b) Largura do Canal de Navegação: trechos retos
Medida em relação ao pé das encostas laterais ou da faixa
correspondente a maior profundidade (talvegue). Fatores a
considerar:
•
•
•
•
•
•
•
Direção e velocidade das correntes;
Cruzamentos e ultrapassagens das embarcações;
Ventos;
Lamina d’água abaixo da quilha (fundo da embarcação);
Grau de confinamento (Fatores de bloqueio f);
Geologia da calha;
Alinhamento do canal (talvegue) (embarcação sempre navega no
eixo).
FIGURA 33: Largura do canal de navegação: Trechos Retos e em Curva
Critérios de dimensionamento: PIANCO (Permanent
Internacional Association of Navigation Congress):
• Canais com cruzamento e ultrapassagem
6B ≤ L ≤ 7B
• Canais sem cruzamento e ultrapassagens
3B ≤ L ≤ 4B
FIGURA 34: Características Geométricas da Embarcação Tipo
Método Canal do Panamá
Considerar:
• Folgas laterais (1) (faixa da largura devido a: ângulo de
derivada da embarcação, profundidade e largura do
canal, velocidade do navio, direção e intensidade das
correntes, ventos e ondas e características físicas das
encostas: talude).
• Faixa de manobra (2) (controlabilidade da embarcação);
• Folga entre navios (3) (forças hidráulicas de sucção e
repulsão entre embarcações nas ultrapassagens e
cruzamentos);
FIGURA 35: Canais com e sem Cruzamento – Método Canal do
Panamá
c) Largura do canal de navegação: trechos em
curvas
Características:
• Nesses trechos a embarcação navega fora da linha do
centro da via navegável;
• A força centrífuga tende a deslocar a popa para a parte
externa da curva (côncava), contrariamente ao
movimento da proa (convexa);
• As correntes do deslocamento e o vento afetam a
manobra.
FIGURA 36: Navegação em Trecho Curvo
Classificação da curva:
Se R < 1500 (m) curva fechada
Se R ≥ 2500 (m) curva suave
Se 500 < R < 2500 (m) curva normal
Le=l²/8R (unidades em metro)
Le = largura extra ou sobre largura (m) (para segurança do
tráfego)
l = comprimento da embarcação (m)
R = raio da curva
d) Lay-out do Alinhamento do Eixo de Navegação
FIGURA 37: Eixo do CN
O eixo do Canal de Navegação é definido tendo em vista
realizar-se navegação mais cômoda, com menos
manobras. O eixo do CN é definido com base:
• Na planimetria (sondagem feita de 50 em 50 metros) do rio
(talvegue) ou canal artificial e das singularidades hidráulicas
(bancos de areia, etc.);
• Direção do eixo preferencialmente reta;
• Curvas com raios longos;
• Região meândrica: prever a instabilidade do leito e a
retificação da calha, ou a implantação de canal artificial
(lateral).
C. 6 - Capacidade de tráfego em hidrovias
Objetivo: definir as atividades de transporte (tipos de carga) e
conseqüentemente a embarcação do projeto. É analisado
com base no mercado atual e futuro a ser atendido pela via
navegável.
 Tipos de carga:
• Carga a granel
– Sólido: minérios, soja, carvão, milho.
– Líquido: petróleo, óleo, álcool, gases.
• Cargas gerais: produtos empacotados em unidades (container,
pallets).
 Embarcação
FIGURA 38: Características Físicas da Embarcação
• Características físicas:
–
–
–
–
–
–
–
LBP: comprimento (motor);
L: comprimento total;
Calado (d): distância entre NA e quilha (navio totalmente carregado);
B: boca de embarcação;
Pontal: distância entre convés e quilha;
Borda livre (h): distância entre NA e convés;
Pontal = d + h
• Características de peso:
– Deslocamento da embarcação: peso do volume de água deslocado;
– Deslocamento Leve (DL) (ou deslocamento mínimo): deslocamento
sem combustível, lubrificantes, tripulação, passageiros, mantimentos,
bagagens, cargas, lastro;
– Deslocamento Totalmente Carregado (DM): deslocamento com o
máximo de carga;
– Porte bruto (PB):
PB = DM - DL (pesos: combustíveis + lubrificantes+ tripulação +
...)
• Porte líquido: peso comercializado;
• DL: Peso próprio (PP);
• DM: PP + carga + gerais + combust. + lubrificantes +
tripulação + ...;
• PB: DM – DL (corresponde aos pesos: comb. + lastro +
tripulação + passageiros + carga + ...).
Tipos de embarcação:
– Marítima:
TIPO
CARGA GERAL
GRANELEIROS
ESPECIFICAÇÃO
CARACTERISTICAS GEOMET. (m)
L
B
d
TPB
(10³)
Convencionais
(cargueiros)
133 - 209
19,8 - 30
8 a 12,5
10 – 40
Rollon – Rollof
(RO/RO)
Containers
Grãos
Mineraleiros
Petroleiros
121 - 287
130 – 299,9
210
277
340
19,3 – 32,2
21,2 – 42,8
32,2
43,5
61,8
6 a 12,4
7,3 – 19,5
12
17,6
27,7
5 – 50
10 – 88,7
60
152
477
– Fluvial:
Comboios tipo (VN natural – rios de corrente livre; VN artificial –
rios regularizados e/ou canalizados)
FIGURA 39: Arranjo Comboios Tipos (Hidrovias)
 Proposta de Classificação das Hidrovias (referência:
Plano Nacional das VN’s):
CLASSES
RIOS
I/ESPECIAL
II
III
IV
V
CARACTERÍSTICAS
Em função da
embarcação marítima
Grandes potências
B = 32 (m)
Potencial médio
B = 16 (m)
Melhor potencial
B = 11 (m)
Potencial reduzido
PROF (m) (h) mínimo
75 % t
25% t
-
-
>2,5
>2
(2 < h < 2,5)
> 1,5
(1,5 < h < 2,0)
-
1,5 – 2
1,5 – 1,2
1,2 – 1,8
-
FIGURA 40: Aplicação da CPNA’s para Hidrovias