INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CAMPUS POÇOS DE CALDAS
SISTEMAS DE ESGOTO E DRENAGEM URBANA
PROFESSOR – ALEXANDRE SILVEIRA
ENGENHARIA AMBIENTAL - 8° SEMESTRE
POÇOS DE CALDAS
SISTEMAS DE
ESGOTOS
Fonte: Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário Tsutyia, M. , Sobrinho, P. A. 2000. PHD/EP/USP
Cloaca Máxima de Roma
nome dado ao maior sistema de esgotos do mundo
conhecido, em Roma. O grande labirinto fétido se espalha
pelos subterrâneos de toda a capital, recolhendo seus
detritos de casa em casa através de pequenos túneis,
aglomerando toda escória nas galerias médias que
compõem o intrincado sistema de túneis e galerias maiores.
Nas cidades europeias, durante a Idade Média, as pessoas
lançavam, além do lixo, o conteúdo de seus “pinicos” e toda
a sorte de refugos nas ruas. Quando as pilhas ficavam altas,
e o mau odor tornava-se insuportável, a sujeira era retirada
com a utilização de pás e veículos de tração animal. Esta
condição prevaleceu até o final do século XVIII,
principalmente nas cidades menores.
Funcionários da prefeitura de Paris já haviam começado a
projetar esgotos no começo do século XIX para proteger
seus cidadãos de cólera. A solução indicada foi canalizar
obrigatoriamente os efluentes domésticos e industriais para
as galerias de águas pluviais existentes, originando, assim, o
denominado Sistema Unitário de Esgotos, onde todas os
esgotos e a água das chuvas eram reunidos em uma só
canalização e lançados nos rios e lagos receptores.
Esgotos de Paris, um dos cenários do mais famoso romance de Vitor Hugo
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA DE ESGOTO
 VI séculos antes de Cristo – Cloaca Máxima de Roma
 Europa medieval – Condutos de drenagem pluvial
 Inglaterra, 1596 – Invenção da privada com descarga hídrica
 Londres, 1815 – Autorização do lançamento de esgoto doméstico em







galerias de águas pluviais
Londres, 1847 – Compulsório o lançamento de esgotos nas galerias 
INÍCIO DO SISTEMA UNITÁRIO
Aplicação do sistema unitário: Rio de Janeiro, Nova Iorque (1857), Recife
(1873), Berlim (1874) e São Paulo (1883)
Sistema unitário – Bom desempenho em regiões frias e subtropicais
SISTEMA SEPARADOR PARCIAL – Regiões tropicais, implantação no
uso Rio de Janeiro e São Paulo
Estados Unidos, 1879 – SISTEMA SEPARADOR ABSOLUTO
São Paulo, 1912 - Adoção do sistema separador absoluto, com separador
tanque flexível
São Paulo, 1943 – Abandono do tanque flexível
SISTEMAS DE ESGOTO
Sistema Unitário
Sistema Separador
Parcial
Sistema Separador
Absoluto
SISTEMAS DE COLETA E TRANSPORTE DOS ESGOTOS
Sistema
individual
Esgotamento
Sistema
unitário
Sistema
coletivo
Sistema
convencional
Sistema
separador
Sistema
condominial
SISTEMA UNITÁRIO
TAMBÉM CHAMADO DE COMBINADO – PERMITE QUE AS ÁGUAS
RESIDUÁRIAS, DE INFILTRAÇÃO E PLUVIAIS ESCOEM POR UM ÚNICO
SISTEMA
ESTE SISTEMA FUNCIONA BEM EM REGIÕES FRIAS E
SUBTROPICAIS COM BAIXO ÍNDICE DE PLUVIOSIDADE
Coletor de esgoto em Tóquio,
construído em 1884
Coletor retangular em Osaka,
construído em 1573
SISTEMA UNITÁRIO
VARIAÇÃO TÍPICA DE VAZÃO, EM PERÍODO SECO E
ÚMIDO, EM UM SISTEMA UNITÁRIO
Período com chuva
Vazão total (águas pluviais + esgoto)
Vazão
Pico
de
vazão
Vazão de esgoto em período seco
Infiltração
0
1
2
3
Tempo (dia)
4
5
SISTEMA SEPARADOR PARCIAL
UMA PARCELA DAS ÁGUAS DE CHUVA, PROVENIENTES DE TELHADOS E
PÁTIOS DOS LOTES SÃO ENCAMINHADAS JUNTAMENTE COM AS
ÁGUAS DE INFILTRAÇÃO DO SUBSOLO PARA UM ÚNICO SISTEMA DE
COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTOS
SISTEMA SEPARADOR ABSOLUTO
AS ÁGUAS RESIDUÁRIAS E AS DE INFILTRAÇÃO ESCOAM EM UM SISTEMA
ESPECÍFICO
SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS
AS ÁGUAS PLUVIAIS SÃO COLETADAS E TRANSPORTADAS EM UM SISTEMA
TOTALMENTE INDEPENDENTE
SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL
VANTAGENS
 MENOS ONEROSO (MATERIAIS MAIS ECONÔMICOS)
 FLEXIBILIDADE DE EXECUÇÃO EM ETAPAS
 REDUÇÃO DE CUSTOS DE AFASTAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS
 NÃO ESTÁ CONDICIONADO À PAVIMENTAÇÃO DE VIAS
 NÃO
PREJUDICA
O
FUNCIONAMENTO
TRATAMENTOS DE ESGOTOS
DAS
ESTAÇÕES
DE
SISTEMA SEPARADOR ABSOLUTO
SITUAÇÃO DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO
BRASIL segundo IBGE 2008
Ligações
de esgoto
21 218 807
Ramal predial conectado à rede coletora
de esgoto
Total
28 263 075
Economias esgotadas
Unidades tributáveis, conforme registro no serviço
de esgotamento sanitário
25 371 773
Residenciais
Unitária ou
mista
Extensão da rede
coletora (km)
Separadora
convencional
Separadora
condominial
Volume de
esgoto tratado
por dia (m3)
449 556
5 667 869
261 570
8 460 590
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico
2008.
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Sistemas de Esgoto - Capítulo 1.