REQUALIFICAÇÃO URBANA
Trecho da Av. Maria de Paula Santana
Equipe:
Alexandre Garcia 58368
Carolina Souza 58355
Guilherme Dantas 58372
Rodney Gomes
60196
Localização
O município de Viçosa, situado
na Zona da Mata Mineira, possui
relevo
predominantemente
acidentado.
O
crescimento
urbano, ou ainda, a formação da
paisagem urbana de Viçosa,
ocorreu em quatro momentos
principais (MELLO, 2002): a
origem do município (final do
séc.
XVIII),
sua
primeira
expansão entre os anos de 1813 e
1900, o crescimento do núcleo
urbano entre os anos de 1900 até
1960 e de 1960 até os dias atuais.
A área em estudo (ampliada na
imagem ao lado) foi ocupada
nesta última fase - de 1960 até os
dias atuais, devido à abertura da
Av. Marechal Castelo Branco, que
se tornou a via de ligação da
cidade com demais localidades e
se tornou mais um vetor de
expansão urbana.
Fig 1. Foto aérea da cidade de Viçosa-MG
Fig 2. Foto aérea da área de intervenção
Descrição da área de Intervenção
O trecho em estudo apresenta grandes diferenças de declividade, como em todo o município. A
lateral leste do sentido Viçosa- Ponte Nova caracteriza-se, em grande parte, por uma encosta com
certa densidade de construções; a oeste, por terrenos mais baixos. A posição da avenida em relação ao
terreno causa sensações como insegurança pela proximidade dos barrancos com possibilidade de
deslizamento, monotonia por falta de elementos que despertem a atenção dos passantes e
continuidade por ser uma pista retilínea.
A região estudada possui baixa infra-estrutura, tanto em relação à escassa disponibilidade de serviços
e comércio, quanto pela falta de acessos e conexões com outros bairros, além de ainda apresentar
características de rodovia, o que dificulta o uso desta pela população. O trânsito de veículos acontece
em alta velocidade, não existem faixas para travessia de pedestres nem arborização junto às vias, o
mobiliário urbano é deficiente e, apesar de adensada, a área quase não possui equipamentos públicos,
principalmente para recreação. Os serviços também são deficientes, pois a população necessita
grande deslocamento para utilizar bancos, casas lotéricas, farmácias, supermercados e escolas até 2º
grau.
Os principais potenciais do trecho estudado é a existência de equipamentos de educação de porte
relevante (Univiçosa, ESUV, Centev); o intenso comércio de produtos agrícolas e autopeças e sua
característica de ser uma das entradas da cidade, conectando-a a alguns municípios vizinhos e de ser
a ligação de bairros e equipamentos ao centro da cidade.
Objetivos/ Idéia central do projeto
A idéia central do projeto é tornar a região em torno da avenida Maria de Paula
Santana uma centralidade em Viçosa. Essa centralidade é pontual, composta
por unidades concentradoras, como Univiçosa, a ESUV, o CENTEV e o Silvestre
- um antigo bairro da cidade já vinculado à sua malha urbana.
Para unir essas unidades entre si e ao todo, foi necessário priorizar o
planejamento do trânsito. Assim, o projeto parte da organização dos fluxos
deste e de priorizar o pedestre e o ciclista em suas trajetórias. Aliada ao
disciplinar do trânsito, está a intenção de quebrar as sensações de monotonia no
trecho e proporcionar novas sensações ao observador.
Fig 3. Trecho humanizado sem escala
Diretrizes

Para além deste projeto, deverá ser realizada
uma ligação deste trecho em estudo com
uma futura ciclovia a ser implantada onde
hoje se encontra a linha férrea em desuso,
através do bairro Silvestre;

Incentivar a ocupação das áreas vazias
através da valorização dos ambientes. Essa
valorização
é
obtida
através
de
investimentos em infra-estrutura ciclo
viária, espaços de lazer e mobiliário urbano;

Quando possível, inserir jardins nos passeios
e canteiros.
Fig 4. Contenção da encosta por meio de solo
grampeado
Detalhe Trecho 1
Detalhe Trecho 2
Detalhe Trecho 3
Intervenções
Partimos do passeio existente na
lateral leste e lançamos as
dimensões das vias no sentido
oeste, para evitar cortes naquela
lateral.
Para o trecho em estudo chegou-se
à conclusão de que seriam
necessários: três vias para veículos
(duas para fluxo e uma para
estacionamento), dois passeios
(um de cada lado das vias para
veículos) e uma ciclovia. Em alguns
trechos foi possível ampliar estes
valores sem fazer novos cortes ou
aterros, e assim não aumetar a
declividade das encostas existentes
entre a via principal e as ruas
adjacentes.
Para
atender
às
dimensões
mínimas dessas vias, alguns
terrenos foram desapropriados e
incorporados ao projeto na lateral
oeste ao trecho. Esses terrenos
eram, em sua grande maioria, sem
edificações, e quando edificados
eram ilegais, por não respeitarem
os afastamentos mínimos, antes
em relação a uma rodovia.
Fig 5. Perspectiva da Av. Maria de Paula Santana
Intervenções
Na lateral leste, entre as entradas dos bairros Liberdade e Silvestre (parte alta), foi criada uma praça.
Este equipamento foi estabelecido com os objetivos de oferecer, aos moradores, trabalhadores e
transeuntes assíduos e esporádicos da região, um local para descanso, encontro e lazer, e para criar
uma identidade e sensação de pertencimento pelos moradores. A criação dessa praça também serviu
como elemento alternativo de ligação do bairro Liberdade à segunda seção do bairro Silvestre.
Próxima a esta praça foi criada uma rotatória de acesso ao bairro Silvestre e de retorno aos usuários da
via, que organizará os fluxos neste trecho.
Para atender às demandas, o mobiliário urbano foi disposto entre distâncias definidas em acordo com
as distâncias aconselhadas e as que julgamos necessárias após estudo da área.
No trecho entre o trevo de entrada para o Silvestre de Baixo e a ponte sobre o rio São Bartolomeu, foi
proposta uma via com acostamento em ambos os sentidos, canteiro central e uma ciclovia na calçada
oeste, pois neste espaço as edificações possuem um afastamento considerável da via e não foi
necessário desapropriar ou cortar o terreno adjacente à calçada leste para amplia-la.
Mobiliário Urbano
Maquete
Fig 8. Perspectiva da praça projetada
Vídeo
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Requalificação Urbana Apresentação.