GRH-UFBA
ANÁLISE MULTICRITERIAL
(APLICAÇÃO EM PROCESSOS DECISÓRIOS)
Alessandra da Silva Faria
(Doutoranda do PEI/UFBA)
DECISÃO
 Do ACORDAR ao DORMIR - sequência interminável de decisões, muitas delas
tomadas sem perceber e nem sequer conscientes. (Ex.: ao dirigir, ao vestir-se,
onde almoçar, o quê almoçar, etc).
 Ocorre sempre quando nos deparamos com algo que podemos fazer de duas
ou mais formas diferentes.
 Definições de Decisão na internet:
 exclusão de alternativas até que reste somente uma.
geocities.yahoo.com.br/ttp_br/glossario.htm
São opções e escolhas feitas para enfrentar problemas e
aproveitar oportunidades diante a várias alternativas
Não
Descartar a
alternativa
A alternativa
é viável ?
Descartar a
alternativa
Não
Sim
A alternativa é
satisfatória ?
Não
Sim
A alternativa
resolve o
problema ?
Sim
Descartar a
alternativa
Levar a outras
avaliações
TOMADA DE DECISÃO
Significa identificar e selecionar um curso de ação entre diversas
alternativas existentes, seguindo determinados passos previamente
estabelecidos e culminando na resolução de um problema específico,
de modo correto ou não, ou extrair vantagens de uma oportunidade.
Estruturação de um problema de apoio à decisão
RECONHECIMENTO
DO
PROBLEMA
CRIAÇÃO
DE
ALTERNATIVAS
AVALIAÇÃO
DE
ALTERNATIVAS
(Comparação
e Classificação)
Escolha, execução
e avaliação da
melhor alternativa
DECISÃO
PERCEPÇÃO
Tipos:
INDIVIDUAL
GRUPO (SEM CONSENSO)
GRUPO (CONSENSO)
VOTAÇÃO
????? (OUTROS)
FONTE: BOJAN SRDJEVIC
Tipos de ambientes para tomada de decisão
Ambiente de Certeza: quando a informação é suficiente para predizer os resultados de
cada alternativa de curso de ação.
Ambiente de Risco: quando não se pode predizer os resultados das alternativas com
certeza, mas apenas com certa probabilidade (grau de possibilidade de um evento ocorrer).
Ambiente de Incerteza: quando se conhece pouco ou nada a respeito das alternativas e
seus resultados.
Condição para Tomada de Decisão
CERTEZA x RISCO
Qualidade
da Decisão
CERTEZA
Alta
Situação "A"
Situação "B"
Baixa
Baixo
RISCO
Alto
OUTRA VISÃO DE PROCESSO DECISÓRIO
Alternativas
de ação
Critérios
de
decisão
Dados/
variáveis
PARTE ESTRUTURADA
DO PROCESSO DECISÓRIO
Julgamento pessoal
PARTE NÃO ESTRUTURADA DO
PROCESSO DECISÓRIO
DECISÃO
Torres (1994)
ANÁLISE MULTICRITERIAL(AM)
 DECISÕES podem ser efetuadas considerando
 um único critério MONOCRITÉRIO (não levando em consideração a presença e a
importância de fatores subjetivos) ou
 um conjunto de critérios MULTICRITÉRIO
 OBJETIVO: fazer com que o processo seja o mais neutro, objetivo,
válido e transparente possível, sem pretender indicar ao decisor uma
solução única e verdadeira, mas sim uma lista de ações mais
apropriadas, considerando vários fatores relevantes que possibilitam
análise mais detalhada das vantagens e desvantagens das estratégias.
 Início da história da AM - trabalho de Pareto (1896) - que examinou um
problema de agregação de critérios dentro de um critério simples e definiu o
conceito da eficiência entre duas alternativas de decisão.
 Fatores objetivos e subjetivos são incluídos no processo para tomada de
decisão mais completa (AM)
 Na estruturação do processo decisório CENÁRIOS são construídos.
Métodos de análise multicritério
- oriundos da Pesquisa Operacional (PO) tradicional
- avaliam as alternativas utilizando um conjunto de critérios;
- cada um deles é uma função matemática que mede o desempenho
das alternativas com relação a um determinado aspecto.
- Objetivo - OTIMIZAÇÃO dessas funções de forma simultânea.
Dois grandes grupos de métodos de análise multicritério
O segundo grupo de métodos deve ser preferível ao primeiro.
SISTEMAS DE APOIO (SUPORTE) À DECISÕES
 São sistemas mais complexos que permitem total acesso à
base de dados corporativos, modelagem de problemas,
simulações e possuem uma interface amigável. Além disso,
auxiliam o tomador de decisão em todas as fases do processo,
principalmente, nas etapas de desenvolvimento, comparação
e classificação dos riscos, além de fornecer subsídios para a
escolha de uma boa alternativa.
 São softwares que ajudam o usuário na aplicação de
métodos analíticos e científicos para a tomada de decisão.
Auxiliam o tomador de decisão, pois geram alternativas
e cenários
(o decisor escolhe um dos cenários)
QUANDO É NECESSÁRIO O SAD?
Número de alternativas é crescente
Pressão de tempo é crescente,
Necessidade de Análise é crescente,
Acesso a distância é crescente.
PROBLEMAS E RESULTADOS
 problema menor -> busca
encontrar a melhor solução (ótima)
 problemas mais complexos ->
busca encontrar uma solução muito
boa (mas talvez não a melhor)
PARALISAÇÃO DA ANÁLISE/SOBRECARGA DE INFORMAÇÕES
Melhor
Decisão
Bom
Mais
Informações
PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO
Crescimento ECONÔMICO (acelerado e desordenado)

 DEMANDA pelos RECURSOS NATURAIS

USOS MÚLTIPLOS

EXPLORAÇÃO INSUSTENTÁVEL
(Uso excessivo e retiradas permanentes)

e
GERAÇÃO DE RESÍDUOS e DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

CENÁRIOS DE CONFLITOS
IDENTIFICAÇÃO DE ESTRATÉGIAS
Adaptação da exploração dos recursos naturais
- um dos objetivos da Gestão Ambiental
- deve ser feita de acordo com características ambientais, políticas públicas e,
considerando aspectos sociais, econômicos e ambientais
ATUALMENTE - um dos maiores desafios é compatibilizar a gestão dos recursos com
o crescimento econômico.
Em relação aos RECURSOS HÍDRICOS
Quantidade
e
Qualidade
Potencialidade
hídrica
Desequilíbrio
ESTRATÉGIA
RECONHECIMENTO
DO
PROBLEMA
CRIAÇÃO
DE
ALTERNATIVAS
Define o caminho a seguir (“como fazer”), entre
“onde estamos” e “onde desejamos estar”.
AVALIAÇÃO
DE
ALTERNATIVAS
(Comparação
e Classificação)
IDEAL
Escolha, execução
e avaliação da
melhor alternativa
DECISÃO
CENÁRIOS
PROVÁVEL
PERCEPÇÃO
PERFORMANCE
MÍNIMO
HISTÓRICO
HOJE
FUTURO
TEMPO
ESTUDO DE CASO
ALOCAÇÃO
Consiste no processo de definição de quantidades de água ou vazões a serem alocadas
espacialmente (por regiões) e pelos tipos de usos para atender os consumos de água
atuais e futuros, e que estabelece limites e define critérios e prioridades de outorga.
Deve ser feita com a participação direta ou indireta de todos os atores que intervêm no
processo hídrico da região, de modo a minimizar potenciais conflitos pela água.
OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS
Um dos instrumentos da Lei n.º 9.433/97 com objetivo de assegurar o controle qualiquantitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água.
PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE
Se concretiza através dos Comitês de Bacias, responsáveis pelo gerenciamento dos
recursos hídricos. Embora a outorga seja concedida pelo Poder Público, essa concessão
está condicionada às diretrizes estabelecidos pelos planos de bacia, aprovados pelos
respectivos Comitês de Bacia.
O PROBLEMA EM QUESTÃO
Alocação e outorga das águas da Bacia do Rio São Francisco
Alguns dados do Plano da Bacia (PBHSF (2004)):
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Extensa (634.781 km² e 2.700 km) e
complexa, drena 7 unidades federadas 503 municípios;
População - 13 milhões de pessoas;
57%da bacia - área de semi-árido (218
municípios);
Precipitação média anual 1.036mm
(pode variar espacialmente de 600mm
(semi-árido nordestino) a 1.400mm
(nascente);
Evapotranspiração
média
anual
1.300mm;
Acentuados contrastes socioeconômicos;
Prática de todo tipo de uso da água, o
que representa um grande desafio a
tarefa de planejar adequadamente sua
gestão.
Disponibilidade de Águas Superficiais na Bacia
Fonte: PDRH São Francisco, 2004
Pernambuco
3,20%
Goiás
1,20%

Alagoas
0,70%
DF
0,60%
Cheias: 4.000 a 12.000 m3/s
Sergipe
0,40%
PECULIARIDADE
(DEPENDÊNCIA):
Bahia
20,40%
 93,9% das vazões são
Minas
Gerais
73,50%
geradas em MG e BA (Alto
e Médio SF) - quase toda
em rios de domínio
Estadual
% da Vazão de Contribuição
CONFLITOS ENTRE USOS DA ÁGUA
Demandas Hídricas
Fonte: PDRH São Francisco, 2004
PBHSF 2004-2013
Durante as discussões que ocorreram na fase de
elaboração do PBHSF, as atenções do CBHSF
voltaram-se para as questões relacionadas a alocação
de água na bacia, que incluem a definição de vazões
ecológicas.
Com a preocupação de atender às demandas
ambientais e socioeconômicas do baixo curso e zona
costeira, o CBHSF aprovou, em caráter provisório,
valores da vazão ecológica, médio e mínimo, no
trecho baixo do rio.
Maior desafio definido no Plano:
Negociação da vazão alocável e das vazões remanescentes
PLANO (Versão aprovada na III Plenária): 360 m³/s (condicionada a vazão na foz de 1.300 m³/s)
Então...Como alocar espacialmente a água em uma bacia de
domínio da União com afluentes de domínio estadual?
Os projetos desenvolvidos objetivam o envolvimento dos decisores no processo de
alocação de águas, levando-se em consideração necessidades, objetivos,
interesses individuais na busca de soluções negociadas.
Justificativa das Abordagens utilizadas nos Projetos
Princípios da Lei 9.433/97 - GESTÃO DESCENTRALIZADA E PARTICIPATIVA
USO DA TÉCNICA ABORDAGEM MULTICRITERIAL apresenta-se como opção para
aumentar a compreensão sobre as diferentes prioridades e preferências
auxiliando a comunicação entre os membros do Comitê, auxiliando-os a
chegar a soluções mais adequadas à realidade em que se dá o uso dos
recursos hídricos na bacia.
MÉTODO DE ANALISE MULTICRITERIAL ADOTADO - AHP
Experiência do Comitê da
Bacia do rio São Francisco
1.
Abordagem multiobjetivo para decisão de outorga –
AMODOUTOR
Desenvolver um sistema automatizado para suporte à decisão no processo
de alocação e de outorga da água em uma bacia hidrográfica.
2.
Estudo do Regime de Vazões Ecológicas para o Baixo Curso
do rio São Francisco: uma abordagem multicriterial - REDE
ECOVAZÃO
Articular iniciativas, no campo da produção do conhecimento, que avance
no sentido da construção de um saber mais próximo das múltiplas e
complexas determinações naturais e sociais, com vistas à definição de um
regime ou hidrograma de vazões ecológicas para o baixo curso do Rio São
Francisco
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AULA ALE PLAN - 21 10 2009