Prof. Marcelo Pfaender
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Definição de Auditoria
Um processo sistemático de obtenção e
avaliação objetiva de evidências sobre
afirmações a respeito de ações e eventos
econômicos, para avaliação do grau de
correspondência entre as afirmações e critérios
estabelecidos, e de comunicação dos
resultados a usuários interessados.
(American Accounting Association)
Origem e evolução
Latim
Audire
ouvir
1314: Criação do cargo de Auditor do Tesouro da Inglaterra.
1559: Sistematizou-se e se estabeleceu a Auditoria dos Pagamentos a servidores
públicos pela Rainha Elizabeth I.
1880: Criada a Associação dos Contadores Públicos Certificados (Institute of
Chartered Accountants in England and Wales, na Inglaterra.
1886: Surge a Associação dos Contadores Públicos Certificados (AICPA), nos
Estados Unidos.
1894: Formação do Instituto Holandês de Contadores Públicos.
1934: Criação da Securities and Exchange Commission (SEC) nos Estados Unidos.
Objetivo
Auditoria independente das Demonstrações
Financeiras objetiva validar, certificar a
adequação dessas demonstrações face às
normas e às práticas contábeis em vigor
O que são Demonstrações
Financeiras?
Demonstrações financeiras são relatórios contábeis que
apóiam a tomada de decisão nas empresas. Constituem-se de:

Balanço Patrimonial;

Demonstração de Resultados;

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;

Demonstração dos Fluxos de Caixa; e

Notas explicativas.
A quem se origina as DFs?








Aos interessados (stakeholders):
Governo;
Bancos (credores);
Investidores;
Funcionários;
Sociedade;
Acionistas;
Administradores;
Etc.
Qual o trabalho do auditor ?
Emitir uma opinião de acordo com as normas
de auditoria se as demonstrações Financeiras
representam
adequadamente
a
posição
patrimonial e financeira de uma empresa e o
resultado de suas operações e seu fluxo de
caixa de acordo com suas práticas contábeis
adotadas.
Órgãos reguladores de auditoria
Internacional – IFAC (International Federation of
Accountants) - ISA (International Standards on Auditing)
EUA – AICPA (American Institute of Certified Public
Accountants) – Statements of Position, Pratice Bulletins,
Accounting Interpretation.
Brasil – IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes
do Brasil), Conselho Federal de Contabilidade, – Normas e
Procedimentos de Auditoria, Comunicados Técnicos,
Interpretações Técnicas etc.)
Normas de contabilidade
IFRS – Normas internacionais (Europa, China, Austrália,
África do Sul, Japão entre outros)
USGAAP – PCAOB e FASBs (EUA)
IFRS
BRGAAP – Lei das S.A.s, CFC, CPC, Bacen, CVM,
SUSEP, ANEEL, etc.
IFRS
UK GAAP, Canadian GAAP, Chinese GAAP, Russian
GAAP
Até quando???
IFRS
Requisitos do auditor

Independência;

Sigilo;

Ceticismo;

Competência (educação continuada);

Responsabilidade; e

Ética.
Erro e Fraude
ERRO - Ato não-intencional na elaboração de
registros e demonstrações financeiras, que resulte em
incorreções

Erros aritméticos na escrituração contábil ou nas
demonstrações financeiras;

aplicação incorreta das normas contábeis; e

interpretação errada das variações patrimoniais
Erro e Fraude
FRAUDE - Ato intencional de omissão ou manipulação
de transações, adulteração de documentos, registros e
demonstrações financeiras:

Manipulação, falsificação ou alteração de registros;
 Apropriação
indébita de ativos;

Omissão de transações nos registros contábeis;

Registro de transações sem comprovação; e
 Aplicação
de práticas contábeis indevidas.
Auditor x Fraude
Quando um auditor é contratado para
auditar as DFs de uma empresa, ele está
sendo contratado para detectar fraudes?
Auditor x Fraude
NÃO!!
Fraude
Responsabilidade do auditor
Um
auditor
não
é
responsável
nem
pode
ser
responsabilizado pela prevenção de fraudes ou erros.
Entretanto, deve planejar seu trabalho avaliando o risco de
sua ocorrência, de forma a ter grande probabilidade de
detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes nas
demonstrações contábeis – NBC T11
Supervisão e controle
Revisão de controle de qualidade:

Interna;

Externa:

Pares

Órgãos
reguladores
PCAOB etc).
(BACEN,
CVM,
Rodízio de auditores
Na maioria dos países o rodízio de firmas de
auditoria não é obrigatório entretanto é visto o
rodízio de equipe gerencial a cada:

USGAAS (clientes SEC) – 5 anos;

Brasil – BACEN – 5 anos;

CFC e CRCs - 7 anos;
TRABALHO DE
AUDITORIA
Trabalho de auditoria
Dividido nas seguintes etapas:

Planejamento;
 Avaliação
de controles internos;

Testes de controles;

Testes substantivos; e

Conclusão e emissão do parecer.
PLANEJAMENTO
Planejamento de auditoria
Etapa mais importante
do trabalho de auditoria!
Planejamento de auditoria

Obtém-se um entendimento dos negócios da entidade;

Identificação dos riscos de auditoria e da entidade;

Define-se os processos chave do negócio;

Estabelece-se uma abordagem de auditoria; e

Estima-se os recursos a serem utilizados.
Planejamento de auditoria
Análise dos negócios
Objetivos
Estratégias
Riscos
Processos
Riscos
Transações
Riscos
Relatórios
Riscos
Entendimento dos negócios

Estrutura de negócios (principais negócios, marketshare, clientes, fornecedores, reguladores etc.)

Setor e ambiente legal;

Políticas e práticas contábeis; e

Definição do escopo de auditoria e materialidade.
Escopo de auditoria

Base do trabalho de auditoria: Demonstrações
Financeiras, reporting package etc.

Tipo de relatório do auditor: Parecer de auditoria,
Relatório de revisão, procedimentos pré-acordados)

Norma de auditoria do trabalho: IBRACON,USGAAS, ISA

Norma contábil de relatório: BRGAAP, USGAAP, IFRS
Materialidade
Efeito materialmente importante para afetar
significativamente as demonstrações financeiras ou a
confiabilidade dos controles internos.
Sua determinação está fundamentada em critérios
subjetivos e objetivos e dependem do julgamento do
auditor baseado nas informações sobre a entidade e da
utilização das demonstrações financeiras pelos interessados
Mensuração da Materialidade
Percentual variável em função das seguintes contas:

Lucro Líquido (geralmente 5%);

Patrimônio Líquido (não mais que 10%);
 Ativo;

e
Receitas;
Planejamento de auditoria
Identificação nos riscos da entidade

Riscos no processo de aceitação da empresa;

Riscos de fraude, continuidade, ambiente legal e litigioso;

Riscos nas demonstrações financeiras como um todo;

Riscos em itens específicos nas demonstrações; financeiras
(contas de balanço/resultado e divulgações); e

Definições de itens específicos (ex: imobilizado, receitas etc.)

Identificação dos objetivos associados aos itens específicos
Planejamento de auditoria
Definição dos processos-chave

Quais os principais processos operacionais;

Quais os riscos associados a esses processos;

Qual o impacto destes riscos nos negócios da empresa;

Qual a abordagem a ser utilizada para testar a eficácia
desses processos (controle interno x substantivo)
EXEMPLO : Processo de registro de receitas de
vendas de produtos
Abordagem de Auditoria
Com base no conhecimento preliminar da entidade, qual a
abordagem para cada conta contábil/processo significativo
da empresa?
Controles internos (avaliação de processos)
x
Substantiva (verificação de documentos)
Abordagem de Auditoria
Recursos a utilizar

Definição da equipe de auditoria e sua experiência;

Estimativa do tempo para condução dos trabalhos;

Envolvimento de especialistas de áreas específicas
(sistemas, impostos, atuarial, valorização de instrumentos
financeiros etc.);
 Avaliação
da auditoria interna e outros prestadores de
serviço a entidade (sistemas, folha de pagamento etc.);

Logística e comunicações com a administração.
Resumo do planejamento
1.Entendimento dos negócios
da entidade e escopo de
auditoria
2.Avaliação dos riscos relacionados
do negócio e de auditoria
3. Seleção dos processoschave relacionado ao
negócio e contas contábeis
4.Definição da abordagem
de auditoria e recursos
Evolução do trabalho de auditoria
Planejamento
do trabalho
AMBIENTE DE
CONTROLES
INTERNOS
Ambiente de Controle Interno
Controle Interno é um processo, executado pelo conselho de
administração, diretoria, planejado para dar uma garantia
razoável de que serão atingidos os objetivos de um ou mais
das seguintes categorias:
a. Eficiência e eficácia das operações;
b. Confiabilidade de Informações Financeiras; e
c. Cumprimento da Legislação e regulamentos.
Ambiente de Controle Interno
Dividido nos seguintes tópicos
Ambiente
geral de controle;

Estrutura e atribuição de responsabilidades;

Filosofia organizacional e governança;

Processo de avaliação de risco da entidade;

Sistemas de informação relevantes para relatórios
financeiros; e

Monitoramento das operações.
Ambiente de Controle Interno
Ambiente geral de controle

Estrutura organizacional e funcional;

Comunicação interna e externa;

Conduta ética da administração;

Controles gerais para prevenção e detecção de fraudes;

Competência de órgãos de governança (conselho fiscal,
conselho de administração; comitê de auditoria).
Ambiente de Controle Interno
Estrutura e atribuição de responsabilidades

Designação de responsabilidades para planejar, executar,
controlar e revisar as atividades e processos da entidade.
 Avaliação
de pessoas-chave no processo de elaboração de
relatórios financeiros;
 Asseguração

de segregação de funções apropriadas; e
Gerenciamento da integridade profissional e valores éticos.
Ambiente de Controle Interno
Filosofia Organizacional e Governança
 Abordagem
na condução dos negócios pelos executivos;

Compromisso com a competência;

Comunicação adequada dos objetivos da entidade;

Independência dos órgãos de governança corporativa (GC);

Envolvimento da governança no monitoramento da
condução dos negócios pelos administradores da entidade.
Ambiente de Controle Interno
Processo de avaliação de risco da entidade

Identificação clara dos objetivos e estratégias da entidade;

Processo contínuo de avaliação dos riscos de negócios
pelos executivos;

Cumprimento com leis e regulamentos;

Identificação e avaliação dos riscos de fraudes que possam
afetar as demonstrações financeiras;
Ambiente de Controle Interno
Sistemas de informação relevantes para relatórios
 Avaliação
dos controles de acesso a programas e dados;

Gerenciamento de alterações de programas;

Metodologia para desenvolvimento/aquisição de programas;

Processamento e procedimentos de tarefas, back-ups e
resolução de problemas;

Computação do usuário-final (utilização de planilhas,
aplicativos, etc.)
Ambiente de Controle Interno
Monitoramento
 Acompanhamento
dos resultados vis-a-vis objetivos e
estratégias pelos órgãos de governança;

Envolvimento da auditoria interna na revisão de processos
operacionais;
 Adequação

da implementação dos controles internos;
Integridade e confiabilidade dos relatórios financeiros
gerados internamente pela entidade.
Resumo do ambiente de controle
1.Entendimento do ambiente geral de
controles da entidade
2. Avaliação da filosofia operacional e
aspectos de governança
3.Como a entidade oberva e avalia
riscos do negócio
4.Sistemas relevantes para
geração de relatórios financeiros
5.Qual o monitoramento dos
controles pela governança
Evolução do trabalho de auditoria
Planejamento
do trabalho
Entendimento
do ambiente
de controles
Revisão de Processos-chave
Guia de revisão dos processos-chave
1.
Reunião com as pessoas-chave que controlam o processo
e entendimento de como o processo funciona;
2.
Descrição das principais atividades e sistemas envolvidos
no processo (geralmente fluxogramas);
3.
Avaliação dos riscos do processo e identificação dos
controles internos que mitigam os riscos; e
4.
Seleção dos principais controles para execução de testes.
Revisão de Processos-chave
Tipos de controles:
 Autorização;
 Revisão da gerência;
 Relatórios gerenciais;
 Avaliação de indicadores de performance;
 Sistemas de informação (interfaces);
 Controles de acesso lógico/físicos; e
 Segregação de funções.
Revisão de Processos-chave
Fluxograma
Registro da Operação
Descrição
Risco Inerente
Controles do negócio
Avaliação do Risco após o
TOD (Preliminar)
Justificativa
E MSistema
D:
SBAC
OB S : A des crição com pleta do s ubproces s o T ítulos de renda variável es tá des crito no WP
E 2.4.2 (T OD).
Sistema
Boleta
Conciliação
Importação das Boletas
Liberadas
Arquivo
Especificado
Sistema Bolsa
Exportação das
Informações do Sistema
Planilha Excel
Check das informações
consolidadas
Corretoras
Externas enviam
informações via
S
N
DIV?
Identificação
do erro.
Operador ou
Corretora?
Operador
Envio dos
arquivos
especificados
para as
Corretora
Registro:
O regis tro é efetuado, por um operador, no Sis tem a Boleta . O aces s o ao Sis tem a é feito por m eio de s enha pes s oal.
No final do dia as boletas liberadas s ão im portadas para o Sis tem a
Bols a. E s s e procedim ento é realizado pelo backoffice de Bols a.
BOVESPA
Arquivo Clientes
Qualificados
Sistema
Bolsa
Planilha Excel
Bovespa X Bolsa
Reprocessar o
Sistema
S
DIV?
N
1 - Moderado
- F alta de im portação de boletas para o Sis tem a
Bols a
B - B oletagem eletrônica sem intervenção manual
2 - Baixo
Conciliação das informações das corretoras externas:
No final do dia as corretoras enviam fax com as inform ações das
operações do dia. O backoffice com para es s as inform ações com
as que es tão no s eu Sis tem a (Bols a).
As inform ações com paradas s ão o cons olidado do dia.
Os dados do Sis tem a s ão exportados para um a planilha excel e com padas com as inform ações do fax, que tam bém s erão colocadas na planilha.
Havendo divergências , o backoffice verifica quem foi res pons ável pelo
erro. Se foi erro interno, s erá s olicitada a correção da boleta.
Se foi da corretora externa, o backoffice entrará em contato com a
corretora e s olicitará a correção.
Solucionadas as divergências , o backoffice envia para as corretoras
externas a pos ição de operações es pecificada.
O envio é feito por e-m ail. São enviados dois arquivos , um em txt., gerado pelo Sis tem a Bols a e outro com as m es m as inform ações , s ó
que em extens ão xls .
É de res pons abilidade da corretora externa enviar o arquivo es pecificado
para a Boves pa.
As inform ações es pecificadas da corretora do Pactual, s ão enviadas
pelo Banco, para Boves pa, no final do dia.
- Im portação de boletas que não es tejam liberadas no Sis tem a Boleta
Conciliação de especificado:
E m d+2 o backoffice de Bols a im porta para um a planilha excel a pos ição
do Sis tem a Bols a, junto com as inform ações de es pecificação da
Boves pa e efetua a verificação da es pecificação de clientes .
F om os inform ados que as divergências identificadas s ão referentes
a falta de envio da es pecificação para Boves pa por parte das corretoras
externas .
- E rro na verificação da conciliação
Contabilização:
No final do dia s erá encerrado o Sis tem a Bols a e s erá inform ado a contabilidade que o lote de im portação já poderá s er gerado.
E m d+1 a área de contabilidade irá im portar o lote para o Sis tem a SBAC que
autom aticam ente irá contabilizar as operações do dia anterior.
Será efetuada um a conciliação entre os razões das contas envolvidas nas operações de Bols a e o relatório de pos ição em itido pelo Sis tem a Bols a.
E s s a conciliação s erá arquivada e as s inada.
BOVESPA
A - Trava do S istema do S istema B oleta
1 - A boletagem pode s er efetuada por m eio
de im portação de inform ações do Sis tem a Sincor
(corretoras externas ) e/ou do Sis tem a Boleta
E letrônica (corretora do Pactual).
C- Conciliação da posição consolidada de corretoras externas
Corretora
Solicitar acerto
(Fax/Tel)
Acerto da boleta
- E rro na boletagem (digitação)
D- Conciliação da especificação
3 - Baixo
- F alhas na conferências das inform ações cons olidadas , enviadas por corretoras externas
E - Conciliação Contábil
4 - Alto
- E rro na trans ferência das inform ações (es pecificação) do Sis tem a Bols a para BOVE SPA
F - Procedimento Automatizado
5 - Moderado
3 - As boletas s ó poderão s er im portadas s e
es tiverem liberadas no Sis tem a Boleta
4 - A conferência é feita em planilha excel
(intervenção m anual)
G - Conciliação de liquidações do S istema B olsa
- Manipulação dos dados do arquivo im portado
da Boves pa (clientes qualificados )
H- Autorização, via S istema, por um procurador
- F alhas na conferência da es pecificação
I - Confirmação dos saldos de liquidação com as corretoras externas.
7 - Moderado
- F alta de contabilização de operações
J - B atimento de Custódia
8 - Moderado
6 - Baixo
5 - Apes ar da im portação dos dados s er autom ática, podem ocorrer falhas no Sis tem a.
- Contabilização de operações inexis tentes
9 - Moderado
- Contabilização de valores incorretos
10 - Moderado
- E rro na im portação das inform ações do Sis tem a
Bols a para o Sis tem a SBAC
2 - O Sis tem a Boleta s ó poderá s er encerrado
no final do dia s e todas as boletas forem im portadas para o Sis tem a Bols a.
Os controles descritos acima são válidos para todas as
etapas do subprocesso Títulos de renda variável (registro,
valorização, liquidação, custódia e contabilização).
11 - Moderado
12 - Alto
6 - A trans ferência do arquivo é feita de form a
autom ática para bas e de dados do Sis tem a.
7 - Apes ar da conciliação s er efetuada pelo Sis tem a Bols a, podem ocorrer falhas no Sis tem a.
8 - As contabilizações s ão efetuadas pelo Sis tem a
de form a autom ática, utilizando as inform ações
operacionais . Pode haver erro na parâm etrização.
9/10 - A contabilização de valores inexis tentes e/ou
incorretos , poderá ocorrer cas o as inform ações
do operacional es tejam incorretas e não tenham
s ido identificadas divergências nas verificações
anteriores ou s eja efetuada a contabilização
pela Contabilidade de form a m anual (input de
dados no Sis tem a).
11 - Apes ar da im portação dos dados s er autom ática,
podem ocorrer falhas no Sis tem a.
12- A conciliação é realizada m anualm ente, aum entando o ris co de falhas .
Análise de processos-chave
1.Entendimento de como cada processo chave
opera, focando nos riscos e estratégias
2.Avaliação dos riscos de erros no
processo
3.Identificação de controles para
mitigar os riscos
4.Planejar os testes de controles
para avaliar a eficácia destes
Evolução do trabalho de auditoria
Planejamento
do trabalho
Entendimento
do ambiente
de controles
Avaliação
processos
chave
Identificação
de controles
relevantes
Programa de Auditoria
Guia/orientação para o auditor na aplicação
de testes de auditoria
Objetivo por organizar e centralizar os testes de
auditoria por área;
 Demonstra o teste a ser executado, a pessoa
que o preparou e a data de execução;
 Devem ser preparados antes da execução dos
testes de auditoria.

Programa de Auditoria
Programa de Auditoria – Área de Investimentos
Procedimentos substantivos analíticos
Efetuar um comparativo da evolução do saldo dos investimentos da
entidade e selecionar as variações acima de 10% no mês.
Obter os balancetes das investidas e se atentar para os efeitos de
prejuízos operacionais na recuperabilidade dos investimentos da
entidade
Testes de detalhes
Obter o balancete das investidas e multiplicar o valor do Patrimônio
Líquido da investida pelo percentual de participação da entidade na
investida e comparar com o valor de investimento contabilizado
Obter o balancete das investidas e multiplicar o valor do Lucro
Líquido da investida pelo percentual de participação da entidade na
investida e comparar com o valor de investimento contabilizado
Atentar para mutações em reservas e outras contas de capital que
podem afetar o patrimônio da entidade
Feito por e
data
Ref. W/P
Testes de Auditoria
Categorias gerais

Testes de Observância ou de Controles;

Testes Substantivos, classificados em:
- Procedimentos analíticos; e
- Testes de Detalhes e
Categorias de Testes de Auditoria
Testes de Observância ou de Controles
São procedimentos que fornecem evidência se as
políticas e procedimentos da estrutura de controle
interno sobre um saldo ou transação foram
corretamente desenhadas para prevenir ou detectar
erros em tempo hábil e se tem funcionado
eficazmente.
Exemplo: Controles sobre reconhecimento de receita,
sistema de cadastramento de ativo
imobilizado etc.
Testes de controles
Tipos dos testes de controles:
 Verificação de autorizações;
 Corroborações de revisão da gerência;
 Integridade de relatórios gerenciais;
 Avaliação de indicadores de performance;
 Acuracidade dos Sistemas de informação;
 Adequação de controles de acesso físicos;
 Apropriada segregação de funções.
Evolução do trabalho de auditoria
Planejamento
do trabalho
Entendimento
do ambiente
de controles
Avaliação
processos
chave
Identificação
de controles
relevantes
Execução de
testes de
eficácia dos
controles
Testes Substantivos
Consistem de testes dos saldos das contas e
transações em uma maior profundidade. É
usado para avaliar quantidade e qualidade da
evidência dos saldos e transações e se
dividem em procedimentos analíticos e
testes de detalhes.
Testes Substantivos
Testes de procedimentos analíticos
O Auditor pode convencer-se de que o saldo total é
razoável mediante procedimentos de análise de
evolução de saldos vis-a-vis evolução de
indicadores/taxas, sem serem necessários testes
detalhados de recálculo e verificações documentais
Exemplo: Teste de razoabilidade do cálculo de
depreciação
Procedimentos analíticos
Exemplo : Teste de depreciação
Saldo Imbobilizado (a)
Terrenos
Edificações
Móveis e utensílios
Outros
x1
300,000
242,100
34,780
5,230
x2
300,000
249,312
36,740
5,940
x3
315,000
275,370
36,820
6,030
Depreciação acumulada (b)
Edificações (4%)
Móveis e utensílios (10%)
Outros (10%)
x1
(9,710)
(3,510)
(529)
x2
(19,230)
(7,270)
(1,168)
x3
(29,050)
(10,830)
(1,743)
Variação anual em depreciação (c)
Edificações (4%)
Móveis e utensílios (10%)
Outros (10%)
x1
(9,710)
(3,510)
(529)
x2
(9,520)
(3,760)
(639)
x3
(9,820)
(3,560)
(575)
x1
-4.01%
-10.09%
-10.11%
x2
-3.82%
-10.23%
-10.76%
x3
-3.57%
-9.67%
-9.54%
Teste de adequação (c/d)
Edificações (4%)
Móveis e utensílios (10%)
Outros (10%)
Testes de Detalhes
Seu objetivos é de verificar a acuracidade dos
saldos e das operações de uma entidade; São
procedimentos mais “fortes” em um trabalho
de auditoria;
Testes de Detalhes
Tipos de Testes de Detalhes






Inspeção de registros e documentos;
Inspeção de ativos tangíveis;
Observação;
Confirmação de saldos e transações;
Recálculo; e
Re-performance de testes.
Testes de Detalhes
Critério de seleção para testes de detalhes
Amostragem
A amostragem significa a quantidade de itens a
serem selecionados para testes, que é
subdividido em:
 População inteira;
 Seleção de itens específicos; e
 Seleção baseada em critérios estatísticos.
Evolução do trabalho de auditoria
Planejamento
do trabalho
Entendimento
do ambiente/
processo
Avaliar os
riscos do
processo
Identificar
controles
relevantes
Executar testes
de eficácia dos
controles
Avaliar a
confiança dos
controles e
planejar testes
substantivos
Papéis de trabalho
São os papéis que suportam o trabalho de
auditoria. Suas principais características são:
 Possuem referência numérica e/ou letras;
 Inclusão de tiques e legendas para explicar
origem das informações;
 Descrição do objetivo do teste (ex: verificar a
existência física do estoque);
 Quais procedimentos efetuados;
 Diferenças encontradas; e
 Conclusão do teste.
Papéis de trabalho
Cliente:
Data-Base:
Ref. WP:
Preparado por:
XPTO Funds
30.06.2009
G16
Cristina Esposito
Teste de custódia Renda Fixa
Objetivo:
_Verificar a custódia dos títulos existentes nas carteiras dos Fundos,na data-base, atentando para os objetivos de precisão, existência, apresentação,
direitos e obrigações.
Procedimentos realizados:
_
_
_
_
_
Solicitamos ao Cliente a abertura das carteiras dos Fundos, por papel,na data-base.
Segregamos as quantidades referentes ao títulos de Renda Fixa;
Solicitamos ao Cliente o relatório Fixed Income Bonds Traders Positions, com a posição dos Fundos em Renda Fixa na data-base;
Confrontamos a quantidade apresentada nas carteiras com a quantidade do relatório enviado pelo Cliente.
Elaboramos um planilha para o batimento de custódia.
Posição à vista (SPOT)
Fundo
TÍTULO
IPI018
PECOM7
CVRD34
XPTO
Corporate PET914
Debt High
PETR18
Yield, Fund TMGA09
VOT020
BSK08
Common Code
017385143
014990712
018409879
020115009
018217350
018424088
022341197
018005484
Total
Carteira
1,000,000
1,750,000
500,000
662,000
500,000
2,500,000
1,000,000
310,000
Relatório
1,000,000
1,750,000
500,000
662,000
500,000
2,500,000
1,000,000
310,000
8,222,000
Diferença
-
8,222,000
-
F2.2
Posição à vista (SPOT)
Fundo
TÍTULO
Common Code
Carteira
Relatório
REPO
Diferença
Carteira
Relatório
Diferença
TMGA09
018424088
1,225,000
1,225,000
YPF07
008534012
500,000
500,000
VOT020
022341197
750,000
750,000
BREU07
011824188
1,040,000
1,040,000
-
(1,040,000)
(1,040,000)
BRDM07
XPTO High
IPI018
Income
BND06B
007363885
3,500,000
3,500,000
-
(3,500,000)
(3,500,000)
017385143
850,000
850,000
-
-
-
-
013076618
120,000,000
120,000,000
-
-
-
-
BR06YB
012190344
100,000,000
100,000,000
-
-
-
-
BRY07R
012696795
210,000,000
210,000,000
-
-
-
-
BR2040
011596649
2,250,000
2,250,000
-
Total
440,115,000
440,115,000
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
F2.3
(2,250,000)
(6,790,000)
-
(2,250,000)
(6,790,000)
F2.3
Legenda:
Conforme relatório Fixed Income Bonds Traders Positions,com a posição em Renda Fixa dos Fundos na data-base, enviado pelo Cliente.
Conforme Carteira dos Fundos na data-base
Calculado
Conclusão:
Concluímos, após nossos testes que a quantidade dos títulos apresentadas em carteira encontra-se adequada na data-base.
-
Testes de Auditoria
1.Seleção dos principais
controles
2.Execução de testes de
controles
3.Avaliação de riscos/contas não
cobertas pelos controles
4.Seleção de testes de datalhes
para riscos/testes não cobertos
5.Execução dos testes
de detalhes
Evolução do trabalho de auditoria
Planejamento
do trabalho
Entendimento
do ambiente/
processo
Avaliar os
riscos do
processo
Identificar
controles
relevantes
Executar testes
de eficácia dos
controles
Efetuar e
documentar
os testes
substantivos
Avaliar a
confiança dos
controles e
planejar testes
substantivos
Resultados dos testes

Identicação das diferenças de auditoria;

Consideração sobre as implicações das
diferenças de auditoria nos relatórios
financeiros (erros qualitativos e quantitativos); e

Avaliação da evidência de auditoria obtida
como um todo.
Resultados dos testes
Após os testes efetuados, qual é a nossa
avaliação em relação aos testes de auditoria e a
adequação dos saldos e operações da entidade?
 Existem diferenças materiais (acima da
materialidade); ou
 Existem diferenças não materiais; ou
 Não existem diferenças
Evolução do trabalho de auditoria
Planejamento
do trabalho
Entendimento
do ambiente/
processo
Avaliar os
riscos do
processo
Avaliar a
eficácia/
conclusão
dos testes
Identificar
controles
relevantes
Executar testes
de eficácia dos
controles
Efetuar e
documentar
os testes
substantivos
Avaliar a
confiança dos
controles e
planejar testes
substantivos
Conclusões de auditoria
Etapa na qual é finalizado os procedimentos de
auditoria e elaborado o parecer e cartas de
recomendações sobre o ambiente de controle.
 Representações verbais e escritas da alta
administração e governança;
 Revisão de relatórios financeiros (DFs);
 Revisão de eventos subsequentes;
 Obtenção de confirmação de advogados;
 Conclusão final da opinião de auditoria
(parecer)
Parecer de auditoria
Opinião do auditor sobre a adequação
das Demonstrações Financeiras da
entidade de acordo com as normas de
auditoria em função de suas práticas
contábeis
Parecer de auditoria
Características de um parecer de auditoria
 Menção clara e escrita objetiva;
 Endereçamento para órgão de governança;
 Local sede da empresa;
 Data do parecer;
 Nome e CRC do auditor e firma; e
 Identificação da empresa; demonstrações
financeiras e período coberto.
Parecer de auditoria
Divididos em três ou + parágrafos:
1. Identificação do escopo de auditoria, empresa,
período abrangido e responsabilidade da
administração;
2. Normas de auditoria atendidas e condução dos
trabalhos;
3. Opinião de auditoria e normas de contabilidade
atendidas; e
4. Ressalvas, parágrafos de incerteza e outros
problemas.
Parecer de auditoria
Parecer dos auditores independentes
Ao
Conselho de Administração e aos Acionistas da
Companhia ABC
Cidade – Estado
1. Examinamos o(s) balanço(s) patrimonial(is) da Companhia ABC S.A. e os balanços patrimoniais
consolidados dessa Companhia e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2008, e as
respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do
valor adicionado (quando aplicável) correspondentes ao exercício findo nessa data, elaborado(s) sob a
responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas
demonstrações financeiras.
2. Nosso(s) exame(s) foi(ram) conduzido(s) de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e
compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de
transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia e suas controladas; b) a
constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações
contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas
adotadas pela Administração da Companhia e suas controladas, bem como da apresentação das
demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam adequadamente, em todos
os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia ABC S.A. e a posição
patrimonial e financeira consolidada dessa Companhia e suas controladas em 31 de dezembro de 2008, o
resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e os valores
adicionados (quando aplicável) nas operações referentes ao exercício findo nessa data, de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil.
___ de __________________ de 2009
XPTO Auditores Independentes
CRC XXX.XXX/O-6 (*)
(Nome do sócio)
Contador CRC 1SPXXXXXXX/O-X (**)
Parecer de auditoria
Tipos de pareceres:
 Parecer sem ressalva;
 Parecer com ressalva;
 Parecer com parágrafos de ênfase ou
incertezas;
 Abstenção de Opinião; e
 Parecer adverso.
Parecer de auditoria
Parecer sem ressalva (Parecer “limpo”)
 Quando o auditor expressa uma opinião sem
problemas na auditoria:
“Em nossa opinião, as demonstrações
financeiras acima referidas representam
adequadamente, em todos os aspectos
relevantes......”
Parecer de auditoria
Parecer com ressalva
 Quando o auditor expressa uma opinião com
problemas ou limitações de escopo que são
materiais, mas não são capazes de contaminar
as DFs como um todo
“A Empresa não ajustou a valor presente os ativos e
passivos monetários a longo prazo. Se reconhecido
esse ajuste, o patrimônio líquido em 31 de dezembro
de 20X9 e o resultado do exercício findo naquela
data, seriam reduzidos em R$793 mil e R$893 mil,
respectivamente.
Parecer de auditoria
Parecer com ressalva
 Parágrafo de opinião
“Em nossa opinião, exceto não-reconhecimento
do ajuste a valor presente dos ativos e
passivos
monetários
mencionados
no
parágrafo anterior, as demonstrações financeiras
acima referidas representam, adequadamente, em
todos os aspectos relevantes......”
Parecer de auditoria
Parecer com parágrafo de ênfase ou incertezas
 Quando o auditor expressa uma opinião sem
ressalvas, mas chama a atenção para
determinado assunto que pode ser relevante
“Conforme
mencionado na Nota X às demonstrações financeiras, a
Empresa está se defendendo num processo judicial em que a reclamante
alega que certos direitos de patente foram infringidos e reclama
pagamento de “royalties” e indenização por perdas e danos. A Empresa
está contestando a ação, que está pendente de julgamento em 1ª
Instância. O resultado final do litígio, por enquanto, é imprevisível. Por
essa razão nenhuma provisão foi incluída nas demonstrações financeiras.”
Parecer de auditoria
Parecer com abstenção de opinião
 Quando o auditor teve uma limitação de escopo
significante em seus trabalhos e por isso o seu
parecer não expressa uma opinião
“Não
examinamos, nem foram examinadas por outros auditores
independentes, as demonstrações financeiras da Empresa XYZ S.A.,
correspondentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 19X2 e
19X1, detalhadas na Nota X e tampouco pudemos nos satisfazer quanto à
adequação dos valores representativos desse investimento por meio de
outros procedimentos de auditoria..”
Parecer de auditoria
Parecer com abstenção de opinião
 Parágrafo de opinião
“Devido à relevância do assunto mencionado no parágrafo
anterior, a extensão do nosso exame não foi suficiente para
podermos expressar, como de fato não expressamos, uma
opinião sobre as demonstrações financeiras da Empresa ABC
S.A. em 31 de dezembro de 20X2 e de 20X1.”
Parecer de auditoria
Parecer adverso
 Quando o auditor encontrou problemas materiais
na entidade e seu parecer expressa uma opinião
negativa sobre as DFs
“A Empresa avalia seus estoques em processo e acabados por critérios
arbitrados pela Legislação Fiscal, conforme bases descritas na Nota X às
demonstrações financeiras. Tais critérios geram distorções em relação
aos custos reais incorridos, cujos efeitos foram os de: (a) aumentar os
estoques em R$325.984 em 31 de dezembro de 20X9 (R$ 277.643 em 31
de dezembro de 20X8); (b) aumentar o lucro do exercício em R$ 326.823
em 20X9 (R$ 276.543 em 20X8), líquido do efeito tributário; e (c) aumentar
o patrimônio líquido em 20X9, em R$ 326.823 (R$ 276.543 em 20X8).
Parecer de auditoria
Parecer adverso
 Parágrafo de opinião
“Em nossa opinião, em virtude da relevância dos efeitos dos
assuntos discutidos no parágrafo anterior, as demonstrações
financeiras
acima
referidas
não
representam
adequadamente, a posição patrimonial e financeira da
Empresa ABC S.A. em 31 de dezembro de 20X9 e 20X8, nem
os resultados de suas operações, nem as mutações de seu
patrimônio líquido...”
Parecer de auditoria
Resumo dos tipos de pareceres
Natureza dos
problemas
Relevantes, mas não
abrangem todas as DFs
Abrangentes nas DFs
Sem problemas
Parecer sem ressalvas
Parecer sem ressalvas
Incertezas ou potenciais
problemas
Parágrafo de ênfase
Parecer adverso ou abstenção
de opinião
Discordância
Parecer exceto por
Parecer adverso
Limitação de escopo
Parecer exceto por
Abstenção de opinião
Evolução do trabalho de auditoria
Planejamento
do trabalho
Entendimento
do ambiente/
processo
Conclusão
de auditoria Emissão do
parecer
Avaliar os
riscos do
processo
Avaliar a
eficácia/
conclusão
dos testes
Identificar
controles
relevantes
Executar testes
de eficiência dos
controles
Efetuar os
testes
substantivos
Avaliar a
confiança dos
controles e
planejar testes
substantivos
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Gestão em Auditoria Interna Módulo I Princípios Básicos de