SÍNDROME DE BOERHAAVE E MALLORY-WEISS Bruno Fonseca Caroline Torres Gabriel Neves Karen Bobato Valéria Santos Viviane Atet Yvelsie Truppel Turma B SÍNDROME DE BOERHAAVE  É a ruptura espontânea do esôfago;  Ocorre uma laceração transmural;  É a perfuração mais letal do TD; SÍNDROME DE BOERHAAVE  Fisiopatologia: -  súbito da pressão intraabdominal; - assincronia na abertura da glote ao esforço de vômito; - rompimento mural do órgão; - parede póstero-lateral esquerda (1/3 inferior); - episódio de vômitos intensos. SÍNDROME DE BOERHAAVE  Quadro Clínico: - dor; - vômitos + dor torácica retroesternal; - dor abdominal sem hematêmese; - fístula esofagopleural. SÍNDROME DE BOERHAAVE  Diagnóstico: - difícil diagnóstico – em 50% dos casos; - Dx é clínico + método radiológico; - exame contrastado hidrossolúvel; - EDA; - Rx tórax e TC; - diagnóstico precoce – importante. SÍNDROME DE BOERHAAVE  Tratamento: - ATBterapia – cefalosporinas de 3ª geração + clindamicina + oxacilina; - tratamento conservador e cirúrgico – dependem de alguns critérios; - cirurgia realizada em até 24h – reparação direta da ruptura e drenagem do mediastino e cavidade pleural; - técnica CMI; - casos extremos – stents metálicos. SÍNDROME DE MALLORY-WEISS Síndrome de Mallory-Weiss  Lacerações longitudinais na mucosa do esôfago distal e/ou estômago proximal.  Usualmente associado com esforço vigoroso do reflexo de vômito ou tosse.  Exemplos:  Bulimia.  Etilismo.  As lacerações levam ao sangramento das artérias da submucosa esofágica. Síndrome de Mallory-Weiss  Apresentação clínica  Hematêmese.  Principalmente após tentativas forçadas de vomitar.  Sangramento normalmente pequeno e autolimitado.  Pode haver hemorragia maciça com evolução para choque hipovolêmico.  Melena.  Anemia.  Casos recorrentes. Síndrome de Mallory-Weiss  Diagnóstico  Endoscopia Digestiva Alta  Visualização direta da “lágrima de Mallory-Weiss”.  Normalmente única e em sentido longitudinal.  Mucosa adjacente usualmente normal.  Dx Diferenciais  Outras causas de laceração esôfago-gástrica.  Esofagite de refluxo ulcerativa.  Esofagite medicamentosa (i.e. tetraciclinas)  Estas possuem normalmente um envolvimento mais difuso e mais proximal esôfago. S. De Mallory-Weiss - EDA •Sangramento ativo da lágrima. •Tratamento emergêncial. •Risco de choque hipovolêmico e morte. Síndrome de Mallory-Weiss  Tratamento  Boa parte dos casos pode se resolver espontaneamente.  Sangramentos ativos devem ser tratados em caráter de emergência.  Até 20% dos portadores de hérnia hiatal possuem a lágrima de Mallory-Weiss.  O tratamento é cirúrgico sempre.  Eletrocoagulação.  Coagulação térmica.  Endoclipes.  Epinefrina, álcool e outros vasoconstritores locais.  Outros. S. De Mallory-Weiss - EDA •Esquerda – lágrima de Mallory-Weiss. •Direita – Laceração esofágica ampla abaixo da junção gastresofágica, vista de baixo para cima (retroflexão do gastroscópio). Vê-se uma hérnia de hiato e uma laceração a sangrante tratada por eletrocoagulação. REFERÊNCIAS  PRADO, J. Tratado das enfermidades gastrintestinais e pancreáticas. Editora Rocca. 2008. São Paulo – SP.  ROY, P.K.; MURPHY, M.E.; CHOUDHARY, A.; OTHMAN, M.; KALAPATAPU, V.; DEHADRAI, G.; BASHIR, S. Boerhaave Syndrome. Dec, 2009. AT: http://emedicine.medscape.com  TRIADAFILOPOULOS, G. Boerhaave’s syndrome: effort erupture of the www.uptodate.com esophagus. Junho, 2009. AT: