Prevenção de câncer de mama
na atenção primária
Programa de Educação Permanente para
Médicos da Saúde da Família
Infância e adolescência
Entre 15 e 25 anos
Entre 25 e 40 anos
Entre 35 e 60 anos
Anormalidades de desenvolvimento
mamário, as malformações congênitas e
os nódulos, representados principalmente
pelos fibroadenomas.
Fibroadenomas.
As alterações funcionais benignas das
mamas representadas pela dor mamária,
derrames papilares e condesações
glandulares são predominantes.
Processos inflamatórios agudos ou
crônicos, além das alterações da pele que
recobre a glãndula mamária.
Alterações secundárias à involução do
parênquima mamário representadas pelos
cistos e ectasia ductal. Nesta idade, a
preocupação com a possibilidade do
câncer de mama se torna mandatória.
Fatores de proteção
– Os dados atuais sugerem redução significativa
do risco de desenvolvimento de câncer de
mama associado à lactação, tanto em mulheres
na pré quanto na pós-menopausa;
– Hábitos alimentares saudáveis (baixo teor de
gordura, sal e açúcar e o aumento de grãos
integrais, tubérculos, vegetais e frutas)
– A atividade física regular e a manutenção do
Índice de Massa Corporal abaixo de 30,
preferencialmente entre 18,5 e 25.
Fatores controversos
– Ao avaliar o risco-benefício do contraceptivo
hormonal, acredita-se que o benefício
relacionado ao planejamento familiar
evitando-se uma gravidez não desejada, é
infinitamente maior que os possíveis riscos
para o desenvolvimento do câncer de mama.
Idade
– O câncer de mama é extremamente raro nas
mulheres com idade abaixo de 20 anos e
incomum até os 30 anos. Esta tendência
aumenta gradativa e continuamente a partir
desta faixa etária, tendo como maior
incremento nas curvas de incidência, na faixa
etária entre 50 a 70 anos.
Fatores de risco
– Observa-se um risco aumentado em
mulheres com casos da doença em parentes
de primeiro grau, como irmã, mãe ou filha.
– Nestes casos, deve-se levar em conta se o
câncer foi diagnosticado na pré-menopausa
e se ocorreu em uma ou ambas as mamas,
características que permitem avaliar o risco
relativo em cada caso.
História familiar
História familiar
positiva
Fatores de risco
– Idade precoce da menarca (antes dos 11
anos de idade);
– Há efetiva correlação entre a terapia
hormonal da pós-menopausa e aumento do
risco de câncer de mama;
– A associação estrogênio mais progesterona
determinam maior risco de desenvolvimento
de câncer de mama do que o uso isolado de
estrogênio.
Fatores de risco
– Alcoolismo;
– Ganho de peso na vida adulta e câncer de
mama, principalmente no período da pósmenopausa;
– Fatores emocionais como: estresse, perda
de uma pessoa querida, separações ou
problemas financeiros.
Crescimento
Número de células
1012
1010
108
106
104
1
A janela
mamográfica
Tumor da
mama
2,5 cm
1
1cm
1mm
1
2
3
4
5
Pré-mamográfico
6
7
8
9
10
11
Pré-clínico
12
13
14 anos
Clínico
Wertheimeier et al , 1986.
Sensibilidade de palpação
2,0
cm
0,5
cm
17%
94%
–
Lesões menores que 1 cm podem ser palpadas, principalmente quando localizadas
superficialmente em mamas com padrão menos heterogêneo que apresentam maior substituição
adiposa.
Palpação
– Cerca de 10% dos cânceres palpáveis não
são vistos à mamografia;
– Todos os programas de rastreamento do
câncer de mama recomendam o exame
clínico das mamas, anualmente, a partir dos
40 anos de idade;
Autoexame
– Recomenda-se a sua realização por todas as
mulheres a partir dos 20 anos de idade.
– A periodicidade deve ser mensal, 4 a 6 dias
após o término do fluxo menstrual.
– Nas mulheres amenorréicas deve-se fixar
uma data para a sua realização.
– Trata-se de um método que deve ser
incentivado pelo seu custo desprezível e sua
abrangência.
ECM – Exame clínico da mama
AEM – Autoexame da mama
Fonte: MS
Exame clínico das mamas
– O exame físico das mamas, também
chamado de exame clínico das mamas
(ECM), deve ser realizado rotineiramente
pelo médico durante a sua consulta em
mulheres a partir de 25 anos,
preferentemente na primeira semana após a
menstruação.
– Também pode ser realizado por outro
profissional de saúde treinado (enfermeiro(a).
Fonte MS
Exame clínico das mamas
1) inspeção estática;
2) inspeção dinâmica;
3) palpação das axilas e regiões supraclaviculares;
4) palpação do tecido mamário.
– Os itens 1, 2 e 3 devem ser realizados com a mulher de
pé ou sentada e o item 4, em decúbito dorsal.
Fonte MS
Exame clínico das mamas
– Características clínicas de benignidade dos
nódulos
–
–
–
–
–
Bem delimitado
Móvel e não aderido
Elástico ou macio
Pode ser doloroso ou não
Podem se alterar com o ciclo menstrual ou não
Exame clínico das mamas
– Características clínicas de derrames papilares e
secreções à expressão
– Derrames uniductais expontâneos, sanguinolentos, na
maioria das vezes representa lesão benigna
– A descarga papilar uniductal e expontânea é mais
relacionada a tumores malignos e tem coloração clara
– As descargas papilares devem ser colhidas para exame
citológico e prosseguir na propedêutica
(encaminhamento), exceto se forem bilaterais,
multiductais, amarronzadas ou esverdeadas.
Exames complementares
– Mamografia, ecografia e ressonância nuclear
magnética
MAMOGRAFIA
– Exame de escolha para rastreamento em mulheres
assintomáticas
Colégio Americano de Radiologia
A partir de 40 anos,
com intervalo anual
Soc. Brasileira de Mastologia
A partir de 40 anos,
com intervalo anual
Instituto Nacional do Câncer
A partir de 50 anos,
com intervalo bianual
MAMOGRAFIA PARA RASTREAMENTO
– Exame clínico das mamas a partir de 40 anos
– Mamografia para mulheres entre 50 e 69 anos,
com intervalo máximo de dois anos entre os
exames
– Exame clínico das mamas e mamografia anual,
a partir de 35 anos, para mulheres do grupo de
risco
– Embora aparentemente conflitante, a recomendação do
MS não invalida a recomendação da literatura para as
mulheres que têm acesso ao exame.
MS, 2004
MAMOGRAFIA PARA RASTREAMENTO
Grupos populacionais com risco elevado para o
desenvolvimento do câncer de mama:
– Mulheres com história familiar de pelo menos um parente
de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de
câncer de mama, abaixo dos 50 anos de dade;
– Mulheres com história familiar de pelo menos um parente
de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de
câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer
faixa etária;
– Mulheres com história familiar de câncer de mama
masculino;
– Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão
mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in
situ.
CONTORNOS
Fonte: Mamografia: da prática ao controle
MS/ INCA
DENSIDADE
Fonte: Mamografia: da prática ao controle
MS/ INCA
Categorias de BI-RADS®
CATEGORIA
SIGNIFICADO
0
Avaliaçlão adicional
1
Sem achados mamográficos
2
Achado benigno
3
Achado provavelmente benigno
4
Achado suspeito
5
Achado altamente suspeito
6
Achado já com diagnóstico de câncer
Categorias de BI-RADS®
CONDUTAS
– 0: Esclarecer e reclassificar
– 1, 2: Repetir de acordo com a faixa etária
– 3:Controle radiológico por 3 anos, semestral no
primeiro ano e anual nos dois seguintes e
biópsia se TRH, presença de lesão suspeita
concomitantye, mesmo contralateral e
impossibilidade de controle
– 4 e 5: Biópsia
– 6: Terapêutica específica
MAMOGRAFIA PARA RASTREAMENTO
MS, 2004
MAMOGRAFIA PARA RASTREAMENTO
Outras situações em que a mamografia de rotina
também deve ser realizada:
– Antes de iniciar terapia de reposição hormonal
(TRH), (estabelecer o padrão mamário e detectar
lesões não-palpáveis).
– Pré-operatório de cirurgia plástica, principalmente
em pacientes a partir da 5ª década ou em pacientes
que ainda não tenham realizado o exame.
– Seguimento após mastectomia, para estudo da
mama contralaterabe após cirurgia conservadora.
Nesses casos, deve ser realizada anualmente,
independente da faixa etária, sendo importante o
estudo comparativo entre os exames.
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