DISSERTAÇÃO:
DICAS: O QUE EVITAR
MARTA DUWE
EVITAR:

1- PALAVRAS ABSTRATAS NO PLURAL
 Nem
sempre é necessário. Deixá-las
no singular é mais preciso.
 Exemplo:
“Os crimes preocupam a sociedade
moderna.” (o crime)

EVITAR:

2- PLURALIZAÇÃO OU USO DESNECESSÁRIO DE
“MEU / MINHA / SEU / SUA”
 Deve
ser evitado, se não houver razão
específica para a clareza da ideia.
 Exemplo:

“Os idosos dedicaram todas as suas vidas
à família.” (quantas vidas?)
EVITAR:

3- ARTIGO INDEFINIDO (UM / UMA)
Só deve ser utilizado em uma redação
se for indispensável.
 Exemplo:

“É necessário uma conscientização geral,
para que haja um efetivo progresso e uma
diminuição da pobreza do país.”

EVITAR:

4- USO DESNECESSÁRIO DE ADJETIVOS


O exagero e a repetição desses
termos só estrega a mensagem.
Exemplo:


“O mistério insondável, desmedido,
incomensurável, que rodeia o homem, criatura
imperfeita, minúscula e perplexa, impede-o,
muitas vezes, de atuar de forma equilibrada,
coerente e sensata, tornando-o confuso,
imprevisível e incoerente diante da vida.”
Mas a retirada de todos eles também seria prejudicial,
pois alteraria o conteúdo.
EVITAR:
 5- REPETIÇÃO DESNECESSÁRIA DE TERMOS

Exemplo:
 Um dos grandes problemas do homem urbano é a
violência. Tal problema ocorre especialmente nos
grandes centros, onde o nível de violência chegou a
níveis insuportáveis. Mas de nada adianta tentar
combater a violência com o aumento da repressão
policial, pois a origem desse problema está nas
injustiças sociais e econômicas.”

“Um dos grandes problemas do homem urbano é a
violência, que ocorre especialmente nos grandes centros,
atingindo níveis insuportáveis. Mas de nada adianta
tentar combate-la com o aumento da repressão policial,
pois a origem dessa questão está nas injustiças sociais e
econômicas.”
EVITAR:

6- QUEISMO

Repetir a palavra “que” demasiadamente torna o
texto cansativo e pobre.

Exemplo:

“Por isso, é importante que, antes de toarmos
uma decisão, pensemos nas vantagens e
desvantagens que ela poderá trazer. Às vezes, o
medo de seguir pela opção errada é tão grande
que nem sequer lembramos que se não der
certo, basta voltar atrás e recomeçar.”
EVITAR:

7- COISISMO
 Só
se usa a palavra “coisa” quando não
houver outra alternativa mais
específica.
 Exemplo:
“Na adolescência, começamos a descobrir
muitas coisas novas tanto em nosso corpo
quanto na vida.”

EVITAR:

8- GERUNDISMO


É repetir o gerúndio (-NDO) desnecessariamente que
torna o texto de uma redação cansativo e pobre.
Exemplo:
“Este artigo foi feito especialmente para
você que possa estar recortando, estar
imprimindo e estar fazendo diversas cópias,
para estar deixando discretamente sobre a
mesa de alguém que não consiga estar
falando sem estar espalhando essa praga
terrível que parece estar se disseminando
na comunicação moderna, o gerundismo.”

COLETÂNEA
1) Leitura atenta
 Interpretação
 Reciclagem da informação


2) NÃO copiar trechos da Coletânea

exceção :
um trecho de uma lei, ou
 uma definição dicionarizada.

1) INTRODUÇÃO
Intro (dentro ) + dução (levar)
 Leitor universal


Objetivos principais:
1 = explicitar o tema
 2 = mostrar seu posicionamento (tese)

1) INTRODUÇÃO
Exemplo:
 Qual é a sua opinião sobre a redução da
maioridade penal?


1 – CONTEXTUALIZAR:

Há muitos crimes praticados por menores de
18 anos

No Brasil contemporâneo, é cada vez maior o
número de crimes, muitos deles hediondos,
cometidos por jovens com menos de 18 anos. Para
coibir essa prática, o Governo Federal criou um
projeto de lei que reduz a maioridade penal
brasileira dos 18 para os 16 anos.
1) INTRODUÇÃO
Exemplo:
 Qual é a sua opinião sobre a redução da
maioridade penal?


2 – MOSTRAR SEU POSICIONAMENTO:


Hipótese 1: a favor
Hipótese 2: contra


A favor:
Sem dúvida alguma, a melhor forma de acabar
com uma prática nociva à sociedade é imputando
penas severas aos infratores das leis.


Contra:
Os defensores dessa proposta se esquecem de que
a melhor forma de acabar com algo nocivo à
sociedade é atacando suas causas, e não os seus
sintomas mais evidentes.
1) INTRODUÇÃO

Aprofundamento do tema só é feito no
desenvolvimento da redação
1) INTRODUÇÃO
 Tema:
“Os meios de comunicação devem
sofrer alguma forma de controle, ou todo
controle representa uma censura
indevida?”
 DESENVOLVER
UMA INTRODUÇÃO
PARA O SEGUINTE TEXTO

Em primeiro, lugar, é vital entendermos
que os meios de comunicação já são, de alguma
maneira,
controlados.
A
imparcialidade
jornalística é um mito utópico, uma vez que já é
necessário algum tipo de parcialidade para
escolher o que veicular nos jornais impressos e na
televisão, por exemplo. Considerando que essas
estruturas comunicacionais, massificadas como
as conhecemos, atendem a interesses individuais
de seus proprietários, é coerente afirmar que
fatores como o lucro advindo da venda de
exemplares, ou do ibope recebido, são
determinantes para tais escolhas. Logo, pensar
em liberdade completa, imparcial e incondicional
é uma visão ingênua e míope.

Entretanto, devemos evitar qualquer tipo
de teoria conspiratória radical, como gostam de
defender aqueles que pregam que os meios de
comunicação moldam de maneira radical e
decisiva as mentes de seus consumidores. Já foi
comprovado que assuntos como violência e sexo
atraem a atenção das pessoas. Dessa forma,
produtos com esses conteúdos são expostos na
imprensa de maneira exaustiva, banalizando-os.
Para
isso,
existem
organizações
nãogovernamentais que acompanham seus passos
sem regulá-la, e colocam à disposição da
população todas as suas pesquisas e conclusões,
evitando
alguma
possível
censura
governamental, mas valorizando o bem da
sociedade.

Por fim, é válido fincarmos essa discussão na
contemporaneidade, uma vez que os meios de
comunicação, nos dias de hoje, são completamente
diferentes daqueles de poucos anos atrás. Na
atualidade, a internet exerce um poder imenso na
parcela mundial que a utiliza, e a credibilidade que
os blogs individuais receberam nos últimos tempos
afirma o cidadão como ser ativo no processo da
informação, atuando como receptor e produtor.
Essa falta de restrições faz com que alguns
conteúdos sejam equivocados, ou até apelem para a
espetacularização e o crime. Cabe, no entanto, ao
próprio indivíduo discernir sobre o que deve ou não
consumir. Ele tem livre arbítrio e capacidade de
raciocínio, e não precisa de uma censura instituída.

Dessa forma, podemos perceber que a
censura não é uma opção plausível e aceitável de
controle dos meios de comunicação, pois ela fere as
liberdades individuais e de imprensa, o que vai
contra o próprio conceito de democracia. Se faz
necessário, contudo, um forte processo de educação
da população com relação ao que deve apreender e
consumir nesses meios. As escolas possuem papel
fundamental, ao educar crianças e jovens sobre o
equilíbrio entre informação adequada e
entretenimento proveitoso. Além dela, os pais
também devem, em casa, instruir seus filhos de
maneira correta. Devemos valorizar e prezar as
liberdades de opinião e de escolha, nas suas mais
variadas formas.
Download

o que evitar - Acesso Educação