TRABALHO APRESENTADO PELAS ALUNAS:
CARLA CÁSSIA,FERNANDA ALBERICI E JÉSSICA
TORQUATO.
PROFESSORA:NEIDE ANA PEREIRA
1° PERÍODO DE PEDAGOGIA - MANHÃ
TRABALHO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E
DA PEDAGOGIA.
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TEMAS ABORDADOS.
SÉCULO XVII: A PEDAGOGIA REALISTA.
PARTE I – O SÉCULO DO MÉTODO.
CONTEXTO HISTÓRICO
1. A BURGUESIA SE FORTALECE
2. LIBERALISMO ECONÔMICO E POLÍTICO
3. O SÉCULO DO MÉTODO
4. A “CRISE DA CONSCIÊNCIAEUROPÉIA”
EDUCAÇÃO
1.EDUCAÇÃO RELIGIOSA
2. EDUCAÇÃO POLÍTICA
3.ACADEMIAS
PEDAGOGIA
1. FILOSOFIA MODERNA
2. O REALISMO DA PEDAGOGIA
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3. LOCKE: A FORMAÇÃODO HOMEMGENTIL
4. COMÊNIO: “ENSINARTUDO E A TODOS”
5. FÉNELON: A EDUCAÇÃO FEMININA
CONCLUSÃO.
INTRODUÇÃO
• Os historiadores
costumam determinar o
século XV como o inicio
da Idade Moderna,que se
estende até 1789, data da
Revolução Francesa,
quando então começa a
Idade Contemporânea.
• Veremos neste primeiro
capítulo as grandes
alterações que ocorreram
na Europa,devido a
Revolução Comercial,com
ascensão da burguesia
cujos anseios já se
esboçavam nas teorias
• Políticas e econômicas do
liberalismo.
Contexto histórico
1. A BURGUESIA QUE FORTALECE.
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No século XVII,ainda persistiam as
contradições decorrentes do processo de
desmantelamento da ordem feudal e da
ascensão da burguesia, com o
consequente desenvolvimento do
capitalismo.Intensificando-se o comércio,a
colonização assumia características
empresarias ,enquanto a Europa era
inundada pelas riquezas extraídas da
América.
O crescimento alterou as formas de
trabalho.Os artesãos de produção
doméstica perderam seus instrumentos
de trabalho para os capitalistas e,
reunidos nos galpões onde nasceram as
futuras fábricas,passaram a receber
salários.
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O mercantilismo passou a ser responsável
pelo controle da economia do Estado, e
resultou uma aliança entre os reis e
burgueses.Esses financiavam a monarquia
absoluta que necessitava de exército e
marinha,enquanto em troca os reis
ofereciam vantagens como incentivos e
concessão de monopólios,favorecendo a
acumulação de capital.
Politicamente, o século XVII caracteriza-se
pelo absolutismo real,e entre os teóricos
que defendiam esse tipo de poder
irrestrito,O mais conhecido era o filósofo
inglês Thomas Hobbes (1588-1679).
Thomas Hobbes(1588-1679)
• Não se tratava, no entanto,
de buscar os fundamentos
do absolutismo a partir do
“ direito divino dos reis”.
• Mais sim de acordo com o
contrato, o pacto social. Era
um sinal dos tempos em
que as explicações
religiosas começaram a ser
substituídas pela
valorização da autonomia
da razão.
2. Liberalismo econômico e político.
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A medida que a burguesia se
fortalecia,tomava forma a teoria do
liberalismo,tanto do ponto de vista
político, pelo questionamento da
legitimidade do poder real.
No final do século XVII, revolução
Gloriosa(1688) liquidou o absolutismo e
instaurou a monarquia constitucional na
Inglaterra.
O principal intérprete das ideias políticas
liberais foi o filosofo John Locke(16321704).
Por ser uma teoria que exprime os anseios
da burguesia,o liberalismo opunha-se ao
absolutismo dos reis ,fazendo restrições a
interferência do Estado na vida dos
cidadãos ,em defesa a iniciativa privada.
• John Locke
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O pensamento faz parte da questão da
legitimidade do poder: O que torna
legitimo o poder do estado? Desenvolve
então a hipótese do ser humano em
“estado de natureza”, em que todos
seriam iguais,livres e independentes.
Os riscos das paixões e da Parcialidade
seriam muito grandes porque, se “cada
um é juíz, em causa própria”,torna-se
impossível a vida comum.
Para Locke, os direitos naturais não
desaparecem em consequência desse
consentimento,mais subsistem para
limitar o poder do soberano.
O pensamento liberal de Locke , divulgado no final do século XVII ,exerceu grande influência no
século seguinte, por ocasião da Revolução Francesa e das lutas de emancipação colonial nas
Américas.
• "Os homens
são bons ou
maus, úteis ou
inúteis, graças
a sua
educação";
"Um espírito
são em um
corpo são é
uma descrição
breve, porém
completa, de
um estado
feliz neste
mundo".
3.
O século do método.
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Resgata a dimensão humana sob
todos os aspectos.
Favorecia a mentalidade crítica
Provocou a laicização do saber
estimulou a luta contra os
preconceitos e a intolerância.
Durante o século XVII, um dos
campos fecundados foi o da filosofia.
Outro campo do saber que houve
uma revolução metodológica foi o da
ciência
Tanto na Antiguidade como na Idade
Média predominava a concepção de
ciência puramente contemplativa,
vinculada à filosofia.
A ciência deixa de ser um saber
contemplativo.
• Os inventos e as descobertas são
inseparáveis da nova ciência,já
que, para o crescimento da
industria,a burguesia necessitava
de uma ciência que investigasse
as forças da natureza:Queria
dominá-las, usando-as em se
benefício.
• A interdependência entre a
ciência e técnica,a ação humana
sobre a natureza foi ampliada:
Chama-se “ideal balconiano” a
concepção do filósofo Francis
Bacon, para quem o
“conhecimento é o poder”, poder
de controle científico sobre a
natureza.
4. “A crise da consciência europeia.”
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No século XVII ocorreu uma grande
revolução espiritual chamada de: “A crise
da consciência europeia.”
O indivíduo não mais se contentava em
apenas “saber por saber”, como um
simples espectador da harmonia do
mundo, mais desejava “ saber para
transformar”.
A teoria geocêntrica(finito) alterou a
concepção humana do universo,
contrapôs-se contra a teoria
heliocêntrica(infinito).
GEOCENTRISMO: Teoria astronômica, de
inspiração aristotélica, ptolomaica,
segundo o qual não terra é imóvel,mais
também situa-se no centro do
universo.(Teoria derrubada pelo
heliocentrismo).
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HELIOCENTRISMO: Sistema astronômico
de Copérnico e Galileu, segundo o qual
não é a terra, mas o sol o centro do nosso
sistema planetário.
Com as transformação da ciência a
economia prevaleceu o mercantilismo e o
absolutismo.
Os laços familiares foram se estreitando
para a formação de uma família nuclear
típica da sociedade burguesa.
Educação
1. Educação Religiosa
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No século XVII, os esforços para
institucionalizar a escola, iniciamos no
século anterior, aperfeiçoaram-se com a
legislação que contemplou tópicos
referentes à obrigatoriedade, aos
programas, níveis de métodos.
A companhia de Jesus continuava
atuante e entraria no século seguinte
com mais de seiscentos colégios
espalhados pelo mundo. Apesar de
organizadores e competentes os
Jesuítas representavam o ensino
tradicional mais conservador, a
Escolástica Medieval e a ciência
aristotélica, desprezando o ensino de
ciências e filosofia modernas, além de
enfatizarem o ensino do latim e da
retórica.
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Outras congregações religiosas
desenvolveram um trabalho mais adequado
ao espírito moderno, como os oratorianos
da Congregação de Oratório, fundada em
1614. Opositores constantes do sistema
jesuítico, seriam seus substitutos quando a
companhia de Jesus foi dissolvida no século
XVIII.
Acolheram as novas ciências e filosofias
cartesiana (do filósofo Descartes);
Ensinavam o francês e outras línguas
modernas, além do latim; estudavam
história e geografia com uso de mapas;
encorajavam a curiosidade científica e
utilizavam um sistema disciplinar brando.
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Os jansenistas constituíram outro grupo
religioso que também se opôs
ferrenhamente aos jesuítas. Reuniamse em Port-Royal, perto de Paris, e a
partir de 1646, sob a direção de SaintCyran, os chamados “solitários de PortRoyal”, organizaram as famosas “pequenas
escolas” que em breve tempo
desempenharam importante papel na
formação de líderes para a Igreja e o
Estado.
Inspirados por Jansênico, consideravam a
natureza intrinsecamente má e
retomaram os temas agostinianos da
graça e do pecado.
Apreciavam a filosofia de Descartes e
escreveram manuais de lógica (conhecida
por lógica de Port-Royal)
Inspirados pelo método cartesiano, os
jansenistas só passavam apara o
desconhecimento por meio do
já conhecido e nada ensinavam que não
pudesse ser compreendido pela mente
em formação da criança.
2. Educação Pública
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No Renascimento por inspiração de
Reforma, as escolas da Alemanha
buscavam a universalização do ensino
elementar como forma de propagar a
fé religiosa.
No século XVII, ainda persistia aquela
tendência, em oposição ao ensino
dos jesuítas, tradicionalmente
centrado o nível secundário e,
portanto, mais elitista.
Embora a Guerra dos Trinta Anos
(1618-1648) dificultasse a realização
dos projetos de educação pública, na
Europa os alemães foram os que
conseguiram melhores resultados.
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Ducato Weimar regulamentou a
obrigatoriedade escolar para todas as
crianças de 6 a 12 anos.
Em 1642, o duque de Gotha
estabeleceu leis para a educação
primária obrigatória.
Na França Charles Démia defendeu a
educação popular e sob sua influencia e
direção foram fundadas as escolas
gratuitas.Para o pedagogo francês
Compayné,essas escolas visavam a
instrução religiosa, disciplinar e de
trabalhos manuais, de tal modo que
“vinham a ser agências de informação
ou lugares de mercado em que as
pessoas abonadas pudessem ir buscar
servidores domésticos ou empregados
comerciais ou industriais.”
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Ainda na França,outra tentativa
importante de instrução elementar
gratuita para os pobres foi levada a efeito
por São João de La Sale, que em 1684
fundou o Instituto dos Irmãos das Escolas
Cristãs.
Ducato
São João de La Salle
3. Academias
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As academias no século XVI, não eram
escolas institucionalizadas, mais visava
aprender os interesses da nobreza, para
formação cavalheiresca de seus filhos.
No século VXII a procura delas se
intensificaram justamente porque
representavam as transições dos padrões
de ensino – que mais atendiam aos seus
interesses – para uma formação mais
realista.
Tornarem-se importantes a Academia de
ciências da qual participaram
Descartes,Pascal e Newton, a real
sociedade de Londres e a Academia de
Berlim.
Pascal
Descartes
Newton
Pedagogia
1. Filosofia moderna: racionalismo e empirismo
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O século XVII caracterizou-se pelo cuidado
com o método na filosofia, na ciência e na
educação.
Encontramos duas tendências opostas: a
do racionalismo e a dos empiristas.
A dúvida metódica começou dividindo
tudo: do senso comum, dos argumentos
de autoridade, do testemunho dos
sentidos, das informações da consciência,
das verdades deduzidas pelo raciocínio, da
realidade do mundo exterior e do próprio
corpo,só interrompe a cadeia de dúvidas
diante do seu próprio ser que duvida.Se
duvido,penso:” Penso, logo existo”.
Locke afirmava que nada está no espírito
que não tenha passando primeiro pelos
sentidos.
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A palavra empirismo vem do grego
empiria que significa "experiência" .
Descartes, afirmava que a alma é como
uma tábua rasa .
Descartes foi o pai da filosofia moderna e
introduziu uma grande modificação no
pensamento moderno.
Enquanto o racionalismo de Descartes
prioriza a razão,na consciência como
ponto de partida de todo
conhecimento,Bancon e Locke
desenvolveram a concepção empirista.
Bacon valorizava a indução e insistia na
experiência,criticava a lógica
aristotélica,predominantemente
dedutivista.
Locke era liberalista – AFIRMAVA QUE
NADA ESTÁ NO ESPIRITO,QUE NÃO TENHA
PASSADO PRIMEIRO PELOS SENTIDOS.
A palavra empirismo significa experiência,
portanto ao contrário de racionalismo, o
empirismo enfatiza o papel da experiência
sensível no papel do conhecimento.
2. O realismo na pedagogia.
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A influência das ideias racionalistas e
empiristas não teoriza a respeito do
processo do conhecimento,trabalha com
pressuposto filosóficos em que pode
predominar uma ou outra tendência.
No século XVII essas ideias associadas ao
renascimento científico, influenciaram os
pedagogos cada vez mais interessados
pelo método e pelo realismo em
educação.
A ênfase maior estava na busca de
método diferentes,a fim de tornar na
educação mais agradável e ao mesmo
tempo eficaz.
A educação realista contrariava a
educação antiga,que era formal e retórica.
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Ser realista significa privilegiar a
experiência, as coisas do mundo e dar
atenção aos problemas da época.
3. A formação do homem-gentil
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Embora vivendo no século XVII, o inglês
John Locke exerceu influência muito
grande nos séculos seguintes por causa
das concepções sobre o liberalismo e a
teoria empirista do conhecimento.
Merece destaque também a sua teoria
pedagógica, expressa em Pensamentos
sobre educação.
Locke desenvolveu uma concepção de
mente infantil e da educação,enfatizando
o papel do mestre ao proporcionar
experiências fecundas para auxiliar no uso
correto da razão.
Criticava o racionalismo de Descartes.
Locke lamenta a ênfase do latim e o
descaso com a língua vernácula e o
cálculo.
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Para Locke, os fins da educação
concentraram-se no caráter, muito mais
importante que a formação apenas
intelectual,característico do gentlemam
(o gentil-homem).
Percebe-se que o dualismo persistirá nos
séculos subsequentes, ao se destinar á
classe dominante uma forma diferente da
que ministrada ao povo em geral e
superior a ela.
4. Comênio: “Ensinar tudo a todos”
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A escola da idade moderna, em
consonância com seu tempo, propunha-se
uma tarefa: se há método para conhecer
corretamente, deverá haver para ensinar
de forma mais rápida e mais segura.
Esse foi o empenho de João Amós
Comênio,conhecido com justiça como o
pai da didática moderna.
Comênio pretendia tornar a aprendizagem
eficaz e atraente mediante cuidadosa
organização de tarefas,ele mesmo se
empenhava na elaboração de manuais,
uma novidade para época.Sua partida da
aprendizagem era do mais simples para o
mais complexo,do concreto para o
abstrato.
Para Comênio, o ensino deveria ser feito
pela ação e estar voltado para ação:
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“Só fazendo aprendemos a fazer”
E para ele não era importante ensinar o
que tem valos apenas para escola, e sim o
que serve para a vida.
Comênio faz das pessoas um ser
moral,por isso as escolas são “oficinas da
humanidade”,verdadeira iniciação a vida.
Comênio queria ensinar tudo a
todos,atingir o ideal da “Pansofia”(do
grego pan,”tudo” e sophia,”sabedoria”.
Para Comênio, o complemento de sua
pansofia é a inspiração democrática do
ensino,ao qual todos teriam acesso ,
homens ou mulheres,ricos ou
pobres,inteligentes ou ineptos.
Com essas poucas referências podemos
ver o caráter inovador do pensamento de
Comênio, de um sabor muito atual.
João Amós Comênio - Pai da Didática Moderna
5. Fénelon
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A perspectiva dessa educação não via a
mulher como pessoa autônoma
Fénelon, vivendo na corte observava com
atenção a superficialidade e frivolidade
das mulheres, geralmente muito dadas a
mexericos e ações tolas.
A maioria era semianalfabeta, e algumas,
precariamente instruídas.
Recomendava uma educação alegre, com
base mais no prazer que no esforço.
A instrução era geral:gramática, poesia,
história e literatura selecionada de obras
clássicas e religiosas
Só moças de tendências excepcionais
seriam encorajadas a continuar os estudos
Madame de Maintenon, mulher de Luiz
XIV, fundou o Colégio de Saint-Cyr, para
meninas entre 7 e 12 anos, que ai
permaneciam até os 20.
Fénelon retoma a educação das jovens
Bispo Fénelon(1651- 1715)
Conclusão
No século XVII a Europa ainda se debatia na
contradição de uma visão aristocrática da nobreza
feudal diante de um mundo que se construía segundo
valores burgueses e essa contradição refletiu na
educação.Por uma lado existia a pedagogia realista e
em alguns casos até universal,por outro lado os outro
filósofos teóricos da educação as escolas
continuavam ministrando um ensino conservador,
predominante nas mãos dos jesuítas e de outras
ordens religiosas.
REFERÊNCIAS
• HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA.(GERAL E
BRASIL)
• ARRUDA ARANHA,Maria Lúcia de.
• EDITORA MODERNA.
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