UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE MEDICINA INTEGRADA
INTERNATO EM MEDICINA DE URGÊNCIA
ACLS 2010
Doutorandas: Ingrid Tavares
Lívia Spinelli
Introdução


Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE: medicina
baseada em evidências;
Pontos principais :
 Qualidade
das compressões torácicas continua
necessitando de melhoria;
 Variação considerável na sobrevivência da PCR extrahospitalar entre os serviços médicos de
emergência/urgência;
 PCR súbita extra-hospitalar: sem manobras de RCP
das pessoas presentes no local.
Cadeia de Sobrevivência
Ênfase permanente em RCP de alta qualidade


Necessidade de rápido reconhecimento da PCR;
Eliminação do procedimento “Ver, ouvir e sentir se há
respiração;

Verificar pulso no máximo 10 segundos;

Uso de pressão cricóide não é recomendado;

Ressuscitação em equipe;
Ênfase permanente em RCP de alta qualidade

Sequência C-A-B;

Frequência de compressão mínima de 100/minuto;


Profundidade de compressão mínima de 5 cm em adultos,
e de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior do
tórax, em bebês e crianças;
Retorno total do tórax após cada compressão.
Ênfase permanente em RCP de alta qualidade

Minimização das interrupções nas compressões torácicas;

Evitar excesso de ventilação;

Relação compressão-ventilação de 30:2;

Via aérea definitiva → compressões torácicas continuas/
ventilações de resgate a cada 6 a 8 segundos (cerca de
8 a 10 ventilações por minuto).
Terapia Elétrica

Acesso público;

Em crianças:
 DEA
sem desfibrilador manual disponivel;
 Iniciar com 2J/Kg;
 Limite superior para desfibrilação segura não é
conhecido (cargas 4-9 J/kg → fibrilação eficaz, sem
efeitos adversos).
Terapia Elétrica

Choque primeiro X RCP primeiro :
 PCR
presenciada: Iniciar PCR e usar DEA/Desfibrilador
precocemente.
 PCR não presenciada: aplicar PCR por 1 1/2-3 min,
antes da DEA/Desfibrilador.

Protocolo de 1 choque X sequência de 3 choques
em FV
 Maior
benefício de sobrevivência com protocolo de 1
choque.
Terapia Elétrica


Ondas bifásicas têm êxito maior ou equivalente a
ondas monofásicas.
Energia fixa X intensificada nos choques
subsequentes: Não tem recomendação específica. Se
o 1º choque não reverter → choque bifásico com
energia equivalente ou maior.
Terapia Elétrica

Eletrodos:
 Posições-
anteroposterior, infraescapular
anteroesquerda e infraescapular anterodireita:
igualmente eficazes;

Desfibrilador cardioversor implantado:
 Posições
anterolateral e anteroposterior;
 Evitar colocar as pás diretamente sobre o dispositivo
implantado;
 Posicionar as pás com 8 cm de distância não danifica o
dispositivo.
Terapia Elétrica

Cardioversão sincronizada
 Taquiarritmias
 Fibrilação
supraventriculares:
atrial: monofásica 120 a 200 J.
 Flutter atrial e outros ritmos supraventriculares: 50 a 100 J.
 Se falha inicial → aumentar carga de modo paulatino.
Terapia Elétrica

Cardioversão sincronizada
 Taquiarritmia
ventricular:
 Monomórficas
A
estáveis: 100J bifásicas/monofásicas;
cardioversao sincronizada não deve ser usada para
TV sem pulso ou polimórfica.
TÉCNICAS E DISPOSITIVOS
DE RCP



Nenhum dispositivo de RCP mostrou-se superior a RCP
convencional (manual);
Soco precordial:
 Não deve ser usado em PCR extra-hospitalar não
presenciada.
 Pode ser considerado para pacientes com TV instável
presenciada e monitorizada sem desfibrilador
imediatamente pronto para uso.
 Não deve retardar a RCP/ aplicação dos choques.
Complicações: fratura do esterno, osteomielite, AVE/AVC e
arritmias malignas em adultos e crianças.
TÉCNICAS E DISPOSITIVOS
DE RCP


Dispositivos de RCP:
Limiar de impedância (DLI): melhorou o RCE em adultos com PCR
extra-hospitalar, mas sem melhora na sobrevivência a longo prazo.
TÉCNICAS E DISPOSITIVOS
DE RCP

RCP com faixa de distribuição de carga (AutoPulseR)
X RCP manual em PCR extra-hospitalar:
 Sem melhora na sobrevivência em 4 horas;

Pior resultado neurológico quando o dispositivo
foi usado.
TÉCNICAS E DISPOSITIVOS
DE RCP
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
CARDIOVASCULAR
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
CARDIOVASCULAR

Qualidade RCP:
Comprima forte e rápido / Aguarde retorno total do tórax
 Minimize interrupções nas compressões
 Evite ventilação excessiva
 Alterne a pessoa que aplica as compressões a cada 2 min
 Capnografia: PETCO2 < 10 mmHg  melhorar qualidade
da RCP


Retorno da circulação espontânea:
Pulso e pressão arterial
 Aumento abrupto prolongado do PETCO2 (≥ 40 mmHg)

SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
CARDIOVASCULAR

Energia do Choque:



Via aérea avançada:



Capnografia para confirmar e monitorar posicionamento do tubo ET
8 – 10 ventilação por min, com compressões torácicas continuas
Terapia Medicamentosa:




Bifásica: 120 – 200 J
Monofásica: 360 J
Dose EV/IO de epinefrina: 1 mg a cada 3 a 5 min
Dose EV/IO de vasopressina: 40 U podem substituir a 1ª ou 2ª dose de epinefrina
Dose EV/IO de amiodarona: 1ª dose (300 mg) em bolus. 2ª dose (150 mg)
Causas reversíveis:
-Hipovolemia
- Hipóxia
- Hipo/Hipercalemia
- Hipotermia
-Tensão do Tórax
- Tamponamento cardíaco
- Toxinas
- Trombose Pulmonar
- Trombose coronária
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
CARDIOVASCULAR

Capnografia quantitativa contínua com forma de
onda:
 Confirmar


e monitorizar posicionamento do tubo ET;
Monitorizar a qualidade das compressões torácicas e
para detectar o RCE;
DC insuficiente ou nova PCR  redução no PETCO2.
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
CARDIOVASCULAR
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
CARDIOVASCULAR
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
CARDIOVASCULAR

Considerações:
 Enfatizou-se a aplicação de RCP de qualidade e
desfibrilação precoce para FV/TV;
 Acesso
vascular, administração de fármacos e a
colocação de VA avançada  não devem causar
interrupções
significativas
nas
compressões
torácicas, nem retardar os choques.
 Atropina
não é recomendada para uso de rotina no
tratamento da (AESP)/assistolia
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
CARDIOVASCULAR

Considerações:
 Agentes
cronotrópicos  bradicardia sintomática e
instável.
 tratamento da taquicardia de complexo
largo monomórfica regular
 Adenosina
 Não
usar em taquicardias de complexo largo irregulares
(risco de degeneração do ritmo para FV).
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
CARDIOVASCULAR

Cuidados pós-PCR após o RCE:
OBS.1: Hipotermia terapêutica  mostrou-se eficaz em ↓ a mortalidade e
melhorar prognóstico em pacientes pós- PCR.
OBS.2: Após o RCE  ajustar a FiO2
oxihemoglobina (94%-99%).
para
manter saturação de
Questões Éticas

Encerramento dos esforços de ressuscitação :

Adultos com PCR extra-hospitalar (SBV):




Adultos com PCR extra-hospitalar com equipe do SAV presente:





PCR não presenciada pelo profissional do SME ou primeiro socorrista
Ausência de RCE após três ciclos completos de RCP e analises do DEA
Nenhum choque aplicado com o DEA/DAE
PCR não presenciada (por qualquer pessoa
RCP não administrada por nenhuma pessoa presente
Ausência de RCE após cuidados completos de SAV em campo
Nenhum choque aplicado
Vantagens: Reduzir taxa de transporte hospitalar desnecessário,
possíveis riscos biológicos e custos de preparação do serviço de
Emergência/Urgência.
Bibliografia
1- Emergências clínicas: abordagem prática/ Herlon Saraiva Martins...[et
al.]. -- 6. ed. ampl. e rev. -- Barueri, SP: Manole, 2011.
2- Adult Advanced Cardiovascular Life Support: 2010. American Heart
Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency
Cardiovascular Care. © 2010 American Heart Association, Inc.
3- Destaques das diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE. American Heart
Association.
4- Adult Basic Life Support: 2010. American Heart Association for
Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care.
Circulation 2010;122;S685-S705

Obrigada!
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Ênfase permanente em RCP de alta qualidade