Pneumonia Adquirida na
Comunidade
JOÃO CARLOS CRUZ
KATIUSA ALVES
Definição
 Infecção
aguda do parênquima pulmonar em
pacientes que adquiriram a mesma na comunidade.
 Paciente hospitalizado por outras razões 48h antes
do desenvolvimento de sintomas respiratórios são
considerados como tendo pneumonia adquirida na
sociedade (PAS).
PAS x PACS
 PACS: Pneumonia associada a cuidados de saúde
 Pacientes previamente hospitalizados, por no mínimo 2 dias
nos 90 dias que precederam a infecção, os institucionalizados,
que receberam antibioticoterapia endovenosa, quimioterapia
ou tratamento de ferida nos últimos 30 dias e os pacientes de
centros de hemodiálise são considerados como tendo PACS.
 Pacientes que adquirem pneumonia mais de 48h após a
instituição de entubação endotraqueal e ventilação mecânica
são considerados como tendo pneumonia associada ao
ventilador (PAV).
Epidemiologia
 10 milhões de casos de pneumonia nos EUA ,
resultando em 1 nilhão de internações
 No brasil incidência de 5 a 11 casos por 1000
habitantes/ano, varia com a faixa etária, sendo maior
nos extremos de idade.
 Taxa de mortalidade varia de menos de 5%
(acometimento leve) a 12% (admitidos no hospital) e
chegam 40% (UTI)
Fisiopatologia
 Aspiração do Conteúdo Faríngeo:

Mecanismo mais comum de inoculação de micro-organismos
no pulmão, que ocorre em indivíduos saudáveis durante o
sono.

A aspiração maciça normalmente ocorre apenas em indivíduos
com alteração sensorial, rebaixamento da consciência,
anormalidade dos reflexos protetores da tosse ou do vômito ou
refluxo gastroesofágico substancial.
Fisiopatologia
 Inalação de Partículas Aerossolizadas:

Segundo mecanismo mais frequente de infecção pulmonar.

Devido ao número limitado de agentes que podem chegar aos
pulmões desta maneira, apenas agentes patogênicos
agressivos, como Mycobacterium tuberculosis, Legionella
pneumophila, Yersinia pestis, Bacillus anthracis e algumas
infecções virais podem ser transmitidas dessa forma.
Fisiopatologia
 Infecção da corrente sanguínea:

Em especial é encontrada na sepse estafilocócica ou na endocardite
do coração direito, que são mais comuns em usuários de drogas
intravenosas e em bacteremias Gram-negativas, em particular em
um hospedeiro imunocomprometido.

O pulmão pode ser inoculado diretamente por traumatismo torácico
penetrante ou por disseminação local de um órgão próximo infectado
(ex: abcesso hepático amebiano) ou uma infecção dos tecidos moles
contíguos.
Fisiopatologia
 Fatores de proteção:
 Sistema mucociliar
 Macrófagos alveolares que liberam TNF-a, IL-8 e leucotrienos
B4 que ajudam a recrutar neutrófilos da corrente sanguínea
para os alvéolos.
 Receptores de reconhecimento de padrões e opsoninas, como
as proteínas dos surfactantes A e D, a fibronectina e a
vitronectina.
 SE VENCER -> Pneumonia clinicamente signicativa.
Manifestações Clínicas
 Em idosos ou pacientes com imunidade alterada: é
mais sutil; é observado perda de apetite, confusão
mental, desidratação, agravamento dos sintomas ou
sinais de outras enfermidades crônicas podem ser
manifestações iniciais.
Manifestações clínicas
 Tosse: na fase inicial ela pode ser seca ou apresentar
expectoração em pequena quantidade e de aspecto
mucóide, mas que evolui, frequentemente, para aspecto
purulento. Pode haver hemoptise, geralmente de
pequeno volume e associada à purulência do escarro.
 Dor torácica pleurítica: é localizada, em pontada e piora
com a tosse e inspiração profunda. Embora muito
relatada, pode estar ausente em um número significativo
dos casos. Nas pneumonias de base pulmonar, a dor
pode ser referida no abdome ou na região escapular.
Manifestações Clínicas
 Dispnéia: geralmente ausente nos quadros leves.
Quando presente, caracteriza sempre um quadro
grave, seja pela extensão da pneumonia, seja pela
presença de doenças subjacentes (pulmonares ou
cardiovasculares, por exemplo).
 Febre: está presente na maioria dos casos, a exceção
de idosos debilitados e pacientes imunossuprimidos.
 Adinamia: sintoma muito frequente na pneumonia,
às vezes com prostração acentuada.
Exame Físico
 O achado clássico ao exame é o da síndrome de
condensação, na qual temos, em uma área
localizada:




à palpação, frêmito tóraco-vocal aumentado;
à percussão, macicez ou sub-macicez;
à ausculta, murmúrio reduzido com crepitações (ou estertores)
e sopro tubário;
à ausculta da voz (manobra pouco realizada por sua menor
relevância clínica), broncofonia, egofonia e pectorilóquia
afônica.
Exame Físico
 Achado de taquipnéia, principalmente se acima de 30
incursões por minuto, correlaciona-se fortemente com a
gravidade do quadro e risco de óbito.
 Raio-x de tórax em PA e perfil e leucometria diferencial
devem ser feitos na suspeita de pneumonia.
 Avaliação das trocas gasosas (oximetria ou gasometria
arterial) deve ser realizada em todos os pacientes
hospitalizados.
Diagnóstico
 Raio-x:
 diferencia de outros quadros infecciosos do trato respiratório
inferior e superior, tais como bronquites agudas e
rinossinusites agudas, nos quais os sintomas podem ser
semelhantes, mas a radiografia de tórax é normal.
 correlaciona com a gravidade do quadro.
 pode ainda: a) sugerir outras possibilidades, como a
tuberculose; b) identificar condições associadas, como
tumorações ou alargamentos hilares ou mediastinais, que por
obstrução ou compressão brônquica podem levar à infecção
pulmonar; c) verificar a ocorrência de complicações, como
derrame pleural.
Diagnóstico
Diagnóstico
 Radiografia
 Pneumonias bacterianas : infiltrados alveolares e
consolidações localizadas
 Pneumonia pneumocócica : distribuição lobar ,
padrão multilobular ou bilateral
 Infecções por vírus : infiltrados intersticiais e
alveolares difusos ou pneumonia por Gram- negativo
Diagnóstico
 Bacterioscopia e Cultura de Escarro
-Utilidade do escarro : somente se houver menos de 10 células
escamosas e mais de 25 leucócitos por campo de baixo poder de
resolução
-Método de Gram
-Escarro diagnostico de certas infecções especificas : M.
tuberculosis ( coloração ácido –rápida), fungos endêmicos (
preparados de KOH)
 Outras culturas como LCR
 Imunoflorescência , enzima imunoenzimática, reação em
cadeia de polimerase e hibridização de DNA
 Detecção de antígenos
 Broncoscopia
Diretriz da Triagem para a Pneumonia
Diagnósticos Diferenciais
 Embolia pulmonar
 Carcinoma broncogênico e bronquioloalveolar
 Doenças pulmonares induzidas por drogas
 Doenças pulmonares intersticiais idiopáticas
Pneumonia bacteriana
 Principais microrganismos : S. pneumoniae ( cultura
escarro ou sangue), Mycoplasma pneumomiae
(exame sorológico)
 Outros : Haemophilus influenzae, staphylococcus
aureus, bacilos Gram – negativos, L. pneumophila,
Chlamydia pneumoniae
 Fatores específicos ( tabagistas e pacientes com
DPOC , etilismo, tuberculose, viagens , uso de
medicamentos, HIV) tem um microorganismo
associado.
Pneumonia viral
 Principais agentes: vírus de influenza e vírus sincicial
respiratório (VSR) detectados em secreções respiratórias
.
 Imunidade do hospedeiro na infância contra o VSR é
incompleta e infecções recorrentes podem ocorrer em
adultos imunocompetentes quanto
imunocomprometidos ( principalmente em idosos)
 Associação com influenza A aviaria ( H5N1) e também
com a SARS
 SARS inicio insidioso de febre, calafrios, cefaleia, tosse,
mal-estar e dispneia, com evidencia radiológica de
pneumonia . Transmitida por gotículas respiratórias.
TTO suporte.
Tratamento
Tratamento
Tratamento
Tratamento
BIBLIOGRAFIA
 Goldman L, Ausiello D. Cecil: Tratado de Medicina I
nterna. 24ªEdição. Rio de Janeiro:ELSEVIER, 2012
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