ID138
Comparação de eventos adversos associados a técnicas de administração de surfactante
exógeno em recém-nascidos pré-termo com doença de membrana hialina
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Laura Alves Cabral, Marcelo Velloso, Ana Elisa Vilas Boas Guimarães, Fernanda de Oliveira
Gontijo, Simone Nascimento Santos Ribeiro, Vívian Mara Gonçalves de Oliveira Azevedo, Ana
Carolina Vilas Boas Guimarães, Sandra Clecêncio Ferreira
Contextualização: A terapia por surfactante exógeno está associada a eventos adversos (EA) em
recém-nascidos pré-termo (RNPT) com doença de membrana hialina (DMH) em ventilação
mecânica (VM). Porém, ainda há poucos estudos que investigam a relação da técnica de
administração de surfactante e EA associados a esta terapia. Objetivo: Comparar o número de EA
associados a duas técnicas de administração de surfactante em RNPT com DMH em VM. Método:
Foram selecionados 16 RNPT com média de idade gestacional de 29,2±1,9 semanas e peso ao
nascimento de 1053,4±263,9gramas. Os RNPT foram distribuídos aleatoriamente sendo 8
submetidos à técnica com desconexão do tubo endotraqueal (TET) (grupo1) e 8 à técnica sem
desconexão do TET (grupo2). As variáveis estudadas foram freqüência cardíaca (FC) e saturação
periférica de oxigênio (SpO2) monitoradas por meio de eletrocardiograma e oximetria de pulso,
respectivamente. A análise dos dados foi realizada pelas ocorrências de EA e comparação das
medianas dos grupos por meio do teste de Mann-Whitney (p<0,05). Resultados: Quatro (25%)
RNPT apresentaram EA durante a administração do surfactante, todos relacionados à diminuição da
SpO2, sendo um bebê do grupo 2 (25%) e três do grupo 1 (75%) com diferença estatisticamente
significativa (p=0,007). Conclusões: A técnica de administração de surfactante exógeno parece
estar relacionada à EA sendo a diminuição da SpO2 o evento prevalente. Além disso, técnicas de
administração de surfactante que utilizam a desconexão do TET ao circuito de VM devem ser
evitadas para prevenir EA como a diminuição da SpO2 que leva à instabilidade clínica do RNPT.
Palavras-chave: Prematuro; Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nasc; Terapia
Intensiva Neonatal.
Rev Bras Fisioter. 2010;14(Supl 1): 112