SITUAÇÃO ACTUAL DO
TARV EM ADULTOS
RUI BASTOS
27/05/2011
Contexto de HIV/SIDA em Moçambique
1. Prevalência nacional de HIV
(15-49): 11.5%
2. Nº estimado de PVHS: 1.4
milhão
 130,000 crianças 0-14 anos
 440,000 homens
 760,000 mulheres
3. A prevalência urbana é
significativamente maior que a
prevalência rural
Prevalência da Infecção por HIV em Mulheres e
Homens dos 15-49 anos (INSIDA 2009)
3
Prevalência da Infecção por HIV em Mulheres e Homens dos
15-49 anos por Área de residência (INSIDA 2009)
Percentagem
Mulheres 15-49
Homens 15-49
Total 15-49
18.4
15.9
12.8
10.7
9.2
7.2
Urbana
Rural
4
Prevalência da Infecção por HIV em Mulheres e Homens dos 1549 anos por província
(INSIDA 2009)
5
Prevalência da Infecção por HIV em jovens dos 15-24 anos por
província
6
Prevalência da Infecção por HIV em jovens dos 15-24 anos
por Área de residência
7
Prevalência de HIV por Nível de escolaridade
Percentagem de mulheres e homens de 15-49 anos com infecção
por HIV
Prevalência de HIV por Nível de riqueza
Percentagem de mulheres e homens de 15-49 anos com infecção por HIV:
Mulheres 15-49
Homens 15-49
20,6
18,3
5,0
Mais
baixo
13,5
Quarto
Mais
elevado
9,9
8,6
6,6
12,6
5,9
Segundo
7,3
Médio
Resposta Nacional à epidemia do HIV
Nos últimos 8 anos:

Criação de um sistema nacional de cuidados para o
HIV baseado em:




Rede integrada do sistema de saúde ( Hospital de
Dia/HdD)
Ligação com actividades preventivas
Provisão de TARV no sector público a todos que
tenham critérios clínicos;
Fortalecimento do SNS;
Resposta Nacional à epidemia do HIV
Continuação:



Delegação de tarefas introduzida em meados 06
para permitir que técnicos de nível médio
prescrevam o TARV;
Em 2008, o MISAU iniciou o processo de
integração de serviços TARV nos Cuidados de
Saúde Primários;
Em 2009 continuou o processo de descentralização
e integração, culminando com o encerramento dos
HdD.
Evolução do Tratamento
Nº US TARV
Nº Cumulativo em TARV
205
213
222
250
218.991 200
200000
170.198
140
150000
229
150
128.330
100000
100
88.211
50000
50
36
44.100
0
18.956
2005
0
2006
2007
2008
2009
2010
Nº US com TARV
Nº doentes em TARV
250000
Comparação da distribuição provincial do Nº
cumulativo de doentes em TARV: 2004 vs. 2010
Dez 2004
Nov 2010
NPL;
11128; 5%
CD; 9605; 5%
ZAM;
20959;
10%
NSA; 4859; 2%
TET;
13771; 6%
MAN;
14978; 7%
VS.
MPTC; 49110;
23%
MPTP; 29822;
14%
SOF; 21556;
10%
GZA; 28674;
13%
INH;
10569; 5%
13
Resultados do TARV
Até Dezembro de 2010

Nº cumulativo de doentes em TARV:218.991, dos quais:
17.395 são crianças <15 ANOS – 8%
64% mulheres;

Contudo, a cobertura dos elegíveis ao TARV era inferior a 50%
(Dezembro).
14
Necessidades e Cobertura do TARV 2003-2009
700000
600000
Necessidade
Em TARV
500000
400000
300000
200000
100000
0
Dez
2003
Jun
2004
Dez
2004
Jun
2005
Dez
2005
Jun
2006
Dez
2006
Jun
2007
Dez
2007
Jun
2008
Dez
2008
Jun
2009
Dez
2009
Dez 2003 Jun 2004 Dez 2004 Jun 2005 Dez 2005 Jun 2006 Dez 2006 Jun 2007 Dez 2007 Jun 2008 Dez 2008 Jun 2009 Dez 2009
Em TARV
3314
3915
7456
12592
18956
26805
43152
65296
88211
108536
128330
148829
170003
PNC
ITS/HIV/SIDA
15
Necessidade 248874
266592
284310 302220.5
320131
338106
356081 373657.5
391234
410485
429736 451162.5
472589
DRA EMA CHUVA - MAIO DE 2009
15
Numero de doentes emTARV
Metas/ Nº Cumulativo de Doentes (activos) em TARV
450,000
108%
400,000
94%
350,000
355,898
97%
91%
91%
91%
100%
80%
213,866
250,000
200,000
150,000
100,000
3,314
7,924
7,456
57,954
20,805 44,100
18,956
96,418
88,211
132,280
128,330
158,000
170,198
120%
311,098
265,058
76%
300,000
50,000
400,000
194,096
60%
40%
Meta Nacional
Nº Cumulativo em TARV
20%
Grau de Cumprimento
0
0%
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009 Jun/10 2011
2012
2013
2014
 Em 2009, a meta anual de TARV (158,000) foi ultrapassada em mais de 12,000
doentes com um grau de cumprimento de 108%!
 Até Junho 2010, 91% da meta anual até Dezembro já foi atingido!
16
Número de doentes em TARV
Será que este número cumulativo
de doentes em TARV é fiável?
 A comunicação das “saídas” não é
regular;
 Nem todas US que fazem TARV,
reportam as “saídas”.

17
J
FeanM b- 06
0
Aar- 6
M pr 06
Juay- 06
0
J n- 6
A ul-06
Sug-06
e 0
O p- 6
N ct 06
Dov- 06
e
J c-06
Fean-06
M b- 07
0
Aar- 7
M pr 07
Juay- 07
0
J n- 7
A ul-07
Sug-07
e 0
O p- 7
N ct 07
Dov--07
J ec-07
Fean-07
M b- 08
0
Aar- 8
M pr 08
Juay- 08
0
J n- 8
A ul-08
Sug-08
e 0
O p- 8
N ct 08
Dov- 08
Jaec-08
F e n - 08
M b- 09
0
Aar- 9
M pr 09
Juay- 09
0
n
Ju - 0 9
A l- 9
Sug-09
e 0
Op 9
N ct-09
Dov--09
Jaec-09
F e n - 09
M b- 10
1
Aar- 0
p
M r 10
Juay- 10
1
n
J - 0
A ul-10
Sug-10
e 1
O p-10
N ct 0
Dov- 10
e
c
J -10
Fean-10
M b- 11
1
Aar- 1
M pr -11
Juay- 11
1
J n- 1
A ul-11
Sug-11
ep 1
-11
1
Gráfico comparativo DNAM/CMAM Março 2011
250,000
DNAM
CMAM
200,000
50,000
DNAM, Aug-06, 31,589
DNAM, Mar-11, 230,285
Poly. (DNAM)
Poly. (CMAM)
CMAM, Mar-11, 176,169
DNAM, Dec-09, 170,198
150,000
DNAM, Dec-08, 128,330
DNAM, Dec-07, 88,211
DNAM, Jun-07, 65,296
CMAM, Dec-09, 129,339
100,000
CMAM, Dec-08, 96,850
CMAM, Dec-07, 66,622
CMAM, Jun-07, 56,076
CMAM, Aug-06, 31,073
0
Percentagem de Pacientes por Linha
100.00%
90.00%
80.00%
70.00%
60.00%
50.00%
40.00%
30.00%
20.00%
10.00%
0.00%
TARV 1a linha,
99.48%
TARV 2a linha,
0.56%
TARV 1a linha
TARV 2a linha
1a Linha e Alternativas
TARV 1a linha
AZT+3TC+NVP,
89.4316%
TARV 1a linha
Outras alternativas 1a
linha, 0.0263%
TARV 1a linha
d4T 30+3TC+NVP,
4.7012%
TARV 1a linha
ABC+3TC+NVP,
0.0535%
TARV 1a linha
d4T30+3TC+LPV/r,
0.1088%
TARV 1a linha
d4T 30+3TC+ABC,
0.2690%
TARV 1a linha
AZT+3TC+LPV/r,
0.3323%
TARV 1a linha
AZT+3TC+EFV,
2.4048%
TARV 1a linha
d4T 30+3TC+EFV,
TARV 1a linha1.6723%
AZT+3TC+ABC,
0.4844%
2a Linha e Alternativas
TARV 2a linha
ddI 400+3TC+LPV/r, 58
TARV 2a linha
Outras alternativas 2a
linha, 124
TARV 2a linha
TDF+AZT+3TC+LPV/r,
288
TARV 2a linha
TDF+ABC+LPV/r, 68
TARV 2a linha
AZT+ddI 400+LPV/r, 68
TARV 2a linha
TDF+3TC+LPV/r, 258
TARV 2a linha
AZT+ddI 250+LPV/r, 77
TARV 2a linha
ABC+dDI250+LPV/r,
180
TARV 2a linha
ABC+AZT+LPV/r, 218
Dificuldades….





Falta de capacidade laboratorial para diagnóstico e
acompanhamento à escala nacional;
Má qualidade de tratamento;
Apoio psicossocial deficiente;
Falta de material (fichas, cartões, balanças etc);
A ruptura de stock de medicamentos.
Dificuldades….

Seguimento de doentes em TARV não
adequado:
1.Falta de recursos humanos;
2.Sobrecarga dos trabalhadores de saúde. Médicos e
enfermeiros estão a sair do SNS para as ONGs;
3.Os centros de saúde periféricos estão superlotados;
4.Os doentes transferidos no processo de
descentralização, nem todos chegaram aos centros de
saúde periféricos (9.138 doentes);
5.Falta de registo de abandonos e sistema de retro
informação para os clínicos;
23
Principais desafios




Fortalecer o poder da mulher e envolver o homem,
a família, as PVHS e as comunidades na luta contra
o HIV/SIDA;
Combater o estigma e a descriminação;
Garantir a continuidade dos doentes ao tratamento
através de uma maior mobilização de fundos a nível
interno e externo;
Melhorar a adesão aos cuidados e reduzir o número
de abandonos ao tratamento.
Principais desafios
Fortalecer
a gestão dos recursos humanos;
Fortalecer a capacidade laboratorial;
Fortalecer a capacidade dos profissionais de saúde
para providenciar cuidados apropriados e seguimento
adequado aos doentes.
Melhorar a integração dos serviços de
TARV/PTV/TB;
Expandir o apoio nutricional e capacitar as PVHS
para a implementação de projectos de geração de
renda.
Conclusões




A experiência em Moçambique demonstra que a
expansão rápida dos serviços TARV é praticável,
há meios para se fazer e é sustentável.
No entanto, a falta de uma organização eficiente
dos serviços para o atendimento às doenças
crónicas, dificulta o maneio destes doentes.
A adesão continua a ser um importante problema;
há necessidade de se fortalecer a capacidade de
controlo a todos os níveis para prevenir as perdas
no seguimento.
A expansão deve respeitar os critérios para o início
do TARV, particularmente uma preparação
adequada do doente.
26
Conclusões
O impacto do HIV/Sida é transversal a toda sociedade
moçambicana e especialmente grave no caso dos órfãos
e crianças vulneráveis;
Os conhecimentos e comportamentos individuais e
sociais são determinantes para a propagação da
epidemia e, consequentemente, para a sua prevenção e
subversão da actual tendência de agravamento;
É fundamental o envolvimento de todos, numa acção mais
enérgica e a inclusão de programas direccionados para a
prevenção e mitigação da doença nos planos nacionais e
sectoriais.
27
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Slide 1 - III Jornadas Cientificas do HCM 2015