NEUROCISTECERCOSE
apresentação de casos
Dr. Arnaldo Gonzalez Zaldivar
Hospital Central de Maputo
2011
NEUROCISTECERCOSE
• É a parasitose mais frequente do SNC.
• 50.000.000 de pessoas infectadas em todo o
mundo. É difícil conhecer a prevalência, uma vez
que 49% dos infectados são assintomáticos.
• É uma patologia endêmica em países em vias de
desenvolvimento (México, América central,
América do Sul, África, índia, Indonésia, Tailândia,
China) e em alguns países da Europa.
NEUROCISTECERCOSE
• Ligada à condições de higiene e sanitárias
precárias
• Os movimentos migratórios e o turismo em
zonas endêmicas favoreceram sua aparição
em países desenvolvidos.
NEUROCISTICERCOSIS
NEUROCISTICERCOSIS
NEUROCISTECERCOSE
• Muscular: se manifesta como um nódulo indolor, de
consistência firme, com hipertrofia dos músculos
adjacentes e reacção inflamatória ao redor.
• Globo ocular: pode situar-se no humor vítreo e câmara
anterior do olho, produzindo inflamação das distintas
estruturas oculares em graus variáveis até chegar à
perda de visão do olho afectado.
• Sistema Nervoso Central: produz compressão e/ou
obstrução das vias de líquido cefalo-raquídeo e
inflamação do parênquima nervoso e menínges.
NEUROCISTECERCOSE
• Grande polimorfismo
• Grande variedade de padrões de apresentação
clínico-radiológico
• Marcada predilecção pelo cérebro (60-90% dos
casos), embora que a medula espinhal e o
sistema nervoso periférico é raramente afectado.
• Pode localizar-se no espaço subaracnoideomeníngeo, intraventricular e
intraparenquimatoso.
• Apresentamos 5 casos de NCC admitidos no
serviço de Neurologia do Hospital Central de
Maputo no período de 2008 à 2010.
CASO 1
• S./A., 14 A/F/N, nacionalidade Moçambicana, natural
de Xai-xai, história de crises convulsivas tonico-clonicas
generalizadas desde a infância tardia. É internada por
marcha atáxica, bradipsiquia, alterações de conduta e
cefaleias. O exame neurológico revelou instabilidade
postural e da marcha, alterações do nível de
consciência. TC craneo-encefálico mostrou múltiplas
lesões hipodensas anulares em diferentes estadíos
supra e infratentoriais. Foi tratada com albendazol
(15mg/kg/d) por 2 semanas e anti-comicial com
carbamazepina (5mg/Kg/d). Evolução favorável com
control e seguimento na consulta externa.
Caso-1
Caso-1
Caso-1
Caso-1
Caso-1
Caso-1
Caso-1
Caso-1
CASO 2
• P.P. 34 A/M/N, NACIONALIDADE Moçambicana, natural de Maputo,
história de crises tonico-clonicas generalizadas e crises focais
motoras com marcha de hemicorpi direito, cefaleia vascular de
moderada intensidade de 8 meses de evolução, é admitido por
cefaleia intensa, vertígens e crises convulsivas frequentes. A
exploração neurológica revelou uma instabilidade da marcha,
hemiparésia assimétrica predominantemente braquial e disfasia. TC
craneo-encefálico mostra múltiplas lesões hipodensas anulares e
quísticas do tipo racemosas na região fronto-parietal esquerdo, com
captação de contraste. Tratado com Praziquantel (50mg/Kg/d) por 2
semanas e anti-comicial com fenitoína 300 mg diários. Evolucionou
favoravelmente com seguimento na consulta externa.
Caso-2
Caso-2
Caso-2
Caso-2
• L.T. 45 A/F/N, nacionalidade Moçambicana,
natural de Tete, história de crises convulsivas
focais e generalizadas esporádicas, desde 2006,
com cefaleias e tonturas frequentes. É admitida
por cefaleia e crises tonico-clonicas
generalizadas. A exploração neurológica não
revelou nenhum sinal de focalização. TC
craneoencefálico mostra lesões
extraparenquimatosas calcificadas
supratentoriais. Tratado com Albendazol
(15mg/kg/d) por 2 semanas e anti-comicial com
fenitoína 300 mg/d
Caso-3
Caso-3
Caso-3
Caso-3
CASO 4
• A.M. 25 A/F/N, nacionalidade Moçambicana, natural de maputo,
história de crises convulsivas tonico-clonicas generalizadas muito
frequentes e cefaleia intensa desde 2006. Em tratamento ARV
desde 2008. Vários internamentos anteriores por alteração de
conduta, cefaleias, vertígens, crises convulsivas diárias e diplopia. O
exame neurológico revelou marcha atáxica, dismetria, tetraparésia
espástica, paralesia dos músculos óculo-motores III e VI. TC craneoencefálico mostra múltiplas lesões hipodensas anulares e quísticas
supra e infra-tentoriais com captação de contraste. Evolução das
lesões até à cronicidade com calcificação. Tratada com Praziquantel,
Albendazol, Esteróides e manejo da hipertensão intracraneana.
Evolução não favorável com deterioração do estado geral e control
da epilepsia com múltiplas drogas.
Caso-4
Caso-4
Caso-4
Caso-4
Caso-4
Caso-4
Caso-4
Caso-4
Caso-4
Caso-4
Caso-4
Caso-4
Caso-4
CASO 5
• R.A.B. 23 A/M/N, nacionalidade Moçambicana, natural
de Tete, história de crises convulsivas tonico-clonicas
generalizadas pouco frequentes desde 2004, cefaleia
crónica. É admitido por cefaleias, vertígem e transtorno
do sono. A exploração neurológica não mostrou
nenhum sinal de focalização. TC craneo-encefálico
mostra múltiplas lesões hipodensas anulares supratentoriais e algumas calcificadas. Tratado com
Praziquantel (50mg/kg/d) por 2 semanas e anticomicial com Fenitoína 300 mg diários. Evolução
favorável e seguimento nas consultas externas.
Caso-5
Caso-5
Caso-5
Caso-5
NEUROCISTECERCOSE
• As manifestações clínicas são inespecíficas.
• Os achados radiológicos não são
patognomónicos.
• Alguns testes serológicos têm pouca
sensibilidade.
NEUROCISTECERCOSE
• Electroimunotransfer blot ou imunoblot assay
(EITB) para AC de T. sollium: sensibilidade
diagnóstica de 95 a 98% e uma especificidade
de 100%.
• Teste de ELISA ou fixação do complemento no
LCR para anticorpos. Elevação de
imunoglobulinas (IG) específicas (IgG, IgM, IgE
e IgA) em órdem decrescente.
NEUROCISTECERCOSE
• LCR pode ser inespecífico, mostrando
pleocitose linfocítica ou eosinofílica com
hipoglucorráquia e elevação do nível de
proteínas.
NEUROCISTICERCOSIS
NEUROCISTECERCOSE
• TRATAMENTO MÉDICO
- anti-parasitário
- anti-comicial
• TRATAMENTO CIRÚRGICO
- cirurgia aberta ou endoscópica
- DVP
estudios
• SEROPREVALENCE OF HUMAN CYSTICERCOSIS
IN MAPUTO, MOZAMBIQUE by M Vilhena
Manuela Santos 1999 by The American
Society of Tropical Medicine and Hygiene
• Garg RK, Nag D. Cisticercosis intramedular:
Respuesta al Albendazole. 1998.
•
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