CÂMARA MUNICIPAL DE PELOTAS SESSÃO Nº 103 EM 12 DE JUNHO DE 2008 ATA Nº 103/08 ORDINÁRIA PRESIDÊNCIA: OTÁVIO SOARES - PRESIDENTE SECRETARIA: IEDMAR BARZ - SECRETÁRIO O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) - Havendo número legal de Vereadores presentes, declaro aberta a sessão (8h40min). (LEITURA E APROVAÇÃO DAS ATAS Nº 100/08, 101/08 E 102/08.) Passaremos à HORA DO EXPEDIENTE com a chamada dos oradores inscritos. Com a palavra o Vereador Waldomiro Lima. O SR. WALDOMIRO LIMA – Bom-dia a todos. Venho conversando com alguns funcionários do Sanep e um assunto que aconteceu há muitos anos quando a coleta do lixo fazia parte da Prefeitura Municipal de Pelotas e aí posteriormente passou a ser feita pelo Sanep e aí então passaram todas as máquinas da prefeitura, os caminhões coletores, e também os garis, só que eles passaram a fazer parte do quadro de funcionários do Sanep. E agora, de alguns anos para cá, aconteceu esse mesmo (não sei se diria problema) essa mesma transferência de departamento. O departamento de Bueiros e Galerias da prefeitura, onde fica as casas de bombas, e também é o departamento onde faziam a limpeza das galerias, também passaram para o Sanep agora. O Sanep é que administra agora essa função dos funcionários da prefeitura que trabalham nas casas de bombas, inclusive bem administrado pelo Jonas Silveira, funcionário amigo nosso e competente funcionário do Sanep. Só que essas pessoas trabalham no Sanep, fazem todo o serviço como funcionários do Sanep mas recebem pela prefeitura. Não estão no quadro de funcionários do Sanep. Então a reivindicação que esses funcionários fazem e nós já conversamos com o Executivo, eu, o Vereador Pedrinho, o Vereador Ademar Ornel, estivemos conversando com o prefeito no seu gabinete e queríamos saber se conseguiríamos fazer com que esse processo fosse acelerado, porque a nível de isonomia os funcionários do Sanep que trabalham nas caixas d´água, nos setores de bombas que puxam o esgoto cloacal da cidade e esses funcionários também trabalham nas mesmas casas de bomba só que nas bombas do esgoto pluvial e também trabalham na drenagem urbana que é feita pelo Sanep, e enquanto os funcionários do Sanep recebem um xis eles recebem outro e bem menos, não recebendo nem uma diferença para igualar e fazem o mesmo serviço que os funcionários do Sanep e são considerados funcionários do Sanep, pois batem o ponto no Sanep e usam toda a estrutura do Sanep como funcionários dessa autarquia, mas os seus vencimentos continuam vindo da Prefeitura recebendo às vezes a metade do salário do que o funcionário que faz a mesma função porém, no quadro do Sanep. O SR. PEDRINHO – Permite um aparte, Vereador? (Assentimento do orador.) Quero cumprimentar o Vereador Waldomiro Lima pelo tema que viemos há bastante tempo discutindo com o Executivo e não estamos obtendo sucesso até por parte do próprio presidente do Sanep. Ele diz que a despesa do Sanep aumentou com a coleta do lixo. Aumentou, mas alguém tem que administrar. Quem passou foi o Prefeito Bernardo, na época, pois o setor da coleta do lixo e das galerias era dos Serviços Urbanos, mas os funcionários do Sanep não podem ser penalizados e ter salários diferenciados, quando na própria autarquia tem gente ganhando "X" e eles ganham. Acho que está na hora de o Executivo, que tanto se preocupa com a carreira do funcionalismo, mandar um projeto para esta Casa para resolver o problema de todos os funcionários que são do Serviços Urbanos, que estão trabalhando há mais de 10, 12, 15 anos dentro do Sanep. Eu acho, Vereador, um tema muito importante. Voltarei a conversar com o diretorpresidente do Sanep. Eles devem ter vontade política para resolver o problema dos funcionários. Não é justo que um ganhe "X" e outro "Y". Não é só o fato de ser um funcionário competente, mas de trabalhar nas mesmas funções e ganhar diferente. A responsabilidade foi do Bernardo de Souza, que criou uma despesa para o Sanep sem repor receita, mas não é o funcionário que deve ser penalizado. Está na hora de o Executivo olhar e o Sanep de ter interesse e vontade em resolver, o que não vejo da parte do presidente da autarquia. O SR. WALDOMIRO LIMA – Obrigado, Vereador, pelo aparte. A gente vem fazer essa exposição sobre o que está acontecendo na parte interna do Sanep. São várias pessoas passando por dificuldades. Eles vêem os colegas trabalhando no mesmo setor, fazendo o mesmo serviço e no fim do mês um recebe um valor e o outro, às vezes, nem a metade daquele valor, pois no Sanep é por níveis (na casa de bomba é um nível, na drenagem urbana outro). Os que vieram da prefeitura, chegaram no Sanep com seus salários defasados, fazem o mesmo que os outros e ainda não foram enquadrados como os colegas. Então, a gente pede ao Executivo que tenha a boa vontade de entrar em contato com o diretor-presidente do Sanep, ou que este agilize as coisas para deixar todo o mundo contente, com mais vontade de trabalhar. Estive com a comissão de Vereadores de Rio Grande, que foi a Brasília, para tratar, principalmente, da duplicação da BR-392 e aproveitei o momento para ir no Ministério de Minas e Energia. Estivemos numa reunião em Porto Alegre, quando foi uma comissão de Vereadores daqui para encontrar a Ministra Dilma Rousseff. Ela falou que Pelotas estaria num plano de licitações para exploração de petróleo na bacia local. Ela já tinha autorizado o Ministério de Minas e Energia a fazer a licitação, na pessoa do Ministro Edison Lobão. Enquanto aguardávamos (fica um ministério ao lado do outro, o de Transportes e o de Minas e Energia), falei com o coordenador geral do Ministério de Minas e Energia, de quem não recordo o nome agora, mas tenho todos os dados no meu gabinete. Não era um tema que eu iria falar agora, mas me veio na cabeça, lembrei e vou citá-lo, então. O que acontece? Pelotas estaria na 8ª rodada de licitações, mas como tem que organizar papeis são seis blocos de documentos que tem que apresentar para entrar na 8ª rodada de licitações do governo Federal para exploração de petróleo. Era a Bacia de Pelotas e a Bacia de Santos. A documentação da Bacia de Santos foi apresentada em todos os blocos e a da Bacia de Pelotas não foram apresentadas, passou a 8ª rodada, entrou a licitação para a Bacia de Santos. Já passou a 9ª rodada de licitação e a Bacia de Pelotas não entrou ainda. Esse coordenador falou para mim de licitações do Ministério de Minas e Energia que talvez agora na 10ª rodada, no início do ano de 2009 entre a Bacia de Pelotas e que era bom manter contato seguidamente. É por isso que falamos da importância da movimentação de políticos, da representatividade junto aos Ministérios. Estamos longe de Brasília e isso fica difícil fazer uma pressão em cima deles, quando queremos alguma coisa de um bairro ou uma vila junto ao Executivo, o que se faz é juntar os moradores, presidente de associações, faz-se uma comitiva para ir até o prefeito para tentar conseguir alguma coisa na Prefeitura ou tentar conseguir uma reivindicação. O SR. PEDRINHO - Permite um aparte, Vereador? (Assentimento do orador.) Fico muito feliz quando começo a falar no tema de Pelotas, o problema é que nossos projetos não chegam lá e alguns deputados que dizem que são da zona sul para levar o nosso voto e depois das eleições não vemos interesse em ajudar. É lamentável, mas como agora o governo federal está criando mais um imposto com outro nome(CPMF), não é mais joãozinho é mariazinha, pode ser que o governo federal olhe com bons olhos e não diga que está faltando dinheiro e que repasse este dinheiro e que repasse este dinheiro que é nosso. Acredito que o Senado tenha o bom senso e responda do mesmo modo que o ano passado, porque chega de criar imposto porque tem que ter o mecanismo de resolver o problema do Brasil. O SR. WALDOMIRO LIMA – Quero salientar a importância de fazer comitivas e fazer apresentação em Brasília para tentar de alguma forma pressionar para eu venham recursos para a nossa zona sul e para a nossa cidade que é esquecida e abandonada no centro do país. Para arrumar um hotel mais barato, um lugar mas barato em Brasília e eu fiquei no Núcleo Bandeirante que é a 15 minutos de Brasília, é uma cidade satélite de Brasília onde tem cerca de 20 ou 30 mil habitantes. Ali é tudo asfaltado, tudo pintado, é uma cidade modelo. Eu estava conversando com os moradores e comentei que era tudo asfaltado, tudo bonitinho e as pessoas disseram que não havia problema, porque n]ão havia prefeito e nem Vereador, é uma cidade administrada pelo Distrito Federal; quando há um problema é feito uma comissão para falar com o Lula, com governador. É isso que acontece, mas porque aquela população é favorecida ? é a pressão, eles vivem em cima; é como fazem os moradores de Pelotas em cima do prefeito, dos secretários, fazem comissões das associações e vêm ao prefeito conseguir alguma coisa para o seu bairro. Se nós não formos a Brasília e não ficarmos pressionando em cima dos ministros, em cima dos deputados, em cima do presidente da república, não vamos nunca conseguir nada para a nossa região! Vamos ficar pensando que eles vão pensar em nós, que eles vão trazer alguma coisa pra nós, e assim não vamos conseguir nada! É a importância da representatividade, do pessoal de Pelotas, dos vereadores de Pelotas em tentar fazer com que as coisas aconteçam para vir recursos para a nossa cidade, isso é uma prioridade em que precisamos pensar. Agora esse assunto da bacia de Pelotas, da exploração de petróleo na bacia de Pelotas, se nós deixarmos assim e não nos preocuparmos com o andamento, não vai sair nunca a licitação! Os papéis não vão estar prontos, vão fazer para a bacia de Santos, depois para o Mato Grosso, e Pelotas vai ficar sempre para trás! E em todos os sentidos! Temos que fazer comissões e temos que pressionar em Brasília se quisermos alguma coisa para melhorar a nossa cidade! Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Com a palavra o Vereador Cururu. O SR. CURURU – Bom-dia a todos. Finalmente se consegue ver uma notícia boa em relação à correção de comportamento dos políticos. Aqui tem uma notícia no Diário Popular de hoje sobre o fórum privilegiado onde uma comissão de deputados aprova o fim do benefício. E o texto diz assim: A comissão especial sobre o fim do fórum privilegiado da Câmara dos Deputados aprovou ontem o substitutivo do relator da comissão, Deputado Régis de Oliveira, do PSC de São Paulo, a proposta de emenda à Constituição Nº 130/07, de autoria do Deputado Marcelo Itagiba, do PMDB do Rio de janeiro, que acaba com o fórum privilegiado para autoridades de todos os níveis em casos de crime comum. Além de determinar o fim do fórum privilegiado, o substitutivo estabelece a criação de varas especializadas na Justiça para julgar somente crimes de corrupção. Pô, que coisa bem boa, tchê! Vai para plenário agora, mas acho difícil passar. Vai para plenário da Câmara dos Deputados. Agora tem uma coisa aqui também: crimes comuns. Eu espero que corrupção, desvio de dinheiro público, roubo de dinheiro público seja considerado crime comum, porque se não for não adianta nada. Mas só essa reação de alguns deputados no sentido de terminar com esse tal de fórum privilegiado, que é por exemplo um deputado federal se envolve num roubo comum, numa falcatrua, numa agressão a esposa ou coisa assim, ele não pode ser julgado pela justiça da sua cidade, só pode ser julgado no Supremo Tribunal Federal em Brasília. E essa mudança na Constituição, que eu sinceramente acho difícil que passe no Plenário da Câmara e depois do Senado, mas se passar vai ser um avanço enorme no sentido de se reduzir, pelo menos, a corrupção neste país. Eu gostaria de informar também, Sr. Presidente Otávio Soares, que estarei saindo da sessão daqui a um pouco, porque está marcada no Ministério Público Eleitoral uma reunião com a Promotora. porque infelizmente o Partido Verde está sendo vítima de falsidade ideológica por parte de um ex-presidente, que mesmo depois de expulso do partido continua informando a todos que é presidente do partido, inclusive, agilizando documentos falsos. Portanto, pedi uma reunião lá e a Promotora marcou para às 9h30min. Vou sair e depois voltarei para a sessão. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Fique a vontade, Vereador, está justificado. Com a palavra o Vereador Adinho. O SR. ADINHO - Bom-dia, Vereador Otávio Soares, nosso Presidente, Vereadora Diosma Nunes, colegas Vereadores, pessoal que nos dá o prazer da presença aqui em plenário e aqueles que nos escutam através da TV Câmara. Ontem em conversa preliminar com alguns colegas Vereadores eu obtive o apoio da maioria deles para fazer uma proposição ao governo do município, propondo a construção de uma usina de transformação de óleo de cozinha para biodiesel. Esse assunto está sendo trazido à imprensa de forma bastante aguda e seguida e acho que é hora, então, de aproveitar essa situação e Pelotas começar a se preocupar com esse tema. O nosso ouro em Pelotas é a água e um litro de óleo de cozinha contamina 20 mil litros de água potável. Então começo a trabalhar nesse tema, propondo ao governo que ele assuma essa parte d recolhimento do óleo de cozinha e que através dessa transformação para o biodiesel a própria frota da prefeitura use esse combustível que evidentemente vai pagar paulatinamente a construção dessa usina. Esse projeto se auto paga em pouco tempo, para o meio ambiente não precisamos dizer o que representa, para a dona de casa ela vai ter uma destinação segura para esse óleo que hoje contamina a bacia de água de Pelotas e evidentemente espero que eu tenha o apoio de todos os colegas. Ontem conversando com alguns deles todos se mostraram favoráveis a que eu faça essa proposição e evidentemente acho que é um momento importante já que o assunto está em pauta na imprensa. Então a minha manifestação hoje era essa, acho que não tem por que o governo do município não aceitar essa proposição; esse assunto certamente tem programa pronto em Brasília, o que falta são projetos do município. A gente então entra com esse projeto para poder viabilizar esse assunto. Então a partir de hoje o gabinete já está formatando essa proposição no governo municipal, e a gente espera naturalmente, além de ter o apoio desta Casa, pois quando a gente tem o apoio e o voto dos colegas o projeto passa a não ser mais meu, mas de todos, já que eu preciso do apoio de cada um para viabilizá-lo. Então espero, dentro de 10 dias mais ou menos estar com o projeto pronto, sair aprovado desta Casa por unanimidade e dar uma parcela significativa quanto a essa questão ecológica para a cidade. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Com a palavra o Vereador Ivan Duarte. O SR. IVAN DUARTE - Primeiro quero saudar o Sr. Presidente, os Srs. Vereadores e os demais cidadãos que assistem aqui a nossa sessão, bom-dia. Sr. Presidente, ontem recebi dois telefonemas que me deixaram um pouco confuso em relação a esse tema dos contratos, eu achei que a sessão de ontem, para quem assistiu, pelo menos, tinha ficado muito clara. Vários Vereadores se esforçaram aqui para explicar aos presentes, pela televisão enfim, talvez Sr. Presidente, falte algum incursão à imprensa porque as pessoas me ligaram absolutamente confusas em relação aos projetos que estão na Casa. Não sei se foi muita informação, mas o fato é que me fizeram uma miscelânia ontem e eu fiquei preocupado com o que as pessoas comentam, com o que sai depois. Então, vou sugerir ao Presidente que hoje, ele mesmo ou grupo que ele designar ou a assessoria de imprensa, não sei, que alguém esclareça qual o conteúdo dos projetos e quais estão se confundindo e qual a sua tramitação. Tem gente ainda pensando que os contratos emergenciais serão prorrogados na Câmara de Vereadores. Ontem, uma pessoa me ligou e me afirmou que dependiam... Não, não depende. O projeto que está na Câmara de Vereadores, que trata de contratos... Eu nem fiz a soma de quantos são, ou já fiz e esqueci, porque os números relativos a isso são bastante grandes, mas acredito que envolva umas 300 pessoas, talvez mais. Quarenta e nove professores P1, trinta e três P2, sete intérpretes de Libras e 17 auxiliares de educação infantil; 47 serventes, o que já dá quase 150. Depois tem mais 105 agentes administrativos, o que dá 250; seguramente ainda há mais 100. É, acredito que uns 300 ou um pouco mais. São contratos de servidores por tempo indeterminado, na forma de contrato administrativo para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público. Se a Câmara votar a favor, vai aprovar, aliás, vai autorizar o Executivo a contratar ou renovar contrato. A Câmara não contrata ninguém. As pessoas estão sendo confundidas. Uma ontem, claramente, me disse aqui que tinham dado um telefonema para a sua casa, que o pai dela tinha atendido e ela veio para cá. Queria saber se ficava, se saia... É uma confusão geral. Esse é um projeto que autoriza a prefeitura, nós autorizamos a prefeitura e lá escolhem contratos. Fica autorizado, se a Câmara de Vereadores votar a favor. Se a Câmara votar contra, o Legislativo não autoriza a contratar. O outro projeto, que tínhamos de examinar melhor, que envolve um número enorme de pessoas, creio que em torno de 300 também, cria cargos na prefeitura. Bom, o que acontece com esses cargos criados? Alguns, me chegou a informação de que houve um erro numa lei anterior e esses cargos não estão criados. É algo mais ou menos por aí. Então, regularizaria, legalizaria cargos que já existem, de pessoas que estão trabalhando, recebendo, mas para os quais falta a parte legal. Uns me dizem isso. Já houve gente me dizendo que estão criando cargos que não existem e serão preenchidos... Acho que a própria Câmara tem de ter essa informação mais precisa. A mensagem dos contratos é a nº 047. Eu falei, ontem, aqui de um projeto que deverá chegar a Casa para tentar regularizar a situação do pessoal da Estratégia de Saúde da Família, que são aqueles 300 e tantos médicos, enfermeiros, agentes de saúde, é um programa federal em que hoje as pessoas que trabalham estão empregadas pela Apae, o dinheiro vem do Ministério da Saúde, vai para Apae, mas eles são administrados pela prefeitura junto aos postos de saúde. É um terceiro projeto. Isso tudo se somarmos dá mil pessoas, nessa confusão, com todo mundo misturando os projetos, os próprios Vereadores estão confusos nessa história, fica muito difícil votar isso. É por isso que ficamos empurrando e empurrando, não vejo a prefeitura empenhada em vir aqui esclarecer isso, o que pode prejudicar muita gente, pode prejudicar gente que já está lá e precisa ser legalizado, pode prejudicar gente que está na porta de um contrato e vai perder, pode prejudicar gente que está dentro de um programa federal e nesta confusão programa. E as pessoas ficam olhando para a Câmara, olhando e tentando achar e eu acho que tem gente da prefeitura dizendo que é lá na Câmara o problema. A responsabilidade central disso aqui, claro que a Câmara também terá que votar e examinar, não estou dizendo que não tem nada a ver com o assunto, não tem nada a ver com o assunto. A Câmara é o segundo momento, porque de onde parte isso aqui deveria partir também uma força tarefa esclarecer e perguntar aos Vereadores se tem alguma dúvida e depois eles vem se vai votar a favor ou contra. Eu não fui chamado para uma reunião, vem aqui os Secretários e se reunem na Sala da Presidência, mas são aquelas reuniões que começam às 11h30min e às 12 horas temos que voltar para terminar a sessão. São cerca de mil pessoas ou cargos que estão em jogo, vão deixar para a última hora e as pessoas ficam num jogo de pressão e isso vai jogar as pessoas umas contra as outras. As pessoas que têm interesse vem para cá, mas alguns que não tem interesse porque estão em outra situação também vem para cá pressionar Vereadores. A opinião pública também pressiona Vereador e vai dizer que fizemos um trenzinho da alegria, na confusão o que vai aparecer é isso, tem muito Vereador que não via votar a favor com medo da repercussão pública e é legítimo, não vou culpar este Vereador, para depois fizerem numa capa de jornal ”Câmara aprova, trenzinho da alegria“, são todos cabos eleitorais. Quem é que deixou essa situação ficar assim? A Prefeitura Municipal de Pelotas, n]ão adianta culpar Vereador depois, não adianta. Ontem foi dito daqui da tribuna, isso tudo é cabo eleitoral, não é, tem muita gente que não tem nada a ver com cabo eleitoral aqui, tem muita situação diferente, tem professores aqui que se não entrarem rápido as crianças podem perder o semestre em algumas escolas. Isso é real, tem muito médico e dentista que estão prejudicando a população se não forem contratados. Tem programas aqui, que vão ficar sem receber, numa situação irregular, são poucas pessoas e programas importantes. É outra situação. E tem gente que está esperando um contrato, um cargo que vai vagar ou que está vago. Eu acho que a prefeitura está errando com relação a Câmara de Vereadores e errando com relação as pessoas que estão nestes contratos aqui. Isso é uma questão. A outra, acho que é mais grave ainda – é a relação da prefeitura com o Ministério Público e com o Judiciário. Porque há poucos dias atrás esteve lá no Ministério Público, falando com o Dr. Jaime Chatkin, um grupo de pessoas, professores na sua grande maioria, e dois vereadores, eu e o Vereador Miltinho, mais o presidente do Simp, e ele foi taxativo: essa história de mandar esse monte de contratos num projeto só, isso é ilegal! Isso se derruba na Justiça assim, ó! Porque o contrato emergencial, como o próprio nome diz, tem que ser para uma emergência. Tem que ser temporário, tem que ser num projeto específico. Não é um por um cada contrato, mas, por exemplo, num projeto tem que vir a situação da educação. “Olha, na nossa rede faltam tantos professores, tantas merendeiras, tantos orientadores, tantos serventes. Essa é a situação. E essa é a lista das escolas onde faltam.” Aí é um projeto específico. Um outro projeto seria o programa de redução de danos, por exemplo, e outro seria o PIM. Cada situação exige um projeto, agora a prefeitura manda 300 de todas as categorias, tem professor com enfermeiro, com saúde ambiental, com psicólogo, fonoaudiólogo, assistente de coordenação, artífice, motorista, jornalista, agente administrativo, tudo, tudo junto. Se não for especificado por que é necessário cada cargo, por exemplo, por que é necessário um consultor para acesso à população vulnerável, ou então, por que são necessários 105 agentes administrativos, em cada projeto, isso vai ter problema no Judiciário. Então, a prefeitura nos deixa aqui numa confusão, não se alerta para uma conversa com o Judiciário ou a promotoria, e as pessoas ficam mais confusas ainda! Tinha gente aqui ontem que não sabia o que estava fazendo! Não estava entendendo nada! São três projetos. E não foi só com uma pessoa que eu conversei ontem. E nenhuma sabia! As pessoas estão ansiosas para resolver essa situação. Têm projetos na Casa, aquela pilha ali, que vamos ter que votar em algum momento, ou os vereadores autores vão ter que retirar! E daqui a pouco entra essa montanha de contratações e outra montanha de contratos emergenciais e outra montanha do PSF vai entrar (agora é ESF, não é mais PSF). Acho que a prefeitura tem que dar uma atenção maior para essa situação. Depois de votarmos contra, seja por medo da repercussão pública, seja porque o Judiciário nos avisou que está ilegal, aí não adianta! Aí não adianta botar a culpa nos vereadores. Não adianta a prefeitura dizer: “Foi a Câmara que rejeitou!” Sim, mas rejeitou por quê? Qual é a situação em que a prefeitura nos deixa para votar? Eu, por exemplo, falo em meu nome e acredito que falo em nome da maioria. Se vier projeto específico pra cá, por exemplo da área da educação, e nos mostrarem que faltam professores (e aqui tem um professor que é diretor de escola, ele conhece esse negócio), é tranqüilo. Quem é que vai deixar criança sem aula? Por mim, que entre cabo eleitoral desse ou daquele, eu não vou botar isso em primeiro lugar, por quê? Porque antes disso eu vou abastecer as escolas. Agora se vier um projeto para cá, para contratar 105 tal categoria e não me demonstrar. Ah, não pára aí, aí tem cabo eleitoral e é só cabo eleitoral, se é que isso vai acontecer! Se é que isso vai acontecer, eu não sei! Se vier projeto separado, um projeto para a redução de danos, que o pessoal já veio falar comigo, eu aprovo, não tem problema. Já estão trabalhando, estão recebendo, é um projeto federal, o dinheiro está aqui. Qual é o problema? Porque já estão, não adianta eu achar que o fulano vai botar os dele, já estão lá trabalhando. Isso aí tem que ser secundarizado na maioria dos casos. Agora tem que ser projeto específico, justificado, explicado. A prefeitura deixou dois bolos aqui na Câmara, ninguém sabe o que tem dentro do bolo e disse para os vereadores: comam! É isso, ninguém sabe! Ninguém sabe qual é o conteúdo, o que tem dentro do bolo, tem um recheio de merengue na volta dos dois, toma esse e toma esse e vai chagar outro! Agora, o que tem dentro do bolo? Comam! Aí tem mais gente que vai lá pedir para vocês: come, come, come porque é contigo. Mas pára aí, não é assim que funciona. Uma parte disso não é opinião, uma parte disso é lei, é lei, é judiciário. Então eu gostaria, geralmente assistem lá na prefeitura, que, não manifestei opinião aqui, não disse que vou votar contra ou a favor. Eu disse que estou achando que a prefeitura tem que vir para cá e explicar para os vereadores, porque é aqui que vai ser decidido, mas a responsabilidade é deles. A responsabilidade é deles, quem mandou o projeto para cá foram eles, então que nos expliquem, que nos dêem condições de votar. Para encerrar vou contar um a historinha aqui. Já aconteceu de vir projeto para cá e todos os vereadores votarem contra. Mesmo os que tinham responsabilidade por serem do governo, etc. Unanimidade ser rejeitado! E não tinha pressão nas galerias, não tinha! Simplesmente o cara olha e diz: eu vou aprovar isso no escuro assim e depois vão dizer o quê? Todos votaram conta, oposição, situação, governo, não governo, gente que não está nem num nem noutro. Se querem nos deixar nessa condição, nos deixem, não há problema eu não sou governo. O SR. ADALIM MEDEIROS - Permite um aparte, Vereador? (Assentimento do orador). Acho, Vereador, que V. Exa. está tentando explicar o que para muita gente se torna bastante difícil. Tem um projeto para contratar as pessoas emergencialmente, administrativamente, mas as pessoas têm que analisar a responsabilidade que nós enquanto Vereadores temos com a comunidade como um todo. Esse projeto antes de vir para a Casa foi explicado para alguns Vereadores, que estavam no gabinete do prefeito e eu estava entre eles, que muito bem explicado pelo prefeito detalhadamente até em parte me convenceu. Eu na oportunidade, está aqui o Vereador Mansur Macluf que estava também na reunião, disse ao prefeito, quem sabe o senhor vai na Câmara e faz uma exposição da necessidade. Porque se sabe que muitos desses casos, Vereador,... Exista agora, foi feito um concurso público, essas pessoas serão chamadas, mas isso tem um trâmite, que às vezes leva um mês, dois meses. A partir do momento que não houver nenhuma irregularidade no concurso, porque pode haver também. E havendo irregularidades esse concurso passa a ser anulado e a Prefeitura precisa funcionar a sua máquina, nós sabemos disso. E o prefeito explicou que nesses casos há pessoas com licença maternidade, pessoas que já se afastaram, pediram aposentadoria, enfim, uma série de questões que se justifica a indicação dessas pessoas para ocuparem esses cargos. Mas só que isso, e aí o vereador explica e eu também concordo, e ontem a minha proposta foi exatamente esta na reunião que tivemos na sala da presidência com os Vereadores, que eu solicitei ao líder do governo, Vereador Idemar Barz, que levasse essa proposta de novo ao Executivo, ou seja, ninguém é contra a contratação. O que nós queremos é que essa contratação seja ela especificada, detalhada, dizendo por exemplo que lá na escola tal há necessidade do professor, da merendeira, do vigilante, do motorista, seja o que for, mas que especifique, justifique aos Vereadores a necessidade dessa contratação, é só isso que nós queremos. Nós não queremos impedir em absoluto que esse projeto prospere, não. O que nós queremos é que ele seja detalhado como foi ontem exemplificado aqui pelo presidente, com relação à Secretaria de Educação, que colocou detalhadamente suas necessidades, como por exemplo lá na escola tal há necessidade de professor para a matéria tal, precisa de motorista, precisa de merendeira, precisa de um vigilante, detalhadamente. E aí vai se justificar o nosso voto aqui. O que não podemos é pegar um número enorme de contratações, no bojo, e dizer o quê? Que depois dirão vocês, que estão nesse processo de contratação, mas também dirão aqueles que fizeram o concurso: “vem cá, e nós?” E até você explicar que o concurso pode ser anulado, que o concurso tem um tempo, que o trâmite às vezes leva um, dois, três meses para que essas pessoas passem a ser chamadas, até justificar tudo isso a nossa posição enquanto Vereadores fica bastante delicada e acho que as pessoas tem que entenderem essa nossa posição. Obrigado, Vereador Ivan. O SR. IVAN DUARTE – Obrigado, Vereador Adalim. Quero dizer que na questão dos professores para mim, que são mais da metade disso aqui, o meu voto é a favor, porque eu já vi especificamente comprovado tudo. Os outros eu quero ver, senão não vou votar. E, Sr. Presidente, uma situação, para encerrar, que é a dos fisioterapeutas. Há mais de dois meses que vem aqui o pessoal dos hemofílicos, que é uma doença séria, uma deficiência grave, que tem 120 pessoas precisando de fisioterapia por causa da hemofilia e não tem fisioterapeuta aqui; tem trezentos e tantos e um que se sabe que é necessário não está aqui. Então isso também tem que ser observado. Eu quero observar também o que não está aqui. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Com a palavra o Vereador Ademar Ornel. O SR. ADEMAR ORNEL – Ouvi, Sr. Presidente, Srs. Vereadores Sra. Vereadora e senhores e senhoras que nos assistem aqui e em suas residências, e tenho ouvido com muita atenção essa questão das contratações emergenciais ou chamados contratos administrativos. Isso pode até parecer novo para alguns mas é uma prática reiterada de alguns governos ou de todos os governos, vamos dizer assim. Antes, historiando todas as contratações emergenciais ou administrativas passavam pela Câmara de Pelotas, que as autorizava. Um ano antes do final do governo Marroni, a Câmara de Vereadores votou uma lei que permitia ao governo fazer as contratações emergenciais e administrativas diretamente, a exemplo do que é feito no governo federal e no governo estadual. Assim foi vindo até meados deste ano, quando, então, o Ministério Público entrou com uma ação, alegando a ilegalidade daquela lei e conseguiu uma liminar. Isso fez com que voltasse à prática anterior de passar as contratações emergenciais ou administrativas pela Câmara de Pelotas e veio, por conseqüência, a necessidade de regularizar aquelas que estavam em vigor. Este é o fato histórico da questão. Acho que já havia umas 500 contratações ou 600 – sei lá o número - feitas pelo modelo antigo e agora precisam ser regularizadas. Essa é uma situação que já vem de longos anos, que não é do governo atual nem do passado ou do anterior ao passado. Então, o número assustador pela quantidade e expressão absoluta, vem se mantendo em relação ao tempo dos governos que passaram. Hoje se questiona, em cima de uma posição do Ministério Público, a necessidade de especificar cada contratação. Este é o grande questionamento. O governo entende que não há necessidade disto e aponta, para justificar a sua posição, o que faz o governo do estado, mostrando as leis estaduais que não especificam. O Ministério Público, em contrapartida, entende que por serem contratações emergenciais, devem ter caráter de urgência e especificidade. Então, este é grande debate que vamos enfrentar hoje aqui. Claro que o número absoluto assusta um pouco, mas se mantém, ao meu ver, dentro do que era praticado nos últimos 10 anos em Pelotas. Bom, o que eu acho? Acho que devemos buscar, hoje, um ponto médio entre o Ministério Público, o que entendemos e o que quer o governo, que seria tornar um pouco mais clara a relação das pessoas contratadas. Isto é possível, bastando a boa vontade do governo. Não é, Sr. Presidente? Se não houver um ponto de equilíbrio, o que cabe à Câmara? Ela vai ter que apreciar e votar. E teremos que fazer isso num dia desses, numa hora dessas, num momento desses. O que eu acho? Acho que podemos, vereador líder do governo Idemar Barz, buscar a especificação da necessidade mais pontual, mesmo que em anexo. Que viessem aqui na segunda-feira ou na terça-feira preferencialmente pelo menos os dois secretários mais envolvidos com o fato, ou os três, que são o Secretário de Educação, de Saúde e da Cidadania. Quem tem vindo aqui? Tem vindo os outros secretários, os do geral, do atacado, que não conseguem entrar na questão específica e por isso, não conseguem explicar o que é possível de ser entendido. O SR. IDEMAR BARZ - Permite um aparte, Vereador? (Assentimento do orador.) Entendemos e temos a mesma preocupação quanto ao Ministério Público, mas por outro lado, sabemos que existem pessoas trabalhando, contratadas que dependem deste projeto. Entendemos perfeitamente que o projeto tem que ser transparente, ele está sendo transparente. Depende até um pouco de interpretação de cada um, mas a nossa interpretação é quanto a falta de professores e outros servidores em determinadas áreas que hoje não tem que hoje não tem ou então o contrato está por vencer e dependem deste projeto. Temos que ver o quanto antes, para apreciar esse projeto porque a cidade não pode parar e a comunidade não pode ser prejudicada em função disso. Precisamos talvez hoje ou então na terça-feira, mas o quanto antes porque o projeto está a dias na Mesa e precisamos avaliar e apreciá-lo. A nossa preocupação é quanto ao atendimento da comunidade e quanto as pessoas que estão trabalhando. Muito obrigado. O SR. ADEMAR ORNEL – Obrigado, Vereador Idemar Barz. Temos dois aspectos para analisarmos em cima dessa proposta, o aspecto político-partidário, o político da Casa e o aspecto da legalidade. Claro que um está meio relacionado com outro, então o aspecto da legalidade, primeiramente. Se tomarmos por base a analogia com o governo do Estado, vamos dizer que o projeto está tecnicamente adequado. Se quisermos ver por base o que pensa o Ministério Público que ainda não é uma posição clara e definitiva porque não é uma posição com trânsito em julgado, estaria errado, então essa é uma discussão legal, sob o aspecto da legalidade. Sob o aspecto político vai embasar posteriormente a legalidade, porque se tivermos com base a analogia que me refiro ao governo do Estado, que pensa o governo do Estado, como é feito na Assembléia Legislativa, como é feito no Congresso Nacional; politicamente leva a decisão do mérito, é contra ou a favor a regularização, é mérito, é respeitada a posição, em quanto posição política dele. Hoje, Vereador Idemar Barz, teremos que enfrentar na comissões técnicas a questão da legalidade para oportunizar na próxima semana este encontro com os secretários e com as secretárias para tentar, se houver essa posição, essa contraposição, vamos chamar assim, do Executivo, pelo menos tentar buscar o ponto médio, que é o grande desafio desta Casa. Então, é buscar um ponto de equilíbrio, um ponto comum, onde a gente possa associar o que pensam os vereadores da Casa, o que pensa o Executivo e o que é efetivamente a sociedade. Esse é o nosso grande desafio, Vereador Adinho, que é o que nós temos que enfrentar. Estamos levando, mas uma hora vai ter que sair essa discussão, esse debate. O SR. ADINHO – Permite um aparte, Vereador Ademar Ornel? (Assentimento do orador.) O que ficou bem claro na reunião de ontem foi a união de todos os vereadores e a boa vontade que todos demonstraram em votar o projeto. Só pedimos que fosse desmembrado para dar mais tranqüilidade ao voto. O que a gente espera é que a prefeitura seja sensível a isso e faça parte dela, tornando o projeto 047/08 em tantos quantos forem necessários, dependendo do número de secretarias que estiverem envolvidas. Então, ontem foi conseguido um avanço muito grande. O próprio Vereador Ivan Duarte, que é da oposição, se posicionou sensível a estudar o projeto. Assim, só falta a parte do Executivo para tornar viável a sua aprovação. Mas eu o cumprimento pela forma como está debatendo o assunto, porque ontem eu entendi que houve a união de toda a casa para não atrapalhar o andamento nem da prefeitura e muito menos dos funcionários que estão ansiosos e preocupados com o seu futuro. O SR. ADEMAR ORNEL – Obrigado, Vereador Adinho. Eu queria fazer da minha fala uma proposta de convite a três secretarias - a secretaria de educação, a secretaria de saúde e a secretaria de cidadania – para virem aqui e vermos as questões mais específicas e mais relevantes em termos de quantidade. A minha proposta é que se faça na terça-feira esse esforço no sentido de que se possa fazer uma comunhão de vontades e, a partir daí, podermos definir e pressionar o segundo ponto, que é o aspecto político e de mérito. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Adalim Medeiros) – Não havendo mais oradores inscritos e havendo a necessidade de as comissões se reunirem e avaliarem alguns projetos que se encontram em pauta, suspendo a sessão pelo tempo necessário. Está suspensa a sessão (9h47min). Está reaberta a sessão (11h39min). Passaremos ao que consta na pauta. PROCESSOS: Nº 2.362/08 – da Prefeitura Municipal de Pelotas. Mensagem nº 043/08. Abre crédito adicional especial no orçamento do município e dá outras providências. Projeto de lei em 1ª discussão. Pareceres favoráveis da CCJ e da COF aprovados por unanimidade. Aprovado por unanimidade o processo. Nº 2.023/08 – do Vereador Otávio Soares. Cria parágrafo ao artigo 1º da resolução 10/05. Projeto de resolução em 1ª discussão. Parecer favorável da CCJ aprovado por unanimidade. Aprovado por unanimidade o processo. Nº 2.235/08 – da Prefeitura Municipal de Pelotas. Mensagem nº 041/08. Altera o artigo 1º da Lei Municipal nº 5.410, de 16 de janeiro de 2008, que autoriza o aumento do capital social da Companhia de Informática de Pelotas (Coinpel) por meio da assunção de dívidas do Município de Pelotas e dá outras providências. Parecer da CCJ pelo envio à Assessoria Jurídica da Casa. Nº 2.192/08 – do Vereador Pedrinho. Propõe, após aprovação do Plenário, Título de Cidadão Pelotense a Evaldo Afrânio Pereira da Silva. Projeto de lei em 1ª discussão. Parecer favorável da CCJ aprovado por unanimidade. (Retirado de pauta momentaneamente para as devidas correções, eis que falta o artigo 2º) Nº 2.426/08 – do Vereador Idemar Barz. Concede Título de Instituição Emérita ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) pelos seus 80 anos de fundação no dia 12 de setembro. Projeto de lei em 1ª discussão. Parecer favorável da CCJ aprovado por unanimidade. Aprovado por unanimidade o processo. Nº 2.442/08 – do Vereador Mansur Macluf. Concede o Título de Instituição Emérita à Sociedade Pelotense Música pela Música. Projeto de lei em 1ª discussão. Parecer favorável da CCJ aprovado por unanimidade. Aprovado por unanimidade o processo. Nº 2.525/08 – da Prefeitura Municipal de Pelotas. Mensagem nº 048/08. Autoriza o Poder Executivo a contratar servidores para atuarem no Programa Esporte e Lazer das Cidades por tempo determinado na forma de contrato administrativo para atender necessidade de excepcional interesse público e dá outras providências. Projeto de lei em 1ª discussão. Pareceres favoráveis da CCJ e COF aprovados por unanimidade. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Passaremos à apreciação do processo artigo por artigo. Art. 1º - Aprovado por unanimidade. (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) - Este processo não deveria ter entrado na pauta, mas como entrou e já foi lido e tem polêmica, votaremos em 1ª discussão. Art. 2º – Aprovado por maioria. O SR. ADINHO (Justificativa de voto) – Eu queria valorizar o meu voto, explicar, porque se trata de um projeto do governo federal para a Secretaria de Esportes em Pelotas que, se não for aprovado, não tem projeto. Então, essas contratações se justificam justamente por isso e, por tal motivo, estou aprovando este projeto, ainda mais que é a minha área. Tenho absoluta certeza da acertativa quanto a essas contratações. Art. 3º O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Em discussão o artigo 3º. O SR.MILTINHO – Não é uma questão fechada o voto que eu vou dar e talvez a bancada vá se posicionar. Na primeira votação vou votar contrário para que na segunda e na terceira a gente examine com maior rigor todos esses processos de contratação que em ano eleitoral, queiramos ou não, cheira a casuísmos. E mais do que isso. Eu e o Vereador Adinho, em 2006, fomos representantes de Pelotas na Conferência nacional dos Esportes e envidamos todos os esforços, abrimos todos os caminhos para que trouxessem a Pelotas o projeto Segundo Tempo. Estranhamente não andou esse processo. E agora, ás vésperas das eleições, surge um projeto, que, tenho certeza, não quero fazer nenhuma acusação ou ilação com relação ao trabalho do Vereador Adinho, mas o governo parece que começou a se movimentar aceleradamente, com contratos, contratos e mais contratos. Então, vou examinar melhor e na segunda e terceira votações posso até votar a favor, mas na primeira votação vou colocar o meu voto contrário. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Continua em discussão o artigo 3º. O SR. ADINHO – Eu gostaria de fazer a defesa deste projeto que vem ao encontro do que discutimos ontem na sala da presidência em relação ao governo partilhar os projetos, como, por exemplo, que a mensagem nº 047/08 fosse separada por secretaria. Este como é da Secretaria de Esportes, já veio separado dos demais, para mim se justifica a sua votação sem nenhum problema. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Continua em discussão o artigo 3º. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Aprovado por maioria. Art. 4º O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Em discussão (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Aprovado por maioria em 1ª discussão o processo nº 2.525/08, mensagem nº 048/08, que ficará aguardando para a 2ª votação após ser debatido e discutido por todos os vereadores. O SR. IVAN DUARTE (Questão de Ordem) - Vou fazer um pedido para que não se coloque em votação esses projetos de contratação, para que que a gente pudesse discutir no conjunto, se tiver mais algum aí. Era o meu pedido. PROCESSOS: Nº 2.192/08 – do Vereador Pedrinho. Projeto de lei em 1ª discussão. O SR. SECRETÁRIO (Idemar Barz) – Sr. Presidente, um esclarecimento. Esse projeto que vou ler agora, foi lido a pouco e o relator pediu a devolução autor, porque precisava fazer uma correção nos artigos. Já chegou a devida correção do projeto, faltavam os artigos. Na verdade tinha vindo em forma de proposição. Agora com os respectivos artigos o projeto pode ser votado. Inclusive, tem o parecer favorável da CCJ. O SR. ADEMAR ORNEL (Questão de Ordem) - Eu pediria, então, a substituição da primeira folha do projeto pela nova que foi incluída, pela nova que foi trazida agora para a pauta. Artigos 1º e 2º – Aprovados por unanimidade. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) - Aprovado por unanimidade em 1ª discussão o processo nº 2.192/08. (Pausa.) PROCESSO: Nº 0889/08 – da Prefeitura Municipal de Pelotas. Mensagem nº 016/08. Institui o Plano de Empregos e Salários para os atuais empregados da Companhia de Informática de Pelotas (Coinpel) e dá outras providências. Projeto de lei em 1ª discussão. Pareceres favoráveis da CCJ e COF, aprovados por unanimidade. Aprovado por unanimidade o processo Nº 0526/08 – da Prefeitura Municipal de Pelotas. Mensagem nº 011/08. Dispõe sobre a instalação de lixeiras com cor indicativa da coleta seletiva e equipamentos de proteção para arborização em vias e logradouros públicos e dá outras providências. Parecer favoráveis da CCJ aprovado por unanimidade. Aprovado por unanimidade o processo em 1ª discussão. Nº 1.952/08 – do Vereador Pedrinho. Cria os parágrafos 1º, 2º e 3º no artigo 2º da Lei Municipal nº 5.382/07. Projeto de lei em 1ª discussão. Parecer da CCJ pela juntada da cópia da lei a ser designada pelo autor ao referido projeto de lei. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares – Pela devolução ao autor para que providencie o solicitado. PROCESSO: Nº 2.363/08 – do Vereador Pedrinho. Dá o nome de Ênio da Costa Barbosa à rua 2 do Loteamento Bougainville, código 0528 do Município de Pelotas. Projeto de decreto legislativo. Parecer favorável da CCJ aprovado por unanimidade. Aprovado por unanimidade em 1ª e única votação. Nº 1.929/08 – do Vereador Pedrinho. Institui no Município de Pelotas a inclusão da frase “se beber não dirija” nos cardápios utilizados em hotéis bares e restaurantes. Projeto de lei em 1ª discussão. Parecer favorável da CCJ (de acordo com o parecer da assessoria jurídica, em anexo) aprovado por unanimidade. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Passaremos à apreciação do processo artigo por artigo. Artigo 1º O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Antes de colocar em discussão, só gostaria de dizer, até aproveitando uma colocação feita pelo Vereador Waldomiro, a gente sabe que a intenção disso aí, é uma campanha. Agora, acho que teria que fazer uma referência ao álcool, porque se colocar assim “se beber não dirija”, pode englobar água, refrigerante... O SR. PEDRINHO – Olha, Sr. Presidente, essa é uma campanha que a própria RBS está fazendo. Agora, achar que pode proibir água e refrigerante, é porque não está acompanhando a campanha que a RBS está fazendo no Estado e também há a nível nacional. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Mas a lei tem que ser bem explícita, Vereador. Essa campanha diz que é contra o álcool, drogas e substâncias químicas... O SR. PEDRINHO – Então na 2ª votação posso fazer uma emenda para V. Exa. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Perfeitamente. Em discussão. O SR. CURURU – Parece-me, Sr. Presidente, que a palavra beber rima com bêbado, então já é feita uma campanha nacional dizendo que “se beber não dirija” ou “se dirigir não beba”. Então acho que a frase é adequada, porque a pessoa que lê ali “beber”, ela não está vendo água, ela está vendo o espírito do bêbado. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Continua em discussão. O artigo 1º. (Pausa) Em votação. (Pausa) Aprovado por unanimidade. Do artigo 2º ao 4º – Aprovados por unanimidade. Está, portanto, aprovado por unanimidade, em 1ª votação, o projeto nº 1.929/08. O SR. SECRETÁRIO (Idemar Barz) – Sr. Presidente, gostaria de solicitar a possibilidade de que ao final dessa sessão ordinária fossem realizadas mais duas sessões extraordinárias, inclusive com um projeto que abre crédito adicional especial ao orçamento do município, da Secretaria de Educação, mas isso será para uma segunda e terceira análise. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) - Gostaria de incluir na pauta todos os processos que não fossem polêmicos e votarmos em segunda e terceira discussão tudo o que for possível. O SR. SECRETÁRIO (Idemar Barz) - Sr. Presidente, os projetos que já foram analisados e aprovados em primeira discussão nesta manhã, que não são polêmicos, que sejam apreciados em segunda e terceira discussões após esta sessão. O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) – Todos com exceção de um, que ficou acertado que, mesmo votado em primeira discussão, seria discutido mais profundamente depois. Solicito ao Sr. Secretário que dê continuidade à leitura da pauta. PROCESSO: Nº 2.619/08 – do Vereador Miltinho. Acrescenta parágrafo § no artigo 15 do projeto de lei contido na mensagem nº 011/08, oriunda do Poder Executivo. Encaminhado às Comissões Técnicas. PROPOSIÇÕES: (Constam da Ata nº 103/08.) O SR. PRESIDENTE (Otávio Soares) - Passaremos às COMUNICAÇÕES com a chamada dos vereadores inscritos. (Após consultarem-se os vereadores anteriormente inscritos, que transferem suas inscrições, encerra-se este espaço.) O SR. PRESIDENTE (José Sizenando) - Nada mais havendo a tratar, convoco os Srs. Vereadores para a próxima sessão extraordinária, dentro de um minuto. Estão levantados os trabalhos (12h38min).