• Descoberta e pesquisa
• Desenvolvimento do medicamento
• Revisão e aprovação regulatória
• Descarte de Medicamentos
2
• O primeiro passo no processo de descoberta do
medicamento é identificar um alvo adequado.
• Este alvo será uma molécula ou receptor de proteína
especificamente associado a uma condição patológica
ou patologia.
4
• Para essa finalidade, é importante compreender como
a doença ocorre nos níveis molecular, celular e
genético.
• Uma vez identificado o alvo, o passo seguinte envolve
a compreensão de que papel o alvo desempenha no
processo patológico.
5
•
A isso se seguem testes do alvo contra
diferentes compostos novos e conhecidos
para identificar um ou vários dos ‘compostosguia’
•
Que interagem com o alvo e apresentam o
potencial de neutralizar ou retardar o
processo patológico.
6
• O captopril é um fármaco da classe dos
inibidores
da
enzima
conversora
de
angiotensina (IECA). Sua principal indicação é
para o tratamento da hipertensão arterial.
Em 1949, o médico Maurício Oscar da Rocha e Silva e
Sérgio Henrique Ferreira faziam experimentos com o
veneno da jararaca, e descobriram que o veneno deste
animal era capaz de causar a aumento da produção de um
hormônio chamado Bradicinina na vítima de sua picada
acarretando em hipotensão.
• Ele descobriu no veneno de Jararaca uma
substância intensificadora da resposta da
Bradicinina e inibidora da ECA (enzima
conversora de angiotensina).
• Esse peptídeo era capaz de manter baixa a
pressão arterial e foi denominada FPB (fator
potenciador da bradicinina).
A partir do reconhecimento do potencial terapêutico da
inibição da ECA e de sua estrutura molecular,
identificando-se o sítio ativo da enzima, foi possível
sintetizar o Captopril que é capaz de inibir
competitivamente essa enzima.
• E em 1975 e empresa Bristol-Myers Squibb
produziu o Capoten, o primeiro da classe dos
inibidores ECA.
A fase de desenvolvimento do
medicamento envolve testes rigorosos e
otimização dos compostos escolhidos para
identificar a “estrutura-guia ou medicamento
candidato” que pode ser mais eficaz.
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Análise da Patologia
Vs. normalidade
Seleção do candidato terapêutico
Modelização, bioengenharia
Individualização dos componentes
do processo patológico
Seleção do ponto de interferência
Avaliação
Metabólica/
Toxicológica
Farmacológica
Propriedades
Isolamento
Físico Químicas Síntese
Desenvolvimento
E formulação
APROVAÇÃO
Investigação
Clínica
Testes laboratoriais/básicos
• Análise ou síntese de novos compostos promissores no
combate a uma determinada patologia.
15
Testes Pré-Clínicos
• São checados os parâmetros de segurança e de
eficácia por meio de estudos de toxicidade e de
atividade in vitro e in vivo.
16
Testes in vitro
• Envolvem experiências realizadas fora
de qualquer organismo vivo e permite
acompanhar um processo bioquímico
em um ambiente "simplificado".
• Exemplo: Avaliação de antibiótico em
potencial  Cultura de bactéria em
Placa de Petri  Substância com efeito
antibiótico = Morte das bactérias ao
redor
Testes in vitro
• Apesar de muito úteis são muito
limitados, uma vez que em um
organismo vivo ocorrem inúmeros
processos que podem interferir na
ação da substância analisada.
• Resultado positivo in vitro 
Primeiro passo no estudo de um
medicamento.
Testes in vivo
• Ensaios farmacológicos e toxicológicos são realizados
em animais e, posteriormente, em seres humanos
Ensaios farmacológicos
• Determinação do modo e local de ação
• Estudos comparativos com fármacos da mesma classe
terapêutica  estabelecer vantagens em relação
àqueles.
Testes in vivo
Ensaios de toxicidade
• Identificar a natureza das
dependentes da dose empregada.
• Toxicidade
aguda,
carcinogenicidade
subaguda,
reações
tóxicas
crônica
e
• Toxicidade aguda: determinação da DL50 – dose
letal que mata 50% dos animais.
Testes in vivo
Ensaios de toxicidade
• Toxicidade subaguda: observação dos efeitos
decorrentes do uso de doses repetidas, mais altas e
intermediárias com relação às utilizadas  descobrir
quais órgãos afetados.
• É essencial observar o comportamento e controlar
todos os sistemas do animal por meio de exames
histopatológicos e laboratoriais .
Testes in vivo
Ensaios de toxicidade
• Toxicidade crônica e carcinogenicidade:
estabelecimento da segurança do composto em ensaio
à longo prazo, quando empregado em doses
comparáveis às considerada seguras para os pacientes.
• O ensaio de carcinogenicidade é obrigatório para
qualquer composto que apresente estrutura química
aparentada à dos carcinogênicos e seja empregado em
pacientes por tempo superior a 6 meses.
Testes in vivo
Ensaios de toxicidade
• Teratogenicidade: determinar lesões
em embriões ou fetos produzidos por
fármacos e o efeito geral na reprodução.
Normas com relação ao número de
espécies empregadas, períodos de
exposição ao fármaco e estágio em que
se deve remover o feto.
Ensaios clínicos
• Estudos em seres humanos para avaliar a segurança e
eficácia no novo medicamento.
Fase I
• Um medicamento experimental é administrado pela
primeira vez em seres humanos
• Foco principalmente na segurança e tolerância do
medicamento
• Um pequeno número de voluntários sadios (20 a
100) recebe doses crescentes da nova substância
• Parâmetros farmacológicos, biodisponibilidade, dose
24
e posologia.
Ensaios clínicos
Fase II
• Chamada de Pesquisa Terapêutica Piloto.
• Realizada para determinar a segurança e a eficácia do
princípio ativo, em curto prazo, em pacientes afetados
por uma determinada enfermidade ou condição
patológica.
• É feita em um número reduzido de indivíduos (100 a
200).
• Deve ser possível também estabelecer-se relação
dose-resposta.
25
Ensaios clínicos
Fase III
• Fase do Estudo Terapêutico Ampliado.
• Estudos internacionais, de larga escala, em múltiplos
centros, com diferentes populações de pacientes.
• Informações adicionais acerca da eficácia e segurança
do medicamento experimental são recolhidas.
• Avaliação de maneira comparativa  placebo ou
outro tratamento de referência  realizada em
condições praticamente normais às de emprego.
Ensaios clínicos
Fase III
•Análise de risco/benefício do princípio ativo também
em curto prazo.
•Cuidados na utilização.
•Estudo
dos
eventos
adversos,
interações
medicamentosas.
•Fatores modificadores do efeito tais como sexo, idade
e raça.
Ensaios clínicos
Fase IV
•Farmacovigilância ou Pesquisa Pós-Comercialização.
•Estabelece-se:
- valor terapêutico
-o surgimento de novas reações adversas e/ou
confirmação da freqüência de surgimento das já
conhecidas
- as estratégias de tratamento.
Ensaios clínicos
Fase IV
• São sinônimos referentes ao mesmo processo de
detecção, acompanhamento e controle de problemas
decorrentes do uso já legalmente autorizado e
generalizado de medicamentos.
De acordo com a Política Nacional de
Medicamentos do Ministério da Saúde e com a
Lei de criação da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), no ano de 2003, a Agência
redefiniu as regras para o registro de
medicamentos no Brasil e sua renovação.
• Medicamentos homeopáticos, fitoterápicos e substâncias
quimicamente definidas;
• reprodutibilidade, segurança e eficácia terapêutica dos
medicamentos
• controle da matéria-prima;
• medicamentos isentos de prescrição médica, com prescrição
médica e controlados
• Certificação de Boas Práticas de Fabricação
• Redução da assimetria de informação (diferenças dos
níveis de informação na cadeia prescritor-farmáciapaciente)
• Aumento do controle sobre o direcionamento e
conteúdo
adequados
da
propaganda
de
medicamentos;
• Aumento do controle da venda de
medicamentos de tarja preta;
• Participação nas estratégias que facilitam o
acesso a medicamentos pela maioria da
população;
• Informatização e desburocratização do
processo de registro e das alterações pósregistro;
• Ampliação do monitoramento da qualidade
dos medicamentos em comercialização;
• Redução do número de associações irracionais
• Reforço na fiscalização quanto à utilização de
nomes comercias pelos fabricantes que
possam induzir erros de prescrição e
automedicação.
A Revisão Periódica de Produto (RPP) é uma ferramenta
de qualidade de grande utilidade, adotada há algum tempo pelas
principais autoridades regulatórias do mundo.
A agência americana FDA (Food and Drug Administration)
exige a adoção desta ferramenta desde 1979.
Já a agência europeia EMA (European Medicines Agency)
tornou efetiva a necessidade de adoção desta ferramenta em
2006.
Em abril de 2010, com a publicação Resolução – RDC
17/2010, a utilização desta ferramenta tornou-se compulsória
no Brasil. Desde então, a RPP deve ser realizada para todos os
medicamentos registrados pela Anvisa.
• Biodisponibilidade:
Velocidade e grau com que o fármaco é absorvido a partir de
um medicamento e se torna disponível no local de ação.
é realizada com base em parâmetros farmacocinéticos
calculados a partir dos perfis de concentração plasmática
do fármaco ao longo do tempo.
• Bioequivalência:
Comparar as biodisponibilidades de dois medicamentos
considerados equivalentes farmacêuticos
equivalentes farmacêuticos os medicamentos que contêm a
mesma substância ativa, na mesma dose e na mesma
forma farmacêutica.
Etapas do Estudo
• Clínica: administração de medicamentos teste e
referência. Posteriormente é realizada a coleta
das amostras do material biológico dos
voluntários sadios previamente recrutados;
• Analítica: os fármacos são quantificados nas
amostras coletadas durante a etapa clínica;
• Estatística: aplicação método estatístico para
analisar os dados e verificar os parâmetros da
análise de bioequivalência.
• Medicamento Referência: Inovador
• Medicamento Genérico: Cópia do referência –
Estudos de Biodisponibilidade e Bioequivalência
• Medicamento Similar: Cópia do referência – Sem
exigência dos estudos
Exemplo: Triptanol – referência
Amytril – similar
Cloridrato de amitriplina- genérico
Medicamentos falsificados = risco à saúde do
consumido
Nome comercial
Denominação
Genérica
Via de administração
Quantidade
Composição
Lote
Fabricação
Validade
Nome do
fabricante,
endereço,
CNPJ
Registro no MS
Responsável Técnico
CRF
SAC
Tarja quando
necessário
Com a informação
VENDA SOB
PRESCRIÇÃO
MÉDICA
Tinta reativa
Ou selo de
rastreabilidade
Código de Barras
 Definição de acordo com a Organização Mundial
de Saúde (OMS): “é a ciência e as atividades
relativa à detecção, avaliação, compreensão e
prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer
problemas relacionados a medicamentos.”
Importância:
• Aumentar a segurança dos medicamentos;
• Prevenir a população de utilizar um
medicamento que cause algum malefício à sua
saúde;
• Promover o URM – USO RACIONAL DE
MEDICAMENTOS;
• Informar e educar pacientes e profissionais de
saúde;
Como notificar?
Centro de Farmacovigilância
Ficha de notificação
Encaminhamento para agências que regulam o setor farmacêutico.
- Suspeita de reação adversa
- Erros de medicação
- Desvio de qualidade
• Ensino, Pesquisa, Extensão e Assistência aos
usuários de medicamentos.
• Grupo: Professores da Universidade, alunos e
colaboradores de diversas áreas.
• Sala: V-101 A
Como ocorre o descarte
incorreto?
A falta de informação da população
faz com que a mesma “descarte” sobras de
medicamentos em vasos sanitários e lixo
comum,
isso
acarreta
problemas
ambientais e socioeconômicos.
• Impacto Ambiental:
Contaminação dos recursos
hídricos e do solo;
• Impacto socioeconômico:
Reutilização, por acidente ou
intencionalmente,
dos
medicamentos descartados;
Intoxicações
medicamentosas
Artigos científicos:
•
Segundo Bortoletoo e Bochner (1999, p.8) “o presente estudo
mostrou que 60% das intoxicações causadas pelo conjunto dos 13
agentes tóxicos são acidentais e, portanto, evitáveis. Os
medicamentos – a exemplo do que ocorre na maioria dos países
desenvolvidos – passaram a ocupar a primeira posição, também em
nosso país, no quadro dos agentes tóxicos que mais causam
intoxicações em seres humanos. A análise dos casos de intoxicação
provocados por medicamentos mostraram que 40% do total são
acidentais e as maiores vítimas são as crianças menores de
cinco anos.
•
Segundo Aquino (2007, p. 735) “os dados acerca do uso irracional
de medicamentos no Brasil são alarmantes. Aproximadamente um
terço das internações ocorridas no país tem como origem o uso
incorreto de medicamentos. Estatísticas do Sistema Nacional de
Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz) revelam que os medicamentos respondem por
27% das intoxicações no Brasil, e 16% dos casos de morte por
intoxicações são causados por medicamentos.
Problemas Ambientais
• Uma pesquisa recentemente publicada por biólogos avaliou o
impacto de alguns medicamentos dissolvidos nas águas sobre
peixes que vivem livres em lagos e rios. Os cientistas
encontraram efeitos claros dos estrógenos (hormônios femininos
presentes nos anticoncepcionais e nos medicamentos de
reposição hormonal pós-menopausa) sobre o comportamento
dos peixes.
• Mesmo nas concentrações muito baixas, os peixes machos
começam a produzir proteínas somente detectadas em fêmeas.
Essas mudanças afetam o ciclo reprodutivo desses animais.
Outros estudos demonstraram a toxicidade dos antibióticos
presentes em rios e lagos europeus, o que ameaça a
sobrevivência de algas, crustáceos e outros habitantes das águas.
Fonte:
http://www.portaldoenvelhecimento.org.br/artigos/artigo437.htm
Ausência de uma regulamentação específica;
•
Lei nº 5.991 - 1973 - Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências.
•
Portaria nº 344 - 1998 - Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos
sujeitos a controle especial.
•
RDC nº 306 - 2004 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos
de serviços de saúde.
•
Resolução Conama nº 358 - 2005 – Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos
resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.
•
Lei nº 12. 305 - 2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605,
de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
RDC nº 306/04
Resolução Conama nº 358/05
Lei nº 12.305/10
• Gerenciamento de Resíduos sólidos
• Nível global
Nenhuma específica para o descarte de
medicamentos
Como fazer o descarte correto?
ATENÇÃO!!!
-DESCARTE OS MEDICAMENTOS NOS POSTOS DE COLETA
ADEQUADOS
-COMPRA FRACIONADA
-CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO E PROFISSIONAIS DE
SAÚDE
UEDA, J. et al. Impacto Ambiental do descarte de fármacos e estudo da conscientização da população a
respeito do problema. Revista Ciências do Ambiente v. 5, n. 1, jul. 2009.
BORTOLETTO, M. E.; BOCHNER,R. Impacto dos medicamentos nas intoxicações humanas no Brasil. Rio de
Janeiro, 1999.
AQUINO, Daniela Silva de. Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade? Recife, 2007.
HOPPE, T. R. G.; ARAÚJO, L. E. B. Contaminação do meio ambiente pelo descarte inadequado de
medicamentos vencidos ou não utilizados. v. 6, n. 6, p. 1248-1262, mar. 2012.
MELO, Fernanda P. S. Descarte de Medicamentos. Ago. 2011.
BALBINO, E. C.; BALBINO, M. L. C. O descarte de medicamentos no Brasil: Um olhar socioeconômico e
ambiental do lixo farmacêutico. Revista Âmbito Jurídico. Disponível em: http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9187&revista_caderno=5
www.anvisa.gov.br
Hotsite Anvisa disponível em: <http://189.28.128.179:8080/descartemedicamentos>
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PFIZER.
As
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de
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