UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O PAPEL DA AUDITORIA INTERNA EM UM PROCESSO DE ACREDITAÇÃO DO INMETRO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE UMA EMPRESA DO RAMO DE LABORATÓRIOS Por: Vivian de Barros Martins Jalkh Orientador Profa. Luciana Madeira Rio de Janeiro 2 2011 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O PAPEL DA AUDITORIA INTERNA EM UM PROCESSO DE ACREDITAÇÃO DO INMETRO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE UMA EMPRESA DO RAMO DE LABORATÓRIOS Apresentação Cândido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de Pós-Graduação em Auditoria e Controladoria. Por: Vivian de Barros Martins Jalkh 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a minha orientadora Luciana Madeira pela atenção e dedicação sempre prestada nos momentos mais difíceis da elaboração do trabalho, aos demais mestres que me deram base para que eu pudesse desenvolver tal trabalho e a empresa Chemetric por fornecer todo material necessário para pesquisa do meu tema. 4 DEDICATÓRIA Dedico meu trabalho aos meus pais por nunca terem deixado de acreditar em mim e ao meu marido por sempre estar ao meu lado me apoiando nas minhas decisões. 5 RESUMO Como a Auditoria pode contribuir para a eficácia do processo de acreditação? Esse trabalho consiste no acompanhamento de uma equipe de auditoria em uma empresa laboratorial durante o processo de obtenção da acreditação do Inmetro. Usando como base a Norma 17025 a empresa irá conseguir estabelecer procedimentos juntamente com a auditoria para conseguir alcançar seu objetivo. O ponto alto desta auditoria é auxiliar a empresa a realizar suas atividades atendendo as normas, satisfazendo as necessidades dos clientes e das autoridades regulamentadoras, documentar suas políticas, sistemas, programas, procedimentos e instruções. 6 METODOLOGIA Estudo de caso da empresa Chemetric Instrumentação Analítica Ltda localizada no Rio de janeiro na qual deseja obter uma acreditação do Inmetro. Foi estudada a Norma 17025:2005, para entender os requisitos hoje essenciais para que uma empresa no ramo laboratorial consiga uma certificação do Inmetro. Também foi realizada a leitura de livros relacionados com auditoria, para melhor esclarecer a teoria de seus princípios. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................. 08 CAPÍTULO I - O que é uma empresa laboratorial ....................................... 09 CAPÍTULO II - Confiabilidade dos ensaios laboratoriais ............................. 10 CAPÍTULO III – Organização dos Documentos .......................................... 15 CAPITULO IV – Por que realizar uma Auditoria? ........................................ 18 CAPÍTULO V – Definindo Auditoria ............................................................. 20 CAPÍTULO VI – Como prosseguir após a realização de uma Auditoria ...... 23 CAPÍTULO VII – Entrevista com Inmetro ..................................................... 25 CONCLUSÃO .............................................................................................. 29 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................ 30 ÍNDICE ......................................................................................................... 32 FOLHA DE AVALIAÇÃO .............................................................................. 34 QUADRO 1 - Calibração, verificação, Monitoramento e Manutenção de equipamentos, aparelhos e instrumentos de medição em laboratórios analíticos. (Retirado do Procedimento GGLAS 02/17025) .......................... 17 8 INTRODUÇÃO Atualmente, a demanda de oferta e procura torna-se o mercado extremamente competitivo e o que determinará o sucesso de uma empresa será sua competência atestada. Uma empresa comprometida com o contínuo e completo aperfeiçoamento de seus produtos, processos e colaboradores pode apresentar sua inteira capacidade através de um documento em que possa expressar seu comprometimento. Para que essa empresa possa ter essa Acreditação, deverá ser realizada uma auditoria interna com o objetivo de prestar ajuda à Administração, possibilitando-lhe o conhecimento da forma como desenvolve suas atividades, oferecendo condições para um desempenho adequado de suas obrigações, proporcionando análise, apreciações, recomendações e comentários objetivos e/ou convenientes acerca das atividades investigadas. Isso se aplica muito bem em um laboratório farmacêutico ou cosmético, onde seus equipamentos de produção devem ser constantemente qualificados para que seu produto final esteja de acordo com todos os princípios especificados. O foco dessa pesquisa é como uma auditoria interna deve proceder para que um laboratório obtenha a acreditação do Inmetro de acordo com a Norma 17025 que trata da conformidade em laboratórios. 9 CAPÍTULO I O QUE É UMA EMPRESA LABORATORIAL Ao ingerir uma medicação não se imagina como aquela fórmula foi elaborada ou por quantos testes teve que ser submetida para que possa afirmar que o que consta na embalagem condiz com a verdade. Uma empresa laboratorial farmacêutica envolve toda infraestrutura que vai desde a confecção de um comprimido a todos os testes de controle de qualidade, separação do produto, embalagem, encaixotamento e distribuição. Com o crescimento constante dessa área, a necessidade de especialização fez com que equipamentos fossem elaborados para efetuar testes e comprovar a veracidade do medicamento. Esses equipamentos deverão sofrer sempre uma manutenção regular para que sua análise possa ser correta e precisa sobre a amostra. O laboratório deve seguir uma farmacopéia, ou seja, órgão que define padrões públicos para remédios controlados e sem receita e outros produtos para a saúde; cada país possui sua farmacopéia, mas em geral a mais usada é a dos Estados Unidos (USP). O site da USP* (United States Pharmacopeia) a define como uma autoridade oficial não governamental que estipula padrões públicos para remédios controlados e sem receita e outros produtos para a saúde fabricados ou vendidos nos Estados Unidos. A USP também define padrões reconhecidos internacionalmente para ingredientes alimentícios e suplementos alimentares. Ela define padrões de qualidade, pureza, resistência e consistência desses produtos que são essenciais para a saúde do público. Os padrões da USP são reconhecidos e usados em mais de 130 países ao redor do mundo. Esses padrões têm ajudado a garantir a saúde pública em todo o mundo há aproximadamente 200 anos. *Nota: em http://www.usp.org/aboutUSP/ 10 CAPÍTULO II CONFIABILIDADE DOS ENSAIOS LABORATORIAIS De acordo com a Norma ABNT 17025, diversos fatores determinam a correção e confiabilidade dos ensaios realizados pelo laboratório. Esses fatores incluem contribuições de: è Fatores humanos; è Acomodações e condições ambientais; è Métodos de ensaios e validação de métodos; è Equipamentos; è Rastreabilidade da medição; è Amostragem; è Manuseio de amostras. 2.1 – Fatores Humanos Conforme a Norma 17025, o laboratório deve possuir pessoal suficiente, com formação necessária, treinamento, competência técnica e experiência para exercer as funções designadas, bem como deverá assegurar a atualização técnico-científica do pessoal envolvido nos ensaios laboratoriais, operação de equipamentos, avaliação de resultados e assinatura de relatórios de ensaios. 2.2 – Acomodações e condições ambientais Como estabelecida na Norma 17025, as acomodações do laboratório, as áreas de ensaios, fontes de energia, iluminação, aquecimento e ventilação devem ser de tal maneira a facilitar a performance dos ensaios. 11 2.3 – Métodos de ensaios e validação de métodos De acordo com a Norma 17025, o laboratório deve usar métodos e procedimentos apropriados para todos ensaios e atividades relacionadas dentro de sua responsabilidade, incluindo amostragem, manuseio, transporte, armazenagem, preparação das amostras, onde apropriado, estimativa das incertezas de medição e as técnicas estatísticas para análise dos dados de ensaio. 2.4 – Equipamentos O laboratório deve ter todos os equipamentos requeridos para amostragem, ü medição e ensaios. Alguns equipamentos essenciais: Dissolutor de Comprimidos - Este aparelho é utilizado para a verificação do tempo de dissolução de comprimidos e a quantificação de princípios ativos, liberados em meio apropriado, dentro de um período de tempo especificado, segundo a monografia de cada produto, descritas nas metodologias pertinentes (Farmacopéias). Se o fármaco não dissolver no intervalo de tempo especificado, não haverá uma concentração adequada do fármaco no sangue necessária para ação terapêutica desejada. Resumindo, ele simula o movimento do estômago para testar a rapidez de dissolução de um comprimido. ü Desintegrador de Comprimidos - Um desintegrador de comprimidos serve para determinar se um comprimido ou cápsula se desintegra corretamente no tempo especificado. Para isso, as cápsulas ou comprimidos são submetidos a suco gástrico/intestinal simulado a 37°C, sob agitação. Caso não haja a desintegração, o fármaco (remédio) não poderá ser absorvido pelo organismo e, portanto, não exercerá a ação terapêutica desejada. 12 ü Friabilômetro - O teste de friabilidade permite avaliar a resistência dos comprimidos ao atrito, garantindo que se manterão íntegros durante os processos de acondicionamento, revestimento, envelopamento, emblistagem e transporte. O teste é realizado em aparelho denominado de friabilômetro que lança os comprimidos em queda livre, repetidas vezes, durante o movimento giratório do disco, a uma velocidade de 25 rpm. O friabilômetro deve atender as especificações de fabricação que se encontram detalhadas na Farmacopéia. ü High-Performance Liquid Chromatography - O HPLC se tornou, sem dúvida, o mais popular e versátil de todas as técnicas analíticas em laboratório hoje. Consiste em uma técnica de separação/detecção utilizada para separar o nutriente em questão, como a vitamina A, da matriz de vitaminas/ minerais. A cromatografia líquida de alta eficiência tem as seguintes características: 1. alto poder de resolução; 2. separações rápidas; 3. monitoramento contínuo do eluente; 4. medidas quantitativas acuradas; 5. análises repetitivas e reprodutíveis com a mesma coluna; 6. automação do procedimento analítico e do manuseio dos dados. Os componentes essenciais da HPLC são: Bomba de alta pressão: dispositivo importante pois está relacionado ao tempo de retenção, a reprodutibilidade e a sensibilidade do detector. Este sistema é composto por bomba e controladores de pressão e vazão. De uma maneira geral, a bomba deve ter a capacidade de impulsionar a fase móvel. Existem dois tipos de bomba, com pressão constante e com volume constante. Sistema de injeção da amostra: a introdução da amostra pode ser realizada por meio de uma válvula de amostragem ou por meio de uma seringa de injeção. O efluente desses dispositivos preenche uma serpentina de volume 13 conhecido e o acionamento da válvula transfere, integralmente, esse volume para a corrente de fase móvel. Coluna: são feitas de aço inoxidável polido, com comprimentos de 10 a 30 cm, com calibre de precisão. Diâmetros internos típicos variam de menor ou igual a 1 mm para colunas capilares; 2, 3, 4, 5 e 6 mm para colunas analíticas recheadas e maior ou igual a 10 mm para colunas preparativas. Os recheios usados são constituídos por partículas pequenas, rígidas comum a distribuição granulométrica estreita. Os tipos de recheio podem ser divididos em três categorias, sendo a mais importante a partícula de sílica totalmente porosa que proporciona considerável melhoria da eficiência da coluna, da capacidade de analisar as amostras e da velocidade de análise. Detector: monitora a fase móvel à medida que elui da coluna. São duas principais classes em que podem ser divididos: detectores de propriedades macroscópicas e detectores de propriedades de soluto, que medem a diferença entre uma propriedade física do soluto na fase móvel e a mesma propriedade na fase móvel pura. Esse monitoramento é efetuado pela detecção propriamente dita, associada a uma transdução para um sinal elétrico que pode ser registrado ou arquivado eletronicamente. Assim, os detectores são de fato transdutores, isto é, dispositivos capazes de transformar as moléculas que chegam ao seu interior em sinal elétrico (Neto e Nunes, 2003). ü Espectrofotômetro - Os espectrofotômetros são instrumentos de análise que permitem selecionar o comprimento de onda (lâmbda) da radiação adequado à análise de um determinado componente e medir a intensidade I do feixe emergente que corresponde a um determinado feixe incidente Io, convertendo o sinal recebido no detector em medida de Absorvância para o comprimento de onda da análise. Em outras palavras, criar o "Branco" e em seguida fazer as medidas com a amostra. Determinar a concentração de uma espécie em solução a partir do gráfico da variação de absorvância (ou transmitância) em função da concentração de várias soluções-padrão. 14 ü Cromatografia Gasosa - Uma cromatografia gasosa é uma análise química instrumental por separação de compostos químicos e uma amostra complexa. Os composto químicos saem no final da coluna, são detectados e identificados eletronicamente. 2.5 – Rastreabilidade da Medição Conforme a Norma 17025, todo equipamento utilizado em ensaios, incluindo os equipamentos para medições auxiliares e que interfiram nos resultados dos ensaios ou amostragem devem ser calibrados antes de entrar em serviço. O laboratório deve estabelecer um programa que inclua uso, calibração, verificação, manutenção dos equipamentos, instrumentos, padrões e materiais de referência. 2.6 – Amostragem O laboratório deve ter plano e procedimentos para amostragem, acondicionamento, armazenamento e transporte das amostras quando for realizada por ele. Os planos e procedimentos devem estar disponíveis no local onde é realizada a amostragem. Os procedimentos de amostragem devem descrever seleção, plano de amostragem, retirada e preparação de amostra, de acordo com a Norma 17025. 2.7 – Manuseio de amostras Como citado na Norma 17025, o laboratório deve ter procedimentos para o transporte, recebimento, manuseio, proteção, armazenamento, retenção e/ ou remoção das amostras de ensaio, incluindo todas as medidas necessárias para proteger a integridade da amostra e para a proteção dos interesses do laboratório e do cliente. 15 CAPÍTULO III ORGANIZAÇÃO DO LABORATÓRIO A ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 especifica os requisitos gerais para a competência em realizar ensaios e/ou calibrações, incluindo amostragem. Ela cobre ensaios e calibrações realizadas utilizando métodos normalizados, métodos não normalizados e métodos desenvolvidos pelo laboratório. Esta norma é aplicável a todas as organizações que realizam ensaios e/ou calibrações. Estas incluem, por exemplo, laboratório de primeira, segunda e terceira partes e laboratórios onde o ensaio e/ou calibração são parte da inspeção e da certificação do produto. A Norma 17025 cita que o gerente da qualidade é responsável por assegurar que todas as áreas de atividades do laboratório e a documentação do sistema da qualidade sejam auditados periodicamente em benefício do gerenciamento do laboratório. O gerente da qualidade precisa manter registros de todas as auditorias e assegurar que as ações resultantes destas estão satisfatoriamente eliminadas em um determinado período de tempo. O gerente da qualidade pode delegar a tarefa de executar as auditorias estabelecidas a uma pessoa que possua treinamento técnico ou científico que esteja familiarizada com o sistema da qualidade do laboratório, que tenha conhecimento dos requisitos exigidos pela GGLAS/ ANVISA para Habilitação na REBLAS e que esteja treinada nas técnicas de auditoria. O gerente da qualidade não deve permitir que ninguém audite suas próprias atividades. Auditorias realizadas por outras partes, tais como clientes ou pela própria GGLAS/ANVISA, não podem ser consideradas para substituir ou sobrepor as auditorias internas do laboratório. 16 Devem ser mantidos registros do equipamento e do software que sejam significativos para os ensaios realizados. Os registros devem incluir: a) Nome do equipamento e do software; b) Nome do fabricante, modelo e número de série ou outra identificação específica; c) Data de recebimento e data do início de sua utilização; d) Condição ou estado do equipamento quando recebido (ex.: novo, usado, recondicionado); e) Instruções do fabricante, quando disponível; f) Data e resultados da calibração e data da próxima calibração; g) Plano de manutenção, incluindo as manutenções realizadas; h) Histórico de qualquer dano ou mau funcionamento, modificação ou reparo. Consta na Norma 17025 que todos os equipamentos que sofrerem Qualificações/ calibrações deveram estar etiquetados. Na etiqueta deve ter a data da última e da próxima calibração. A definição da data da próxima calibração é de responsabilidade do proprietário que utiliza o equipamento e não do laboratório que o calibrou. A tabela a seguir faz parte da Habilitação de Laboratórios Analíticos em Saúde Segundo os Requisitos da ISO/IEC 17025 e determina a periodicidade da Qualificação/Calibração dos equipamentos presentes em um laboratório. 17 Nº Equipamento 1 Cromatógrafo em geral 2 Desintegrador de comprimidos 3 Dissolutor de formas farmacêuticas sólidas Requerimento Mínimo a) Verificação do sistema geral, a performance da coluna (resolução, capacidade, retenção) b) Verificação da performance do detector (saída, resposta, ruído, impulso, seletividade, linearidade) c) Verificação do amostrador automático (exatidão e precisão das rotinas de tempo), quando aplicável a) Anual a) Termômetro de trabalho – verificar com termômetro de referência calibrado na RBC b) Verificação do Timer de trabalho – verificar contra o cronômetro de referência calibrado no LNM – serviço da hora c) Verificação do Número de golpes por minuto d) Monitoramento: controlar a temperatura do banho e) Manutenção: trocar a água do banho, limpeza e sanitização a) Semestral a) Calibração física para todas as posições dos aparatus I e II: (Rotação; Deph; Temperatura do banho; Temperatura cuba; Perpendicularidade; Nível; Balanço; Centralização e Vibração). b) Calibração química c) Monitoramento: da altura e centralização dos aparatus; nivelamento do banho e da cuba; condições e temperatura da água de banho e do meio de dissolução na cuba d) Manutenção: troca de água do banho, limpeza e sanitização a) Anual a) Verificação do comprimento de onda a) Na instalação, pelo fabricante (b, c e d) Anual ou conforme procedimento do laboratório e) Diária ou quando em uso, na instalação e na verificação f) De acordo com o uso g) A cada uso b) Verificação da luz parasita c) Verificação da linearidade 4 Espectrofotômetro d) Verificação da exatidão fotométrica na região do UV e em diferentes comprimentos de onda e) Monitoramento: Leitura do branco f) Manutenção: trocar a lâmpada g) Manutenção: limpeza e sanitização 5 Friabilômetro Frequência a) Verificação do timer de trabalho – contra o cronômetro de referência calibrado no LNM - serviço da hora e o número de rotações por minuto b) Manutenção: limpeza e sanitização b) Anual c) Anual b) Semestral c) Semestral d) A cada uso e) A cada uso b) Anual c) A cada uso d) A cada uso a) Semestral b) Conforme procedimento do laboratório Quadro 1: Calibração, verificação, Monitoramento e Manutenção de equipamentos, aparelhos e instrumentos de medição em laboratórios analíticos. (Retirado do Procedimento GGLAS 02/17025) 18 CAPÍTULO IV POR QUE REALIZAR UMA AUDITORIA? Segundo a Agência Nacional de Segurança Sanitária (ANVISA), Segunda Edição REBLAS, as Auditorias Internas necessitam ser programadas e planejadas de forma que, dentro de um período específico de tempo, estejam cobertos todos os aspectos dos procedimentos operacionais do laboratório, incluindo a performance em bancada. Quando o laboratório realizar amostragem ou ensaio em local fora de suas instalações permanentes, estas atividades necessitam serem incluídas no programa de auditoria, como especificado em documentos do sistema da qualidade do laboratório. O laboratório deve realizar auditorias internas de suas atividades de acordo com um cronograma e procedimento previamente estabelecidos para verificar se seus processos continuam a atender os requisitos do sistema da qualidade, da Norma ISO/ IEC 17025 e dos requisitos de habilitação da REBLAS. Quando a auditoria constatar dúvidas sobre a efetividade das operações ou à correção ou validade dos resultados de ensaios, o laboratório deve tomar ações corretivas em tempo hábil e notificar, por escrito, ao cliente, se for demonstrado que os resultados foram afetados. Devem ser registradas a área de atividade auditada, as constatações da auditoria e as ações corretivas dela decorrentes. As atividades de acompanhamento da auditoria devem verificar e registrar a implementação e a eficácia das ações corretivas tomadas. A análise crítica deve considerar: a) Adequação das políticas, procedimentos e manual da qualidade; 19 b) Relatórios gerenciais; c) Relatórios de auditorias internas recentes; d) Ações corretivas e preventivas; e) Avaliações realizadas por organizações externas; As normas ISO 9000 definem claramente as exigências que devem ser perseguidas a fim de obtermos a qualidade. O auditor interno mais uma vez é chamado a dar sua contribuição, assessorando a alta administração. Assim sendo destaca-se a importância de uma Auditoria: Para o Auditado: ü funciona como uma avaliação do trabalho do auditado; ü indica a necessidade de ações corretivas. Para a Administração: ü é um indicador de avaliação do desempenho dos seus profissionais, em suas funções. Para a Auditoria: ü objetivamente, é um dos meios pelo qual a alta administração julga e avalia a qualidade da auditoria. 20 CAPÍTULO V DEFININDO AUDITORIA Com o aumento da competitividade em função da globalização da economia e das exigências de novos mercados, passamos a conviver diariamente com novos conceitos em produtos e serviços, a que chamamos qualidade. A Auditoria da Qualidade é uma avaliação planejada, programada e documentada, executada por pessoas independentes da área auditada, visando a verificar a eficácia de um sistema implantado, no atingimento dos objetivos e padrões preestabelecidos, servindo como mecanismo de retroalimentação e aperfeiçoamento do próprio sistema. Segundo Attie (1984), a Auditoria Interna constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da Entidade. Seu objetivo macro é prestar ajuda à Administração, possibilitando-lhe o conhecimento da forma como desenvolve suas atividades, oferecendo condições para um desempenho adequado de suas obrigações, proporcionando análise, apreciações, recomendações e comentários objetivos e/ou convenientes acerca das atividades investigadas. De acordo com Santi (1988), são atividades básicas da Auditoria Interna: ü Revisar e avaliar a eficácia, suficiência e aplicação dos controles contábeis, financeiros e operacionais; ü Determinar o grau de confiança das informações contábeis e de outras naturezas. ü Observar normas internas e legislação pertinente. ü Avaliar a qualidade alcançada na execução de tarefas determinadas para o cumprimento das respectivas responsabilidades. 21 Procedendo-se uma análise comparativa entre a Auditoria Interna e a Externa, chega-se a conclusão que elas têm muitas semelhanças, quais sejam. Utilizam-se praticamente das mesmas técnicas: ü Formulam sugestões de melhorias para deficiências encontradas ü Modificam a extensão de seus trabalhos de acordo com as suas observações e a eficiência dos sistemas contábeis e de controle interno existentes. Auditoria Interna ü Realizada por um funcionário da empresa. ü A revisão das atividades da empresa é contínua. ü O objetivo principal é atender as necessidades da administração no cumprimento de políticas e normas, sem estar restrito aos assuntos financeiros. Auditoria Externa ü Contratação de um profissional independente. ü O exame das informações comprobatórias das demonstrações financeiras é periódico, geralmente trimestral ou anual. ü Atende às necessidades de terceiros quanto à fidedignidade das informações financeiras e determina a extensão do exame. Ainda de acordo com Santi (1988), o auditor interno deve documentar, através de papéis de trabalho, todos os elementos significativos dos exames realizados, que evidenciem ter sido a auditoria interna executada de acordo com as normas aplicáveis. Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes para propiciarem a compreensão do planejamento, da natureza, da oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria interna aplicados, bem como do julgamento exercido e do suporte das conclusões alcançadas. Os papéis de trabalho devem ser elaborados, organizados e arquivados de forma sistemática e racional. 22 Ao se utilizar de análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos, o auditor interno deve certificar-se de sua exatidão, sempre que integrá-los aos seus papéis de trabalho. Segundo Santi (1988), o relatório é o instrumento técnico pelo qual o auditor interno comunica os trabalhos realizados, suas conclusões, recomendações e as providências a serem tomadas pela administração. O relatório deve ser redigido com objetividade e imparciabilidade, de forma a expressar claramente os resultados dos trabalhos realizados. O relatório do auditor interno é confidencial e deve ser apresentado ao superior imediato ou pessoa autorizada que o tenha solicitado. O auditor interno deve, no seu relatório, destacar, quando for o caso, as áreas não examinadas, informando os motivos pelos quais não as contemplou. 23 CAPÍTULO VI COMO PROSSEGUIR APÓS A REALIZAÇÃO DE UMA AUDITORIA Na opinião de Manuel Soto Serrano, a auditoria é o exame de uma empresa ou entidade, realizado de conformidade com determinadas normas por um profissional qualificado e independente, com o fim de expressar a sua opinião sobre a razoabilidade com que elas apresentam a informação nelas contida de acordo com certas regras e princípios. Para atingir esse objetivo e no sentido de obter evidência suficiente que permita suportar a sua opinião, o revisor desenvolve um conjunto de procedimentos integrados em diversas fases. De uma forma genérica, e segundo Arens (2005), o processo de auditoria é composto por quatro fases. A primeira fase, abrange um conjunto de procedimentos relacionados com o planeamento da auditoria, em que o revisor desenvolve um programa de revisão que estabeleça a natureza, tempestividade e extensão dos procedimentos necessários para implementar o plano global de revisão. A segunda fase envolve a realização de testes de controle e procedimentos substantivos relacionados com o conteúdo das transações. Numa terceira fase, o auditor realiza procedimentos analíticos e procedimentos substantivos relacionados com o conteúdo dos saldos. Por fim, na quarta fase, o auditor concentra a sua atenção no desenvolvimento de procedimentos necessários à finalização da auditoria. Para tal, é necessário compilar os resultados e desenvolver testes adicionais de natureza mais global, com vista à emissão da sua opinião. Após a realização dos vários procedimentos de auditoria definidos aquando do planeamento, entra-se na fase de finalização do processo de revisão. Considera-se, contudo, que a passagem para a fase de finalização do 24 processo de auditoria é uma fronteira muito ténue entre as fases que lhe precedem dada a comunicabilidade existente entre elas. Apesar de não existir propriamente um momento a partir do qual passasse para a fase de finalização, existe um conjunto de procedimentos que tendencialmente são desenvolvidos numa fase terminal da auditoria ou muito próximo desta. Após a realização de uma auditoria, a principal regra é o controle de todas as decisões e atitudes. Guardar e anotar todas as documentações necessárias dentro da empresa é o caminho para o crescimento e desenvolvimento, é fundamental arquivar comprovantes que deverão ser conservados. todos os documentos e 25 CAPÍTULO VII ENTREVISTA COM INMETRO Conforme o site do Inmetro* que trata da acreditação, a acreditação é uma ferramenta estabelecida em escala internacional para gerar confiança na atuação de organizações que executam atividades de avaliação da conformidade. É o reconhecimento formal por um organismo de acreditação, de que um organismo de Avaliação da Conformidade - OAC (laboratório, organismo de certificação ou organismos de inspeção), atende a requisitos previamente definidos e demonstra ser competente para realizar suas atividades com confiança. Um sistema concebido para acreditar serviços de avaliação da conformidade dos OACs deve transmitir confiança para o comprador e para a autoridade regulamentadora. Tal sistema deve facilitar o comércio através das fronteiras, tal como perseguido pelas organizações e autoridades em comércio. A acreditação de laboratórios, segundo os requisitos estabelecidos na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005, é aplicável a laboratórios de calibração e de ensaio. A Cgcre concede acreditação para laboratórios que realizam serviços de calibração e/ou ensaios em instalações permanentes, móveis, e/ou de clientes. Para instalações móveis, a concessão independe do nº de instalações. A acreditação de laboratórios de ensaio é concedida por ensaio para um determinado produto, segundo uma norma, regulamento, resolução ou procedimento desenvolvido pelo laboratório em que é estabelecida a metodologia utilizada. A norma NIT-DICLA-016 estabelece as diretrizes para a elaboração do escopo. *Nota: http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/ 26 A avaliação inicial consiste de uma visita da equipe de avaliação às instalações objeto da solicitação da acreditação e às instalações associadas, a qual o laboratório pertence, com o objetivo de verificar por meio de evidências objetivas: a) a implementação do sistema de gestão estabelecido no Manual da Qualidade e na documentação associada, que devem atender aos requisitos da acreditação; b) a competência técnica do laboratório para realizar os serviços para os quais solicitou a acreditação. A duração de uma avaliação inicial varia, normalmente, de 02 a 05 dias, sendo que o programa de avaliação é elaborado em função do escopo solicitado, dos tipos de instalações a serem visitadas e da complexidade do sistema de gestão do laboratório ou da organização. Todos os documentos e registros referentes ao sistema de gestão do laboratório e aos serviços para os quais o laboratório está solicitando a acreditação devem estar disponíveis para a equipe de avaliação. O laboratório deve estar preparado para realizar durante a avaliação as calibrações e/ou ensaios para os quais solicita a acreditação, conforme definido no programa da avaliação, incluindo a realização de serviços nas instalações objeto da solicitação da acreditação. Para os serviços realizados nas instalações de clientes é necessário que o laboratório agende-os previamente às visitas. Durante a avaliação, a gerência técnica, o gerente da qualidade, os seus substitutos, e os signatários autorizados a serem avaliados devem estar disponíveis. Outros setores da organização que têm envolvimento nas atividades do laboratório devem também estar disponíveis. Durante a avaliação, cada membro da equipe de avaliação é acompanhado por um representante indicado pelo laboratório que tenha 27 conhecimento sobre as atividades avaliadas e seja capaz de confirmar as evidências constatadas pela equipe de avaliação. Ao final da avaliação é realizada uma reunião da equipe de avaliação com a alta direção, gerência técnica e gerente da qualidade, na qual é apresentado o resultado da avaliação, discutidas as correções e as ações corretivas necessárias para eliminar as não conformidades e suas causas e apresentada a recomendação a ser feita à Dicla sobre a acreditação. Esta recomendação pode ser: a) acreditação imediata, caso não tenham sido constatadas não conformidades; b) acreditação após implementação das ações corretivas; c) não concessão da acreditação, caso sejam observadas não conformidade que demonstrem a não implementação da maior parte dos requisitos da acreditação ou que o laboratório não tenha competência técnica de realizar os serviços para os quais solicitou a acreditação. O laboratório pode apresentar propostas de correções e ações corretivas durante a reunião final ou apresentá-las após a reunião final, caso necessite de mais tempo para a análise das causas das não conformidades. Neste caso, o laboratório, por intermédio do sistema “ORQUESTRA”, deve encaminhar num prazo de 07 (sete) dias após a avaliação inicial sua proposta de ações corretivas ao avaliador líder, para que seja analisada pela equipe de avaliação. O resultado da avaliação é registrado em um Relatório de Avaliação, cuja cópia é entregue ao laboratório ao final da avaliação. Sempre que necessário, a Dicla pode emitir um relatório complementar, decorrente do resultado da análise do Relatório de Avaliação elaborado pela equipe de avaliação. 28 A evidência da implementação das ações corretivas pode ser documental ou por meio de uma avaliação extraordinária, dependendo da não conformidade. As evidências documentais devem ser encaminhadas ao GA; caso sejam encaminhadas diretamente aos avaliadores, o laboratório deve informar ao GA. Em casos excepcionais em que o laboratório não tenha condições de implementar determinadas ações corretivas que afetem apenas uma parte específica do escopo da acreditação, o laboratório pode optar por retirar parte do escopo de sua solicitação. Após a conclusão do processo de acreditação, os documentos enviados pelo laboratório para evidenciar a implementação das ações corretivas são destruídos pela Dicla, exceto quando houver solicitação do laboratório para que estes sejam devolvidos. A decisão sobre a concessão da acreditação é tomada pelo Coordenador da Cgcre, com base nas recomendações da equipe de avaliação, do GA, do Chefe de Núcleo e da Comissão da Acreditação. A formalização ocorre por meio de Ofício enviado ao laboratório, acompanhado do Certificado de Acreditação e do Escopo da Acreditação, emitidos pela Cgcre. Também são encaminhados o Símbolo da Acreditação e a autorização para seu uso. Quando da concessão da acreditação, é providenciada a inserção do laboratório no catálogo de laboratórios acreditados disponível na Internet, no endereço http://www.inmetro.gov.br/credenciamento /laboratoriosAcreditados.asp. 29 CONCLUSÃO Entre os diversos fatores imprescindíveis, o conhecimento científico e tecnológico e a capacidade de inovação são os insumos principais para o sucesso consistente de uma empresa. Urge, portanto, que estas procurem, cada vez mais, alcançar autosuficiência tecnológica e industrial que torne possível desenvolver os níveis de qualidade e competitividade, garantindo a permanência e/ou inserção nas áreas que estão inseridas no processo de globalização. Neste contexto de qualidade e competitividade, onde a questão técnica torna-se, também, uma questão estratégica, situa-se o tema denominado Avaliação da Conformidade, definida na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005. No Brasil, o único organismo de acreditação, reconhecido pelo governo federal, é o Inmetro. O Inmetro, por meio da Coordenação-geral de Acreditação (Cgcre), é responsável pela acreditação de organismos de avaliação da conformidade que atuam, ou venham a atuar, no mercado brasileiro. A acreditação é conferida pela Cgcre com base em normas internacionalmente aceitas, propiciando uma base sólida para a aceitação, nos mercados-destino, dos produtos das empresas que se utilizam dos serviços dos organismos de avaliação da conformidade acreditados. Deste modo, não apenas os consumidores, mas as empresas e os governos cada vez mais confiam em produtos que tenham sido previamente avaliados por organismos acreditados. 30 BIBLIOGRAFIA ATTIE, William. Auditoria: Conceito e Aplicações. 2ª ed., São Paulo: Atlas, 1984. AMWAY, disponível em http: /www.amway.pt/cms/new_br and_center/new_BC_ nutrilite/glossary acessado em 21/03/2011 às 14:20 MONTEIRO, Debora Sequinatto: Artigo de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) publicado 22/10/2009, disponível em http://www.webartigos.com, acessado em 22/03/2011 às 11:00 NORMA ABNT 170525:2005 QUIMIS, Aparelhos científicos, disponível em http://www.quimis.com.br/produtos.php?cat= 1&sub=17 acessado em 21/03/2011 às 13:27 SANTI, Paulo Adolpho. Introdução à Auditoria. 1ª ed., São Paulo: Atlas, 1988 SPLABOR, Equipamentos pata laboratórios, disponível em http://www.splabor.com.br/ acessado em 21/03/2011 às 14:00. USP, The United States Pharmacopeia, disponóvel em http://www.usp.org/aboutUSP/ acessado em 19/05/11 as 19:38 Wikipedia, descrição da palavra, disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Espectrofot%C3 %B4metro acessado em 21/03/2011 às 15:14 31 Wikipedia, descrição da palavra, disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cromatogr afia_gasosa acessado em 21/03/2011 às 15:22 Wikipedia, descrição da palavra, disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Friabil%C3%B4metro acessado em 21/03/2011 às 14:07 32 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO CAPÍTULO I O QUE É UMA EMPRESA LABORATORIAL 9 CAPÍTULO II CONFIABILIDADE DOS ENSAIOS LABORATORIAIS 10 2.1 – Fatores Humanos 10 2.2 – Acomodações e condições ambientais 10 2.3 – Métodos de ensaios e validação de métodos 11 2.4 – Equipamentos 11 2.5 – Rastreabilidade da Medição 14 2.6 – Amostragem 14 2.7 – Manuseio de amostras 14 CAPÍTULO III ORGANIZAÇÃO DO LABORATÓRIO 15 CAPÍTULO IV POR QUE REALIZAR UMA AUDITORIA? 18 CAPÍTULO V DEFININDO AUDITORIA 20 33 CAPÍTULO VI COMO PROSSEGUIR APÓS A REALIZAÇÃO DE UMA AUDITORIA 23 CAPÍTULO VII ENTREVISTA COM INMETRO 25 CONCLUSÃO 29 BIBLIOGRAFIA 30 ÍNDICE 32 34 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: A VEZ DO MESTRE Título da Monografia: O PAPEL DA AUDITORIA INTERNA EM UM PROCESSO DE ACREDITAÇÃO DO INMETRO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE UMA EMPRESA DO RAMO DE LABORATÓRIOS Autor: VIVIAN DE BARROS MARTINS JALKH Data da entrega: 25/07/2011 Avaliado por: LUCIANA MADEIRA Conceito: