A Interpretação dos Sonhos
Vitória, agosto/2003
A Interpretação dos Sonhos
Qual a inserção da “Interpretação
dos Sonhos” na Teoria Psicanalítica?
Temas Psicodinâmicos Básicos da
Teoria Psicanalítica

Explicação das Neuroses

Explicação dos Processos Oníricos

Explicação do Desenvolvimento
Psicossexual

Explicação da Estrutura Adaptativa do Eu e
das Relações Objetais
O Eu, a Identidade e os Objetos

Desenvolvimento e Capacidades do Ego
Psicodinâmica
Interpretação
dos dos Sonhos
Teoria da Libido
Os Três Eixos Teóricos do
Pensamento Clínico de Freud

Teoria das Representações:
Acesso à semiologia mental: o cenário

Teoria do Conflito Mental:
Possibilita a investigação dos processos etiopatogênicos

Teoria das Transformações Psíquicas:
Fornece a estratégia terapêutica
Eksterman, A. (1989) A Presença de Freud, Imago, R.J.
A Interpretação dos Sonhos
“A Interpretação dos Sonhos é a via real que
leva ao conhecimento das atividades
inconscientes da mente”
(Freud, S. Obras Completas, vol V, cap.VII)
“Flectere si nequeo superos, acheronta
movebo”
(Virgílio, A Eneida)
A Interpretação dos Sonhos

Começou a ser escrito em 1895. Publicado em 1899 com a
data de 1900: “a novidade digna de um novo século.”

Wilhelm Fliess

Jean Martin Charcot (1825 -1919)

Escola de Nancy

Theophrastus Bombastus von Hohenheim (Paracelso, 1493-1541)
e Franz Anton Mesmer (1734-1815)

James Braid (1795-1860) e Bertrand (1730-1840).

Josef François-Felix Babinsky (1857-1932)

Pierre Marie-Felix Janet (1859-1947) e Josef Breuer (1842-1925)
A Interpretação dos Sonhos
1º Capítulo: Revisão da Literatura Científica
2º Capítulo: O Método de Interpretar Sonhos: Sonho modelo
3º Capítulo: A Realização de Desejos: tese central
4º Capítulo: A Deformação Onírica: conteúdo latente e manifesto
5º Capítulo: Material e Fonte dos Sonhos: restos diurnos, material infantil
e somático
6º Capítulo: Elaboração Onírica: o trabalho do sonho: latentemanifesto
7º Capítulo: A Psicologia dos Processos Oníricos
O Método de Interpretar
Sonhos (2° capítulo)
 Interpretar um sonho é:
Dar significado, substituí-lo por algo que se
ajuste à cadeia dos atos mentais como um
elo que tenha validade e importância
igual aos restantes.
Métodos de Interpretar
Sonhos
1- Interpretação Simbólica
2- Interpretação por Decifração
3- Interpretação Científica
Métodos de Interpretar
Sonhos
1- Interpretação Simbólica:
 Considera-se o sonho como um todo e
procura-se substituí-lo por outro conteúdo
intelegível e, em certos aspectos, análogo ao
original (ex: sonho do Faraó).
 Depende da intuição do interpretador. Impossível
de ser ensinada
Métodos de Interpretar
Sonhos
2- Interpretação por Decifração:
 Cada elemento possui um significado
fixo e anteriormente estabelecido e que
leva em conta as características do sonhador
(“Livro dos Sonhos”)
Métodos de Interpretar
Sonhos
3- Interpretação Científica
a) Preparação Psicológica do paciente:
- Aumentar a atenção que ele dispensa à próprias percepções
psíquicas;
- Eliminar a crítica pela qual ele filtra os pensamentos que lhe
ocorrem;
- Facilita se ele estiver deitado e com os olhos fechados.
b) O conteúdo do sonho:
- Não tomar o sonho como um todo, e sim em parcelas isoladas;
- Pedir associações para cada parcela: “pensamentos de fundo”
- Justificativa: os sonhos são conglomerados de formações
psíquicas
Um Sonho Modelo
“Sonho da Injeção de Irma”
Preâmbulo:
 Freud estava tratando uma pessoa amiga e não
estava satisfeito com o resultado do tratamento;
 Em um encontro, sentiu-se repreendido por um
amigo em relação ao desfecho do tratamento;
 Preparou uma defesa para seu mentor, amigo
comum dos dois.
Um grande salão – numerosos convidados,
que estávamos a receber. Entre eles estava Irma.
Imediatamente, levei-a para um lado, como se
para responder a sua carta e repreendê-la por não
haver aceitado ainda minha ‘solução’. Disse-lhe o
seguinte: ‘Se você ainda sente dores, é realmente
por culpa sua.’ Respondeu: ‘Se o sr. pudesse
imaginar que dores tenho agora na garganta, no
estômago e no abdome... Estão me sufocando...’
Fiquei alarmado e olhei para ela. Estava pálida e
inchada. Pensei comigo mesmo que, afinal de
contas, deixara de localizar algum mal orgânico.
Levei-a até a janela e examinei-lhe a garganta,
tendo dado mostras de resistência, como as
mulheres com dentaduras postiças. Pensei comigo
mesmo que realmente não havia necessidade de ela
fazer aquilo. Em seguida abriu a boca como devia e
no lado direito descobri uma grande placa branca;
em outro lugar, localizei extensas crostas cinzaesbranquiçadas sobre algumas notáveis estruturas
crespas e, evidentemente, estavam modeladas nos
cornetos do nariz.
Imediatamente chamei o Dr. M. e ele repetiu o
exame e confirmou-o... O Dr. M. tinha uma
aparência muito diferente da comum; estava muito
pálido, claudicava e tinha o queixo escanhoado...
Meu amigo Otto estava também agora de pé ao
lado dela, e meu amigo Leopold auscultava-lhe
através do corpete e dizia: ‘Ela tem uma área surda
bem embaixo, à esquerda.’ Também indicou que
uma porção da pele no ombro esquerdo estava
infiltrada. (Notei isso, da mesma forma que ele,
apesar do vestido)...
M. disse: ‘Não há dúvida que é uma infecção, mas não
tem importância; sobreviverá à disenteria e a toxina
será eliminada.’ ... Estávamos diretamente cônscios,
também, da origem da infecção. Não muito antes,
quando ela não estava se sentindo bem, meu amigo
Otto aplicara-lhe uma injeção de um preparado de
propil, propilos... ácido propiônico... Trimetilamina (e
eu via diante de mim a fórmula desse preparado em
grossos caracteres)... Injeções dessa natureza não
devem ser feitas tão impensadamente... E
provavelmente a seringa não devia estar limpa.
A Interpretação do Sonho
Modelo
Separar o sonho em suas partes isoladas:
 O salão
 O aspecto do Dr. M.
 A repreensão de Irma: a culpa
 A presença dos amigos Otto e Leopold
 As queixas de Irma
 O reparo da pelo do ombro e o vestido
 O aspecto de Irma
 A ansiedade de Freud com sua
falha
de Irma
 A fala diagnóstica do Dr. M. (é uma
infecção) e seus elementos
 O novo exame na janela
 Otto dá uma injeção
 O que foi encontrado: as placas
 Os elementos químicos: propil, propilos,
e os cornetos
 A convocação do Dr. M. para
confirmação do exame
ácido propiônico, trimetilamina
 A reprensão pela injeção e pela seringa
estar suja
A Interpretação do Sonho
Modelo
Conclusões Parciais:
 Freud não era o responsável pela persistência das dores
de Irma, mas sim Otto (vingança pelas críticas feitas em sua visita)
e sua viuvez (insinuação erótica à injeção dada por Otto)
 Realizou o desejo de ser inocentado pelo sentimento de
fracasso em várias situações de sua vida (tratamentos, doença
da mulher, morte da filha, morte de um amigo pela cocaína: elaboração
de culpas  uma culpa puxa a outra)
A Interpretação do Sonho
Modelo
Conclusões Finais:
 Freud estava se achando mal preparado para
desempenhar as funções que havia se proposto:
ser marido, ser pai e ser psicanalista.
 Seu desejo: ser libertado deste sentimento.
 Objetivo terapêutico: desenvolvimento do ego
Um Sonho é a Realização
de um Desejo (3° capítulo)
Tipos de desejos:
 Biológicos: Fome, sede, sexo e sobrevivência (biológica e
psicológica)
 Sociais e Culturais: Realização pessoal e seus
equivalentes compensatórios
(fama, prestígio, poder,riqueza)
Um Sonho é a Realização de
um Desejo
Tipos de sonhos:
 Sonhos de Conveniência:
os desejos são apresentados
como realizados
 Sonhos de Elaboração:
os desejos não são, necessariamente, apresentados como
realizados
 Sonhos de Angústia:
angústia como sinal
A Deformação dos
Sonhos (4° capítulo)
 Todo sonho é a realização de um desejo,
nos quais o desejo está, geralmente,
disfarçado.
Manifesto: designa o sonho tal como
aparece ao sonhador
Conteúdo:
Latente:
Censura Onírica:
conjunto de significados
a que chega a análise
é o que transforma os pensamentos oníricos
(conteúdo latente) no conteúdo manifesto,
acessível à consciência
A Deformação dos
Sonhos
Sonhos de contra-desejos:
 Resistência ao processo terapêutico
 Transformação (defensiva) da atividade em
passividade
 Realização de desejos masoquistas
A Deformação dos
Sonhos
Conclusão:
Todo sonho é a realização (disfarçada)
de um desejo (suprimido ou reprimido)
A Psicologia dos Processos
Oníricos (7° capítulo)
 Esquecimento dos Sonhos
 Regressão
 Realização de desejos
 A Função dos Sonhos – Sonhos de Angústia

O Modelo da Mente
 A Fisiologia mental: Os Processos Mentais, Repressão
 As Estruturas mentais: ICs, PCs, Cs.
A Psicologia dos Processos
Oníricos
Características dos Sonhos a serem demonstradas:

Os sonhos são atos psíquicos de tanta significação quanto
qualquer outro.

A força motivadora dos sonhos é um desejo buscando sua
realização (consciência).

A aparência incoerente e bizarra é devida à censura onírica,
à condensação, ao deslocamento, às considerações de
representabilidade (elaboração onírica) e à necessidade de
que a estrutura externa (conteúdo manifesto) tenha uma
aparência de racionalidade (elaboração secundária).

Todo sonho trata de um problema atual da pessoa, cuja solução
só pode ser expressa (realizada) no tempo presente
O Esquecimento dos Sonhos
fenômeno psicológico que carecia de explicação e
era usado como um dos motivos para se pensar
que os sonhos eram produtos residuais da mente.

Escolha do tema:

Pontos importantes:

Há conexão entre a consciência e o inconsciente. O aspecto confuso,
bizarro e o esquecimento dos sonhos deve-se à deformação imposta
pela censura.

A elaboração onírica atende a dois senhores: ao ICS (Id) e à censura
(ego -sono- e superego).

Não há nada de insignificante e de arbitrário num sonho.

Determinismo Psíquico: o sonho é sobredeterminado.

Intencionalidade do Inconsciente: nada é ao acaso, aleatório.
O Esquecimentos dos
Sonhos
Dicas Técnicas:
 Sonhos difíceis: pedir para repetir. Aquilo que for modificado
é importante.
 Dúvida no relato: como o esquecimento, serve aos propósitos
da censura onírica.
 Sonhos tidos numa mesma noite: no geral devem ser
tratados como um todo único.
 Associações superficiais: são substitutos de associações
mais profundas suprimidas(censura)
Regressão
 Definição:
É um efeito da resistência que se opõe ao avanço de um
pensamento em direção à consciência e da atração simultânea
que sobre ele é exercida pelos pensamentos reprimidos.
 Fatores que induzem à regressão
 Tipos de regressão
Regressão
Fatores que induzem à Regressão:
 Repressão: impossibilidade de acesso à consciência para
efetuar a ação específica (sono, fadiga, doença e trauma têm o
mesmo efeito)
 Atração que as primeiras experiências exercem
sobre os pensamentos reprimidos e do préconsciente
 Afastamento da realidade (sono, fadiga, doença e trauma)
Regressão
Tipos de Regressão:
 Tópica ou Topográfica: do polo motor para o perceptivo

Temporal:

Formal:
quanto à fase libidinal e quanto ao objeto
desestruturação do ego (formas e comportamentos
menos complexos)
 Filogenética: desenvolvida em “Totem e Tabu”
Regressão
 Como e por que os pensamentos oníricos se
expressam preferentemente por imagens?
Teoria da Regressão ao polo perceptivo
 Por que os pensamentos que geram os sonhos
não buscam a consciência durante o dia?
Neurociência  espaço
Psicanálise  repressão
 Por que a regressão não ocorre na vida de vigília?
Fala das alucinações, mas não consegue responder. Mais tarde,
ao estudar as psicoses, vai falar na invasão do Processo Primário
na fadiga, nas doenças e nas situações traumáticas.
Avanços na Teoria sobre
a Mente

Concepções sobre a mente:

Antropologia: estrutura adaptativa
O ser humano é o único que habita todas as regiões do planeta

Neurociência: processador de informações
O ser humano é o que tem o comportamento mais complexo

Psicanálise: estrutura de representações
A representação tem a função de registrar a experiência
sensorial, assegurando a manutenção da experiência (memória)
e produzindo o sentimento de continuidade do eu (identidade).
Memória e identidade se estruturam para assegurar sobre a
permanência do eu e do mundo.
Avanços na Teoria sobre
a Mente
Primeira Teoria sobre a Mente:
 Modelo: arco reflexo
 Características: Não é uma estrutura anatômica (virtual)
Formada por sistemas com organização
hierarquizada: sistema consciente
sistema pré-consciente
sistema inconsciente
sistema crítico
Avanços na Teoria sobre
a Mente
não retém nenhuma modificação (memória),
é fugaz (“bloco mágico”) e é o melhor para a ação específica e a adaptação.

Sistema Consciente:

Sistema Pré-consciente:
também não retém modificações e é
quem supre o sistema consciente com todas as qualidades sensórias.
engloba os sistemas mnêmicos, o
reprimido e o que não tem acesso ao consciente, mas não é reprimido.

Sistema Insconsciente:

Sistema Crítico:
Sem localização precisa: às vezes entre os sistemas
ICs e PCs, outras vezes entre o PCs e o Cs.
“1ª Tópica”
Pcpt
Mnem Mnem
•
•
Ics
•
•
Pcs
•
M
Consciência
Processos pré-conscientes
de elaboração
Atenção
Estímulos somáticos
Processos inconscientes
de elaboração
“2ª Tópica”
Pcpt-Cs
PCs
Ego
Processo Secundário:
- Regido pelo “Princípio de Realidade”
- Coerência, não contradição, T/E
- Impele à reflexão
Processo Primário:
Id
- Regido pelo “Princípio do Prazer”
- Condensação, deslocamento e represent.
- É o mais antigo
- Linguagem imagética das emoções
- Impele à ação
- Só é completamente dominado pelo
Processo Secundário no final da
adolescência
Estruturação do Mundo
Mental
biofisiologia
sistema do eu
consciência
sistema
sociocultural
Realização de Desejos
1ª parte: Psicologia da Formação dos
Sonhos
2ª parte: Psicologia do Inconsciente
3ª parte: Psicologia da Formação dos
Sintomas
Psicologia da Formação
dos Sonhos
Restos Diurnos:

É tudo aquilo que não foi concluído durante o dia
por algum obstáculo;

O que não foi resolvido por insuficiência pessoal;

O que foi rejeitado ou reprimido;

O que foi estimulado em nosso inconsciente pelos
estímulos recebidos durante o dia (é o mais
poderoso);

O que foi indiferente durante o dia.
Psicologia da Formação dos
Sonhos
Origem dos Desejos:
 Desejos despertados durante o dia e
repudiados, jogados no Ics.
 Desejos despertados durante o sono,
são os capazes de
produzir sonhos
provenientes do Ics (reprimidos), nada
tendo a ver com a vida diurna.
 Desejos despertados durante o dia
por motivos externos e não satisfeitos,
permanecendo no Pcs.
 Desejos provenientes de necessidades
orgânicas e corporais.
precisam encontrar
desejos inconscientes
do mesmo teor para
produzirem sonhos
Realização de Desejos
(Sistema Pcpt-Cs)
devaneios, lapsos, atos falhos, sintomas
dia
(Sistema Pcpt-Cs)
- Resíduos diurnos
que não puderam
ser afastados
- Atividades do dia
que excitaram
um desejo ics
(ICs)
Desejo reprimido
(sexualidade
Infantil)
(Sistema Pcpt-Cs)
sonhos
(Sistema PCs)
Desejo recente (adiado
ou reprimido)
noite
Realização de Desejos
1- Sonhos
2- Lapsos
3- Devaneios
Expressão de um desejo
deformado pela censura
4- Alucinações
5- Delírios
Expressão de um desejo
deformado pela
desorganização do ego
6- Sintomas
Expressão de dois desejos
opostos (Id e superego)
Psicologia dos Sonhos
Desagradáveis
Quando os restos diurnos são constituídos
por por material desprazeroso:
 As idéias desagradáveis são substi-
tuídas por idéias opostas e os afetos
desagradáveis são suprimidos:
Sonhos de realização de
desejo comum
 Idéias desagradáveis, modificadas,
penetram no sonho:
os afetos desagradáveis são suprimidos  Sonhos vividos com indiferença
os afetos desagradáveis permanecem  Sonhos de angústia
 Sonhos que realizam o desejo de
punir o sonhante devido a um
desejo reprimido e proibido
A força motivadora não vem
do inconsciente, mas sim do
superego
Principio do
Prazer/Desprazer
Satisfação biológica
Frustração
Repressão
(considerações sobre
as representações
de si mesmo)
Realização pessoal
Fracasso
Psicologia dos Processos
Inconscientes
Recapitulando:
 O modelo para se pensar a mente era o
do arco reflexo.
 A mente visa a descarga das tensões.
Nesse sentido, o desejo é a melhor maneira
do sistema alcançar a descarga.
 É o desejo que movimenta a mente.
Psicologia dos Processos
Inconscientes
Formação dos Desejos:
Necessidades básicas
+
Objeto da satisfação

Vivências de satisfação, cuja recordação é o desejo
Impulsos inconscientes, carências infantis e traumas buscam a
consciência para realização, superação e elaboração
Psicologia da Formação
dos Sintomas
 O modelo é o sintoma histérico.
 O sintoma histérico se desenvolve a
partir da realização de dois desejos
opostos: o inconsciente, ligado à
sexualidade infantil, e o desejo de
punição (ou interdição do desejo).
Psicologia dos Processos
Inconscientes
Psicose:
 Domínio do PCs pelo ICs
 Domínio do Ego pelo Id
 Invasão de Processo Primário na
Consciência
Conclusões:

Mente e cérebro não funcionam menos efetivamente durante a
noite do que durante o dia.
O funcionamento mental nos sonhos não é um funcionamento
psicótico, embora a psicose seja uma das formas de expressão do
Processo Primário de Pensar.

Função dos sonhos:
- guardião do sono;
- a fase Rem do sono permite que a mente reprocesse informações
recebidas durante o dia (integração de novas informações) usando um
“espaço” menor. É um funcionamento “off line” que, se não existisse,
nosso lobo pré-frontal teria que ser tão grande que seria necessário um
carrinho de mão para carregá-lo. Dormimos para sonhar.

Conclusões:

Significado dos sonhos: a concepção “realização alucinatória de
um desejo reprimido” se baseia na Teoria dos Instintos e procura
dar um caráter fisiológico aos sonhos. Afinal, estava apresentando
suas idéias ao meio médico de Viena.
Conseqüências da revelação sobre o papel dos sonhos: a
mente
se tornou objeto de interesse científico, saindo do misticismo, da
mitologia e da metafísica. Até então, os sonhos eram considerados
restos sem importância, resíduos, das experiências diurnas.


Acréscimos:
- os sonhos precisam de tradução, não de interpretação;
- os sonhos lidam com o que é atual na vida do sonhador;
- os sonhos podem dar retratos claros e buscar soluções.
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