DICAS BÁSICAS DE ECONOMIA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) garante: cerca de 50 litros de água por dia é mais do
que suficiente para garantir a higiene e o bem-estar de uma pessoa, mas tem gente em todos
os cantos do mundo gastando mais – muito mais! - do que isso.
Os campeões na falta de consciência são os canadenses, que gastam até 600 litros de
água, por dia. Ou seja, doze vezes mais do que a OMS recomenda. O dado assusta e pior ainda
é saber que o mesmo desperdício de água se repete em diversos países: os EUA, por exemplo,
ocupam a segunda posição do ranking, gastando 575 litros/dia e, em terceiro, está a Austrália,
que gasta 495 litros/dia, por pessoa.
O Brasil está um pouco melhor “na fita” e aparece em 12º no ranking, por usar 187
litros/dia, por pessoa. Ainda assim, o consumo de água no país é mais do que o triplo sugerido
pela OMS. E, vale lembrar, o fato de ser um país em desenvolvimento contribui para esse
resultado: a população brasileira possui uma renda média inferior a dos canadenses, o que
quer dizer que há grandes chances das pessoas, aqui, gastarem menos água, apenas, por falta
de dinheiro e não por excesso de consciência ambiental.
A última posição do ranking é ocupada por Moçambique, que disputa a colocação com
vários outros países da África. Quem acha que isso acontece porque os africanos são mais
conscientes do que o resto do mundo, engana-se. A população desses países não usa o
recurso, simplesmente, porque não tem mais água: os moçambicanos gastam 5 litros, por dia
(um décimo do que é recomendado pela OMS!), por falta de opção. E eles ainda têm “sorte”,
porque 45% da população da África Subsaariana já não possui acesso a nenhuma fonte da água
limpa.
EXEMPLO DE TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO
A importância da água tem sido notória ao longo da história da humanidade,
possibilitando desde a fixação do homem à terra, às margens de rios e lagos, até o
desenvolvimento de grandes civilizações, através do aproveitamento do grande potencial
deste bem da natureza. A sociedade moderna, no entanto, tem se destacado pelo uso
irracional dos recursos hídricos, celebrando o desperdício desbaratado de água potável, a
poluição dos reservatórios naturais e a radical intervenção nos ecossistemas aquáticos, de
forma a arriscar não só o equilíbrio biológico do planeta, mas a própria natureza humana.
O progresso traz consigo uma cultura baseada no "utilitarismo“ e na
lucratividade, expondo interesses comerciais e industriais acima dos interesses coletivos,
da defesa do meio ambiente e da sobrevivência das populações. O envenenamento de
mananciais por substâncias tóxicas, o fenômeno da chuva ácida e os constantes
derramamentos de petróleo em meio aos oceanos, infelizmente, ilustram tal situação.
Não obstante, a Engenharia Moderna remonta melhorias na qualidade de vida urbana,
através da instalação de redes de esgoto, drenagem de água e obtenção de energia, viável
por meio da utilização de usinas hidrelétricas, predominantes, em especial, no Brasil.
Vive-se, assim, um paradoxo criado pela incoerente ação do homem, predador e
vítima dos efeitos de sua própria predação, destruidor dos recursos hídricos e maior
beneficiado pela abundância em água no planeta: a atividade pesqueira e os
transportes marítimo e fluvial, possíveis graças à disponibilidade natural,
importantíssimos ao desenvolvimento socioeconômico das nações, sofre com a
intervenção, tantas vezes maléfica, do homem, que ora deposita dejetos industriais,
ora promove assoreamentos.
Tomando por base os parâmetros da conjuntura atual, investimentos na
preservação dos ecossistemas tornam-se imprescindíveis. Ademais, a formação de uma
contracultura baseada na utilização consciente da natureza, e, em especial, da água em
suas diversas formas de armazenamento caracteriza-se como crucial, a fim de
salvaguardar as gerações futuras de um eventual colapso no sistema de distribuição e
utilização da água. Evita-se, dessa forma, a monopolização de um bem inerente a
todos, contribuindo, acima de tudo, para a perpetuação da espécie humana.
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