Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas
Diretoria de Meteorologia
Características de evento extremo na costa
leste do nordeste do Brasil: caso de janeiro
de 2004.
Vinícius Nunes Pinho
Pelotas – Dezembro de 2010.
Considerações iniciais
• Parceria entre a Defesa Civil estadual e a
Meteorologia;
• Convênio entre a SEMARH/DMET e Sistema de
Radar Meteorológico de Alagoas (SIRMAL);
• Sistema de alerta antecipado;
Considerações iniciais
• Aprimorar o conhecimento sobre sistemas
meteorológicos atuantes na costa leste do
nordeste do Brasil;
• Compreender a peculiaridade da microfísica
das nuvens;
• Características de um evento extremo em
Alagoas;
Objetivo
• Mostrar quais foram os sistemas causadores
destas fortes chuvas e as suas características,
tais como:
• Tipo de nuvem associada;
• Deslocamento;
• Classificação das chuvas;
Considerações iniciais
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Evento do dia 18/01/2004;
Prejuízos de cerca de 211 milhões de Reais;
Milhares de desabrigados;
Totais Pluviométricos muito acima das
normais climatológicas;
Objetivo
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Intensidade da chuva;
Energia Cinética da gota;
Diâmetro da gota;
Velocidade das gotas;
Concentração de gotas;
Materiais e Métodos
• As Análises foram feitas usando:
• Dados de Disdrômetro
Transdutor
eletromecânico
amplificação e filtragem
conversora analógico-digital
armazenamento
de dados
Materiais e Métodos
• Imagens do Radar Meteorológico de Alagoas;
• Imagens dos canais infravermelho (IR) do
satélite Meteosat – 9;
• Dados de Reanálise do Climate Diagnostics
Centre (CDC);
• Dados de superfície;
Materiais e Métodos
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Período entre 17/01/2004 e 19/01/2004;
Localizados entre as latitudes de 30°S e 10°N;
Longitude de 285°W a 340°E;
Dados das 00, 06, 12 e 18 UTC;
Materiais e Métodos
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Através do CDC foram obtidos:
Componente zonal do vento (uwnd) m/s
Componente meridional do vento (vwnd) m/s;
Omega (velocidade do movimento vertical)
hpa/s
Materiais e Métodos
• A visualização dos dados de vento foi feita
através de rotina do GrADS (Grid Analysis and
Display System);
• Foram gerados campos de linhas de corrente e
intensidade do vento (m/s);
Materiais e Métodos
• Dados de Precipitação diária da rede
pluviométrica da SEMARH/DMET;
• Normais Climatológicas de 1961 a 1990
cedidas pelo INMET.
Materiais e Métodos
• Imagens do radar SIRMAL com os seguintes
raios de varredura:
• 30, 130, 250 e 380 km;
• A estimativa de velocidade de deslocamento
das células foi feita através do script de
operação do radar (www.radar.ufal.br)
• Relação Z = 176,5 R1, 29 (Moraes, 2003)
Resultados e Discussões
Figura 1- Corte setorial da América do sul utilizando a imagem GOES+ METEOSAT (IR) do EUMETSAT/CPTEC do dia
18/01/2004 às 15Z (12h local)
Resultados e Discussões
Figura 2 – Linhas de corrente e Magnitude do vento em 200 hPa, às 12 UTC do dia 18/01/04
Resultados e Discussões
Figura 3 - Movimento vertical do vento em (200 hpa) para os horários de 06,12 e 18 UTC para o dia 18/01/2004.
Resultados e Discussões
Figura 4 - Imagem de radar SIRMAL: acompanhamento do avanço da chuva sobre Alagoas no dia 18 de
janeiro de 2004.
Resultados e Discussões
Figura 5 - Distribuição temporal da chuva e imagem de radar
Resultados e Discussões
Figura 6 – Características temporais da distribuição de gotas
Resultados e Discussões
Figura 7 – Características temporais da distribuição de gotas
Resultados e Discussões
Figura 8 - Distribuição da energia cinética da gota provocado por um VCAN
Considerações Finais
• Na análise sinótica percebe-se a presença de
um VCAN, com centro localizado no Atlântico;
• Frente fria associada;
• Alta da Bolívia, que manteve seu setor mais
convectivo ativo no NEB;
• Estes sistemas foram responsáveis pela
alimentação e organização do evento.
Considerações Finais
• Nas imagens de radar, observou-se uma faixa
de chuva com intensidade, em geral, de fraca
intensidade, mas com núcleos maiores (>
23mm), ou seja, com células convectivas
encaixadas na chuva estratiforme;
• As chuvas permaneceram avançando no
sentido do litoral durante todo evento;
Considerações Finais
• A refletividade dessas células de chuvas variou
entre 15 e 45 dBZ, representando intensidade
fraca, moderada e forte (0,5 a 56 mm/h);
• As chuvas fortes que aconteceram na região
de Passo de Camaragibe ficaram concentradas
entre 13h30 min. às 14h20min, com
intensidade máxima de aproximadamente 70
mm;
Considerações Finais
• A região que apresenta maior energia cinética
também representa os maiores valores de
refletividade (variando entre 35 a 45 dB);
• A região convectiva representada pelos
primeiros 50 min mostra uma concentração
de gotas variando entre 6º ao 13º canal, que
representam em termos de diâmetro médio
da gota 0,913 a 2,259 mm respectivamente;
Considerações Finais
• O canal que apresentou a maior concentração
(acima de 600 gotas) foi o 11º, cujo diâmetro
médio é de 1,912 mm;
• Após os 50 min a chuva foi estratiforme,
atingindo os canais e 1º ao 13º;
• A energia cinética encontrada nas chuvas do
dia 18/01 classifica-se como chuvas
convectivas e apresentam valores maiores que
1400 jm2h.
Referências Bibliográficas
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JOSS, J., A. WALDVOGEL. Ein Spektrograph für Niederschlagstropfen mit Automatischer
Auswertung, Pure Appl. Geophys., 68, 240-246. 1967;
MORAES, M. C da S. Distribuição de gotas de chuva e a relação Z-R do radar na costa
leste do Nordeste do Brasil. 2003.112 f.. Dissertação (Mestrado em Meteorologia).
Universidade Federal de Alagoas. Maceió, AL, 2003;
RAMIREZ, M. C. V. Padrões climáticos dos vórtices ciclônicos de altos níveis no
Nordeste do Brasil. 1996.132 p. Dissertação (Mestrado em Meteorologia) –
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, SP, 1996;
TENÓRIO, R. S.; L. C. B. MOLION; H. SAUVAGEOT; D. A. QUINTÃO; M. A ANTONIO,:
Radar Studies Over Eastern Coast of Northeast Brazil. Proc. of 31st International
Conference on Radar Meteorology - AMS. Seattle. 445- 448. 2003;
TENÓRIO, R. S.; M. C. S. MORAES; B. KWON. Distribuição do tamanho de gotas de
chuva para a costa leste do nordeste do Brasil utilizando dados de disdrômetro.
Revista Brasileira de Meteorologia (trabalho aceito para publicação – informação
pessoal) 2010.
FIM
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