Professora: Janine
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A E.histolytica é o agente etiológico da amebíase, importante
problema de saúde pública que leva ao óbito anualmente
cerca de 100.000 pessoas, constituindo a segunda causa de
morte por parasitoses. Apesar da alta mortalidade, muitos
casos de infecções assintomáticas são registrados.
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Espécie: Entamoeba coli ;
Ameba comensal não patogênica e se locomove por
pseudópodes ;

Habitat: intestino grosso humano;
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Tanto os cistos quanto os trofozoítos podem ser encontrados
nas fezes;

Cistos: contêm oito núcleos.
 Devido
à
semelhança
existente
entre
os
cistos
de
E.histolytica e os de E. coli é preciso fazer o diagnóstico
diferencial através da morfologia e do número de núcleos do
organismo.
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Entamoeba hartmanni ( D e E ) ;
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Endolimax nana (F e G);
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Iodamoeba bütschlii (I );

Entamoeba gingivalis (encontrada só na boca e com o mesmo
aspecto morfológico que E. histolytica);

Entamoeba polecki .
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Entamoeba gingivalis: é muito comum no tártaro dentário, e
em processo inflamatórios da gengiva. Não é patogênica.
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Morfologia: Trofozoítos mede 5 a 35 µm.
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Transmissão: Pelo contato direto e perdigotos.
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Espécie: Entamoeba histolytica
Apresenta uma fase de vida comensal (90% dos casos são
assintomáticos), entretanto o parasito pode ser tornar
patogênico, provocando quadros disentéricos de gravidade
variável;
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Habitat: intestino grosso humano.
Locomoção: pseudopódes ( trofozoíto)

Trofozoíto:
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Mede de 20 a 60 um na forma invasiva; em culturas ou
disenterias, os trofozoítos medem 20 e 30 um.
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Pré-cistos:
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É uma fase intermediária entre torfozoíto e o cisto;
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Metacisto:
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Multinucleado que após sofrer divisões dá origem aos
trofozoítos.
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Cistos:
Esféricos ou ovais, medindo 8 a 20µm de diâmetro, com 4
núcleos.
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Ciclo monoxênico

O ciclo se inicia pela ingestão dos cistos maduros, junto de
alimentos e água contaminados.Em seguida passa pelo
estômago  final do intestino delgado ou inicio do intestino
grosso onde ocorre o desencistamento ( saída do metacisto)
 o metacisto sofre várias
divisões
( nucleares e
citoplasmáticas )  originando de 4 a 8 trofozóitos que
migram para o intestino grosso alimentando-se de detritos e
bactérias 

sofre uma ação não definidaelimina uma substância
nutritiva e transforma-se em pré-cistossecretam uma
membrana cística e se transformam em cistos, que são
eliminados com as fezes normais ou formadas.
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A amebíase é a infecção do homem causada pela
E.histolytica, com ou sem manifestação clínica. No que se
parece o início da invasão amebiana é resultante da ruptura
ou quebra do equilíbrio parasito-hospedeiro, em favor do
parasito.São inúmeros os fatores ligados aos hospedeiro:
localização
geográfica,
raça,
sexo,
idade,
resposta
imune,estado nutricional, dieta, alcoolismo, clima e hábitos
sexuais.
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Formas assintomáticas
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A maioria das infecções humanas pela E. histolytica: 80% a
90% são completamente assintomáticas e a infecção é
detectada pelo encontro de cisto no exame de fezes.
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Formas sintomáticas
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Forma disentérica – Colites Amebianas: este tipo de
disenteria amebiana aparece mais freqüentemente de modo
agudo, acompanhada de cólicas intestinais e diarréia, com
evacuações mucos sanguinolentas ou com predominância de
muco e de sangue, acompanhadas de cólicas intestinal, de
tenesmo ou tremores de frio. Pode haver oito a dez
evacuações por dia.

Colites não-disentéricas: é uma das formas clínicas mais
freqüentes no nosso meio. Esse tipo de colite manifesta-se
por duas a quatro evacuações, diarréicas ou não, por dia,
com fezes moles ou pastosa, às vezes contendo muco ou
sangue. Pode apresentar desconforto abdominal ou cólicas,
raramente apresenta febre.
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Amebíase extra – intestinal:
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É raro em nosso meio, embora já têm sido relatados vários
casos de abscessos hepáticos amebianos na Região
Amazônica,
principalmente
nos
Estados
do
Pará
e
Amazonas. O abscesso amebiano no fígado é a forma mais
comum da amebíase extra- intestinal. Pode ser encontrado
em todos os grupos de idade, com predominância em adultos
com 20 a 60 anos, é mais freqüente em homens do que em
mulheres.
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Colite amebiana fulminante:

Forma grave da doença que afeta mulheres durante a
gravidez e o puerpério ou pessoas com imunodepressão de
qualquer natureza;

Os cólons ficam cravejados de úlceras, muitas das quais
chegam a perfurar a parede intestinal. Há febre e dor em
todo o abdômen.

Clínico: Manifestações clínicas atribuídas à E. histolytica
podem ser errôneas devido à grande superposição de
sintomas comuns à várias doenças intestinais. Na maioria
dos casos, principalmente na fase aguda, poderá ser
facilmente
confundida
com
a
desinteria
bacilar,
salmoneloses, síndrome do cólon irritado e esquistossomose.

Período de incubação: muito variável de sete até quatro
meses e bastante difícil de ser determinado.

Laboratorial: Usualmente é feito com fezes, soros e
exudatos. O exame de fezes é o mais usado e tem como
objetivo identificar trofozoítos ou cistos. Os conservantes
para o exame de fezes diarréicas e sólidas são: álcool
polivinílico e MIF ( mercúrio, iodo e formol ), formol a 10% .

Imunológico: Usado para diagnóstico da amebíase extra-
intestinal, ELISA, Eletroforese.
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Educação sanitária, lavar frutas e verduras em água corrente, lavar
as mãos para manipular alimentos, combater às moscas que
freqüentam lixos, dejetos humanos e também alimentos dentro das
casas, saneamento básico,etc.
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Há dois tipos de amebicidas:
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1. Amebicidas não absorvíveis, que atuam apenas na luz
intestinal. São as dicloracetamidas:
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Teclosan – 500 mg 12/12 h / 3 dias (Falmonox®)

Etofamida – 100/500 mg 12/12 h / 3 dias (Kitnos®)

Indicados
para
tratar
infecções
assintomáticas
e
os
eliminadores de cistos. Mas, por não afetarem os parasitos
que se encontrem nos tecidos, devem se associados aos
amebicidas do 2o grupo.
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2. Amebicidas teciduais que, sendo absorvidos pelo intestino,
são capazes de destruir as formas invasivas do parasito em
qualquer tecido onde se encontrem.
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Os utilizados especificamente para tratar a amebíase
doença:
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Metronidazol – 10mg/kg 8/8 h / 7 dias (Flagyl®)

Secnidazol - 30mg/kg ou 2g/dia / 1 dia (Secnidal®)
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Cerca de 10% da população mundial infectada por E.
histolytica apresentam formas invasoras do parasito, este
parasita não causa epidemia. No Brasil, a amebíase
apresenta grande diversidade no número de indivíduos
infectados ou com sintomatologia da doença, variando de
região para região.

Há, no entanto, uma variação muito grande da incidência da
doença,
de
acordo
com
as
condições
sanitária
e
socioeconômica da população, principalmente com as
condições
tratada.
de habitação, presença de esgotos e água
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Amebíases