento. “O curso de licenciatura
tem que formar um professor e ele
deve ser diferenciado e construir
o cidadão”, afirmou.
O projeto tem validade de dois
anos e será levado para eventos
promovidos pela PUC Goiás,
como a Semana de Cultura e Cidadania e Semana de Ciência e Tecnologia. O Instituto do Trópico Subúmido da Universidade, a Festa
da Pecuária de Goiânia, escolas e
outros espaços da rede municipal
e estadual também serão recebidos pelos “itinerantes”.
PUC Goiás foi a única
Dos 14 projetos aprovados, a PUC Goiás foi a única Universidade particular
no Brasil que obteve essa
conquista. “O objetivo é de
popularizar e melhorar o
ensino da Química”, explicou Sandra. Durante este
ano, atividades vão ocorrer
em várias cidades no País
em comemoração ao Ano
Internacional da Química,
uma iniciativa da Unesco,
para estimular o debate sobre a importância dessa
área do conhecimento para
os seres humanos.
Projeto AlfaDown tem saldo positivo e já inscreve monitores
Com saldo positivo, o
Projeto AlfaDown da
PUC Goiás encerrou o segundo semestre de 2010
em dezembro, com animada confraternização
que reuniu os alunos com
Síndrome de Down, familiares, professores,
parceiros e acadêmicos.
A cada semestre, o projeto atende 40 alunos e acolhe 44 acadêmicos por
ano, dos mais diversos
departamentos da PUC
Goiás, como monitores.
As inscrições para monitores neste ano já podem
ser feitas pelo site
www.pucgoias.edu.br,
sendo que as atividades
No encerramento das atividades, em dezembro, a professora Sandra Regina recebeu alunos e seus familiares
começam em março.
O objetivo é auxiliar no pro- “Os alunos são muito carinho- professora Sandra Regina de
cesso de alfabetização de crian- sos e inteligentes. Aqui você não Matos Costa, confirma a percepças, jovens e adultos com neces- apenas ensina, você aprende ção dos monitores: “Com relasidades especiais. Além disso, também”, avaliou.
ção aos acadêmicos, já aparecevisa criar um ambiente onde o
A acadêmica do 2º período ram várias oportunidades no
acadêmico da PUC Goiás possa de Pedagogia, Weslayne Silva mercado de trabalho por terem
vivenciar uma prática pedagógi- Dias, 19 anos, considera que sua no currículo essa experiência.
ca com portadores da Síndrome experiência irá auxiliar na prá- Eles saem do projeto com uma
de Down. O aluno Leandro Fer- tica pedagógica. “Não é só para visão diferenciada das pessoas”.
reira Martins, 21 anos, cursa o alfabetizar, é uma experiência
As aulas são adequadas ao
4º período de Fisioterapia e é um para a vida”, afirmou.
perfil e à necessidade de cada
aluno. Para facilitar o processo
dos monitores do projeto. Quande aprendizagem, são utilizados
do terminar o curso, ele pretenVisão diferenciada
de trabalhar na área da saúde.
A coordenadora do projeto, softwares educacionais. “O moni-
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tor elabora a atividade
com base na dificuldade
que o aluno apresenta. É
um processo bem diversificado e pessoal”, informou.
Irma Palhares e Osmar
Fraga frequentam as comemorações do projeto há
quase oito anos. Eles são
pais de Fernando Palhares, 31 anos, o caçula dos
três filhos do casal, carinhosamente chamado
como “Dudu”, que é aluno do Projeto AlfaDown.
No período, eles puderam
acompanhar a evolução
do filho, por meio das atividades de alfabetização e
estímulo ao processo de
aprendizagem. “Ele tem
facilidade com o computador; tem coisas que ele faz que
eu não sei. Ele gosta do ambiente e se interage com os colegas”,
avaliou Irma.
Parceria
O Projeto Alfadown é
uma parceria da Pró-Reitoria
de Extensão e Apoio Estudantil da PUC Goiás com a
Associação Down de Goiás e
a Superintendência de Ensino Especial da Secretaria da
Educação do Estado.
EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011
EXCELÊNCIA PUC NA EXTENSÃO
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011
Entrevista
Folha PUC 494 - 6
Janira Sodré Miranda
A sociedade brasileira é racializada”
Coordenadora do Programa de Estudos e Extensão Afro-Brasileiro (Proafro) da PUC Goiás, a professora Janira Sodré Miranda (foto) passou por vários estados antes de se mudar para a capital goiana.
Natural do Maranhão, estado que tem 80% da população negra, a filha de migrantes mudou-se aos sete
anos de idade, com a família, para a Amazônia, em 1978, quando a Nação estava sob regime militar.
Sua trajetória não parou aí: ela se radicou na capital de Roraima, o estado mais indígena do Brasil.
Além da formação acadêmica em História, estudou Teologia no Seminário Arquidiocesano de Manaus, fez especialização na PUC-SP e concluiu o mestrado em Ciências da Religião pela Universidade
Metodista de São Paulo. Já foi diretora do Instituto de Pesquisa e Estudos Históricos do Brasil Central
(IPEHBC), da PUC Goiás, e atualmente é doutoranda em História pela Universidade de Brasília (UnB).
Nesta entrevista à jornalista Belisa Monteiro, do “Folha PUC”, Janira fala sobre os avanços e desafios da questão negra no Brasil. “Penso que cada vez mais a visibilidade negra quebra uma visão exótica,
estigmatizada e discriminadora. A presença negra era vista como se fosse algo extemporâneo da sociedade brasileira”, refletiu. Ela aborda a política de cotas e o papel da universidade, sobretudo a comunitária, que forma 85% dos professores do País; e discorda da ideia de que o racismo no Brasil seja
velado. “Acho que nós temos um racismo institucionalizado, é naturalizado e não estranhado, não
problematizado e não criticado”, afirma.
O Proafro existe há 28 anos. Quais os principais avanços neste período?
O nascimento do Proafro ocorreu no início da década de 1980, no contexto da abertura democrática, por homens e mulheres que
acreditaram na importância ética, republicana e estratégica de combater as desigualdades raciais no Brasil. Eles o fizeram por meio
de uma série de adensamentos teóricos e lutas políticas que no cenário nacional desembocaram na Constituição de 1988, a “Constituição cidadã”, assim chamada porque trouxe uma série de demandas de cidadania, um
conjunto de perspectivas para o País, dentre
elas a questão negra no Brasil. No transcurso de sua existência, o Proafro foi dirigido
por homens e mulheres negras, mas também
por pessoas brancas. O que demonstra que
na PUC Goiás não há uma visão única e segmentada da questão racial. Para nós, o racismo não é um problema apenas dos negros.
A questão negra no Brasil é uma questão de
nacionalidade, de identidade, de justiça, de
reparação. De nossas muitas lutas, sobretudo da luta daqueles que nos antecederam, temos da década de 1980 a Constituição da República, que trouxe vários aspectos relacionados à questão negra, sobretudo a quilombola; e da década seguinte o próprio Estatuto da Igualdade Racial, que ficou 13 anos no
Congresso Nacional antes de ser aprovado,
em 2010, não sem perdas, sobretudo na questão quilombola e educação superior. Tivemos
(e isso acho que é o mais importante) o adensamento da questão negra e do movimento
negro que, a partir da década de 80, não parou de crescer e de aprofundar debate, reflexão e de disputar o cenário nacional em um
campo de políticas públicas que pudesse dar
respostas. Existe hoje um plano nacional de
políticas de promoção da igualdade racial no
Brasil, compartilhado entre os entes federativos (municípios, estados e União) e sendo
implementado. Para nós do Proafro, são 28
anos de muitas lutas, mas de muitas vitórias. Penso que é uma história de avanços, de
ganhos.
Houve uma mudança no enfoque do debate sobre a questão negra no País?
Hoje o Brasil reconhece a existência do ra-
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Quando estudei na
universidade existia
essa perspectiva,
dos colegas dizerem
que éramos “exóticos”
cismo, sua persistência, as desigualdades raciais. E reconhece a necessidade de reparação e promoção da igualdade racial no País.
Hoje vemos mudanças. Cada vez mais a visibilidade negra quebra uma visão exótica,
estigmatizada e discriminadora. A presença
negra era vista como se fosse algo extemporâneo da sociedade brasileira. Percebo que
essa presença na universidade vai fazer com
que os negros venham a participar cada vez
mais como cidadãos da sociedade brasileira.
Acredito que a convivência nesses ambientes permite que o brasileiro “não-negro” possa ter um olhar mais aproximado e menos
discriminatório, menos exotizante. Quando
estudei na universidade existia essa perspectiva, dos colegas dizerem que éramos exóticos. Em termos de indicadores se observarmos o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), a distância entre a população branca
e a negra permanece. Em termos de expectativa de vida, atualmente, existe uma diferença de quatro anos entre a população branca e
a negra: para a branca é de 78 anos e, para a
negra, 74. Uma pessoa negra tem em média
oito anos a menos de estudo que uma pessoa
branca. E assim é, para cada indicador, percebida exclusão da população negra. São indicadores que parecem muito as estatísticas
de 40 anos atrás. Cabe afirmar ganhos, mas
percebo a persistência de um modelo que ainda discrimina.
Que ações poderiam reverter esse quadro? A
política de cotas pode ser uma alternativa?
A política de cotas é uma possibilidade
de melhoria, porque abre a porta que está fechada à sociedade negra que concluiu o ensino médio. É uma possibilidade tímida, porque, na verdade, quando a sociedade brasi-
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leira tem 48% de população negra, as cotas
falam um índice de 10%, nos lugares mais
otimistas 20%. O acesso à educação é visto
pela sociedade, por todos os governos do
mundo democrático e por todos os organismos internacionais, como a única forma de
desenvolvimento de um povo. Quanto mais
acesso ao conhecimento maior a chance de
desenvolvimento de um povo. Nós, que estamos nesse campo teórico-político da questão racial, observamos o campo da educação
como muito importante. Esperar por reformas
na educação básica para que os negros possam ir à universidade? Essa conversa existe
há 122 anos, desde que o Brasil é República, e
se nós fossemos esperar a escola básica melhorar, por quantas décadas mais a sociedade
brasileira esperaria?! As cotas almejam não a
desigualdade – como seus detratores afirmam
- mas produzir uma igualdade para o futuro
da nação. E isso é o que muitos brasileiros
puderam, mas não quiseram ver. Mas o País
avançou, embora esse avanço não tenha sido
completo. Ainda que as cotas não tenham sido
contempladas no Estatuto de Igualdade Racial, elas são uma realidade, hoje com decisão
do Supremo Tribunal Federal afirmando sua
constitucionalidade. A sociedade brasileira é
racializada, é o que vemos. Apenas políticas
adequadas que dêem um tratamento sério à
questão étnico-racial poderão superar esse
modelo, produzindo a “desguetização”, permitindo a inserção plena, cidadã da população negra à vida nacional.
A visibilidade negra
quebra uma visão
exótica, estigmatizada,
e discriminadora.
A presença negra era
vista como se fosse
algo extemporâneo
da sociedade brasileira
Mesmo em condições
adversas, uma criança
negra pode superar
todas as dificuldades
e se tornar uma pessoa
resiliente, mesmo dentro
de um mundo racista
O preconceito na sociedade brasileira se dá de
uma maneira velada?
Eu não diria velado. É fato que nunca tivemos uma legislação de um país racista,
como ocorreu no caso dos países que viveram o ‘apartheid’, que poderíamos chamar de
uma ‘apartação” racial. Nós nunca tivemos
um país “apartado” do ponto de vista jurídico. Mas sempre tivemos um país racializado
do ponto de vista do acesso a todos os bens
materiais e imateriais. Existe uma territorialidade branca e outra negra no Brasil. Existe
uma divisão social do trabalho no País: o trabalho intelectual é destinado a uma camada,
e o braçal a outra. Não é só uma questão de
classe. E isso eu também acho que não é velado. A sociedade brasileira é acostumada a
ver a população negra como subalterna, inferior. E todos consideram natural que em
um País com metade da população negra nós
não tenhamos representação e participação
social correspondente. As instituições brasileiras são racistas. Creio que nós temos um
racismo institucionalizado, que é naturalizado e, portanto, não estranhado, não problematizado, não criticado.
No Mês da Consciência Negra na PUC Goiás
você afirmou que o sistema educacional brasileiro
é excludente e que os professores não estão bem
preparados para lidar, por exemplo, com o
buylling. Como orientar esses professores?
É um desafio muito grande da universidade, não falo só da PUC Goiás, como também da universidade como instituição no
País: a universidade pública prepara 15% dos
professores, enquanto a particular ou comunitária prepara 85%. É preciso educar esse
licenciando para perceber a seriedade dessa
problemática e, sobretudo, o impacto que
esse problema tem na psiquê das crianças
negras e brancas. Ao tratar desse impacto,
tanto na formação inicial como continuada,
a universidade precisa fazer com que esse
professor tenha a possibilidade de saber valorizar a pluralidade das culturas que formaram o Brasil e das práticas artísticas e religiosas que formam o País, inclusive da nossa
matriz africana. Acredito que o professor que
tenha uma visão ampla da questão racial saberá fazer uma abordagem valorativa da ma-
Folha PUC 494 - 7
triz cultural, étnica e religiosa negra. Saberá
tratar a questão do racismo em sala de aula.
Estará preparado/a e terá condições de fazer uma intervenção mais adequada no ambiente escolar. O docente também precisa
de uma sensibilidade pedagógica para dar
um impulso positivo no desenvolvimento da
autoestima das crianças negras dentro da sala
de aula. Na verdade a questão da autoestima é bastante central. Mesmo em condições
adversas, uma criança negra pode superar todas as dificuldades e se tornar uma pessoa
resiliente e vitoriosa, mesmo dentro de um
mundo racista. A diferença é que ela tem uma
mãe ou outra pessoa nesta posição, que seja
confiante nesta criança e que transmita essa
autoconfiança para essa criança negra. Então,
neste contexto, os professores são peça chave. Os professores, como parte do sistema,
pecam ao não tratar essa problemática na sala
de aula e isso faz com que a criança negra
fique ou invisibilizada ou inferiorizada – ou
ainda acreditando que a permanência dela
na escola tenha a menor importância. As próprias condições da escola oferecidas às crianças negras são sofríveis. A ausência de
perspectiva pós-escolar também é muito presente. Daí os índices de evasão, de falta de
apego à escola, tudo isso ligado a uma série
de outras questões sócio-raciais comprometem o presente e o futuro da infância e juventude negras.
A festa da Natal da Escola de Circo
A Escola de Circo do
Instituto Dom Fernando,
da PUC Goiás, promoveu uma confraternização de Natal com as crianças participantes do
projeto, para encerrar o
ano letivo, no dia 7 de dezembro. Música eletrônica, mesa de frutas, jantar
e sorteio de brinquedos
foram os atrativos para a
meninada. É um projeto
da Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil.
Coordenadora geral,
a pedagoga Iolanda Ferreira Machado explica
que o objetivo não é a formação de artistas, mas a formação para a vida. “Mas isso não
impede que eles sejam artistas.
Trabalhamos com o circo social
que não visa a arte pela arte, mas
esta como instrumento de ação”,
ressaltou.
Atualmente, 130 alunos de
sete a 16 anos estão matriculados
na escola. Porém, o número de
pessoas atingidas indiretamente
é bem maior, devido aos projetos e espetáculos realizados pela
escola nos meses de março, junho, setembro e dezembro. O
bairro Dom Fernando oferece
poucas opções culturais para as
crianças. “Há praças, lan houses e
boates que não são espaços para
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Música e sorteio animaram a comemoração
confraternização em família. Os
espetáculos promovidos pelo circo são gratuitos e voltados a toda
comunidade”, afirmou. São montados em grupo e todos abordam
uma temática com viés educativo.
As aulas ocorrem duas vezes
por semana: uma turma nas terças e quintas, e outra nas quartas e sextas, nos turnos matutino
e vespertino. As crianças passam
por todo um ritual de organização e trabalho em equipe: primeiramente elas recolhem o lixo da
praça e depois passam pela etapa da “gotinha mágica”, para lavar e higienizar as mãos. Após
as tarefas iniciais, há uma roda
de conversa, com temas livres, e
depois são direcionados às atividades circenses, de acordo com
o planejamento semanal.
Os alunos aprendem noções
de organização por meio de atividades simples. Os educadores
criaram um “chinelódromo”
para que os alunos possam guardar seus sapatos, sem deixá-los
esparramados pelo circo. Há
também as “caixinhas de tesouro”. “Nelas, as crianças guardam
os seus pertences: um relógio, um
adesivo, qualquer coisa que é
valiosa pra elas... No final do dia,
esse objeto tem que estar lá. Se
não estiver, ninguém sai, enquanto não aparecer”, conta.
1/2/2011, 08:40
Frutos do Projeto
O educador cultural Fábio
Nunes da Silva, servidor do circo, já foi educando do projeto.
Aos 14 anos, ele acompanhou um
amigo na escola e, a partir daquele momento, não parou mais. “O
que intimidou primeiro foi a perna de pau, mas depois peguei o
jeito”, disse Fábio aos risos. Ele
confessa ser um apaixonado pela
arte circense e nunca deixou de
estudar. Aos 27 anos, é casado,
trabalha com o que gosta e tem
uma filha, de sete anos que também é aluna do circo. “Ela tem
vocação, mas quero que ela tenha
liberdade de escolha. Não obrigo
nada, quero que siga seu caminho
e seja feliz”, disse. Fábio também
é um dos fundadores do circo
Lahetô, situado próximo ao estádio Serra Dourada.
Além de todo o trabalho sócio-cultural realizado pelo projeto, as crianças são servidas com
café da manhã, almoço e jantar.
Em 2009, a escola ganhou do Ministério da Cultura o Prêmio
Pontinho de Brincar, e foi contemplada pela Funarte com o
Prêmio Carequinha de Estímulo
ao Circo. A escola existe no bairro Dom Fernando há 14 anos. “As
premiações concretizaram nosso
trabalho. Foi muito gratificante,
porque coroou a nossa luta”, ressaltou a coordenação.
EXCELÊNCIA PUC NA EXTENSÃO
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011
EXCELÊNCIA PUC EM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011
Folha PUC 494 - 8
Graduados pela PUC Goiás que se destacam
Equipe de Marconi tem 10 egressos
A equipe nomeada pelo governador Marconi Perillo, do
PSDB, que assumiu no dia 1º
deste mês, tem 10 profissionais
graduados pela PUC Goiás, um
professor da instituição e um
ex-professor. Dentre os novos
titulares de Secretarias de Estado e dirigentes de empresas e
instituições estatais formados
Novos secretários
São graduados pelo Departamento de Ciências Jurídicas da
PUC Goiás o vice-governador José
Eliton Figueiredo Júnior, também
empossado como presidente da
Companhia Energética de Goiás
(Celg); os secretários de Estado da
Indústria e Comércio, Alexandre
Baldy; e de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Ra-
José Eliton Figueiredo Júnior
Luiz Alberto de Oliveira
pela PUC Goiás cinco fizeram
o curso de Direito, dois cursaram Economia e os demais são
graduados em Pedagogia, Administração, História, Secretariado Executivo e Engenharia Civil. Há, ainda, um professor do
curso de Ciências Econômicas,
Mauro Fayad, novo Secretário
de Estado de Ciência e Tecno-
logia, e um ex-professor do curso de Direito, Vilmar Rocha,
novo titular da Casa Civil, que
lecionou de 1975 a 1981.
“Mais do que reforçar, a escolha desses profissionais é o
testemunho do que a PUC Goiás faz, de formar e capacitar
pessoas para servir ao Estado e
à sociedade”, destacou o reitor
Wolmir Amado. Conforme ressaltou, a decisão do Governador reafirma a presença histórica da Universidade, há 51
anos qualificando lideranças.
“A Universidade se sente feliz
e orgulhosa”, afirmou o Reitor,
para acrescentar que no êxito
deles a PUC Goiás se vê reconhecida.
cial, Gláucia Teodoro Reis; o diretor geral da Polícia Civil, Edemundo Dias; e o secretário do Gabinete de Representação do Governo em Brasília, Luiz Alberto de
Oliveira.
Graduados em Ciências Econômicas pela PUC Goiás: os presidentes da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa),
Antenor Nogueira; e da Agência
Goiana de Habitação (Agehab),
Marcos Abraão Roriz. A presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás, Eliana
França, graduou-se em Pedagogia
pela PUC Goiás (ainda não empossada); a chefe do Gabinete Particular da Governadoria, Glória
Miranda, é graduada em História
e Secretariado Executivo Bilíngue
pela PUC Goiás; o presidente do
Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado de
Goiás (Ipasgo), José Taveira, é graduado em Administração; e o secretário de Infraestrutura, Wilder
Morais, também suplente de senador pelo Partido Democratas, é
graduado em Engenharia Civil.
Alexandre Baldy
Marcos Abraão Roriz
Gláucia Teodoro Reis
Glória Miranda
Edemundo Dias
Antenor Nogueira
José Taveira
Wilder Morais
Engenheiros de Alimentos, graduados pela PUC Goiás, criam associação
Por iniciativa de um grupo de
engenheiros de alimentos, todos
formados pela PUC Goiás, com
apoio do Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Goiás (CREA-GO), foi
fundada na noite do dia 3 de dezembro, no auditório do Conselho, a Associação Goiana de Engenheiros de Alimentos (AGEA).
Esse processo foi encabeçado pela
engenheira de alimentos Larissa
Ribeiro Pereira, há três anos formada pela PUC Goiás, que a indicou para representar a Universidade como conselheira do
CREA nesta área da engenharia.
Uma de suas primeiras atividades
foi propor a criação da nova associação, mobilizando um grupo
de colegas da área.
Na oportunidade, foi eleita e
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empossada a primeira diretoria da Agea,
que ficou assim constituída: presidente,
Larissa Rodrigues Ribeiro Pereira (foto);
vice-presidente, Gleice de Oliveira Miguel;
1º secretário, Vitor de
Matos Costa; 2º secretário, Danilo Henrique Lima Araujo; 1ª
tesoureira, Viviane
Cordeiro Lopes Dias; 2ª tesoureira, Gracyana Fernandes dos Santos; e, membros do Conselho fiscal, Maria Luiza Mendes Filgueiras, Elisângela Pereira dos Santos
e Silmara Damaso Fernandes.
Fundação
Na reunião de fundação da
Agea, Larissa Pereira
afirmou que, pela primeira vez, a Engenharia de Alimentos está
representada
no
CREA; como conselheira, sentiu-se na
responsabilidade de
lutar para o reconhecimento profissional
no mercado de trabalho e da sua importância como responsável pela fabricação e defesa da
qualidade do alimento. “Queremos conscientizar as empresas de
alimentos da necessidade de terem em seu quadro técnico um
profissional da área”, disse.
Explicou que o grupo que representava tomou as iniciativas
necessárias para a organização
1/2/2011, 08:40
dos profissionais da área e de uma
entidade para representá-los,
quando apresentou uma chapa
para constituir a primeira diretoria da entidade, que foi eleita pelos presentes.
Apoio do CREA
A assembléia foi encerrada
com o pronunciamento do presidente do CREA, Gerson de Almeida Taguatinga, elogiando o
trabalho da conselheira pela PUC
Goiás, como representante da
área de Engenharia de Alimentos.
Apoiou também a iniciativa dos
engenheiros na fundação da Associação, dizendo que a nova entidade contará com todo o apoio
do CREA e convocou todos os
engenheiros de alimentos a se inscreverem na AGEA, para fortalecer a sua categoria profissional.
Folha PUC 494 - 9
Projetos da PUC Goiás aprovados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia
Carla Lacerda
O ano de 2011 promete ser
ainda mais promissor do que os
anteriores para a área de pesquisa da PUC Goiás. Dois projetos
coordenados por professores da
instituição foram aprovados
pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), para integrar a
Rede Centro-Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação
(Rede Pró-Centro-Oeste). Juntas,
as duas propostas selecionadas,
por meio de edital, foram contempladas com R$ 1,3 milhão.
Com o título de “Investigação
das Causas Genéticas e Genômicas
do Retardo Mental Autossômico”,
o projeto capitaneado pelo professor Aparecido Divino da
Cruz faz parte da Rede de Excelência em Genética e Genômica
Molecular Aplicada à Saúde. A
pesquisa envolve a participação
de pelo menos sete professores
dos cursos de Biologia, Medicina, Psicologia e do Mestrado em
Genética, além de técnicos e alunos de graduação e de pós-graduação da PUC Goiás – estes últimos serão contemplados com
bolsas de estudos.
Uma das participantes da iniciativa, a professora Daniela de
Melo e Silva destaca que o projeto irá possibilitar o diagnóstico genético de pelo menos 900
pessoas, que têm retardo mental,
ao longo de três anos, prazo de
execução da pesquisa. A estimativa é de que cerca de 90% dos
pacientes, que serão encaminhados pelo SUS, via Hospital Materno Infantil, Hospital das Clínicas, Crer e Apae’s de Goiânia
e de Anápolis, sejam crianças.
“O SUS praticamente não trabalha com o diagnóstico genético. Já na rede particular, esses
exames, com as três metodologias que iremos usar, custariam
mais de R$ 1.000”, detalha.
“Apesar de o retardo mental não
ter cura, o diagnóstico genético
é importante para a família,
principalmente para calcular
novos riscos no caso dos pais desejarem mais filhos”, explica a
cientista.
Segundo a literatura médica
atual, o retardo mental corres-
Professor Aparecido Divino da Cruz
Professor Nelson Jorge da Silva Júnior
ponde a uma das categorias
mais amplas de distúrbios, acometendo de 1% a 3% da população nos países industrializados
e quase 10% nos países em desenvolvimento, como o Brasil.
Devido à heterogeneidade de
fatores causais associados a essa
condição, sua investigação diagnóstica pode ser dificultada e
40% dos casos não têm sua origem determinada.
Saúde e biodiversidade
O outro projeto da PUC Goiás aprovado pelo edital da Rede
Pró-Centro Oeste é o do professor Nelson Jorge da Silva Júnior. “Filogeografia e Diversidade
Toxinológica de Micrurus (cobra
coral) na Área de Contato CerradoAmazônia-Caatinga” faz parte da
Rede Genética Geográfica e Planejamento Regional para a Conservação de Recursos Naturais
no Cerrado e foi contemplado
com R$ 80 mil na primeira fase
do projeto, este ano.
“Nosso intuito é estudar a diversidade da cobra coral nesta
área de transição, com foco não
somente nas características do
animal, como também no veneno, que tem sido uma ferramenta importante de estudo médico”, explica Nelson. “O veneno
da coral, por exemplo, tem um
componente 200 vezes mais potente do que o da jararaca, que
já é utilizado como remédio para
tratar a hipertensão arterial”, informa o cientista, que patenteou
a descoberta em relação à micrurus.
“Também sabemos que a toxina da coral tem afinidade pelas mesmas áreas cerebrais afetadas pelo Mal de Parkinson e
Mal de Alzheimer. Portanto, os
estudos experimentais podem
nos ajudar a mapear melhor essas áreas do cérebro e a entender melhor as patologias”, complementa, ao informar que o
projeto contará também com a
colaboração do Museu de Zoologia da Universidade de São
Paulo (USP) e do museu paraense Emílio Goeldi.
Intercâmbio, aliás, é um
nome forte que norteia os projetos da PUC Goiás. Tanto que até
parcerias internacionais estão
Tecnologia
O valor liberado pelo MCT
para a pesquisa em genética da
PUC Goiás, de R$ 950 mil, irá
subsidiar a compra de um sequenciador automático de DNA,
orçado em R$ 310 mil. “Além
disso, o dinheiro será investido
na compra de insumos (reagentes de laboratórios) e em bolsas
de mestrado e de Desenvolvimento Tecnológico para que
nossos alunos e ex-alunos também possam participar da pesquisa”, explica Daniela.
“A aprovação do projeto é
um marco na área de genética
humana no Centro-Oeste, ainda
incipiente se comparada com
outras regiões do País. Essa seleção consolida o grupo de pesquisa da PUC Goiás, pioneiro no
Estado, aprimora a capacitação
técnica, contribui para a pós-graduação, propicia o intercâmbio
de conhecimento, entre outros”,
lista a professora. Ela lembra
que, além do projeto da PUC
Goiás, fazem parte da Rede de
Genética propostas das Universidades de Brasília (UnB), Federal de Goiás (UFG), Católica de
Brasília (UCB) e Federal do
Mato Grosso (UFMT). “Cada
uma terá um tema diferente,
mas atuaremos como parceiros”.
sendo firmadas. Os pesquisadores russo Sasha Mikheyev e o
americano Steven Aird, ambos
atualmente no Japão, já demonstraram interesse em participar
da pesquisa goiana.
“Vivemos um momento único na PUC Goiás. Nunca a Universidade teve tantos projetos
aprovados em instâncias oficiais. Estamos trazendo as pesquisas para serem desenvolvidas
dentro da nossa instituição, o
que é muito importante”, ressalta o professor. “Temos recebido
o apoio necessário na PUC Goiás, como a disponibilização da
estrutura física e a valorização
do pesquisador”.
No primeiro dos cinco anos
do projeto, a meta é estruturar
o banco de venenos. A iniciativa envolve a comunidade acadêmica dos cursos de Biologia, Medicina e Biomedicina, e do Mestrado em Ciências Ambientais e
Saúde. “Não podemos esquecer
que a pesquisa também é importante para a preservação do Cerrado”, finaliza Nelson.
Rede Pró-Centro-Oeste
A Rede Centro Oeste de
Pós-Graduação, Pesquisa e
Inovação, instituída por meio
da Portaria Interministerial nº
1.038, de 10 de dezembro de
2009, visa à formação de recursos humanos e à produção de
conhecimentos científicos, tecnológicos e de inovação que
contribuam para o desenvolvimento sustentável da Região
Centro-Oeste.
A Rede é formada pelas
instituições de ensino e pesquisa dos estados de Goiás, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul e
Distrito Federal, suas respectivas Secretarias de Estado de
Ciência e Tecnologia e Fundações de Amparo à Pesquisa.
Ela terá duração de cinco anos,
a partir da data de publicação
da portaria de criação, podendo ser renovada, a critério do
Ministério de Ciência e Tecnologia, observados os indicadores apontados por uma comissão independente de avaliação, criada especificamente
para este fim.
CARA VÍDEO OFERECE
DESCONTO EM LOCAÇÃO
PARA A PUC GOIÁS
Estudantes, professores e funcionários
da PUC Goiás têm desconto de 20% na Locadora, à Rua 10 n.213, Centro, ao lado da
Catedral. Basta apresentar carteira de
identificação estudantil ou funcional.
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EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011
EXCELÊNCIA PUC EM DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011
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HISTÓRIAS DE VIDA
Luiz de Gonzaga Vieira
A
“ Universidade faz parte de minha vida”
Jales Naves
No time de professores do Liceu de Goiânia, em 1970
Luiz Gonzaga, em foto recente
A displicência naquele ano de 1964, quando estava concluindo o curso ginasial no Colégio Regina Pacis, em Araguari, MG, sua terra natal, e ficou de segunda época em Matemática, acabou definindo, mais tarde, a trajetória de Luiz de Gonzaga Vieira. Como havia
sido reprovado por dois décimos pelo professor João Duarte, casado com sua tia, ele prometeu que iria estudar muito, as férias inteiras, e tirar 10. Queria recuperar o prestígio com
o pai, o fotógrafo Geraldo Vieira, o mais famoso da cidade, que se recusara a ir à formatura dele, com receio de que não passasse na
matéria. A lição foi positiva, ele se empenhou
bastante, conseguiu a nota máxima e, ao mesmo tempo, passou a gostar da disciplina, que
abriu as portas para ele em vários colégios e
na Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
Na PUC Goiás construiu uma elogiada carreira no magistério superior, à qual dedicouse integralmente, e a partir daí, ocupou as mais
diversas funções – professor, dirigente sindical e gestor.
João Duarte teve um segundo momento
importante em sua vida: ao se envolver com
o movimento estudantil em sua cidade, em
meados dos anos 1960, na época efervescente, acabou sendo indiciado em Inquérito Policial Militar (IPM). Ele atuava na União dos
Estudantes de Araguari (UEA), participou de
um congresso na cidade mineira de Governador Valadares, de grande repercussão, e quando os militares assumiram o poder vários de
seus colegas foram presos. A sua sorte foi o
tio ter boas relações com o pessoal do Batalhão Ferroviário, que comandou os IPMs na
cidade, e o livrar da prisão.
que eu”, recorda-se.
Lecionar, até então, não constava de seus
planos. Ele sonhava em cursar Geologia em
Ouro Preto, MG, e seguir a profissão. Chegou
a fazer um cursinho preparatório à noite, em
Uberlândia, MG, enquanto começava a lecionar. O percurso entre as duas cidades, de
58km, era pela estrada de chão, passando pela
antiga ponte do pau furado, sobre o rio Araguari, famosa pela triste lembrança da violenta
injustiça cometida contra os irmãos Joaquim
e Sebastião Naves, no mais famoso caso de
erro judiciário do País.
Nesse ano começou a gostar de Matemática, quando decidiu se mudar para Goiânia,
para prestar vestibular. A opção não poderia
ser outra, passou, matriculou-se na então Universidade Católica de Goiás, e começou a estudar. Como não tinha bolsa de estudo e nem
queria contar com a ajuda financeira do pai,
que não teria como ajudá-lo, decidiu trabalhar para se manter. Como só achava emprego durante o dia, teve que trancar a matrícula
por dois anos, e o curso, que normalmente
dura quatro anos, foi completado em seis.
Mudando de planos
Nascido no dia 31 de julho de 1947 e segundo dos sete filhos de Célia de Souza Vieira, que fora professora quando solteira e depois apenas cuidou de criar a família, e de
Geraldo Vieira, Luiz Gonzaga fez o curso científico no Colégio Estadual de Araguari, que
concluiu em 1967. Como exercia grande influência no meio estudantil e tinha bom relacionamento com os colegas, com os professores e com o pessoal administrativo, logo foi
convidado pelo diretor Antônio Marques para
lecionar no colégio. “Não era dos mais brilhantes. Tinha colegas que sobressaíam mais do
Carreira no magistério
O primeiro emprego em Goiânia, como professor de Matemática, em 1968, no Colégio Ipiranga, oportunizou uma amizade com o proprietário, o professor Zeuxis de Morais, que foi
vereador em Goiânia e seu aluno na então UCG.
Na seqüência, lecionou no Liceu de Goiânia,
no Instituto de Educação de Goiás, no Colégio
Assunção e no Educandário Pio XII.
Em 1971, surgiram outras oportunidades,
que aproveitou: convidado pelo diretor Mozart Barbosa, trabalhou no então Departamento de Ensino de 2º Grau da Secretaria da Educação do Estado, como inspetor; e, depois, a
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Com a mãe, Célia, na primeira comunhão
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convite do diretor do Departamento de Ensino Supletivo, da SEE, Delson Leone, criou o
Centro de Estudos Supletivos, no Setor Aeroporto, que serviu de modelo para a unidade
que funciona hoje no Setor Universitário.
Logo após a formatura, em 1974, prestou
dois concursos públicos para o magistério, e
passou em ambos: da Escola Técnica Federal
de Goiás e da UCG, quando começou a sua
carreira, pelo então 1º Ciclo de Estudos Gerais, passando a atuar só nessas duas instituições de ensino. Foi o primeiro concurso para
contratação de professores que a Universidade realizou.
Houve um intervalo de dois anos (1978 e
79), para fazer o Mestrado em Estatísticas e
Métodos Quantitativos na Universidade de
Brasília, quando se mudou para a Capital Federal. Na época, passou em concurso para ser
professor da UnB e lecionou nesse período.
Mas os planos tiveram que ser mudados: a
ETFG não o liberou para fazer a dissertação
de Mestrado e, com isso, depois de concluídos os créditos, teve de retornar à Goiânia.
Conseguiu apenas o título de especialista.
Na ETFG ocupou as mais diversas funções,
de professor a vice-diretor, passando pela
Diretoria de Ensino, Coordenação da Supervisão Pedagógica e a Coordenação de Matemática.
Trajetória na PUC Goiás
Luiz Gonzaga sempre se dedicou ao magistério, com algumas rápidas passagens pela
administração e pela representação classista
na hoje PUC Goiás. Em 1981 foi eleito diretor
do Departamento de Matemática e Física,
cumprindo dois mandatos de dois anos. Na
época, era elaborada uma lista tríplice, cabendo ao reitor a escolha.
O professor Antonio Marques o cumprimenta em sua formatura
Em família: com o filho Luciano, a nora Graziela, o filho
Luiz Guilherme, a nora Alessandra e o neto Guiguinha,
o filho Daniel, a nora Waira, a filha caçula Gabriela, e a
mulher Cida, com os filhos Hugo e Larissa
Nunca se filiou a qualquer agremiação partidária, mas sempre teve atuação política, liderando seus colegas e se destacando. Seu
estilo discreto, conciliador e a seriedade como
sempre atuou serviram para um convite para
ser o ‘tértius’ numa disputa entre as duas forças políticas que sempre dominaram a Associação dos Professores da Universidade Católica (APUC): o Partido dos Trabalhadores e
o Partido Comunista do Brasil (PC do B). Com
a sua escolha, conciliando os dois lados nessa
briga, foi eleito para presidir a gestão 1996/
98 da APUC e no período conseguiu três importantes feitos: acordos coletivos de trabalho, em conjunto com o Sindicato dos Professores de Goiás (Sinpro-GO), com algumas conquistas sociais, vantagens financeiras e ganhos reais no salário; dobrar o número de filiados à entidade, a partir de reuniões em todas
as congregações; e os primeiros estudos para
a criação de um Plano de Previdência Complementar para os professores, que chegou a
ser discutido com a Reitoria, mas não levado
adiante. Constatou-se que, na época, era elevada a média de idade dos professores e se
tornava necessário criar uma opção de aposentadoria ao sistema oficial, que lhes assegurasse mais recursos financeiros para a sua
manutenção. Chegou a contratar um especialista para elaborar um plano de Previdência
Privada Complementar.
Em 2001 foi convidado pelo então grãochanceler, padre José Pereira de Maria, para
assumir a então Vice-Reitoria Acadêmica da
instituição, num período de transição, que
exerceu por quase dois anos. Na época, teve
condições de imprimir o seu estilo conciliador, conseguindo resultados positivos em
sua atuação.
Na Prefeitura de Goiânia
Ele teve uma única experiência no Setor
Público, no terceiro mandato do prefeito de
Goiânia, professor Nion Albernaz (1996/
2000). Convidado pela sua colega na PUC
Goiás, professora Geralda Albernaz, então
primeira dama da cidade e presidente da
Fundação Municipal de Desenvolvimento
Comunitário (Fumdec), assumiu a Superintendência da instituição, responsável pelas
ações sociais em Goiânia, e desempenhou
com eficácia o seu trabalho. Função técnica,
levou sua experiência para ajudar a melhor
estruturar, funcionalmente, a Fumdec, dando-lhe condições para o melhor exercício de
suas atividades, no auxílio a pessoas que mais
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Com Cida e os colegas Cristian, Dian, Lúcia e Marisvaldo
Com os filhos Luiz Guilherme, Luciano e Daniel, em 1990
Com a filha caçula Gabriela e a mulher Cida, em 2008
Com os irmãos Bruno, Maria Célia, Leandro e Antônio Marcos
necessitavam do apoio do Poder Público.
“Foi uma experiência rica e uma oportunidade de trabalhar com uma pessoa séria,
dedicada, muito atuante e presente nessa
área, a professora Geralda Albernaz, responsável por um período de grandes realizações,
quando a Prefeitura de Goiânia teve uma atuação forte e eficaz no atendimento social”,
disse. No período, ele conseguiu uma parceria consistente da Fumdec, através do Conselho Municipal de Assistência Social, que
presidia, com a PUC Goiás, a partir do apoio
da então secretária nacional de Assistência
Social, a hoje senadora Lúcia Vânia, do PSDB.
A parceria viabilizou recursos financeiros
para programas sociais da Sociedade Goiana de Cultura, como o Instituto Dom Fernando, utilizados na usina de reciclagem de lixo,
na Escola de Circo e na consolidação do Centro de Estudo e Pesquisa Aldeia Juvenil (CEPAJ), inclusive liberando técnicos para trabalhar no CEPAJ.
Gerais; e Larissa, que faz o sexto ano do
curso de Medicina na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), SP.
Vida sentimental
Tranquilo no falar, no agir e no andar,
sem pressa para nada, sempre com um sorriso ao falar, Luiz Gonzaga teve três experiências conjugais.
A primeira, com a professora Rose Meire Ribeiro do Nascimento, que conheceu em
Uberlândia e com quem se casou em 1971
em Brasília. Eles tiveram três filhos: Luiz
Guilherme, zootecnista graduado pela PUC
Goiás; Luciano, corretor; e Daniel, professor de Educação Física, todos casados, e
que lhe deram dois netos.
Quando estava na Fumdec conheceu Juliana Cláudio Camilo Néri, com quem se
casou em 1998 e que lhe deu a filha Gabriela, em 2000. A união durou mais três anos.
A caçula, hoje, o faz lembrar os velhos tempos, ao levá-la para as diversas atividades,
como cursos de dança, esportes etc.
É casado, desde 2003, com a advogada
Maria Aparecida de Medeiros Vieira, com
a qual tem dois filhos: Hugo, médico, formado pela Universidade Federal de Minas
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Aposentadoria
Já aposentado pela ETFG e pelo INSS, Luiz
Gonzaga se prepara para encerrar, em definitivo, a carreira no magistério e passar a cuidar de seu sítio, no vizinho município de Santo Antônio de Goiás, onde já passa todos os
momentos disponíveis que tem. Ali, cuida do
jardim, das plantações, dos pequenos animais
e aves que tem, e leva uma vida tranquila, com
a qual todos sonham.
Ele se lembra de quando chegou à Universidade, para estudar. Nessa época, a Rua 10
tinha asfalto até o córrego Botafogo, onde havia uma ponte de madeira. Era reitor o padre
Cristóbal Álvares Garcia, e a Praça Universitária era um projeto, que se concretizaria nos
anos seguintes.
“A Universidade faz parte de minha
vida”, afirma, para destacar que essa presença foi nos bons e nos maus momentos. Conforme relata, participou dos mais diversos
momentos na instituição, primeiro como aluno, depois como professor, dirigente de entidade representativa dos professores e, por
fim, como gestor, numa área vital para a instituição, sempre colhendo frutos positivos.
“Você só conhece uma pessoa quando
ela passa por todas as funções”, ressalta,
para resgatar as palavras do presidente do
Sinpro-GO, Geraldo Santana, sobre sua participação na mesa de negociações dos dois
lados: primeiro como representante dos docentes e, depois, representando a Universidade, sempre com uma postura de equilíbrio e bom senso nas discussões. “É um fato
raro”, lembra.
Por onde passa, só encontra amigos. O gerente Contábil e Financeiro da PUC Goiás,
João Sobreira de Macedo, que o conhece desde que entrou na Universidade, ao vê-lo, dálhe um abraço e faz a observação:
- O Luiz é uma relíquia.
EXCELÊNCIA PUC EM PESQUISA
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011
Goiânia, 2ª quinzena de janeiro de 2011
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Dom Washington mostra importância da educação católica
A educação é o bem mais precioso com o
qual os pais devem presentear seus filhos.
Com esta mensagem aos pais católicos, o arcebispo de Goiânia e grão chanceler da PUC
Goiás, dom Washington Cruz, lidera campanha pela valorização da escola católica e para
que as prestigiem, enviando seus filhos para
nelas estudar. “Orientada por princípios e
valores cristãos, a educação católica, juntamente com a indelegável missão da família,
ajuda a formar na criança, no jovem e no adulto – destinatários da ação educativa – uma
formação integral, que articula as dimensões
científica, técnica, estética, ética, espiritual,
ambiental e social”, afirmou, para completar: “O ensino-aprendizagem da educação católica orienta para aprender a aprender,
aprender a conviver e aprender a ser”.
No documento, ele ressalta a presença da
Igreja na educação há quase dois milênios:
“A escola católica formou, ao longo dos séculos, milhares de pessoas, muitas das quais
foram e continuam sendo ocupantes de posições de destaque social no Brasil e no mundo”. No passado e no presente, grande número de padres, religiosos e cristãos leigos
dedicaram-se e dedicam suas vidas em prol
da educação, disse, para informar que a As-
Dom Washington Cruz
sociação Nacional de Educação Católica
(ANEC), organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
congrega 80 instituições de ensino superior,
entre universidades católicas, centros universitários e faculdades integradas, e 1.400 escolas católicas de educação básica. No ensino católico há 91 mil professores a serviço
da educação de 1.522.000 alunos.
Competência e dedicação
Os alunos encontram na escola católica,
conforme salientou, um ambiente saudável
e zeloso para com todos, desde os mais pequenos. “Em todas as nossas instituições ca-
Bento XVI recebe imagem do Divino Pai Eterno
tólicas de ensino, do maternal ao ensino superior, professores e servidores trabalham
com competência acadêmica, dedicação e abnegado espírito de serviço. Isso por que a
escola católica entende a sua ação educativa
como missão e formação, procurando desenvolvê-la a partir dos melhores métodos de
ensino consagrados pela prática pedagógica
e em sintonia com os mais profundos valores do Evangelho”, afirmou.
“Recomendo aos senhores pais que considerem a escola católica como uma instituição-irmã que se coloca na corresponsabilidade pelo presente e pelo futuro de seus filhos.
Visitem-nos e procurem conhecê-la”, disse,
para citá-las, presentes em cidades que integram a Arquidiocese de Goiânia: Colégio
Claretiano, Colégio Santa Clara, Instituto de
Filosofia e Teologia de Goiás, Colégio Jesus
Maria José, Ateneu Dom Bosco, Instituto San
Damiano, Escola Madre Olívia Benz, Instituto Santa Cruz, Núcleo Educacional Mãe Dolorosa, Externato São José, Colégio Auxiliadora, Escola Dom Fernando, Colégio Agostiniano, Escola Imaculada Conceição, Colégio Santo Agostinho, Colégio Marista, Escola Centro de Orientação e Valorização do
Adolescente e da Mulher e PUC Goiás.
João Paulo II será beatificado em maio
Santuário/Basilica Trindade
www.vatican.va
Padre Robson de
Oliveira, de Trindade,
cumprimenta o papa
Bento XVI. Ao fundo,
a imagem do Divino
Pai Eterno
A imagem peregrina do Divino Pai Eterno já está em Roma, na
Itália, desde o último dia 13 de novembro, quando foi entregue pelo
arcebispo de Goiânia, dom Washington Cruz, ao papa Bento XVI,
que explicou o sentido daquele
momento e ficou muito feliz por
recebê-la no Vaticano. “Neste encontro, reafirmamos a comunhão
eclesial da Igreja com os fiéis, que
são os filhos amados do Divino Pai
Eterno. Foi um momento único e
ficará marcado na história desta
devoção, que é a que mais cresce
hoje no País”, disse o reitor do San-
tuário Basílica de Trindade, padre
Robson de Oliveira.
Esse momento ocorreu em ano
especial para os devotos, pois em
2010 foram comemorados os 170
anos de devoção ao Divino Pai Eterno, que surgiu em terras goianas.
Padre Robson faz visitas peregrinas com a imagem e agora a levou
ao Papa, junto com dom Washington Cruz. Na entrega, ele pediu
uma bênção especial do Santo Padre para todos os membros da Associação Filhos do Pai Eterno e, em
especial, àqueles que colaborarão
com a construção da nova Basílica.
Instituição juridic
ament
juridicament
amentee mantida
ociedade Goiana de CCultura
ultura - SGC
pela SSociedade
Expediente
Folha PUC - Jornal da Pontifícia Universidade Católica de
Goiás (PUC Goiás), produzido pela Divisão de Comunicação
Social - Dicom/GR - Tel.: 3946-1010
DIRETORA: Eliane Borges Silva Pereira (GO n. 00370 JP)
REDAÇÃO: Jales Naves (GO n. 00268 JP), editor; Carla
Lacerda (DF n. 3501 JP), Belisa Monteiro (GO n. 2343 JP)
e Paulo José da Silva (GO n. 00743 JP)
DIAGRAMAÇÃO: Adriano Abreu
REPORTAGEM FOTOGRÁFICA: Wagmar Alves e Weslley Cruz
IMPRESSÃO: Gráfica da PUC Goiás
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O papa Bento
XVI aprovou, no
dia 14 deste mês, a
publicação do decreto que comprova um milagre atribuído à intercessão
de João Paulo II
(foto) e, dessa forma, a sua beatificação já tem data: 1º
de maio, domingo
da Divina Misericórdia. A data escolhida recorda a celebração litúrgica mais
próxima da sua morte, na véspera dessa festa religiosa.
O milagre, agora confirmado,
refere-se à cura da freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria da doença de Parkinson. A
religiosa pertence à congregação
das Irmãzinhas das Maternidades Católicas e trabalha em Paris, França, tendo superado, em
2005, todos os sintomas da doença de que sofria há quatro
anos.
Segundo o cardeal prefeito da Congregação das Causas
dos Santos, dom Ângelo Amato, o decreto sobre a cura da
irmã Marie Simon é
o que terá mais ressonância na Igreja
Católica e no mundo.
No dia 13 de
Maio de 2005, apenas 42 dias após a
morte de João Paulo II, Bento
XVI anunciou o início do processo de canonização de Karol Wojtyla, dispensando o prazo canônico de cinco anos para a promoção da causa; e em dezembro
de 2009 assinou o decreto que
reconhece as “virtudes heróicas”
de Karol Wojtyla, primeiro passo para a beatificação.
João Paulo II foi Papa entre
16 de outubro de 1978 e 2 de
abril de 2005, quando faleceu
após mais de 25 anos como sucessor de São Pedro.
ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁS
GRÃO-CHANCELER:
Dom Washington Cruz, CP
REITOR
Prof. Wolmir Therezio Amado
VICE-REITORA
Profa. Olga Izilda Ronchi
PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO
Profa. Sônia Margarida Gomes Sousa
PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E APOIO ESTUDANTIL
Profa. Márcia de Alencar Santana
PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
Profa. Sandra de Faria
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PRÓ-REITORA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Profa. Helenisa Maria Gomes de Oliveira Neto
PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO
Prof. Daniel Rodrigues Barbosa
PRÓ-REITOR DE COMUNICAÇÃO
Prof. Eduardo Rodrigues da Silva
PRÓ-REITOR DE SAÚDE
Prof. Sérgio Antônio Machado
CHEFE DE GABINETE
Prof. Lorenzo Lago
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