MUDANÇA DE PARADIGMA NA IGREJA:
TOMANDO O CAMINHO DE VOLTA
SEMINÁRIO BETEL BRASILEIRO
2010
ANÁLISE HISTÓRICA
INSTITUCIONALIZAÇÃO
 A profissionalização da igreja: a igreja aceitou
com demasiada prontidão sua promoção da
condição de seita perseguida para religião
ordenada pelo Estado Romano.
 A proibição das igrejas nos lares: cada cidadão
romano foi forçado a tornar-se membro da
igreja e a crer na lex fidei.
 Surgimento das categogas: belas catedrais com
cultos inspirados nas sinagogas.
IGREJAS NOS LARES APÓS A
INSTITUCIONALIZAÇÃO (I)
 Os celtas: sua espiritualidade autóctone e sociável –
viviam em clãs e tribos –, manifestava-se num
cristianismo integral, que tinha fortes laços com o
dia-a-dia em suas cabanas e casas.
 Valdenses (Sec XIII): reuniam-se clandestinamente
em casas de família ou mesmo em grutas devido a
perseguição da Igreja institucional.
 Lolardos (Sec XIV): prezavam o sacerdócio dos crentes
e uma espiritualidade simples em oposição à Igreja
institucional.
IGREJAS NOS LARES APÓS A
INSTITUCIONALIZAÇÃO (II)
 Martinho Lutero: “A terceira forma [de culto], a
autêntica ordem evangélica, não deveria ocorrer
em praça pública, no meio de toda sorte de
pessoas; mas aqueles que querem ser cristãos
sinceramente e confessam o evangelho em
palavras e ações deveriam inscrever-se
nominalmente e reunir-se em separado numa
casa qualquer para orar, ler, batizar, receber o
sacramento e praticar outras obras cristãs”.
(2000, 179)
IGREJAS NOS LARES APÓS A
INSTITUCIONALIZAÇÃO (III)
 Martinho Lutero: “Entretanto, ainda não posso
nem quero regulamentar ou instituir
semelhante comunidade ou reunião [nos
lares], pois para tal ainda não disponho das
pessoas, nem tampouco vejo muitos que o
desejassem ... Até que os cristãos que
sinceramente amam a Palavra se encontrem e
se motivem entre si” (Lutero, 2000: 180).
IGREJAS NOS LARES APÓS A
INSTITUCIONALIZAÇÃO (IV)
 Os Dissidentes: Conhecida como “igreja no deserto”,
opunham-se à Igreja do Estado. Destaques para
Daniel Defoe e John Bunyan.
 John Wesley: “as classes na realidade não foram
outra coisa senão igrejas nos lares” (Howard Snyder).
Reuniam-se no meio da semana por uma hora.
 DAWN International Network: agência de interligação
mundial de pesquisa e estratégia que apoia o
movimento de igrejas nos lares.
IGREJAS NOS LARES APÓS A
INSTITUCIONALIZAÇÃO (V)
 Revista TIME: em 27 de fevereiro de 2006, publicou um artigo
escrito por Rita Healy intitulado “por que as igrejas nos lares estão
crescendo”, demonstrando que o fenômeno tem sido observado
mundialmente e obtido espaço na mídia.
 Convenção de Nova Déli: De 11 a 14 de novembro de 2009, 200
líderes cristãos, representando mais de 40 nações, reuniram-se em
Nova Déli, Índia, para a Convenção de Nova Déli. Constatou-se que
as igrejas nos lares têm alcançado resultados históricos na
missiologia moderna em países de maioria muçulmana, hindu e
budista.
 Projeto Bharat (JMM/CBB): 21 obreiros brasileiros estão
implementando igrejas nos lares em três regiões da Índia,
predominantemente hindus e muçulmanas.
ESTATÍSTICAS (I)
 A DAWN International Network aponta que o maior índice de




crescimento cristão no mundo ocorre exatamente em ambientes
hostis ao evangelho.
A igreja floresce em ambientes predominantemente budistas,
hinduístas e muçulmanos.
Países como Bangladesh, China, Dubai, Índia, Sri Lanka, tornaram-se
referências para o movimento de igrejas nos lares.
No Brasil, o movimento de igrejas nos lares ainda é bastante
incipiente.
Pesquisas mostram que, no Brasil, o movimento atravessa as linhas
sociais e étnicas. No entanto, é na classe média que o movimento é
mais visível no momento.
ESTATÍSTICAS (II)
 De acordo com os relatórios da conferencia em Nova Déli, muitas




comunidades caseiras estão emergindo com poucos membros e
alcançando números consideráveis na América Latina e na África.
Pesquisas mais recentes indicam que o número de comunidades
caseiras na Europa já chega ou passa de 10.000, assim como na
Austrália.
Na Nova Zelândia, este número já chega a 6.000.
Nos EUA, as pesquisas indicam que o número de membros da Igreja
nas casas está entre seis e doze milhões, colocando o movimento
entre os três maiores segmentos do cristianismo no país.
No Bangladesh e na Índia, centenas de milhares de comunidades
caseiras e suas respectivas redes tornam a Igreja nas casas o maior
movimento cristão nestes países.
PRÓXIMA PALESTRA
ANÁLISE TEOLÓGICA DO MOVIMENTO
DE IGREJAS NOS LARES
Metáforas da igreja no NT
Download

MUDANÇA DE PARADIGMA NA IGREJA: TOMANDO O